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VALS – Definição e atualização de estações

virtuais.

Autores:

Versão 0 (Francês): Clio Canerot Versão 1-4 (Português): Gérard Cochonneau

Ultima modificação: Referência: Idioma: Paginas: 33


08/03/2011 09:03:00  VALS-Versão 4 (0.99) Português

Ampliação: Usuários do software VALS.

I. Introdução
Esse documento é destinado aos usuários do software VALS e vem sendo completado aos poucos, de
acordo com o desenvolvimento de novas funções de VALS. A seguir, consta a definição de
vocabulário útil para compreensão do documento e o uso do software.

-missão: muitas vezes sinônimo de satélite; porém, em certos casos um satélite pode ser associado com
várias missões: por exemplo, depois do lançamento de Jason, a órbita do Topex/Poseidon foi
deslocada, iniciando assim o que VALS considera como uma nova missão de Topex.

-ciclo: número que identifica um período durante o qual as medições são identificadas com o mesmo
número de ciclo; corresponde muitas vezes à periodicidade do satélite (ex: 35 dias para ENVISAT, 10
dias para TOPEX).

-traço: projeção de meia órbita do satélite no solo, entre a latitude mais ao norte e a latitude mais ao sul
da trajetória (cada revolução do satélite ao redor da Terra corresponde a dois traços).

-área de estudo: área geográfica definida por um ou vários polígonos em torno da interseção de um
traço (ou de vários traços) com um corpo de água.

-estação virtual: série de medições altimétricas representativas da altura do corpo de água a cada
passagem do satélite equipado com altímetro; uma estação virtual é normalmente totalmente incluída
na área de estudo que foi utilizada para defini-la.


II. Procedimento para definir uma área de estudo com o Google Earth
Antes de iniciar, o usuário precisa saber qual é a missão de observação altimétrica que vai ser
utilizada, por exemplo: ENVISAT, ou TOPEX/POSEIDON ou JASON2. Para algumas missões é
possível obter um mapeamento das trajetórias do satélite projetadas na superfície da Terra. Para
ENVISAT, ERS, TOPEX/POSEIDON e GFO é possível carregar um arquivo reconhecido pelo
Google Earth, no site:
http://www.aviso.oceanobs.com/fr/donnees/boite-a-outils/localiser-une-demi-orbite/index.html

ou

http://www.aviso.oceanobs.com/en/data/tools/pass-locator/index.html 

-quando baixar o arquivo que corresponde ao satélite escolhido, o mesmo vai ser visualizado no
Google Earth (Figura 1). Se o arquivo não for visualizado, verifique que o Google Earth está instalado
no seu computador, execute o Google Earth e abre o arquivo baixado anteriormente (menu
Arquivos/Abrir).

-dar um “zoom” na região de interesse até identificar o cruzamento entre o traço e o rio que se deseja
estudar (exemplo na figura 2).

Figura 1: traços da missão Topex/Poseidon em parte da América do Sul


Figura 2: Interseção traço/rio no Google Earth e definição de uma área de estudo (polígono de cor
amarela e direção do escoamento em verde)

-delimitar uma área geográfica em torno da interseção e definir uma direção principal de escoamento
do fluxo de água na área de interseção; para tanto:

*clicar no lado esquerdo do GE em “Lugares temporários” e depois em “Adicionar” e “Pasta”,


escolher o nome da pasta (pode ser o nome do local, ou o código da estação virtual).

*na pasta criada, clicar em “Adicionar polígono” e desenhar um polígono ao redor da


interseção observando as seguintes recomendações:

+ a largura do polígono deve ser de alguns quilômetros para levar em conta o


deslocamento da interseção entre um ciclo e outro (o satélite nunca passa exatamente na
mesma trajetória em ciclos diferentes); isso para não omitir nenhum ciclo já concluído ou não.

+ não limitar o polígono às margens do rio para poder selecionar medições


altimétricas em período de cheias.

*é preciso também informar a direção do rio para projetar os traços na direção perpendicular
ao escoamento; para isso clicar em “Adicionar Caminho” e digitar dois pontos, o primeiro a montante
da estação e o segundo a jusante (figura 2).

Observação: no caso de uma estação virtual numa área inundada, ou quando o conceito de direção do
rio não faz sentido, desenhar um caminho perpendicular ao traço, o que equivale a não fazer projeção
durante a utilização no VALS.

Uma vez definidos o polígono e a direção do rio, é preciso gravar a pasta num arquivo em formato kml
ou kmz: clicar com o botão da direita do mouse em cima do nome da pasta, clicar em “Salvar lugar
como” e escolher o diretório e o nome do arquivo (figura 3).


Figura 3: Salvando a área de estudo em formato kmz.

III. Preparação dos dados para processamento pelo VALS


Antes de utilizar as principais funções de VALS, os dados a serem processados precisam ser
importados numa base de dados, chamada de base de dados local (ou numa base de dados centralizada,
no caso da ANA), onde serão hierarquizados de acordo com as exigências do aplicativo.

Um usuário pode definir várias bases de dados para separar estudos diferentes por exemplo. Esse
procedimento é aconselhado porque o gerenciador de base de dados utilizado, por ser simples e não
necessitar nenhuma instalação prévia, tem rendimento baixo quando o tamanho da base de dados
aumenta. Pode se considerar que uma base de dados local de mais de algumas centenas de Mb vai
apresentar tempos de acessos que vão tornar o uso de VALS um pouco lento.

Dados altimétricos brutos provenientes de várias fontes podem ser processados pelo VALS. A fase de
preparação consiste em :

-solicitar os arquivos de dados junto às entidades adequadas; a forma de solicitação pode ser diferente
de uma missão para outra; o capítulo III.1 fornece informações a respeito;

-importar numa base de dados local do VALS os arquivos precedentes; várias funções de importação
são disponíveis no VALS, cada qual adaptada ao tipo de arquivo a ser importado (ver capítulo III.2).

1) Solicitar dados ao CTOH (extração automática de dados de Jason-1, Jason-2 e ENVISAT)

Conectar-se ao site http://ctoh.legos.obs-mip.fr/products/alongtrack-data/datarequest e selecionar o


satélite, a área e o período de dados a serem selecionados bem como os parâmetros a serem extraídos.
A tabela 1 indica quais são os parâmetros aconselhados para Jason e ENVISAT.


Parâmetros para JASON2: Parâmetros para ENVISAT:

alt dsr_time_day;
alt_20hz dsr_time_sec;
lat dsr_time_microsec;
lat_20hz latitude;
lon longitude;
lon_20hz alt_cog_ellip;
ice_range_20hz_ku hz18_diff_1hz_alt;
model_dry_tropo_corr ku_band_ocean_range;
model_wet_tropo_corr hz18_ku_band_ocean_range;
iono_corr_gim_ku hz18_ku_ice1;
range_ku hz18_ku_ice2;
range_20hz_ku mod_dry_tropo_corr;
sig0_ku wet_tropo_cls;
sig0_20hz_ku ion_corr_doris_ku;
solid_earth_tide solid_earth_tide_ht;
pole_tide geocen_pole_tide_ht;
time hz18_diff_1hz_lat;
time_20hz hz18_diff_1hz_long;

Tabela 1: lista dos parâmetros a serem solicitados para Jason e ENVISAT.

Os dados são fornecidos para o usuário na forma de arquivos em formato NetCdf num diretório
acessível por ftp (uma mensagem avisa ao usuário da disponibilidade dos dados).

2) Solicitar dados ao CTOH (extração manual de dados de GFO e TOPEX)

Conectar-se ao site http://ctoh.legos.obs-mip.fr/products/offline-data-request e preencher os campos


necessários. Ao contrário da forma de solicitação anterior, a extração não é robotizada e necessita uma
intervenção humana. Quando os dados estiverem prontos o link com o endereço ftp será enviado ao
usuário solicitante.

O formato dos arquivos fornecidos é diferente da extração automatizada e, para ser compatível com o
VALS, não permite nenhuma tolerância na escolha dos campos. Portanto a escolha dos campos pelo
usuário solicitante deve respeitar exatamente a tabela 1.

3) Solicitar dados do projeto PISTACH

O projeto PISTACH :

Improved Jason-2 altimetry products for Coastal Zones and Continental Waters
(PISTACH Project), F. Mercier et al., OSTST Nice November 2008,
http://www.aviso.oceanobs.com/fileadmin/documents/OSTST/2008/Mercier_PISTACH.pdf
disponibiliza dados IGDR de Jason-2 para hidrologia continental no endereço
ftp://ftpsedr.cls.fr/pub/oceano/pistach/J2/IGDR/hydro/

Os arquivos são organizados por ciclos e, dentro de cada ciclo, por traço e podem ser recuperados
livremente no endereço ftp indicado acima. Ao contrário das fontes descritas em 1 e 2, não existe outra
forma de seleção dos dados além do ciclo e do traço; portanto, cada arquivo contém todas as variáveis
para um ciclo-traço (ou seja, todas as medições sobre as áreas emersas de um hemisfério inteiro).


IV. Importação dos dados numa base local do VALS
Existem, no momento, várias funções do VALS para importar dados altimétricos numa base local; elas
são agrupadas em dois sub-menus do menu "Arquivo" :

-Importação de arquivos NetCdf do CTOH ou de PISTACH

-Importação de arquivos antigos

Os capítulos IV.3 e IV.4 a seguir descrevem as principais funções de importação que só podem ser
acessadas depois de ter aberto (ou criado) uma base de dados compatível com VALS (capítulos IV.1 e
IV.2).

1) Abrir base altimétrica local

Antes da importação de dados ou da utilização dos mesmos é imprescindível abrir uma base de dados
local. O usuário precisa escolher um diretório e um nome de arquivo (sem extensão); pode ser o nome
de um arquivo que ainda não existe, neste caso, o usuário será solicitado para confirmar a criação de
uma nova base dados. Uma mensagem avisa o usuário quando a abertura da base for concluída.

2) Conectar uma base de dados central

A possibilidade de abrir uma base de dados central para acessar os dados altimétricos num formato
compatível com o VALS é reservado por enquanto aos computadores conectados na rede Intranet da
ANA (Agência Nacional de Águas em Brasília). Tal base permite evitar que cada usuário crie a sua
base de dados local e tenha o trabalho de importar os dados GDR. Depois de conectado à base central
os procedimentos são idênticos aos disponíveis para uma base local.

3) Importação de arquivos NetCdf do CTOH ou de PISTACH

Esse conjunto de funções de importação aplica-se aos arquivos fornecidos pelo CTOH e pelo projeto
PISTACH em formato NetCdf. O formato NetCdf permite documentar o layout utilizado no próprio
arquivo de dados; essas informações sobre o layout vão ser utilizadas pelo VALS para leitura dos
arquivos, o que significa que os parâmetros escolhidos na solicitação não precisam respeitar a risca a
relação estabelecida na tabela 1, o arquivo pode incluir mais variáveis que, apesar de não ser utilizadas
pelo VALS, não vão atrapalhar a importação.

A descrição a seguir vale para os arquivos em formato NetCdf para Jason-1, Jason-2, ENVISAT
distribuídos pelo CTOH e para os arquivos de Jason-2 do projeto Pistach. Em teoria, aplica-se também
aos arquivos de Topex fornecidos pelo CTOH mas na prática falta disponibilizar no VALS uma
função de conversão dos arquivos (não NetCdf) do Topex fornecidos pelo CTOH em arquivos NetCdf.

Depois de escolher o item do menu que corresponde ao tipo de arquivo, será necessário escolher os
arquivos a serem importados (o nome dos mesmos é padronizado-por exemplo da forma
JA2_IPH_2PTP082_241_20101002_143203_20101002_150825.nc.gz no caso de PISTACH-e eles
podem ser compactados (*.nc.gz) ou descompactados (*.nc)). Importante : quando compactados, vão
existir durante e após a importação na forma compactada e descompactada, o que pode acarretar
problemas no caso de espaço em disco disponível limitado.

Escolher a seguir uma faixa de latitudes para limitar a importação; não é obrigatório mas sim
aconselhado no caso dos arquivos Pistach que abrangem um hemisfério por inteiro (terras emersas).

Por default, um arquivo que descreve o formato, adaptado ao tipo de arquivo NetCdf, vem junto ao
software VALS e, no passo seguinte, os dados de descrição do formato e a correspondência entre as
variáveis do arquivo NetCdf e os campo da base de dados aparece numa tabela semelhante a figura 4.

Nessa janela, constam 4 tabelas descritas a seguir:


-"Estrutura do nome de arquivo" que descreve como identificar, no nome do arquivo a importar, o
satélite, o numero do traço e o número do ciclo.

-"Variáveis de posicionamento" : campos indispensáveis para localizar a medição no espaço : latitude,


longitude, altitude do satélite (órbita), e no tempo.

-"Retrackings a serem importados" : a tabela visualiza a relação dos campos de "retracking" que
podem ser encontrados no arquivo NetCdf; a finalidade é de escolher os campos (setando a casinha
correspondente) e associá-los ao nome de retracking declarado na base de dados do VALS. Clicando
na coluna "Nome do retracking" os retrackings disponíveis são listados e um deles pode ser escolhido.

-"Parâmetros de correção" : a quarta tabela mostra a relação das correções (de troposfera, maré
terrestre, etc..) que podem ser aplicadas aos dados brutos antes da importação na base de dados do
VALS. A primeira coluna permite aplicar ou não a correção, a última coluna permite informar um
valor default caso o campo de correção não for informado (ex: -2300 para mod_wet_tropo_corr).

-"Parâmetros complementares" : nessa última tabela, aparece a relação dos campos do arquivo NetCdf
não considerados nas tabelas anteriores. Um parâmetro complementar pode ser escolhido para ser
importado na base do VALS. Esse campo complementar vai ser armazenado na base de dados e
poderá ser utilizado para selecionar medições em função deste critério. Por ser um parâmetro
complementar, o campo correspondente não existe na base de dados original do VALS. Portanto é
preciso definir o campo na coluna "Cód. Parâmetro (VALS)", se necessário, e associá-lo ao parâmetro
complementar. O nome do campo deve ser composto do código da missão (ex: JA2, ENV), seguido de
um tracinho, seguido do nome (nome do campo) : por exemplo : JA2-ice_sig0_ku. Essa associação,
uma vez confirmada, levará a criação de um novo parâmetro na base de dados do VALS.

Esse parâmetro pode ser utilizado posteriormente na janela de seleção das medições altimétricas, em
particular para representar os pontos com símbolos diferentes, dependendo do valor do parâmetro
complementar.

Essa definição de parâmetros pode ser salva num arquivo em formato xml e reutilizada posteriormente
graças às funções do menu "Modelos".

OBSERVAÇÃO: a descrição acima tem mais valor informativo; a modificação da parametragem


associada a cada tipo de arquivo deve ser restrita para um USO AVANÇADO do software VALS.
Ainda carecemos de experiência na utilização dessas funções. Para o uso comum, os formatos
fornecidos por default devem ser utilizados sem modificação.


Figura 4 : Parametragem da importação de arquivos em formato NetCdf.


4) Importação de arquivos em formatos antigos

Três procedimentos de importação são disponíveis para arquivos em formatos utilizados


anteriormente; apesar de teoricamente não terem mais utilidade atualmente, eles continuam
disponíveis :

-a importação de dados proveniente de uma solicitação ao CTOH (satélite ENVISAT) ;

-a importação de dados de JASON 2 em formato Netcdf provenientes de uma extração automática


junto ao CTOH ou do programa PISTACH ;

-a importação de arquivo no formato “tab” que foram preparados fora do VALS para os satélites
TOPEX, ERS 1 e 2, JASON 2 e ICESAT.

4.1 Missão ENVISAT

Os dados de altimetria do satélite ENVISAT podem ser obtidos junto ao CTOH via uma solicitação no
site:

http://www.legos.obs-mip.fr/soa/altimetrie/ctoh/FORMULAIRE/ALG_TRK/

Os parâmetros a serem solicitados no pedido são relacionados na tabela 1:

A relação de parâmetros deve ser seguida a risca, caso contrário a importação não será correta.

Os dados são fornecidos para o usuário na forma de arquivos compactados agrupados por ciclos ou por
traços. A utilização do VALS para processar estações virtuais requer normalmente uma entrada de
dados por traços. Uma função do VALS permite transformar arquivos por ciclos em arquivos por traço
(ver IV.6).

Utilizar a função “Arquivos/Importar extração CTOH (ENVISAT)”, depois de abrir uma base
altimétrica local para importar os arquivos por traços. Uma janela permite escolher o arquivo a ser
importado (por enquanto só é possível importar um arquivo de cada vez).

Uma janela de opções (figura 4a) permite limitar a importação entre duas latitudes para não
sobrecarregar a base de dados. A faixa de latitude informada normalmente abrange uma ou mais áreas
de estudo a serem processadas.

Figura 4a: Janela de opções para limitar a importação dos dados.

Durante a importação, uma mensagem informa o usuário sobre o número de dados importados
(figura 5).


Figura 5: Janelas de informação sobre a importação.

4.2 Missão JASON2

Os dados do satélite Jason2 podem ser obtidos a partir de duas fontes de informação :

-junto ao CTOH via uma solicitação no site : http://ctoh.legos.obs-mip.fr/products onde deve se


cadastrar antes de solicitar os dados ; selecionar o satélite Jason2, a área geográfica, os parâmetros (de
acordo com a tabela 1) e o período (data de início/fim ou número do ciclo de início/fim) ;

O resultado da solicitação pode ser recuperado por ftp na forma de um arquivo para cada ciclo
de cada traço, no formato Netcdf.

-junto a CLS para obter os dados do projeto PISTACH (site


ftp://ftpsedr.cls.fr/pub/oceano/pistach/J2/IGDR/hydro/) ; os dados são organizados assim : um
diretório por ciclo e, dentro do diretório, um arquivo Netcdf para cada traço ,compactado com
extensão gz ; o arquivo contém o traço inteiro (limitado às zonas continentais).

Após obtenção dos arquivos, os mesmos podem ser importados no VALS pela função "Importar
arquivos NetCDF (JASON 2)". No caso de Pistach, pensar em descompactar os arquivos baixados
para voltar ao formato Netcdf (extensão nc).

Vários arquivos podem ser importados ao mesmo tempo (seleção múltipla). Por exemplo, para
importar todos os arquivos do traço 50, colocar *_050_*.nc no campo do nome do arquivo para limitar
os arquivos mostrados e selecionar todos os arquivos.

Como na importação descrita em 4.1, uma opção permite limitar em latitude os dados realmente
importados na base e janelas informam sobre a progressão da importação.

Além disso, uma opção permite importar apenas uma parte dos "retracking" disponíveis nos arquivos
(por exemplo, 4 resultados de alturas, provenientes de algoritmos diferentes, são disponíveis nos
arquivos do projeto PISTACH).

4.3 Outras possibilidades de importação.

Os primeiros usuários do VALS já trabalhavam anteriormente com dados de altimetria num formato
próprio dos projetos de pesquisas envolvidos. Esse formato chamado de ‘.tab’ por causa da extensão
dos arquivos utilizados corresponde a um formato “texto” onde uma linha representa uma medição
altimétrica. Por isso, foi devolvida uma função para importar esse tipo de arquivos na base de dados
local utilizada no VALS para aproveitar as funções relacionadas com estações virtuais disponíveis no
VALS. Uma versão modificada desse formato foi elaborada para processar dados ERS, JASON2,
TOPEX-L2 e ICESAT. Não será descrita aqui a maneira de elaborar esses arquivos ".tab" com os
dados fornecidos pelas agências espaciais.

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Utilizar a função “Arquivos/Importar os arquivos .tab”, depois de abrir uma base altimétrica local para
importar os arquivos por traços. Uma janela permite escolher os arquivos a serem importados (vários
arquivos podem ser importados em uma única operação).

Uma janela de opções (figura 4a) permite limitar a importação entre duas latitudes para não
sobrecarregar a base de dados. A faixa de latitude informada normalmente abrange uma ou mais áreas
de estudo a serem processadas e será aplicada a todos os arquivos importados na mesma operação.

Durante a importação, uma mensagem informa o usuário sobre o número de dados importados
(figura 5).

5) Converter dados por ciclos em arquivos por traços

Essa função permite converter dados agrupados por ciclos (forma geralmente utilizada para
distribuição dos dados pelo CTOH) em dados agrupados por traços (forma geralmente mais adaptada
ao processamento das estações virtuais). Trata-se de uma das raras funções de VALS que podem ser
utilizadas sem ter uma base local aberta.

Utilizar o item do menu “Ferramentas/Converter arquivos por ciclos em arquivos por traços”; escolher
os arquivos a serem convertidos (normalmente todos os arquivos de uma extração do CTOH devem
ser processados de uma vez). Depois de confirmada, a conversão começa e uma mensagem final avisa
ao usuário quantos arquivos por traços forma criados.

Atenção: os dados processados são acrescentados ao fim de cada arquivo de traços; portanto, se
converter duas vezes os arquivos por ciclos, os dados serão encontrados duas vezes nos arquivos de
saída por traços.

6) Visualizar o conteúdo da base em uso

Uma vez aberta uma base de dados (local ou central), a função Arquivos/Visualizar o conteúdo da
base em uso permite visualizar uma tabela com todas as missões/traços/número de medições para cada
traço, por exemplo para verificar que o traço a ser estudado realmente consta na base de dados aberta
(exemplo : Tabela 2).

Tabela 2: Exemplo de inventário do conteúdo da base central da ANA.

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V. Procedimento para definir uma estação virtual e obter uma série temporal de
cotas proveniente das observações altimétricas
Depois de escolher uma área de estudo e ter importado numa base local os dados altimétricos que se
encontram na área de estudo (traços que interceptam o polígono), torna-se possível analisar os dados
altimétricos para definir uma estação virtual e extrair uma série cronológica de cotas.

Figura 5a: Escolha da área de estudo para definição da estação virtual.

Utilizar a função “Estações virtuais/Definir uma estação virtual” para escolher a área de estudo, a
missão altimétrica e o “retracking” utilizado para produzir as alturas, assim como escolher ou não de
aplicar um geóide aos dados a priori relacionados com o elipsóide de referência da missão/satélite
considerado. A seguir, o botão “Extrair” vai procurar na base local os dados da missão/retracking
escolhida incluídos no polígono que define a área de estudo. Caso for solicitada a aplicação do geóide,
a mesma necessita o cálculo do geóide em cada ponto por métodos adaptados do programa
Hsynth_WGS84 disponibilizado no site do EGM2008 ; dependendo do número de pontos da área de
estudo, o tempo de cálculo pode variar entre alguns segundos e alguns minutos. A extração, que pode
levar um tempo relativamente importante (com ou sem cálculo do geóide) termina-se pela visualização
de três janelas (figura 6):

-a primeira (janela 1) deve ser utilizada pelo usuário para informar metadados a respeito da estação
virtual (nome, código, bacia, rio, satélite, retracking utilizado, ...); grande parte dessas informações
deve ser fornecida pelo usuário antes de salvar os resultados;

-a segunda janela (janela 2) apresenta um gráfico de todas as medições altimétricas encontradas na


área de estudo e será utilizada para selecionar as medições que vão ser utilizadas para definir a estação
virtual;

-a terceira (janela 3) visualiza a posição georeferenciada das medições encontradas, ou melhor, a


posição (latitude/longitude) do satélite no momento da medição.

Quando vários traços cruzam a área de estudo, uma janela permite ao usuário selecionar um traço
(eventualmente vários); isso antes da visualização das janelas descritas anteriormente.

OBSERVAÇÃO: por enquanto, a aplicação do geóide não dá resultados corretos quando a referência
dos dados altimétricos originais for diferente de WGS84 ou do elipsóide TOPEX. Isso porque é
preciso ajustar o resultado do cálculo do geóide (referência WGS84) com a referência dos dados
originais (WGS84 para ENVISAT e ERS, TOPEX para Topex e Jason) ), o que, no momento, foi
implementado apenas para TOPEX, e evidentemente para WGS84 que não precisa de ajuste.

Possivelmente, uma outra alternativa para determinação do geóide será implementada no futuro : trata-
se da interpolação a partir do grid 1minx1min do geóide EGM2008. Estudos são necessários para

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determinar se o ganho de tempo de cálculo obtido pelo novo método não prejudica a precisão do
resultado da avaliação do geóide.

Para permitir o uso de critério de seleção das medições altimétricas, é preciso tomar a decisão logo no
pedido de extração com o polígono que define a área de estudo (figura 5a).

Figura 6: Três janelas visualizadas após a extração da estação virtual.

1 Janela 2: “Seleção dos dados altimétricos”

Inicialmente, todos os pontos encontrados na área de estudo definida pelo polígono são representados
num gráfico:

-em ordenada (y): a altura (medição altimétrica) em relação ao elipsóide de referência do satélite,
quando não for solicitada a aplicação do geóide, em relação ao geóide utilizado durante a sessão, caso
contrário; neste segundo caso, o nome do geóide aparece na etiqueta do eixo y.

-em abscissa (x): a distância do ponto projetado perpendicularmente à direção de escoamento


informada para a área de estudo; a distância é calculada com as coordenadas dos pontos em graus
geográficos.

Diferentes ações podem ser efetuadas para mexer na representação gráfica:

-botão Zoom: permite ampliar uma parte do gráfico, delimitada por um retângulo desenhado, da
esquerda para direita, com o mouse; para voltar ao gráfico inteiro, desenhar um retângulo da direita
para esquerda;

-botão Selecionar: permite selecionar os pontos incluídos num retângulo desenhado com o mouse;
várias seleções sucessivas vão acumulando-se; um ponto já selecionado pode ser selecionado
novamente; os pontos selecionados aparecem pintados de vermelho;

-botão Deselecionar : permite anular a seleção dos pontos incluídos num retângulo desenhado com o
mouse.

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Os botões Zoom, Selecionar e Deselecionar são exclusivos (apenas um pode ser ativo).

Além da seleção com o botão Selecionar e Deselecionar que na maioria dos casos são suficientes,
existe ainda outra forma de selecionar pontos: com o botão Zoom ativado, clicar num ponto com a
tecla “Ctrl” em posição baixa vai Selecionar/Deselecionar um ciclo inteiro.

As duas casinhas “Dados brutos” e “Hooking” permitem visualizar/ocultar no gráfico as séries de


pontos correspondentes (dados brutos e dados corrigidos do efeito de hooking).

Tabela dos ciclos: a ferramenta “Ferramentas/Visualizar os ciclos” permite abrir uma tabela com uma
linha por ciclo (figura 7), com o objetivo de facilitar a escolha dos pontos a serem utilizados para
definir a estação virtual. Constam nessa tabela o número do ciclo, a data/hora da medição, a incerteza
associada com cada método de cálculo da altura (média, mediana, “hooking”).

O botão “Atualizar a tabela” recalcula as incertezas de acordo com os pontos selecionados no gráfico.

A primeira coluna permite mostrar/ocultar um ou vários ciclos no gráfico, por exemplo para ter uma
visão melhor dos ciclos correspondentes.

O botão “Inverter a seleção” inverte a seleção definida na primeira coluna; pode ser utilizado para
visualizar apenas algum(ns) ciclo(s) sem ter que deselecionar todos os outros (deselecionar o ciclo
desejado e depois inverter a seleção para selecioná-lo).

A ferramenta “Ferramentas/Aplicar Hooking” permite aplicar a correção do efeito do hooking somente


para os pontos selecionados; a nova posição dos pontos corrigidos aparece então no gráfico com a cor
verde.

Observação: provavelmente a correção do efeito de hooking ainda vai ser modificada para considerá-
la como o processo a ser aplicado a alguns ciclos, sendo o resto do processo (cálculo da altura
representativa) idêntico para os dados brutos e os dados corrigidos do efeito de hooking.

A função “Extrair/Em formato .tab.” permite exportar num arquivo texto os dados dos pontos
selecionados (cor vermelha). O formato do arquivo está sendo descrito no anexo 1.

A função “Extrair/Serie temporal” permite calcular uma série temporal de cotas a partir dos pontos
selecionados no gráfico atual (ver parágrafo III.3).

A qualquer momento, existe uma correspondência entre os pontos da janela 2 e da janela 3 : quando
posicionar o mouse num dos pontos, uma seta vermelha indica a posição do ponto no gráfico da outra
janela ; além disso, algumas informações aparecem na tela para o ponto selecionado.

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Figura 7: Janela 2 com pontos selecionados e tabela dos ciclos.

Figura 8 :Exemplo de maus ciclos não selecionados.

Utilização do parâmetro complementar.

Para permitir o uso de critério de seleção das medições altimétricas, é preciso tomar a decisão logo no
pedido de extração com o polígono que define a área de estudo (figura 5a).

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Quando escolhido o parâmetro complementar, o gráfico dos pontos de medição diferencia o símbolo
utilizado em função do valor do parâmetro complementar (do jeito que o valor aparece no arquivo, ou
seja, sem conversão). A legenda dos símbolos pode ser acessada pelo menu "Ferramentas/Classes do
critério". Essa tabela (figura 9) permite modificar as classes e, eventualmente, solicitar que os pontos
que correspondem a uma ou várias classes sejam selecionados (pintados de vermelho) na próxima
atualização do gráfico. O número de classes não pode ser aumentado mas pode ser diminuído (uma
classe sem valor mínimo nem valor máximo será eliminada).

O valor do campo utilizado como critério aparece quando se aponta uma medição do gráfico (figura
10).

Observação : cada validação da janela de "Intervalos" para representação do critério leva a um novo
gráfico e, portanto, a perda de seleções anteriores.

O botão "Salvar" (figura 9) serve para memorizar nas opções do usuário os valores dos intervalos que
definem as classes.

No momento, os campos de tipo "virgula flutuante" (floating point) não devem ser escolhidos como
parâmetros complementares.

Figura 9 : Definição dos critérios do parâmetro complementar.

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Figura 10 : Visualização do valor do parâmetro complementar.

2 Janela 3: “Medições altimétricas georeferenciadas”

Inicialmente, o gráfico apresenta a posição geográfica (Latitude/Longitude) das medições altimétricas


e a definição da área de estudo.

A função “Sobrepor/Limites do corpo de água” permite sobrepor ao gráfico qualquer arquivo no


formato kml ou kmz. Isto pode ser aproveitado para acrescentar o desenho das margens do rio e de
ilhas, na área de estudo com o objetivo de facilitar a seleção, situando os pontos em relação aos limites
do corpo de água. O Google Earth pode ser utilizado para elaborar o arquivo kml ou kmz a ser
sobreposto.

A função “Atualizar/Atualizar com a seleção” permite atualizar o gráfico dos pontos georeferenciados
de acordo com a seleção no gráfico “Seleção dos dados altimétricos”, ou seja, pintar de vermelho os
pontos selecionados. Por causa do tempo de resposta do software, essa correspondência não pode ser
feita em tempo real (a cada ponto selecionado ou deselecionado).

A função “Google Earth/Visualizar a seleção no Google Earth” permite visualizar no Google Earth
apenas os pontos selecionados. Primeiro, um arquivo em formato kmz vai ser criado no diretório de
trabalho e VALS tentará abrir o Google Earth. Mesmo sendo instalado, o Google Earth pode não ser
encontrado pelo VALS; neste caso, o usuário será solicitado para informar o caminho do arquivo
GoogleEarth.exe (geralmente: Arquivos de Programas/Google/GoogleEarth/GoogleEarth.exe).

17 
Figura 11: Janela 3 com sobreposição das margens do rio.

3 Janela 4: “Série temporal extraída”

Uma vez realizada a seleção dos pontos que vão definir a estação virtual, a série cronológica de cotas
pode ser gerada com a função “Extrair/Serie temporal” executada na janela “Seleção dos dados
altimétricos”.

Isto abrirá uma quarta janela onde serão apresentadas no máximo quatro séries cronológicas:

-a dos valores médios dos pontos selecionados para um ciclo, sem aplicação do "hooking";

-a dos valores da mediana dos pontos selecionados para um ciclo, sem aplicação do "hooking";

-a dos valores médios dos pontos selecionados para um ciclo, com aplicação do "hooking";

-a dos valores da mediana dos pontos selecionados para um ciclo, com aplicação do "hooking";

-a série dos valores selecionados (um valor de cota para cada data escolhido entre as 4 possibilidades
da tabela da figura 7).

Por default, cada ponto vem acompanhado de uma barra de incerteza e todas as séries são visualizadas.
Várias opções permitem visualizar/ocultar cada série e/ou as barras de incerteza.

Como no caso das janelas 2 e 3, uma correspondência existe entre um ponto da série temporal e os
gráficos por ciclos e georeferenciados: basta posicionar o cursor do mouse num ponto da série
temporal para assinalar com setas vermelhas os pontos do ciclo com os quais a cota foi calculada.

Quando a seleção dos pontos foi efetuada depois da aplicação do geóide, a série temporal já vem
relacionada com o geóide corrente. Caso contrário, os dados são relacionados com o elipsóide e as
funções disponíveis no menu Geóide permitem:

18 
-aplicar o geóide a cada ponto da série cronológica;

-voltar para o elipsóide quando os dados estão referenciados ao geóide

Nos dois casos, cálculo é feito para as coordenadas calculadas como médias das coordenadas
dos pontos de medição selecionados para determinado ciclo (data).

OBSERVAÇÃO: por enquanto, a aplicação do geóide não dá resultados corretos quando a referência
dos dados altimétricos originais for diferente de WGS84 ou do elipsóide TOPEX. Isso porque é
preciso ajustar o resultado do cálculo do geóide (referência WGS84) com a referência dos dados
originais (WGS84 para ENVISAT e ERS, TOPEX para Topex e Jason), o que, no momento, foi
implementado apenas para TOPEX e, evidentemente para WGS84 que não precisa de ajuste.

A função “Exportar/Serie temporal em arquivo .TAB” gera um arquivo de texto com todos os valores
de cotas extraídos (descrição do formato no anexo 2).

Figura 12: Janela 4 com as três séries temporais extraídas (média, mediana, “hooking”).

4 Resultados

Estação virtual: O arquivo obtido pela função “Extrair/Em formato .tab” da janela 2 representa, junto
com o arquivo kml da área de estudo, a verdadeira definição da estação virtual (uma estação virtual é
definida pelos pontos de medições altimétricas utilizados para calcular as cotas).

Série temporal de cotas: o arquivo de texto obtido pela função “Exportar/Serie temporal em arquivo
.TAB” da janela 4 representa outro resultado : a série de cotas altimétricas observadas na estação
virtual. No futuro, será possível escolher apenas um dos três valores (média, mediana, hooking)
propostos para representar a cota de uma passagem do satélite.

Um relatório em formato pdf constitui o terceiro resultado e permite documentar o trabalho realizado.
Ele pode ser obtido com a função “Arquivo/Documentar” da Janela 1 e constam nele:

-os metadados associados com a estação virtual;

-o gráfico dos pontos selecionados para definir a estação virtual;

19 
-o gráfico dos pontos selecionados georeferenciados;

-o gráfico das três séries de cotas (média, mediana, hooking) representadas juntas e também
individualmente (gráfico de cada série).

Figura 13: Correspondência entre as diferentes janelas.

VI. Funções relacionadas com a extração da cota altimétrica por aplicação de um


algoritmo automático
1. Algoritmo automático

Apesar do algoritmo automático ser principalmente destinado ao processamento em rotina dos dados
altimétricos provenientes em tempo quase real das agências espaciais, o mesmo foi implementado no
VALS para permitir testes ou comparações entre os métodos manuais e automáticos.

Uma sequência proposta para o funcionamento de uma estação virtual pode ser descrito assim :

-processamento manual no VALS (descrito no capítulo V) dos ciclos antigos; o que leva a uma seleção
de medições que podem ser salvas em arquivo "tab" (com extensão tab, descrito no anexo 1) e a uma
série cronológica que pode ser armazenada em arquivo "temptab", com extensão temptab, descrito no
anexo 2);

-a partir da seleção de pontos de medição, geração de um envelope (volume convexo limitado pelos
pontos selecionados) que será posteriormente utilizado para seleção automático nos ciclos recentes e
futuros;

-após definição do envelope, utilização do mesmo para selecionar os pontos dentro de um novo ciclo e
aplicar o algoritmo automática de cálculo da cota altimétrica para o ciclo processado.

Os parágrafos abaixo descrevem essas duas últimas funções agora disponíveis no VALS, como
também outras funções de visualização dos envelopes.

20 
2. Menu « Envelopes »

A primeira função permite criar o envelope convexo cercando um conjunto de pontos de medição
altimétrica. O primeiro passo visa informar alguns parâmetros numa janela semelhante a figura 14.

Figura 14 : parâmetros para criação do envelope.

O envelope, por ser convexo, não permite levar em conta áreas do volume que deveriam ser excluídas
da seleção (por exemplo, no caso da presencia de ilhas). Para contornar o problema, foi aceita a
possibilidade de envelopes de "exclusão" que vão permitir eliminar pontos inicialmente selecionados.

O "Tipo de envelope" portanto deve ser utilizado para especificar se o envelope será utilizado para
selecionar pontos (Inclusão) ou eliminar pontos (Exclusão).

A seguir, escolher o nome do arquivo onde será gravada a definição do envelope (o nome deve ser
diferente para cada envelope)

O último parâmetro diz respeito ao conjunto de pontos da janela de “Seleção dos dados altimétricos”
que será considerado para criar o envelope :

-todos os pontos selecionados ;

-todos os pontos, selecionados ou não ;

-apenas os pontos de um tipo de seleção (0=normal, seleção 1 até 6=hooking 1 até 6).

Após confirmação, o arquivo está sendo criado e uma mensagem avisa o usuário.

A segunda função pode ser utilizada para controlar a forma do envelope criado. Uma vez selecionado
o nome do arquivo do envelope, o mesmo será projetado em 2 dimensões e sobreposto ao gráfico dos
pontos de medição (figura 15).

Finalmente, o terceiro item do menu visualiza em 3D um ou vários envelope para uma mesma estação
virtual : os envelopes para inclusão aparecem em vermelho, os para exclusão aparecem em azul
(Figura 16). A seta aponta a direção z negativa.

21 
Figura 15 : Sobreposição de dois envelopes (traço vermelho : inclusão; traço azul : exclusão).

Figura 16 : Representação 3D de um envelope para inclusão e de um envelope para exclusão.

22 
3. Menu « AUTOVALS »

Esse menu oferece no momento uma única função (Aplicar o algoritmo automático aos ciclos
visualizados)

Figura 17 : Escolha dos parâmetros para o algoritmo automático.

Antes da aplicação do algoritmo, alguns parâmetros (Figura 17) precisam ser definidos (para entender
melhor o significado dos parâmetros, consulte o anexo 3 onde consta a descrição do algoritmo) :

-o diretório onde podem ser encontrados os arquivos que definem os envelopes ; vale salientar que
todos os envelopes encontrados no diretório serão considerados, portanto, cada estação virtual
estudada precisa ter o seu próprio diretório ;

-o tamanho dos subsets (valor k na descrição do algoritmo) ; vários valores podem ser testados
(separados por vírgulas) : o algoritmo será aplicado para cada valor de k e o melhor resultado será
selecionado ;

-limEtap1, limEtap2, igd : ver a descrição do algoritmo ;

-critério de seleção dos ajustes : como descrito no algoritmo a ordenação pode ser feita pelo valor do
desvio (opção mais lógica) ou pela cota mínima obtida ; corresponde ao parâmetro "tricote" do
algoritmo (valor true para uso da cota mínima).

Uma vez confirmadas as opções, todos os ciclos atualmente visíveis no gráfico são processados
(dependendo do número de ciclos, pode ser um processamento demorado). Ao final, os resultados
aparecem na coluna Med. Normal da tabela dos ciclos.

Na versão atual, os pontos selecionados durante a aplicação do algoritmo automático não tornam-se
selecionados (color diferente de azul) na janela de seleção manual.

23 
VII. Outras funções
1 Menu « Janelas »

O menu Janelas permite alterar a disposição das janelas 1 até 4 durante a definição da estação virtual.
Podem ser visualizadas como mosaico (as quatro janelas visíveis ao mesmo tempo) ou em cascada (as
4 janelas sobrepostas). O último item do menu permite também deslocar-se diretamente para uma
determinada janela.

2 Menu « Idioma »

O software VALS está disponível em quatro idiomas: português, francês, inglês e espanhol. Definir o
idioma utilizado só será completamente efetivo depois de reiniciar o programa. Quando um texto
ainda não for disponível em um dos idiomas, será utilizado o texto em francês.

3 Menu « Geóides » do menu principal

A função "Definir o geóide utilizado na sessão" permite parametrar qual será o geóide a ser
considerado para conversão das alturas em altitudes, tanto na definição da estação virtual quanto nas
séries cronológicas de cotas. No momento, apenas o geóide EGM2008 pode ser selecionado (figura
18). Para poder utilizar o geóide, é necessário carregar dois arquivos disponibilizados no site do
EGM2008, descompactá-los numa pasta do computador do usuário e informar no campo "Pasta dos
arquivos que definem o geóide" o nome da pasta. Confirmar com Ok. Essa parametrização fica depois
de sair do VALS e, portanto, precisa ser feita apenas uma vez.

Figura 18: Escolha do geóide

VIII. Instalação do software VALS no computador do usuário


Instalar o software VALS disponibilizado no endereço www.mpl.ird.fr/hybam/outils/logiciels_test.php
(uma identificação e uma senha são exigidas para baixar o software). Após confirmar e aceitar a

24 
assinatura da aplicação, a mesma vai ser instalada no computador. O software Java Web Start,
utilizado para distribuir VALS, pode solicitar ao usuário a geração de atalhos ou de uma entrada no
menu Iniciar. Com uma resposta afirmativa, todas as execuções posteriores da aplicação poderão ser
realizadas com esse atalho, particularmente no caso de uma utilização sem conexão Internet.

Quando for solicitado durante a instalação, confirme a execução ou a abertura do arquivo index.jnlp. A
cada execução do software VALS, Java Web Start verifica si uma versão mais atualizada do que a do
computador foi disponibilizada. Neste caso, a versão será baixada e executada.

Quando, durante a instalação, a possibilidade de criar atalho não foi utilizada, ainda pode ser
consertado da seguinte maneira:

1. Selecionar Iniciar > Painel de configuração e clicar em Java; uma janela de configuração de Java
aparece.

2. Clique em General.

3. Clique no botão Parâmetros na parte Arquivos Internet temporários.

4. Clique no botão Visualizar as aplicações.

5. Na relação dos aplicativos, clique com o botão da direita do mouse no aplicativo VALS e confirme
o item “Instalar os atalhos” para criar o atalho no Desktop.

25 
Anexo 1: Formato do arquivo .tab que define a estação virtual

*0*1.0
*1*ENV564Balbin
*2*ENV
*3*ICE1
*4*Sans géoide
*5*
*6*
*7*
*8*
*10*
*999*cycle day year longitude latitude level flag sel sel_n
10 292.582273 2002 -59.823038 -1.534776 34.762 0 1 6
10 292.582285 2002 -59.823773 -1.538084 34.782 0 1 6
10 292.582285 2002 -59.824493 -1.541384 34.801 0 1 6
10 292.582285 2002 -59.825223 -1.544694 34.812 0 1 6
10 292.582285 2002 -59.825953 -1.548004 34.835 0 1 6
10 292.582285 2002 -59.826673 -1.551304 34.854 0 1 6
10 292.582285 2002 -59.827403 -1.554614 34.875 0 1 6
10 292.582285 2002 -59.828133 -1.557914 34.887 0 1 6
10 292.582285 2002 -59.828853 -1.561224 34.829 0 1 6
10 292.582285 2002 -59.829583 -1.564524 34.845 0 1 6
10 292.582285 2002 -59.830313 -1.567834 34.853 0 1 6
10 292.582285 2002 -59.831033 -1.571134 34.870 0 1 6
10 292.582285 2002 -59.831763 -1.574444 34.877 0 1 6

As primeiras linhas correspondem aos metadados da estação virtual; a última linha do cabeçalho
(*999*) contém o título das colunas:

-número do ciclo da missão;

-dia/fração de dia durante o ano (01/01=dia 0);

-ano;

-longitude e latitude do ponto medido;

-altura em m, relativa ao elipsóide de referência da missão;

-flag de qualidade, fornecido com os dados;

-sel=tipo de seleção (0 : normal; 1 a 6 : hooking);

-sel_n=desconsiderar.

26 
Anexo 2: Formato do arquivo .tab que contém as séries cronológicas extraídas

*0*1.0
*1*ENV564Balbin
*2*ENV
*3*ICE1
*4*Sans géoide
*5*RIO UATUMA
*6*LAGO BALBINA
*7*ENV_564_Balbina
*8*JOECILA SILVA
*10*
*999*cycle day year longitude latitude nb valeur sigma methode
10 292.582279 2002 -59.827403 -1.554610 11 34.853 0.022 1
11 327.582270 2002 -59.819615 -1.485611 13 34.530 0.022 1
12 362.582248 2002 -59.825641 -1.518808 16 34.189 0.020 1
13 32.582246 2003 -59.820742 -1.503612 12 33.588 0.023 1
14 67.582252 2003 -59.818888 -1.502210 21 33.481 0.040 1
18 207.582361 2003 -59.830251 -1.547966 18 34.699 0.034 1
19 242.582396 2003 -59.826340 -1.520987 11 34.681 0.018 1
20 277.582354 2003 -59.820817 -1.517586 15 34.404 0.018 1
21 312.582315 2003 -59.823706 -1.544341 10 33.760 0.018 1
22 347.582325 2003 -59.813580 -1.513249 16 32.945 0.031 1
23 17.582321 2004 -59.818852 -1.523752 19 32.872 0.011 1
24 52.582305 2004 -59.813675 -1.508141 19 32.367 0.040 1
25 87.582343 2004 -59.826874 -1.502446 13 32.557 0.026 1
26 122.582320 2004 -59.822409 -1.533201 22 32.974 0.023 1
27 157.582383 2004 -59.828933 -1.520425 21 33.668 0.027 1

As primeiras linhas correspondem aos metadados da estação virtual; a última linha do cabeçalho
(*999*) contém o título das colunas:

-número do ciclo da missão;

-dia/fração de dia durante o ano (01/01=dia 0); trata-se da data/hora média dos pontos da mesma
passagem selecionados para definir a cota

-ano;

-longitude e latitude média dos pontos selecionados para definir a cota;

-altura em m, relativa ao elipsóide de referência da missão;

-nb : o número de pontos utilizados para calcular a altura;

-valeur : o valor da altura média (em m);

-sigma : o valor da incerteza (em m).

-methode : método utilizado para calcular a cota (1=média, 2=mediana, 3=média+hooking,


4=mediana+hooking, 0=algoritmo automático).

27 
Anexo 3: Descrição do algoritmo de extração automática da cota

Esse algoritmo está sendo utilizado por :

-AUTOVALS, módulo de extração automática para alimentação da base de dados do ORE-


HYBAM

-VALS para aplicar, a pedido do usuário, o processamento automático aos ciclos visualizados
durante a fase de seleção manual dos pontos de medição.

entrada:

-no caso de AUTOVALS, série de medições altimétricas de um ciclo, organizada em arquivos


no formato NetCdf; no momento a automatização foi adaptada aos formatos Pistach, Envisat-ctoh em
NetCdf, Jason2-ctoh em format NetCdf ;

-ou, no caso de VALS, série de pontos de medição de um ciclo ora visualizado na janela
“Seleção dos dados altimétricos” ;

-um arquivo de parâmetros utilizados no cálculo (descrito mais adiante);

-um ou mais arquivos que definem volumes de seleção ou de exclusão de pontos medidos;

-um arquivo no formato "tab" com os pontos selecionados para os ciclos anteriores (não tem
utilidade para o cálculo mas será completado com o ciclo que está sendo processado);

-um arquivo "temptab" com a versão anterior da série temporal de cotas (não tem utilidade
para o cálculo mas será completado com a cota calculada para o ciclo que está sendo processado).

saída : um arquivo Excel resumindo o cálculo automático, um arquivo em formato kmz com os pontos
utilizados para definir a estação virtual, um arquivo em formato kmz com a série cronológica de cotas.

Na sua versão atual, esse algoritmo está divido em 4 fases, descritas a seguir (as planilhas
mencionadas na descrição são as do arquivo Excel produzido pelo processamento).

0.Seleção dos pontos estudados e mudança do referencial.

0.a Uma primeira seleção ocorre com a eliminação dos pontos encontrados fora do intervalo
de latitude definido para a estação.

0.b Caso a seleção por utilização dos envelopes for ativa, apenas os pontos da seleção 0.a
encontrados dentro do volume 3D que define a estação ; o "volume 3D" compreende :

-um ou vários envelopes de tipo "Inclusão" (neste caso o volume interno faz parte da estação
virtual);

-um ou vários envelopes de tipo "Exclusão" (neste caso, os pontos encontrados dentro do
envelope são excluídos da seleção).

0.c Todos os pontos selecionados (longitude, latitude, altura) são projetados num referencial
2D (x, y) onde:

28 
-x representa o eixo paralelo à direção do traço do satelite no solo ; sendo o primeiro ponto da
série estudada o ponto origem do eixo;

-y representa a "vertical" : para cada ponto, o valor em y no novo referencial corresponde à


altura altimétrica medida.

Exemplo de um envelope de inclusão (vermelho) e de um envelope de exclusão (azul).

Gráfico dos pontos estudados para o ciclo processado, projetados num referencial 2D (planilhas data0
e chart0).

29 
1.Fase 1. Busca de um eventual "hooking".

1.a Para cada série de k pontos consecutivos da série estudada, ajusta-se uma mediana (res0)
ou uma parábola (res1) mas na realidade, apenas as parábolas interessam nesta fase

1.b os resultados (res1) são ordenados por cota calculada crescente (parâmetro tricote
verdadeiro) ou por desvio com a parábola ajustada crescente (parâmetro tricote falso)

2.Fase 2. Tentativa de extensão da série de pontos selecionados.

2.a São conservados os limetap1 melhores resultados da fase anterior;

2.b Para cada resultado, a série vem sendo aumentada de igd pontos :

-antes do primeiro ponto

-depois do último ponto

-nas duas direções

se, em cada caso, o ajuste da parábola for correto, a nova série é

os resultados (3 ao máximo) são ordenados por desvio (com a parábola ajustada) crescente ;

caso o resultado obtido for melhor que o resultado anterior, tenta-se aumentar a série de mais
igd pontos, caso contrário, o resultado anterior será mantido;

2.c obtém-se assim uma nova série de resultados com séries possivelmente mais longas que no
fim da fase 1, sempre buscando ajustar parábolas (para correção do efeito de "hooking");

os resultados são ordenados como em 1b.

salvam-se os limEtap1 melhores resultados nas planilhas data1, data2 e charts

30 
Exemplo de série (uma entre as 10 melhores) com "hooking" selecionada (em vermelho, os pontos
originais e a parábola ajustada; em verde os pontos corrigidos do "hooking" e o valor mediano
calculado).

Exemplo de série selecionada no fim da etapa 3 : 10 pontos utilizados com um desvio de 0.018 m.

31 
3.Fase 3. Busca da mediana após correção do "hooking".

3a. Para cada um dos limEtap1 melhores resultados da segunda fase:

3.a.1 as alturas originais são substituídas pelas alturas corrigidas do efeito do


"hooking" e aplica-se novamente a fase 1 interessando-se apenas ao ajuste da mediana (já que
o efeito do "hooking" foi levado em conta);

3.a.2 os resultados são ordenados por desvio crescente com a mediana;

3.a.3 aplica-se novamente a fase 2 para esticar as séries (eventualmente);

3.a.4 os 5 melhores resultados são mantidos;

3.b ordenam-se por desvio crescente com a mediana os limEtap2 resultados mantidos acima;

3.c os limEtap1 melhores resultados são documentados nas planilhas data3 e chart2

4.Fase 4. Finalização, publicação do resultado.

4.a documenta-se o resultado final nas planilhas dataZ e chartZ;

4.b completa-se a série cronológica de cotas (arquivo .temptab);

4.c a série cronológica fica gravada no arquivo Excel;

4.d a planilha Parameters recebe os parâmetros utilizados no processamento do ciclo;

4.e gera-se uma arquivo –sv.kmz para visualização da estação virtual no GE;

4.f gera-se um arquivo –st.kmz para visualização da série cronológica atualizada no GE;

4.g o arquivo .temptab recebe a série cronológica atualizada.

32 
Exemplo de resultado final (planilhas dataZ e chartZ) com o valor de cota extraído (em azul) e os
desvios (em vermelho).

Exemplo de arquivo –sv.kml visualizado no GE com os pontos que definem a estação virtual.

Exemplo de visualização no GE de arquivo –st.kmz com a série cronológica.

33 

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