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Contextualizando Mato Grosso

Características gerais:

Terceiro Estado em área da Federação, com o total de 906.807 Km². Região Centro-Oeste
Sua localização é privilegiada, pois pertence ao território fronteiriço internacional (Amazônia brasileira).
Recebeu estímulos para a ocupação de seu território a partir da década de 1970 (resultou em uma alavancada na
economia agropecuária).

O processo de ocupação resultou na interiorização da economia, crescimento populacional e, consequentemente na


intensa urbanização.

- 1970, contava com 34 municípios.


- 2010, contou com 142 municípios e aproximadamente 3.066.046 habitantes.
No Brasil, o desenvolvimento do capitalismo foi caracterizado por forte intervenção do Estado através de vários
instrumentos, que tinham por objetivo a valorização do capital e a inserção econômica do país no contexto mundial.
A intervenção estatal imprimiu, na região Centro-Oeste, profundas transformações estruturais:

• Implantação de programas de desenvolvimento (1970);


• Divisão territorial do Estado (1977);
• Divisão territorial de Goiás, com a criação do Estado de Tocantins (1981);

Localização e fronteiras

Dentro do Brasil, localiza-se a oeste do Meridiano de Greenwich e a sul da Linha do Equador e com fuso horário -4
horas em relação à hora mundial GMT No Brasil, o estado faz parte da região Centro-Oeste.

As cidades mais importantes são Cuiabá, Várzea Grande, Rondonópolis, Sinop, Cáceres, Barra do Garças e Tangará da
Serra.

A capital (Cuiabá) está localizada a 15º35'55.36" latitude Sul (com relação à linha do Equador) e 56º05'47.25"
longitude Oeste (com relação ao meridiano de Greenwich).

Fronteiras: Mato Grosso do Sul (ao Sul), Tocantins (ao Nordeste), Goiás (a leste), Pará (ao Norte), Amazonas (ao
Norte/Noroeste) e Rondônia (Noroeste) e um país, a Bolívia (a oeste).

Aspectos climáticos e ecossistemas do Mato Grosso


Classificação de Strahler

Em síntese, a classificação de Strahler, que leva em conta as massas de ar dominantes e as chuvas identifica Mato
Grosso assim:

Clima Equatorial Quente-Úmido: dominado pela massa equatorial continental (1 a 3 meses secos) no extremo norte;

Clima Tropical Seco-Úmido: dominado pela massa tropical continental, no restante do Estado.
As Chuvas (Pluviosidade) e a Temperatura

O Estado de Mato Grosso recebe um total pluviométrico anual que varia entre 2.700 a 1.200 mm, a sua distribuição
espacial está ligada à posição geográfica da região, em face dos sistemas regionais de circulação atmosférica e
também de aspectos do relevo.

A dinâmica da atmosfera sobre o território é caracterizada pela atuação de três Massas de Ar:

- Massa Equatorial Continental (mEc): quente e úmida, atua durante o ano todo, sendo a principal responsável pelas
intensas chuvas no período primavera-verão. Tem origem na Amazônia.
- Massa Tropical Continental (mTc): quente e seca, está associada à baixa pressão predominante sobre a região do
Chaco Boliviano (centro-sul da América do Sul), durante o verão esta área é muito aquecida, originando essa
característica dessa massa com aquecimento diurno e o resfriamento noturno.
- Massa Polar Antártida (mPa): fria e seca, tem sua origem nas regiões polares do continente antártico. É responsável
por queda brusca de temperatura, conhecida como fenômeno da “friagem”.

Aspectos Físicos e Domínios Naturais do Espaço matogrossense – Relevo

O relevo brasileiro apresenta grande variedade morfológica (formas), como serras, planaltos, chapadas, depressões,
planícies e outras,

-Agentes externos: clima (temperatura, ventos e chuvas) e os rios (erosão, deposição).


-Agentes internos: vulcanismo e tectonismo.

Formação: Era Cenozóica, há 65 milhões de anos.


O solo é a “camada superficial de terra arável possuidora de vida microbiana e é o único ambiente onde se
encontram reunidos em associação íntima os quatro elementos: litosfera (rochas) hidrosfera (água) atmosfera (ar) e
biosfera (vida)”.

Por isso é importante conhecer as características do solo para que haja um planejamento do uso e manejo de
técnicas adequadas às suas potencialidades, evitando sua depreciação e degradação.

Vai ser a característica do relevo e não do solo que irá propiciar o grande avanço da agro-indústria, pois o nosso solo
é ácido e ferroso, porém o relevo facilita a implantação de maquinário.
Segundo o PRODEAGRO, existe uma variedade de solos em Mato Grosso, indo desde os mais férteis até os mais
pobres, tendo as seguintes denominações principais:

– Latossolo;
–Terra Roxa Estruturada;
–Brenizem Avermelhado;
–Podzóico Vermelho-amarelo;
–Cambissolo;
–Planossolo;
–Solonetz;
–Vertissolo;
-Areias Quaztosas;
–Solos Litólicos;
–Solos Aluviais.
Considera-se relevo o conjunto de formas encontradas na superfície terrestre. Segundo classificação do geógrafo
Jurandir Rossi, elas podem ser:

-Planalto: Áreas planas e altas, com altitudes superiores a 250 metros.

-Planícies: Áreas planas e baixas, com altitudes inferiores a 200 metros.

-Depressões: Áreas rebaixadas em relação as que a circundam. Podem ser relativas (acima do nível do mar) e
absolutas (abaixo do nível do mar).

ECOSSISTEMAS DE MATO GROSSO

Ecossistema: Conjunto de elementos básicos (seres vivos) e Abióticos (não vivos, como clima, altitude, solo, etc) de
uma determinada área, que trocam entre si influências notáveis com a transferência de matéria e energia, visando o
equilíbrio estável.
Bioma: Conjunto de condições ecológicas de ordem climáticas e características de vegetação: o grande ecossistema
com fauna, flora e clima próprios.
Dentre os diversos ecossistemas encontrados no Brasil, Mato Grosso, em sua totalidade, possui três grandes
domínios e uma área de transição:

AMAZÔNIA
CERRADO
PANTANAL
Áreas de Transição entre ecossistemas.

As dificuldades para estabelecer os limites dos domínios fitogeográficos levaram muitos autores a selecionar
critérios de definição, como fisionômico, ecológicos, bioclimáticos, etc.
Na classificação da vegetação mato-grossense, assim como a de todo o Brasil, foi adotado o critério morfoclimático,
reunindo variáveis geomorfológicas (relevo), pedológicas (solos), climáticas, hidrológicas, botânicas e a dimensão
temporal proposta por Aziz Nacib Ab´Saber (1977) e adotada pelo Projeto Radambrasil.

Cerrado

Também denominado Savana, ocupava originalmente 38,29% da cobertura vegetal do Estado. É constituído de
várias formações herbáceas graminosas contínuas, em geral lenhosas.

Típica de clima tropical estacional, com estação chuvosa entre Outubro e Abril e precipitação média de 1.500mm
anuais.

Possui pequenas árvores com galhos retorcidos de até 15 metros de altura e arbustos que em seu estrato superior
misturam-se a vegetação rala e rasteira.

O Cerrado está associado a solos com altas concentrações de Alumínio e pobres em nutrientes.
O cerrado subdivide-se em cinco (05) partes:

-Campo Limpo -Campo Sujo -Campo Cerrado -Cerrado -Cerradão


Os impactos sobre o Cerrado em decorrência do processo ocupacional e de urbanização:

-Compactação do solo;
-Erosão e perda do solo;
-Assoreamento dos rios;
-Contaminação das águas pelo uso de intensivo de agrotóxicos, vinhoto das usinas canavieiras e mercúrio dos
garimpos;
-desequilíbrios ecológicos provocados pelas queimadas e desmatamento, monocultura extensiva, provocando
doenças e pragas;
-Proliferação de insetos;
-Invasão de terras indígenas;
-Redução de biodiversidade;

Amazônia

A Amazônia representa a área dos maiores ecossistemas brasileiros. É a maior floresta do mundo, e avança sobre
Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname, Venezuela, e equivale cerca de 35% das áreas florestais no
planeta. A maior parte é composta de formação vegetal latifoliada (de folhas largas), que apresenta as seguintes
características:

É perene: permanentemente verde, nunca perde as folhas;


É heterogênia: Constituída de várias espécies;
É densa: Fechada;
É higrófila: várias espécies vivem em ambientes úmidos.
Subdivide-se em Mata de terra firme, Igapó e Mata de Várzea.
A Amazônia recobria originalmente 55% do território matogrossense. Possui clima quente e úmido (equatorial) com
temperaturas médias de 26°e pouca variação anual e precipitação pluviométrica acima de 2.000mm, com período de
seca de 30 a 90 dias.

As árvores formam uma densa cobertura, com alturas que podem facilmente atingir 60 metros, regulando a
penetração de luz.

Seu solo é pobre. Sua produtividade primária dá-se ao alto grau de produção de matéria orgânica em decomposição,
criando entre fungos e outros, uma cobertura natural que se transforma em adubo para floresta.
Em relação a sua fauna, observam-se incontáveis espécies.
Desde insetos (mais de 15.000 catalogados) a mamíferos, repteis e peixes.

Os principais impactos ambientais relacionados com o homem na Amazônia são:

Destruição da fauna e flora, com a eliminação dos habitat;

A caça predatória;
A erosão do solo;
Assoreamento dos rios;
Empobrecimento do patrimônio genético;
Alterações climáticas;

Pantanal

O Pantanal Matogrossense constitui-se em importante feição ecológica, formando a maior área inundável continua
do planeta.

Ocupa 7,02% da área do Estado, e compreende uma área inundável na Planície e Pantanal do rio Paraguai, seu
principal mantenedor.

Constitui uma área de convergência de quatro grandes ecossistemas brasileiros: Amazônia, Mata Atlântica, Cerrado
e Chaco Paraguaio.

De modo geral, as formações dividem-se em 04 áreas:

Áreas permanentemente alagadas;


Áreas de solos alagadiços e não secam; perene;
Áreas periodicamente inundáveis;
Áreas mais altas que não são inundáveis;

Em relação a Flora, foram catalogados cerca de 1.700 espécies.

Já a Fauna reúne cerca de 262 espécies de peixes, 650 aves, 100 mamíferos, 50 répteis e mais de 1.000 espécies de
borboletas. Só sua “população” de jacarés é estimada em 32 milhões de indivíduos.

A ocupação do Pantanal deu-se através de construções de pousadas para viajantes. Muitas guerras entre os índios
Bororo, Paresi, Guarani e os colonos criadores de gado.

Impactos ambientais:
Crescimento da atividade turística;
Pecuária e agricultura extensiva;
Pesca predatória e garimpos;
Comprometimento da biodiversidade;
Erosão do solo;
Poluição das águas;
lixo e esgotos não tratados;

Área de Tensão ou transição

Esta floresta aparece, também, em contato com o


Cerrado e com a Floresta Amazônica, esses contatos:

apresentam-se na forma encraves e de ecótonos.

Encraves: uma formação encontra-se dentro da outra, guardando suas identidades ecológicas sem se
misturarem
Ecótonos: as espécies das formações envolvidas se misturam e a identidade ecológica (ou vegetacional) é definida
pela composição especifica resultante desta mistura.

Hidrografia

A hidrografia de Mato Grosso tem como características gerais:

Apresenta densa e importante rede fluvial, com rios que pertencem a três das maiores bacias hidrográficas
brasileiras:

Bacia Amazônia, Platina e Araguaia-Tocantins.

"Possui águas emendadas”– Encontros de bacias;

O Rio Araguaia:

Pertence à bacia do Tocantins. Constitui a divisa de Mato Grosso com Goiás e Tocantins.

Desenvolve longo curso d’água e subdivide-se nas seguintes seções:

Alto Araguaia; Médio Araguaia; Baixo Araguaia

Na região do Médio Araguaia encontra-se a Ilha do Bananal, considerada a maior ilha fluvial do mundo

A Bacia do Rio Paraguai:

Ruma do centro do Estado em direção ao Uruguai.

Seus principais afluentes: Rios Jauru, Sepotuba, e Cuiabá.

Podem ser dividido em dois trechos: Paraguai Superior com 430 km de extensão e Alto Paraguai 1263 km.

È a principal mantenedora do Pantanal.

A Bacia Amazônica:

Drena 2/3 do território de Mato Grosso.

Subdivide-se em Sub-bacias do Guaporé; Aripuanã; Juruena-Arinos; Teles Pires; Xingu.

Rios como Roosevelt, Juruena, Teles Pires são grandes afluentes de rios que formam o grande Rio Amazonas,
considerado o maior do mundo
em extensão e volume d’agua.

Aspectos político-administrativos
Seus pontos extremos são:

Norte: confluência dos rios Teles Pires e Jurema;


Sul: cabeceira dos rios Furnas e Araguaia;
Leste: extremo sul da Ilha do Bananal;
Oeste: cabeceira do rio Madeirinha.

Os pontos extremos têm praticamente a mesma distância entre si: no sentido Norte/Sul – 1.180 km e no sentido
Leste/Oeste – 1.250 km.
Cuiabá tem o marco do Centro Geodésico da América do Sul, , determinado pela Comissão Rondon em 1909, o qual
foi definido como o ponto equidistante entre o Oceano Atlântico e o Oceano Pacífico. Portanto existe um litígio
entre Cuiabá e Chapada do Guimarães a respeito do local geodesicamente correto, havendo um outro marco
estabelecido pelo IBGE no mirante da Chapada dos Guimarães. O centro geodésico do Brasil também está localizado
em Mato Grosso, na margem esquerda do rio Jarina, em Barra do Garças.

Movimentos pró separação de MT

Movimentos para uma nova Divisão Territorial


- o Estado de Mato Grosso do Norte (com a capital em Sinop);
- o Estado do Araguaia (com a capital em Barra do Garças);
- o Território Federal do Araguaia;
- o Estado do Pantanal.

MT do Norte e Araguaia

Caso os projetos sejam aprovados no Congresso, 26 Estados atuais e o Distrito Federal (DF) que compõem o Brasil, o
mapa pode mudar para 37 unidades, o DF e mais quatro territórios da União.

Confira a relação dos municípios que a criação dos dois Estados ganhariam:

Mato Grosso do Norte

Alta Floresta, Apiacás, Aripuanã, Boa Esperança do Norte, Brasnorte, Carlinda, Castanheira, Cláudia, Colíder, Colniza,
Cotriguaçu, Feliz Natal, Guarantã do Norte, Ipiranga do Norte, Itanhangá, Itaúba, Juara, Juína, Juruena, Lucas do Rio
Verde, Marcelândia, Matupá, Nova Bandeirantes, Nova Canaã do Norte, Nova Guarita, Nova Maringá, Nova Monte
Verde, Nova Mutum, Nova Santa Helena, Nova Ubiratã, Novo Horizonte do Norte, Novo Mundo, Paranaíta, Peixoto
de Azevedo, Porto dos Gaúchos, Rondolândia, São José do Rio Claro, Santa Carmem, Santa Rita do Trivelato, Sinop,
Sorriso, Tabaporã, Tapurah, Terra Nova do Norte, União do Sul e Vera.

Estado do Araguaia

Água Boa, Alto Boa Vista, Araguaiana, Barra do Garças, Bom Jesus do Araguaia, Campinápolis, Canarana, Cana Brava
do Norte, Cocalinho, Confresa, Gaúcha do Norte, General Carneiro, Luciara, Nova Nazaré, Nova Xavantina, Novo
Santo Antônio, Novo São Joaquim, Paranatinga, Pontal do Araguaia, Porto Alegre do Norte, Querência, Ribeirão
Cascalheira, Santa Cruz do Xingú, Santa Terezinha, Santo Antônio do Leste, São Félix do Araguaia, São José do Xingú,
Serra Nova Dourada, Torixoréu e Vila Rica.

Disputa na fronteira

Um dos entraves para a divisão de Mato Grosso é a disputa de uma área territorial de 2,2 milhões com o Pará. Ainda
não houve julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) para decidir a quem pertence o território.

Na região fronteiriça com o Pará, o Exército começou, em abril de 2011, um trabalho de perícia técnica para
investigar a quem pertence a área. O estudo "in loco" é apenas o primeiro de três passos para pôr fim à briga
histórica, que se iniciou em 1922, por conta de erros em documentos.
Araguaia e Mato Grosso do Norte.
Pela bandeira defendida pelo fórum Dividir para Crescer, Mato Grosso seria dividido em dois territórios. De um lado,
seria criado o Estado do Araguaia, que teria Barra do Garças como capital. A outra parte seria o Mato Grosso do
Norte, cuja Capital seria Sinop.

Uma proposta de divisão de Mato Grosso deve ser aprovada exclusivamente pelo Congresso Nacional, onde já
tramitam quatro Projetos de Decretos Legislativos, chamados de PDC (quando da Câmara) e PDS (quando do
Senado), para mudar a configuração geográfica de Mato Grosso.

O primeiro é de 1995, o PDC-55/1995, de autoria do deputado federal Wellington Fagundes (hoje PR e, na época,
PL), que propunha um plebiscito para discutir a criação do Estado do Mato Grosso do Norte. Em 1999, de autoria do
senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR), o PDS-18/1999, a proposta era discutir a criação do Estado do Araguaia.

Praticamente com o mesmo teor, em 2003, de autoria do ex-deputado mato-grossense Rogério Silva, o PDC-
495/2003 propunha convocar plebiscito sobre a criação do Mato Grosso do Norte.

No mesmo ano, um novo PDC, o 49/2003, uniu a proposta de plebiscito da criação dos dois estados e, desde 2009,
os projetos se uniram e tramitam no PDC 850/2001, como autoria de Mozarildo

No Estado, os 2,2 milhões de hectares compreendem os municípios mato-grossenses de Santa Terezinha, Vila Rica,
Santa Cruz do Xingu, Peixoto de Azevedo, Matupá, Guarantã do Norte, Novo Mundo, Alta Floresta e Paranaíta.

Justificativas

Entre as justificativas da redivisão do Estado, o senador Mozarildo, que também é autor de projeto de criação do
Estado de Tapajós, a Oeste do Pará, está a de que o tamanho de Mato Grosso não possibilita o crescimento
econômico de forma homogênea.

"O Estado do Mato Grosso tem uma área de 906.806 km², mais de quatro vezes o tamanho do Estado de São Paulo e
é praticamente do mesmo tamanho que Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e
Espírito Santo juntos. Por sua dimensão, Mato Grosso não consegue se beneficiar de uma ação de Governo capaz de
induzir um desenvolvimento harmônico do Estado", aponta o relator do PDC 850/2001, deputado Sandro Mabel,
que utiliza a justificativa de Mozarildo.

A justificativa do senador no documento, porém, atualmente, diverge da opinião de Wellington Fagundes. O


parlamentar alega que não é mais defensor da divisão do Estado porque o momento político social "mudou
drasticamente".

"Apresentei este projeto quando as regiões Norte e Noroeste não tinham energia elétrica e eram praticamente
intransitáveis. Hoje, sou favorável à integração dos municípios com o Estado. Um melhor compartilhamento das
políticas públicas, que já está ocorrendo. A situação das regiões mais afastadas mudou e ainda há outros projetos em
andamento, como BR-163, BR-158, Ferrovia Centro Oeste e MT-100", afirmou.

Microrregiões Homogêneas:
O estado de Mato Grosso é dividido geograficamente em 22 microrregiões:
1. Alta Floresta
A microrregião da Alta Floresta pertence à mesorregião Norte Mato-Grossense, sua população foi estimada em
90.169 habitantes (2006-IBGE), está dividida em seis municípios. Possui uma área total de 52.590,000 km².
Municípios: Alta Floresta, Apiacás , Carlinda , Nova Bandeirantes, Nova Monte Verde, Paranaíta.
2. Alto Guaporé
A microrregião de Alto Guaporé pertence à mesorregião Sudoeste Mato-Grossense. Sua população foi estimada em
64.758 habitantes (2008-IBGE), está dividida em cinco municípios. Possui uma área total de 31.487,812 km².
Municípios: Pontes e Lacerda 39.071 hab. - Vila Bela da Santíssima Trindade 14.362 hab. - Nova Lacerda 5.144 hab. -
Conquista D'Oeste 3.226 hab. - Vale de São Domingos 2.955 hab.
3. Alto Araguaia
A microrregião de Alto Araguaia pertence à mesorregião Sudeste Mato-Grossense. Sua população foi estimada em
25.796 habitantes (2006-IBGE), está dividida em três municípios. Possui uma área total de 10.593,169 km².
Municípios: Alto Araguaia, Alto Garças, Alto Taquari.
4. Alto Pantanal
A microrregião do Alto Pantanal pertence à mesorregião Centro-Sul Mato-Grossense. Sua população foi estimada em
132.883 habitantes (2006-IBGE), está dividida em quatro municípios. Possui uma área total de 53.590,469 km².
Municípios: Barão de Melgaço, Cáceres, Curvelândia, Poconé.
5. Alto Paraguai
A microrregião do Alto Pantanal pertence à mesorregião Centro-Sul Mato-Grossense. Sua população foi estimada em
132.883 habitantes (2006-IBGE), está dividida em quatro municípios. Possui uma área total de 53.590,469 km².
Municípios: Barão de Melgaço, Cáceres, Curvelândia, Poconé.
6. Alto Teles Pires
A microrregião do Alto Teles Pires pertence à mesorregião Norte Mato-Grossense. Sua população foi estimada em
131.320 habitantes (2006-IBGE), está dividida em nove municípios. Possui uma área total de 54.043,348 km².
Municípios: Ipiranga do Norte, Itanhangá, Lucas do Rio Verde, Nobres, Nova Mutum, Nova Ubiratã, Santa Rita do
Trivelato, Sorriso, Tapurah,
7. Arinos
A microrregião de Arinos pertence à mesorregião Norte Mato-Grossense. Sua população foi estimada em 81.292
habitantes (2006-IBGE), está dividida em seis municípios. Possui uma área total de 54.132,982 km². Municípios:
Juara, Nova Maringá, Novo Horizonte do Norte, Porto dos Gaúchos, São José do Rio Claro, Tabaporã.
8. Aripuanã
A microrregião de Aripuanã pertence à mesorregião Norte Mato-Grossense. Sua população foi estimada em 116.588
habitantes (2006-IBGE), está dividida em oito municípios. Possui uma área total de 124.123,822 km². Municípios:
Aripuanã, Brasnorte, Castanheira, Colniza, Cotriguaçu, Juína, Juruena, Rondolândia.
9. Canarana
A microrregião de Canarana pertence à mesorregião Nordeste Mato-Grossense. Sua população foi estimada em
87.979 habitantes (2006-IBGE), está dividida em oito municípios. Possui uma área total de 60.323,950 km².
Municípios: Água Boa, Campinápolis, Canarana, Nova Nazaré, Nova Xavantina, Novo São Joaquim, Querência, Santo
Antônio do Leste.

10. Colíder
A microrregião de Colíder pertence à mesorregião Norte Mato-Grossense. Sua população foi estimada em 125.113
habitantes (2006-IBGE), está dividida em oito municípios. Possui uma área total de 42.462,202 km².
Municípios: Colíder, Guarantã do Norte, Matupá, Nova Canaã do Norte, Nova Guarita, Novo Mundo, Peixoto de
Azevedo, Terra Nova do Norte.
11. Cuiabá
A microrregião de Cuiabá pertence à mesorregião Centro-Sul Mato-Grossense. Sua população foi estimada em
844.367 habitantes (2006-IBGE), está dividida em cinco municípios. Possui uma área total de 28.135,446 km².
Municípios: Chapada dos Guimarães, Cuiabá, Nossa Senhora do Livramento, Santo Antônio do Leverger, Várzea
Grande.
12. Jauru
A microrregião de Jauru pertence à mesorregião Sudoeste Mato-Grossense. Municípios: Araputanga, Figueirópolis
D'Oeste, Glória D'Oeste, Indiavaí, Jauru, Lambari D'Oeste, Mirassol d'Oeste, Porto Esperidião, Reserva do Cabaçal,
Rio Branco, Salto do Céu, São José dos Quatro Marcos.
13. Médio Araguaia
A microrregião do Médio Araguaia pertence à mesorregião Nordeste Mato-Grossense. Sua população foi estimada
em 65.705 habitantes (2006-IBGE), está dividida em quatro municípios. Possui uma área total de 32.095,782 km².
Municípios: Araguaiana, Barra do Garças, Cocalinho, Novo Santo Antônio, Pontal do Araguaia.
14. Norte Araguaia
A microrregião do Norte Araguaia pertence à mesorregião Nordeste Mato-Grossense. Sua população foi estimada
em 110.683 habitantes (2006-IBGE), está dividida em quatorze municípios. Possui uma área total de 84.916,341 km².
Municípios: Alto Boa Vista, Bom Jesus do Araguaia, Canabrava do Norte, Confresa, Luciára, Novo Santo Antônio,
Porto Alegre do Norte, Ribeirão Cascalheira, Santa Cruz do Xingu, Santa Terezinha, São Félix do Araguaia, São José do
Xingu, Serra Nova Dourada, Vila Rica.
15. Paranatinga
A microrregião de Paranatinga pertence à mesorregião Norte Mato-Grossense. Sua população foi estimada em
29.020 habitantes (2006-IBGE), está dividida em quatro municípios. Possui uma área total de 46.796,460 km².
Municípios: Gaúcha do Norte, Nova Brasilândia, Paranatinga, Planalto da Serra.
16. Parecis
A microrregião de Parecis pertence à mesorregião Norte Mato-Grossense. Sua população foi estimada em 83.511
habitantes (2006-IBGE), está dividida em cinco municípios. Possui uma área total de 59.224,041 km². Abrange as
cidades que fazem parte inicial do Planalto do Parecis. A principal fonte de renda dessa região é a agricultura. Uma
das carecterísticas naturais são os rios possuírem águas transparentes esverdeadas. Os rios correm em direção
norte, pois são afluentes da Bacia amazônica. Municípios: Campo Novo do Parecis, Campos de Júlio, Comodoro,
Diamantino, Sapezal.
17. Primavera do Leste
A microrregião de Primavera do Leste pertence à mesorregião Sudeste Mato-Grossense. Sua população foi estimada
em 85.593 habitantes (2006-IBGE), está dividida em dois municípios. Possui uma área total de 10.266,762 km².
Municípios: Campo Verde e Primavera do Leste.
18. Rondonópolis
A Microrregião de Rondonópolis pertence à mesorregião Sudeste Mato-Grossense. Sua população foi estimada em
250.598 habitantes (2006-IBGE), está dividida em oito municípios. Possui uma área total de 23.854,413 km².
Municípios: Dom Aquino, Itiquira, Jaciara, Juscimeira, Pedra Preta, Rondonópolis, São José do Povo, São Pedro da
Cipa.
19. Rosário Oeste
A microrregião de Rosário Oeste pertence à mesorregião Centro-Sul Mato-Grossense. Sua população
foi estimada em 32.415 habitantes (2006-IBGE), está dividida em três municípios. Possui uma área total de
10.665,152 km².
Municípios: Acorizal, Jangada, Rosário Oeste.
20. Sinop
A microrregião de Sinop pertence à mesorregião Norte Mato-Grossense. Sua população foi estimada em 176.041
habitantes (2006-IBGE), está dividida em nove municípios. Possui uma área total de 49.375,919 km². Municípios:
Cláudia, Feliz Natal, Itaúba, Marcelândia, Nova Santa Helena, Santa Carmem, Sinop, União do Sul, Vera.
21. Tangará da Serra
A microrregião de Tangará da Serra pertence à mesorregião Sudoeste Mato-Grossense. Sua população foi estimada
em 138.202 habitantes (2006-IBGE), está dividida em cinco municípios. Possui uma área total de 23.728,712 km².
Municípios: Barra do Bugres, Denise, Nova Olímpia, Porto Estrela, Tangará da Serra.
22. Tesouro
A microrregião de Tesouro pertence à mesorregião Sudeste Mato-Grossense. Sua população foi estimada em 49.086
habitantes (2006-IBGE), está dividida em nove municípios. Possui uma área total de 27.172,857 km². Municípios:
Araguainha, General Carneiro, Guiratinga, Pontal do Araguaia, Ponte Branca, Poxoréo, Ribeirãozinho, Tesouro,
Torixoréu.

Aspectos Socio-econômicos

Novos dados comprovam que a economia de Mato Grosso vai muito bem. Mesmo diante do cenário de crise
econômica mundial, números do Ministério da Fazenda apontam crescimento na arrecadação de impostos, bem
acima da média nacional. O reforço no caixa do governo vem dos bons resultados atingidos ano passado por alguns
setores. (04/02/2009 - TVCA).

Características iniciais agricultura

Produção para exportação;


Monoculturas
Mecanização agrícola
Diversidade produtiva
Industrialização da agricultura
Venda em Commodities

Culturas predominantes são a Soja, o Milho, Algodão, o Arroz, a Cana-de açúcar, que são o carro chefe da balança
comercial do Estado. Outras culturas menores e menos produtivas como café, feijão e amandioca estão presentes
para subsistência do mercado interno. Também se pode ressaltar os cinturões verdes, onde pequenas produções de
hortaliças e legumes atendem a demanda das cidades.

Soja

A soja começou a ser cultivada comercialmente no final da década de 1970, em municípios da região sudeste do
Estado, como Rondonópolis, Alto Araguaia e Alto Garças, posteriormente foi se expandindo por quase todo o
Cerrado. O Estado de Mato Grosso se tornou, desde o ano de 2000, primeiro produtor de soja no Brasil, após ter
superado o Paraná. Além disso, detém os maiores índices de rendimentos dessa cultura nos últimos anos no Brasil. A
produtividade do estado em 2007 de (3.010 kg/há) ficou em 7% acima da média nacional (2.815 kg/há), superando
níveis alcançados nos Estados Unidos, principal produtor mundial.

A Soja produzida em Mato Grosso é vendida como:

Oléode soja
Farelo (usado para ração animal)
Óleo Degomado
Soja Esmagada

Fatores determinantes para a expansão do cultivo da soja:

Preço e disponibilidade de terras para o cultivo (terras vendidas a preços baixos com relação as demais regiões do
Centro-Sul), tipo, porte das árvores desse domínio natural do cerrado o que facilitou o desmatamento para a
formação da lavoura;
Uso de cultivares melhorado geneticamente e diferenciadas quanto a resistência a doenças, pragas, ciclos
vegetativos e exigências de fertilidade do solo;
Topografia plana do relevo propícia a mecanização e as características físicas do solo do cerrado, profundos e bem
drenados causam uma redução nos custos da mecanização;
Clima favorável: chuvas regulares e insolação;
Facilidades na obtenção de crédito agrícola: custeio da produção, investimentos e comercialização.

Fatores negativos na ampliação da produção de soja:

Custos elevados no escoamento da produção pela distância dos centros produtores e consumidores;
O uso intensivo de produtos químicos na atividade agrícola gera riscos de deteriorização dos recursos hídricos e da
fertilidade do solo;
Grande concentração de terras, privilegiando grupos econômicos nacionais e estrangeiros;
Exclusão dos pequenos produtores forçando ao êxodo rural;
Grande dependência dessa monocultura e a falta de diversificação das atividades agrícolas colocando a nossa
econômica vulnerável.

Milho

O milho integrou-se ao complexo sojífero, onde expandiu e alcançou maiores índices de produção e produtividade. É
cultivado associado a soja pelo sistema de rodízio e rotação de culturas, contribuindo para os efeitos degradativos
do solo ocasionados pelas monoculturas.

O principal sistema de produção de milho no Estado é o de segunda safra – a chamada safrinha – realizada logo após
a colheita da soja. O avanço tecnológico, com o controle de doenças, aliada às condições ambientais favoráveis
possibilita a realização de dois ciclos produtivos, o que têm proporcionado um aumento da área cultivada e da
produtividade. O maior incentivador da expansão do milho foi à instalação de agroindústrias de produção de suínos,
aves e bovinos, uma vez que a produção animal necessita de grandes quantidades desse grão que é utilizado como
ração. Maior produtor: o Paraná, maior volume produzido: Lucas do Rio Verde e Sorriso que se tornou o maior
produtor nacional (em 2007).

Algodão
Mato Grosso é o maior produtor nacional de fibras de algodão, responsável por 50% da área colhida e de 53,3% da
produção em 2007. A cultura do algodão é relativamente nova, sendo que até 1993 tinha pouca importância,
ocupando área de apenas 4.000 há. Embora os fatores naturais fossem favoráveis, a distância dos grandes centros
consumidores foram fatores restritivos a sua expansão. Atualmente o algodão de Mato Grosso tem um certificado
de qualidade, o Programa “Mato Grosso Cotton Quality” uma parceria entre a Bolsa de Mercadorias e Futuros
(BM&F) e a Fundação Mato Grosso, padronizando a qualidade desse produto dando aos produtores condições de
comercialização.

Ressalta-se que a cultura do algodão devido à sua suscetibilidade a diversas pragas, exige a aplicação de um grande
volume e diferentes agrotóxicos, que, altamente poluidores, provocam diretamente a contaminação do solo, com
consequente perda de produtividade e fertilidade.

Cana-de-açúcar

A cana-de-açúcar é outra monocultura que se expandiu nos cerrados, apresentando altos índices crescentes de áreas
plantadas e produção, mantendo uma produtividade relativamente estável. O plantio é feito nos meses de abril a
maio e a colheita de setembro a dezembro. Embora grande parte da produção seja mecanizada, o trabalho braçal
ainda é muito utilizado, sendo a maioria da mão de obra contratada temporariamente pelas empresas.

A produção é absorvida no próprio Estado, pelo setor industrial sucroalcooleiro, que produz açúcar, álcool hidratado
e anidro. A produção está concentrada nos municípios de Barra do Bugres, Denise, Nova Olímpia, Diamantino,
Jaciara e Juscimeira, Confresa dentre outros. Atualmente as usinas estão em funcionamento no Estado, destacando-
se a Usina Itamarati.

Agropecuária

A bovinocultura de corte é, tradicionalmente, uma das mais importantes atividades desenvolvidas no estado, sendo
desenvolvida principalmente por grandes proprietários.

Uma pequena parcela do rebanho bovino é destinada à produção de leite, sendo praticada geralmente por
pequenos e médios produtores. A principal forma de criação é a extensiva, sendo desenvolvida, ainda, outras
técnicas como o confinamento e o semiconfinamento. A maior parte das fazendas se especializou no ciclo produtivo
de cria (produção de bezerros), recria (cria de bezerros e novilhos) e engorda (terminação para abate).

O controle de doenças dos animais tem sido uma preocupação constante, para produtores e autoridades sanitárias,
e a febre aftosa, pelas perdas econômicas que causa, é a que exige maiores atenções. Trata-se de uma enfermidade
altamente contagiosa que ataca os animais de casco, como bovinos, suínos, caprinos e ovinos.

Somente no final de maio de 2000, Mato Grosso recebeu a certificação de zona livre de febre aftosa com
obrigatoriedade de vacinação, o que permitiu exportar carne bovina “in natura” para os mercados da União
Européia, dos Estados Unidos e da Ásia. Para proteger o rebanho bovino dessa zona de risco, foi criado um “escudo
de proteção” conhecido como Zona Tampão, de forma que o gado sadio oriundo dessa
região só pode entrar na área livre depois de cumprir um período de quarentena.

Suínocultura e avicultura

Suinocultura e a avicultura vêm ganhando espaço no setor agropecuário em decorrência da implementação da


agroindústria ligada à produção de soja. Em alguns municípios produtores de soja e milho, a criação de suínos e de
aves é integrada como forma de diversificar a produção e agregar maior valor ao produto final, tendo maior
aproveitamento do farelo de soja e do milho como ração.

População, Dinâmica e Migração

A população brasileira formou-se de três matrizes étnicas: a indígena, a européia e a africana. Cada matriz era
composta por várias etnias, principalmente a indígena e a africana, o que possibilitou uma grande diversidade
lingüística e cultural do país.
De acordo com a contagem da população realizada pelo IBGE em 2007, Mato Grosso possuía 2.854.642 habitantes.
Com esse número, a população mato-grossense representa 1,55% da população total do país e 21,59% da Região
Centro-Oeste.

Apesar dessa baixa proporção da população estadual em relação ao total do país, ao se examinar a dinâmica
populacional nas últimas quatro décadas, fica evidente o acentuado crescimento demográfico. A população do
estado, que em 1970 era de 600.000 hab., em um período de 37 anos cresceu mais de 4,5 vezes, como pode ser
observado na tabela abaixo.

Dentre os fatores que contribuíram para esse significativo aumento da população e estimularam um grande fluxo
migratório de todas as regiões do Brasil para Mato Grosso, destacam-se:

• A construção das rodovias federais: BR-163 (Cuiabá-Santarém), BR-070 (Cuiabá-Brasília) e BR-364


(Cuiabá-Porto Velho);
• Os projetos de colonização, de iniciativa privada e pública;
• O baixo preço da terra agricultável;
• Os programas federais de incentivos fiscais e desenvolvimento regional.

O crescimento demográfico ou populacional verificado nos últimos anos não foi um processo homogêneo, mas
concentrado em algumas microrregiões e menos intenso em outras. Até meados da década de 1980, por exemplo, o
norte era a área que apresentava o maior dinamismo demográfico, principalmente as microrregiões de Alta Floresta,
Colíder e Alto Teles Pires; enquanto o sul, área de ocupação mais antiga, apresentava menores taxas de incremento
demográfico, com exceção de Cuiabá e Rondonópolis, que cresciam a taxas superiores a 2% ao ano, tendência que
se manteve inclusive durante os anos 1990. O intenso ritmo de crescimento do norte foi devido a expansão da
fronteira agrícola e, mais, a atividade garimpeira.

Apesar dos dados mais recentes demonstrarem uma diminuição no ímpeto dos fluxos migratórios, a expansão
acelerada do agronegócio e o conseqüente desempenho positivo da economia, ainda continua atraindo imigrantes
para Mato Grosso. Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2006, do IBGE, 42,5%
da população matogrossense são naturais de outros estados da Federação e 60,3% estão fora do município de
origem.

Embora a base econômica esteja assentada na agropecuária, a população rural vem registrando uma significativa
diminuição percentual em seu contingente. De acordo com o IBGE, em 1970 cerca de 61% da população total de
Mato Grosso era rural, e em ano 2000 essa participação caiu para aproximadamente 20%.

A pirâmide etária de Mato Grosso aparecerá com a base larga, indicando um grande percentual de jovens, devido à
taxa de natalidade (atualmente 2% ao ano), ainda alta, quando comparada aos países desenvolvidos. Um fato de
uma sociedade possuir muitos jovens indica a necessidade de o governo fazer grandes investimentos na área de
saúde, hospitais, creches, escolas e universidades, e também na geração de empregos. O corpo afunilado mostra
que a população de adultos representa pouco mais da metade dos 54% mato-grossenses. O topo estreito da
pirâmide indica um percentual ainda reduzido de idosos (cerca de 8%( sobre o total da população. Embora ainda
represente uma parcela pequena do total estadual, esse grupo de pessoas tende a crescer rapidamente no séc. XXI,
pois a expectativa de vida do mato-grossense vem aumentando, passando de 60 anos em 1980, para 73

PIN - Programa de Integração Nacional

Criado em 1970, foi considerado o mais importante instrumento de ação no processo de integração da Amazônia às
regiões mais “desenvolvidas” do país, durante o período militar. foi lançado com uma campanha ufanista, tendo
como foco o ideal nacionalista para convencer a sociedade brasileira de que era necessário “integrar a Amazônia
para não entrega-la aos estrangeiros”, ou simplesmente “Integrar para não Entregar”. O programa visava financiar
obras de infra-estrutura, sobretudo a abertura de rodovias federais e a implantação da “reforma agrária” ao longo
dessas rodovias, nas áreas de atuação da Sudene e da Sudam.
As empresas de colonização se beneficiaram dos incentivos financeiros do Estado, através:

SUDAM (Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia);


SUDECO (Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste);
Programas Governamentais.

POLOCENTRO: (Programa de Desenvolvimento do Cerrado), que tinha por objetivos a ocupação das áreas de Cerrado
para o cultivo de terras que antes eram consideradas imprestáveis para qualquer tipo de cultura;
POLOAMAZÔNIA: (Programa de Pólos Agropecuários e Agrominerais da Amazônia), que agiu na região do Xingu
realizando um grande investimento para a ampliação do rebanho bovino e a produção de carnes para exportação;
POLONOROESTE: (Programa Integrado de Desenvolvimento do Noroeste do Brasil), responsável pela malha
rodoviária da região noroeste, bem como por diversos projetos de cunho social, tais como implantação de escolas na
zona rural e postos de saúde nos municípios abrangidos pelo projeto.

Políticas e Estratégias de Ocupação.

Políticas de Integração econômico-territorial: Governo de Getúlio Vargas (1930) Objetivos:

O desenvolvimento do capitalismo com a expansão das indústrias nacionais e internacionais;


Rompimento do isolamento dos espaços regionais, integrando esses espaços à economia nacional com o
povoamento do Oeste brasileiro (Marcha para o Oeste), a expedição Roncador/Xingu (Orlando Vilas Boas e seus
irmãos).
Constituir a região como um importante mercado consumidor dos produtos industriais;
Criação de uma série de órgãos públicos (institutos, departamentos e conselhos).

Processo Migratório na Fronteira Agrícola.

1960: intensificação do projeto de integração nacional com a incorporação de novas áreas pouco povoadas, região
norte;
1970: aceleração na ocupação da fronteira ao norte de Mato Grosso;

Fatores que contribuíram:

Estagnação econômica no nordeste brasileiro;


Expulsão dos agricultores de SP e o Sul do país devido ao processo de modernização da agricultura;
A construção de Brasília;
Abertura de rodovias que atravessam o Centro Oeste na direção da Amazônia;
Formação de empresas particulares de colonização e o INCRA.
Amazônia Legal: composta de 9 estados com área de 5 milhões km². (SUDAM)

Critérios: regiões de florestas e cerrados para o desenvolvimento de projetos com pólos agro-minerais e
agropecuários.

Programas Governamentais e Fronteira Agrícola

A política federal de ocupação dos “espaços vazios” da Amazônia e do Centro-Oeste teve inicio com a “Marcha para
o Oeste”, objetivando diversificar a agricultura para dar sustentação ao processo de industrialização concentrado na
região centro-sul do pais. Assim, a política de colonização foi retomada com o regime militar em 1964, fazendo parte
de uma ampla estratégia de integração da Amazônia e do Centro- Oeste a outras regiões do país.

Tinha como objetivo a ocupação das terras na fronteira amazônica para integrá-la a economia nacional, com a
construção de rodovias, projetos de colonização agrícola, programas de incentivos fiscais, subsídios de atividades
agropecuárias e agroindustriais. Vários projetos de colonização foram aprovados pelo Instituto Nacional de
Colonização e Reforma Agrária – INCRA, tanto oficiais quanto da iniciativa privada.
O Estado participava da criação de infra-estrutura básica, de programas especiais de créditos e incentivos fiscais,
como forma de promover a entrada do capital privado para a aquisição de grandes áreas onde seriam implantadas
as glebas, como eram conhecidas regionalmente as grandes áreas de terra.

Colonização empresarial e colonização de povoamento.


Empresarial: destinada à implementação de projetos agropecuários.
Povoamento: vinculada a uma política fundiária das grandes empresas capitalista nas áreas de fronteira.

Com o fracasso da colonização efetivada pelo Incra, ganhou impulso a colonização gerida por empresas privadas,
atraídas pela imensa disponibilidade de terras baratas. Estes projetos surgiram principalmente nas margens da BR-
163, criando os municípios de Nova Mutum, Sinop, Sorriso e fora dessa BR, como Alta Floresta e Colider.

Transportes

Tal sistema é composto por rodovias principais (federais e estaduais), pavimentadas, não pavimentadas, em
pavimentação, em implantação e planejadas, que promovem a interligação entre municípios e as ligações de média
e longa distâncias, e rodovias secundárias (municipais/vicinais), que permitem a integração de área de produção
com a rede principal.

As principais rodovias em Mato Grosso foram criadas entre as décadas de 1960 e a 1980, visando à integração
Nacional, como é o caso de BR 163 e BR 364. Ao longo dessas rodovidas surgiram muitos programas de colonização,
que foram a semente de futuras cidades mato-grossenses, e propriedades rurais, geralmente latifúndios , que são
características marcante da estrutura fundiária de Mato Grosso até os dias atuais. A implantação da malha
rodoviária permitiu a vinda de milhares de migrantes de várias partes do país, sobretudo do Sul e Sudeste, que
procuravam melhores condições de vida em Mato Grosso, que despontavam com grandes perspectivas de
crescimento econômico.

Dentre as modalidades de transportes planejados em escala nacional, alguns trechos de modais rodo-hidroviário e
ferroviários estão em operação ou sendo viabilizados em território estadual.

Corredor de Exportação Noroeste – Eixo Pacífico (Mato Grosso-Bolívia-Peru-Chile). Modal rodoviário que ligará Mato
Grosso, a partir de Cáceres, à Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, e deste ponto, aos portos de Arica, norte do Chile, e
Callao, sul do Peru.
Corredor Centro-Sudeste – Eixo I (Ferrovias Norte Brasil - Ferronorte). Modal ferroviário. interligando Mato Grosso a
São Paulo, com acesso ao Porto de Santos. O sistema ferroviário, no estado, conta com um trecho entre Alto
Araguaia e Aparecida do Taboado (MS), totalizando 500 km. O projeto dessa ferrovia foi concedido a Ferronorte
(Ferrovias Norte do Brasil S/A), e está previsto a construção de mais dois trechos na segunda etapa ligando Alto
Araguaia a Rondonópolis (270 km) e Rondonópolis a Cuiabá (210 km).
Eixo II (Hidrovia Paraguai-Paraná). Modal ferroviário, interligando Mato Grosso a São Paulo, com acesso ao Porto de
Santos.
Corredor Centro-Norte – Eixo Leste-Norte (Hidrovia Rio das Mortes-Ataguaia-Tocantins).
Corredor Noroeste – Eixo Oeste-Norte (Hidrovia Madeira-Amazonas).
Questões Ambientais

Dados do Ministério do Meio Ambiente mostram que Mato Grosso vem liderando o desmatamento na Amazônia
Legal nos últimos levantamentos produzidos. Este ciclo de derrubada da floresta é provocado pela extração da
madeira e pelo avanço da agropecuária e costuma seguir um padrão: primeiro, madeireiros abrem estradas em
áreas de floresta em busca de árvores de alto valor comercial; quando já não há mais árvores, os invasores originais
passam a terra a criadores de gado, esses podem vendê-las a fazendeiros em busca de terras para soja, e seguir
adiante com o gado, para entrar em uma nova área desmatada.

A maior parte dessa devastação ocorre no chamado Arco do Desmatamento, região que concentra 80% do
desflorestamento da Amazônia. O Arco do Desmatamento concentra uma faixa continua de 3 mil km de extensão,
com até 600 km de largura, que se inicia no Maranhão e no Tocantins, estende-se do nordeste do Pará ao leste do
Acre e atravessa Mato Grosso e Rondônia. Em Mato Grosso, a principal causa é o crescimento da fronteira agrícola,
sobretudo do plantio da soja. O estado concentra 98% da soja plantada na Amazônia Legal.

Como consequência, o governo federal decretou uma série de medidas para conter o aumento desse
desmatamento. Entre eles estão a suspensão de autorização para desmatamento nos 36 municípios da Amazônia
Legal que mais destroem a floresta e a convocação dos proprietários de terra dessas localidades para
recadastramento da posse. Sem isso, esses proprietários estão impedidos de realizar qualquer atividade econômica.
Estima-se que 17% de extensão da Amazônia brasileira tenha sido completamente destruída. Em Mato Grosso essa
devastação seria maior: 37% das florestas do estado já foram destruídas. De acordo com o Código Florestal, na
Amazônia só se pode desmatar 20% de suas terras para plantar ou criar gado. A floresta nativa deve ser preservada
80%. Determinou-se uma área de conservação chamada “Reserva legal”.

- Reserva Legal: O Código Florestal Brasileiro Lei nº 4.771 (15/09/1965). Determina a obrigatoriedade de
uma reserva legal de, no mínimo, 20% de cada propriedade. Hoje:

• MP nº 1.956-50 (26/05/2001), estabeleceu os percentuais de 20%, 35% e 80% da área do imóvel


destinada à reserva legal, como critérios a região e o tipo de vegetação nela dominante.
• MP nº 2.166-67 (24/08/2001), estabelece 80% (áreas de floresta amazônia), 35% (áreas de Cerrado)
e 15% (áreas do Pantanal).

Esse limite, no entanto, não é respeitado pelos madeireiros, pecuaristas e agricultores. Como só sobraram 63% de
reserva legal amazônica em Mato Grosso, seria necessário repor 17% da vegetação original para reconstituir a área
legal. Entretanto, recentemente está tramitando no Senado um projeto de lei propondo a alteração no Código
Florestal para excluir áreas de Mato Grosso, Tocantins e Maranhão da Amazônia Legal. Se for aprovado, a área de
floresta intocada na região poderia cair de 80% da área total para, no máximo, 35% como é no Cerrado.

A nova fronteira agrícola em Mato Grosso está localizada no entorno do Parque Nacional do Xingu, uma das áreas
mais protegidas do país. A soja e a pecuária já se instalaram nos limites da reserva e põem em risco as cabeceiras do
rio Xingu, um dos mais importantes tributários da margem direita do rio Amazonas.

A derrubada das árvores é feita no arrasto de correntes com tratores ou correntões – para escapar dos satélites, os
polígonos da derribada são inferiores a 25 hectares, áreas que se tornam invisíveis para o Deter – ferramenta de
fiscalização por satélite de baixa resolução para grandes desmatamentos, juntamente com o Prodes de alta
resolução que é usado para calcular as taxas anuais de desmatamento no mês de agosto, formam o sistema de
vigilância mais moderno do país gerenciado pelo INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).

Criação de novas áreas de proteção ambiental:


- Parque Nacional do Juruena (localizado entre o norte de MT e o sul do Amazonas com área de 1,9 milhões de
hectare);
- Área de reflorestamento para o plantio de Teca (espécie nativa do sudeste Asiático, madeira nobre considerada
uma das mais valiosas do mundo, como a do mogno.

Indígenas

Nos últimos quarenta anos, o processo de extermínio intensificou-se em razão da ocupação da fronteira agrícola,
com a construção de estradas e a execução de projetos econômicos. São inúmeros os conflitos e massacres contra os
povos indígenas.
Na década de 1960/1970, com a efetivação do Programa de Integração Nacional – PIN, planejada pelos governos
militares, foram construídas as rodovias BR-163 e BR-364, com o objetivo de povoamento nas regiões Norte e Oeste,
respectivamente, como também, inserir o estado na economia capitalista e no mercado nacional. Diante desse
avanço para a nova fronteira agrícola do país desconheceram os povos indígenas que já estavam nesse território.
Conflitos e Impactos no processo de expansão agropecuária:

- construção das rodovias federais, promovendo o contato direto, o extermínio de grupos indígenas e a expulsão de
suas terras;
- o processo de apaziguamento pelos irmãos Vilas Boas e a criação do Parque Nacional do Xingu: diversos povos
foram transferidos para esta recém criada Reserva Indígena, para assegurar a sobrevivência dos grupos indígenas
restantes;
- terras indígenas inundadas pela construção de usinas hidrelétricas em área de reservas;
- conflitos e mortes na instalação de mais usinas em áreas impróprias pela legislação;
- invasão de garimpeiros na busca da mineração de ouro e diamante em terras indígenas;

Focos de alguns conflitos:


- Massacre do Paralelo 11: em 1963, genocídio dos Índios Cinta Larga por garimpeiros.
- Parque Nacional do Xingu: construção de hidrelétrica no rio Culuene – nesta área é rica em vestígios
arqueológicos.
- Reserva Roosevelt (entre MT e RO): invasão de garimpeiros em área estimada – onde há uma das maiores jazidas
de diamante do mundo.

Parque Nacional do Xingu

A área indígena conhecida por Parque Indígena do Xingu inclui o Parque, regularizado em 1969, com 2.642.003 há, e
a TI Kapoto/Jarina, com 634.915 há, perfazendo um total de de 3.276.918 há. Há também, ao norte desta última, no
limite com o Pará, TI Mekragnoti, sendo que a maior parte da superfície fica no Pará.
O Parque foi implantado em 1952, por proposta dos irmãos Vilas Boas, sendo oficializado em 1961, é banhado no
sentido sul-norte pelo rio Xingu, que nasce da confluência dos rios Kuluene e Tanguro e, também pelos rios Batovi,
Ronuro, pelo afluente deste último, Von den Steinen, Tuatuari e Kulusevu, no sul; pelo rio
Arraias e seu afluente Manissuia-Missu, no oeste; e pelo rio Suyá-Missu, no leste. Aí vivem 17 povos: Kamayurá,
Txikão, Trumai, Awet, Yawalapiti, Kayabi, Suyá, Juruna, e Taparyuna. Os Txukarramãe (Kayapó Metuktire) ocupam a
TI Kapoto/Jarina. Estes povos, cerca de 3.110 indios, falam Tupi, Aruak, Karib e Jê, ou seja, os quatro troncos
linguísticos conhecidos no Brasil.

Todos os povos que ocupam hoje este parque indígena, são originários do território mato-grossense,
principalmente, foram expulsos explorados e na sua maioria dizimados. Os que sobreviveram, foram pacificados
pelos irmãos Vilas Boas na década de 1960 e trazidos para o Xingu, onde a Funai mantém cinco postos indígenas com
o nome de Leonardo, em homenagem aos Irmãos Vilas Boas.

Industrias

No contexto da expansão capitalista no Brasil e da divisão regional do trabalho, Mato Grosso sempre teve sua
economia baseada no setor primário, destacando-se como fornecedor de matéria-prima, para os centros de
produção industrial, localizados principalmente, na região sudeste. Assim, a participação do setor industrial, no
sentido da sua transformação de produtos e da sua interferência na produção ou reordenação do território foi, até
recentemente, pouco relevante, embora estivesse sempre ligada ao padrão de crescimento regional.

O setor industrial no Estado só teve impulso a partir de 1970 com as políticas públicas dos governos militares que
propagavam o “desenvolvimento” da Amazônia Legal. Após 1970, a atuação de órgãos federais no Estado, como a
Sudam e a Sudeco, propiciou a aplicação de grandes investimentos em diversos setores da economia, objetivando o
uso do território mato-grossense em bases empresariais.

Panorama do setor industrial:


- Mato Grosso configura como periferia do Desenvolvimento Industrial do Sudeste;
- Desenvolvimento Regional desigual em relação a outras regiões brasileiras;
- 1978: criado o Distrito Industrial de Cuiabá (DIC);
- 1980: Implantação de demais Distritos Industriais em Rondonópolis, Barra do Garças, Cáceres e atualmente em
outros municípios da região ligado a indústria da Madeira.
-Sinop: a cidade foi considerada em meados de 2000, como detinha a maior quantidade de indústrias madeireiras do
Brasil e por metro quadro do mundo.

No Estado, o setor industrial é ainda incipiente e pouco diversificado. Sua participação no Produto Interno Bruto
(PIB) estadual em 2005 foi de 10,28%, prevalecendo os segmentos da indústria de alimentos, madeira, álcool e
minerais não metálicos, que participam com 62,4%, 12,1%, 6,3% e 5,3%, respectivamente, do total do valor
adicionado da industria de transformação.

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