You are on page 1of 22

DIREITO COMERCIAL 3º mini teste

Sociedades

Noção de Sociedade
 A noção de sociedade é-nos dada pelo art.980º CC. com o art.944º CC - pacto leonino

Elementos da noção de sociedade


 Retira-se da noção dada pelo art.980º CC os seguintes elementos:
o Sujeitos ou agrupamentos de sujeitos
o Substrato patrimonial
o Objeto social da sociedade
o O fim da sociedade

Sujeitos ou agrupamentos de sujeitos


 A sociedade é uma entidade composta, em regra, por dois ou mais sujeitos
 Estes podem ser singulares ou coletivos
o Singulares
 Com capacidade de exercicio
 Sem capacidade de exercicio
 Com representação legal nos casos de sociedades por quotas
(SQ), sociedades anónimas (SA), ou sócios comanditários
 Com representação legal e ainda dependentes de autorização
do MP – Sociedades em nome coletivo (SNC), sócios
comanditados
o Coletivos
 Em regra são exigidos duas ou mais pessoas coletivas, regra da
pluripessoalidade, no entanto existem exceções: as Sociedades
unipessoais
 Sociedades unipessoais originais
o Aquelas que desde a sua constituição sempre tiveram
somente um sócio
 Art.270º A ,nº1 CSC– SQ, unipessoais
 Art.488º,Nº1 CSC– SA unipessoais
 Sociedades unipessoais supervenientes
o Originalmente constituidas por dois ou mais sócios,
mas que posteriormente por diversos motivos, passam
a ser constituida por um único sócio
 Art.270º A,nº2 CSC– SQ unipessoais
 Art.142º,nº1 a); 464º,nº 3 CSC – situação
temporária

1
DIREITO COMERCIAL 3º mini teste

Substrato patrimonial
 Qualquer sociedade exige um património próprio
 Inicialmente é constituida pelo capital social, ou seja o correspondente às obrigações
de entrada pelos sócios ou acionistas
o O capital social é tendencialmente estático
 Quanto ao património social propriamente dito, vai aumentando/diminuindo ao longo
da existência da sociedade
o É o conjunto de deveres e direitos que a sociedade tem
o O património social é dinâmico

Objeto social da sociedade


 Corresponde à atividade económica desenvolvida pela sociedade
 Pressupõe 5 aspetos a saber:
o Atividade económica
 Produção de bens materiais e imateriais ou serviços que exige ou
implica o uso e a troca de bens
o Lucro patrimonial
 Não pode a sociedade ser de mera fruição, ou seja não pode ter por
objeto uma atividade de mero desfrute ou de recolha de frutos
 Deve produzir algo “novo”
o Sucessão de atos
 Deve a atividade ser praticada de forma reiterada ao longo do tempo
 Não são consideradas como sociedades, as sociedades ocasionais
criadas com o intuito de realização de um único ato
o Objeto certo e determinado
 Art.11º,nº2 CSC
o Licitude do objeto social
 Art.42º,nº1 c) CSC
 Caso contrário será este objeto nulo

Fim da sociedade
 O fim imediato da sociedade é o exercer da atividade a que se propõe
 O fim mediato da sociedade é a obtenção de lucro e a sua repartição pelos sócios
o Esta ideia está inerente na noção de sociedade
o Consideremos lucro como o aumento de património da sociedade em virtude
do desenvolvimento da atividade da mesma
o Devemos subdividir o lucro em:
 Lucro objetivo
 O ganho que a sociedade obteve por desenvolver a atividade
 Traduz-se num aumento do seu património
 Lucro subjetivo
 Traduz-se na repartição dos lucros pelos sócios ou acionistas
o As sociedades englobam os “dois lucros” supra citados

2
DIREITO COMERCIAL 3º mini teste

Sujeição a perdas
 Ideia que decorre do art.944º CC e do art.22º,nº3 CSC
 Não pode haver cláusula que exclua ou isente os sócios respetivamente dos lucros ou
das perdas da sociedade
 O risco associado à atividade tem de ser comum, como tal a cláusula será considerada
como não escrita

Figuras afins

Associações
 Embora também tenha:
o Um conjunto de sujeitos
o Património para o seu desenvolvimento
o Também observa determinados fins
 Não têm como objetivo a prossecução de lucro
o Podem no entanto, obter lucro objetivo no âmbito da sua atividade, mas nunca
têm lucro subjetivo

Fundações
 Nestas, o elemento primordial não são as pessoas
 Existe uma massa patrimonial afeta para a prossecução de um determinado fim
 Não tem como fim o lucro na sua plenitude
o Somente o lucro objetivo

Cooperativas
 Lei 51/96 de 7 de Setembro
 A noção está prevista no art.2º,nº1
 No art.3º estão mencionados os princípios cooperativos
o Destaque para o facto de ao contrário das sociedades, as cooperativas serem
sempre controladas por algum cooperador e nunca por ninguém exterior à
mesma
 Art.80º - proibição de transformação de uma cooperativa numa sociedade comercial

ACEs e AEIEs
 Os ACEs estão previstos na Lei 4/73 e no DL 430/73
o Não podem os ACEs terem por fim principal a realização e partilha de lucros
 Base II – objetivos do ACE
o Os agrupamentos são equiparados às sociedades para fins de registo
 Logo se são equiparadas torna-se óbvio que não são sociedades
 Os AEIEs estão previstos no Regulamento 2137/85
o Nestes nem sequer se admite acessoriamente fim lucrativo – art.3º,nº1,§2º
o Também os AEIEs não são considerados sociedades.

3
DIREITO COMERCIAL 3º mini teste

Concórcios
 Da família dos “contractual joint ventures”
 Regulado no DL231/81 de 28 de julho
 Sucede quando duas sociedades unem esforços, logística,etc. para fornecer
determinado produto ou prestar determinado serviço
 Os consórcios podem ter caráter: (art.5º)
o Interno: quando as atividades ou bens são fornecidos por um dos consorciados
ao outro que estabelecerá a relação externa (nº1)
o Externo: quando as atividades ou bens são diretamente fornecidos a terceiros
por cada um dos membros do consórcio (nº2)
 Na realidade um consórcio não se confunde com uma sociedade pois:
o Não têm personalidade jurídica nem criam nenhuma pessoa coletiva “ex novo”
o Não existe nenhum fundo patrimonial comum – art.19º
o A atividade exercida também não é comum
 Cada um mantém a sua atividade individual

Associações em participação
 Previstas no DL231/81; artº.21º e ss
 Contrato pelo qual um ou mais sujeitos – os associados – se associam a uma atividade
económica exercida por outro sujeito – o associante – ficando o primeiro a participar
nos lucros ou nos lucros e perdas que desse exercício resulte para o segundo
 Principais diferenças para as sociedades
o Possibilidade de dispensa nas perdas
o Não existe nenhuma pessoa coletiva criada “ex novo”
o Não detém personalidade jurídica
o O associado não vai exercer a atividade do associante
o Não existe património comum – art.24º,nº1
 Pode terminar por alguma das situações elencadas no art.27º, ou mesmo por
estipulação de prazo na celebração do contrato
 Se constituida por tempo indeterminado, pode extinguir-se por denúncia de uma das
partes ao fim de 10 anos nos termos do art.30º,nº3

02-05-2013

Sociedades civis e Sociedades comerciais


 Sociedades comerciais
o art.1º,nº2 CSC
o Requisitos
 Tipo societário (SA,SNC,SQ,SC)
 Ter como objeto a prática de atos de comércio – objeto comercial
o Aplica-se o CSC, nos termos do art.1º,nº2

4
DIREITO COMERCIAL 3º mini teste

 Sociedades civis
o Sociedades civis simples
 Têm exclusivamente por objeto uma atividade não comercial
 Disciplinadas pelo art.980º CC
o Sociedades civis de tipo comercial
 Adotam um dos tipos de sociedade comercial
 Aplicável o CSC – art.1º,nº4

Tipos de Sociedades comerciais

Princípio da tipicidade
 Quem quiser constituir uma sociedade só pode adotar um dos tipos societários
previstos na Lei – Art.1º,nº2 CSC
 Não podem celebrar contratos de sociedades diferentes do previsto na Lei
 Têm no entanto liberdade de estipulação do conteúdo do contrato de sociedade, desde
que respeitem as normas imperativas de cada tipo societário
 O CSC observa uma organização a saber:
o Art.1º a 174º - parte geral aplicável a todos os tipos de sociedade
o Art.175º a 196º - Sociedades em nome coletivo – SNC
o Art.197º a 270º G – Sociedades por quotas – LDA
o Art.271º a 464º - Sociedades anónimas – SA
o ART.465º A 480º - Soceidades em comandita – SC

Carateristicas gerais dos tipos legais societários

Número mínimo de sócios


 A regra geral – art.7º,nº2 – estipula um número mínimo de 2 sócios
 Se tiverem um número de sócios inferior ao previsto na lei, estas podem ser dissolvidas
o Art.142º
 Não é estipulado nenhum limite máximo de sócios que possam constituir uma
sociedade

SNC
 Regra geral – art.7º,nº2 : 2 sócios

LDA
 Regra geral – art-7º,nº2 : 2 sócios
 Como exceção temos as Sociedades unipessoais por quotas – art.270º A,nº1, onde se
observa um único sócio

SA
 Aqui existe um número superior de exigência á regra geral
 Art.273º,nº1 - mínimo de 5 sócios
 Exceções:
o Art.488ºnº1 – um único sócio, desde que esse sócio seja uma sociedade

5
DIREITO COMERCIAL 3º mini teste

o Art.273º,n2 – 2 sócios, desde que um dos sócios seja o Estado,e que este
detenha a maioria do capital social

SC
 Por ações
o Art. 479º e 465º,nº1: 6 sócios sendo que:
 1 sócio comanditado
 5 sócios comanditários
 Simples
o Regra geral – art.7º,nº2 : 2 sócios
o Aplicam-se as regras das SNC, por força do art.474º

Responsabilidade dos sócios perante a sociedade


 Responsabilidade dos sócios relativamente às entradas a que se obrigaram
 Os sócios obrigam-se a entrar com um valor determinado

SNC
 Art.175º,nº1,1ª parte
 Responsabilidade individual pela sua entrada, ou seja cada sócio responde pela sua
entrada

LDA
 Art.197º,nº1
 Responsabilidade solidária entre os sócios perante as entradas de cada um
 A sociedade pode pedir a qualquer dos sócios a totalidade do valor em dívida

SA
 Art.271º
 Cada sócio responde pela sua entrada
 Cada sócio limita a responsabilidade ao valor das ações que subscreveu

SC
 Art.465º,nº1;474º;478º
 Tanto os sócios comanditários como os comanditados respondem individualmente pela
entrada de cada um

Responsabilidade dos sócios perante credores sociais


 Responsabilidade dos sócios perante as dívidas da sociedade

SNC
 Art.175,nº1 , 2ª parte
 O sócio pode responder pessoalmente com o seu património perante as dividas da
sociedade – responsabilidade ilimitada

6
DIREITO COMERCIAL 3º mini teste

 Esta responsabilidade é subsidiária em relação à sociedade, isto é primeiro responde o


património da sociedade e somente depois o dos sócios
 Esta responsabilidade subsidiária é solidária entre os sócios

LDA
 Art.197º,nº3
 Não existe responsabilidade dos sócios perante os credores sociais
o Somente no caso de o credor ser o Estado é que existe a reversão
 Existe no entanto uma exceção prevista no art.198º,nº1, que se observados os 4
requisitos previstos, permite que o sócio responda perante os credores sociais
o Estipulação no contrato de sociedade
o Identificação do(s) sócio(s)
o Estipulação de um valor máximo pelo qual vai responder
o Estipulação no contrato, se a responsabilidade é solidária ou subsidiária à
sociedade
 Se estipulada como solidária, existe direito de regresso sobre a
sociedade – art.198º,nº3

SA
 Art.271º
 Os sócios não respondem pelas dívidas da sociedade
 Não podem existir clásulas a responsabilizar os sócios, caso existam são nulas

SC
 Sócios comanditados
o Art.465º,nº1
o Aplicam-se as regras das SNC , art.175º,nº1, 2ª parte
 Sócios comanditários
o Art.465º,nº1
o Não respondem pelas dívidas da sociedade perante os credores sociais

 Todas estas regras aplicam-se após as sociedades adquirirem personalidade jurídica


nos termos do art.5º, ou seja com o registo da sociedade
 Existe um regime especifico antes do registo aplicável a todos os tipos de sociedade
o Art.36º,37º e 19º
o Art.38º SNC
o Art.39º Sociedade em comandita simples
o Art.40º LDA, SA, Sociedade em comandita por ações

7
DIREITO COMERCIAL 3º mini teste

03-05-2013

Capital Social
 Corresponde às entradas dos sócios, mesmo que ainda não se encontrem realizadas –
art.25º
 O capital social minimo é variável consoante o tipo societário em causa

SNC
 Não existe obrigatoriedade de existência de capital social
 Todo o tipo de entradas é admissivel (dinheiro, espécie ou indústria), logo se as
entradas de todos os sócios consistirem em industria, aquela não tem capital social –
art.178º,nº1 ; 9º,nº1 f)

LDA
 Art.201º; 219º,nº3
 Capital social minimo de 1 € por sócio

SA
 Art.276º,nº5
 Capital social minimo de 50.000€

SC
 Simples
o Art.474º que nos remete para as SNC, logo sem capital mímino exigivel
 Por ações
o Art.478º que nos remete para as SA, logo capital social minimo de 50.000€

Tipos de entrada
 Art.20º,nº1 a)
 Devemos considerar as entradas em:
o Dinheiro
 Aquilo que num determinado espaço é aceite consensualmente como
meio de pagamento
o Espécie
 Consistem por exemplo em imóveis, patentes, marcas, créditos, etc.
o Indústria
 Os sócios obrigam-se a prestar determinada atividade ou trabalho à
sociedade
 Admissível para os sócios de responsabilidade ilimitada:
 SNC
 Sociedades em comandita, quanto aos sócios comanditados
 Não admitidas a sócios com responsabilidade limitada
 LDA
 SA
8
DIREITO COMERCIAL 3º mini teste

 Nas sociedades em comandita, quanto aos sócios


comanditários

Avaliações das entradas


 O art.28º requer a avaliação em certos termos das entradas que sejam prestadas que
não em dinheiro, ou seja em espécie, pois entradas em indústria não são avaliadas,
pois não fazem parte do capital social, logo não são suscetíveis de avaliação
o Espécie
 Relatório elaborado por um ROC sem interesses na sociedade
 Designado por deliberação dos sócios

Tempo das entradas


 Art.26º,nº1
o Só aplicável às entradas em dinheiro ou espécie, pois as contribuições em
trabalho (indústria), só podem ser realizadas quando a sociedade já estiver
constituida
 Art.26º,nº2
o Só aplicável às entradas em dinheiro visto as entradas em espécie serem
realizadas obrigatoriamente até à celebração do contrato

 Resumindo:
o Entradas em indústria
 Entrada realizada após a celebração do contrato
o Entradas em espécie
 Art.26º,nº1 – a realizar até à celebração do contrato
o Entradas em dinheiro
 Observar a regra geral – art.26º,nº1
 Exceções:
 LDA
o Constituidas pela forma tradicional
 Art.26º,nº2;199ºb);202º,nº4
 Com extensão de prazo
o Constituidas online ou por “empresa na hora”
 Art.125/2006 DL 125/2006 e art.7º,nº2
DL111/2005 respetivamente
 5 Dias úteis ou até final do 1º exercicio
económico
 SA
o Constituida online
 Fundamentos supra

9
DIREITO COMERCIAL 3º mini teste

Diferimento das entradas


 Aplicável somente a entradas em dinheiro
 O CSC admite que o estatuto social preveja, em certos termos o diferimento das
entradas em dinheiro
o LDA
 Todas as entradas são diferíveis menos o valor minimo da quota (1€)
 Art.203º,nº1
 Estipulada uma data certa no máximo de 5 anos
o SA e SC por ações
 Art.277º,nº2
 Possibilidade de diferimento até 70% por acionista

Prestações acessórias
 Previstas no CSC
o LDA – Art.209º
o SA – art.287º
o SC – Art.478º com remissão para o art.287º
 Realizadas a favor da sociedade, além das entradas
 As prestações a existir, têm de estar previstas no contrato de sociedade
 Os elementos essenciais têm de estar fixados pelo estatuto social
o Determinar os sócios que estão obrigados
o Determinar o conteúdo da prestação que pode ser de qualquer tipo
 Multiplicidade de natureza
 Podem ainda ser onerosas ou gratuitas

Prestações suplementares
 São prestações gratuitas (sem juros), em dinheiro que a sociedade pode exigir dos
respetivos sócios, se previsto no contrato
 Só existem nas LDA – art.210º a 213º
 Para que tal suceda:
o Tem de ficar previsto no contrato
 Se tal não suceder, não é possível a sua exigência ao sócio
o Tem de haver sempre deliberação dos sócios – art.211º,nº1
o Não são onerosas – art.210º,nº5
o Somente prestações pecuniárias

10
DIREITO COMERCIAL 3º mini teste

09-05-2013

Transmissão de participações sociais


 A participação social é definível como:
o Conjunto unitário de direitos e obrigações atuais e potenciais do sócio
 Estas participações podem ser objeto de transmissão por negócios inter vivos e mortis
causa

Transmissão por negócios inter vivos

SNC
 Art.182º,nº1
 A transmissão depende do consentimento expresso de todos os sócios
 Implica que a decisão seja unânime (decisão dos sócios e não da sociedade)
 Deriva do facto dos sócios terem responsabilidade ilimitada, protegendo-os assim
relativamente a um novo sócio estranho à constituição original
 Esta transmissão deve ser reduzida a escrito – ar.182º,nº2
 Deve também ser comunicada à sociedade – art.182º, nº4

LDA
 Art.228º,nº2
o A transmissão é livre entre cônjuges, ascendentes, descendentes e sócios (2ª
parte)
o Nos restantes casos, a transmissão só é eficaz perante a sociedade quando por
esta consentida (1ª parte)
 Basta maioria simples – art.230º,nº2 e 250º,nº3
 Assim devemos observar o seguinte procedimento para que a cessão de quotas se
torne válida e eficaz
o Se necessário pedido de consentimento (art.228º,nº2,1ªparte), caso não o seja
iniciar o processo pelo passo seguinte (art.228º,nº2, 2ª parte)
o Comunicação à sociedade, sendo requisito de eficácia (art.228º,nº3)
acompanhado por solicitação à promoção do registo (art.242º A)
 Para que exista proibição de transmissão de participações sociais, deve constar em
contrato de sociedade (art.229º,nº4)
o Pese a existência desta cláusula, pode o sócio ao fim de 10 anos exonerar-se da
sua condição
 O mesmo contrato pode moldar as situações de consentimento previstas no
art.228º,nº2 (art.229º,nº2 e 3)

 O pedido de consentimento
o Requisitos no art.230º,nº1
o Deve ser realizado no prazo de 60 dias – art-230º,nº4. Caso não o seja é tido
como aceitação tácita

11
DIREITO COMERCIAL 3º mini teste

 A recusa do consentimento
o Previsto no art.231º, nº1
o Esta recusa por parte da sociedade deve incluir uma das seguintes situações
 Proposta de amortização
 Art.232º e ss
 Tem por efeito a extinção da quota do sócio, pois o valor desta
acresce aos demais sócios
 Aquisição da quota
 Art.220º
 A sociedade adquire a quota do sócio, ficando esta como uma
quota própria
 Devem ser observados os condicionalismos do art.220º,nº1 e 2

SA

Ações ao portador
 São livremente transmissíveis - art.328º,nº1
 Impossível aferir quem são os seus possuidores, logo seria ilógico a existência de
limitações

Ações nominativas
 Em regra a transmissão é livre – art.328º,nº1,
 Mas o estatuto pode estabelecer limitações à sua transmissão – art.328º,nº2
 Nunca pode a transmissão ser proibida, mas somente ser limitada pelas alíneas do nº2
do art.328º,nº2 (podem existir, ou não, cumulativamente)
o a) Deve o contrato de sociedade prever o estipulado no art.329º,nº3
o b)Estabelece um direito de preferência aos sócios nos termos do direito civil
 Art.414º + 1410º CC
 Perigos:
 Maioria de + de 35% para um sócio
 Dissolução da sociedade por número inferior de sócios –
art.142º,nº1 a)
 Quem exerce o direito de preferência são os sócios, não a sociedade
o c) Pode ser realizada tal restrição desde que esteja de acordo com o interesse
social da sociedade

10-05-2013

SCS
 Sócios comanditados
o Art.469º,nº1
 Sócios comanditários
o Aplica-se o regime das LDA – art.475º

12
DIREITO COMERCIAL 3º mini teste

SCA
 Sócios comanditados
o Art.469º,nº1
 Sócios comanditários
o Aplica-se o regime das SA – art.478º

Transmissão mortis causa

SNC
 Art.184º,nº1
 A regra é a liquidação da parte do sócio falecido e consequente entrega do valor aos
sucessores – valor real, art.105º CSC; 1021º CC
 No entanto pode também acontecer:
o Dissolução da sociedade: deliberada e comunicada aos sucessores no prazo de
90 dias – art.184º,nº1 in fine – Valor que pode ser maior ou menor que o valor
real mediante a situação da sociedade
o Continuar a sociedade com os sucessores do falecido, quando estes nisso
consintam expressamente – art.184º,nº2- prazo de 90 dias

LDA
 Art.225º,nº1
 A regra é a transmissão para os sucessores – transmissibilidade prevista no
art.225º,nº1 a contrario
 No entanto o contrato de sociedade pode estabelecer que (art.225º,nº1):
o A quota não se transmite
o A transmissão fica condicionada a certos requisitos
 Nestes dois casos supra, a sociedade deve:
 Amortizar a quota – art.225º,nº2 e 232º ss
 Adquiri-la – art.225º,nº2 e 220º
 Fazê-la adquirir por sócio ou por terceiro – art.225º,nº2
 Caso não o faça no prazo de 90 dias, a quota considera-se transmitida
 Pode também o contrato social atribuir aos sucessores o direito de exigir a
amortização da quota ou condicionar a transmissão da quota à sua vontade –
art.226º

SA
 Rege-se pelo disposto no CC, no livro do direito das sucessões

SCS
 Sócios comanditários
o Aplica-se o regime das LDA – Art.475º
 Sócios comanditados
o Aplica-se o regime das SNC – Art.469º,nº2

13
DIREITO COMERCIAL 3º mini teste

SCA
 Sócios comanditários
o Aplica-se o disposto no CC – direito das sucessões
 Sócios comanditados
o Aplica-se o regime das SNC – art.469º,nº2

Estruturas organizatórias
 As sociedades atuam através de órgãos sociais:
o Órgãos deliberativos (internos)
 Presente em todos os tipos de sociedade
 Geralmente designado como “assembleia geral”
o Órgãos de administração e representação (externos)
 Presente em todos os tipos de sociedade
 A “gerência” nas SNC e nas LDA; A “administração ou Conselho de
administração nas SA
o Órgãos de fiscalização
 Não existe nas SNC nem nas SCS
 Pode existir nas LDA
 Existem sempre nas SA

Órgãos deliberativos internos


 Têm como objetivo deliberar
 Art.53º e 54º
 Estamos perante um conjunto de sócios que ao deliberar, vão formar a vontade da
sociedade
o Os votos são individuais, correspondendo a cada sócio
 As deliberações podem ser realizadas:
o Por assembleia universal
o Por deliberação unânime por escrito
o Por deliberação por voto escrito (pode ser afastada por contrato social ao
contrário das restantes)
o Por assembleia geral
 Nas LDA observamos os 4 tipos de deliberação – art.247º e 54º
 Nas SNC observamos os 4 tipos de deliberação – art.189º,nº1 e 54º
 Nas SA observamos as deliberações por Assembleia geral e universal

Deliberações por Assembleia universal


 Não existe convocatória, e poder-se-á realizar se observado o elencado no art.54º,nº1
o Presença de todos os sócios
o Consentimento de todos para que a reunião seja celebrada
o Acordo unânime para discutir e votar os assuntos em causa

14
DIREITO COMERCIAL 3º mini teste

Deliberações unânimes por escrito


 São deliberações tomadas fora de qualquer reunião
 Observa dois requisitos
o Unanimidade, sem abstenções
o Por escrito – art.4ºA

Deliberações por voto escrito


 Previsto para as LDA e SNC
 Estas deliberações não têm de ser unânimes
 Previstas no art.247º e art.189º que remete para o art.247º
 Não pode ser realizada se proibida:
o Por Lei – pode a deliberação ter forçosamente realizada em assembleia geral,
logo não poderá ser assim realizada – ex: art.217º,nº1
o Por contrato – pode existir cláusula no contrato social que afaste a deliberação
por voto escrito – art.247º,nº2
o Em situação que seja proposto uma votação que implique o impedimento de
voto de algum sócio conforme estipulado no art.251º
 Caso seja possível deliberar por este meio deve-se observar a seguinte tramitação
o Consulta inicial aos sócios, se estão dispostos a deliberar assim, promovendo a
dispensa de assembleia – art.247º,nº3
 Assinada por gerente; envio por carta registada
 Com informação dos assuntos a deliberar
 Com a indicação da validade do silêncio como voto afirmativo – 15 dias
o Deve existir concordância de todos os sócios
o Após a receção da votação de todos os sócios ou ao atingir os 15 dias de prazo,
o gerente envia a todos os sócios a proposta de deliberação acompanhada
pelos elementos necessários para votar - art.247º,nº4
 Observar prazo previsto no mesmo
o Elaboração de ata – art.247º,nº6
16-05-2013

Deliberações por assembleia geral


 Uma deliberação por assembleia geral é sempre procedida de convocatória

LDA
 Art.248º
 Legitimidade para convocar
o Qualquer dos gerentes – nº3 – não sendo convocada pelo gerente gera
nulidade
o Cláusulas incluídas no contrato que permitam a convocatória por outro que
não o gerente, são consideradas nulas

15
DIREITO COMERCIAL 3º mini teste

 Forma legal da convocatória


o O requisito mínimo está previsto no nº3 – carta registada – no entanto o
contrato de sociedade pode exigir outras formalidades
 Prazo
o Regra – 15 dias – podendo ser também convencionado um prazo mais
alargado por contrato de sociedade – nº3
 Convocatória
o Por força do nº1 deste artigo, deve ser observado o art.377º,nº5 a) a e)
 Sócios presentes
o Tem direito a estar presente em assembleia, todos os sócios mesmo que
estejam impedidos de exercer voto – nº5
o A representação está prevista nos moldes do art.249º,nº5
 Votos
o São atribuídos de acordo com o art.250º,nº1: 1 voto = €,01 do valor nominal
da quota
 Maiorias
o Em regra as deliberações são aprovadas por maioria simples, sem
consideração das abstenções – art.250º,nº3
o Existem situações em que se aplica maioria qualificada – art.265º
o Aqui exige-se ¾ do valor correspondente ao capital social, logo a abstenção é
considerada
 Alterações de contrato
 Fusão de sociedade
 Cisão de sociedade
 Transformação de sociedade
 Dissolução de sociedade
o Pode o contrato de sociedade estipular valores maiores para as maiorias
exigidas, no entanto nunca poderá ser requerida unanimidade pelo facto de ser
considerada uma cláusula abusiva
 Quórum
o Não existe base legal. No entanto em deliberações por maioria qualificada, por
óbvias razões é necessário no mínimo a existência de sócios que representem ¾
do capital social (ou mais se estipulado como necessário para obter aprovação
da mesma deliberação)

SA
 Artigo 377º
 Legitimidade para convocar
o Pertence ao presidente da mesa conforme estipulado no nº1
 Forma legal de convocatória
o Devem ser observados os números 2 e 3 do artigo
o A convocatória em regra é pública, podendo depois por contrato serem
adicionadas outas formas de comunicação previstas no nº3

16
DIREITO COMERCIAL 3º mini teste

o A publicidade justifica-se pelo facto de existirem ações ao portador e como tal


não ser possível convocar os acionistas diretamente (não são conhecidos)
o Se as ações forem todas nominativas as publicações podem ser substituídas
pelo estipulado no nº3 2ª parte – deve no entanto ficar esta situação
estipulada em contrato
 Prazo
o Estabelecido no nº4 – um mês desde a divulgação da última publicação ou 21
dias em caso de carta registada ou mensagem por correio eletrónico
 Convocatória
o Deve conter o previsto no nº5 do artigo
 Sócios presentes
o Art.379º,nº1: têm direito a estar presentes (com discussão e votação) aqueles
acionistas que tenham direito a pelo menos um voto
o Se em contrato nada ficar estipulado podem os acionistas sem direito a voto
assistir às mesmas – art.379º,nº2
o Pode existir representação (sem limitação estipulada em lei)
 Votos
o Regra geral a cada ação corresponde um voto – art.384º,nº1
o No entanto pode ficar estipulado por contrato que para ter direito a um voto, o
acionista tenha de deter um certo número de ações – art.384º,nº2
 Este número de ações, não pode corresponder a um valor superior a
1000€ de capital
o Patente a unicidade de voto – art.385º
 Os votos de um determinado acionista não pode ser fracionada em
diferentes intenções de voto
 Pode no entanto votar numa direção, e detendo representação de
algum outro acionista votar noutra direção, com os votos em que
detém representação
17-05-2013
 Maiorias
o Previsto no art.386º,nº1
o A regra geral é a maioria simples dos votos emitidos
o No entanto em assuntos que sejam os referidos no art.383º,nº2 , por força do
art.386º,nº3 exige-se a maioria qualificada de votos emitidos para que a
deliberação seja aprovada
 No art.386º,nº4 referência a situações em que estes assuntos são
deliberados em segunda convocação : maioria dos votos emitidos se
observado um quórum de pelo menos metade do capital social
 Quórum
o Previsto no art.383º
o Percentagem de capital social necessária para que a AG possa ser realizada
o A regra diz-nos que não é necessário quórum – art.383º,nº1
o No entanto observamos uma exceção prevista no nº2 do predito artigo

17
DIREITO COMERCIAL 3º mini teste

 Para estas matérias o quórum necessário é de 1/3 do capital social


 Em segunda convocação não existe necessidade de quórum
 Deve a assembleia marcada por segunda convocação , mediar da
primeira um prazo de 15 dias

Impugnações da deliberação
 As deliberações podem ser impugnadas pelos sócios
 Para tal deve suceder que uma determinada deliberação considerada válida padeça de
um vício (pode a mesma disposição conter vários vícios)
o Ineficácia
o Nulidade
o Anulabilidade

 Os vícios podem ser de:


o Procedimento
 Estamos perante um vício de forma
 Ocorrem na formação da deliberação, ou seja no processo deliberativo
 Ex: numa convocatória não haver quórum e existir deliberação na
mesma
o Conteúdo
 Estamos perante um vício de substância
 Incide sobre o conteúdo da deliberação, ou seja o assunto que foi
deliberado
 Ex: uma deliberação que determine que as convocatórias para as
assembleias gerais de um LDA seja realizada por sms; essa clásula
será nula pois estaria a contrariar uma norma imperativa –
art.248º,nº3

Ineficácia
 Observar o art.55º
 Certas deliberações necessitam de consentimento de um sócio determinado, para que
sejam aprovadas
 Enquanto tal não suceder a deliberação é ineficaz
 Pode este consentimento derivar de :
o Contrato de sociedade
o Lei
23-05-2013

Nulidade
 Previstas no art.56º
 Somente por estas situações pode ser invocada a nulidade – princípio da tipicidade
a) Vícios de procedimento previstos nas alíneas a) e b)
b) Vícios de conteúdo previstos nas alíneas c) e d)

18
DIREITO COMERCIAL 3º mini teste

 Art.56º
a) Deliberações tomadas, em assembleia geral não convocada
 Sucede quando observado uma das circunstâncias previstas no
art.56º,nº2
 Grave pois impede sócios do exercício de direitos fundamentais da
socialidade
 É uma nulidade atípica pois pode este vício ser sanado se todos os
sócios tiverem estado presentes ou representados na dita assembleia
 Também nos diz o art.56º,nº3 que não pode ser invocada a nulidade se
posteriormente os sócios não presentes terem dado o seu
assentimento á deliberação
b) Todos os sócios devem ser convidados a exercer o seu voto por escrito (possível
nas LDA), se tal não suceder a deliberação tomada é nula
 Sanável pela 2ª parte desta alínea e também pelo observado no
art.56º,nº3
c) Deliberação sobre alguma matéria que não da competência da Assembleia
 Ex: art.406º: competências do Conselho de administração
 Insanável
d) Deliberações contrárias a leis imperativas ou aos bons costumes
 Ex:art.22º,nº3; 22º,nº4;32º,nº1, etc.

Legitimidade
 Existe um dever de iniciativa do órgão de fiscalização quanto a deliberações nulas
 De realizar o previsto no art.57º,nº1
 Caso os sócios não realizem nenhuma das ações previstas no nº1 deve o órgão realizar
o previsto no nº2

Anulabilidade
 Aqui cabem:
o As deliberações ilegais que não sejam nulas – art.58º,nº1 a)
o As deliberações anti estatutárias – art.58º,nº1 a) in fine
o As deliberações designadas como abusivas por parte de um sócio – art.58º,nº1
b)
 Aqui deve ser observada a chamada prova de resistência, prevista
nesta alínea na sua parte final

Legitimidade
 Previsto no art.59º
o Órgão de fiscalização
o Qualquer sócio que não tenha votado no sentido da deliberação

19
DIREITO COMERCIAL 3º mini teste

Prazo
 Art.59º,nº2
 30 Dias a partir de alguma das situações elencadas nas alíneas deste número

Órgãos de administração e representação / órgãos de fiscalização

LDA
 Gerência
o Art.252º a 261º
o Esta pode ser:
o Plural quando constituída por dois ou mais gerentes
o Singular quando existe um só gerente
o Qualquer sócio pode ser gerente e mesmo um terceiro que não sócio também
pode desempenhar essa mesma função
o Designado por:
 Contrato de sociedade – art.252º,nº2
 Deliberação dos sócios (posterior) – art.252º,nº2 e 3
o Não é transmissível seja por negócio inter vivos ou por mortis causa –
art.252º,nº4
24-05-2013
o Existe no art.254º uma proibição de concorrência do gerente
 Não pode este desenvolver uma atividade igual à sociedade
 Nem em nome próprio
 Nem como sócio de uma SNC
 Nem como sócio de uma LDA ou SA se detiver uma
participação acima de 20%
 Esta proibição é no entanto levantada por autorização da sociedade
o Em regra a gerência é remunerada – art.255º
 Pode no entanto esta ser objeto de redução judicial se observada
alguma destas situações
 Trabalho prestado pelo gerente não equivale à remuneração
 Situação económica da sociedade não permite esse mesmo
pagamento

o A duração da gerência está prevista no art.256º, podendo terminar por:


 Decurso de prazo estabelecido no contrato
 Destituição
 Em regra a destituição é livre – art.257º,nº1 – princípio da
distituibilidade
 Regra a deliberação é por maioria simples – art-257º,nº2
 Na existência de um direito especial à gerência somente com o
consentimento deste poderá suceder a destituição –
art.257º,nº3

20
DIREITO COMERCIAL 3º mini teste

 Em casos de justa causa para a destituição Cfr. Art.257º,nº4


 Voto do gerente:
o Vota em destituição sem justa causa
o Não vota em destituição com justa causa
 Renúncia
 A renúncia é meramente recetícia, devendo no entanto
observar o estipulado no art.258º,nº1 e 2
o Vinculação da sociedade é realizada pelos atos praticados pelos gerentes –
art.260º
o No caso de uma gerência plural, observar o art.261º,nº1
 Os poderes são exercidos conjuntamente e os negócios concluídos por
maioria (entre gerentes)
 Conselho fiscal
o Art.262º
o O órgão é facultativo de acordo com o nº1 do artigo
o Caso a sociedade não tenha órgão fiscal, mas ultrapassem dois dos limites
previstos no nº2 devem designar um ROC
o

SA
 Administração e fiscalização
o Art.278º
o Aqui o órgão de fiscalização é obrigatório, podendo a sociedade optar por uma
das 3 modalidades previstas no art.278º,nº1, onde observamos os seguintes
órgãos
 Conselho de Administração – art.390º
 Conselho fiscal – art.413º
 Comissão de auditoria – art.423º e ss
 ROC – art.446º
 Conselho de administração executivo – art.424º
 Conselho geral e de supervisão – art.434º
o Além dos órgãos aí previstos existe também o secretário da sociedade previsto
no art.446º A, que é obrigatório em sociedade emitente de valores
o Diz-nos o nº2 do art.278º que nos casos previstos na lei:
 O Conselho de administração (ou executivo) pode ser substituído por
um administrador – art.390º,nº2 e art.424º,nº2
 O Conselho fiscal pode ser substituído por fiscal único – art.413º,nº1
o Art.391º - designação dos administradores em assembleia ou contrato (nº1)
por um período não superior a 4 anos (nº3)
o Art.396º - previsão de uma caução para a responsabilidade de cada
administrador, podendo no entanto ser substituída por um contrato de seguro
(nº2)
o Estrutura da fiscalização prevista no art.413º

21
DIREITO COMERCIAL 3º mini teste

22

You might also like