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de interação, tem o intuito de proporcionar aos docentes licenciados em música e
pedagogos, aspectos relacionados à prática da Educação Musical, considerando a música
como uma comunicação sensorial, simbólica e afetiva, diante dos discursos, usos e
consumos musicais, a partir das vivências culturais e sociais dos sujeitos envolvidos no
processo de ensino e aprendizagem no cotidiano escolar.
Objetivamos nessa formação qualificar e capacitar docentes e coordenadores de
Educação, aprofundando a discussão sobre o tema Diversidade Cultural, com vistas à
identificação de possibilidades, caminhos, alternativas, princípios e recursos para uma
pedagogia musical abrangente e diversificada, compreendendo a música como um campo de
saber amplo que oferece caminhos significativos para a formação do indivíduo.
Nesse sentido propomos (a) adequar o currículo da Educação Musical das escolas
do Sesc propondo um ensino de música que respeite as diferenças e as diversidades
socioculturais como materiais para promoção de novas interfaces com novas abordagens
pedagógicas musicais; (b) adquirir conhecimentos e habilidades que permitam o docente
compreender e praticar a música a partir dos diversos aspectos que configuram em
expressão artística, humana e cultural; (c) ampliar a discussão sobre diversidade cultural
como meta para o ensino de música, entendendo as bases estruturais do fenômeno sonoro,
mas também os significados que se estabelecem com os múltiplos contextos socioculturais;
(d) incentivar o registro de conhecimentos produzidos pelos profissionais das escolas do
xxxxx a partir dessa capacitação destacando o trânsito entre as práticas já desenvolvidas
pelos docentes em todo o país em consonância com o conhecimento acadêmico científico
trazido pelos professores convidados, reunidas em uma publicação institucional.
Essa ação se justifica por atender e estar de acordo com as atuais orientações
dadas pelo Ministério da Educação (MEC) nas Diretrizes Nacionais para operacionalização do
ensino de música na escola, aprovado pelo Conselho Nacional da Educação – Câmara de
Educação Básica de 4/12/2013.
Tal documento tem por finalidade orientar as escolas, os docentes e as Secretarias
de Educação e as instituições formadoras de profissionais e docentes de Música, conforme a
definição da obrigatoriedade do ensino de música no currículo escolar conforme a Lei nº
11.769/2008, em suas diversas etapas e modalidades de ensino, destacando especialmente
direcionamentos listados no parágrafo 1°, as seguintes orientações:
Nessa categoria podem ser incluídas músicas locais, que não tem
veiculação midiática e que, muitas vezes, são desconhecidas pelos
estudantes; músicas singulares de outras cidades, estados, regiões,
países etc. O objetivo não é simplesmente, levar para a escola um
amontoado de expressões musicais desvinculadas de suas realidades
socais, mas sim, possibilitar que os alunos reconheçam vários
“sotaques”, para que, assim, possam reconhecer melhor, inclusive,
seu próprio “sotaque” e, a partir daí, a seu critério, (re)significá-lo,
ampliá-lo e/ou transformá-lo. (QUEIROZ, 2011, p. 20)
Diante desse contexto acima posto, junto com os docentes nesse curso pensamos
em caminhos que pudessem favorecer o desenvolvimento da práxis musical em diálogo com
a diversidade cultural.
Assim desenhamos contornos acerca do jogo e da criação, observando seus
aspectos, em suas muitas abordagens e concepções. Enfatizamos a presença do lúdico em
espaços de convivência que incluem os territórios da educação, de um lado, e a sua inerente
relação com o fazer musical, de outro, as concepções do jogo como condição necessária à
produção de conhecimento, tratamos de questões próprias às interações que se
estabelecem entre conviver, brincar, fazer música, criar e, enfim, viver, nos ambientes do
convívio escolar.
Entendemos que jogos de escutar, de criar, de transformar, de improvisar, de
imitar, de ir e voltar, sinalizam modos de ser, de conviver, de expressar, de criar e recriar,
dentre outros possíveis, os quais fortalecem nossos humanos modos de ser, de
compartilhar, de aprender e transformar, entre tantos possíveis.
Outro ponto que destacamos nesse processo de construção acerca da diversidade
cultural trata do corpo e suas correlações com o campo da formação humana têm
representado um vasto território para a produção de novos conhecimentos que visam
revelar como a escala de estímulos aí presentes, imagens, sonoridades, fluxos e trânsitos,
contribuem para a reprogramação de seres humanos em seus aspectos cognitivos, motores,
sensoriais, psicológicos e comunitários, devendo tornar-se um eixo fundamental para os
profissionais que lidam com o ensino da arte na escola.
Buscamos relacionar práticas pedagógicas, métodos e atitudes procedimentais que
encontram ancoragem no corpo, na sua produção de presença e poéticas, assim como
observar as interfaces do corpo frente ao repertório praticado na escola que repercute no
desenvolvimento de crianças e jovens.
Enfocamos em assuntos de relevância em vista de uma educação musical para o
Brasil do Séc. XXI. Entre eles encontram-se: a importância de reconhecimento e aceitação da
diversidade enquanto elemento central dos processos educativos, sobretudo em países de
pluralidade cultural como o nosso.
Dessa maneira pensamos que ao dialogarmos sobre o papel central do modelo de
referência exercido pelo educador musical junto a seus alunos e a necessidade de um
desenvolvimento profissional que se associe ao seu próprio aprimoramento pessoal, o valor
essencial da criação na educação e nos processos formadores humanos, promoverão uma
musicalidade saudável na vida dos alunos.
Considerações Finais
ALMEIDA, Berenice de; PUCCI, Magda Dourado. Outras terras, outros sons. São Paulo: Callis
Ed., 2015.
QUEIROZ, Luis Ricardo Silva. Diversidade musical e ensino de música. Educação Musical
Escolar, Rio de Janeiro, ano 21, n. 8, p. 17-23, jun. 2011. Textos complementares à série
Educação Musical Escolar com veiculação no programa Salto para o Futuro/TV Escola de
27/06/2011 a 01/07/2011.
SESC. Departamento Nacional. Diretrizes para o Quinquênio 2011-2015. Rio de Janeiro, 2010.
UNESCO. Declaração Universal sobre a Diversidade Cultural. 2002. Disponível em: <
http://unesdoc.unesco.org/images/0012/001271/127160por.pdf>. Acesso em: 22 abr. 2015.