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Aparição monstruosa

Aparições sempre nos causam arrepios, principalmente quando sobrevém a nós de forma
fortuita, como um momento de epifania – uma manifestação. Hobbes e Freud tiveram razão ao
suspeitarem da natureza humana. A má consciência e o ressentimento integram as dimensões
mais regressivas do inconsciente social. A maneira de um Black Mirror....

Eu fico enrolando aqui, achando que sei escrever, quando na realidade a grosseria é meu forte.

Os monstros estão a caminho. Eles não surgem mais debaixo da cama, do armário, do quarto
escuro. Os monstros vêm de dentro do homem. Não falo do monstro como o deformado, ao
contrário, o monstro é um agente normalizador. Tampouco, falo do monstro como Negri
entende, positivo, político, uma multidão. O monstro é produto e autor da barbárie, ele
aprendeu mimetizando o campo da desgraça. Durante séculos, talvez até milhares de anos os
monstros nutrem sua própria escuridão, alimentando-se de mimetismo e ressentimento. A
humanidade é uma imensa fábrica de monstros.

A psicologia do policial

Os classe dos policiais brasileiros são o produto da miscegenação e embranquecimento das


raças fundadoras, fraturadas e contendensiosas. A psicologia do policial assenta-se em um
agenciável dispositivo mimético, monstruoso e regressivo .

Poder nivelador

A alerturgia atual é mimetizar a tal ponto a isegoria de modo distópico e monstruoso com o
objetivo de aniquilar completamente as diferenças.

Black mirror

O circulo começa a se fechar quando a rede social passa a interpelar o sujeito para confessar
sua diferença. Nesse momento não se pode desprezar que poderosos símbolos – a cruz e o
punhal, tornam-se grandes dispositivos de subjetivação.

O momento de verdade constitui presumivelmente o memento mori.

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