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IMPOSTOS I.T.B.I – MUNICÍPIOS E D.F I.T.C.M.D – ESTADOS E D.

F
HIPÓTESES DE Situações de cunho Situações de cunho
INCIDÊNCIA ONEROSO GRATUITO
Transmissão onerosa Consiste na transmissão
APENAS DE BENS gratuita de BENS MÓVEIS
IMÓVEIS*, EXCLUÍDOS os OU IMÓVEIS E DIREITOS,
provenientes de sucessão INCLUINDO-SE os
(causa mortis) provenientes de sucessão
(C.F/88 – Art. 156,II *bens (causa mortis) – CF/88 – Art.
imóveis por natureza ou 155, I e §1º) (Heranças ou
acessão física; direitos reais legados E doações)
sobre imóveis, excetos os de O I.T.C.M.D :
garantia e cessão de direitos - Quanto aos bens imóveis e
à aquisição de bem imóvel. respectivos direitos doados
O I.T.B.I (Art. 156, §2º): ou transmitidos por sucessão:
I - não incide sobre a É de competência do Estado
transmissão de bens ou ou D.F da situação do bem.
direitos incorporados ao - Quanto aos bens móveis,
patrimônio de pessoa jurídica títulos e créditos transmitidos
em realização de capital, nem por sucessão: É de
sobre a transmissão de bens competência do Estado ou
ou direitos decorrente de D.F onde se processar o
fusão, incorporação, cisão ou inventário ou arrolamento
extinção de pessoa jurídica, quanto aos bens móveis,
salvo se, nesses casos, a títulos e créditos doados: É
atividade preponderante do de competência do Estado
adquirente for a compra e ou DF onde o doador tiver
venda desses bens ou seu domicílio.
direitos, locação de bens - Terá competência para a
imóveis ou arrendamento instituição do I.T.C.M.D,
mercantil; regulada por lei
II - compete ao Município da complementar:
situação do bem. a) se o doador tiver domicilio
ou residência no exterior;
b) se o de cujus possuía
bens, era residente ou
domiciliado ou teve o seu
inventário processado no
exterior;
- O I.T.C.M.D terá suas
alíquotas máximas fixadas
pelo Senado Federal;
Incide ITCMD no inventário
por morte presumida – Sum.
331, STF.

FATO GERADOR Transmissão ONEROSA ($) O fato gerador do ITCMD é


de bens IMÓVEIS por - a transmissão,
natureza ou acessão física; - por causa mortis (herança
direitos reais sobre IMÓVEIS, ou legado) ou
excetos os de garantia e - por doação,
cessão de direitos à - de quaisquer bens ou
aquisição de bem IMÓVEL direitos.
CONSOLIDADOS por seus
respectivos REGISTROS. No caso de transmissão
por causa mortis, o fato
gerador ocorre no momento
da "abertura da sucessão"
(morte) (art. 1.784 do CC).
No caso de transmissão por
doação, o momento do fato
gerador irá variar:
· Sendo bens móveis: no
instante da tradição
(entrega).
· Sendo bens imóveis:
tecnicamente, o FG seria no
instante do registro
translativo no Registro de
Imóveis (art. 1.245 do CC).
No entanto, as leis estaduais
que regem o ITCMD têm
exigido o pagamento do
imposto antes do registro,
devendo o interessado
apresentar o recolhimento do
tributo como condição para
que o registro seja efetivado.

ALÍQUOTA E BASE DE A alíquota do ITBI será A alíquota máxima do


CÁLCULO fixada por lei ordinária do ITCMD É DE 8% (Resolução
Município SEM limitação do Senado nº 9/92) cabendo
(alíquota máxima). ao Estado e DF estabelecer
B.C do ITBI é o valor da normas gerais na ausência
transação imobiliária do de lei federal (COMP.
imóvel (valor venal – de suplementar).
venda) O ITCMD é devido pela
alíquota vigente ao tempo da
abertura da sucessão – Sum.
112, STF

B.C do ITCMD é o valor


venal dos bens ou direitos
transmitidos por doação ou
sucessão (Art. 38, CTN
vigente)

CONTRIBUINTES Qualquer das partes na No caso das transmissões


operação tributada, como “causa mortis”, o herdeiro ou
dispuser a lei. (Art. 42, CTN o legatário;
vigente) Nas doações, qualquer das
partes atinentes à mesma,
na forma da lei.

IMPOSTO REAL IMPOSTO PESSOAL


Ocorre quando ele incide sobre algum O imposto é classificado como pessoal
elemento econômico de maneira quando a tributação varia de acordo com
objetiva, não levando em consideração a aspectos pessoais do contribuinte.
situação pessoal do contribuinte. Em A tributação será maior ou menor
palavras simples, imposto real é aquele conforme a capacidade contributiva do
que incide objetivamente sobre uma devedor.
coisa, sem levar em conta a pessoa do
contribuinte.
Ex: o IPVA é imposto real e incide sobre Ex: o IR é pessoal, tendo em vista que a
a propriedade de veículos. Assim, se um tributação varia de acordo com as faixas
milionário possui um "Gol modelo X, de rendimentos de cada contribuinte.
ano 2010" e um indivíduo pobre também
possui o mesmo carro, modelo e ano,
ambos irão pagar o mesmo valor de
IPVA.
Nos impostos reais, em regra, a Nos impostos pessoais, a capacidade
capacidade contributiva é observada por contributiva, em regra, é observada por
meio da técnica da proporcionalidade, meio da técnica da progressividade,
segundo a qual as alíquotas são fixas e o segundo a qual as alíquotas são maiores
que varia é a base de cálculo (AL fixa e conforme se aumenta a base de cálculo
BC variável). (BC varia, AL varia progressivamente).

A CF/88 determina que os impostos, sempre que possível, tenham caráter pessoal:
Art. 145 (...)
§ 1º Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a
capacidade econômica do contribuinte (...)

Vale ressaltar que a expressão "sempre que possível", acima utilizada, não se aplica para
a segunda parte do parágrafo ("capacidade contributiva"). As conclusões são as seguintes:
• Os impostos terão caráter pessoal (sempre que possível);
• Os impostos serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte
(sempre).

O STF decidiu que todos os impostos, independentemente de sua classificação como de


caráter real ou pessoal, podem e devem guardar relação com a capacidade contributiva do
sujeito passivo (RE 562045/RS).

Progressividade
Vamos explicar um pouco mais sobre o que é a progressividade.
Progressividade é uma técnica de tributação que tem como objetivo fazer com que os
tributos atendam à capacidade contributiva.
Na prática, a progressividade funciona da seguinte forma: a lei prevê alíquotas variadas
para o imposto e o aumento dessas alíquotas ocorre na medida em que se aumenta a base
de cálculo.
Assim, na progressividade, quanto maior a base de cálculo, maior será a alíquota.
O exemplo comum citado pela doutrina é o do imposto de renda, que é progressivo.
No IR, quanto maior for a renda (BC), maior será o percentual (alíquota) do imposto.
Quanto mais a pessoa ganha, maior será a alíquota que irá incidir sobre seus rendimentos.

Progressividade e impostos reais


A progressividade só pode ser aplicada aos impostos pessoais ou também aos reais?

O que diz a maioria da doutrina: O que decidiu o STF:


A lei somente pode prever a técnica da A lei pode prever a técnica da
progressividade para os impostos progressividade tanto para os impostos
pessoais. pessoais como também para os reais.
O § 1º do art. 145 da CF/88 não proíbe
que os impostos reais sejam
progressivos.
O § 1º do art. 145 da CF/88, de forma É errada a suposição de que o § 1º do art.
implícita, somente permite a 145 da CF/88 somente permite a
progressividade para os impostos progressividade para os impostos
pessoais. pessoais.
Todos os impostos estão sujeitos ao
princípio da capacidade contributiva,
mesmo os que não tenham caráter
pessoal, e o que esse dispositivo
estabelece é que os impostos, sempre que
possível, deverão ter caráter pessoal.
Os impostos reais não podem ser O ITCMD (que é um imposto real) pode
progressivos, salvo se expressamente ser progressivo mesmo sem que esta
autorizados pela CF/88 (ex: IPTU). progressividade esteja expressamente
prevista na CF/88.
Ao contrário do que ocorria com o IPTU
(Súmula 668-STF), não é necessária a
edição de uma EC para que o ITCMD
seja progressivo.
No caso dos impostos reais, o princípio No caso do ITCMD, por se tratar de
da capacidade contributiva é atendido imposto direto, o princípio da capacidade
pela técnica da proporcionalidade. contributiva pode ser também realizado
Desse modo, para atender ao princípio da por meio da técnica da progressividade.
capacidade contributiva, os impostos Desse modo, existem impostos reais que
reais devem ser proporcionais e não podem ser progressivos.
progressivos.

Exemplo de progressividade no ITCMD:


Lei estadual prevê as seguintes alíquotas:
Base de cálculo Alíquotas
(valor venal dos bens ou direitos
transmitidos)
R$ 50.000 2%
De R$ 50.001 até 100.000 3%
De 100.001 até 200.000 4%
De 200.001 até 300.000 5%
Acima de 300.000 6%

Obs: a Resolução n.° 9/1992 do Senado prevê, em seu art. 2º, que as alíquotas do
ITCMD, fixadas em lei estadual, poderão ser progressivas em função do quinhão que
cada herdeiro efetivamente receber.

A mencionada decisão do STF foi proferida pelo Plenário no julgamento do RE


562045/RS, rel. orig. Min. Ricardo Lewandowski, red. p/ o acórdão Min. Cármen Lúcia,
6/2/2013.

Trata-se de tema importantíssimo e que será bastante explorado nas próximas provas de
concurso.
Obras consultadas (e recomendadas):
ALEXANDRE, Ricardo. Direito Tributário Esquematizado. 6ª ed., São Paulo: Método,
2012.
SABBAG, Eduardo. Manual de Direito Tributário. 4ª ed., São Paulo: Saraiva, 2012.

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