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APOSTILA PRÁTICA

MORFOLOGIA E ANATOMIA VEGETAL

PROFA BRUNA GARDENAL FINA


Curso de Ciências Biológicas UFMS/CPAQ

RECOMENDAÇÕES SOBRE AS AULAS PRÁTICAS

Para melhor aproveitamento das aulas práticas, recomenda-se adotar as seguintes normas:

1. Comparecer pontualmente, munido dos materiais relacionados abaixo;


2. Ler cuidadosamente o exercício antes de sua execução;
3. Dividir o trabalho equitativamente com o(s) companheiro(s) do grupo;
4. Usar apenas o material necessário, evitando desperdícios e danos;
5. Antes de retirar-se, limpar o balcão de trabalho, lavar a vidraria e coloca-las em local
adequado.

Material de uso pessoal:

 Jaleco;
 2 estiletes de ponta reta (pode ser feito com agulhas de seringas descartáveis),
 1 pinça de ponta fina,
 papel absorvente,
 giletes novas,
 lápis e borracha.

Preparação do material

Para uma boa observação ao microscópico o material deve ser o mais transparente possível ou
pelo menos, translúcido.
As secções podem ser feitas a mão livre, usando-se lâminas de barbear (gilete) ou para
estudos mais refinados, utilizando-se aparelhos especiais, os micrótomos.

Tipos de corte: no estudo de determinado órgão vegetal é indispensável a utilização de cortes


realizados em diferentes posições e em diferentes planos. Os mais comuns são:
Cortes transversais: feitos num plano perpendicular ao maior eixo do órgão;
Cortes longitudinais: feitos num plano paralelo ao maior eixo do órgão;
Cortes paradérmicos: cortes superficiais, feitos num plano paralelo à superfície do órgão,
sendo utilizados principalmente no estudo de órgãos laminares.

Técnicas para obtenção de cortes a mão livre


Para a obtenção de bons cortes (suficientemente finos) há necessidade de prática, porém,
seguindo-se algumas regras básicas o principiante poderá obter bons resultados:
 Sempre utilizar lâminas de barbear (gilete) novas;
 Antes de iniciar os cortes, tornar plana a superfície da peça a ser cortada;
 Molhar a gilete e o material, antes de cortar;
 Se o material for resistente, prendê-lo entre o polegar e o indicador, na orientação desejada,
fazendo a gilete deslizar suave e continuamente sobre a superfície do material, sem aprofundar,
para a obtenção de cortes finos;
 Materiais delicados ou muito pequenos necessitam de um suporte para que possam ser cortados.
Pode-se utilizar: pedaços de cenoura, medula de embaúba, girassol ou sabugueiro e cilindros de
cortiça ou de isopor.
 Fazer grande número de cortes, colocando-os em um vidro de relógio ou placa de Petri contendo
água e, a seguir selecionar os mais finos;
 Transferir os cortes selecionados para a lâmina, utilizando um pincel fino, e colocar a lamínula
num ângulo aproximadamente de 45º graus, para evitar a formação de bolhas de ar;
 Na realização de cortes paradérmicos, prender o material (geralmente folha) sobre o dedo
indicador, firmando-o com os dedos polegar e médio, e realizar um corte superficial. Pode-se
também fazer uma incisão pouco aprofundada e puxar com uma pinça;
 Para seccionar folhas largas, pode-se dobrá-las várias vezes, conseguindo-se assim, grande
número de cortes de uma só vez.
Para observação ao microscópio, os cortes devem ser colocados entre lâmina e lamínula,
imersos em líquido de montagem.

Técnicas de preparação de material

Para preparar material em lâminas é bom, sempre que possível, utilizar plantas frescas,
i.e., recém coletadas pois nestas observa-se melhor o conteúdo célular, além de ser de manuseio
mais fácil. Caso não haja, pode-se utilizar também material seco de herbário ou fixado. Para os
estudos histológicos é mais conveniente fixar o material por meios químicos.
1. Material fresco: deve ser trazido ao laboratório em sacos plásticos fechados, realizando-se os
cortes em seguida, sem qualquer preparo prévio;
2. Material fixado: deve ser removido do vidro, com pinça e lavado em água corrente, por meia hora,
antes de ser manuseado;
3. Material herborizado: o material seco de herbário para ser utilizado em estudos anatômicos, deve
ser fervido em água por 5 a 15 minutos. Para facilitar a penetração da água, pode-se adicionar
algumas gotas de detergente. Após o resfriamento, o material pode ser fixado.
AULA PRÁTICA 1 : CÉLULA VEGETAL

1) Bulbo de Allium cepa (cebola). Faça cortes paradérmicos bem finos de uma das túnicas do bulbo,
em sua face interna (epiderme adaxial). Monte alguns cortes em água e observe. Substitua a água
por safranina e observe novamente. Desenhe uma das células no maior aumento. Qual a forma
das células? Quais componentes celulares é possível observar nesta preparação? Existe
vantagem no uso de corante?
2) Destaque a epiderme inferior (abaxial) de Tradeschantia sp, monte em água e observe. Desenhe
uma célula no maior aumento. Qual a diferença em relação à célula da cebola? Quais as
estruturas comuns?
3) Folha de Sansevieria sp (espada de São Jorge). Faça cortes transversais, monte alguns em
Sudan IV e deixe corar. Enquanto isto, observe as células epidérmicas em outros cortes montados
em água. Core também alguns cortes com azul de metileno e observe. Compare os cortes com e
sem corante e desenhe algumas células epidérmicas. Que nome recebe esta modificação da
parede celular? Essa modificação ocorre igualmente em todas as faces das células?
4) Faça cortes paradérmicos da epiderme abaxial de Tradeschantia sp coloque-a em solução
sacarose a 10%, espere 5’ e observe. O que ocorre com a célula? Por que a coloração do suco
celular torna-se mais intensa?

AULA PRÁTICA 2: PLASTOS E SUBSTÂNCIAS ERGÁSTICAS

1) Algas de água doce. Monte uma lâmina com algas, observe e desenhe uma das células no maior
aumento. Substitua a água por lugol e observe novamente.
2) Daucus carota (cenoura). Monte cortes longitudinais em solução de sacarose 5%. Observe os
plastos e desenhe alguns no maior aumento.
3) Brácteas da inflorescência de Beloperone sp (camarão). Faça cortes paradérmicos da epiderme
abaxial e monte em solução de sacarose 5%. Desenhe algumas células no maior aumento.
Preencha o quadro abaixo com suas observações

Planta/plastídeo Tipo Forma do No /célula cor função


plastídeo plasto
Algas
Daucus carota
Beloperone
Elodea
1) Faça cortes paradérmicos bem finos na periferia do tubérculo de Solanum tuberosum
(Solanaceae, batata inglesa) e monte em água. Observe e desenhe alguns grãos de amido
simples, compostos e semi-compostos. Substitua a água por lugol e observe. Também há
pequenos cristalóides cúbicos de proteínas nas células que ficam logo abaixo da região
suberificada do tubérculo.
2) Semente de Phaseolus vulgares (Leg-Faboidae, feijão). Abra a semente longitudinalmente, raspe
o cotilédone com a gilete e monte em água. Observe e desenhe.
3) Látex de Euphorbia splendens (Euphorbiaceae, coroa de cristo). Corte uma folha ou extremidade
de ramo e deixe pingar uma gota de látex sobre a lâmina. Adicione 1 gota de lugol, cubra com
lamínula e observe os grãos de amido.
4) Endosperma de Ricinus communis (Euphorbiaceae, mamona). Faça cortes transversais bem finos
do endosperma e monte diretamente em glicerina. Observe no maior aumento e desenhe alguns
grãos de aleurona. Coloque Sudan IV e observe também reserva de óleo. Por que não usamos
água como meio de montagem?
5) Begonia sp (Begoniaceae). Faça cortes transversais do pecíolo e monte 2 lâminas em água.
Observe/desenhe algumas células contendo cristais. Substitua água por HCl diluído e observe.
Utilizando a outra lâmina substitua a água por ácido acético e observe.
Como são chamadas as células que contém cristais? O que acontece quando substitui água por
HCl? E por ácido acético?
6) Agave americana (Agavaceae). Faça cortes longitudinais da folha, monte em água sanitária,
observe e esquematize célula contendo cristal.
7) Observe e esquematize o cistólito (Ficus sp) e ráfides (Dracena sp) nas lâminas permanentes.

Planta\ amido Forma do grão Forma do Posição Teste com


hilo (excêntrico/concênt ácidos
rico
Batata inglesa
Feijão
Coroa de cristo

Planta\ cristais Tipo de cristal forma Composição HCl Àc.


química acét

Begonia
Zebrina
Agave
+ dissolve sem efervescência x dissolve com efervescência - não dissolve

AULA PRÁTICA 3: PARÊNQUIMA

1) Faça cortes transversais bem finos da folha de Mangifera indica (manga), monte em água e
desenhe. Quais as formas e arranjos das células do mesofilo?
2) Faça cortes transversais bem finos da folha de Pinus sp (pinheiro), monte em água e desenhe.
Quais as formas e arranjos das células do mesofilo?
3) Pecíolo de Eichornia crassipes (agua-pé). Faça cortes transversais, monte em água com
detergente e desenhe. Qual o tipo de parênquima presente?
4) Faça cortes transversais da folha de babosa (Aloe ). Observe e desenhe o parênquima incolor.
Que tipo de parênquima é este?

AULA PRÁTICA 4: COLÊNQUIMA, ESCLERÊNQUIMA

1) Raspe a polpa de Pyrus malus com gilete. Monte em floroglucina, espere 1 min e pingue 1 gota
de HCl. Observe e desenhe. Que tipo de célula de esclerênquima é esta?
2) Faça cortes transversais e longitudinais do caule de Cucurbita pepo (Neste exercício serão
montadas 2 lâminas).

Lâmina 1: monte os cortes em água e observe. Substitua a água por azul de toluidina e desenhe
algumas células de colênquima. Que tipo de colênquima é este?
Lâmina 2: monte os cortes em 1 gota de floroglucina e depois de alguns minuto, pingue 1 gota de
HCl. Observe e desenhe o esclerênquima. Que tipo de célula de esclerênquima é esta?

3) Faça cortes transversais da folha de Nerium oleander na região da nervura principal e monte
em água. Substitua a água por azul de toluidina e observe. Que tipo de colênquima é este?
Qual a diferença na constituição química das paredes das células com esclerênquima e com
colênquima?

AULA PRÁTICA 5: EPIDERME, TRICOMAS

1) Caule de Cucurbita pepo (abóbora). Faça cortes transversais e pingue 1 gota de floroglucina.
Espere 1’ e em seguida pingue uma gota de HCl concentrado. Monte em água e observe as
células que aparecem coradas. O que indica o teste de floroglucinol?
2) Caule de Pelargonium sp (gerânio). Faça cortes transversais e monte alguns em Sudan IV.
Enquanto isto observe outros cortes em água. Desenhe algumas células da periferia do corte,
cujas paredes são suberificadas. Por que a cutina e a suberina apresentam a mesma coloração
quando tratadas com Sudan IV?
3) Faça cortes transversais no caule do boldo (Lamiaceae). Monte alguns cortes em água e outros
em Sudan IV. Que tipo de tricoma aparece?
4) Faça cortes paradérmicos da folha de Hibiscus (papoula) e monte em água. Observe e
esquematize os tricomas presentes.
5) Faça cortes paradérmicos da folha de Tillandsia (Bromeliaceae) e observe as escamas.

AULA PRÁTICA 6: ESTÔMATOS

1. Faça cortes paradérmicos da face abaxial dos materiais abaixo relacionados e monte em água.
Esquematize e classifique os estômatos.

a) Folha de Allium cepa (cebola).


b) Folha de Ricinus communis (mamona) ou café (Coffea arabica)
c) Folha de Bryophyllum sp (folha da fortuna) ou espirradeira (Nerium oleander)
d) Folha de Dianthus sp (cravo).
e) Folha de gramínea

AULA PRÁTICA 7 : FEIXES VASCULARES

1) Caule de Cucurbita pepo (abóbora). Faça cortes transversais e longitudinais (bem finos) do caule.
Monte em água. Corar com azul de toluidina. Tente diferenciar proto e metaxilema.
Observar também o floema, este ocorre em ambos os lados do xilema. Esquematize. Que tipo de
feixe é este?
2) Rizoma de Sansevieria sp. Faça cortes transversais do caule e monte em floroglucina. Com
cuidado, pingue uma gota de HCl, coloque a lamínula e observe. Localize e esquematize o feixe
vascular, observando a posição do xilema e do floema. Que tipo de feixe é este?
3) Ráque de Nephrolepis sp (samambaia). Faça cortes transversais e monte em água. Coloque uma
gota de safranina. Esquematize o feixe vascular, observando a posição do xilema e floema. Que
tipo de feixe é este?
4) Caule de Cordyline sp. Faça cortes transversais do caule e monte em água. Coloque uma gota de
safranina e observe. Localize e esquematize os feixes vasculares, observando a posição do xilema
e floema. Que tipo de feixe é este?
5) Caule de Begonia sp. Faça cortes transversais do caule e monte em água. Coloque uma gota de
safranina e observe. Localize e esquematize os feixes vasculares, observando a posição do xilema
e floema. Que tipo de feixe é este?

AULA PRÁTICA 8: RAIZ – MORFOLOGIA

1. Observe a variação morfológica das raízes, desenhe cada uma delas e preencha o quadro anexo.
Planta Tipo Característica principal
Gramínea
Phyllanthus niruri (quebra-pedra)
Daucus carota (cenoura)
Eichornia crassipes (agua-pé)
Raphanus sativus
Ficus sp (hera)
AULA PRÁTICA 9: RAIZ - ANATOMIA

1 Raiz de Phaseoulus vulgaris (feijão). Faça cortes transversais da raiz e monte em água. Core
com azul de toluidina. Observe e esquematize os tecidos presentes.
2 Raiz de orquídea. Faça cortes transversais da raiz e monte em água. Core com Sudan IV.
Observe e esquematize os tipos de tecidos presentes.
Qual tipo de epiderme possui? Qual a função do velame?
3 Raiz de Wedelia sp (bem-me-quer). Faça cortes transversais da raiz e monte em água. Core
com safranina diluída. Observe e esquematize os tecidos presentes.
4 Qual o aspecto do câmbio? É possível visualizar o córtex? Quais diferenças na estrutura de
raiz primária e secundária?

AULA PRÁTICA 10 : CAULE - MORFOLOGIA

1. Observe e esquematize os diversos tipos de caule, preenchendo o quadro abaixo:

Planta Tipo de caule Característia principal


Saccharum sp
Opuntia sp
Sansevieria sp
Solanum sp
Allium sp
Allium sp
Passiflora sp
Citrus sp
Rosa sp

AULA PRÁTICA 11 - CAULE - ANATOMIA

1 Faça cortes transversais do caule jovem de Coleus sp e monte em água. Pingue algumas gotas de
lugol e observe novamente. Esquematize.
2. Faça cortes transversais do caule velho de Coleus sp e monte em água. Coloque algumas gotas
de safranina diluída e observe. Esquematize.
3. Faça cortes transversais do caule de Cordyline, monte em água, observe e esquematize.
Cite duas diferenças básicas entre o crescimento secundário de Coleus (dicotiledônea) e Cordyline
(monocotiledônea)

AULA 12: FOLHA - MORFOLOGIA, FILOTAXIA

Observe os diferentes tipos de folhas apresentadas e preencha o quadro abaixo


Planta Simples/Composta Forma ápice base margem venação
Calcule o índice filotáxico para as seguintes plantas
Planta filotaxia Índice filotaxico Ângulo Número
divergência ortósticas
Nerium oleander
Hibiscus sp
Allamanda sp

AULA 13: FOLHA: ANATOMIA

1. Faça cortes transversais da folha de Hemerocallis sp, monte em água e esquematize.


2. Faça cortes transversais da folha de Citrus sp, monte em água e esquematize.
Compare a organização histológica das duas folhas e enumere suas diferenças.

AULA 14: FLOR - MORFOLOGIA

Observe as flores apresentadas e preencha o quadro abaixo

( ) cíclica ( ) acíclica
( ) completa ( ) incompleta
( ) pedunculada ( ) séssil

AULA 15: FLOR - ANATOMIA

AULA 16: FRUTO - MORFOLOGIA / ANATOMIA

AULA 17: SEMENTES - MORFOLOGIA /ANATOMIA

AULA PRÁTICA: ESTRUTURAS SECRETORAS

1) Folha de Ricinus communis. Monte em água cortes transversais do pecíolo na região mediana do
nectário extra-floral. Observe e esquematize.
2) Inflorescência de Euphorbia pulcherrima (bico de papagaio). Observe macroscópicamente os
nectários extra-florais lobados, localizados no invólucro que reveste a inflorescência. Esquematize.
3) Folha de Citrus sp (laranja). Monte em água cortes transversais da folha. Localize uma cavidade
secretora e esquematize. Coloque Sudan IV e observe. Que tipo de cavidade secretora aparece?
Qual o conteúdo da cavidade?

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