You are on page 1of 29

G U I A D O

E M P R E E N D E D O R

S O C I A L

V O L I

Feito com por


ÍNDICE

1. Bem-vindo!........................................................................................................................................................................3

2. O universo do Empreendedorismo Social...............................................................................................4


2.1. Negócios de Impacto............................................................................................................................................5
2.2. Negócios Sociais......................................................................................................................................................6
2.3. Terceiro Setor.............................................................................................................................................................7

3. É possível viver do meu sonho?.......................................................................................................................8


3.1. Sustentabilidade e Legado...............................................................................................................................9
3.2. Mitos sobre Empreendedorismo Social...............................................................................................10
3.3. Cases...............................................................................................................................................................................13
3.3.1. Geekie..........................................................................................................................................................................13
3.3.2. Tem Açúcar.............................................................................................................................................................16
3.3.3. Risü.................................................................................................................................................................................18

4. Por onde começar? (O mundo está cheio de oportunidades!)...............................................22


4.1. Universidades.............................................................................................................................................................23
4.2. Redes, Aceleradoras e Prêmios...................................................................................................................25

5. Canvas Social..................................................................................................................................................................27

6. Investimento de Impacto.......................................................................................................................................28

7. Agradecimentos Especiais...................................................................................................................................29
BEM-VINDO!

Olá!

Criamos este e-book com muito carinho para você que se interessa em criar algo com
propósito e fazer a diferença no seu bairro, cidade ou até mesmo no mundo. Foi a partir de
uma palestra sobre Empreendedorismo Social que pude entender mais sobre quem eu
gostaria de ser e o que gostaria de fazer e espero, de verdade, que esse material possa ser
um guia e que possa te ajudar ao longo de sua jornada empreendedora.

Aproveito para agradecer a todos os nossos amigos parceiros que são verdadeiros experts
em cada assunto que abordamos aqui. Nós reunimos os melhores para entregar o melhor
conteúdo para você.

Que a sua jornada seja incrível.

Grande abraço,

Lucas Borges
Co-fundador da Risü

Lucas Borges é empreendedor social, Global Shaper e reconhecido como


Jovem Empreendedor Social do Ano de 2016 pelo Prêmio Laureate.
Fundador da startup social Risü, eleita entre os 4 modelos de negócios com
maior potencial de impacto social do Brasil pela Sustainable Brands Rio 2015.
O UNIVERSO DO

EMPREENDEDORISMO SOCIAL

Afinal, o que é Empreendedorismo Social?

Podemos entender o empreendedorismo social como um movimento que


traduz a vontade de pessoas em aliar suas vocações e habilidades para criar
algo que gere impacto positivo para a sociedade. Quando falamos de
empreendedorismo social, falamos do agente de mudança, o empreendedor
social. (Sim, você!)

O empreendedor social possui uma visão coletiva e desenvolve ações a partir


de ideias inovadoras que irão resolver problemas sociais relevantes na
sociedade. Não necessariamente, o empreendedor social precisa ser dono de
um negócio ou ONG, ele é um agente livre e, a partir de suas convicções
ideológicas, age no formato em que seu propósito está aliado com a sua
felicidade e entendimento.

Ou seja, um empreendedor social pode ser desde um cientista comprometido


em desenvolver curas e vacinas para disponibilizá-las para toda a população
de forma acessível, um ativista ambiental que luta para que a sociedade se
torne mais sustentável ou, até mesmo, um empresário que desenvolveu um
modelo de negócios comprometido em gerar impacto para a sociedade.

Dentro do universo do Empreendedorismo Social, vamos detalhar com mais


informações três temas que entendemos serem os que geram mais dúvidas.

São eles: negócios de impacto, negócios sociais e terceiro setor. Qual a


diferença entre eles? Para isso, convidamos especialistas que atuam
diretamente com esses universos.

Lucas Borges é empreendedor social, Global Shaper e reconhecido como


Jovem Empreendedor Social do Ano de 2016 pelo Prêmio Laureate.
Fundador da startup social Risü, eleita entre os 4 modelos de negócios com
maior potencial de impacto social do Brasil pela Sustainable Brands Rio 2015.
NEGÓCIOS DE IMPACTO

Negócios de Impacto são negócios que, além de buscar o superávit, transformando-o


em lucro ou não, buscam também gerar valor na sua cadeia através do desenvolvimento
sustentável do seu negócio. Isso envolve o pensamento sobre como usar os recursos
necessários de forma eficiente, garantindo que estes mesmos recursos existam na
determinada proporção para as gerações futuras e como seu modelo de negócios está
formatado, desde seu nascedouro, para gerar impacto positivo na sociedade.

Para se formatar como um Negócio de Impacto, são 4 os pontos avaliados pelo Baanko:

1. Ter como núcleo e motivo de existência do negócio a geração de impacto social


2. Gerar a própria receita
3. Medir os Impactos Sociais gerados
4. Tomar decisões estratégicas levando em conta toda a cadeia de envolvidos
(Stakeholders)

A temática sobre a importância dos negócios de impacto serem constituídos de forma


sustentável e não somente lucrativa vem sendo discutida há décadas, mas somente em
2003 essa evolução dos negócios de impacto criou mais força. Hoje, pessoas como
Ronald Cohen e Michael Porter, empreendedores de sucesso, são grandes defensores
do tema e referências importantes.

Um importante case é o Governo do Reino Unido que definiu que para uma empresa
poder participar de uma licitação no país precisa, obrigatoriamente, ser um Negócio de
Impacto Social. Além disso, outro exemplo do crescimento de negócios de impacto
social é o fato de que, por 4 anos consecutivos, Negócios de Impacto listados na bolsa
pelo mundo rendem mais que negócios puramente comerciais.

Somado a isso, há disponibilidade prevista ao redor do mundo de US$ 1 trilhão de


dólares para investimento em negócios de impacto até 2020, sendo desses, R$ 50
Bilhões somente no Brasil. Ou seja, existem grandes oportunidades para a criação e
desenvolvimento de negócios de impacto no Brasil e no mundo.

André Lara Resende é empreendedor, consultor de impacto social no


Grupo Baanko e professor da Faculdade Dom Cabral. Consultor no BID e
presidente voluntário do Instituto Um Pé de Biblioteca, além de
idealizador do Baanko Challenge que visa fomentar o uso de tecnologia
e design para tirar ideias e negócios de impacto do papel.
NEGÓCIOS SOCIAIS

Negócios Sociais são empresas que nascem com a missão de solucionar algum
problema da sociedade.

Suas soluções podem ir desde tornar acessíveis os serviços essenciais à população


de baixa renda - educação, saúde, moradia, saneamento, alimentação de qualidade -
até, por exemplo, oferecer alternativas para questões de mobilidade urbana,
segurança da população ou poluição.

Dessa forma, os problemas trabalhados por negócios sociais vão além de questões
apenas ligadas à pobreza, podendo também focar no bem estar da população e em
questões ambientais.

Assim como as ONGs, os negócios sociais têm um foco social. Mas assim como as
empresas tradicionais, os negócios sociais têm CNPJ, pagam impostos e vendem
produtos e serviços para viabilizar a sua operação - estrutura, funcionários, produção
e entrega de produtos e serviços.

A grande diferença desse tipo de empreendimento para as ONGs está na


autossustentabilidade dos negócios sociais, que se financiam a partir da venda de
produtos e serviços e não de doações. Já a diferença dos negócios sociais para
os negócios tradicionais está no seu foco: maximizar o impacto positivo na sociedade
e não os lucros.

Sob o ponto de vista dos negócios sociais a geração de receitas e lucros é, então, um
meio para se atingir o objetivo da transformação social de forma autônoma e perene.

Muhammad Yunus - criador do conceito de “negócios sociais” e prêmio nobel da paz


pela criação de um banco que ajudou a tirar milhões de pessoas da situação de
miséria em Bangladesh - considera ainda que, nesse modelo de negócio, todo o lucro
é reinvestido no próprio empreendimento para garantir a ampliação do impacto do
negócio.

Gabriela Reis é gestora da Yunus Negócios Sociais em Minas Gerais,


membro do Global Shapers Belo Horizonte - uma iniciativa do Fórum
Econômico Mundial e professora convidada da Fundação Dom Cabral.
Atua ajudando a potencializar pessoas e organizações na criação de
negócios e serviços inovadores, humanos e com impacto positivo para
a sociedade.
TERCEIRO SETOR
O Terceiro Setor compreende um amplo conjunto de instituições, constituídas do ponto de vista jurídico,
sob a forma de Associação ou Fundação. Tendo como suas principais características a não distribuição de
lucros a seus administradores e proprietários, o elevado nível de mão de obra voluntária, a constituição
formal da organização via iniciativa privada, além da prestação de serviços de caráter público.

Ao contrário do que muitos acreditam, o terceiro setor apesar de contar em grande parte com mão de obra
voluntária, traz imensas contribuições para o mercado de trabalho, chegando a empregar quase que 10%
de toda a força de trabalho.

No Brasil, entre gestores, voluntários, beneficiários e doadores, temos mais de 12 milhões de pessoas
envolvidas de certa forma com o terceiro setor. O impacto na economia é tão grande, que se fosse um país,
o terceiro setor teria a 7ª maior economia mundial.

Tipos de Organizações do Terceiro Setor

Organizações Não Governamentais: em sua maioria com objetivos de apoiar causas coletivas ou no
exercício de atividades que auxiliem o governo.
Entidades Filantrópicas: voltadas para os mais diversos tipos de atividades de assistência social, cuidado
aos carentes, idosos, família, etc...
Fundações: financiam as atividades de entidades beneficentes

E ainda, organizações que não atuam necessariamente com atividades associadas a assistência social:
clubes de futebol, partidos políticos, sindicatos, condomínios.

Principais Desafios

Diante do atual cenário econômico, político e social, percebe-se sensível redução dos repasses do governo
e do volume de doações por parte de pessoas físicas e jurídicas. Além disso, em tempos de crise
econômica, a procura pelos serviços prestados pelas organizações do terceiro setor tende a aumentar.
Gerando um extremo desconforto financeiro, uma vez que a receita tende a diminuir.

E diferentemente do setor privado, no caso do terceiro setor, o aumento da demanda pelos serviços, não se
traduz em incrementos na renda. Uma vez que, não é o usuário/beneficiário quem paga a conta. Portanto,
manter as finanças em ordem, é algo essencial para a sobrevivência dessas organizações.

Somando-se a isso, cada vez mais, essas entidades têm sido cobradas a praticarem elevados graus de
transparência, detalhando de forma minuciosa o emprego dos recursos em seus mais variados projetos.

E é dentro desse contexto que a bhbit, tem colaborado com as mais diversas organizações do terceiro
setor a nível nacional, oferecendo uma solução inteligente de gestão financeira para organizações do
terceiro setor, permitindo que essas organizações, organizem suas finanças, monitorem o emprego dos
recursos provenientes de convênios, subvenções ou doações, além de permitir a criação de orçamentos e
diversos relatórios visando maior transparência dos gastos envolvidos em projetos.

Shidartha Rosa é fundador e CEO da bhbit, empresa especializada em


soluções para o terceiro setor. Liderou projetos de software para
escolas, congregações religiosas e ONGs. Especialista em
desenvolvimento de soluções inovadoras pela University of Maryland.
É possível viver do meu sonho?

Sustentabilidade e Legado
Mitos sobre Empreendedorismo Social
3 cases incríveis
Por onde começar?
SUSTENTABILIDADE E LEGADO

ENTREVISTA COM VITOR BELOTA DA "UM LITRO DE LUZ"

Qual é o seu entendimento sobre sustentabilidade em empreendimentos sociais?

Sobre como ser sustentável, a primeira coisa é você se perguntar se o modelo que você atua é viável de ter
sustentabilidade ou não, mas o que eu quero dizer com isso? Para você ser sustentável você precisa ter um
produto ou serviço vendável que vá gerar sua própria renda, independente se é um negócio social ou uma
ONG, você tem que ter esse produto ou serviço pra ser autossustentável. Por exemplo, hoje dentro do Um
Litro de luz a gente está tentando ser autossustentável, dentro da Yunus também, só que você não pode
confundir, porque existem organizações no mundo que não visam sustentabilidade e isso não é um
problema.

Com assim, não é um problema?

Porque tem ONG que nasceu com formato específico e será assim pra sempre. Por exemplo, a Cruz
Vermelha, ela não tem como ensinar você a pescar o peixe porque o que você precisa naquele momento é
do peixe, senão você morre de fome. Acontece um desastre natural e vai a cruz vermelha fazer um
resgate... não tem como ela cobrar por isso, então a primeira coisa que eu queria levantar é isso, nem toda
organização social tem que ser 100% sustentável do ponto de vista dela gerar sua própria renda, é claro
que uma instituição como a cruz vermelha tem que ser sustentável no sentido de ter uma equipe incrível
de captação de recursos para manter todas essas operações funcionando, porque ai você vai ter que
trabalhar muito com métricas pra conseguir ter tudo e todos os indicadores do impacto social que você
está causando, etc.

Como um empreendedor social pode deixar um legado com suas ações?

Para deixer um legado e impacter socialmente de maneira correta, você precisa se questionar muito se
está resolvendo os efeitos do problema social ou as causas dele, a raiz do problema. Um problema como a
violência, por exemplo, quais são os efeitos da violência? Mais mortes de jovens, mais roubos, assaltos,
crimes, um sentimento maior de insegurança na comunidade, mais sentimento de desconfiança entre
polícia e comunidade, etc. Tudo isso são efeitos, mas quais são as causas? Educação de baixa qualidade,
falta de acesso a serviços públicos de qualidade, falta de consciência familiar e escolar, entre outros. Então,
se você quer resolver o problema da violência, não adianta você ficar maquiando isso. A pergunta tem que
ser sempre o porque, quais são as causas disso, então para construir um legado é preciso isso.

Vitor Belota tem 27 anos e após uma viagem à África percebeu que não
queria ficar parado diante dos problemas que via a sua frente.
Foi quando conheceu o Liter of light. De volta ao Brasil, ele fundou o UM
LITRO DE LUZ - BRASIL, contou sua História no TEDx Blumenal e hoje é
gestor regional do Yunus em Santa Catarina.
MITOS
DO EMPREENDEDORISMO SOCIAL
MITO 1

Problemas Sociais devem ser resolvidos exclusivamente

pelo Estado.

Todos nós conhecemos os diversos problemas sociais que o Brasil e o mundo


enfrentam hoje. E, principalmente, conhecemos a ineficiência do Governo na
resolução desses problemas. É claro que isso não é uma situação exclusiva do Brasil,
até porque, problemas sociais estão presentes em todos os países do mundo.

Em sua grande maioria, os governos são ineficientes em vários aspectos e, com isso,
não possuem capacidade suficiente para abarcar e solucionar os problemas que
surgem em uma sociedade e, diante de todo esse panorama, é papel da própria
sociedade desenvolver soluções criativas e eficientes para a resolução destes
problemas.

E qual é a notícia boa?


Essa ineficiência do Estadoo gera milhares de oportunidades para Empreendedores
Sociais. Você pode muito bem acomodar-se em sua zona de conforto, e reclamar do
Governo, mas você também pode optar por sair da zona confortável, se mexer, criar
soluções para o problema e transformá-las em oportunidades de negócio.

Bingo! Esse é o nascedouro dos Empreendedorismo Social.


Empreendedores Sociais enxergam o Estado como a bateria que faz os ponteiros do
relógio girarem. Contudo, a composição de um relógio, você sabe, vai muito além da
bateria e de seus ponteiros. E são nesses pontos, que não são claros de se enxergar,
que estão presentes as melhores oportunidades de se fazer a diferença para o
mundo de modo sustentável.

Você pode estar se questionando e, até mesmo, discordando de mim em alguns


aspectos e, claro, existem problemas sociais que devem ser resolvidos pelo Governo.
Mas isso não pode ser entendido como regra intransponível, até porque, onde o
Estado não chega, nós podemos chegar e, lá, existe um mar de oportunidades!

Rodrigo Carneiro é empreendedor social, graduado em Direito e fundador


da Risü, um shopping online do Bem que transforma parte do valor das
compras dos usuários em doação para Causas Sociais em mais de 200
lojas. Com o propósito de mudar o mundo positivamente e de transformar
vidas, Rodrigo é entusiasta de Empreendimentos Sociais e de Startups.
MITO 2

Empreendedores Sociais são voluntários e não são

remunerados por isso.

O Empreendedor social, como qualquer outro empreendedor, precisa ser


remunerado para que possa alcançar segurança e independência financeira para
realizar seus planos, sejam eles viagens, estudos, família, etc. Isso é importante para
que o empreendedor social possa continuar atuando na resolução de problemas e
gerando impacto para a sociedade.

Normalmente, o empreendedor social realiza, sim, trabalhos voluntários, mas isso


acontece devido à sua característica inerente de fazer o bem ao próximo. Mas, não
necessariamente, o empreendedor social é um voluntário e um voluntário é um
empreendedor social.

O Empreendedor social deve buscar a sustentabilidade do seu empreendimento (seja


ele um negócio social, negócio de impacto, uma iniciativa sem fins lucrativos ou até
mesmo empreender socialmente dentro de uma empresa), tornando perene e
constante o impacto que gera, e isso passa por pagar salários para as pessoas que
fazem parte do empreendimento social, sejam funcionários ou sócios.

A pessoa que se limita ao voluntariado deverá, em grande parte da realidade das


pessoas no mundo, ter uma ocupação remunerada, para que possa se manter. Ou
seja, o trabalho voluntário será realizado em horas vagas, e resolverá problemas
pontuais.

Já o Empreendedor Social decidiu, como propósito de vida, atuar na resolução de


problemas sociais e, para isso, necessita ser remunerado para gerar impacto social e
atuar de forma integral na resolução de problemas.

Rodrigo Carneiro é empreendedor social, graduado em Direito e fundador


da Risü, um shopping online do Bem que transforma parte do valor das
compras dos usuários em doação para Causas Sociais em mais de 200
lojas. Com o propósito de mudar o mundo positivamente e de transformar
vidas, Rodrigo é entusiasta de Empreendimentos Sociais e de Startups.
O CAMINHO PARA IMPACTAR 5
MILHÕES DE ESTUDANTES
A Geekie surgiu a partir de uma premissa simples: dois alunos não
aprendem da mesma forma; sendo assim, por que nosso sistema
atual ainda tende a padronizar o ensino oferecido a centenas de
jovens?

Isso foi em 2011, quando eu e o Eduardo Bontempo cofundamos a


Geekie, e optamos por abandonar o mercado financeiro para construir
uma empresa de tecnologia para educação. Ao invés da rotina de
banco, nos dedicamos à criação de plataformas de aprendizagem
personalizada – as mesmas que, hoje, alcançam 5 milhões de
estudantes de todo o Brasil.

Como negócio social, a Geekie evoluiu nos últimos 5 anos em busca


das melhores formas de levar educação de qualidade a quem mais
precisa: jovens de baixa renda em escolas públicas. Sabíamos que,
trabalhando com educação, se não nos desafiássemos a chegar em
quem mais precisa, estaríamos, na realidade, agravando a
desigualdade social.

Sobre o autor:
Claudio Sassaki é formado em Arquitetura e Urbanismo pela USP,
trabalhou por dois anos com consultoria na área e depois foi para
Stanford, nos Estados Unidos. Passou cinco anos morando em Nova
York e trabalhando em instituições financeiras. Decidiu, em 2011, largar
tudo e começar um negócio próprio totalmente do zero, fundando com
Eduardo Bontempo a Geekie, empresa que oferece uma plataforma
baseada no conceito de aprendizado adaptativo.
O primeiro passo em direção a esse objetivo foi o modelo One Pay One
Free, que marcou a entrada da Geekie no mercado: para cada escola
particular que adquirisse a plataforma, a mesma solução era
oferecida gratuitamente para uma escola da rede pública com
baixos resultados no Ideb.

Em 2012, a Geekie passou a ser usada em 10 escolas no Rio de Janeiro,


em um projeto de sucesso; entre 2009 e 2013, o desempenho dos
alunos cresceu 154% no Ideb devido à implementação de uma
educação integral e tecnológica, mais próxima da realidade dos
adolescentes. No ano seguinte, 24 Secretarias Estaduais de Educação
(Seducs) aderiram ao Geekie Games, tornando o portal disponível a
mais de 3 milhões de estudantes. Ao todo, foram 8 grandes iniciativas
na área pública.

A Geekie foi escolhida como plataforma oficial de simulados,


exercícios e videoaulas de preparação para o Exame Nacional do
Ensino Médio, pelo programa Hora do Enem, criado pelo Ministério da
Educação (MEC) e, com isso, atingiu o marco de 5 milhões de
estudantes – desses, 2,2 milhões são alunos do último ano do Ensino
Médio, que puderam acessar um plano de estudos personalizado
gratuitamente.

A Geekie se tornou a primeira e única plataforma de aprendizagem


adaptativa credenciada pelo Ministério da Educação, pertencendo ao
Guia de Tecnologias Educacionais do MEC, que identifica soluções
tecnológicas capazes de melhorar a qualidade do ensino público
brasileiro.

Sobre o autor:
Claudio Sassaki é formado em Arquitetura e Urbanismo pela USP,
trabalhou por dois anos com consultoria na área e depois foi para
Stanford, nos Estados Unidos. Passou cinco anos morando em Nova
York e trabalhando em instituições financeiras. Decidiu, em 2011, largar
tudo e começar um negócio próprio totalmente do zero, fundando com
Eduardo Bontempo a Geekie, empresa que oferece uma plataforma
baseada no conceito de aprendizado adaptativo.
CONSTRUINDO UMA ECONOMIA DE
COMPARTILHAMENTO
Uma furadeira é usada em média por 13 minutos em toda sua vida útil. Será que
queremos uma furadeira ou o furo na parede? E se não precisássemos possuir a
furadeira, mas sim o acesso a ela quando necessário? Para isso serve o Tem Açúcar?,
uma plataforma que facilita o empréstimo de objetos entre vizinhos de maneira
gratuita.

Estimulada a investigar a sustentabilidade em maior profundidade, busquei


formações como o Gaia Education, curso de design para sustentabilidade com
chancela da ONU e a Schumacher College, uma das mais renomadas escolas de
sustentabilidade do mundo, no Reino Unido. Em dezembro de 2014, surgia o Tem
Açúcar?, uma plataforma online com o objetivo de diminuir a necessidade de
consumo dos usuários, trocando a posse de objetos por seu acesso.

Nascido a partir de um investimento próprio,


em pouco menos de dois anos o
site conta com 82 mil usuários e presença
em 23 países, 12.500 bairros e em todos os
estados do Brasil. Milhares de trocas já foram
feitas através da plataforma e mais de
40 teses de mestrado, doutorado e
graduação incluíram o Tem Açúcar? como
caso de estudo.

Desde seu lançamento, o Tem Açúcar? foi


selecionada para o Startup Chile, o maior
programa de aceleração de empresas de
tecnologia da América Latina, onde recebeu
mentoria e aporte financeiro e recentemente
para o programa de aceleração
Parallel 18 em Porto Rico.

Camila Carvalho é empreendedora social, CEO e fundadora do Tem


Açúcar?, a primeira plataforma de compartilhamento de objetos entre
vizinhos da América Latina. Formada em Sustainability Design pela Gaia
Education e Schumacher College no Reino Unido.
TRANSFORMAR A CULTURA DE DOAÇÃO,
HACKEANDO O CONSUMO.
O que podemos fazer para mudar o mundo?

Essa foi a pergunta que nos fizemos em uma de nossas conversas sobre os problemas que víamos (e
continuamos vendo) diariamente em nosso cotidiano. Eu, Rodrigo e Francis somos amigos de infância e
sempre fomos incomodados com a desigualdade, com os problemas sociais e com a distância das pessoas
sobre tudo isso.

E quando fizemos essa pergunta, as coisas começaram a mudar pra gente. Começamos a pensar em
possíveis soluções sobre como poderíamos contribuir para a mudança que gostaríamos de ver no mundo.
E como Gandhi dizia, nós precisávamos ser essa mudança para que as coisas pudessem dar certo.

Pensando em soluções, acabamos por pensar antes em vários problemas. Um deles nos chamou a atenção
em particular, por já termos vivido essa realidade: a dificuldade de ONGs em arrecadarem recursos para
continuarem gerando transformação social, onde o governo não consegue chegar. Se conseguíssemos
aumentar a arrecadação de recursos das ONGs, elas teriam mais estrutura e capacidade de ampliar seu
impacto social. Tivemos a oportunidade de conhecer de perto como as ONGs funcionavam e sabíamos do
ciclo vicioso em que muitas delas estavam inseridas: Com poucas doações, as ONGs não conseguem
competir com a iniciativa privada e não atraem talentos certos para comunicar sua causa, sem
comunicação as pessoas não conhecem e não se sentem compelidas a apoiar a causa.
Consequentemente, isso contribui para um baixo fluxo de doações e o cenário volta a se repetir.

O problema atrás do problema

Ao mergulharmos no problema de doação das ONGs, naturalmente surgiu a pergunta “Por quê as pessoas
não doam para ONGs?”. Esse era o problema atrás do problema. E, ao investigar isso, começamos a estudar
e entender mais sobre a cultura de doação no Brasil.

As pessoas doam mais para pedintes por se tratar de um problema que está escancarado em sua vista
naquele momento, mesmo não tendo nenhuma garantia de como o dinheiro doado será utilizado. Os
resultados de nossas pesquisas, além de excelentes relatórios de engajamento social realizados pelo IBGE,
Fundação Itaú Social, IDIS, entre outros mostraram que a grande maioria das pessoas no Brasil gostariam
de se engajar em causas sociais (75% da população), porém as principais barreiras para iniciar esse
engajamento eram 1) a falta de tempo livre; 2) a falta de dinheiro extra (as pessoas sentem-se inseguras de
se comprometer mensalmente com doações em dinheiro. Sim, a instabilidade econômica do Brasil faz com
que as pessoas sejam menos solidárias. Incrível, não?) e; 3) o fato de que as ONGs nunca pediram doação
ou, quando pediram, as pessoas não sentiram-se compelidas em apoiar.

Lucas Borges é empreendedor social, Global Shaper e reconhecido como


Jovem Empreendedor Social do Ano de 2016 pelo Prêmio Laureate.
Fundador da startup social Risü, eleita entre os 4 modelos de negócios com
maior potencial de impacto social do Brasil pela Sustainable Brands Rio 2015.
O desafio de criar uma solução

Percebemos então que, para ajudar as ONGs, precisávamos ajudar as pessoas. Ou seja, criar algo que
pudesse facilitar o engajamento social de todos. Para isso, precisávamos resolver os principais problemas
que elas possuíam que as impediam de iniciar seu engajamento social. Ou seja, precisávamos criar uma
solução onde as pessoas pudessem doar de forma rápida, sem custo de doação, e que elas pudessem ser
impactadas pela comunicação facilmente.

Peraí, deixa eu entender. A solução é fazer as pessoas doarem dinheiro, sem doar dinheiro? Exatamente.
Imaginou o tamanho do desafio?

A Risü

Após 18 horas de reunião e várias soluções propostas, surgiu um modelo de negócios que chamou nossa
atenção. Para mudarmos a cultura de doação do Brasil, precisávamos inserir o ato de doação dentro de um
hábito das pessoas. Além disso, deveria ser algo que pudesse gerar receita para que pudéssemos nos
sustentar, gerar empregos e impostos, movimentar a economia e, claro, gerar doações para ONGs. Tudo
isso de forma escalável e com o menor custo possível.

E se parte do valor das compras das pessoas virasse doação para causas sociais, sem que elas pagassem a
mais por isso? E se elas pudessem escolher a causa que elas iriam ajudar?

Para sermos escaláveis, decidimos aliar nossa solução com tecnologia e focarmos no mercado de compras
online, em crescente crescimento. Iniciamos nossa saga para conversar com lojas online e entendemos que
só conseguiríamos atrair pessoas para nossa solução, se elas pudessem comprar nas grandes lojas
brasileiras que são confiáveis e que possuem produtos e entregas de qualidade.

O formato era simples: nós levamos o cliente para a loja que nos paga uma comissão caso o cliente realize
a compra. Da comissão que recebemos, nós a dividimos com a ONG que o cliente escolher.

Com muito trabalho, força de vontade e bastante cara de pau, conseguimos convencer um pequeno
número de grandes lojas a serem nossas parceiras. Conseguimos trazer também, duas ONGs que já
conhecíamos para serem nossas primeiras parceiras.

Com isso, a Risü ganhava vida. Um shopping online do Bem, onde parte do valor de sua compra online vira
doação para a causa social que você escolher, sem que você pague a mais por isso. Ou seja, você doa
simplesmente pelo fato de querer ajudar em sua compra.

Para realizar a compra social da Risü nas lojas, disponibilizamos duas formas:

Lucas Borges é empreendedor social, Global Shaper e reconhecido como


Jovem Empreendedor Social do Ano de 2016 pelo Prêmio Laureate.
Fundador da startup social Risü, eleita entre os 4 modelos de negócios com
maior potencial de impacto social do Brasil pela Sustainable Brands Rio 2015.
Via site da Risü, onde você escolhe a Loja do Bem
onde deseja comprar, a causa social que deseja
apoiar e depois é direcionado para a loja onde pode
comprar normalmente.

Via Memorisü, uma extensão para Google Chrome que avisa se a loja que está visitando é parceira Risü, para
que você possa ativar a doação com apenas 1 clique.

Aproveite para adicionar o Memorisü e ajude


causas sociais em suas compras online.

Adicionar o Memorisü

Hackeando o consumo

Hoje, a Risü possui mais de 200 lojas online parceiras, nacionais e internacionais. 19 ONGs em todo o Brasil,
milhares de pessoas engajadas a realizarem doações em suas compras online. Em 1 ano e meio de vida,
pudemos impactar aproximadamente 20.000 vidas e temos, como meta, gerar R$ 3 milhões em doações até
2018 e impactar mais de 1 milhão de vidas.

O consumo sempre foi visto como um vilão no mundo, e sim, o consumo sem necessidade gera impactos
extremamente negativos. A Risü decidiu hackear o consumo, gerando impacto e transformação social para um
consumo mais consciente e com mais significado.

Reconhecimento

A Risü foi reconhecida já em seu primeiro ano de vida entre as 4 startups sociais com maior potencial de
impacto social do Brasil em 2015 pela Sustainable Brands Rio. Foi selecioada entre 1.400 inscrições de todo o
mundo para ser acelerada pelo Startup Chile e, em 2016, foi selecionada dentre 1600 inscrições para participar
do SEED, programa de aceleração de Minas Gerais, um dos principais programas do Brasil.

Lucas Borges é empreendedor social, Global Shaper e reconhecido como


Jovem Empreendedor Social do Ano de 2016 pelo Prêmio Laureate.
Fundador da startup social Risü, eleita entre os 4 modelos de negócios com
maior potencial de impacto social do Brasil pela Sustainable Brands Rio 2015.
POR ONDE COMEÇAR?
O MUNDO ESTÁ CHEIO DE OPORTUNIDADES!
O primeiro passo é o mais importante e, às vezes, o mais difícil. Mas, a oportunidade de
mergulhar no universo do empreendedorismo social está mais próximo que
imaginamos. Muitas vezes, o primeiro contato com esse universo acontece na
faculdade, muito pelo momento em que os jovens vivem: da busca por uma profissão
ou atividade que o valorize, aliado a um propósito maior. Mudar o mundo e ganhar
dinheiro com isso, por que não?

Várias universidades possuem programas e estrutura que ajudam a promover,


incentivar e criar iniciativas sociais como coletivos, festivais, eventos, etc.
Aproveito para citar aqui algumas universidades e algumas ações que elas fazem. Se a
sua universidade não está aqui, não se preocupe, isso não quer dizer que ela não tem
programas que apoiam o empreendedorismo social. E, se no fim das contas, sua
universidade não tem nenhum tipo de programa e nenhuma universidade da sua
cidade possui, talvez seja um sinal para você começar a desenvolver exatamente isso
na sua cidade! Que tal?

Complementando, já fazemos o convite para que você nos envie uma mensagem para
falar sobre sua universidade e os programas que elas possuem. Prometemos que, no
próximo volume, incluiremos as informações para que todos possamos compartilhar
informações valiosas que possam ajudar cada vez mais pessoas!

Universidades

Vamos citar algumas universidades, entidades estudantis, movimentos para que você
possa entender um pouco mais sobre o que falamos anteriormente.

A Enactus é uma organização mundial formada por líderes


estudantes e empreendedores cujo objetivo é, através de ações
empreendedoras, transformar vidas e tornar o mundo um lugar
melhor e sustentável. A organização atua hoje em 36 países, e em
mais de 1770 instituições de ensino. A Enactus desenvolve projetos
sociais em comunidades e grupos locais, melhorando a qualidade de vida, atingindo
as esferas social, econômica e ambiental, e promovendo o empoderamento das
comunidades e grupos, de forma que o projeto eventualmente se torne independente.

Lucas Borges é empreendedor social, Global Shaper e reconhecido como


Jovem Empreendedor Social do Ano de 2016 pelo Prêmio Laureate.
Fundador da startup social Risü, eleita entre os 4 modelos de negócios com
maior potencial de impacto social do Brasil pela Sustainable Brands Rio 2015.
O Centro Universitário Newton Paiva acredita na colaboração e no co-design para desenvolver projetos de impacto social.
Todas as ações e projetos possuem como diretriz o conceito de Cidade Humana, Inteligente e Sustentável, que é uma
cidade que consegue articular e disponibilizar infraestrutura e instrumentos para que a própria comunidade possa criar
soluções para uma elevada qualidade de vida, maior eficiência nos serviços urbanos e um crescimento econômico
sustentável. As nossas plataformas de projetos conciliam tecnologia com engajamento social e empoderamento de
cidadãos.

A partir de uma metodologia em 3 etapas, Pensar – Fazer – Sentir, a comunidade acadêmica é instigada a propor atividades
semestralmente para uma comunidade local, sendo a entrega feita na Ação Social, grande momento de celebração e
integração Newton e comunidade.

A Newton é a primeira instituição de ensino a fazer parte da Rede Yunus de Universidades em Minas Gerais, a partir da qual
são desenhadas atividades de ensino e capacitação para os alunos em Empreendedorismo Social, fomentando a cultura de
negócios sociais.

Há muito talento e know-how concentrado no IBMEC entre professores e alunos. Já pensou se todo esse conhecimento
fosse aplicado no sentido de resolver desafios sociais e para ajudar a tornar o mundo melhor? A IBMEC SOCIAL nasce com
esse sonho: Conectar mercado, sociedade e academia para criar e executar soluções inovadoras de impacto social!

A lBMEC SOCIAL é uma iniciativa de estudantes universitários que visa fomentar o empreendedorismo social de alto
impacto no Brasil. Com o propósito de gerar transformações positivas na sociedade temos como foco executar programas
sustentáveis, no longo prazo, que desenvolvam habilidades gerenciais e empreendedoras em seus membros. A ideia
principal do núcleo é criar projetos inovadores que resolvam problemas e grandes desafios e não soluções pontuais ou
assistencialistas.

A IBMEC SOCIAL propõe contribuir para a formação de seus membros-alunos através de experiências práticas que visam
desenvolver a capacidade em resolver problemas, enxergar oportunidades e executar soluções para desafios sociais.

A Universidade Anhembi Morumbi é membro da rede Laureate International Universites, um dos principais grupos de
educação do mundo e apóia o empreendedorismo social através do prêmio Laureate, apoiando e instruindo
empreendedores sociais a potencializarem seu impacto no mundo.

A Universidade Anhembi Morumbi concluiu a rigorosa avaliação de certificação do B Lab® e se tornou uma certificada B
Corp™. O B Lab® é uma organização independente, sem fins lucrativos, que serve como um movimento global de pessoas
que utilizam os negócios como uma força para o bem. A Universidade Anhembi Morumbi é membro da Laureate
International Universities e Laureate Education, Inc., hoje a maior empresa do mundo a tornar-se uma B Corp™.

Lucas Borges é empreendedor social, Global Shaper e reconhecido como


Jovem Empreendedor Social do Ano de 2016 pelo Prêmio Laureate.
Fundador da startup social Risü, eleita entre os 4 modelos de negócios com
maior potencial de impacto social do Brasil pela Sustainable Brands Rio 2015.
Redes, aceleradoras, prêmios

Fatores importantes que ajudam a jornada do empreendedor social são as redes as quais ele consegue formar, programas
de aceleração voltados para projetos sociais, além de prêmios que podem gerar visibilidade para seu negócio e se tornar
um grande diferencial para aumentar o impacto social.

A Comunidade Global Shapers - uma iniciativa do Fórum Econômico Mundial - é uma rede de Hubs desenvolvida e
liderada por jovens empreendedores de 20 a 30 anos que são excepcionais em seu potencial, realizações e vontade de
contribuir para sua cidade com projetos de grande impacto social. Os Global Shapers são indivíduos extremamente
motivados e competentes, além de possuírem grande potencial para se tornarem futuras lideranças na sociedade. Eles
representam a voz dos jovens em todos os eventos do Fórum Econômico Mundial, além de terem acesso a toda a sua rede
de comunidades e stakeholders, como os Young Global Leaders, o Global Agenda Council e a Schwab Foundation for
Social Entrepreneurs.

O RedBull Amaphiko é uma iniciativa da RedBull para apoiar empreendedores sociais e seus projetos, através do poder de
rede criando uma comunidade de empreendedores sociais e também criando programas que selecionam os
empreendedores e seus projetos para serem impulsionados.

A Ashoka é uma organização mundial, sem fins lucrativos, pioneira no campo da inovação social, trabalho e apoio aos
Empreendedores Sociais – pessoas com ideias criativas e inovadoras capazes de provocar transformações com amplo
impacto social. Criada em 1980 pelo norte-americano Bill Drayton, a Ashoka cunhou o termo Empreendedorismo Social e o
caracterizou como campo de trabalho. Seus primeiros focos de atuação foram Índia e Brasil e hoje está presente em mais
de 85 países. Todos os Empreendedores Sociais da Ashoka são eleitos por um rigoroso processo de busca e seleção com
etapas nacionais e internacionais. Estes empreendedores sociais são líderes no campo em que atuam e estão influenciando
políticas públicas a fim de realizar mudanças sistêmicas.

A ARTEMISIA é uma organização sem fins lucrativos, pioneira na disseminação e no fomento de negócios de impacto social
no Brasil. Nossa missão é inspirar, capacitar e potencializar talentos e empreendedores para criar uma nova geração de
negócios que rompam com os padrões precedentes e (re)signifiquem o verdadeiro papel que os negócios podem ter na
construção de um país com iguais oportunidades para todos.

O Baanko Group é um conjunto de iniciativas cujo propósito é qualificar Negócios de Impacto! Emponderamos
empreendedores e projetos para fazer cada vez melhor o que já fazem e gerar mais impacto, ampliamos a rede de
desenvolvimento, buscamos mais ideias e trazemos investidores para investir e aprender sobre Negócios que, muito além
de gerar lucro, conseguem alcançar retorno financeiro e solucionar problemas Socioambientais.

Lucas Borges é empreendedor social, Global Shaper e reconhecido como


Jovem Empreendedor Social do Ano de 2016 pelo Prêmio Laureate.
Fundador da startup social Risü, eleita entre os 4 modelos de negócios com
maior potencial de impacto social do Brasil pela Sustainable Brands Rio 2015.
O Social Good Brasil é uma organização fundada pelo IVA e pelo ICOM que inspira, conecta e apóia indivíduos e
organizações para o uso de tecnologias, novas mídias e do comportamento inovador para contribuir com a solução de
problemas da sociedade.

A Yunus Negócios Sociais Brasil tem como objetivo desenvolver negócios sociais pelo país através de seu fundo de
investimentos e aceleradora para negócios sociais. Oferece serviços de consultoria para empresas, governos, fundações e
ONGs. Promove também os negócios sociais no meio acadêmico, realiza palestras, workshops e eventos por todo o Brasil.
A Yunus Negócios Sociais Brasil é a unidade brasileira ligada à empresa global Yunus Social Business Global Initiatives.

“Reconhecer jovens empreendedores sociais que promovam mudanças significativas nas comunidades em que atuam”.
Esse é o propósito maior do Prêmio Laureate Brasil, o qual, anualmente, selecionará 12 jovens candidatos dos programas
regionais para participar de um curso presencial e on-line de Empreendedorismo Social e integrar uma rede internacional
de empreendedores sociais. O Prêmio Laureate Brasil integra o programa global YouthActionNet®, criado em 2001 pela
International Youth Foundation, com o objetivo de reconhecer, apoiar e dar visibilidade às lideranças jovens que se dedicam
ao empreendedorismo e ao negócio social.

Prêmio Empreendedor Social de Futuro é uma iniciativa exclusiva da Folha que identifica, premia e fomenta jovens líderes
socioambientais de todo o país. O objetivo do Prêmio Empreendedor Social de Futuro é revelar empreendedores
socioambientais inovadores em um dos momentos mais críticos de qualquer organização: o período de consolidação, nos
três primeiros anos. Além de projetar nacionalmente e internacionalmente esses jovens líderes socioambientais, a Folha e
seus parceiros oferecem, por meio do prêmio, visibilidade e capacitação.

A Hult Prize Foundation é uma organização sem fins lucrativos dedicada a lançar a próxima onda mundial de
empreendedores sociais. Encoraja as mentes mais brilhantes a competirem em times para resolverem os grandes desafios
do mundo com ideias inovadoras para startups sociais. Os vencedores do prêmio anual da Hult Prize transformar suas
ideias em realidade ao serem premiados com 1 milhão de dólares.

Slush Impact é um movimento sem fins lucrativos orientado para estudantes criado para promover a mudança de atitude
através do empreendedorismo. Durante 9 dias do ano, o Slush torna-se uma aceleração para negócios de impacto social
em Helsinki, Finlandia para 30 empreendedores de todo o mundo que estão se destacando com seus projetos.

Lucas Borges é empreendedor social, Global Shaper e reconhecido como


Jovem Empreendedor Social do Ano de 2016 pelo Prêmio Laureate.
Fundador da startup social Risü, eleita entre os 4 modelos de negócios com
maior potencial de impacto social do Brasil pela Sustainable Brands Rio 2015.
CANVAS SOCIAL

Pensando em uma nova forma de pensar sobre como o empreendedorismo poderia ajudar Negócios de
Impacto Social, o Baanko juntou bons voluntários e parceiros e desenvolveu de forma colaborativa um
modelo voltado para este público, o Canvas Social.

Sentimos a falta de aprofundar na história do projeto social, que é muito importante para poder entender o
que motivaria a melhoria dos processos. Entender quais conhecimentos eram somente vontades e quais
realmente tinham o conhecimento internalizado na organização social. E mais, o que fazer com o superávit
gerado?

Mas peraí, se é projeto social não é sem fins lucrativos?


Porque estamos falando de superavit?

Negócios de Impacto Social podem ser tanto sem fins lucrativos, como ONGs e Cooperativas, quanto com
fins lucrativos, o que é conhecido como Setor 2,5 e muito em pauta hoje os conhecidos Negócios Sociais e
Startups Sociais.

Mas como adequar a linguagem de negócios agressivos para a nossa área social?

Usamos uma metodologia conhecida como gamificar, transformar em jogos (games do inglês) as formas
de se pensar e modelar negócios, promovendo a contribuição e trabalho em grupo e maior aproveitamento
das informações e do tempo.

É uma ferramenta estratégica que serve para construir a modelagem de Negócios de Impacto e que pode
ser usada tanto para criar um projeto do zero, como para melhorar um projeto já existente.

Assim com o Business Model Canvas, o Canvas Social é apresentado em uma única página com 9 blocos,
mas com alguns ajustes, que buscam descrever as áreas chaves de um negócio que gera impacto além do
superávit. De maneira rápida e integrada, apresenta os elementos fundamentais que compõem a
modelagem de um Negócio de Impacto.
Ao invés de dezenas de
páginas, preenchemos os
nove blocos com post-its
para que seja fácil fazer
alterações posteriores e que
torne o processo interativo e
dinâmico, para se trabalhar
em grupo e atualizar com as
novidades testadas durante
a validação da sua ideia ou
projeto.

André Lara Resende é empreendedor, consultor de impacto social no


Grupo Baanko e professor da Faculdade Dom Cabral. Consultor no BID e
presidente voluntário do Instituto Um Pé de Biblioteca, além de
idealizador do Baanko Challenge que visa fomentar o uso de tecnologia
e design para tirar ideias e negócios de impacto do papel.
INVESTIMENTOS DE IMPACTO

A Vox Capital, desde 2009, trabalha com o propósito de causar impacto social positivo
através de seus investimentos. Buscamos empresas, com alto potencial de
crescimento, que estão criando soluções para problemas sociais que afligem,
principalmente, as pessoas de mais baixa renda com foco em educação, saúde e
serviços financeiros.

Esse modelo de investimento se tornou conhecido no mundo todo como


investimentos de impacto (impact investing). São investimentos em “empresas com a
intenção de causar impacto positivo, além do retorno financeiro”, em tradução livre da
definição cunhada em um relatório do banco J.P. Morgan e do GIIN (Global Impact
Investing Network), do final de 2010, que tornou o termo mais conhecido e padrão
para definir esse novo “mercado”.

A intenção de juntar impacto social com retorno financeiro é a busca por juntar dois
aspectos da vida que, tradicionalmente, vemos como concorrentes: ganhar dinheiro
para se sustentar e prosperar, enquanto se trabalha para criar uma sociedade mais
justa e feliz.

Na minha visão, o mais importante nessa atividade é o propósito, a intenção. Todas as


atividades humanas causam algum tipo de impacto externo, ou externalidade, tanto
positiva quanto negativa.

Por isso, prefiro pensar em investimentos com propósito, pois assim fica clara a busca
intencional por um bem maior, além de benefícios financeiros. Sem isso, não há
investimento de impacto.

Daniel Izzo é sócio e diretor executivo da VOX Capital. Com mais de 20


anos de experiência, Daniel participou da fase de start-up do e-commerce
Submarino entre 2000 e 2001 e trabalha com iniciativas de negócios de
impacto desde 2007, quando foi intrapreendedor na Johnson & Johnson
Brasil e investidor-anjo de algumas empresas.
AGRADECIMENTO

Gostaríamos de agradecer imensamente a todos os envolvidos que fizeram deste


Manual do Empreendedor Social uma realidade!

Um agradecimento especial aos autores que cederam seu tempo para contribuir com
um pouco de seus conhecimentos.

Gostaríamos de agradecer a você que escolheu saber mais sobre empreendedorismo


social e todo o universo que ele abrange. Ação sem propósito, sem significado, torna
tudo muito vazio.

Nós podemos fazer diferente e, fazendo diferente, podemos fazer a diferença.

Este é o volume I do Guia do Empreendedor Social. Caso você queira mais


informações sobre algo específico, por favor, sugira o tema para que possamos
trazê-lo nas próximas edições. Envie um email para: risu@risu.com.br

Gostaria de agradecer também a toda equipe Risü. Pessoas apaixonadas com o que
fazem e com a mudança que queremos ver no mundo, tornam tudo muito mais fácil e
prazeroso de ser feito.

Até o próximo volume, até as próximas histórias!

Grande abraço!

Lucas Borges é empreendedor social, Global Shaper e reconhecido como


Jovem Empreendedor Social do Ano de 2016 pelo Prêmio Laureate.
Fundador da startup social Risü, eleita entre os 4 modelos de negócios com
maior potencial de impacto social do Brasil pela Sustainable Brands Rio 2015.

You might also like