Professional Documents
Culture Documents
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA
FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA
2013
ÍNDICE
1 INTRODUÇÃO O MÉTODO DOS ELEMENTOS FINITOS 1
1.1 Fundamentos do método dos elementos finitos 1
1.2 Domínios de aplicação do método dos elementos finitos 6
1.3 Limitações do método dos elementos finitos 13
1.4 Bibliografia 14
CAPÍTULO 1
1
Introdução ao Método dos Elementos Finitos D.A. Rade
valores das variáveis de campo em função das coordenadas espaciais para todos os
pontos do domínio.
O MEF é essencialmente um processo de discretização, que visa transformar
um problema infinito-dimensional em um problema finito-dimensional, com número
finito de incógnitas. O método consiste em dividir o domínio sobre o qual o problema
é estudado em várias regiões interconectadas, denominadas elementos. Cada
elemento dispõe de um certo número de pontos (interiores e/ou limítrofes),
denominados nós ou pontos nodais. O conjunto de elementos utilizados na
discretização é denominado malha. Um exemplo é apresentado na Figura 1.1, que
mostra a seção transversal de uma palheta de turbina de geometria complexa,
discretizada em elementos de forma triangular, tendo, em cada vértice, um nó.
Neste exemplo, o problema em questão poderia ser a determinação da distribuição
de temperaturas sobre a seção da palheta, conhecidos o fluxo de calor e as condições
de contorno.
Uma vez definidos os elementos e seus respectivos nós, no interior de cada
elemento são admitidas soluções aproximadas para as variáveis de campo,
expressas como funções arbitrárias dos valores que as incógnitas assumem nos nós
(valores nodais). Estas funções são denominadas funções de interpolação ou funções
de forma. São também impostas condições garantindo a continuidade da solução no
nós compartilhados por vários elementos. As incógnitas do problema, denominadas
graus de liberdade (g.d.l.), passam a ser os valores das variáveis de campo nos
pontos nodais, sendo o número destas incógnitas (agora finito), denominado número
de graus de liberdade do modelo. Dependendo da natureza do problema, após a
discretização, o modelo matemático regente resulta representado por um número
finito de equações diferenciais ordinárias ou de equações algébricas, cuja resolução
numérica conduz aos valores das incógnitas nodais. Uma vez determinadas estas
incógnitas, os valores das variáveis de campo no interior dos elementos podem ser
avaliados empregando as funções de interpolação.
Conforme será visto mais adiante, a precisão da solução obtida depende
essencialmente do número de elementos e do tipo de funções de forma empregadas
na discretização. Sendo satisfeitas algumas condições, admite-se que a solução do
problema discretizado convirja para a solução exata do problema contínuo à medida
que se aumenta o número de incógnitas nodais.
2
Introdução ao Método dos Elementos Finitos D.A. Rade
(a) (b)
3
Introdução ao Método dos Elementos Finitos D.A. Rade
(c) (d)
2ª) Escolha das funções de interpolação. Nesta etapa são escolhidas as funções
de interpolação que representam as variáveis de campo no interior de cada
elemento. Freqüentemente, mas nem sempre, funções polinomiais são escolhidas
como funções de interpolação, devido à facilidade que oferecem para derivação e
integração. Os graus dos polinômios utilizados estão relacionados ao número de
incógnitas nodais de cada elemento, devendo também atender a certos requisitos de
continuidade das variáveis de campo a serem satisfeitos nos nós e nas fronteiras
entre elementos imediatamente vizinhos.
3ª) Construção das matrizes elementares. Uma vez escolhidos o tipo e número
de elementos e as funções de interpolação, devemos estabelecer as relações
matriciais expressando o comportamento (relações de causa-efeito), em termos de
propriedades físicas e geométricas, para cada elemento, individualmente. Em outras
palavras, procede-se à formulação em nível elementar. Para tanto, podem ser
utilizados os seguintes processos:
4
Introdução ao Método dos Elementos Finitos D.A. Rade
No final deste processo, as equações matriciais globais devem ser modificadas para
satisfazer as condições de contorno do problema. A ordem das matrizes globais
coincide com o número total de incógnitas nodais. Este número é chamado número
de graus de liberdade do modelo.
5
Introdução ao Método dos Elementos Finitos D.A. Rade
6
Introdução ao Método dos Elementos Finitos D.A. Rade
Figura 1.3 - Modelo de EF para análise aeroelástica de um Airbus A-320 (100.000 g.d.l.)
(extraído de J.F. Imbert, "Analyse des Structures par Eléments Finis)
7
Introdução ao Método dos Elementos Finitos D.A. Rade
(b)
8
Introdução ao Método dos Elementos Finitos D.A. Rade
(c)
9
Introdução ao Método dos Elementos Finitos D.A. Rade
10
Introdução ao Método dos Elementos Finitos D.A. Rade
11
Introdução ao Método dos Elementos Finitos D.A. Rade
12
Introdução ao Método dos Elementos Finitos D.A. Rade
13
Introdução ao Método dos Elementos Finitos D.A. Rade
1.4 - Bibliografia
14
D.A.Rade Resolução de Problemas Unidimensionais pelo M.E.F.
CAPÍTULO 2
15
D.A.Rade Resolução de Problemas Unidimensionais pelo M.E.F.
E1, A1, L1
E2, A2, L2 E3, A3, L3
f1 f2 f3 f4
x
u1 u2 u3 u4
E1, A1, L1
1 E1, A1, L1 2 E2, A2, L2 3 E3, A3, L3 4
f1 f2 f3 f4 x
u1 u2 u3 u4
Figura 2.1
fiE fiD
Ei, Ai, Li
E D
xi
uiE uiD
Figura 2.2
16
D.A.Rade Resolução de Problemas Unidimensionais pelo M.E.F.
ui xi ai bi xi 0 xi Li (2.1)
uiD uiE
ui Li uiD bi (2.2.b)
Li
x x
ui xi 1 i uiE i uiD 0 xi Li (2.3)
Li Li
onde:
xi xi
E xi 1 ; D xi 0 xi Li (2.5)
Li Li
fiD fiE
dui xi
f i E i Ai Ei Ai i Ei Ai (2.6.a)
dxi
17
D.A.Rade Resolução de Problemas Unidimensionais pelo M.E.F.
dui xi
f i D i Ai Ei Ai i Ei Ai (2.6.b)
dxi
fiE
Ei Ai D
Li
ui uiE (2.7.a)
fiD
Ei Ai D
Li
ui uiE (2.7.b)
Ei Ai Ei Ai
L
Li uiE f i E
i (2.8)
Ei Ai Ei Ai u D f D
i i
Li Li
K U F i=1,2,...
i
e
i
e
i
e (2.9)
onde U u
i
e
i
E
uiD e F f
T
i
e
i
E
fi D
T
são, respectivamente, os vetores de
Ei Ai E Ei Ai D
ui ui f i E (2.12.a)
Li Li
Ei Ai E Ei Ai D
ui ui f i D (2.12.b)
Li Li
Ei 1 Ai 1 E E A
ui 1 i 1 i 1 uiD1 f i E1 (2.12.c)
Li 1 Li 1
Ei 1 Ai 1 E E A
ui 1 i 1 i 1 uiD1 f i D
1 (2.12.d)
Li 1 Li 1
Ei Ai E Ei Ai
ui u fiE (2.13.a)
Li Li i 1
Ei Ai E Ei Ai Ei 1 Ai 1 E A
ui ui 1 i 1 i 1 uiD1 f i (2.13.b)
Li Li Li 1 Li 1
Ei 1 Ai 1 E A
ui i 1 i 1 uiD1 f i D
1 (2.13.c)
Li 1 Li 1
Ei Ai Ei Ai
0 E
Li Li ui f i
E
Ei Ai
i 1 i 1 ui 1 f i 1
Ei Ai Ei 1 Ai 1 E A
(2.14)
Li Li Li 1
Li 1 D D
E A Ei 1 Ai 1 ui 1 f i 1
0 i 1 i 1
Li 1 Li 1
19
D.A.Rade Resolução de Problemas Unidimensionais pelo M.E.F.
Figura 2.3
E1 A1 E1 A1
L 0 0
L1
1 u f
E1 A1 E1 A1 E2 A2
E2 A2
0
1 1
L1 L1 L2 L2 u 2 f 2
(2.15)
E A E2 A2 E3 A3 E3 A3 u3 f 3
0 2 2
L2 L2 L3 L3 u f
4 4
E3 A3 E3 A3
0 0
L3 L3
K g U g F g (2.16)
onde U u
g
1 u2 u3
T
u4 e F g f1 f2 f3 f4
T
são, respectivamente, os
O processo de obtenção da matriz de rigidez global a partir das matrizes
elementares e denominado montagem da matriz global. Um procedimento mais
geral de montagem, bem adaptado à implementação computacional, pode ser
20
D.A.Rade Resolução de Problemas Unidimensionais pelo M.E.F.
u1
uiE u
2
D Ti 24 i=1,2,3
ui u3
u4
K
i
e
44
Ti T42 Kie 22 Ti 24 i=1,2,3
3
K g K i e
i 1
• elemento nº 1:
u1
u1E
1 0 0 0 u2
D
u1 0 1 0 0 u3
u4
E1 A1 E1 A1
L 0 0
1 0 E A EA L1
0
1 1 1 1 1
1 L1
K T
1
e
1
T
K1e T1
0
0 E1 A1
L1
1 0 0 0
E1 A1 0 1 0 0 L1
EA
1 1
E1 A1
L1
0 0
0 0 0
0 0 L1 L1
0
0 0 0 0
21
D.A.Rade Resolução de Problemas Unidimensionais pelo M.E.F.
• elemento nº 2:
u1
u2E 0 1 0 0 u2
D
u2 0 0 1 0 u3
u4
0 0 0 0
0 0 E A E2 A2 E2 A2 E2 A2
1
2 2
0 L2
0 0
L2 0 1 0 0
K T
2
e
2
T e
K 2 T2
0
1 E2 A2
E2 A2 0 0 1 0
L2
E A
L2
E2 A2
0 2 2 0
0 0 L2 L2 L2 L2
0 0 0 0
• elemento nº 3:
u1
u3E
0 0 1 0 u2
D
u3 0 0 0 1 u3
u4
0 0 0 0
0 0 E3 A3 E A 0 0 0 0
0 3 3
0 L3
K T
3
e
3
T e
K 3 T3
1
0 E3 A3
L3 0 0 1 0 0
E3 A3 0 0 0 1
0
E3 A3
L3
E A
3 3
L3
E3 A3
0 1 L3 L3
0
E A
0 3 3
L3 L3
K g K1 e K 2 e K 3 e
E1 A1 E1 A1
L 0 0
L1
1
E1 A1 E1 A1 E2 A2
E2 A2
0
L1 L1 L2 L2
E2 A2 E2 A2 E3 A3 E3 A3
0
L2 L2 L3 L3
E3 A3 E3 A3
0 0
L3 L3
22
D.A.Rade Resolução de Problemas Unidimensionais pelo M.E.F.
As equações (2.15) devem ser modificadas para levar em conta que os valores
dos deslocamentos nos nós extremos (1 e 4) podem ser prescritos. Admitamos que as
condições de contorno sejam as seguintes:
u1 u1 (2.17.a)
u4 u4 (2.17.b)
E1 A1 E1 A1 E1 A1 E1 A1
L u1 L u2 f1 L u1 L u2 f1
1 1 1 1
E1 A1 u E1 A1 E2 A2 u E2 A2 u f E1 A1 E2 A2 u E2 A2 u f E1 A1 u
L1 1 L1 L2 2
L2
3 2 L1 L2
2
L2
3 2
L1
1
E2 A2 u E2 A2 E3 A3 u E3 A3 u f E2 A2 u E2 A2 E3 A3 u f E3 A3 u
2
L2 L2 L3
3
L3
4 3
L2 2 L2 L3
3 3
L3
4
E A E A E A E A
3 3 u3 3 3 u 4 f 4 3 3 u3 3 3 u 4 f 4
L3 L3 L3 L3
(2.18)
E1 A1 E2 A2 E2 A2 EA
L L
L2
2
u
f 2 1 1 u1
L1
1 2
E A E2 A2 E A E A
2 2
3 3 u3 f 3 3 3 u4
L2 L2 L3 L3
1
E1 A1 E2 A2 E1 A1
k2 f 2 L u1
u2 L1 L2
E A
1 (2.19)
u3 2 2 E2 A2 E3 A3 E3 A3
f3 u4
L2 L2 L3 L3
23
D.A.Rade Resolução de Problemas Unidimensionais pelo M.E.F.
f1 L u1 u2
E1 A1
1
(2.20)
f E3 A3 u u
4 L3
4 3
Após reordenação das equações, o sistema (2.13) pode ser expresso sob a
forma:
F
K g K ig U g
g
g
K ig K ii g U i
F i
g
g g g g
K U K i U i F
g
(2.21)
g g g g
K i U K ii U i Fi
g
(2.22)
U K F K U
1
g g
g
i
g
i
g
(2.23)
F K U K U
i
g
i
g
g
ii
g
i
g
(2.24)
24
D.A.Rade Resolução de Problemas Unidimensionais pelo M.E.F.
du x
x (2.25.a)
dx
du x
x E x E (2.25.b)
dx
uiD uiE
i xi constante (2.26.a)
Li
uiD uiE
i xi Ei constante (2.26.b)
Li
2.1.5 – Exemplo
3E,A
E,A 2E,A
F E, A/2 3F
L L 2L 1,5L
25
D.A.Rade Resolução de Problemas Unidimensionais pelo M.E.F.
%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%
% Programa SIST_BARRAS.M para análise estática por EF de sistemas
% constituídos por barras unidirecionais.
%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%
% ENTRADA DE DADOS
% número de elementos
[nb_ele,dummy]=size(propriedades);
% número de nós
nb_node = nb_ele+1;
% matriz de conectividade
mat_conect=[1 2
2 3
3 4
4 5];
26
D.A.Rade Resolução de Problemas Unidimensionais pelo M.E.F.
% CÁLCULO DOS DESLOCAMENTOS NOS GDL LIVRES E FORÇAS DE REAÇÃO NOS GDL
% IMPOSTOS
d_liv=inv(K_ll)*(f_liv-K_li*d_imp)
f_imp=K_li'*d_liv+K_ii*d_imp
d_completo=zeros(nb_node,1);
d_completo(gdl_livres)=d_liv;
delta_d=diff(d_completo);
for ii=1:nb_ele
sigma(ii)=delta_d(ii)*propriedades(ii,1)/propriedades(ii,3);
end
27
D.A.Rade Resolução de Problemas Unidimensionais pelo M.E.F.
torques aplicados e ângulos de torção das seções transversais nos nós que delimitam
cada segmento, que é assimilado a um elemento finito com dois nós.
T1 ,1 T2 ,2
T3 , 3
(1) (2)
TiD , i Ti E
D
TiE, i
E
Ti D
iE
iD
(i) E Gi, Ji, Li
D
xi
Gi, Ji, Li
Figura 2.4
i xi ai bi xi 0 xi Li (2.25)
i 0 iE a i iE (2.26.a)
iD iE
i Li iD bi (2.26.b)
Li
onde
xi xi
E xi 1 ; D xi 0 xi Li (2.28)
Li
Li
Ti D Ti E
di xi
Ti E Gi J i (2.29.a)
dxi
di xi
Ti D Gi J i (2.29.b)
dxi
Gi J i Gi J i
L
Li iE Ti E
i (2.30)
Gi J i Gi J i D T D
i i
Li Li
29
D.A.Rade Resolução de Problemas Unidimensionais pelo M.E.F.
K1, A1, L1
K2, A2, L2
K3, A3, L3
Q1 Q4
1 2 3 4
T1 T2 T3 T4
Ti E Ki, Ai, Li Ti D
qi
dT
qi K i Ai
dx (2.31)
Convecção:
TP
T
qi
qi hi Ai TP T
(2.32)
Ti xi ai bi xi 0 xi Li (2.33)
30
D.A.Rade Resolução de Problemas Unidimensionais pelo M.E.F.
Ti 0 Ti E ai Ti E (2.34.a)
Ti D Ti E
Ti Li Ti D bi (2.34.b)
Li
onde
xi xi
E xi 1 ; D xi 0 xi Li (2.36)
Li i
L
qiD qiE
dTi xi
qiE Ki Ai (2.37.a)
dxi
di xi
qiD Ki Ai (2.37.b)
dxi
Ki Ai K i Ai
L
Li Ti E qiE
i (2.38)
i Ai
K K i Ai T D q D
i i
Li Li
K1 A1 K1 A1
0 0
l1 l1
q1 K1 A1 K1 A1 K 2 A2 K 2 A2 T
0 l 0 1
l1 l2 l2 T2
1
(2.39)
0 0 K A K 2 A2 K 3 A3 K 3 A3 T3
2 2
q4 l2 l2 l3 l3 T4
0 K 3 A3 K 3 A3
0
l3 l3
T1 T1
q4 h4 A3 T4 T
K1 A1 K1 A1
l 0 0
1 l1
q1 K1 A1 K1 A1 K 2 A2 K 2 A2 T
0 l 0 1
l1 l2 l2 T2
1
0 0 K 2 A2 K 2 A2 K 3 A3 K 3 A3 T3
h4 A3 T l2 l2 l3 l3 T4
0 K 3 A3 K 3 A3
0 h4 A3
l3 l3
32
D.A.Rade Resolução de Problemas Unidimensionais pelo M.E.F.
K1 A1 K 2 A2 K 2 A2
0
l1 l2 l2 T
0
K 3 A3
2
K 2 A2 K 2 A2 K 3 A3
0 T3 (2.40)
h A T l2 l2 l3 l3 T
4 3 4
K 3 A3 K 3 A3
0 h4 A3
l3 l3
T1
K A K1 A1 T2
q1 1 1 0 0
l1 l1 T3
T4
B q1 C
q1 q1
Q A q3 D Q
F G
q3
q2 q2
E q4 H
qiE
i qiD qiE E Ri, Li D qD
i
Figura 2.6
33
D.A.Rade Resolução de Problemas Unidimensionais pelo M.E.F.
pi xi ai bi xi 0 xi Li (2.41)
piD piE
pi Li piD bi (2.42.b)
Li
onde
xi xi
E xi 1 ; D xi 0 xi Li (2.44)
Li Li
qiD qiE
Ri4 dpi xi
qiE (2.45.a)
8 dxi
Ri4 dpi xi
qiD (2.45.b)
8 dxi
34
D.A.Rade Resolução de Problemas Unidimensionais pelo M.E.F.
Ri4 Ri4
8Li 8Li piE qiE
(2.46)
Ri4 Ri4 piD qiD
8Li 8Li
35
D.A. Rade Formulação do MEF pelo Processo Variacional
CAPÍTULO 3
q(x)
v(x) x
y Figura 3.1
36
D.A. Rade Formulação do MEF pelo Processo Variacional
Admitiremos que a viga mostrada na Figura 3.1 tenha sido dividida em certo
número arbitrário de elementos, cada um deles delimitado por dois nós. A Figura
3.2 mostra um destes elementos, identificado genericamente pelo índice i, contendo
dois nós E e D, cujas propriedades relevantes são indicadas por Li , Ei xi , I i xi .
Além disso qi xi e vi xi indicam o carregamento externo e o campo de
deslocamentos transversais no interior do elemento. São indicados os graus de
liberdade escolhidos para o elemento, que são constituídos pelos valores dos
deslocamentos transversais nos nós, viE e viD , e pelas rotações das seções
transversais nos nós, iE e iD . Estes graus de liberdade são agrupados no vetor de
graus de liberdade elementares:
u v
i
e
i
E
iE viD iD
T (3.1)
q V
i
e
i
E
M iE Vi D M iD
T (3.2)
vi xi (3.3)
i xi
xi
M iE i qi xi
E
Ei xi , I i xi , i xi
E D
vi xi
E D
Vi viE viD Vi
xi i xi
iD M iD
Li
Figura 3.2
37
D.A. Rade Formulação do MEF pelo Processo Variacional
ou:
v~i xi xi u ie , (3.7.b)
xi 1xi 2 xi 3 xi 4 xi
x
2
x
3 (3.8.a)
1 xi 1 3 i 2 i
Li Li
x
2
x
3 (3.8.b)
2 xi xi 2 Li i Li i
Li Li
x
2
x
3 (3.8.c)
3 xi 3 i 2 i
Li Li
x
2
x
3 (3.8.d)
4 xi Li i Li i
Li Li
38
D.A. Rade Formulação do MEF pelo Processo Variacional
1 xi 2 xi
45o
xi
x
Li Li
3 xi 4 xi
45o
x
Li Li x
Figura 3.3
2
L
1 i d 2vi xi Li
U i Ei xi I i xi 2 dxi qi xi vi xi dxi Vi vi M i i Vi vi M i i
E E E E D D D D (3.9)
20 dx 0
39
D.A. Rade Formulação do MEF pelo Processo Variacional
Ui
2
1 e T e e
ui Ki ui uie Qie ,
T (3.10)
onde:
(3.12)
d 2 m xi d 2 n xi
Li
K e
i m, n Ei xi I i xi dxi , m, n 1a 4
0
dxi2 dxi2
12 6 Li 12 6 Li
2 L2i
e Ei I i
Ki 3
Li
4 L2i 6 Li
12 6 Li
(3.13)
simétrica 4 L2i
Na Eq. (4.10), Qie é o vetor de esforços generalizados, dado por:
V E Li q x x dx
i 0 i i 1 i i
E
qi xi 2 xi dxi (3.14)
Li
e
Qi
M i 0
Vi D qi xi 3 xi dxi
Li
0
M i i qi xi 4 xi dxi
D L
0
40
D.A. Rade Formulação do MEF pelo Processo Variacional
E qi Li
Vi 2
~
2 Vi E
q L
M E i i ~ E
e i
Qi
q
12 M i
L ~D (3.15)
Vi D i i Vi
2 M ~ D
D qi Li 2 i
M i
12
(3.16)
0,
dU i
d u e
i
41
D.A. Rade Formulação do MEF pelo Processo Variacional
~ ~
~
M iE iE iD M iD ~
M Ej Ej D
j MDj
~ E ~ ~ E ~
Vi E vi Vi D viD V jE v j V jD v Dj
u v
i
e E
i iE viD iD
T
u v
j
e E
j Ej v Dj D
j
T
~ ~ ~
M I I M J J M K K
I J K
~ vI ~ ~
VI VJ vJ VK vK
u v
g
I I vJ J vK K T
Figura 3.4
42
D.A. Rade Formulação do MEF pelo Processo Variacional
u
i
e
41
Li 46 u g
61
, (3.18.a)
u
j
e
41
L j ug
46 61
, (3.18.b)
Elemento i
vI
viE 1 0 0 0 0 0 I
E
i 0 1 0 0 0 0 vJ (3.19.a)
D ,
vi 0 0 1 0 0 0 J
D 0 0 0 1 0
0 vK
i
K
Elemento j
vI
v Ej 0 0 1 0 0 0 I
E
j 0 0 0 1 0 0 vJ (3.19.b)
D ,
v j 0 0 0 0 1 0 J
D 0 0 0 0 0
1 v K
j
K
U Ui U j , (3.20)
43
D.A. Rade Formulação do MEF pelo Processo Variacional
U
2
u
1 g T g g
K u u g Qg ,
T (3.21)
com:
K
g
66
Li T Kie Li L j T K je L j , (3.22)
e:
dU
0 K g u g Q g ,
(3.24)
d ug
K L K L ,
n_e
g T e
i i i (3.25)
i 1
44
D.A. Rade Formulação do MEF pelo Processo Variacional
Os primeiros são doravante indicados por subscritos “ℓ” e os últimos por subscritos
“i” nas equações de equilíbrio globais, que se expressam segundo:
max , max
ymax
Figura 3.5
45
D.A. Rade Formulação do MEF pelo Processo Variacional
d 2v x
x, y y
dx 2
d 2v x
x, y E y
dx 2
d 2vi xi
max xi
dxi2
ymax xi uie ymax , 0 xi Li , (3.30.a)
d 2vi xi
max xi Ei
dxi2
ymax Ei xi uie ymax , 0 xi Li (3.30.b)
3.1.5 Exemplo
Dados:
L = 2,0 m
P = 200 N
E = 2,1×1011 N/m2
Seção transversal: retangular 5,0 ×1,0 cm2
0,05 0,013 5
Momento de inércia: Iz = 10 8 m4
12 12
x
L
46
D.A. Rade Formulação do MEF pelo Processo Variacional
%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%
% Programa para análise estática por EF de vigas retas - Teoria de Euler-Bernoulli
%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%
% Domingos Alves Rade Última modificação: 21/04/2014
%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%
clc; close all; clear
% ENTRADA DE DADOS
% número de elementos
[nb_ele,dummy]=size(propriedades);
nb_nos=nb_ele+1;
% 1: nó 1, direção y
% 2: nó 1, direção theta
% 3: nó 2, direção y
% 4: nó 2, direção theta, ...
mat_conect=[ 1 2 3 4
3 4 5 6
5 6 7 8
7 8 9 10
9 10 11 12 ];
coef_flex_k=E*I/L^3;
47
D.A. Rade Formulação do MEF pelo Processo Variacional
K_ele=K_ele'+K_ele-diag(diag(K_ele));
mat_ident=eye(nb_gdl_glo);
mat_transf=[mat_ident(mat_conect(ii,1),:); mat_ident(mat_conect(ii,2),:); ...
mat_ident(mat_conect(ii,3),:); mat_ident(mat_conect(ii,4),:)]; ...
K_glob=K_glob+mat_transf'*K_ele*mat_transf;
f_ele=zeros(nb_gdl_ele,1);
q=propriedades(ii,4);
f_ele=0*[q*L/2 q*L^2/12 q*L/2 -q*L^2/12]';
F_glob=F_glob+mat_transf'*f_ele;
end
K_glob=K_ll;
%
% construção dos vetores de forças nos gdl livres e de deslocamentos nos gdl impostos
f_liv=forcas_aplic(:,2)+F_glob(gdl_livres,1);
d_imp=cond_cont(:,2);
% CÁLCULO DOS DESLOCAMENTOS NOS GDL LIVRES E FORÇAS DE REAÇÃO NOS GDL IMPOSTOS
d_liv=inv(K_ll)*(f_liv-K_li*d_imp);
des_global=zeros(nb_gdl_glo,1);
des_global(cond_cont(:,1))=cond_cont(:,2);
des_global(forcas_aplic(:,1))=d_liv;
for ii=1:nb_ele
E=propriedades(ii,1);
L=propriedades(ii,3);
y_max=propriedades(ii,5);
u_e= des_global(mat_conect(ii,:));
x=0;
psi2_0=[-6/L^2+12*x/L^3 -4/L+6*x/L^2 6/L^2-12*x/L^3 -2/L+6*x/L^2];
x=L;
psi2_L=[-6/L^2+12*x/L^3 -4/L+6*x/L^2 6/L^2-12*x/L^3 -2/L+6*x/L^2];
mat_sigma(ii,1)=-E*psi2_0*u_e*y_max;
mat_sigma(ii,2)=-E*psi2_L*u_e*y_max;
end
sigma_disp1=[mat_sigma(:,1);0];
sigma_disp2=[0;mat_sigma(:,2)];
sigma_disp=(sigma_disp1+sigma_disp1)/2;
disp('Tensões normais (em N/m^2)');
sigma_disp
48
D.A. Rade Formulação do MEF pelo Processo Variacional
d 2v x P L x
0 x L,
dx 2 EI
PL x ymax
x 0 x L,
I
o que leva a:
P Lx 2 x 3
v x 0 x L,
EI 2 6
P x2
x Lx 0 x L,
EI 2
max x L x
Pymax
0 x L,
I
49
D.A. Rade Formulação do MEF pelo Processo Variacional
50
D.A. Rade Formulação do MEF pelo Processo Variacional
EI(x)
L
v(x,t)
Figura 3.6
L 2
d 2v x dvx
2
1
U E x I x P dx dx , (3.31)
2 0 dx
2
51
D.A. Rade Formulação do MEF pelo Processo Variacional
M iE i
E
Ei xi , I i xi
Pi E D Pi
vi xi
D
Vi E viE viD Vi
xi i xi
iD M iD
Li
Figura 3.7
2
d 2vi xi dvi xi
L L 2
1 i i
U i Ei xi I i xi dxi P dxi Vi E viE M iEiE Vi D viD M iDiD (3.32)
0
20 dx
2
dx 2
Ui
2
ui
1 e T e
K i Gie Pi uie uie Qie ,
T
(3.33)
onde K ie e Qie são, respectivamente, a matriz de rigidez, dada pela Eq. (3.13) e o
vetor de esforços nodais em nível elementar, obtido a partir da Eq. (3.15) fazendo
qi 0 , ou seja:
Vi E
E
M
Qie Di , (3.34)
Vi
M D
i
Em (3.33), Gie é a chamada matriz de rigidez geométrica elementar, dada
por:
52
D.A. Rade Formulação do MEF pelo Processo Variacional
6 5Li 1 10 6 5 Li 1 10
Li 30
Gie Pi Pi
2 Li 15 1 10
6 5 Li 1 10 (3.37)
simétrica 2 Li 15
G P P G
i
e
i i i
e (3.37)
com:
6 5Li 1 10 6 5Li 1 10
3Li
Gie
2 Li 15 1 10
6 5Li 1 10 (3.37)
simétrica 2 Li 15
0,
dU i
d u e i
K e P G e u e Q e ,
i i i i
i
(3.38)
U 0,
K g P G g
g (3.39)
53
D.A. Rade Formulação do MEF pelo Processo Variacional
3.2.1 Exemplo
P
Dados:
L=2,0 m
Seção transversal: retangular 5,0 ×1,0 cm2
E=2,1×1011 N/m2
0,05 0,013 5
Menor momento de inércia: I= 10 8 m4
12 12
L
Solução:
54
D.A. Rade Formulação do MEF pelo Processo Variacional
% PROGRAMA FLAMBAGEM_COLUNA.M %
%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%
% Programa para análise de estabilidade de colunas - Teoria de Euler-Bernoulli
%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%
% Domingos Alves Rade Última modificação:
%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%
% ENTRADA DE DADOS
% propriedades dos elementos
% [A(m^2) E(N/m^2) I(m^4) L(m)
% número de elementos
[nb_ele,dummy]=size(propriedades);
nb_nos=nb_ele+1;
% número de graus de liberdade em nível elementar e em nível global
nb_gdl_ele = 4;
nb_gdl_glo = nb_nos*2;
% 1: nó 1, direção y
% 2: nó 1, direção theta
% 3: nó 2, direção y
% 4: nó 2, direção theta, ...
mat_conect=[ 1 2 3 4
3 4 5 6
5 6 7 8
7 8 9 10
9 10 11 12
11 12 13 14
13 14 15 16
15 16 17 18
17 18 19 20
19 20 21 22];
forcas_aplic= [ 3 0;
4 0;
5 0;
6 0;
7 0;
8 0;
9 0;
10 0;
11 0;
12 0;
13 0;
14 0;
15 0;
16 0;
17 0;
18 0;
19 0;
20 0;
55
D.A. Rade Formulação do MEF pelo Processo Variacional
22 0];
coef_flex_k=E*I/L^3;
K_ele=K_ele'+K_ele-diag(diag(K_ele));
G_ele=G_ele'+G_ele-diag(diag(G_ele));
mat_ident=eye(nb_gdl_glo);
mat_transf=[mat_ident(mat_conect(ii,1),:); mat_ident(mat_conect(ii,2),:); ...
mat_ident(mat_conect(ii,3),:); mat_ident(mat_conect(ii,4),:)]; ...
K_glob=K_glob+mat_transf'*K_ele*mat_transf;
G_glob=G_glob+mat_transf'*G_ele*mat_transf;
end
carga_flamb=eig(K_ll,G_ll)
56
D.A. Rade Formulação do MEF pelo Processo Variacional
q(x,t)
v(x,t) x
y
Figura 3.8
u t v
i
e
i
E
t iE t viD t iD t T (3.40)
q t V
i
e
i
E
t M iE t Vi D t M iD t
T (3.41)
M iE t iE t qi xi , t iD t M iD t
Ei xi , I i xi , i xi
E D
viE t vi xi , t viD t Vi t
D
Vi E t xi i xi , t
Li
Figura 3.9
57
D.A. Rade Formulação do MEF pelo Processo Variacional
v~ xi , t (3.43)
i xi , t a1 t 2a2 t xi 3a3 t xi2 0 xi Li
~
xi
ou:
v~i xi , t xi uie t , (3.45.b)
U i t
1 e T e e
2
ui t K i ui t uie t Qie t ,
T
(3.46)
onde K ie é dada pela Eq. (3.13) e o vetor de esforços generalizados é dado por:
V E t Li q x , t x dx
i 0 i i 1 i i
E
Li
(3.47)
Qie t
M i t 0
qi xi , t 2 xi dxi
Vi D t qi xi , t 3 xi dxi
L i
0
M i t i qi xi , t 4 xi dxi
D L
0
58
D.A. Rade Formulação do MEF pelo Processo Variacional
E qi t Li
Vi t 2
2 Vi E t
~
M t i
E q t L i ~
M iE t
e
Qi t
i 12
qi t Li V~ D t (3.48)
Vi t
D i
2 M ~D
i t
D qi t L2i
M i t
12
2
v x , t
L
1 i
Ti t i xi i i dxi , (3.49)
20 t
Ti t
2
1 e T e e
ui t M i ui t , (3.50)
onde:
(3.51)
Li
M e
i 4 4 i xi xi xi dxi ,
T
Li
M e
i m, n i xi m xi n xi dxi , m, n 1a 4 (3.52)
0
156 22 Li 54 13Li
3L2i
L
M ie i i
420
4 L2i 13Li
156 22 Li
(3.53)
simétrica 4 L2i
59
D.A. Rade Formulação do MEF pelo Processo Variacional
Li t d Li t
0
uie t dt u e t
i
(3.54)
sendo Li t Ti t Vi t o Lagrangeano.
Efetuando as operações indicadas em (3.54), obtemos as seguintes equações
do movimento em nível elementar:
com:
M L M L ,
n_e
g T e
i i i (3.57)
i 1
g
M M U t K K U t Q t
g
i
g g
g
i
g
g
(3.60)
g
M i M U t K K U t Q t
ii
g
i
g
i
g
ii
g
i
g
i
g
Análise Modal
M U t K U t 0
g
g g
g
(3.63)
U t U e
g i t
(3.64)
61
D.A. Rade Formulação do MEF pelo Processo Variacional
g g
K 2 M U 0 (3.65)
Análise Harmônica
M U t K U t Q t
g
g g
g
g
(3.63)
Q t Q e
g it
(3.64.a)
U t U e
g it
(3.64.a)
1
U
g
K g
2 M Q
(3.63)
Análise Transiente
62
D.A. Rade Formulação do MEF pelo Processo Variacional
3.3.5 Exemplo
Dados:
L = 2,0 m
E = 2,1×1011 N/m2
Densidade: = 7800 kg/m3
Seção transversal: retangular 5,0 ×1,0 cm2
0,05 0,013 5
Momento de inércia: Iz = 10 8 m4
12 12
x
L
%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%
% Programa para análise dinâmica por EF de vigas retas - Teoria de Euler-Bernoulli
%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%
% Domingos Alves Rade Última modificação:
%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%
% ENTRADA DE DADOS
clc
% propriedades físicas e geométricas dos elementos (discretização com 5
% elementos)
% [A(m^2) E(N/m^2) I(m^4) L(m) rho(kg/m)]
propriedades = [ 5e-4 2.1e11 5/12*1e-8 0.4 3.9
5e-4 2.1e11 5/12*1e-8 0.4 3.9
5e-4 2.1e11 5/12*1e-8 0.4 3.9
5e-4 2.1e11 5/12*1e-8 0.4 3.9
5e-4 2.1e11 5/12*1e-8 0.4 3.9];
63
D.A. Rade Formulação do MEF pelo Processo Variacional
mat_conect=[ 1 2 3 4
3 4 5 6
5 6 7 8
7 8 9 10
9 10 11 12];
cond_cont=[ 1 0
2 0];
% gld livres
forcas_aplic= [ 3 0;
4 0;
5 0;
6 0;
7 0;
8 0;
9 0;
10 0;
11 0;
12 0];
K_glob=zeros(nb_gdl_glo);
M_glob=zeros(nb_gdl_glo);
for ii=1:nb_ele
K_ele=zeros(nb_gdl_ele);
M_ele=zeros(nb_gdl_ele);
A=propriedades(ii,1);
E=propriedades(ii,2);
I=propriedades(ii,3);
L=propriedades(ii,4);
rho=propriedades(ii,5);
coef_flex_k=E*I/L^3;
coef_flex_m=rho*L/420;
mat_ident=eye(nb_gdl_glo);
mat_transf=[mat_ident(mat_conect(ii,1),:); mat_ident(mat_conect(ii,2),:); ...
mat_ident(mat_conect(ii,3),:); mat_ident(mat_conect(ii,4),:)];
K_glob=K_glob+mat_transf'*K_ele*mat_transf;
M_glob=M_glob+mat_transf'*M_ele*mat_transf;
end
K_glob=K_ll;
M_glob=M_ll;
n_modos=5;
[vet,val]=eig(K_glob,M_glob);
freqs=sqrt(diag(val))/2/pi;
64
D.A. Rade Formulação do MEF pelo Processo Variacional
[freqs,ord]=sort(freqs);
disp('Frequências naturais (Hz): '); freqs
modos=vet(:,ord);
freqs=freqs(1:n_modos);
modos=modos(:,1:n_modos);
disp('Modos naturais: '); modos
des_modos=[zeros(1,n_modos); des_modos]
plot(des_modos)
legend('Modo 1', 'Modo 2', 'Modo 3', 'Modo 4', 'Modo 5')
65
D.A. Rade Resolução de Problemas Bidimensionais pelo MEF
CAPÍTULO 4
A Figura 4.1 ilustra o elemento com quatro lados retilíneos e quatro nós,
indicados por i, j, k, l, posicionados sobre os vértices. Estes nós são rotulados no
sentido anti-horário, a partir de um deles, escolhido arbitrariamente.
y
l xl , yl
k xk , yk
i xi , yi j x j , y j
x
Figura 4.1
x , y a1 a2 x a3 y a4 xy (4.2)
i xi , yi a1 a2 xi a3 yi a4 xi yi
j x j , y j a1 a2 x j a3 y j a4 x j y j
k xk , yk a1 a2 xk a3 yk a4 xk yk
l xl , yl a1 a2 xl a3 yl a4 xl yl
Resolvendo o sistema de equações acima os coeficientes a1 ,a2 ,a3 ,a4 podem ser
obtidos em função dos valores nodais da variável de campo i , j ,k ,l . Todavia, este
procedimento requer a manipulações algébricas complexas.
Para facilitar as operações envolvidas na modelagem de problemas
bidimensionais, especialmente as integrações que são necessárias para a obtenção
das matrizes elementares, é muito comum a formulação em termos das chamadas
coordenadas naturais, ou coordenadas intrínsecas, que levam, associadas ao
conceito de elementos isoparamétricos. Estes últimos ficam caracterizados quando as
mesmas funções das coordenadas naturais são utilizadas para, simultaneamente,
interpolar a variável de campo e representar a geometria do elemento.
Conforme ilustrado na Figura 4.2, as coordenadas naturais resultam de um
mapeamento do plano x-y no plano , 1 1; 1 1 com que permite
transformar um elemento quadrangular qualquer em um elemento retangular, com
lados paralelos.
D.A. Rade Resolução de Problemas Bidimensionais pelo MEF
1
y 1
l xl , yl
(1,1) (0,1) (1,1)
k xk , yk
1
(1,0) (0,0) (1,0)
i xi , yi 1
j x j , y j (1,1) (0,1) (1,1)
Figura 4.2
x xi H i , x j H j , xk H k , xl H l , (4.3.a)
y yi H i , y j H j , y k H k , yl H l , (4.3.b)
onde:
H i , 1 1
1
(4.4.a)
4
H j , 1 1
1
(4.4.b)
4
H k , 1 1
1
(4.4.c)
4
H l , 1 1
1
(4.4.d)
4
x x , (4.5.a)
y y , , (4.5.b)
x y
x
x
y
(4.6)
y
x y
J12
J 11
J
, (4.7)
J 21 J 22 x y
1
x y
x R11 R12
x (4.8)
y
R21 R22
y
J11
1
1 xi 1 1 x j 1 1 xk 1 1 xl
4 4 4 4
J12
1
1 yi 1 1 y j 1 1 yk 1 1 yl
4 4 4 4
D.A. Rade Resolução de Problemas Bidimensionais pelo MEF
J 21
1
1 xi 1 1 x j 1 1 xk 1 1 xl
4 4 4 4
J 22
1
1 yi 1 1 y j 1 1 yk 1 1 yl
4 4 4 4
I f x , y dx dy (4.9)
xy
1 1
I f x , , y , det J d d (4.10)
1 1
a b
J11 J12 0 J 21 0 J 22
2 2
2 2
R11 R12 0 R21 0 R22
a b
y
l xl , yl k xk , yk
i xi , yi a
j xj ,yj
Figura 4.4
D.A. Rade Resolução de Problemas Bidimensionais pelo MEF
Ainda para o caso do elemento ilustrado na Fig. 4.4, utilizando a Eq. (4.8), as
derivadas parciais das funções de forma em relação às coordenadas espaciais
resultam expressas pelas seguintes equações:
H i H i 1 1
x 2 a 0 2 a 0 4 1 2a 1
H H 0 2 b 1 1 (4.11.a)
i
0 2 b i 1 1
y 4 2b
H j H j 1 1
x 2 a 0 2 a 0 4
1 2a 1
H 0 2 b H 0 2 b 1 (4.11.b)
j
j 1 1 1
y 4 2b
H k H k 1 1
x 2 a 0 2 a 0 4 1 2a 1
H H 0 2 b 1 1 (4.11.c)
k
0 2 b k 1 1
y 4 2b
H l H l 1 1
x 2 a 0 2 a 0 4 1 2a 1
H H 0 2 b 1 1 (4.11.d)
l
0 2 b l 1 1
y 4 2b
ab
H i H i
2 2
I dx dy
00 x y
Figura 4.5
D.A. Rade Resolução de Problemas Bidimensionais pelo MEF
1 1
1 2 1 2 det J d d
I 4a 2
4b 2
11
ab
com det J .
4
Efetuando as integrações indicadas chega-se a:
a2 b2
I
3ab
v x, y
u x, y
P x, y
Figura 4.5
D.A. Rade Resolução de Problemas Bidimensionais pelo MEF
(4.12)
1
T dV Wext ,
2 V
U
onde:
x y xy T (4.13)
e:
x y xy T (4.14)
du dv du dv (4.15)
x y xy
dx dx dy dx
D (4.16)
1 0
D E 2 1 0 (4.17.a)
1 1 2
0 0
2
E 1 0
D 1 0
1 1 2 1 2 (4.17.b)
0 0
2
onde:
x x
; fV fVy ; f S f Sy .
u
v fV f S
(4.19)
1
T dV δ fV dV δ f S dS
T T
2 V
U
V S
(4.20)
1
T D dV fV dV f S dS
2 V
T T
U
V S
onde:
D.A. Rade Resolução de Problemas Bidimensionais pelo MEF
H i , 0 H j , 0 H k , 0 H l , 0
H , H i , H j , H k , H l , (4.23)
0 0 0 0
u
e
i vi uj vj uk vk ul vl T (4.24)
1 1 1 1
2a 0
2a
0
2a
0
2a
0
1 1 1 1
H , 0 0 0 0 (4.27)
2b 2b 2b 2b
1
1
1 1 1 1 1
1
2b 2a 2b 2a 2b 2a 2b 2a
U
2
H DH dV eT H T fV dV eT H T f S dS
1 e
T T e
(4.28)
V V S
ou:
U
2
K e QV QS
1 e T e e T
(4.29)
onde:
D.A. Rade Resolução de Problemas Bidimensionais pelo MEF
K
e
88 H DH dV
T (4.30)
V
Q
V
e
81 H T fV dV (4.31)
V
e
Q
S
e
81 H T f S dS (4.32)
S
dU
0,
d e
(4.33)
K Q Q
e e
V S
(4.34)
K
e
H , DH , dV
T (4.35)
V
dV t dA tdxdy
y
qy
l xl , yl k xk , yk
i xi , yi a
j xj ,yj
x
Figura 4.6
Q
S
e
81 H T f S dS
S
xk
q
QS e 81 t H , 1T y dx
xl 0
qy
q y , 1; 1 1
2
1 1
0 0 0 0 0 0
H , 1 2
1
2
1
0 0 0 0 0 0
2 2
Na face k-l:
x x x
dx d d d , dado que na face k-l tem-se d 0
Na face k-l:
H i H j H k H l
dx xi xj xk xl
1 1
1 1
a
Na face k-l: dx d
2
Assim, temos:
T
taq y 1 2 1 2
1
Q S e 0 0 0 0 0 0 d
4 1 2 2
taq y T
1
Q S e
2
0 0 0 0 0 0
2 3 3
b
I f x dx (4.37)
a
N
I f xi xi , (4.38)
i 1
n
I f xi Wi , (4.39)
i 1
A integração deixa de ser exata quando o integrando não for desta natureza. Assim,
o método da Quadratura de Gauss-Legendre determina os pontos de integração e os
respectivos pesos de modo que o erro de aproximação seja minimizado. Os pontos de
integração são posicionados simetricamente em relação ao centro do intervalo. Este
procedimento é ilustrado a seguir.
no intervalo 1 1 .
forma:
AG y a W y a W W 2c0 2c 2 a 2 . O erro de integração é
2
e A AG 2c0 c 2 2W c0 c 2 a 2 . Como este erro deve ser nulo, devemos ter:
3
e e
0; 0 , o que leva a duas equações, cujas soluções são: W 1, a 3 .
c0 c 2
1 1 n m
I f , d d WiW j f i , j (4.41)
11 i 1 j 1
Exemplos:
2
I 2 x 2 3 x 1 dx (a)
1
1 3
2x 3 x , (b)
2 2
dx 1
cujo jacobiano é .
d 2
1 1 3
1 2
3 1
I
2
2 1 2
3 1 d
2 2 2
(c)
1 1 3 1
3 32 3 32 1 1
2 2
1 2 3 1 1
I f i Wi
2 3 3 3 1 1 2 3
2 i 1 2 2 2 2 2 2 2
ou
49
I ,
6
f x , y x 2 y x 1
nos intervalos: 1 x 2; 1 y 3 .
1 3
x (e)
2 2
y 2, (f)
1 1
1
2
3 1 3
3
2 11 2
I 2 1 dd (g)
2 2 2
1 1
g12 g 2 g1 1 dd ,
3
I
2 11
(h)
com:
g1
3 1
(i)
2 2
g 2 2 (j)
I
3 3 2 2
g1 i g 2 j gi i 1 WiW j .
2 i 1 j 1
(k)
I = 24,6666 ...,