Professional Documents
Culture Documents
Turísticos
Aula 03
Organizações de Gerenciamento de Destinos – Responsabilidades
e Atribuições
Objetivos Específicos
• Identificar o papel do setor público e sua relação com as partes interessadas.
Temas
Introdução
1 Gerenciamento de destinos turísticos
2 Organizações de gerenciamento de destinos turísticos
3 Posicionamento do destino no mercado
Considerações finais
Referências
Professora Autora
Caroline Valença Bordini
Políticas e Gerenciamento de Destinos Turísticos
Introdução
Esta aula trata das organizações de gerenciamento de destinos – responsabilidades
e atribuições, e está dividida em três partes. Começaremos a entender as peculiaridades
do produto turístico, da experiência do viajante e de sua cadeia produtiva, como forma de
compreender todos os elementos que deverão ser gerenciados.
Por fim, estudaremos essa estrutura complexa, porém muito necessária de gerenciamento,
deve-se refletir em um posicionamento estratégico do destino turístico no mercado, por meio de
estratégias competitivas sustentáveis.
Por fim, pense em todos os elementos necessários para que uma viagem ocorra, desde
uma política favorável para viagens internacionais (emissivo internacional), como uma política
de vistos (receptivo internacional), até a mais básica necessidade, como o suprimento de
água nas localidades receptoras e de trânsito. Tudo isso faz parte da cadeia produtiva do
turismo que se apresenta bastante complexa e heterogênea.
GDS, que permitiam uma imensa distribuição da oferta de todas as companhias aéreas
para as agências de viagens, aumentando muito a competitividade no setor. Em um
segundo momento, as redes hoteleiras também aderiram ao revenue management,
como forma de maximizar seus lucros e otimizar suas vendas.
Bens
de trânsito
Na origem
Apartamen-
DIRETO
noturnos
viagens
Ônibus festivais
Call centers Internet
tos de guias
Workshops/ culturais, turísticos
Fast food Lavanderias
oficinas de (músicas,
Companias dança,
Casas de Lojas de artesanato Bem estar e Serviços de
de Táxi
aéreas
Inicialmente, os governos viam o turismo como uma atividade privada, uma vez que as
empresas ligadas ao turismo é que se beneficiavam por meio dos lucros. Porém, a Organização
Mundial do Turismo esclarece que, em determinado momento, entendeu-se a grande
importância e magnitude econômica do turismo, principalmente pela geração de empregos e
fonte de impostos. A partir de então, o setor público começou a atuar na manutenção e proteção
de atrativos e recursos naturais, culturais e históricos em benefício de toda a sociedade, além
da regulamentação, planejamento, promoção e marketing turístico (OMT, 2003).
GEOGRAFIA:
Internacional, nacional, estadual ou provincial, local.
PROPRIEDADE:
Governamental, semigovernamental ou privada.
FUNÇÃO OU TIPO:
Reguladora, planejadora, ordenadora, fornecedora, de comércio,
de fomento, consultora, pesquisadora, educadora, editora, etc.
SETOR:
Transporte, agentes de viagem, operações de turismo, de
hospedagem, atrações.
MOTIVAÇÃO:
Lucrativas ou não lucrativas.
Conforme destaca Borges (2010), “a qualidade de uma destinação é avaliada com base
na organização de suas atrações naturais e culturais, nos benefícios que proporcionam aos
visitantes e no estado de conservação de seus recursos turísticos.”
Senac São Paulo - Todos os Direitos Reservados 9
Políticas e Gerenciamento de Destinos Turísticos
O autor nos apresenta os três tipos de estratégias segundo Porter: a inovação, a liderança
de preços e o foco nas necessidades individuais dos clientes. Em um mundo altamente
globalizado, os destinos que se sobressaem são aqueles capazes de oferecer experiências
autênticas e únicas.
Vale salientar os índices apresentados pelo Fórum Econômico Mundial que compara a
competitividade em viagens e turismo dos países, a partir de 79 variáveis. Estas abrangem
diversos fatores, desde a política e regulamentação até acessibilidade e segurança no país,
passando por sua infraestrutura e recursos naturais e culturais. Os índices fornecem uma
visão valiosa para países em desenvolvimento, comparando sua competitividade no turismo.
Para conhecer os índices e variáveis, consulte o relatório “The Travel & Tourism
Competitiveness Report” (2015), do World Economic Forum, disponível na Midiateca.
Considerações finais
Sabemos que o gerenciamento dos destinos turísticos é um tema bastante complexo, mas
conseguimos verificar os principais diferenciais que tornam o produto turístico um elemento
único para pesquisas e análise, bem como seus sistemas de gestão com participação de vários
entes, desde a esfera pública até a sociedade civil, e como toda essa movimentação consegue
se refletir em estratégias mercadológicas capazes de atrair turistas que buscam destinos
sustentáveis e privilegiam a participação comunitária.
Referências
BORGES, Marta Poggi. Sustentabilidade e competitividade: Águas de São Pedro IN: PHILLIPI
JÚNIOR, Arlindo; RUSCHMANN, Doris. Gestão ambiental e sustentabilidade no turismo.
Barueri, SP: Manole, 2010. p. 871-888.
DIAS, Reinaldo; CASSAR, Mauricio. Fundamentos do marketing turístico. São Paulo: Prentice
Hall, 2005.
GÂNDARA, José Manoel et al. A qualidade da experiência na visitação dos destinos. IN: BENI,
Mario (Org.). Turismo planejamento estratégico e capacidade de gestão – desenvolvimento
regional, rede de produção e clusters. Barueri, SP: Manole, 2012. p. 383-295.
GARRIDO, Inez Maria Dantas Amor. Modelos Multiorganizacionais no Turismo: cadeias, clusters e
redes. IN: RUSCHMANN, Doris. Planejamento Turístico. Barueri, SP: Manole, 2006. p. 219-252.
GRECHI, Dores Cristina et al. Autogestão e controle de visitantes: voucher unificado em Bonito.
MS. IN: PHILLIPI JÚNIOR, Arlindo; RUSCHMANN, Doris. Gestão ambiental e sustentabilidade
no turismo. Barueri, SP: Manole, 2010. p. 913-931.
OMT. Organização Mundial do Turismo. Turismo Internacional: Uma perspectiva global. Porto
Alegre: Bookmann, 2003.