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RESUMO
INTRODUÇÃO
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Cursa Especialização em Estudos Linguísticos e Literários, pelo Centro de Letras, Comunicação e Artes da
UENP, Campus Jacarezinho/ PR. Cursa o último módulo de Técnico em Música pela ETEC - Centro Paula Souza–
Ourinhos/ SP.
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Graduando no curso de Licenciatura em Educação Musical pela Universidade Federal de São Carlos/SP.
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verbal e a linguagem musical. Dessa forma, espera-se que a canção, como todos os
demais gêneros existentes e abordados pela escola, seja processada na íntegra, ainda
que o objeto maior de estudo seja o discurso, recorrendo assim apenas à linguagem
verbal.
Com o intuito de obtermos constatações acerca do fato exposto, este trabalho
tem a finalidade de investigar o tratamento dispensado às canções no livro didático de
Língua Portuguesa – Linguagens de Cereja & Magalhães (2005), especificamente o livro
destinado ao 2º ano do Ensino Médio. A delimitação a esse material se justifica pelo fato
de ser ele o segundo livro mais utilizado nos Colégios de Ensino Médio regular do Núcleo
Regional de Educação de Jacarezinho/ PR, para este triênio de 2009-2011.
Pela canção conter uma essência discursiva significante, verificaremos também,
em menor prioridade, qual é o tratamento dado ao discurso quando a canção é abordada
pela ótica musical. Esta abordagem faz-se necessária pela intenção de se realizar uma
atividade interdisciplinar entre as áreas competentes, uma vez que a inclusão da
disciplina de Música como conteúdo obrigatório nos componentes curriculares do Ensino
Básico, se faz presente na Lei nº 11.769 de 18/08/2008 na Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional (LDB), o que por si só atribui a ela o status de área de conhecimento.
Sendo assim, com a implementação efetiva dessa lei, a música não mais será utilizada
apenas como pano de fundo ou pretexto para outras abordagens em trabalhos e projetos
escolares.
Todos os subsídios teóricos que permeiam esse nosso trabalho são sustentados
pela Linguística Aplicada, uma vez que as teorias advêm de várias disciplinas, e o que se
pretende investigar é o uso da linguagem (MOITA-LOPES, 1996). Assim sendo, além das
teorias do gênero discursivos/textuais, buscaremos na ciência musical alguns recursos
que, de fato, nos levam a explorar devidamente a canção, de acordo com suas
características: funcional, temática, estilística e composicional.
1.Gêneros textuais
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através do tempo, entre elas sua métrica e número de versos que hoje pode ser livre,
ainda percebemos que a canção vem caracterizar a declamação de um discurso
musicalizado, ou seja, a junção da materialidade verbal com a materialidade musical.
Nelson Barros da Costa (2002) em As letras e a letra: o gênero canção na mídia
literária, alerta para a particularidade do gênero:
Costa defende, portanto, a atenção que deve ser dada a materialidade híbrida da
canção, não sendo desmerecida sua linguagem verbal ou musical. Somos cientes da
complexidade em se agregar semioses distintas de forma a extrair um significado válido.
Sabemos também que os elementos musicais são autônomos, ou seja, não necessitam
de um discurso verbal para serem apreciados ou entendidos; prova disso são as
riquíssimas músicas instrumentais que o homem criou e desenvolveu até hoje. No
entanto, a partir do momento que a canção se caracteriza pela junção de um discurso
musicalizado, acreditamos que os elementos musicais podem sugerir interpretações ou
reforçar intenções com a linguagem verbal.
De acordo com os PCNs (1998), a canção, como um gênero textual oral, deve
ser escutada de modo que haja,
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O livro que nos dispomos a analisar contém quarenta e oito capítulos divididos em
quatro unidades. Cada capítulo destina-se alternadamente as seguintes seções de
trabalho: literatura, língua - uso e reflexão e produção de texto.
A canção é abordada pelo material de várias maneiras. Elas aparecem em boxes
onde a letra da canção é somente um texto informativo sob uma ótica diferente acerca
do tema abordado ou apenas vem agregar mais informações sobre o assunto,
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Por último inserido nos boxes, no trigésimo sexto capítulo, temos a declamação
retirada de “O primo Basílio”, com a canção “Amor I love you” de Marisa Monte e
Carlinhos Brown (p. 311), também sugerida para audição, que somente é mencionada
por ser um recorte da obra literária de Eça de Queirós.
Por outro viés, a canção é utilizada como pretexto para exercícios distintos, entre
eles predominantemente gramaticais.
No sexto capítulo, destinado ao uso da língua e sua reflexão, temos o poema
“Rosa de Hiroshima” (p. 56). Chama a atenção que os propositores não mencionam que
ele foi musicalizado e integrou o disco de estreia do grupo Secos & Molhados em 1973.
Foi a décima terceira canção mais tocada nas rádios brasileiras daquele ano. Com uma
finalidade ímpar, não houve a preocupação em se trabalhar as condições de produção e
circulação do poema que se tornou canção.
No vigésimo quarto capítulo, na secção literatura, a letra da canção “Haiti” de
Gilberto Gil e Caetano Veloso (p. 112) vem acompanhada pelos poemas de Craveirinha
“Na cantiga do negro do batelão” e “Negro forro”. Os dois textos se referem a questões
interpretativas. Somente uma questão é direcionada a abordagem da canção de modo
que explore sua materialidade musical, vale transcrevê-la aqui com a canção:
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8. Ouça a canção ou, pelo menos, leia em voz alta alguns versos da canção, observando
o ritmo e a sonoridade de seus versos, principalmente a aliteração dos fonemas /p/ e
/b/.
a) Que relação essa sonoridade tem com o som dos tambores que acompanham o canto
de Caetano e Gil na música?
b) levante hipóteses: Por que, na sua opinião, os compositores criaram essa canção no
estilo rap? (p. 113)
1. A letra da canção se constrói com substantivos que pertencem ao mesmo campo semântico.
a) Que campo semântico é esse?
b) Que outro elemento da natureza se opõe a esse?
2. Releia o trecho da canção, observando a palavra que inicia cada um dos versos?
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Ei, pintassilgo
Oi, pintaroxo
Melro, uirapuru
Ai, chega-e-vira
Engole-vento
Saíra, inhambu
Foge asa-branca
Vai, patativa
Tordo, tuju, tuim
Xô, tié-sangue
3. Observe agora os versos em que foram empregadas as palavras ei, oi, ai e xô. Quais
valores semânticos seguintes elas expressam?
4. Que expressões com sentido de advertência podem resumir a idéia geral do poema?
Como percebido, a letra da canção é utilizada apenas como pretexto para o ensino da
língua. Ainda que pedida sua audição, nada iria contribuir para o trabalho docente, pois não
haveria espaço para trabalhar algum elemento de sua composição estrutural, especificamente
a materialidade musical.
No trigésimo terceiro capítulo, destinado a reportagem (p. 302), na secção sintática
sobre o predicado temos a canção “Raça Humana” de Gilberto Gil:
Leia a seguir a letra da canção de Gilberto Gil e responda às questões propostas:
A raça humana é
Uma semana
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1. A letra da canção se propõe a refletir sobre um dos temas mais inquietantes de toda a
história da humanidade: a raça humana e suas origens.
a)Que palavras ou expressões do texto comprovam a busca das origens?
b)A abordagem do tema, é portanto, científica ou mítica?
2. Observando a estrutura sintática das estrofes, notamos que quase todas elas são
semelhantes. Veja na 1ª estrofe, que também é o refrão:
“A raça humana é/ uma semana/ do trabalho de Deus”
a)Identifique a função sintática do termo a ferida acesa?
b)Classifique o predicado dessa oração.
c)Que outras estrofes apresentam uma estrutura sintática semelhante?
d)Qual é a única estrofe que apresenta uma estrutura sintática completamente diferente?
3. Ao conceituar a raça humana, o eu lírico faz uso de uma linguagem figurada, metafórica,
com neste verso: “ A raça humana é a ferida acesa”.
a)Qual é a função sintática dos termos a raça humana e uma semana do trabalho de Deus.
b)Que outras metáforas são empregadas na 2ª estrofe com a mesma função sintática?
c)Sobre a metáfora ferida acesa, Gil comenta: “ Eu adorava essa expressão do Caetano
Veloso, ‘ferida acesa’ [da canção ‘Luz do sol’: ‘Marcha o homem sobre o chão/ Leva no coração
uma ferida acesa´/, e resolvi transpô-la, traduzi-la para o contexto de ‘A raça humana’, ‘Ferida
acesa’: como se o pus fosse luz...”. Explique as associações que Gil faz entre ferida acesa, pus
e luz.
4. Observe este trecho da canção: “A raça humana risca, rabisca, pinta/ A tinta, a lápis, carvão
ou giz/ o rosto da saudade”.
a)Qual é a predicação dos verbos riscar, rabiscar e pintar?
b) Logo, que tipo de predicado essas orações possuem?
5. Como conclusão de estudo, compare estes dois trechos quanto ao sentido e ao tipo de
predicado:
I. “A raça humana é/Uma semana/ Do trabalho de Deus”
II. “A raça humana risca, rabisca, pinta/ A tinta, a lápis, carvão ou giz/ O rosto da
saudade/Que traz do Gênesis”
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b)Os verbos de ligação facilitam a construção das metáforas, que desempenham a função
sintática de predicativo do sujeito, o núcleo do predicado verbal.
c)Tanto nas estrofes em que predomina o predicado nominal ( o que o homem é) quanto
naquela em que predomina o predicado verbal ( o que o homem faz), tudo lembra o Gênesis, o
que comprova a abordagem mítica do tema.
d) A “Grande Síntese” a que faz referência o texto é a raça humana.
e) A “semana santa” a que faz referência o texto é a semana da criação do mundo.
Cálice/Cale-se
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Em 1973, em plena época de censura no regime militar, Gilberto Gil e Chico Buarque de
Holanda compuseram a canção “Cálice”, que fazia referências à situação política da época.
Para fugir da censura, os autores fizeram um jogo com a palavra “cálice”, que por ser repetida
várias vezes no fundo, virava “cale-se”, palavra que não aparece na letra, numa clara
referência à censura. Veja alguns versos da canção:
[...]
Como é difícil
Acordar calado
Se na calada da noite
Eu me dano
Quero lançar
Um grito desumano
Que é uma maneira
De ser escutado
(www.chicobuarque.com.br/letras)
Aqui seria uma ótima oportunidade dos propositores sugerirem ao menos, a audição
da canção, isso porque há uma ambiguidade sonora entre o substantivo “cálice” com o verbo
“cale-se”, por serem homófonas, mas heterográficas. Esse exercício sobre a ambiguidade é
mal elaborado porque o aluno não teria subsídios necessários para percebê-la por meio apenas
da comparação gráfica. É apenas a partir da escuta e apreciação da canção que se obtém a
percepção da ambiguidade devido a repetição do substantivo cálice que intercalado com os
versos finais em protesto à censura soa, na verdade, como uma interrupção na melodia,
dizendo “cale-se” e promovendo a ambiguidade. Na canção esta ambiguidade está evidente,
pois os compositores souberam dispor alguns recursos musicais e linguísticos para sugerir essa
duplicidade de sentido. O exercício como se propõe é entregue ao aluno, com uma resolução
parcial, assim, cabe ao aluno solucioná-lo por completo, o que não o faz refletir sobre as
principais características que compõe a canção como gênero textual já que a questão vem
parcialmente resolvida.
Como percebido, em todos os exercícios propostos pelo LD não houve uma
preocupação em abordar todos os elementos característicos da canção como gênero textual,
em especial a materialidade sonora. Somente o exercício correspondente a canção “Haiti”
tentou buscar nos elementos musicais da canção algo que pudesse contribuir para seu
significado, contudo, sua abordagem não foi plenamente satisfatória pois não foi planejada
uma sequência que abordasse todos seus elementos constitutivos. Ainda a linguagem verbal
continua sendo o elemento exclusivo em sala de aula, deixando a margem outros tão
importantes para contribuir na significação do gênero textual.
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sua textura, a análise de sua estrutura e a definição dos caracteres de estilo da composição a
fim de construir uma interpretação.
O exame histórico da obra refere-se, linguisticamente, as condições de produção e
circulação da obra. Para Nogueira “toda execução, toda interpretação musical é uma
atualização da obra” (2008, p. 20) assim, “a busca por sua historicidade não é para nos tornar
aptos a reproduzir uma hipotética interpretação original da obra”, mas para compreendê-la,
“ativar a memória e estabelecer os sentidos que gerarão a nova interpretação” (p. 21). A
textura é uma metáfora para as qualidades perceptivas do fluxo sonoro que entendemos como
música. A estrutura corresponde ao parâmetro do fluxo musical relativamente estável, porque
se este variasse o tempo todo, se produziria num contexto de complexidade improcessável,
segundo Nogueira. De acordo com o músico, a estrutura da obra, corresponde aos recursos
notacionais, movimentos, segmentação formal, estruturação harmônica e temática, e também
a “apreciação de outros elementos significativos – como, por exemplo, o uso ocasional de
textos literais” (p. 27). Por fim, o estilo é “uma reprodução de padrões resultante de um modo
de escuta determinado por escolhas feitas no âmbito de um conjunto de valores culturais”
(p.33).
Os elementos explorados na peça parecem estar bem próximos daqueles que formam o
gênero textual. A historicidade da obra corresponderia às condições de produção e circulação
do gênero; a textura ao estilo e a estrutura composicional, inserindo também as tipologias
textuais; a estrutura referir-se-ia a própria estrutura composicional e conteúdo temático,
quando se abordaria ocasionalmente os textos literais e o estilo, ao estilo mesmo.
Após explanar minuciosamente os elementos que deverão ser explorados antes da
execução da peça, Nogueira vem reafirmar a importância de ser levar em consideração todos
os elementos constitutivos da obra, no caso, os elementos musicais.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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sonora por talvez não ter um conhecimento suficiente para trabalhar com os sons e os
educadores musicais, também podem não terem um conhecimento linguístico de forma a
observar o discurso expresso na canção, explorando os elementos existentes.
A importância de uma parceria interdisciplinar nos traz a certeza de uma abordagem
competente que a canção merece, pois há vestígios de uma mudança significante: o
reconhecimento das materialidades verbal e musical para um melhor tratamento da canção,
sendo este feito aos moldes das aulas de língua portuguesa ou nas aulas de educação musical.
Acreditamos também que olhar a canção como um gênero textual ajuda a minimizar a
distância entre a linguagem verbal e musical, favorecendo uma visão holística desse gênero
discursivo que necessita ser compreendido em suas peculiaridades.
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