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APRIMORE SUA

EXPRESSÃO

ESCRITA

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2

APRESENTAÇÃO

“Ler, faz o homem completo; discutir,


faz o homem hábil; escrever, faz o
homem exato”.
Francis Bacon

Ao criar o projeto “Aprimore sua Expressão Escrita” pensou-se em como a


nossa língua portuguesa poderia ser mais bem dominada pelos alunos, para lhes
auxiliar no desempenho de funções no dia-a-dia. O uso adequado do idioma é
fundamental para atender com competência e eficiência as demandas do mercado
atual, que é cada vez mais competitivo.
Este curso visa, com o auxílio de material de apoio, instruções da docente e a
participação responsável dos alunos, enfrentar e corrigir muitos problemas atualmente
encontrados na expressão escrita em geral. Para tanto, o curso exigirá uma postura de
organização, dedicação e motivação para estudar nos momentos presenciais e na
realização de tarefas solicitadas fora da sala.
O material de apoio é composto de um manual de base gramatical e exercícios
de diversas fontes, disponibilizado ao grupo que irá participar do curso, além de
exercícios e textos fotocopiados.
Espera-se que todos os alunos deste curso consigam aprimorar a qualidade da
sua expressão escrita e sintam-se estimulados para continuar em busca da constante
melhoria na escrita.
Bem-vindos! Com desejos de um bom curso a todos.

Joinville, 01 de abril de 2008.


Profª Ágada Hilda Steffen

Uma das competências necessárias para os egressos do Curso de


Administração, claramente expressa em seu Projeto Pedagógico, é desenvolver
expressão e comunicação compatíveis com o exercício profissional, inclusive nos
processos de negociação e nas comunicações interpessoais ou intergrupais. Nesse
sentido, o projeto "Aprimore sua Expressão Escrita", desenvolvido pela Profª Ágada
Hilda Steffen, especialmente para os nossos acadêmicos, constituir-se-á, sem dúvida,
num instrumento eficaz para desenvolver as habilidades de comunicação requeridas
para o Administrador.

Profº. Raul Landmann


Chefe do Departamento de Administração

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SUMÁRIO

Tópico frasal.....................................................................................................................6
COMO ESCREVER UMA RESENHA............................................................................11
COMO ESCREVER UMA REDAÇÃO / TEXTO DISSERTATIVO.................................11
COMO ELABORAR RESUMOS....................................................................................13
Onde / Aonde / De onde.................................................................................................15
Despercebido / Desapercebido - Cuidado para a diferença...........................................16
Em vez de / ao invés de .................................................................................................16
Haja visto este caso ..... ??? ..........................................................................................17
o cujo e a cuja ................................................................................................................17
Há cerca?.......................................................................................................................17
Menos ou menas?..........................................................................................................18
Vamos para "traz"? Jamais! ...........................................................................................18
Abreviação das unidades de medida .............................................................................19
O dia todo ou sempre ?..................................................................................................20
Os malditos (benditos!) porquês ....................................................................................20
Por quê / Porquê ............................................................................................................21
Na vida adoro ficar ... à toa ? .........................................................................................21
Que tratamento ..............................................................................................................21
Todo mundo ou todo o mundo? .....................................................................................22
Pronome – Para mim ou eu ler? ....................................................................................22
Vossa Senhoria é importante? (o uso dos pronomes de tratamento) ............................23
Este é meu e esse é seu!...............................................................................................24
Metade? não, mais ou menos também ..........................................................................24
"A par" não é "ao par"? Não. ..........................................................................................25
Que = Qual. Nem sempre. .............................................................................................25
Sessão, Seção, Cessão .................................................................................................26
O "SE" ............................................................................................................................26
Verbo ser em citação de horas ......................................................................................27
Ao encontro / de encontro a ...........................................................................................27
Como representar horários? ..........................................................................................27
Não confunda mais com mas!........................................................................................28
Eu tenho de / Ou eu tenho que? ....................................................................................28
Emprego do hífen...........................................................................................................29
Sufixos ...........................................................................................................................30
Prefixos ..........................................................................................................................30
Fique de olho! A vista ou à vista ....................................................................................31
Será que você está bem ou mal ou mau?......................................................................31

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Uso do senão e se não ..................................................................................................32


Diferença entre AFIM e A FIM........................................................................................33
Haja! Eis o verbo haver..................................................................................................34
Diferença entre acender e ascender ..............................................................................34
A Nível / Em Nível ..........................................................................................................35
Aluga-se / Alugam-se? ...................................................................................................35
Precisa-se ......................................................................................................................35
Sujeito Composto...........................................................................................................42
Sujeito Anteposto ...........................................................................................................42
Sujeito proposto .............................................................................................................44
Sujeitos Ligados por "Com"...........................................................................................46
"Nem" = verbo no plural (concordância usual) ...............................................................46
"Ou"................................................................................................................................46
"Não só ..... mas também"; "Tanto ...... quanto"; "Não só ..... como"..............................47
"Como" / "assim como" / "bem como" ............................................................................47
"Um ou outro".................................................................................................................48
"Que"..............................................................................................................................49
"Mais de" repetido ou indicando reciprocidade ..............................................................52
verbo + se ......................................................................................................................53
Com o verbo "ser" ..........................................................................................................58
COLOCAÇÃO PRONOMINAL ......................................................................................62
ACENTUAÇÃO GRÁFICA ...........................................................................................67
USO DA VÍRGULA ........................................................................................................91
Pontuação ......................................................................................................................93
FONTES PARA CONSULTA.........................................................................................94

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1 FRASE – é toda elaboração da fala em que se consiga transmitir algo que se pense
ou se sinta.

Exemplos:
- Fogo!
- Socorro!
- Você continua bem bonita.

As frases podem ser:

a) nominais ou situacionais - desprovidas de processo verbo (só apresentam sentido) –


Exemplo: Socorro!

b) verbais ou oracionais - apresentam sempre um processo verbal (verbo ou locução


verbal)
Exemplo: Você continua bonita.

2. PERÍODO – nome que se dá a um conjunto de uma ou mais orações (para cada


processo verbal, teremos uma oração).

O período pode ser:

a) Simples - formado de um processo verbal.


Exemplo: Você está linda!

b) Composto - formado por dois ou mais processos verbais.


Exemplo: Você está linda, apesar dos tantos anos que passaram.

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Exercício:

1. Identifique as frases que não são orações:

a ( ) Viva o Brasil! f ( ) Vitória heróica de Felipe Massa.


b ( ) Abaixo a inflação! g ( ) Baixa do preço da gasolina.
c ( ) Salve, brasileiros! h ( ) Baixa o preço da gasolina.
d ( ) Que dor! i ( ) Apartamentos à venda.
e ( ) Estou com muita dor! j ( ) Vendem-se apartamentos.

3 PARÁGRAFO - o parágrafo-padrão é uma unidade de composição constituída por um


ou mais de um período, em que se desenvolve determinada idéia central, ou nuclear, a
que se agregam outras, secundárias, intimamente relacionadas pelo sentido e
logicamente decorrentes dela.

Tópico frasal

A idéia central do parágrafo é enunciada através do período denominado tópico


frasal (também chamado de frase-síntese ou período tópico). Esse período orienta ou
governa o resto do parágrafo; dele nascem outros períodos secundários ou periféricos;
ele vai ser o roteiro do escritor na construção do parágrafo; ele é o período mestre, que
contém a frase-chave. Como o enunciado da tese, que dirige a atenção do leitor
diretamente para o tema central, o tópico frasal ajuda o leitor a agarrar o fio da meada
do raciocínio do escritor; como a tese, o tópico frasal introduz o assunto e o aspecto
desse assunto, ou a idéia central com o potencial de gerar idéias-filhote; como a tese, o
tópico frasal é enunciação argumentável, afirmação ou negação que leva o leitor a
esperar mais do escritor (uma explicação, uma prova, detalhes, exemplos) para

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completar o parágrafo ou apresentar um raciocínio completo. Assim, o tópico frasal é


enunciação, supõe desdobramento ou explicação. 1
A idéia central ou tópico frasal, geralmente vem no começo do parágrafo, seguida
de outros períodos que explicam ou detalham a idéia central.

Exemplos:

Ao cuidar do gado, o peão monta e governa os cavalos sem maltratá-los. O


modo de tratar o cavalo parece rude, mas o vaqueiro jamais é cruel. Ele sabe como o
animal foi domado, conhece as qualidades e defeitos do animal, sabe onde, quando e
quanto exigir do cavalo. O vaqueiro aprendeu que paciência e muitos exercícios são os
principais meios para se obter sucesso na lida com os cavalos, e que não se pode exigir
mais do que é esperado.
A distribuição de renda no Brasil é injusta. Embora a renda per capita brasileira
seja estimada em U$$2.000 anuais, a maioria do povo ganha menos, enquanto uma
minoria ganha dezenas ou centena de vezes mais. A maioria dos trabalhadores ganha
o salário mínimo, que vale U$$112 mensais; muitos nordestinos recebem a metade do
salário mínimo,. Dividindo essa pequena quantia por uma família onde há crianças e
mulheres, a renda per capita fica ainda mais reduzida; contando-se o número de
desempregados, a renda diminui um pouco mais. Há pessoas que ganham cerca de
U$$10.000 mensais, ou U$$ 120.000 anuais; outras ganham muito mais, ainda. O
contraste entre o pouco que muitos ganham e o muito que poucos ganham prova que a
distribuição de renda em nosso país é injusta.

Exercícios

1. Grife o tópico frasal de cada parágrafo apresentado. Não deixe de observar como o
autor desenvolve.

1
Fonte dos exemplos apresentados:
http://www.portrasdasletras.com.br/pdtl2/sub.php?op=redacao/teoria/docs/topicofrasal

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a) “O isolamento de uma população determina as características culturais próprias.


Essas sociedades não têm conhecimento das idéias existentes fora de seu horizonte
geográfico. É o que acontece na terra dos cegos do conto de H.G. Welles. Os cegos
desconhecem a visão e vivem tranqüilamente com sua realidade, naturalmente
adaptados, pois todos são iguais. Esse conceito pode ser exemplificado também pelo
caso das comunidades indígenas ou mesmo qualquer outra comunidade
isolada.”(Redação de vestibular)
b) “O desprestígio da classe política e o desinteresse do eleitorado pelas eleições
proporcionais são muitos fortes. As eleições para os postos executivos é que
constituem o grande momento de mobilização do eleitorado. É o momento em que o
povão se vinga, aprovando alguns candidatos e rejeitando outros. Os deputados, na
sua grande maioria, pertencem à classe A. É com os membros dessa classe que os
parlamentares mantêm relações sociais, comerciais, familiares. É dessa classe com
a qual mantêm maiores vínculos, que sofrem as maiores pressões. Desse modo, nas
condições concretas das disputas eleitorais em nosso país, se o parlamentarismo
não elimina inteiramente a influência das classes D e E no jogo político, certamente
atua no sentido de reduzi-la.”(Leôncio M. Rodrigues)

2. Desenvolva dois dos tópicos frasais abaixo:

a) A prática do esporte deve ser incentivada e amparada pelos órgãos públicos.


b) O trabalho dignifica o homem, mas o homem não deve viver só para o trabalho.
c) A propaganda de cigarros e de bebidas deve ser proibida.
d) O direito à cultura é fundamental a qualquer ser humano.

3. Desenvolva dois dos tópicos frasais seguintes, considerando os conectivos:

a) O jornal pode ser um excelente meio de conscientização das pessoas, a não ser
que...
b) As mulheres, atualmente, ocupam cada vez mais funções de destaque na vida social
e política de muitos países; no entanto...

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c) Um curso universitário pode ser um bom caminho para a realização profissional de


uma pessoa, mas...
d) Se não souber preservar a natureza, o ser humano estará pondo em risco sua
própria existência, porque...
e) Muitas pessoas propõem a pena de morte como medida para conter a violência que
existe hoje em várias cidades; outras, porém...

4 A ELABORAÇÃO DO TEXTO - um texto bem estruturado não deve começar ou


terminar num ponto qualquer do assunto que aborda.

Necessariamente, ele tem que dispor de começo, meio e fim – ou, numa
terminologia mais contemporânea, precisa estar organizado em termos de introdução,
desenvolvimento e conclusão. Para transmitirem a indispensável impressão de verdade,
clareza e elegância, a introdução, o desenvolvimento e a conclusão de um bom texto
devem se expressar através de parágrafos bem definidos e, sobretudo, logicamente
bem encadeados. Mais até: como unidade elementar (ou subunidade), dentro da
unidade maior do texto, também é necessário que o próprio parágrafo se organize
nesses termos.
Um bom texto deve começar por uma introdução bem delineada, desdobrar-se
num desenvolvimento rico em informações e argumentos e desembocar numa
conclusão satisfatória, ou seja, que não frustre as expectativas, deixando uma
sensação de vaguidão ou incompletude. No caso do parágrafo, sua introdução é a
própria idéia-núcleo, e, se ele for o parágrafo introdutório, esta deve corresponder
necessariamente à idéia principal do texto. 2
O desenvolvimento (de um texto ou de um parágrafo) também está sujeito a uma
série de parâmetros de ordem sintática, semântica e harmônica. Não é que existam
regras fixas para este desenvolvimento, mas, como a idéia aqui é facilitar as coisas

2
Fonte:
http://portalliteral.terra.com.br/Literal/calandra.nsf/0/E6386857F9B7AEE503256F7E0060E806?OpenDocument&pu
b=T&proj=Literal&sec=Agenda

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para quem está começando, é possível estabelecer alguns modelos referenciais (isto é,
os mais típicos e usuais) para se desenvolver um parágrafo ou texto:
• Enumeração (com ou sem descrição de detalhes): trata-se, sem dúvida, do tipo
mais comum de desenvolvimento, muito usado no jornalismo e nas modalidades
mais simples de texto dissertativo, consistindo na apresentação encadeada de
informações factuais, sem maiores raciocínios.
• Exemplificação: também de caráter enumerativo, como o anterior, diferencia-se
daquele por não recorrer a informações genéricas, mas a casos concretos e
explícitos que ilustrem a proposição inicial.
• Confronto: consiste em estabelecer contrastes, oposições, paralelos ou
analogias entre idéias ou pontos de vista.
• Argumentação lógica: o mais complexo de todos os modelos consiste no recurso
àquilo que Aristóteles chamou, em sua famosa Retórica, de "processo artístico"
(que não se refere ao que hoje se entende como arte ou ficção): trata-se das
chamadas provas por persuasão, ou convencimento, isto é, uma demonstração
baseada não em fatos, mas em argumentos que obedeçam ao usual método
dedutivo de raciocínio, partindo do generalizante para o específico.
Certamente essas dicas valem, sobretudo, para os textos dissertativos, é claro,
cuja importância, no entanto, não deve ser subestimada no contexto da escrita de
ficção.
E a conclusão? Também chamada às vezes de epílogo, ela representa o
encerramento (com uma espécie de "chave de ouro") do parágrafo ou do texto. Deve
ser suficientemente clara e completa para não surpreender negativamente, com uma
interrupção brusca ou inesperada, se bem que deixar um assunto em suspenso
também pode se uma forma de concluir.
A alguns aprendizes, mais impacientes, tudo isso pode parecer mecânico ou
simplista. Mas nunca é demais relembrar que só a prática regular (com a capacitação
criativa daí decorrente) vai acabar tornando invisíveis e, no fim das contas,
inconscientes ou quase "automáticos" todos esses procedimentos. Aos poucos, o
aspirante à arte da boa escrita vai começando a assumi-los como naturais, já sem
prestar uma atenção tão explícita a cada passo.

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Antes de concluir, uma dica: é bom lembrar que, para a arte da boa escrita, as
melhores estruturas adotadas são sempre aquelas que menos apareçam, tornando-se
praticamente invisíveis à leitura. Por isso, talvez fosse preferível definir estrutura não
como esqueleto (que está apenas oculto, por baixo da carne e da aparência), mas
como alma: uma coisa que existe e se faz presente sem ser vista.

Exercício:

1. Desenvolva um texto a partir de um dos tópicos que foram desenvolvidos nos


exercícios anteriores.

5 COMO ESCREVER UMA RESENHA

Conhecida como resumo crítico, a resenha só pode ser elaborada por alguém
com conhecimentos da obra (livro, vídeo, exposição, show...), pois além de resumir, o
resenhista avalia a obra, sustentando suas considerações.
O objeto resenhado pode ser qualquer acontecimento da realidade (um jogo de
futebol, uma comemoração solene, uma feira de livros, um show, um lançamento de um
álbum musical) ou textos e obras culturais (um romance, uma peça de teatro, um filme).
A resenha deve apresentar o máximo de informações possíveis sobre a obra: Ex.
Em um livro, deve constar título da obra resenhada, o nome completo do seu autor e
editora; já na resenha de um vídeo, deve constar o nome do filme (no original e a
tradução, se necessário), diretor e produtor.
Deve apresentar também uma breve biografia do autor ou diretor, banda ou artista e um
resumo das características da obra.3

Para ver exemplos e como escrever uma resenha passo a passo consulte o site
http://www.pucrs.br/gpt/resenha.php
6 COMO ESCREVER UMA REDAÇÃO / TEXTO DISSERTATIVO

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1. Pense no que você quer dizer e diga da forma mais simples. Procure ser direto na
construção das sentenças.
2. Na dissertação, não escreva períodos muito longos nem muitos curtos.
3. Na dissertação, não use expressões como "eu acho", "eu penso" ou "quem sabe",
que mostram dúvidas em seus argumentos.
4. Evite termos estrangeiros e jargões.
5. Evite o uso excessivo de advérbios.
6. Seja cauteloso ao utilizar as conjunções "como", "entretanto", "no entanto" e "porém".
Quase sempre são dispensáveis.
7. Tente fazer com que os diálogos escritos (em caso de narração) pareçam uma
conversa.
8. Adjetivos que não informam são dispensáveis. Por exemplo: luxuosa mansão. Toda
mansão é luxuosa.
9. Evite o uso excessivo do "que". Essa armadilha produz períodos longos. Prefira
frases curtas.
10. Evite clichês (lugares comuns) e frases feitas.
11. Verbo "fazer", no sentido de tempo, não é usado no plural. É errado escrever:
"Fazem alguns anos que não leio um livro". O certo é "Faz alguns anos que não leio um
livro".
12. Cuidado com redundâncias. É errado escrever, por exemplo: "Há cinco anos atrás".
Corte o "há" ou dispense o "atrás". O certo é "Há cinco anos..."
13. Nas citações, use aspas , coloque a vírgula e um verbo seguido do nome de quem
disse ou escreveu aquilo. Exemplo: "O que é escrito sem esforço é geralmente lido sem
prazer.", disse Samuel Johnson.
14. É importante que, em uma dissertação, sejam apresentados e discutidos fatos,
dados e pontos de vista acerca da questão proposta.
15. A postura mais adequada para se dissertar é escrever impessoalmente, ou seja,
deve-se evitar a utilização da primeira pessoa do singular (Eu).
16. Na narração, uma boa caracterização de personagens não pode levar em
consideração apenas aspectos físicos. Elas têm de ser pensadas como representações

3
http://www.toligado.futuro.usp.br/html/bom_trabalho.html

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de pessoas, e por isso sua caracterização é bem mais complexa, devendo levar em
conta também aspectos psicológicos de tipos humanos.
17. O texto dissertativo é dirigido a um interlocutor genérico, universal; a carta
argumentativa pressupõe um interlocutor específico para quem a argumentação deverá
estar orientada.
18. Na narração, há a necessidade de caracterizar e desenvolver os seguintes
elementos: narrador, personagem, enredo, cenário e tempo.

7 COMO ELABORAR RESUMOS4

O resumo tem por objetivo apresentar com fidelidade idéias ou fatos essenciais
contidos num texto. Sua elaboração é bastante complexa, já que envolve habilidades
como leitura competente, análise detalhada das idéias do autor, discriminação e
hierarquização dessas idéias e redação clara e objetiva do texto final. Em contrapartida,
dominar a técnica de fazer resumos é de grande utilidade para qualquer atividade
intelectual que envolva seleção e apresentação de fatos, processos, idéias, etc.

O resumo pode se apresentar de várias formas, conforme o objetivo a que se


destina. No sentido estrito, padrão, deve reproduzir as opiniões do autor do texto
original, a ordem como essas são apresentadas e as articulações lógicas do texto, sem
emitir comentários ou juízos de valor. Dito de outro modo, trata-se de reduzir o texto a
uma fração da extensão original, mantendo sua estrutura e seus pontos essenciais.

Quando não há a exigência de um resumo formal, o texto pode igualmente ser


sintetizado de forma mais livre, com variantes na estrutura. Uma maneira é iniciar com
uma frase do tipo: "No texto ....., de ......, publicado em......., o autor apresenta/ discute/
analisa/ critica/ questiona ....... tal tema, posicionando-se .....". Esta forma tem a
vantagem de dar ao leitor uma visão prévia e geral, orientando, assim, a compreensão
de que segue. Este tipo de síntese pode, se for pertinente, vir acompanhada de
comentários e julgamentos sobre a posição do autor do texto e até sobre o tema
desenvolvido.1

4
http://www.pucrs.br/manualred/resumos.php

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14

Em qualquer tipo de resumo, entretanto, dois cuidados são indispensáveis:


buscar a essência do texto e manter-se fiel às idéias do autor. Copiar partes do texto e
fazer uma "colagem", sob a alegação de buscar fidelidade às idéias do autor não é
permitido, pois o resumo deve ser o resultado de um processo de "filtragem", uma (re)
elaboração de quem resume. Se for conveniente utilizar excertos do original (para
reforçar algum ponto de vista, por exemplo), esses devem ser breves e estar
identificados (autor e página).

Uma seqüência de passos eficiente para fazer um bom resumo é a seguinte:

a. ler atentamente o texto a ser resumido, assinalando nele as idéias que forem
parecendo significativas à primeira leitura;

b. identificar o gênero a que pertence o texto (uma narrativa, um texto opinativo,


uma receita, um discurso político, um relato cômico, um diálogo, etc.;

c. identificar a idéia principal (às vezes, essa identificação demanda seleções


sucessivas, como nos concursos de beleza...);

d. identificar a organização - articulações e movimento - do texto (o modo como as


idéias secundárias se ligam logicamente à principal);

e. identificar as idéias secundárias e agrupá-las em subconjuntos (por exemplo:


segundo sua ligação com a principal, quando houver diferentes níveis de
importância; segundo pontos em comum, quando se perceberem subtemas);

f. identificar os principais recursos utilizados (exemplos, comparações e outras


vozes que ajudam a entender o texto, mas que não devem constar no resumo
formal, apenas no livre, quando necessário);

g. esquematizar o resultado desse processamento;

h. redigir o texto.

Evidentemente, alguns resumos são mais fáceis de fazer do que outros,


dependendo especialmente da organização e da extensão do texto original. Assim, um
texto não muito longo e cuja estrutura seja perceptível à primeira leitura, apresentará
poucas dificuldades a quem resume. De todo modo, quem domina a técnica - e esse

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domínio só se adquire na prática - não encontrará obstáculos na tarefa de resumir,


qualquer que seja o tipo de texto.

Resumos são, igualmente, ferramentas úteis ao estudo e à memorização de


textos escritos. Além disso, textos falados também são passíveis de resumir. Anotações
de idéias significativas ouvidas no decorrer de uma palestra, por exemplo, podem vir a
constituir uma versão resumida de um texto oral.

8 INCORREÇÕES – o que é correto?

Onde / Aonde / De onde


1) Onde

- indica lugar físico, inquietação, permanência;


- empregado com verbos de movimento;
- não deve ser usado sem a idéia de lugar.

Exemplos:
- Onde está João?
- Onde vives?

2) Aonde

- indica movimento para um destino e este é um local de pouca permanência.


- usado quando houver verbo indicando movimento.

Exemplos:
- Aonde você vai?
- Para conseguir isso, tenho de me dirigir aonde?

3) De onde
- Locução adverbial (preposição + advérbio) que indica lugar de origem.

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Exemplos:
- De onde você veio?
- De onde você a conhece?

Despercebido / Desapercebido - Cuidado para a diferença

1) Despercebido
- que não foi notado.
- que não atraiu a atenção.

Exemplo: "O fato passou despercebido aos jornalistas"

2) Desapercebido
- desprevenido, desprovido

Exemplo: "O país estava desapercebido para a guerra que iria acontecer".

Em vez de / ao invés de

1) Invés de - tem sentido de "ao contrário de", ao “inverso de” (oposição).


Exemplos:
- Eu fui para direita ao invés de ir para a esquerda.
- Eu fui para direita ao contrário de ir para esquerda.

2) Em vez de - tem sentido de "no lugar de".


Exemplos:
- Eu fui ao cinema em vez de ir jogar futebol.
- Eu fui ao cinema no lugar de ir jogar futebol.

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17

Haja visto este caso ..... ???

- Haja vista é uma expressão absolutamente invariável no português contemporâneo,


equivalendo a "veja ".

Portanto - haja vista o frio, haja vista as dificuldades, haja vista os critérios... etc.

o CUJO e a CUJA

Os pronomes cujo/cuja significam do qual, da qual e precedem um substantivo


sem artigo, empregado, portanto, como pronome adjetivo.

Exemplo1 : Qual será o animal cujo nome a autora não quis escrever ?
[cujo nome = o nome do qual]

Exemplo2: Gosto muito desse compositor cujas músicas sei de cor.


[cujas músicas=músicas de quem]

Como se pode observar, cujo/cuja têm valor possessivo e concordam em


gênero e número com a coisa possuída.

« O V.T.I. tem a preposição posicionada antes do pronome relativo:


Exemploobs.: No colégio tive muitos amigos, de cujos nomes nem me lembro mais.

Há cerca?

1) "acerca de" equivale "a respeito de".


Exemplo: Discutiram acerca das possibilidades do negócio.

2) "há cerca de" indica tempo passado.


Exemplo: Discutiram o negócio há cerca de duas semanas.

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3) "cerca de" expressão que indica quantidade aproximada.


Exemplo: Cerca de vinte candidatos foram escolhidos

Menos ou menas?

1) Em quantidade menor.
Exemplo: Eu tenho menos canetas que você.

2) Menor intensidade.
Exemplo: Eu tenho menos força que você.

3) Preposição (exceto, salvo).


Exemplo: Vamos nós todos, menos o Juca.

4) Menas?...nunca - Não consta no dicionário; não existe como palavra.

• Erroneamente pensa-se que o advérbio "menas" deve ser usado concordando


com substantivos femininos, mas advérbio não possui feminino.

Exemplos:
- Eu tinha menas mesas.
- Eu tinha menos mesas.

Vamos para "traz"? Jamais!

1) Trás: preposição e advérbio (atrás, detrás; em seguida, após) - a preposição trás não
é mais empregada isoladamente na língua portuguesa falada e escrita no Brasil hoje.
Aparece quase sempre junto com outras palavras, formando a locução por trás de.
Exemplo: Pressenti alguma intenção oculta por trás de suas palavras

A palavra trás é bastante empregada como advérbio de lugar.


Exemplo: Estamos andando para trás.

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2) Traz: verbo (trazer) - conduzir ou transportar para cá; causar, ocasionar; oferecer,
atrair.
Exemplo: Oh! que saudades que tenho das coisas que o tempo não traz mais!

Abreviação das unidades de medida

• Os símbolos de qualquer unidade de medida são escritos:


• Com letra minúscula (exceto quando derivam de nomes próprios)
• Sem ponto
• Sempre no singular
• Imediatamente após o número que se referem
• Quando são escritos por extenso, começam sempre por letra minúscula, mesmo
quando utilizam nomes de cientistas, como newton, kelvin, etc.

Não se pode misturar por extenso com símbolo:


10 km/hora => Errado!
10km/h => Certo!

• Quando abreviamos nomes ou sobrenomes, os símbolos devem ser escritos com


letra maiúscula:
K, ºC, J, etc.
• De acordo com o sistema internacional de medidas (S.I.), litro deve ser
representado por letra maiúscula (L).

Exemplos:
- O sítio fica a 1 km daqui.
- Não se pode correr na cidade, a velocidade máxima é 30km/h.
- Compraram 1 L de água.
- A temperatura é de 30ºC.

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O dia todo ou sempre ?

1) Dia-a-dia (com hífen): substantivo masculino usado no sentido de cotidiano, que


acontece todos os dias.
Exemplo: O dia-a-dia de Paulo é cansativo.

2) Dia a dia (sem hífen): palavra composta, equivalente ao advérbio cotidianamente.


Exemplo: Ele emagrece dia a dia.

Os malditos (benditos!) porquês

• Usa-se por que nas interrogativas diretas e indiretas:


• Por que ela não veio?
• Quero saber por que ela não veio
• Por que equivale a pelo qual , pelos quais , pela qual , pelas quais:
Essa é a rua por que passamos.
• Usa-se por que quando se fica subentendido o antecedente do pronome relativo
(razão, motivo, causa...):
Exemplo: Eis por que não te amo mais.

1) Porque - usa-se porque para introduzir uma causa:


Exemplo: Ela não veio porque não quis.

Porque introduz uma explicação:


Exemplo: Venha porque precisamos de você.

Porque introduz uma finalidade:


Exemplo: Venha porque não fique só.

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Por quê / Porquê

1) Por quê - usa-se por quê em final de frase ou quando a expressão estiver isolada:
Exemplos:
- Ela não veio, por quê?
- Por quê?

2) Porquê - usa-se porquê acompanhado de palavra especificadora:


Exemplo: Não me interessa o porquê de sua ausência.

Na vida adoro ficar ... à toa ?

1) À toa - os elementos que compõem uma locução adverbial não são ligados por hífen.
Exemplos:
- Não fique nervoso à toa.
- Ele passa o dia inteiro à toa.

2) À toa - certas locuções adverbiais podem, porém, funcionar como substantivo


ou adjetivo. Nesse caso, os elementos passam a ser ligados por hífen.
Exemplos:
- Um probleminha à-toa causou grande atraso.
- Não passa de um indivíduo à-toa.
- O à-toa nunca me envia dinheiro.

Que tratamento

Pronome de tratamento em concordância com o verbo


Os pronomes de tratamento referem-se à segunda pessoa (com quem se fala)
mas exigem verbo na terceira pessoa:

Exemplo1: Vossa Alteza pretende receber o povo hoje?


2ª pessoa verbo na 3ª pessoa

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Exemplo2: Solicitamos a Vossa Senhoria que nos envie o material pedido.


2ª pessoa verbo na 3ª pessoa

Obs.: os pronomes de tratamento concordam com os pronomes possessivos


"seu, sua", e discordam dos pronomes possessivos "vosso, vossa "
Exemplo1: Vossa Senhoria trouxe o seu trabalho? (correto)
Exemplo2: Vossa Excelência trouxe vossa carta? (errado)

Todo mundo ou todo o mundo?

Emprega-se geralmente o artigo definido o depois da palavra todo ou toda , se


tiver o significado de inteiro ou inteira.

Exemplos:
- Seu vasto coração abriga todo o colégio. = o colégio inteiro
- Todo o prédio foi vasculhado. = o prédio inteiro

Se omitirmos o artigo depois das palavras todo e toda, essas passam a ter o
significado de qualquer.

Exemplos:
- Todo trem de subúrbio, arrebentado, imundo, espremido, sonha em levar um dia seu
povo até a Av. Rio Branco...
- Toda cidade tem suas ruas, onde a vida nunca se eleva da besteira trivial.

Pronome – Para mim ou eu ler?

1) O pronome pessoal eu exerce função de sujeito.


Exemplo: Eu li.

2) Na língua culta, só os pronomes oblíquos aparecem seguidos de preposição.


Exemplo: Não há nada entre mim e ti.

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3) Em função de sujeito, usam-se as formas retas.


Exemplo: Não há nada para eu ler.

4) Se a palavra "até” tiver o valor de "mesmo, também, inclusive" usa-se a forma reta do
pronome.
Exemplo1: Caminhou até mim (até indicando direção)
pronome oblíquo

Exemplo2: Até eu tive problemas com essa firma (até significando inclusive,
também, etc.)
pronome reto

Vossa Senhoria é importante? (o uso dos pronomes de tratamento)

A chamada segunda pessoa indireta ocorre quando se empregam pronomes


que, apesar de indicarem o interlocutor (segunda pessoa), exigem o verbo na terceira
pessoa. É o caso dos chamados pronomes de tratamento, que podem ser observados
no quadro seguinte:

• Vossa Alteza (V.A.) -- príncipes, duques...

• Vossa Eminência (V. Em.) -- cardeais

• Vossa Excelência (V. Ex.) -- altas autoridades

• Vossa Magnificência (V. Mag.) -- reitores de universidades

• Vossa Majestade (V. M.) -- reis, imperadores...

• Vossa Santidade (V. S.) -- papa

• Vossa Senhoria (V. S.a.) -- tratamento cerimonioso

Também são pronomes de tratamento:o senhor, a senhora, você e vocês.

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• O senhor e a senhora são empregados no tratamento cerimonioso.

• Você e vocês, no tratamento familiar.

Este é meu e esse é seu!

São pronomes demonstrativos, ou seja, pronomes que situam o ser no tempo e


no espaço, tomando como referência as três pessoas gramaticais.
"ESTE" usa-se quando o ser se encontra próximo do falante.
"ESSE" usa-se quando o ser se encontra próximo do ouvinte.

Exemplo: Esta caneta, que está perto de mim, é melhor que essa que está aí com você.

Metade? Mais ou menos? Um pouco? (meia – meio)

1) Meia
- Peça tecida em algodão, lã, seda, etc; para cobrir os pés e as pernas ou parte
delas.
- Ponto de malha com que se faz essas e outras peças de vestuário.

Exemplos:
- Fiz um furinho na minha meia.
- Carol tem coleção de meias coloridas.

2) Meio:
- Ponto eqüidistante dos extremos; metade.
- Ponto eqüidistante de vários outros em sua periferia; centro.
- Posição intermediária.
- Situação de permeio.
- Lugar onde se vive; ambiente.
- Recurso(s) empregado(s) para alcançar um objetivo; método.

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- Capacidade.
- Incompleto; inacabado.
- Metade da unidade.
- Um pouco; um tanto; quase.

Exemplos:
- O meio da fita.
- Fique no meio da roda.
- “O homem é fruto do meio em que vive".
- Que meio foi usado para chegarmos a essa conclusão?
- O trabalho está meio ruim.
- Estou meio cansado.

"A par" não é "ao par"? Não.

1) A par - tem sentido de "bem informado", "ciente".


Exemplos:
- Mantenha-me a par de tudo que acontecer.
- É importante manter-se a par das decisões parlamentares.

2) Ao par - é uma expressão usada para indicar relação de equivalência ou igualdade


entre valores financeiros (geralmente em operações cambiais).
Exemplo:
- As moedas fortes mantêm o câmbio praticamente ao par.

Que = Qual. Nem sempre.

Os pronomes relativos que e qual muitas vezes podem ser substituídos um pelo
outro, embora devamos dar preferência ao pronome que quando não houver risco de
ambigüidade. Mas no caso da frase:
"Ele trabalha na maior unidade do grupo empresarial, a qual produz sofisticados
equipamentos eletrônicos".

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Poderíamos notar que o emprego de que geraria ambigüidade, visto que poderia referir-
se a "unidade" ou "grupo". Daí a necessidade obrigatória de qual para evitar o
problema.

Sessão, Seção, Cessão

1) Sessão - tempo durante o qual se reúne uma corporação ou unidade.


Exemplo: Fui ao cinema na sessão das dez.

2) Seção - divisão; corte; parte de um todo; divisão ou subdivisão de obra ou tratado;


compartimento; departamento; capítulo.
Exemplo: Li a primeira seção do livro.

3) Cessão - ato de desistir renunciar, conformar-se, ceder, abandonar a própria opinião.

Exemplo: Houve cessão das idéias por parte do político.

O "SE"

O pronome se funciona como pronome apassivador quando forma a voz passiva


pronominal, juntando-se a verbos transitivos diretos ou verbos transitivos diretos e
indiretos.

Exemplos:
- "Ainda se viam ali carros carregados de madeira"
- "Justo é que se dêem todas as honras a um personagem tão desprezado."
- "Sabe- se que as línguas evoluem."
- "Jabuticaba chupa- se no pé.

O pronome se funciona como índice de indeterminação do sujeito quando


o verbo concorda obrigatoriamente na terceira pessoa do singular, juntando-se a
verbos intransitivos ou verbos transitivos indiretos.

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Exemplos:
- "Aqui vive-se em paz."
- "Ali trabalhava-se com prazer."
- "Raro é o dia em que não se assiste a essas tristes cenas."

Verbo ser em citação de horas

1) Que hora é? - o verbo ser concordará com o predicativo do sujeito quando indicar
hora.
Exemplos:
- São exatamente seis e vinte da manhã de sábado.
- Devem ser oito horas.

2) Em indicações de tempo, o verbo ser concorda com a expressão numérica mais


próxima.
Exemplos:
- Eram quatro e vinte.
- Já é uma e cinqüenta e cinco.
- São cinco para o meio dia.

Ao encontro / de encontro a

1) "Ao encontro de" significa "ser favorável a, aproximar-se de".


Exemplo: Quando a viu foi rapidamente ao seu encontro e abraçou-a.

2) "De encontro a" indica "oposição", "choque", "colisão".


Exemplo: O caminhão foi de encontro ao muro.

Como representar horários?

1) Pode-se expressar as horas simplesmente colocando um "h" logo após número.


Exemplo: 20:30h

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2) Na forma brasileira, pode-se usar a expressão "min" para designar os minutos.


Exemplo: 20h:30 min

3) No modelo americano, usa-se a.m. (anti meridium) para horários anteriores ao meio-
dia, e p.m. (post meridium) para horários posteriores ao meio-dia.
Exemplo: 1:30 a.m. = uma e meia da manhã.
5:00 p.m. = cinco horas da tarde.

Não confunda mais com mas!

1) Mas - é uma conjugação, palavra invariável que une termos de uma oração ou
orações.
Exemplo: A situação social do país é precária, mas ainda existem aqueles que só
buscam privilégios pessoais.

2)Mais - é um advérbio de intensidade, palavra que caracteriza o processo


verbal, exprimindo circunstâncias em que esse processo se desenvolve.Podendo
modificar também adjetivos e advérbios.
Exemplo: Hoje não ouço mais as vozes daquele tempo.

3) Más - (pl). Adjetivo feminino de mau.


Exemplo: As más línguas de nada servem.

Eu tenho de / Ou eu tenho que?

1) Tenho de - quando o sentido for de obrigação, necessidade, desejo ou interesse.


Exemplos:
- O Brasil terá de importar arroz
- Temos de prever as despesas do país.
- O trabalho tem de ser iniciado hoje.

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- Eles tinham de sair cedo.


- A prefeitura teve de indenizar os desapropriados.

2) Tem que - quando expressar possibilidade.


Exemplo: É possível que você tenha que me emprestar o carro hoje.

Emprego do hífen

1) Casos gerais:
- Usa-se o hífen para unir os elementos que formam as palavras compostas ou
derivadas.

Exemplo: Guarda - comida, anti - higiênico.

- Usa-se o hífen para ligar pronomes oblíquos átonos a verbos.

Exemplo: Disseram-lhe, levá-la.

- Separar palavras no final de linhas.

Exemplo: Foi contando a Dona-Benta.

2) Palavras compostas:
- Substantivos compostos - emprega-se o hífen para unir os elementos dos substantivos
compostos em que se mantém a noção de composição.

Exemplo: guarda-chuva

- Adjetivos compostos - emprega-se o hífen para unir os elementos dos adjetivos


compostos.

Exemplo: luso-brasileiros.

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Sufixos

É empregado quando o 1º elemento da palavra terminar em vogal acentuada


graficamente ou quando a pronúncia exigir.

ExemploS: capim-açu, capim-mirim, maracujá-açu.

Prefixos

Em princípio, os prefixos devem sempre liga-se diretamente ao radical.


ExemploS:
- Co + eficiente = Coeficiente
- Super + agudo = Superagudo
- Sem + fim = Sem-fim
- Além + fronteira = Além-fronteira

1) Casos especiais - palavras derivadas de nomes próprios compostos, que indicam


lugar;

Exemplo: Cabo-verdiano.

2) Para indicar paralelismo ou simetria

Exemplo: Brasil-Inglaterra.

3) para indicar idéia de oposição - ex: Jogo Santos-São Paulo.


- nas datas;

Exemplo: 25-04-85.

- expressões com a palavra não, sem função de advérbio, e sim em prefixo, indicando
negação.

Exemplo: Não-agressão.

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Fique de olho! A vista ou à vista

1) A vista - refere-se ao substantivo vista; olho; órgão visual; paisagem.


Exemplos:
- A vista daquele homem parece triste.
- Ela tem uma bela vista de seu quarto.

2) À vista - na presença de; a dinheiro; pagamento da mercadoria adquirida; diante.


Exemplos:
- Você vai pagar à vista?
- Eu me sinto bem à vista da luz solar.
- À vista dele você fica esquisito.

Será que você está bem ou mal ou mau?

1) Mau - é um adjetivo; usado como contrário de bom.


Exemplos:
- Eduardo é um mau garoto.
- Ela está sempre de mau humor.

2) Mal - pode ser:

- advérbio de modo: usado como contrário de bem.


- substantivo: com sentido de doença, tristeza, desgraça, tragédia.
- conjunção temporal: com o sentido de quando.

Exemplos:
- Ele dirige muito mal. (adv)
- Ela cantava mal. (adv.)
- Mal cheguei em casa, o telefone tocou (conj.)
- Mal me viu, começou a falar sobre o fato. (conj.)

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- Seu mal não tem cura. (subst.)


- Deve-se evitar o mal. (subst.)

Uso do senão e se não

1) Use SENÃO quando:

- do contrário / de outro modo;

Exemplo: Luta, senão estás perdido

- mas sim:

Exemplo:
- Não era ouro nem prata, senão ferro.

- exceto, salvo de, a não se:


Exemplo:
- Ninguém, senão os irmãos Correa, compareceram à cerimônia.

- defeito, falha:
Exemplo:
- Não encontrei um senão na sua prova.

2) Use SE NÃO em frases que indicam condição, alternativa, incerteza, dúvida:


Exemplos:
- Se não for possível, me avise. (condição)
- Havia dois jogadores, se não três. (incerteza)

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Diferença entre AFIM e A FIM

1) Afim - numa única palavra, corresponde a semelhante ou parente por afinidade:


almas afins, vocabulários afins, o sogro é afim
Exemplo: Não tinha laços afins com a nora.

2) A fim de - equivalente a para.


Exemplo: Chegou cedo a fim de terminar o serviço.

3) Estar a fim de - no sentido de estar com vontade de, só deve figurar em textos
coloquiais ou declarações.
Exemplo: Está a fim de sair hoje.

Flexão dos nomes compostos:

Regra 1: Em substantivos compostos o verbo não muda, varia apenas o substantivo.


Exemplo: guarda-sol / guarda-sóis

Regra 2: Em substantivos compostos formados por substantivo e adjetivo, variam os


dois elementos.
Exemplo: guarda-florestal / guardas-florestais

Regra 3: Em adjetivos compostos formados por dois adjetivos, varia apenas o segundo
elemento.
Exemplo: verde-amarelo / verde-amarelas

Regra 4: Em substantivos compostos com preposição no meio, varia apenas o primeiro


elemento.
Exemplo: pau-de-arara / paus-de-arara

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Haja! Eis o verbo haver

Haver é um... verbo, palavra variável que exprime ação, estado, mudança de
estado e fenômeno, situando-os no tempo.
E significa... ter, possuir, existir, fazer, ocorrer, acontecer.

1) O verbo haver... flexiona-se regularmente nos seguintes casos:

a) quando é empregado como auxiliar do verbo pessoal.


Exemplo: Eles hão de vencer este jogo.

b) quando é empregado com o sentido de comportar-se ou ajustar as contas:


Exemplo: Eles se houveram muito bem durante os debates.

2) O verbo haver conjuga-se apenas na terceira pessoa do singular quando é


impessoal, isto é, quando não tem sujeito. Isso ocorre quando significa existir ou
quando é empregado em sentido temporal:

Exemplo: Há vários livros na mesa.

Observação: nesse caso, se o verbo haver fizer parte de uma locução, seu auxiliar deve
ficar sempre na terceira pessoa do singular.
Exemplo: Deve haver vários acidentes nessa estrada.

Diferença entre acender e ascender

1) Acender - pôr fogo a; fazer arder; pôr em funcionamento (sistema elétrico de


iluminação); animar; pegar fogo, queimar-se.

O verbo ACENDER pode ser usado como verbo transitivo.


Exemplo: José acendeu a luz. / A fogueira foi acesa.

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2) Ascender - subir, elevar-se.

O verbo ASCENDER pode ser usado como verbo transitivo e intransitivo.


Exemplo: O elevador ascendeu. / Ele ascendeu ao céu.

DIFERENÇA entre ACENDER e ASCENDER:

Na fala estes verbos são muito parecidos mas, com seus significados expressos
podemos ver que eles são muito diferentes.
Podemos ver que o verbo ACENDER se relaciona com a função, pôr alguma coisa em
funcionamento. Já o verbo ASCENDER se relaciona à direção (subir).

A Nível / Em Nível

1) Em nível - significa “em termos de” ou “no plano de”.


Exemplo: Em nível federal, o governo adotará medidas para...

2) Ao nível de: significa “na mesma altura”.


Exemplo: Ao nível do mar.

Aluga-se / Alugam-se?

O verbo é apassivado pelo pronome se, concorda em número e pessoa com o sujeito
(se o sujeito estiver no plural o verbo fica no plural).
Exemplo: Alugam-se casas. Aluga-se casa.

Precisa-se

Sempre fica no singular o verbo intransitivo indireto (aquele que exige preposição= de,
a, para, entre, por etc.) acompanhado de pronome se.
Exemplo: Precisa-se de empregados.

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Concordância Nominal5

1) Substantivo + Substantivo... + Adjetivo - quando o adjetivo posposto se refere a dois


ou mais substantivos, concorda com o último ou vai facultativamente:
• para o plural, no masculino, se pelo menos um deles for masculino;
• para o plural, no feminino, se todos eles estiverem no feminino.

Exemplos:

- Ternura e amor humano.


- Amor e ternura humana.
- Ternura e amor humanos.
- Carne ou peixe cru.
- Peixe ou carne crua.
- Carne ou peixe crus.

2) Adjetivo + Substantivo + Substantivo + ... - quando o adjetivo anteposto se refere a


dois ou mais substantivos, concorda com o mais próximo.
Exemplos:
- Mau lugar e hora.
- Má hora e lugar.

3) Substantivo + Adjetivo + Adjetivo + ... - quando dois ou mais adjetivos se referem a


um substantivo, este vai para o singular ou plural.
Exemplos:
- Estudo as línguas inglesa e portuguesa.
- Estudo a língua inglesa e (a) portuguesa.
- Os poderes temporal e espiritual.
- O poder temporal e (o) espiritual.

5
Fonte: http://www.pucrs.br/manualred/nominal.php

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4) Ordinal + Ordinal + ... + Substantivo - quando dois ou mais ordinais vêm antes de um
substantivo, determinando-o, este concorda com o mais próximo ou vai para o plural.
Exemplos:
- A primeira e segunda lição.
- A primeira e segunda lições.

5) Substantivo + Ordinal + Ordinal + ... - quando dois ou mais ordinais vêm depois de
um substantivo, determinando-o, este vai para o plural.
Exemplo:
- As cláusulas terceira, quarta e quinta.

6) Um e outro / Nem um nem outro + Substantivo - quando as expressões "um e outro",


"nem um nem outro" são seguidas de um substantivo, este permanece no singular.
Exemplos:
- Um e outro aspecto.
- Nem um nem outro argumento.
- De um e outro lado.

7) Um e outro + Substantivo + Adjetivo - quando um substantivo e um adjetivo vêm


depois da expressão "um e outro", o substantivo vai para o singular e o adjetivo para o
plural.
Exemplos:
- Um e outro aspecto obscuros.
- Uma e outra causa juntas.

8) "O (a) mais ... possível" - "Os (as) mais ... possíveis" - "O (a) pior ... possível" - "Os
(as) piores ..." - "O (a) melhor ... possível" - "Os (as) melhores ... possíveis"

O adjetivo "possível", nas expressões "o mais ...", "o pior ...", "o melhor ..."
permanece no singular.

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Com as expressões "os mais ...", "os piores ...", "os melhores ...", vai para o
plural.

Exemplos:

- Os dois autores defendem a melhor doutrina possível.


- Estas frutas são as mais saborosas possíveis.
- Eles foram os mais insolentes possíveis.
- Comprei poucos livros, mas são os melhores possíveis.

9) Particípio + Substantivo - o particípio concorda com o substantivo a que se refere.


Exemplos:
- Feitas as contas ...
- Vistas as condições ...
- Restabelecidas as amizades ...
- Postas as cartas na mesa ...
- Salvas as crianças ...

Observação:

"Salvo", "posto" e "visto" assumem também papel de conectivos, sendo, por isso,
invariáveis.
Exemplos:
- Salvo honrosas exceções.
- Posto ser tarde, irei.
- Visto ser longe, não irei.

10) Anexo / bastante / incluso / leso / mesmo / próprio + Substantivo - essas palavras
concordam com o substantivo a que se referem.
Exemplos:

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39

- Vão anexas as cópias.


- Recebi bastantes flores.
- Vão inclusos os documentos.
- Cometeu um crime de lesa-pátria.
- Cometeu um crime de leso-patriotismo.
- Ele mesmo falou aquilo.
- Ela mesma falou aquilo.
- Elas próprias falaram aquilo.

11) Meio (= metade) + Substantivo - o adjetivo "meio" concorda com o substantivo a


que se refere.
Exemplos:
- Meias medidas.
- Meio litro.
- Meia garrafa.

12) Meio (= um tanto) + Adjetivo - o advérbio "meio", que se refere a um adjetivo,


permanece invariável.
Exemplos:
- Ela parecia meio encabulada.
- Janela meio aberta.

Observações:

1. Na fala, observam-se exemplos do advérbio "meio" flexionado. Tal fato pode ser
explicado pelo fenômeno da "concordância atrativa", ou por influência do adjetivo a que
se refere: "Ela está meia cansada". *Não aceito na escrita oficial.

Dessa concordância existem exemplos entre os clássicos: "Uns caem meios


mortos". (Camões)

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2. Em "meio-dia e meia", "meia" concorda com a palavra "hora", oculta na expressão


"meio-dia e meia (hora)". Essa é a construção recomendada pela maioria dos manuais
de cultura idiomática.

A construção "meio-dia e meio" também ocorre na fala; a forma "meio" permanece


no masculino, por atração ou influência da forma masculina "meio-dia".

3. A palavra "meio" funciona como elemento de justaposição em "meias-luas",


"meios-termos", "meios-tons", "meia-idade", etc.

13) Verbo transobjetivo + predicativo do objeto + objeto + objeto ...


Verbo transobjetivo + objeto + objeto ... + predicativo do objeto

Verbo transobjetivo é o verbo que pede, além de um complemento-objeto, uma


qualificação para esse complemento (= predicativo do objeto).
Nesse caso, o predicativo concorda com o(s) objetos.

Verbo transobjetivo + predicativo do objeto + objeto + objeto ...

Julgou inocentes o pai e o filho


Considerei oportunas a decisão e a sugestão
Achei simpáticos a irmã e o irmão

Verbo transobjetivo + objeto + objeto ... + predicativo

Julgou o pai e o filho inocentes


Considerei a decisão e a sugestão oportunas
Achei a irmã e o irmão simpáticos

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14) Casa, página (+ número) + numeral - na enumeração de casas e páginas, o


numeral concorda com a palavra oculta "número".
Exemplos:
- Casa dois.
- Página dois.

15) Substantivo + é bom / é preciso / é proibido - em construções desse tipo, quando o


substantivo não está determinado, as expressões "é bom", "é preciso", "é proibido"
permanecem no singular.
Exemplos:
- Maçã é bom para a saúde.
- É preciso cautela.
- É proibido entrada.

Observação:

Quando há determinação do sujeito, a concordância efetua-se normalmente:


É proibida a entrada de meninas.

16) Pronome de tratamento (referindo-se a uma pessoa de sexo masculino) + verbo de


ligação + adjetivo masculino - quando um adjetivo modifica um pronome de tratamento
que se refere à pessoa do sexo masculino, vai para o masculino.
Exemplos:
- Sua Santidade está esperançoso.
- Referindo-se ao Governador, disse que Sua Excelência era generoso.

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17) Nós / Vós + verbo + adjetivo - quando um adjetivo modifica os pronomes "nós /
vós", empregados no lugar de "eu / tu", vai para singular.
Exemplos:
- Vós (= tu) estais enganado.
- Nós (= eu) fomos acolhido muito bem.
- Sejamos (nós = eu) breve.

6
9 CONCORDÂNCIA VERBAL

Sujeito Composto

Sujeito Anteposto

Regra Geral - com elementos coordenados, todos de 3ª pessoa = verbo plural.

Exemplo:

Telefone, passagem e luz custarão mais caro.

Elementos coordenados de 3ª pessoa Verbo no plural

Formado de palavras sinônimas - verbo no plural ou concordando com o núcleo mais


próximo.

Exemplo:

6
http://www.pucrs.br/manualred/verbal.php

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43

Descaso e desprezo marcou / marcaram sua administração.

Palavras sinônimas Verbo no singular ou plural

Formado de palavras em gradação ou enumeração - verbo no plural ou concordando


com o núcleo mais próximo.

Exemplo:

de ditadura o
Um mês, um ano, uma década calou / calaram
não povo.

Verbo concordando com o


Palavras em gradação ou
núcleo
enumeração
mais próximo ou no plural

Formado por pessoas gramaticais diferentes.

• { eu + tu + ele } verbo na 1ª p. p.

• { eu + tu } verbo na 1ª p. p.

• { eu + ele } verbo na 1ª p. p.

• { tu + ele } verbo na 2ª ou 3ª p. p.

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44

Exemplos:

voltaremos voltareis/voltarão
Eu, tu e ele Tu e ele
logo logo

Sujeito composto de Sujeito composto de


pessoas diferentes, pessoas diferentes
verbo na 1ª p.p. verbo na 2ª ou 3ª p.p.
com sem
a presença da 1ª p. a presença da 1ª p.

Seguido de "tudo", "nada", "ninguém", "nenhum", "cada um" - aposto Resumidor =


verbo no singular.

Exemplo:

Desvios, fraudes, roubos, tudo acontecia naquele país.

Núcleo resumido por "tudo" verbo no singular.

Sujeito proposto

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45

Regra geral - verbo no plural ou concordando com o núcleo mais próximo.

Exemplo:

Apertaram-lhe a garganta a apreensão e o pânico.

Verbo no plural Sujeito composto proposto

Apertou-lhe a garganta a apreensão e o pânico.

Verbo no singular concordando


Sujeito composto proposto
com o núcleo mais próximo

Quando a ação for reflexiva = verbo no plural.

Exemplo:

Deram-se as mãos virtude e formosura. (Bocage)

Verbo no plural
Sujeito composto proposto
ação reflexiva

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46

Sujeitos Ligados por "Com"

a) Com (= e), atribuindo-se a ação verbal a todos os seus elementos = verbo plural;
Exemplo:
- O diretor com os coordenadores do curso elaboraram as ementas.

b) Com (= em companhia de), realçando-se, mediante o verbo, a ação do antecedente


= verbo concorda com o antecedente;

O segmento introduzido por "com" fica, em geral, entre vírgulas.

Exemplo:
- O diretor, com todos os professores, resolveu alterar as ementas.

"Nem" = verbo no plural (concordância usual)

Exemplo:
- Nem Ana nem Paula são bem-vindas.

"Ou"

a) quando a ação verbal se referir a todos os elementos do sujeito = verbo no plural.


Exemplo:
- Laranja ou mamão fazem bem à saúde.

b) numa retificação = verbo concorda com o último elemento.


Exemplo:
- O ladrão ou os ladrões não deixaram vestígio.

c) quando a ação verbal se aplicar a um dos elementos, com exclusão dos demais =
verbo no singular.

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47

Exemplo:
- João ou Antônio chegará em primeiro lugar.

d) quando os elementos forem sinônimos = verbo no singular.


Exemplo:
- A Lingüística ou a Glotologia é uma ciência recente.

"Não só ..... mas também"; "Tanto ...... quanto"; "Não só ..... como"

= verbo no plural ou concordando com o núcleo mais próximo.

Exemplo:
- Tanto João como Antônio participaram / participou do evento.

"Como" / "assim como" / "bem como"

= verbo no plural; o segmento introduzido por "como" fica, em geral, entre vírgulas.

Exemplo:
- A disciplina, assim como o arrojo, fizeram dele um profissional competente.

Sujeito representado por

"Um e Outro"

= verbo no singular ou plural; se houver reciprocidade, o verbo vai no plural.

Exemplos:
- Um e outro já veio / vieram.

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48

- Um e outro deram-se as mãos. (reciprocidade)

"Um ou outro"

= verbo no singular.
Exemplo:
- Um ou outro assumirá o cargo de gerente.

"Nem um, nem outro"

= verbo no singular.

Exemplo:
- Nem um, nem outro respondeu à questão.

"Quem"

= verbo na 3ª pessoa do singular ou concordando com o antecedente.

Exemplo:

Fui eu quem escreveu.

antecedente pronome verbo na 3ª p.s.

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Fui eu quem escrevi.

antecedente pronome verbo concordando com o antecedente

"Que"

= verbo concorda com o antecedente.

Exemplo:

Fui eu que escrevi.


Foste tu que escreveste
Foi ele que escreveu

antecedente pronome verbo concordando com o antecedente

Coletivo

= verbo no singular.

Exemplo:
- A multidão invadiu o campo depois do jogo.

"Um dos que"

= verbo no plural (construção dominante) ou no singular.

Exemplo:

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50

- Ele foi um dos que mais trabalharam / trabalhou.

Artigo + Nome Próprio

a) Artigo singular = verbo singular.


b) Artigo plural = verbo plural.

Exemplos:

O Amazonas é um grande rio.

artigo singular verbo no singular

Os Andes percorrem a América do Sul.

artigo plural verbo no plural

Observação:

Se forem títulos de obras, pode ocorrer o singular ou plural.

Exemplo:
- Os Sertões glorificou ou glorificaram a literatura brasileira.

"Alguns", "quantos", "muitos", "quais" + "de nós", "de vós"

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51

= verbo concorda com "nós" e "vós" ou vai para a 3ª p. p.

Exemplos:

Alguns de nós lemos o livro.

verbo concordando com o pronome "nós"

Alguns de nós leram o livro.

verbo vai para a 3ª pessoa do plural.

"Algum", "qual" + "de nós", "de vós"

= verbo concorda com "algum" e "qual".

Exemplo:

Algum de nós leu o livro.

verbo concordando com "algum"

"A maioria de", "a maior parte de", "grande número de" + "nome no plural"

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= verbo no singular ou no plural.

Exemplo:

A maior parte dos presentes se retirou / se retiraram.

nome no plural verbo no singular ou no plural

"Mais de", "menos de", "cerca de", "obra de" + numeral

= verbo concordando com o numeral.

Exemplos:
- Mais de um aluno se retirou.
- Mais de dois alunos se retiraram.

"Mais de" repetido ou indicando reciprocidade

= verbo no plural.

Exemplos:
- Mais de um aluno, mais de um professor estavam presentes.
- Mais de um aluno se abraçaram.
Com verbos

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53

verbo + se

Verbo intransitivo + se (= índice de indeterminação do sujeito)

= verbo no singular.

Exemplo:

? Riu-se muito.

verbo intransitivo + se
sujeito indeterminado
(índice de indeterminação do sujeito)

Verbo transitivo indireto + se (índice de indeterminação do sujeito)

= verbo no singular.

Exemplo:

? Precisa-se de ferramentas.

verbo transitivo indireto + se


sujeito indeterminado objeto indireto
(índice de indeterminação do sujeito)

Verbo transitivo direto +se (pronome apassivador)

= verbo concordando com o substantivo (=sujeito).

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Observação:

A frase pode ser transformada na voz passiva analítica.


Exemplos:
- Cometeram-se os mesmos erros.
- (Os mesmos erros foram cometidos).

Verbos impessoais

Verbos que indicam fenômenos da natureza (= chover, nevar, ventar, amanhecer, etc.)

= verbo no singular.

Exemplo:
- Choveu muito ontem.

Verbo haver (= existir)

= verbo no singular.

Exemplo:
- Havia muitas cadeiras vazias na sala.

Verbos que fazem referência a tempo (haver, fazer, ir, estar, ser)

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= verbo no singular.

Exemplos:
- Há cinco meses que não aparece
- Faz cinco meses que não aparece
- É tarde.
- Faz muito calor.
- Fará invernos rigorosos.

Observação:

Nas locuções verbais, os verbos impessoais acima referidos transmitem sua


impessoalidade ao verbo anterior, chamado de auxiliar.

Exemplos:
- Vai fazer cinco anos que...
- Pode haver outras alternativas.

Verbos "dar", "soar" e "bater" + horas

= verbo concorda com as horas (=sujeito).

Exemplos:

Deu uma hora.

verbo singular sujeito singular

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56

Bateram duas horas.

verbo plural sujeito plural

Observação:

Numa locução verbal, o verbo auxiliar concorda com as horas.

Exemplo:

Iam dar duas horas.

locução verbal sujeito plural

Verbos "existir", "acontecer", "faltar", "sobrar", etc. (empregados normalmente


com sujeito posposto)

= verbo concorda com o sujeito posposto.

Exemplo:

Existem razões suficientes.


Faltam razões.
Sobram razões.

verbo concorda com o sujeito sujeito posposto

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Observação:

Numa locução verbal, com verbos dessa natureza, o verbo auxiliar concorda com o
sujeito posposto.

Exemplos:
- Devem existir razões.
- Podem faltar razões.
- Devem sobrar razões.

Verbo "parecer" + outro verbo

a) = "parecer" concorda com o substantivo + outro verbo no infinitivo.


Exemplo:
- As estrelas parecem brilhar no céu.

b) = "parecer" na 3ª pessoa do singular + verbo concordando com o substantivo.


Exemplo:
- As estrelas parece brilharem no céu.

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58

Com o verbo "ser"

Sujeito (= "quem", "tudo", "isso", "isto", "aquilo") + verbo ser + substantivo predicativo
plural

= verbo no singular ou plural.

Exemplo:

dormidos ou dormentes (Cecília


Tudo são sonhos
Meireles)

verbo plural
predicativo
pronome concordando
plural
com o predicativo

Tudo é flores no presente

verbo singular concordando


pronome predicativo
com o pronome

Sujeito (= pessoa)

= verbo concorda com o sujeito.

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Exemplo:

Tito era as delícias de Roma. (apud R. Lima)

sujeito (pessoa) verbo singular predicativo

Sujeito ou predicativo (= pronome pessoal)

= verbo concorda com o pronome.

Exemplo:
- Todo eu era olhos e coração. (Machado de Assis)

Sujeito e predicativo (= substantivos comuns)

= verbo concorda com o sujeito ou com o predicativo.

Exemplos:
- O tema da aula de hoje foram as figuras femininas da Renascença. (Cyro dos Anjos)
- O pessoal da rua Nove era uns privilegiados, como os negros das senzalas. (J. L. do
Rego)

"É muito", "é pouco", "é mais de", "é menos de", etc + preço, peso, quantidade

= verbo no singular

Exemplos:
- Duas horas é muito.

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60

- Dois é bom, três é demais.

Na indicação de datas

= existem três possibilidades de construção:

Exemplos:
- Hoje são 14 de abril.
- Hoje é dia 14 de abril.
- Hoje é 14 de abril. (em que o verbo concorda com a idéia implícita de dia)

Na indicação de horas

= verbo concorda com o predicativo (= horas).

Exemplos:
- Que horas são?
- É uma hora.
- São duas horas.
- São três horas.

A locução "é que"

= invariável.

Exemplos:
- Eu (é que) estudo.
- Tu (é que) estudas.
- Ele (é que) estuda.

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61

Com o verbo no infinitivo

A sintetização relativa ao emprego do infinitivo tem dado margem a muitas


controvérsias. De acordo com Lima (1972, p. 380):

"Até hoje não foi possível aos gramáticos formular um conjunto de regras fixas, pelas
quais se regesse o emprego de uma e outra forma [flexionada e não-flexionada]. A
cada passo infringem os escritores alguns preceitos tidos por definitivos; e isso porque,
ao lado das razões de ordem gramatical, e interferindo nelas, alçam-se ao primeiro
plano certas condições reclamadas pela clareza, ênfase e harmonia de expressão
(Gramática Normativa da Língua Portuguesa, Rio de Janeiro, José Olympio Editora,
1972)

É por essa razão que o autor fala de "alguns conselhos para o uso do infinitivo"..

Seguindo a lição das Gramáticas, apresenta-se aqui um único caso obrigatório de


emprego do infinitivo pessoal flexionado:

- quando tem sujeito próprio, distinto do sujeito da oração principal.

Exemplo:
- Vi o melhor que pude, sem me faltarem amigos. (Machado de Assis)

De acordo com a advertência de Rocha Lima, essa regra não se aplica ao caso em
que o sujeito do infinitivo é um pronome pessoal átono, em uma oração introduzida por
um dos cinco verbos: "ver", "ouvir", "deixar", "fazer" e "mandar".

Exemplos:
- Viu-os chegar.

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- (Ele viu que eles chegaram.)


- Deixei-os sair.
- (Eu deixei que eles saíssem.)

10 COLOCAÇÃO PRONOMINAL

Em função da posição do pronome em relação ao verbo, classifica-se:

• próclise - antes do verbo (Nada se perde)

• mesóclise - no meio do verbo (Dirigir-lhe-emos a palavra)

• ênclise - depois do verbo (Fugiram-nos as palavras)

A regra geral diz que se deve colocar o pronome enclítico, desde que não haja
fator de próclise, ou seja, um dos futuros do indicativo, com atenção aos casos
especiais.

• São fatores de próclise:

o oração negativa, desde que não haja pausa entre o verbo e as palavras
de negação

Exemplo: Ninguém se mexe / Nada me abala.

Observação

se a palavra negativa preceder um infinitivo não-flexionado, é


possível a ênclise: Calei para não magoá-lo

o frases exclamativas (começadas por palavras exclamativas) e optativas


(desejo)

Ex.: Deus te guie / Quanto sangue se derramou inutilmente!

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o conjunção subordinativa

Exemplo: Preciso de que me responda algo / O homem produz pouco, quando se


alimenta mal.

Observação

a elipse da conjunção não dispensa a próclise: Quando passo


e te vejo, exalto-me

o pronome ou palavras interrogativas

Ex.: Quem me viu ontem? / Queria saber por que te afliges tanto

o pronome indefinido, demonstrativo e relativo

Ex.: Alguém me ajude a sair daqui / Isso te pertence / Ele que se vestiu de
verde está ridículo

o advérbio (não seguido de vírgula) e numeral ambos

Exemplo: Aqui se vê muita miséria ¹ Aqui, vê-se muita miséria / Ambos se olharam
profundamente.

Observação

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Observação

• Uso de se
mesóclise:
o sujeito estiver logo antes do verbo, a próclise será
facultativa. Este fator, entretanto, não pode quebrar o princípio
o Respeitados os princípios de próclise, far-se-á mesóclise caso o verbo
dos fatores de próclise.
esteja nos tempos futuros do indicativo.
Ex.: Ele se feriu ou ele feriu-se / O homem se recupera ou o
Ex.: dar-te-ia = daria + te / dar-te-ei = darei + te
homem recupera-se
o Diante da platéia, cantar-se-ia melhor / Os amigos sinceros lembrar-nos-
Ninguém me convencerá / Tudo se fez por uma boa causa
ão um dia
por questão de eufonia, pode-se preferir a próclise ao invés da
• Usa-se ênclise:
ênclise, quando o sujeito vier antes do verbo
o Em início da frase ou após sinal de pontuação.
Ex.: "Cada dia lhe desfolha um afeto" (Alexandre Herculano) /
o Casos não proclíticos
Você viu-o e não mesoclíticos em geral.
/ Você o viu

o Nas orações imperativas afirmativas

Ex.: Procure suas colegas e convide-as

o Junto ao infinitivo não flexionado, precedido da preposição a, em se


tratando dos pronomes o/a (s)

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Ex.: Todos corriam a escutá-lo com atenção / Ele começou a insultá-la /


Nem sei se nos tornaremos a vê-los novamente

o Estando o infinitivo pessoal regido da preposição para, é indiferente a


colocação do pronome oblíquo antes ou depois do verbo, mesmo com a
presença do advérbio não

Ex.: Silenciei para não irritá-lo / Silenciei para não o irritar

• Formas infinitas e locuções verbais

o Formas finitas (???):

• infinitivo - regra geral = ênclise (Viver é adaptar-se)

Admite-se também a próclise se o infinitivo não-flexionado vier


precedido de preposição ou palavra negativa (para te servir / servir-
te, não o incomodar / incomodá-lo)

Observação

se o pronome for o/a (s) e o infinitivo regido da


preposição a, é obrigatória a ênclise / Se o infinitivo vier
flexionado, prefere-se a próclise (desde que não inicie o
período)

• gerúndio - regra geral = ênclise

A próclise é obrigatória se: o gerúndio vier precedido da preposição


em ou se o gerúndio vier precedido de advérbio que o modifique
diretamente, sem pausa (Em se tratando de colocação pronominal,
sei tudo!)

• particípio

Sem auxiliar não admite próclise ou ênclise e sim a forma oblíqua


regida de preposição

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66

Ex.: Concedida a mim a preferência, farei por merecê-la

o Locuções verbais:

• Aux. + infinitivo (podem os pronomes, conforme as circunstâncias,


estar em próclise ou ênclise, ora ao verbo auxiliar, ora à forma
nominal)

Exemplo: Devo calar-me / devo-me calar / devo me calar - Não devo calar-me / não me
devo calar / não devo me calar.

Observação

mesmo com fator de próclise, a ênclise no infinitivo é


correta

• Aux. + preposição + infinitivo (Há de acostumar-se / há de se


acostumar - Não se há de acostumar / não há de acostumar-se)

• Aux. + gerúndio (podem os pronomes, conforme as circunstâncias,


estar em próclise ou ênclise, ora ao verbo auxiliar, ora à forma
nominal):

Exemplo: Vou-me arrastando / vou me arrastando / vou arrastando-me - Não me vou


arrastando / não vou arrastando-me.

Observação

com fator de próclise, o pronome não pode aparecer


entre os verbos

• Aux. + particípio (os pronomes se juntam ao auxiliar e jamais ao


particípio, de acordo com as circunstâncias0

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Exemplo: Os amigos o tinham prevenido / os amigos tinham-no prevenido - Nunca a


tínhamos visto antes.

11. ACENTUAÇÃO GRÁFICA

1) Coloca-se acento gráfico:


a) nas palavras oxítonas e nas monossílabas tônicas terminadas em a(s),
e(s), o(s) - exemplo: pá, fubá, pé, filé, pó, paletó.
b) nas palavras oxítonas terminadas em “em” e “ens” - ex: vintém,
vinténs;
c) nas palavras paroxítonas terminadas em “l”, “r”, “n”, “x”, “ps”, “um”,
(uns), “i”, “u”, “ã” e ditongos – ex: túnel, uréter, hífen, tórax, bíceps,
álbum, álbuns, júri, lápis, ônus, ímã, órfão, régua – (não se acentuam as
palavras terminadas em ens – Ex: itens, hifens)
d) no “i” e “u” tônicos quando forem hiatos e formarem sílaba sozinhos
ou acompanhados de “s”, a não ser no caso de antecederem “nh”– ex:
egoísta, baú, raízes, saúva;
e) em todas as palavras proparoxítonas –ex: relâmpago, tráfego, tríplice,
diácono, vendêramos, bígamo;
f) nos ditongos abertos tônicos “éi”, “éu”, “ói” – ex: alcatéia, herói,
chapéu, réis, assembléia, véu – (Não são acentuadas as palavras colmeia
(ê) , Romeu, apoio, meu, foi, noiva, aldeia).
g) No hiatos ôo, ôos;
Ex: enjôo, abençôo, môo, vôo;
h) êem (formas verbais)

Exemplo: eles crêem (ele crê), eles vêem (ele vê), que eles dêem (ele dê), eles lêem c)
(ele lê);

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68

i) Os verbos ter e vir levam acento circunflexo na 3ª pessoa do plural


do presente do indicativo.

Exemplo: ele tem/ eles têm, ele vem/eles vêm.

j) Os verbos derivados de ter e vir levam acento agudo na 3ª pessoa do


singular e acento circunflexo na 3ª pessoa do plural do presente do
indicativo.

Exemplo: retém/ eles retêm, eles intervém /eles intervêm.

2) Acento diferencial - recebem acento diferencial as seguintes palavras:

côa (verbo e substantivo), para diferenciar de coa (contração).


pôr (verbo), para diferenciar de por (preposição).
pára (verbo), para diferenciar de para (preposição).
pêlo (substantivo), para diferenciar de pelo (contração).
pélo (do verbo pelar), para diferenciar de pelo (contração).
pólo (substantivo), para diferenciar de polo (contração de por+o).
pôlo (substantivo), para diferenciar de polo (contração de por+o).
pêra (substantivo), para diferenciar de pera (preposição antiga).
pôde(3ª pessoa do singular do pretérito perfeito), para diferenciar de pode (3ª pessoa
do singular do presente o indicativo).

As formas verbais terminadas em a, e, o tônicos seguidos de lo, la, los, las


também são acentuados.

Exemplos: amá-lo, dizê-lo, repô-lo, fá-lo, repô-la, fá-lo-á, pô-lo, comprá-la-á.

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Coloca-se o trema (¨) na letra u dos encontros gue, gui, que, qui, quando a letra
u for pronunciada atonamente (nesses casos, o ü é semivogal):

Exemplo: tranqüilo, freqüente, lingüiça, sagüi.

Se a letra u de tais encontros for pronunciada tonicamente, levará acento


agudo (nesses casos, o u é vogal): averigúe, apazigúe, argúi, argúis.

Se a letra u de tais encontros não for pronunciada, evidentemente não


levará acento algum (nesse caso, temos dígrafo): quilo, quente, guerra, guerreiro,
queijo.

12. CRASE - dá-se o nome de crase à fusão de duas vogais de mesma natureza.
Utiliza-se o acento grave (``) para marcar esta função.

A CRASE OCORRE SEMPRE que o termo antecedente exigir preposição a, e o termo


regido aceitar o artigo feminino a – as.

1) Na fusão da preposição a e o artigo definido a (s).


Exemplo: Vou (a) à (a) igreja.

2) Na fusão da preposição a e o pronome demonstrativo a(s).


Exemplo: Esta mesa é igual (a) à (a) que meu pai usa.

3) Na fusão da preposição a e o a dos pronomes demonstrativos aquele (s), aquela(s),


aquilo, aqueloutro(s) e aqueloutras.
Exemplo: Refiro-me (a) àquela menina.

4) Na fusão da preposição a e a(s) dos pronomes relativos: a(s) qual (ais).

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70

Exemplo: Esta é a paciente (a) à qual me dedico.

5) Nas locuções adverbiais femininas :


Exemplo : à tarde, às pressas, às ocultas, às vezes, às apalpadas, às tontas, à
esquerda, à toa, etc.

Observação: Exceção: locuções adverbiais femininas de instrumento.


Exemplo: A motorista foi ferida a bala.

6) Com numerais cardinais, desde que sejam seguidos da palavra hora.


Exemplo: Saiu às três horas e voltou às quatro. (na segunda oração a palavras horas
encontra-se oculta).

7) Nas locuções conjuntivas


Exemplo: à medida que, à proporção que.

8) No adjetivo composto
Exemplo: à-toa

9) Com os pronomes de tratamento : senhora, senhorita, dona e madame.


Exemplo: Escrevi à dona Madalena, à madame Souza, à senhora Arlete e à senhorita
Josete.

A crase é facultativa

1) Com nomes próprios femininos.


Exemplo: Escreverei a/à Sandy amanhã. (é tradição só usar crase quando a pessoa é
conhecida e íntima).

2) Com pronomes possessivos.


Exemplo: Ele enviou uma carta a /à minha mãe.

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71

3) Com a preposição até.


Exemplo: Vamos até a/à escola.

4) Com certos nomes de lugar


Exemplo: Europa, África, Inglaterra, Dinamarca, França, Escócia, Ásia, Flandres,
Espanha.
Não ocorre crase

1) Com nomes masculinos. (só quando está oculta a palavra moda, haverá crase:
Exemplos:
- Ele se veste à Falcão
- O quadro foi pintado a óleo.

2) Com femininos genéricos. (a no singular seguido de palavra feminina no plural)


Exemplo: Nunca vou a bailes.

3) Com palavras repetidas.


Exemplo: Ficamos frente-a-frente e eu não senti nada.

4) Com pronomes

a) oblíquos
Exemplo: Nunca me dirigi a ela.

b) tratamento (exceto as exceções já apresentadas)


Exemplo: Escreverei a Vossa Excelência, pedindo-lhe auxilio para resolver o problemas
das enchentes.

c) demonstrativos
Exemplo: Refiro-me a esta moça.

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d) relativos
Exemplo: Não conheço a mulher a cuja casa iremos

e) interrogativos
Exemplo: A quem você se refere?

f) indefinidos
Exemplo: Não me dirigi a ninguém em meu discurso.

5) Com numerais (salvo exceção já apresentada)


Exemplo: Os mortos no acidente sobem a 150.

6) Com artigos indefinidos


Exemplo: Não irei a um baile desacompanhada.

7) Com a palavra casa, sinônimo de lar (quando está especificada admite crase –
Vou á casa do Luis).
Exemplo: Vou a casa e retorno em duas horas.

8) Com a palavra terra, antônimo de bordo (quando especificada admite crase –


Vou à terra de meus pais).
Exemplo: Vou a terra para comprar água e mantimentos para a jornada.

9) Com a palavra distância. (quando há definição da distância coloca-se crase – Ex:


Permaneça à distância de 20 metros)
Exemplo: Permaneça a distância.

10) Antes de verbos


Exemplo: Ele está a discutir esses documentos por um longo tempo.

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73

Exercícios

1- (IBGE) Assinale a opção incorreta com relação ao emprego do acento indicativo de


crase:

O pesquisador deu maior atenção à cidade menos privilegiada.

( ) Este resultado estatístico poderia pertencer à qualquer população carente.

( ) Mesmo atrasado, o recenseador compareceu à entrevista.

( ) A verba aprovada destina-se somente àquela cidade sertaneja.

( ) Veranópolis soube unir a atividade à prosperidade.

2- (IBGE) Assinale a opção em que o A sublinhado nas duas frases deve receber
acento grave indicativo de crase:

a. Fui a Lisboa receber o prêmio. / Paulo começou a falar em voz alta.

b. Pedimos silêncio a todos. Pouco a pouco, a praça central se esvaziava.

c. Esta música foi dedicada a ele. / Os romeiros chegaram a Bahia.

d. Bateram a porta fui atender. / O carro entrou a direita da rua.

e. Todos a aplaudiram. / Escreve a redação a tinta.

f.

3- (UF-RS) Disse ..... ela que não insistisse em amar ..... quem não ..... queria.
a) a - a - a d) à - à - à
b) a - a - à e) a - à - à
c) à - a - a

4- (UF-RS) Quanto ..... suas exigências, recuso-me ..... levá-las ..... sério.
a) às - à - a d) à - a - à

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74

b) a - a - a e) as - a - a
c) as - à - à

5- (UC-BA) Já estavam ..... poucos metros da clareira, ..... qual foram ter por um atalho
aberto ..... foice.
a) à - à - a d) à - a - à
b) a - à - a e) à - à - à
c) a - a - à

6- (UC-BA) Afeito ..... solidão, esquivava-se ..... comparecer ..... comemorações sociais.
a) à - a - a d) a - à - a
b) à - à - a e) a - a - à
c) à - a - à

7- (TTN) Preencha as lacunas da frase abaixo e assinale a alternativa correta:

"Comunicamos ..... Vossa Senhoria que encaminhamos ..... petição anexa ..... Divisão
de Fiscalização que está apta ..... prestar ..... informações solicitadas."
a) a, a, à, a, as d) à, à, a, à, às
b) à, a, à, a, às e) à, a, à, à, as
c) a, à, a, à, as

8- (UF-RS) Somente ..... longo prazo será possível ajustar-se esse mecanismo .....
finalidade ..... que se destina.
a) a - à - a d) à - a - a
b) à - a - à e) à - à - a
c) à - à - à

9- (UF-RS) Entregue a carta ..... homem ..... que você se referiu ..... tempos.
a) aquele - à - á d) àquele - à - à
b) àquele - à - há e) àquele - a - há

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c) aquele - a - a
10- (BB) Há crase:
a) Responda a todas as perguntas.
b) Avise a moça que chegou a encomenda.
c) Volte sempre a esta casa.
d) Dirija-se a qualquer caixa.
e) Entregue o pedido a alguém na portaria.

11- (CARLOS CHAGAS-BA) A casa fica ..... direita de quem sobe a rua, ..... duas
quadras da avenida do Cortorno.
a) à - há d) à - a
b) a - à e) à - à
c) a - há

12- (CARLOS CHAGAS-BA) Não nos víamos ..... tanto tempo, que ..... primeira vista
não ..... reconheci.
a) a - à - a d) há - à - a
b) a - à - há e) a - a - a
c) há - a - há

13- (SANTA CASA) Aconselhei-o ..... que, daí ..... pouco, assistissse .... novela.
a) a - à - a d) à - à - a
b) a - a - à e) à - a - à
c) a - a - a

14- (CESESP-PE) Observe as alternativas e assinale a que não contiver erro em


relação à crase:

a. Rabiscava todos os seus textos à lápis para depois escrevê-los à máquina.

b. Sem dúvida que, com novos óculos, ele veria a distância do perigo, aquela hora do
dia.

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c. Referia-se com ternura ao menino, afeto às meninas e, com respeito, a várias


pessoas menos íntimas.

d. Àquela distância, os carros só poderiam bater; não obedeceram as regras do


trânsito.

e. Fui à Maceió provar um sururu à região.

15- (FUVEST) ....... noite, todos os operários voltaram ....... fábrica e só deixaram o
serviço ....... uma hora da manhã.

a) Há, à, à d) À, a, há
b) A, a, a e) A, à, a
c) À, à, à

16- (CESCEM) Garanto ....... você que compete ....... ela, pelo menos ....... meu ver,
tomar as providências para resolver o caso.
a) a, a, a d) a, à, a
b) à, à, a e) à, a à
c) a, à, à

17- (CESCEM) Sentou ....... máquina e pôs-se ....... reescrever uma ....... uma as
páginas do relatório.
a) a - a - à d) à - à - à
b) a - à - a e) à - à - a
c) à - a - a

18- (MACK) Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas no seguinte


período: "Agradeço ....... Vossa Senhoria ....... oportunidade para manifestar minha
opinião ....... respeito."
a) à - a - à d) a - a - a
b) à - a - a e) à - à - a

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c) a - a - à

19- (SANTA CASA) ....... dias não se conseguem chegar ....... nenhuma das localidades
....... que os socorros se destinam.
a) Há - à - a d) Há - a - a
b) A - a - à e) À - a - à
c) À - à - a

20- (SANTA CASA) Fique ....... vontade; estou ....... seu inteiro dispor para ouvir o que
tem ....... dizer.
a) a - à - a d) à - à - à
b) à - a - a e) a - a - à
c) à - à - a

21- (FMU) Assinale a alternativa em que não deve haver o sinal da crase:
a) O sonho de todo astronauta é voltar a Terra.
b) As vezes, as verdades são duras de se ouvir.
c) Enriqueço, a medida que trabalho.
d) Filiei-me a entidade, sem querer.
e) O sonho de todo marinheiro é voltar a terra.

22- (FUVEST) De ..... muito, ele se desinteressou em chegar a ocupar cargo tão
importante. ..... coisas mais simples na vida e que valem mais que a posse
momentânea de certos postos de relevo ..... que tantos ambiciosos por amor .....
ostentação.
a) a - Há - à - à d) a - Hão - a - à
b) há - As - a - a e) há - A - a - a
c) há - Há - a - à

23- (FGV) ..... tarde, acampadas já ..... horas, as tropas verificaram ..... perdas sofridas.
a) Há - a - às d) Há - à - as

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b) À - há - as e) A - há - as
c) À - a - às

24- (BB) Dizer ....... toda gente o que pensava ....... respeito das coisas era sua maior
ambição, mas não ....... confessava sequer ....... sua melhor amiga.
a) a, à, a, à d) a, à, à, à
b) à, à, a, a e) à, a, a, a
c) a, a, a, a
25- (BB) A amiga, ....... quem devia tanta atenção, não chegou ....... ouvir os
agradecimentos que ....... muito esperava.
a) a, a, a d) à, à, a
b) a, a, há e) à, a, a
c) à, à, há

26- (BB) Estarei ....... frente do prédio, ....... poucos metros daqui; chegue, exatamente
....... uma hora.
a) à, há, à d) à, a, a
b) a, à, à e) à, há, a
c) à, a, à

27- (BB) Dizem que vencer ....... si mesmo é mais do que vencer o mundo; portanto,
vençamos, pela prática da virtude, ....... todos os nossos defeitos e atingiremos .......
perfeição.
a) à, a, à d) a, a, a
b) a, a, à e) à, à, à
c) a, à, à

28- (BB) Quando for ....... Bahia, quero visitar ....... igreja do Bonfim e assistir ....... uma
missa para dar cumprimento ....... promessa que fiz.
a) a, a, à, à d) à, a, a, à
b) à, à, a, a e) a, a, a, a

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c) a, à, a, à

29- (BB) Qual das alternativas completa corretamente os espaços vazios?


"E entre o sono e o medo, ouviu como se fosse de verdade o apito de um trem igual
...... que ouvia em Limoeiro." (José Lins do Rego)
"Habituara-se ....... boa vida, tendo de tudo, regalada." (J. Amado)
"Os adultos são gente crescida que vive sempre dizendo pra gente fazer isso e não
fazer ....... ." (M. Fernandes)
a) àquele, aquela, aquilo d) aquele, àquela, aquilo
b) àquele, àquela, àquilo e) aquele, aquela, aquilo
c) àquele, àquela, aquilo

30- (UF SANTA MARIA-RS) Assinale a alternativa que completa, corretamente, as


lacunas da frase inicial: Nesta oportunidade, volto ....... referir-me ....... problemas já
expostos .......... Vossa Senhoria ....... alguns dias.
a) à, àqueles, a, há d) à, àqueles, a, a
b) a, àqueles, a, há e) a, aqueles, à, há
c) a, aqueles, à, a

31- (FUND. SANTO ANDRÉ-SP) A alternativa que preenche corretamente as lacunas


da frase, é: "....... muito tempo, devido ....... condições político-econômicas do país, não
é dado ....... população o direito de viver ....... salvo de sobressaltos financeiros", é:
a) a, as, à, à d) há, às, à, à
b) à, às, à, a e) à, as, à, a
c) há, às, à, a

32- (CEFET-PR) O pobre homem fica ....... meditar, ....... tarde, indiferente ........ que
acontece ao seu redor.
a) à, a, aquilo d) à, à, aquilo
b) a, a, aquilo e) à, à, àquilo
c) a, à, àquilo

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33- (FCL BRAGANÇA PAULISTA) Não me refiro ....... essa peça, mas ....... a que
assistimos sábado ....... noite.
a) a, àquela, à d) à, àquela, a
b) a, aquela, a e) à, àquela, à
c) à, aquela, à

34- (FUEL-PR) Fique ....... vontade e confie ....... mim tudo que tem ....... dizer.
a) a, a, à d) à, à ,à
b) à, a, a e) a, à, a
c) à, a, à

35- (ACAFE-SC) Assinale a alternativa que completa a frase: Trouxe ....... mensagem
....... Vossa Senhoria e aguardo ....... resposta, ..... fim de levar ....... pessoa que me
enviou.
a) a, a, à, a, a d) a, a, a, a, à
b) a, à, a, à, a e) à, a, a, a, a
c) à, à, à, à, a

36- (PUC-RS) Foi ....... mais de um século que, numa região de escritores, se propôs a
maldição do cientista que reduziria o arco-íris ....... simples matéria: era uma ameaça
....... poesia.
a) a, a, à d) a, a, a
b) há, à, a e) há, a, à
c) há, à, à

37- (FUVEST) Assinale a alternativa que preenche adequadamente as lacunas do texto:


"Chegar cedo ..... repartição. Lá ..... de estar outra vez o Horácio conversando ..... uma
das portas com Clementino."
a) à - há - a d) à - a - a
b) à - há - à e) a - a - à

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c) a - há - a

38- (FUVEST) O progresso chegou inesperadamente ....... subúrbio. Daqui ....... poucos
anos, nenhum dos seus moradores se lembrará mais das casinhas que, ....... tão pouco
tempo, marcavam a paisagem familiar.
a) aquele, a ,a d) àquele, a, há
b) àquele, à, há e) aquele, à, há
c) àquele, à, à
39- (FUVEST) Diga ....... elas que estejam daqui ....... pouco ....... porta da biblioteca.
a) à, há, a d) à, a, a
b) a, há, a e) a, a, à
c) a, a, a

40- (FUVEST) Assinale a frase gramaticalmente correta:


a) O papa caminhava a passo firme.
b) Dirigiu-se ao tribunal disposto à falar ao juiz.
c) Chegou à noite, precisamente as 10 horas.
d) Esta é a casa à qual me referi ontem às pressas.
e) Ora aspirava a isto, ora aquilo, ora a nada.

41- (UM-SP)
I - Em relação a renda familiar, o emprego intensivo de mão-de-obra não é a melhor
solução.
II - Desde a última década, sinistros presságios atormentavam-lhe a mente.
III - Os investidores americanos, habituados à lentidão do ritmo inflacionário,
conseguem acumular fortuna. De acordo com o emprego adequado da crase, deduz-se
que:
a) todos os períodos estão corretos
b) nenhum dos três períodos estão corretos
c) estão corretos os períodos I e II
d) estão corretos os períodos II e III

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e) somente o período III está correto


42- (UM-SP) Marque o período em que o uso da crase é permitido:
a) Enviei à Roma suas fotografias.
b) Foi à Lapa para inaugurar a gráfica.
c) Alô, franceses, chegamos à Paris.
d) Viajou à Londres, a fim de rever antigo amor.
e) Referimo-nos à Niterói, em nossa excursão pelo interior.

43- (FESP) Assinale a alternativa que completa a frase: "Após ....... reunião, todos
foram ....... sala, para assistir ....... chegada dos hóspedes".
a) a, à, a d) à, a, a
b) à, à, à e) a, a, a
c) a, à, à

44- (FESP) Refiro-me ....... atitudes de adultos que, na verdade, levam as moças .......
rebeldia insensata e ....... uma fuga insensata.
a) às, à, à d) à, a, a
b) as, à, à e) à, a, à
c) às, à, a

45- (FCMSC-SP) Dê ciência ....... todos de que não mais se atenderá ....... pedidos que
não forem dirigidos ....... diretoria.
a) a, a, a d) à, à, a
b) a, à, a e) à, a, à
c) a, a, à

46- (FCMSC-SP) Estamos ....... poucas horas da cidade ....... que vieram ter, .......
tempos, nossos avós.
a) a, a, há d) à, a, a
b) há, a, a e) a, à, há
c) há, à, há

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47- (FCMSC-SP) Assinale a sentença onde a crase foi empregada corretamente:

a. Não se esqueça de chegar à casa cedo.

b. Prefira isto aquilo, já que ao se fazer o bem não se olha à quem.

c. Já que pagaste àquelas dívidas, à que situação aspiras?

d. Chegaram até a região marcada e daí avançaram até à praia.

e. Suas previsões não deixaram de ter razão, pois à uma hora da madrugada é
um perigo andar à pé, sozinho.

48- (UF-PR) Quais as formas que completam, pela ordem, as lacunas das frases
seguintes? Daqui ..... pouco vai começar o exame; Compareci ..... cerimônia de posse
do novo governador; Não tendo podido ir ..... faculdade hoje, prometo assistir ..... todas
as aulas amanhã.
a) à, a, a, à d) a, na, à, à
b) há, na, à, a e) a, à, à, a
c) a, há, na, à

49- (ETF-SP) Não é mais possível, ..... esta altura, descobrir ..... que se deve a falha,
nem cabe atribuir culpa ..... ninguém.
a) a - a - a d) à - à - à
b) a - à - a e) à - a - à
c) à - à - a

50- (BB) Quanto à crase: 1. Feche à porta 2. à chave e 3. volte à trabalhar


4. Informe à todas 5. que iremos à Brasília
a) corretos os segmentos 1 e 2 d) todos estão corretos
b) corretos os segmentos 3 e 4 e) todos estão incorretos
c) corretos os segmentos 2 e 5

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51- (BB) Opção que completa corretamente a frase: Daqui ....... dois dias retornarei .......
Belém.
a) há, a d) há, à
b) à, à e) a, a
c) à, a

52- (BB) Opção que preenche corretamente as lacunas: O gerente dirigiu-se ....... sua
sala e pôs-se ....... falar ....... todas as pessoas convocadas.
a) à, à, à d) a, a, à
b) a, à, à e) à, a, à
c) à, a, a

53- (BB) Forma incorreta:


a) Partirei daqui à uma hora.
b) O teste visa à verificar a qualidade do produto.
c) Ele vive à margem da comunidade.
d) O funcionário foi chamado à responsabilidade.
e) Estou à procura de um ideal.

54- (BANESPA) Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas do texto


ao lado: "Recorreu ....... irmã e ....... ela se apegou como ....... uma tábua de salvação."
a) à - à - a d) à - à - à
b) à - a - à e) à - a - a
c) a - a - a

55- (ESAF) Assinale a frase em que o acento indicativo de crase foi empregado
corretamente:
a) Ao voltar das férias, devolverei tudo à Vossa Senhoria.
b) O candidato falou às classes trabalhadoras.
c) Fiquei à espera de meus amigos.

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d) Sua maneira de falar é semelhante à de Paulo.


e) Você só poderá ser atendido às 9 horas.

56- (CARLOS CHAGAS) O fenômeno ....... que aludi é visível ....... noite e ....... olho nu.
a) a - a - a d) à - a - à
b) a - à - à e) à - à - a
c) a - à - a

57- (FMU) Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas da frase: .....
anos, ..... ecologia alerta ..... quem se interessar, que, ..... vezes, ..... ganância é um
risco para a cidade.
a) A - a - à - há - às d) Há - a - à - as - à
b) Há - a - a - às - a e) A - há - à - as - a
c) A - a - à - as - a

58- (CARLOS CHAGAS) Já estavam ....... poucos metros da clareira ....... qual foram
por um atalho aberto ....... foice.
a) à - à - a d) à - a - à
b) a - à - a e) à - à - à
c) a - a - à

59- (FUND. LUSÍADA) Assinale a alternativa que completa corretamente o período:


....... noite estava clara e os namorados foram ....... praia ver a chegada dos pescadores
que voltavam ....... terra.
a) À - à - a d) À - a - à
b) A - à - à e) A - à - a
c) A - a - à

60- (FAAP) Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas da seguinte


frase: Ficaram frente ....... frente, ....... se olharem, pensando no que dizer uma .......
outra.

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a) à, à, a d) à, a, a
b) a, à, a e) à, a, à
c) a, a, a

61- (FUVEST) "Daqui ..... vinte quilômetros, o viajante encontrará, logo ..... entrada do
grande bosque, uma estátua que ..... séculos foi erigida em homenagem ..... deusa da
floresta."
a) a - à - há - à d) a - à - à - à
b) há - a - à - a e) há - a - há - a
c) à - há - à - à

62- (FUVEST) Assinale a frase que pode ser completada por Há - a - à, nessa ordem:

a. ....... tempos não ....... via, mas sempre estive ....... espera de um encontro.

b. Aqui ....... beira do rio, ....... muitos anos, existiu ....... casa-grande do
engenho.

c. Em resposta ....... essa solicitação, só posso dizer que não ....... vaga ........
disposição.

d. Fiz ver, ....... quem de direito, que não ....... possibilidades de atender .......
solicitação.

e. ....... esperança de obtermos, ....... custa de muito empenho, ....... vaga de


servente.

63- (TFC) Marque o item que se completa de forma correta com a seqüência seguinte -
há; à(s):

a. ..... algum tempo, a tecnologia revolucionária em áreas que vão da cirurgia


plástica ..... armas nucleares.

b. O raio laser se revela ..... altura de um bisturi de alta precisão ..... anos.

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c. ..... quem afirme que ..... áreas da medicina em que o uso do raio laser é
imprescindível.

d. ..... A novidade surgiu na França onde o laser está sendo usado na


restauração da Catedral de Amiens, recuperando vestígios das cores aplicadas
..... sete séculos.

e. Debaixo da fuligem que conferiu um tom acinzentalado ..... igreja, o laser


revelou uma gama de dourados, azuis e vermelhos existentes ..... épocas da
feitura de obras góticas.

(Adap. de Veja, 10/03/93)

64- (FUVEST) Na frase: "tende a satisfazer as exigências do mercado", substituindo-se


satisfazer por satisfação, tem-se a forma correta:
a) tende à satisfação as exigências do mercado.
b) tende a satisfação das exigências do mercado.
c) tende a satisfação das exigências ao mercado.
d) tende a satisfação às exigências do mercado.
e) tende à satisfação das exigências do mercado.

65- (TRE-SP) Disposto ..... recomeçar, o auxiliar judiciário referiu-se ..... palavras de
apoio que ouviu, ..... entrada do serviço.
a) à - as - a d) a - às - à
b) à - às - a e) a - as - à
c) a - as - a

66- (TRE-SP) Ele aprendeu ...... tempo que a obediência ...... leis dignifica o cidadão
devotado ...... pátria.
a) há - as - a d) à - às - à
b) a - às - a e) há - às - à
c) há - as - à

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67- (TRE-SP) Daqui ..... pouco, ele chegará ..... este Tribunal para encaminhar suas
reclamações ..... quem de direito.
a) a - a - à d) a - a - a
b) à - à - à e) à - a - a
c) a - à - a

68- (TRE-SP) Isso se refere ..... fatos que ocorreram ..... muito tempo e, como tal, não
vêm mais ..... lembrança de ninguém.
a) a - à - a d) à - há - à
b) a - há - à e) à - à - a
c) à - à - à

69- (TRE-MT) O uso do acento grave (indicativo de crase ou não) está incorreto em :
a) Primeiro vou à feira, depois é que vou trabalhar.
b) Às vezes não podemos fazer o que nos foi ordenado.
c) Não devemos fazer referências àqueles casos.
d) Sairemos às cinco da manhã.
e) Isto não seria útil à ela.

70- (TRE-MG) O acento grave, indicador de crase, está empregado incorretamente


em:

a. Tal lei se aplica, necessariamente, à mulheres de índole violenta.

b. As novelas, às quais assisti, problematizam a questão da droga.

c. Entregou as chaves da loja àquele senhor que nos desacatou na praça.

d. O delegado disse ao prefeito e aos vereadores que estava à procura dos


foragidos.

e. O bom atendimento às pessoas pobres deve ser prioridade da nova


administração.

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71- (TRE-RJ) "a tensão social poderia levar-nos a duas extremas posições." Das
expressões que substituem a sublinhada na passagem acima, aquela cujo a pode ter o
acento grave indicativo de crase é:
a) a mesma posição d) a qualquer posição
b) a certa posição e) a posições distintas
c) a alguma posição

72- (TRE-RO)
I - O povo da região vai votar à pé ou à cavalo;
II - Pedimos à V. Excelência que não se esqueça do povão, que não o elegeu à toa.
III - O cabo eleitoral dirigiu-se à ela e ensinou-lhe a copiar o nome.
IV - Permaneceram reunidos à noite, face a face, a conversar. A ocorrência de crase
está corretamente indicada:
a) somente na I d) somente na IV
b) somente na II e) somente na II e na IV
c) somente na III

73- (TRE-MT) A única frase em que o a sublinhado deveria ser grafado com o acento
grave indicativo de crase é:
a) Estou pronto a discutir o novo projeto.
b) Pelé fará uma viagem a Roma.
c) O presidente não fez alusão a qualquer ministro.
d) Vamos a sala vizinha, disse o ministro.
e) Preferiu morrer a entregar-se.

74- (TRE-RJ) O "a" (sublinhado) que deverá levar o acento grave indicativo de crase
está na seguinte alternativa:
a) Eles entregam "pizza" a domicílio.
b) O menino não quis ir a casa dos tios.
c) A encomenda foi entregue a uma pessoa estranha.
d) As moças começaram a gritar logo no início do filme.

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e) O fiscal não se referia a candidatas, mas a candidatos.

75- (TRE-MG) O uso da crase está incorreto em:


a) Chegaram a argumentar cara à cara que não aceitariam sugestões.
b) Já demos nossa contribuição à associação beneficente do bairro.
c) À custa de sacrifício, os estudantes conseguiram ser aprovados.
d) Transmita àqueles jovens nossa mensagem de esperança no futuro.
e) Esta construção é igual à que meu primo construiu na periferia.

76- (ETF-SP) Assinalar a alternativa em que está correto o uso da crase:


a) Tenho um carro à álcool e outro à gasolina.
b) Os turistas ficaram um bom tempo à contemplar a praia.
c) Escreva sempre à tinta, nunca a lápis.
d) Andávamos às escuras, à procura dos índios.
e) Aquela expedição esteve à andar pelas selvas durante muito tempo.

77- (ETF-SP) Assinalar a alternativa que completa corretamente as lacunas em: ".....
duas horas estamos ..... espera de sermos apresentados ..... aquele escritor".
a) a, à, a d) a, há, a
b) há, à, a e) há, a, a
c) há, à, à

78- (TTN) Assinale o item que preenche corretamente as lacunas da frase:"Em virtude
de investigações psicológicas ....... que me referi, nota-se crescente aceitação de que é
preciso pôr termo ....... indulgência e ......... inação com que temos assistido .......
escalada da pornoviolência." (S. Pfrom)
a) à, a, à, a d) à, à, a, a
b) a, à, à, à e) a, à, a, à
c) a, a, a, à

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79- (TTN) Marque a letra cuja seqüência preenche corretamente, pela ordem de
aparecimento, as lacunas abaixo: O exame das propostas da reforma fiscal, .......
primeira abordagem, leva ....... conclusão de que ....... carga tributária continuará .......
incidir mais sobre salários e menos sobre lucros e grandes fortunas.
a) à - à - a - a d) a - à - a - a
b) à - a - à - a e) a - a - à - a
c) a - a - a - à

80. (AFTN) Assinale a frase na qual a palavra não deve receber o acento indicativo de
crase:

a. Os apelos a internacionalização da Amazônia ganham contornos de


avalanche.

b. Toda manhã a esta hora, depois de ler o jornal do dia, fico deprimida.

c. Aquela hora morta da madrugada todos estavam recolhidos ao leito.

d. Muitas das reivindicações dos sindicatos trabalhistas, são semelhantes as da


classe patronal.

e. Os petroleiros apresentaram ao Ministro uma pauta de reivindicações igual a


que haviam divulgado no ano anterior.

13 USO DA VÍRGULA

Como usar a vírgula? Seu uso está relacionado à respiração?

Não, a vírgula depende da estrutura sintática da oração. A pausa que fazemos na


fala nem sempre corresponde à pausa na escrita.

O "Nossa Língua Portuguesa" interrogou pessoas na rua a propósito desse tema.


Pediu-se que colocassem vírgulas no seguinte texto:

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92

O diretor de Recursos Humanos da Empresa Brasileira de Correios


e Telégrafos declarou que não haverá demissões neste mês.

A maioria dos entrevistados acertou. Não há vírgula na frase acima, por maior que ela
seja.

"O diretor de Recursos Humanos da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos" é o


sujeito do verbo "declarar". Foi ele, o diretor, que declarou.

Entre sujeito e verbo não há vírgula.

Na seqüência temos "...que não haverá demissões neste mês". Trata-se de objeto
direto em forma de oração. Ele complementa o verbo "declarar" —declarou o quê? Que
não haverá demissões.

Mas, às vezes, a vírgula pode decidir o sentido do texto. Assim, como pontuaríamos a
frase abaixo?

Irás voltarás não morrerás

A pontuação depende do sentido que se quer dar:

Irás. Voltarás. Não morrerás.


Irás. Voltarás? Não. Morrerás.

A diferença entre uma e outra oração salta aos olhos, não é?

*Os casos mais comuns de uso da vírgula.


Termos deslocados na oração (adjuntos adverbiais)
Vocativo - Raul Seixas, cantor irreverente, ainda faz sucesso neste país.
Aposto - Crianças, o doce já será servido.
Orações explicativas – O jogador Sérgio, que está afastado do time hoje, nem
compareceu aos treinos.

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Pontuação

Ponto e vírgula

Observe a modulação da voz, indicada pela linha sob a frase:

Ler em voz alta, mostrando pela modulação especial da voz, as pausas


diferentes que distinguem a vírgula, o ponto e vírgula e o ponto final:

1. “Finalmente, vão os bons para o céu; os maus, para o inferno.” (Vieira)

2. Lendo-os com atenção, sente-se que Vieira, ainda falando o céu, tinha os
olhos nos seus ouvintes; Bernardes, ainda falando das criaturas, estava absorto
no Criador.” (A. F. de Castilho)

Dois pontos – utilizados na representação gráfica de diálogos e antes de alíneas.

Exmplos:

Muito formal, a diretora da firma insistiu:


- V. Sa. está praticamente falido, sem garantias, não pode solicitar empréstimo...

- Calor insuportável: tudo seco, parado e morto.

- Finalmente o esperado pelas crianças: Papai Noel chegou.


- Trouxe tudo: bonecas, carrinhos, bolas, jogos de todos os tipos.

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Travessão – é utilizado na representação de diálogos.

Reticências (...) – indica interrupção de estrutura frasal. Essa interrupção pode


decorrer de hesitação de quem tem sua fala representada ou pode indicar que se
espera do leitor o complemento da frase (muitas vezes com finalidade irônica).

Exemplos:
- gora, o melhor - falou Fred, entusiasmado - vem por aí.
- O quê? - perguntou a garota.
- A correnteza nos está levando para a ilha.(Ernest Hemingway)
- em feliz quem ali pode nest’hora Sentir deste painel a majestade!... Embaixo - o mar...
em cima - o firmamento...
- no mar e no céu - a imensidade!” (Castro Alves)

FONTES PARA CONSULTA

SACCONI, Luiz Antonio. Gramática essencial ilustrada. 18. ed. São Paulo: Atual
Editora, 1999.

http://www.rainhadapaz.g12.br/projetos/portugues/gramatica/casos/tabela.htm

http://www.eln.gov.br/manual_redacao/manual.htm

http://www.brazilianportugues.com/index.php?idcanal=121

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95

oratória:
http://www.dsa.org.br/Comunica/site%20Comunicacao/ORAT%D3RIA%20EFICAZ-
Apresenta%E7%E3o%20APLAC.doc

http://www.geocities.com/ribafsindex/Escrever.htm#_Toc473032518 (gramática
completa)

http://www.pr.gov.br/derpr/pdf/manual_comunicacao.pdf (manual)

http://www.brazilianportugues.com/index.php?idcanal=235 (exercícios crase)

http://www.vestibular1.com.br/apostilas/apostilas_portugues.htm (dicas vestibular)

http://www.portrasdasletras.com.br/pdtl2/sub.php?op=exercicios/conc1000/docs/crase

http://www.mailxmail.com/curso/idiomas/redaportugues/capitulo6.htm

http://www.filologia.org.br/ixcnlf/5/05.htm ( a Importância da Redação)

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