Professional Documents
Culture Documents
Resumo
Palavras-chave
Abstract
4 Victor Andrade de MELO. Educação do corpo – bailes no Rio de Janeiro do século XIX: o olhar de Paranhos...
Deve-se ressaltar que seus posicionamentos Além disso, havia ainda uma grande
são uma representação, um olhar de um ruptura: “Povo e elite mantiveram-se em
personagem que já era reconhecido, mas que mundos à parte no campo cultural, assim como
se encontrava ainda no início de uma trajetória no mundo social e político” (CARVALHO, 2012,
que lhe alçaria ao posto de um dos mais p. 35). A dança era uma das práticas nas quais
importantes do Império. Seus pontos de vista essa separação claramente se manifestava:
são marcados não exatamente pelo frescor da “o reisado, o lundu, o batuque, o maxixe
juventude, mas sim por uma ainda instável contrastavam com a valsa e a polca dos salões”.
certeza de meia idade acerca dos projetos para (CARVALHO, 2012, p. 35).
a nação, que ele mesmo vai contribuir para Vejamos como se estruturava a prática
operacionalizar nas décadas seguintes. da dança naquelas décadas de 1840/1850.
Nesse sentido, essas crônicas podem
ser consideradas como “uma fonte primordial A sociedade fluminense dança
para o conhecimento do Império, num de seus
períodos mais característicos” (RODRIGUES, O baile! O baile é sempre o baile! Estas interjeições
exprimem as mais sérias preocupações, os mais vivos e
2008, p. X), uma “fonte autêntica, viva, diária, afetuosos sentimentos da atual sociedade fluminense.
cotidiana, para captar o sentido, o valor, a José Maria da Silva Paranhos
significação, o ethos da reviravolta que se opera
na década de 1850” (p. XXII). Fonseca (2007) Na transição dos anos 1840/1850, no Rio de
concorda com esse ponto de vista, destacando Janeiro, já não era uma novidade a dança de salão,
que, nesses escritos, Paranhos discutiu seus aquela que é praticada não de forma espontânea
projetos para o país a partir de um olhar de nas ruas, mas sim em espaços fechados, seguindo
quem era egresso das fileiras das escolas regras e princípios coreográficos variáveis de
militares, e não da faculdade de direito. acordo com diferentes estilos.
Consideramos, assim, produtivo prospectar Sabe-se que, já instalado no Brasil, D.
seus posicionamentos acerca dos bailes e socieda- João mandou vir de Portugal, em 1810, o mestre
des dançantes, novas organizações da sociedade de dança Pedro Colonna (CAVALCANTI, 2004).
civil que funcionavam mesmo como instâncias No ano seguinte, desembarcou na colônia o
educacionais, informando os possíveis usos do francês Luis Lacombe, que passou a oferecer seus
corpo, dramatizando as tensões relacionadas aos serviços de docente e a coreografar espetáculos
projetos de grupos engajados no forjar da nação. apresentados nos teatros da Corte (SILVA, 2007).
Devem-se considerar algumas peculia- De fato, com a chegada da família real
ridades dos bailes abordados por Paranhos. portuguesa, em 1808, houve grandes mudanças
Inegavelmente, esses eventos frequentados pe- no cotidiano colonial, notadamente no Rio
las elites do Império dialogavam com referên- de Janeiro. A vida pública se tornou mais
cias que chegavam da Europa. Seria um equí- agitada. Os bailes, seguindo padrões europeus,
voco, todavia, encará-los como uma cópia do tornaram-se mais comuns, dinamizados por
que ocorria no velho continente. Havia, sim, mestres que chegavam do velho continente.
movimentos de reelaboração, a incorporação Eram promovidos em teatros, nas residências
de peculiaridades do jovem país que ainda ini- das elites, nas festividades da Coroa:
ciava seu processo de construção identitária:
As danças se aperfeiçoavam com mestres
É dentro dessa complexa dialética do entendidos. Luiz Lacombe não tinha mãos
nacional e do universal que se deve a medir e multiplicavam-se salões e saraus
interpretar a rica produção cultural do onde suas discípulas exibiam passes e passos
Segundo Reinado. (CARVALHO, 2012, p. 35) de bem aprendidas graças coreográficas. Os
6 Victor Andrade de MELO. Educação do corpo – bailes no Rio de Janeiro do século XIX: o olhar de Paranhos...
Essa agremiação foi, de fato, uma das intencionalidades. As elites, que no processo
mais importantes do Rio de Janeiro do século de construção da nação precisavam mesmo
XIX (NEEDELL, 1993). Como a ela se referiu se reconhecer como tal, utilizavam os bailes
Paranhos na crônica do dia 27 de abril de 1851: como forma de identificação e diferenciação,
“o aristocrático Cassino, que conta em seu seio ocasiões nas quais se minimizavam as tensões
com todas as glórias parlamentares presentes e internas, celebravam-se alianças e acordos,
passadas, todas as sumidades políticas e cortesãos estabeleciam-se distinções com quem
[...]”. Sua sede da rua do Passeio foi um importante estava fora (e entre quem estava dentro).
centro de encontro das elites nacionais. Saber dançar, assim, passou a ser uma
Também merecem destaque, pela reper- necessidade. Não valia qualquer dança, mas
cussão de suas atividades e pelos personagens estilos considerados civilizados. Nada que se
que as integraram, a Sociedade Recreação confundisse com as práticas populares, razão
Campestre, a Assembleia Fluminense e a pela qual era necessário aprender a forma
Sociedade Amizade, mas de fato muitas eram correta de bailar.
as agremiações que promoviam bailes para É interessante citar que, em 1854,
diferentes estratos das elites e setores médios6. foi lançado, sendo editado pela Laemmert,
Houve também espaços populares provavelmente o mais antigo manual de dança
de dança que se organizaram no decorrer publicado no Brasil. Leiamos a descrição:
do século XIX. Esse é o caso do Salão do
Caçador, criado em 1859, no Largo de São Arte da dansa de sociedade ensinada em
Domingos. Segundo Francisco Macedo, seus lições claramente explicadas por meio de
“frequentadores se compunham da mais ínfima trinta e duas figuras gravadas e contendo
espécie de rameiras e devassos” (PECHMANN, além de contradanças gerais, das figuras da
2002, p. 315). Esse médico, tão preocupado com valsa, da polka, da schottisch e da redowa
a moralidade pública, lembrava outros locais, a as marcas das contradanças provinciais
seu ver marcados pela devassidão, onde bailes e de várias outras inteiramente novas.
eram oferecidos: Bailes do Rachado, Bailes do (ZAMITH, 2011)
Ângelo, Chico Caroço, Salão do Oriente, Fábrica
de Cerveja de Mata-Cavalos. Nesse cenário, não surpreende que a
Na verdade, a prática da dança por dança tenha sido introduzida nas escolas,
populares sempre sofreu restrições, notadamente antes mesmo da ginástica e dos esportes.
quando se dava em espaço público. Pelos jornais, Vejamos, por exemplo, o caso do Colégio
é comum encontramos indícios dessas tensões, Pedro II. Já no primeiro regulamento previa-
comunicados de repressão ou solicitações de que se no artigo 54: “As lições de Dança serão
alguma medida fosse tomada. Havia um claro dadas nos dias de feriados aos Alumnos, cujos
processo de estabelecimento de um modelo Pais houverem determinado que a aprendão”
correto de diversão, relacionado a iniciativas (BRASIL, 1838). Tratava-se de um curso à
de controle da ordem pública, relacionadas a parte, ainda assim sendo digno de registro
um perfil civilizacional que determinava o que que tenha sido previsto.
deveria ser aceito ou não. O primeiro professor de ginástica
O perfil dos dirigentes das agremiações dessa instituição, Guilherme Luiz de Taube,
mais renomadas é um indicador das suas somente foi contratado em 1841. Frente
à dificuldade de conseguir outro docente,
6- Alguns exemplos: Recreio dos Militares, Harmonia dos Empregados quando ele deixou a instituição em 1843, o
Públicos, Sylphide, Minerva, Floresta, Cassino Americano, Dois de
Dezembro, Assembleia Familiar Fluminense, Lísia, Vestal, Recreação reitor, Joaquim Caetano da Silva, chegou a
Brasileira, Terpsícore, Ulisséa, Nova Eleusina, Amante do Recreio. propor ao Ministério do Império:
8 Victor Andrade de MELO. Educação do corpo – bailes no Rio de Janeiro do século XIX: o olhar de Paranhos...
Uma febre dançante: os bailes no que tenham o poder de intimidar os seus cava-
olhar de José Maria da Silva Paranhos lheiros e as suas belas”.
O cronista não usava meias palavras para
Não exagero dizendo que uma febre dançante
se apossou do espírito, ou antes das pernas dos
definir o que ocorria, a seu ver, na sociedade
habitantes desta boa cidade do Rio de Janeiro. Por fluminense. Na crônica de 11/05/1851, escreveu:
toda a parte e todos os dias ouve-se falar de bailes,
uns com antecedência anunciados, outros de repente Continua o furor bailante com tal
improvisados. Vai-se visitar a um conhecido velho,
na intenção, após a tarefa do dia, de gozar alguns intensidade, que se pode temer que daí
minutos de repouso, e eis senão quando acha-se venha a nascer alguma febre simples ou
um homem numa sala de dança. Se alguém vai à mista, conforme for só devida a alguma das
casa de um amigo para passar algumas horas em
três espécies – valsa, polca e contradança –,
agradável prática, e esse amigo tem irmãs, filhas ou
primas, acham-se lá dois homens que lhes possam ou às suas possíveis combinações.
servir de vis-à-vis, improvisa-se imediatamente uma
contradança. E como fugir a esta nova espécie de Era categórico, como podemos notar
leva forçada? Pede-se com tanta graça, com palavras
tão doces, que, a menos de faltar a todas as regras
nesse trecho, escrito em 24/08/1851:
da civilidade fluminense, não há alternativa, é forçoso
aceitar o convite e dançar muito risonho. Nem mais, nem menos! Aqui executa-se a
José Maria da Silva Paranhos polca, acolá a contradança, mais adiante a
valsa, e por toda a parte a graciosa e delicada
José Maria da Silva Paranhos não schottisch, que muitos alteram a seu bel-
deixou passar despercebido esse movimento prazer, sem se lembrarem que outrora a
de valorização da dança no Rio de Janeiro de dança era uma arte, senão quase uma ciência.
meados do século XIX. Para ele, tratava-se de
um desdobramento da busca de sintonização Para Paranhos, não havia exceções,
com o continente europeu e da influência dos tratava-se de uma vaga que a todos envolvia,
estrangeiros que chegavam ao país. Era um inclusive “aqueles sobre quem repousam os
sinal de que a cidade passava por profundas futuros destinos do país”, que “entregam-
mudanças e “perdia a inocência”: “O Rio de se a exercícios coreográficos, para não dizer
Janeiro tem mudado tanto, que custa a conhecê- ginásticos” (PARANHOS, 24/08/1851).
lo” (PARANHOS, 13/01/1851). Seu olhar não De forma ocasional, Paranhos, ao
era somente uma constatação, mas também mobilizar a ideia de ginástica, uma prática que
uma celebração. Para ele, a sociedade da corte ainda era embrionária na sociedade fluminense,
deveria aprender a se comportar como os povos deixa transparecer que encarava a dança como
“mais desenvolvidos”, adotando parâmetros de um exercício corporal.
vida “mais civilizados”. Devemos perceber que esse elogio à
Paranhos percebeu que se diversifica- dança era simultaneamente motivo de júbilo e
vam os divertimentos, tornando-se mais ati- preocupação. Essa nova performance pública era
va a vida pública. Um dos indícios desse novo fundamental para a sociedade, mas deveria ser
cenário seria a multiplicação das “sociedades experenciada de forma adequada, de maneira
de baile, de dança, musicais e dramáticas” a efetivamente significar algo produtivo para
(PARANHOS, 24/02/1851). Mesmo os proble- a consolidação da nação, entendida, como já
mas da cidade, o rigoroso clima e a epidemia dissemos, a partir de parâmetros civilizados, isso
de febre amarela não conseguiam aplainar o é, inspirados em países que tinham aderido mais
ímpeto dos que compareciam aos eventos pro- explícitamente ao discurso e ideário modernos.
movidos por essas agremiações. O autor escre- Para nosso cronista, os eventos dançantes
ve em 24/02/1851: “não há calor nem febre se constituíam mesmo no principal assunto da
10 Victor Andrade de MELO. Educação do corpo – bailes no Rio de Janeiro do século XIX: o olhar de Paranhos...
nossos vigários imitem o cura de Bellebat, (PARANHOS, 31/08/1851) acabam adquirindo
que, para evitar que nos festins houvesse uma má fisionomia. Mais ainda, preocupa-se
alguma indecência, tocava ele próprio o com os elevados custos:
violão e fazia dançar os seus paroquianos.
Mas também não posso deixar de perguntar A sociedade fluminense está a tal ponto
a certos rigoristas se quando eles pregam atacada da febre dançante e fascinada com
do púlpito contra a dança e os prazeres os prazeres da comédia dos bailes, que
humanos, não os espera lá no refeitório um começo a recear pela saúde e felicidade
suculento jantar ou gorda ceia. das belas, pelos fundos dos pais e pelo
crédito comercial de muitos elegantes.
Havia também, é verdade, o oposto, uma (PARANHOS, 31/08/1851)
expectativa de algumas famílias de que a frequ-
ência aos bailes pudesse gerar bons casamentos, No seu modo de entender, os excessos
postura igualmente ironizada por Paranhos: poderiam até mesmo ser prejudiciais à saúde
e “um veneno corrosivo da moral pública, da
Só as moças que aspiram ao ministério felicidade doméstica e da fortuna privada”:
doméstico e desejam contribuir para o
aumento legal da humanidade, é que vão Então o luxo e os prazeres, já não
perdendo de todo a fé nos tais bailes. correspondendo às posses daquele que
(PARANHOS, 27/04/1851) os quer ostentar e gozar, longe de serem
lícitos e salutares, corrompem os bons
De toda forma, em vários momentos, o costumes de uma família ou de uma nação
cronista defendeu uma maior liberdade feminina, morigerada, excitam a cobiça, acostumam
para ele um sinal de que avançavam os costumes. às intrigas e às baixezas e solapam
Mais ainda, sugere que as atividades dançantes pouco a pouco os alicerces da probidade.
desempenhariam um importante papel: (PARANHOS, 11/05/1851)
[...] reunindo debaixo do mesmo teto, Nas Cartas ao amigo ausente, nota-se que
e obrigando o saquarema e o luzia, o a discussão de Paranhos, quase sempre,
cabeludo e o liso, o cabano e o bentevi, gira em torno da necessidade de um
a dançarem na mesma sala e ao som acordo entre os partidos, em benefício dos
da mesma orquestra, acostumam estas melhoramentos técnicos e materiais do
diferentes espécies de animais do Brasil a país (FONSECA, 2007, p. 11).
viverem sem se devorarem uns aos outros.
Esse posicionamento ajuda-nos a com-
Deveria ser, assim, celebrada a costumeira preender o seu entusiasmo com os eventos do
presença de: “Todas as classes, todas as profissões Recreação Campestre. Para ele, era uma agre-
nobres, todas as ciências, todas as opiniões ou miação mais democrática, onde importantes
personalidades” (PARANHOS, 18/08/1851). personagens da sociedade nacional se permi-
Essa linha de argumentação, que tem tiam contatos mais descontraídos, em um am-
relação com sua compreensão de que é necessário biente marcado por menos constrangimentos.
gestar uma sociedade forte e organizada, uma Como escreveu em 01/06/1851: “O baile cam-
dimensão fundamental para garantir o futuro da pestre é uma dessas concepções que imortali-
nação, está presente das mais diferentes formas zam os seus autores”.
nas crônicas de Paranhos. Pode ser vista quando Enfim, Paranhos encarava os bailes
celebra as novas possibilidades de encontros como uma forma de polir os costumes, a fim de
entre homens e mulheres. Também quando gestar o que ele chama de civilização popular.
comenta, com o entusiasmo de sempre, um baile Há que se ter claro, todavia, quem desejava
promovido pelo Recreio dos Militares, no salão que integrasse essa confraternização. Não se
do Floresta. tratava de propor uma comunhão entre elites e
O cronista julga que essas ocasiões populares, mas sim entre os diferentes estratos
ajudariam a fortalecer os laços entre militares das elites, como enumera em 24/08/1851:
e civis, atitude fundamental para garantir a
defesa nacional. Além disso, considerava que Havia artistas, especieiros, comerciantes
era uma forma de suavizar a dureza da vida de pequeno e grosso trato, militares,
na caserna. Discordava, aliás, que a dança médicos, advogados, deputados, senadores
prejudicaria a preparação do combatente. Para e ministros: os pequenos acotovelando-
12 Victor Andrade de MELO. Educação do corpo – bailes no Rio de Janeiro do século XIX: o olhar de Paranhos...
-se com os grandes, e todos confundidos Como colocado na crônica de 27/04/1851,
nesse utilíssimo e bem entendido sistema o baile era a ocasião em que se poderia:
de igualdade.
conversar ao som de uma galopada, estudar
Vejamos como, em outra ocasião, definiu o espírito humano engolindo um canudo e
os presentes em um baile: sorvendo uma pirâmide de neve, e preparar
a solução das grandes questões de Estado
Todas as classes aí estão representadas – as com o auxílio do encanto das belas, a
artes, as letras, a indústria, a lavoura e o fascinação das luzes, e as inspirações de
comércio; o funcionário civil e o militar, uma orquestra.
grandes e pequenos, a inteligência e o
dinheiro, o talento e a felicidade, o nacional Eram momentos em que se alinhavam os
e o estrangeiro. (PARANHOS, 21/09/1951) debates políticos.
14 Victor Andrade de MELO. Educação do corpo – bailes no Rio de Janeiro do século XIX: o olhar de Paranhos...
• a educação do físico (princípio da eficácia) • a educação para a inserção em coletivos
– a necessidade de conhecer certas técnicas maiores (princípio da identidade) – tudo isso
civilizadas, que passaram a ser, inclusive, deveria ter em conta gestar uma sociedade civil,
ensinadas na escola, não devendo se confundir especificamente uma elite, tão necessária para a
com as danças voluptuosas típicas dos populares; consolidação da nação.
• a educação do espírito (princípio da propriedade) A dança não era, portanto, somente um
– havia um conjunto de comportamentos divertimento. Era um sinal dos novos tempos,
considerados socialmente adequados que produto e, esperava-se, produtora de uma nova
deveriam ser aprendidos, marcando a diferença dinâmica social. Uma exigência social, deven-
com a falta de moralidade que supostamente do, portanto, ser motivo de educação. Uma edu-
reinava nos espaços populares; cação do corpo, dos sentidos, das sensibilidades.
Referências
ALMANAQUE LAEMMERT. Almanak administrativo, mercantil, e industrial do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://objdigital.
bn.br/acervo_digital/div_periodicos/almanak/almanak_djvu.htm>. Acesso em: 26 nov. 2013. Editado por Eduardo Laemmert e
Heinrich Laemmert. Rio de Janeiro.
BRASIL. Regulamento n. 8 de 31 de janeiro de 1838. Contém os Estatutos para o Colégio de Pedro II. Coleção de leis do Brasil de
31/12/1838. Disponível em: <http://legis.senado.gov.br/legislacao/ListaTextoIntegral.action?id=71028&norma=87243>. Acesso
em: 11 abr. 2013.
______. Decreto nº 1.331, de 17 de fevereiro de 1854. Aprova o regulamento para a reforma do ensino primário e secundário
do município da Corte. Coleção de leis do império do Brasil – 1854. Rio de Janeiro, p. 45, v. 1, pt. I. Disponível em: <http://
www2.camara.gov.br/legin/fed/decret/1824-1899/decreto-1331-a-17-fevereiro-1854-590146-publicacaooriginal-115292-pe.
html>. Acesso em: 11 abr. 2013.
______. Decreto nº 4.468, de 1º de Fevereiro de 1870. Altera os regulamentos relativos ao Imperial Collegio de Pedro II. Coleção
de leis do império do Brasil - 1870, p. 67. Rio de Janeiro, v. 1, pt. II. Disponível em: <http://www2.camara.gov.br/legin/fed/
decret/1824-1899/decreto-4468-1-fevereiro-1870-552830-publicacaooriginal-70377-pe.html>. Acesso em: 11 abr. 2013.
CARDOSO Lino de Almeida. O som e o soberano: uma história da depressão musical carioca pós-abdicação (1831-1843) e de
seus antecedentes. Tese (Doutorado) – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, 2006.
CARVALHO, José Murilo. Introdução: as marcas do período. In: CARVALHO, José Murilo (Coord.). História do Brasil nação (1808-
2010). v. 2. A construção nacional (1830-1889). Rio de Janeiro: Objetiva, 2012. p. 19-36.
CAVALCANTI, Nireu. Crônicas históricas do Rio colonial. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2004.
CHALHOUB, Sidney. População e sociedade. In: CARVALHO, José Murilo (Coord.). História do Brasil nação (1808-2010). v. 2. A
construção nacional (1830-1889). Rio de Janeiro: Objetiva, 2012. p. 37-82.
CUNHA JUNIOR, Carlos Fernando Ferreira da. Imperial Collegio de Pedro II: o ensino secundário da boa sociedade brasileira. Rio
de Janeiro: Apicuri, 2008.
EWALD, Ariane P. Fragmentos da modernidade nas crônicas folhetinescas do Segundo Reinado. Tese (Doutorado) - Escola
de Comunicação, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2000.
FONSECA, Brenda Coelho. Trajetória e ascensão social de José Maria da Silva Paranhos: o jornalismo como estratégia (1850-1851).
SIMPÓSIO NACIONAL ESTADO E PODER. (4. São Luís: UEMA, 2007). Intelectuais. Disponível em: <http://www.outrostempos.
uema.br/curso/estado_poder/13.pdf.> Acesso em: 2 abr. 2013.
HAMOND, Graham Eden. Diários do Almirante Graham Eden Hamond. Rio de Janeiro: Editora JB, 1984.
JUNQUEIRA, Júlia Ribeiro. Jornal do Commercio: cronista da história do Brasil em 1922. 2010. Dissertação (Mestrado em
História) – Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2010.
LOUSADA, Maria Alexandre. Sociabilidades mundanas em Lisboa – partidas e assembleias, C. 1760-1834. Penélope: estudos,
n. 19-20, p. 129-160, 1998.
NEEDELL, Jeffrey D. Belle Époque tropical. São Paulo: Companhia das Letras, 1993.
OLIVEIRA, Marcus Aurelio Taborda de. Como é possível educar Sentidos e sensibilidades? In: ______ (Org.). Sentidos e
sensibilidades: sua educação na história: Curitiba: Editora UFPR, 2012. p. 7-20.
PARANHOS, José Maria da Silva. Cartas ao amigo ausente. Rio de Janeiro: ABL, 2008.
______. Cartas ao amigo ausente. Jornal do Commercio, Rio de Janeiro. (Publicação entre dez. 1850 – out. 1851).
PECHMAN, Robert Moses. Cidades estreitamente vigiadas: o detetive e o urbanista. Rio de Janeiro: Casa da Palavra/Faperj, 2002.
PINHO, Wanderley. Salões e damas no Segundo Reinado. São Paulo: Livraria Martins, 1942.
REMOND, René. Do político. In: ______. (Org.). Por uma história política. 2 ed. Rio de Janeiro: FGV, 2003. p. 441-450.
RODRIGUES, José Honório. Explicação. In: PARANHOS, José Maria da Silva. Cartas ao amigo ausente. Rio de Janeiro: ABL,
2008. p. IX-XXXIX.
SCHWARCZ, Lilia Moritz. As barbas do Imperador. São Paulo: Companhia das Letras, 1998.
SILVA, Alberto da Costa e. População e sociedade. In: SILVA, Alberto da Costa (Coord.). História do Brasil Nação (1808-2010) –
volume 1 – Crise colonial e independência (1808-1830). Rio de Janeiro: Objetiva, 2011. p. 35-74.
SILVA, Maria Beatriz Nizza da. Cultura e sociedade no Rio de Janeiro (1808-1821). São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1978.
______. A Gazeta do Rio de Janeiro, 1808-1822: cultura e sociedade. Rio de Janeiro: Editora EdUERJ, 2007.
SOARES, Carmen Lúcia. Corpo, Conhecimento e Educação: notas esparsas. In: ______ (Org.). Corpo e História. Campinas:
Autores Associados, 2001. p. 109-129.
VIGARELLO, Georges. A história e os modelos do corpo. Pró-posições, Campinas, v. 14, n.2, p. 21-29, maio-ago., 2003.
ZAMITH, Rosa Maria. A quadrilha, da partitura aos espaços festivos. Rio de Janeiro: E-papers, 2011.
Victor Andrade de Melo é professor dos Programas de Pós-Graduação em Educação e em História Comparada da
Universidade Federal do Rio de Janeiro.
16 Victor Andrade de MELO. Educação do corpo – bailes no Rio de Janeiro do século XIX: o olhar de Paranhos...