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Aula 03

Curso Regular de Direito Eleitoral


Professor: Ricardo Torques
CURSO R EGULAR DE DIREITO ELEITORAL
EM TEORIA E QUESTÕES , COM VÍDEO -AULAS
Aula 03 - Prof. Ricardo Torques

Aula 03
Alistamento Eleitoral
parte 01

Sumário
1 - Considerações Iniciais ............................................................... 2
2 - Noções Introdutórias e Revisão ................................................... 3
2.1 – Introdução......................................................................... 3
2.2 - Domicílio Eleitoral................................................................ 3
2.3 - Alistamento Eleitoral Obrigatório e Facultativo .......................... 4
2.4 – Inalistabilidade ................................................................... 4
3 - Procedimento de Alistamento ...................................................... 5
3.1 - Requerimento de Alistamento Eleitoral (RAE) ........................... 6
4 - Qualificação e inscrição ............................................................. 14
4.1 - Segunda via ...................................................................... 23
4.2 - Transferência..................................................................... 25
4.3 - Delegados de partido perante alistamento .............................. 31
4.4 - Encerramento do alistamento ............................................... 33
5 - Cancelamento e Exclusão .......................................................... 34
6 – Questões ............................................................................... 41
6.1 - Questões sem comentários .................................................. 41
6.2 - Gabarito ........................................................................... 41
6.3 - Questões com Comentários .................................................. 51
7 – Considerações Finais................................................................ 77

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1 - Considerações Iniciais
Segundo a nossa programação:
AULA 03 – Alistamento Eleitoral (parte 01) Disponibilização
Alistamento Eleitoral segundo o Código Eleitoral e Resolução 21.538 30.04.2015
AULA 04 – Alistamento Eleitoral (parte 02) Disponibilização
Alistamento Eleitoral segundo o Código Eleitoral e Resolução 21.538 10.05.2015

Desse modo, teremos duas aulas para analisar o tema “alistamento


eleitoral”.
Inicialmente revisaremos alguns conceitos constitucionais da matéria que
tratam das condições de elegibilidade e inelegibilidade e, na sequência,
passaremos a estudar a Resolução nº 21.538/2003.
Bom registrar, também, que essa Resolução, por vezes, é orientada por
duas outras leis, quais sejam: a Lei nº 6.996/1982 e a Lei nº 7.444/1985.
Ambos os diplomas tratam do processamento eletrônico de dados e serão
alvo de nossos estudos aqui.
Desse modo, nosso estudo será estruturado do seguinte modo:

Noções Introdutórias e Revisão


AULA 03

Procedimento de Alistamento
Qualificação e Inscrição
Cancelamento e Exclusão

Formulário de Atualização de Situação do Eleitor


Restabelecimento de Inscrição Cancelada por Equívoco
Título Eleitoral
Fiscalização dos Partidos Políticos
Acesso às Informações Constantes do Cadastro
Batimento e Procedimentos Decorrentes
Hipótese de Ilícito Penal
AULA 04

Casos Não Apreciados


Restrições de Direitos Políticos
Folha de Votação e do Comprovante de Comparecimento às Eleições
Conservação de Documentos
Inspeções e Correições
Revisão do Eleitorado
Administração do Cadastro Eleitoral
Justificação do Não-Comparecimento
Disposições Finais
Leis nº6.996/192 e nº 7.444/1985.

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Como vocês podem perceber, o assunto envolve o estudo de diversos


diplomas legais e é extenso. Contudo, trataremos dos temas de forma
paulatina e progressiva, de modo que a absorção da matéria ocorrerá
naturalmente.
Ademais, em que pese a Aula 04 pareça mais extensa, os assuntos lá
estudados são mais pontuais e objetivos. A de hoje contém, a cada tópico,
mais informações.

2 - Noções Introdutórias e Revisão

2.1 Introdução
Por alistamento eleitoral compreende-se o processo realizado para a
aquisição da cidadania. Segundo a doutrina de José Jairo Gomes 1:
Entende-se por alistamento eleitoral o procedimento administrativo-eleitoral pelo
qual e qualificam e se inscrevem os eleitores.

O conceito acima remete ao conceito legal. Segundo o CE, alistamento


eleitoral é o ato de “qualificação e inscrição do eleitor”. Assim, uma vez
qualificado e inscrito perante o juiz eleitoral, o eleitor é integrado ao corpo
de eleitores, podendo votar.
O estudo do alistamento eleitoral remete, inicialmente, à análise do
domicílio eleitoral, bem como às hipóteses de alistamento (obrigatório e
facultativo) e inalistabilidade. Esses assuntos já foram alvo de estudo em
nosso curso, pois envolvem matérias constitucionais. A fim de revisar a
matéria e retomar os principais assuntos, trataremos de forma resumida de
tais temas.

2.2 - Domicílio Eleitoral


Para fins eleitorais o domicílio é o local onde o cidadão deve se alistar
e o local onde poderá candidatar-se a cargos eletivos. Entre as
condições de elegibilidade está o domicílio eleitoral na circunscrição por,
pelo menos, 1 ano.
O domicílio eleitoral é mais flexível, comparado às regras que definem o
domicílio civil. É o que extraímos, por exemplo, do art. 4º, § único, da Lei
nº 6.996/1984:
Parágrafo único. Para efeito de inscrição, domicílio eleitoral é o lugar de residência
ou moradia do requerente, e, verificado ter o alistando mais de uma, considerar-
se-á domicílio qualquer delas.

De todo modo, segundo a jurisprudência do TSE 2, para comprovação do


domicílio eleitoral é suficiente a demonstração de vínculos políticos,
sociais, afetivos, patrimoniais ou de negócios.

1 GOMES, José Jairo. Direito Eleitoral. 10ª edição, rev., atual. e ampl. São Paulo: Editora
Atlas S/A, 2014, p. 131.
2 REspe nº 8.551/2014 e AgR/AL nº 7.286/2013 entre outros.

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De todo modo, ainda que a pessoa tenha os vínculos acima em vários l ocais
diferentes, deverá escolher apenas um, sob pena de cancelamento dos
demais registros por pluralidade de inscrições, conforme estudaremos.

DOMICÍLIO
ELEITORAL

Poderá ser, à escolha do interessado,


Lugar de residência ou moradia do qualquer dos lugares onde mantenha
requerente. vínculos políticos, sociais, afetivos,
patrimoniais ou de negócios.

2.3 - Alistamento Eleitoral Obrigatório e Facultativo


Vejamos uma rápida revisão da matéria em forma de esquema:
maiores de 18
obrigatório
anos

ALISTAMENTO
analfabetos
ELEITORAL

adolescentes
facultativo entre 16 e 18
anos

maiores de 70

Devemos lembrar, ainda:


 No caso de brasileiro nato, segundo a legislação eleitoral, aquele que não
requerer o alistamento até completar 19 anos de idade sofre uma multa,
que não será aplicada ao alistado que requerer sua inscrição eleitoral até
151º dia anterior à eleição subsequente à data em que completar 19 anos
de idade.
 Já em relação ao brasileiro naturalizado, o alistamento deverá ocorre r no
prazo de 1 ano após a aquisição da nacionalidade brasileira, sob pena de
multa.
 Esse mesmo prazo de 1 ano é aplicado, segundo entendimento do TSE,
no caso de alfabetização. Logo, alfabetizada a pessoa passa da condição de
alistável facultativo para obrigatório, devendo requerer o alistamento no
prazo de 1 ano após a alfabetização.

2.4 Inalistabilidade
São duas as situações apontadas por nossa legislação constitucional e outra
apontada pela doutrina.

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estrangeiro

conscrito
INALISTÁVEIS
apátrida

sem ou com os direitos políticos suspensos

Algumas observações são relevantes:


 Como fica a situação de um adolescente que
alista-se eleitor aos 17 anos, contudo, é
chamado a prestar serviço militar obrigatório
aos 18? O entendimento do TSE é no sentido de que
a inscrição do eleitor em tal situação deve ser mantida, porém durante o
período que permanecer conscrito, não poderá exercer o direito ao voto.
 Tal como o estrangeiro, o apátrida, por não estar vinculado juridicamente
ao nosso Estado, não poderá exercer o direito ao voto.
 Quanto às hipóteses de perda e suspensão dos direitos políticos, devemos
relembrar:

CASSAÇÃO DOS DIREITOS POLÍTICOS

•VEDADO

SUSPENSÃO DOS DIREITOS POLÍTICOS

•condenação criminal transitada em julgado


•prática de atos de improbidade administrativa
•incapacidade civil absoluta

PERDA DOS DIREITOS POLÍTICOS

•cancelamento da naturalização por sentença


•recusa a cumprir obrigação a todos imposta, bem como prestação
alternativa

Destacamos as principais regras relativas ao alistamento, que são


importantes para o desenrolar da aula de hoje. Na realidade, todo o
procedimento de alistamento eleitoral que passaremos a estudar ocorre
tomando os conceitos acima como premissa.

3 - Procedimento de Alistamento
As regras gerais a respeito do alistamento eleitoral estão estabelecidas no
Código Eleitoral, entre os arts. 42 e 81. Contudo, dada a época em que foi
editado o nosso CE o estudo desses dispositivos deve ser feito em paralelo
com a Resolução TSE nº 21.538/2003 e com as Leis nº 6.996/1982 e nº
7.444/1985. Essas legislações estabeleceram normas relativamente ao

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processamento eletrônico do registro eleitoral. A Resolução foi editada no


sentido de adaptar as normas já existentes num documento único, criando
um procedimento uniforme para facilitar o alistamento, administração e
controle do cadastro eleitoral.
Vejamos o que dispõe o art. 1º da Resolução TSE nº 21.538/2003:
Art. 1º O alistamento eleitoral, mediante processamento eletrônico de dados,
implantado nos termos da Lei nº 7.444/85, será efetuado, em todo o território
nacional, na conformidade do referido diploma legal e desta resolução.
Parágrafo único. Os tribunais regionais eleitorais adotarão o sistema de alistamento
desenvolvido pelo Tribunal Superior Eleitoral.

Do dispositivo acima destaca-se que o alistamento é processado de forma


eletrônica e será uniforme em todo o território nacional, segundo normas
do TSE.

3.1 - Requerimento de Alistamento Eleitoral (RAE)


O requerimento padrão a ser utilizado para o alistamento eleitoral é
denominado de Requerimento de Alistamento Eleitoral (RAE), consistente
em um formulário no tamanho de uma folha onde haverá vários campos
para lançar as informações do alistando.
É o que disciplina o art. 2º e 3º da Resolução TSE nº 21.538/2003:
Art. 2º O requerimento de alistament o eleitoral (RAE) (anexo I) servirá como
documento de entrada de dados e será processado eletronicamente .
Parágrafo único. O sistema de alistamento de que trata o parágrafo único do art. 1º
conterá os campos correspondentes ao formulário RAE, de modo a viabilizar a
impressão do requerimento, com as informações pertinentes, para
apreciação do juiz eleitoral.
Art. 3º Para preenchimento do RAE, devem ser observados os procedimentos
especificados nesta resolução e nas orientações pertinentes.

Vejamos, na página seguinte, um exemplo de RAE. Embora o sistema


atual seja eletrônico, é relevante para que tenhamos uma noção das
informações que são lançadas.

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Durante o ano, os fóruns eleitorais ficam abertos para


receber o público para alistamento eleitoral. Lembre-
se apenas que no período de 150 dias antes das
eleições, a Justiça Eleitoral fica “fechada” para alistamento (ou
transferência). É por conta disso, que há a previsão de que o eleitor deverá
comparecer em até 151º dia antes das eleições na Justiça Eleit oral, para
fazer o título, do ano que completar 19 anos, sob pena de multa. Fácil não?
O sistema de cadastro eleitoral é informado por uma série de operações,
cada uma delas registrando uma situação específica em relação ao
alistamento eleitoral. Vejamos as operações que nos interessam:

OPERAÇÃO 1 OPERAÇÃO 3 OPERAÇÃO 5 OPERAÇÃO 7


ALISTAMENTO TRANSFERÊNC IA REVISÃO SEGUNDA VIA

Não acreditamos que as provas voltem a exigir do candidato a memorização


do número das operações, entretanto, como tal assunto infelizmente já foi
exigido em prova, memorizem-nos, se possível.
A OPERAÇÃO 1 (ALISTAMENTO) - será utilizada, segundo o art. 4º da
Resolução TSE nº 21.538/2003, em três hipóteses:
1º. Requerimento inicial de inscrição eleitoral;
2º. Quando se apresentar perante a justiça e não for identificada
inscrição em nenhuma zona eleitoral (do país ou exterior)
3º. Quando o interessado se apresentar e for encontrada inscrição
cancelada por determinação de autoridade judicial.
Art. 4º Deve ser consignada OPERAÇÃO 1 – ALISTAMENTO quando o alistando
requerer inscrição e quando em seu nome não for identificada inscrição em nenhum a
zona eleitoral do país ou exterior, ou a única inscrição localizada estiver cancelada
por determinação de autoridade judiciária (FASE 450).

A OPERAÇÃO 3 (TRANSFERÊNCIA) - como o nome indica, será utilizada


para alterar o domicílio eleitoral constante do cadastro, ainda que
haja eventual correção de informações.
É importante perceber que se o interessado comparecer à Justiça e
mencionar que deseja alterar o domicílio eleitoral, contudo, não for
identificada inscrição eleitoral, será utilizada a OPERAÇÃO 1 –
ALISTAMENTO, conforme a 2ª hipótese acima elencada. A transferência
somente será utilizada caso haja informações constantes do
cadastro eleitoral.
Ademais, a mudança de domicílio significa necessariamente a mudança
de município. Caso haja mudança de endereço dentro do mesmo
município não terá ocorrido mudança de domicílio. Desse modo, a alteração
de zona eleitoral dentro do mesmo município não acarreta transferência,
posto que não há alteração do domicílio eleitoral.

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MUDANÇA DE DOCIMÍCIO = MUDANÇA DE MUNICÍPIO

Em REGRA, na transferência o interessado permanecerá com o mesmo


número de título. VEDA-SE, porém, a transferência do número nas
seguintes hipóteses de inscrição coincidente, suspensão ou
cancelamento por perda ou suspensão dos direitos políticos.
Prevê, ainda, a Resolução que o número do título poderá ser
REUTILIZADO para outra inscrição em caso cancelamento por:
falecimento, duplicidade/pluralidade, deixar de votar por 3 eleições
consecutivas, em caso de revisão de eleitorado.

será utilizado o mesmo


EM REGRA, o registro
em caso de transferência

de inscrição coincidente
veda-se a transferência
do registro cancelado em razão de
QUANTO AO NÚMERO suspensão ou perda dos
DO TÍTULO... direitos políticos

do falecido

daquele que possuir


duplicidade/pluralidade
reutiliza-se o número
registro
daquele que deixar de
votar por 3 eleições

dos cancelados em razão


da revisão de eleitorado.

Por fim, de acordo com o art. 5º, §4º, da Resolução TSE nº 21.538/2003,
que, caso o eleitor compareça à Justiça Eleitoral para realizar a
transferência e seja identificada mais de uma inscrição cancelada há uma
ordem para o cancelamento e transferência.
Primeiramente, haverá a transferência da inscrição
que foi utilizada para votar nas últimas eleições. Já
a outra inscrição será cancelada.
Contudo, caso nenhuma das inscrições tenha sido
utilizada para votar nas últimas eleições, transfere-
se a mais antiga e cancela-se, assim, a inscrição
mais recente.
Vejamos o dispositivo:

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Art. 5º Deve ser consignada OPERAÇÃO 3 – TRANSFERÊNCIA sempre que o eleitor


desejar alterar seu domicílio E for encontrado em seu nome número de
inscrição em qualquer município ou zona, unidade da Federação ou país, em
conjunto ou não com eventual retificação de dados.
§ 1º Na hipótese do caput, o eleitor permanecerá com o número originário da
inscrição e deverá ser, obrigatoriamente, consignada no campo próprio a sigla da UF
anterior.
§ 2º É VEDADA a transferência de número de inscrição envolvida em
coincidência, suspensa, cancelada automaticamente pelo sistema quando
envolver situação de perda e suspensão de direitos políticos, cancelada por perda
de direitos políticos (FASE 329) e por decisão de autoridade judiciária (FASE
450).
§ 3º Será admitida transferência com reutilização do número de inscrição
cancelada pelos códigos FASE 019 – falecimento, 027 – duplicidade/pluralidade, 035
– deixou de votar em três eleições consecutivas e 469 – revisão de eleitorado, desde
que comprovada a inexistência de outra inscrição liberada, não liberada,
regular ou suspensa para o eleitor.
§ 4º Existindo mais de uma inscrição cancelada para o eleitor no cadastro, nas
condições previstas no § 3º, deverá ser promovida, preferencialmente, a
transferência daquela:
I – que tenha sido utilizada para o exercício do voto no último pleito;
II – que seja mais antiga.

Você pode estar se perguntando: o que são as FASE 329, FASE 450,
FASE 019 etc. previstas dos dispositivos acima? Calma pessoal,
veremos adiante que o FASE são Formulários de Atualização da Situação
do Eleitor. Futuramente estudaremos as suas peculiaridades.
A OPERAÇÃO 5 (REVISÃO) - será utilizada pelo eleitor que necessitar
alterar o local de votação dentro do mesmo município, com ou sem
alteração da zona eleitoral; para retificar dados pessoais; e para
regularizar a situação de inscrição cancelada.

•alteração do local de votação dentro do mesmo município


SERÁ UTILIZADA (com ou sem alteração da zona eleitoral)
A OPERAÇÃO 5 -
•retificação de dados pessoais
REVISÃO
•regularizçaão da situação de inscrição cancelada

Vimos acima que a opção de transferência será utilizada para alteração de


domicílio. Comparando aquelas hipóteses com a alteração do local de
votação sem alteração de domicílio na qual utilizaremos a opção de revisão,
temos:

MUDANÇA DE
•OPERAÇÃO 3 - TRANSFERÊNCIA
DOMICÍLIO?

MUDANÇA DE ZONA
•OPERAÇÃO 5 - REVISÃO
ELEITORAL?

MUDANÇA DE LOCAL
•OPERAÇÃO 5 - REVISÃO
DE VOTAÇÃO?

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Art. 6º Deve ser consignada OPERAÇÃO 5 – REVISÃO quando o eleitor necessitar


alterar local de votação no mesmo município, ainda que haja mudança de zona
eleitoral, retificar dados pessoais ou regularizar situação de inscrição cancelada nas
mesmas condições previstas para a transferência a que se refere o § 3º do art. 5º.

Além disso, a OPERAÇÃO 7 – SEGUNDA VIA será utilizada quando o


eleitor, devidamente inscrito e em situação regular, requerer a segunda
via do título eleitoral, sem qualquer alteração. Vale dizer, se houver
qualquer alteração dos dados será utilizada a opção transferência ou
revisão.
Art. 7º Deve ser consignada OPERAÇÃO 7 – SEGUNDA VIA quando o eleitor estiver
inscrito e em situação regular na zona por ele procurada e desejar APENAS a
segunda via do seu título eleitoral, SEM NENHUMA ALTERAÇÃO.

Por fim, vejamos o art. 8º, segundo o qual tanto no caso de revisão como
no caso de solicitação de segunda via a expedição é automática, mantendo-
se a data de domicílio do eleitor.
Art. 8º Nas hipóteses de REVISÃO ou de SEGUNDA VIA, o título eleitoral ser á
expedido automaticamente e a data de domicílio do eleitor não será alterada.

EXPEDIÇÃO AUTOMÁTICA e MANTÉM A DATA DO DOMICÍLIO

revisão segunda via

Vistos esses aspectos, na sequência continuaremos a tratar outras regras


importantes relativas à Resolução TSE nº 21.538/2003. Esses dispositivos
que virão abaixo, embora menos relevantes para a prova, devem ser lidos
com atenção.
Conforme dissemos, a RAE será preenchida pelo servidor, que após
preencher o formulário ou lançá-lo no sistema dará ao alistando para
conferência.
Art. 9º No cartório eleitoral ou no posto de alistamento, o servidor da Justiça
Eleitoral preencherá o RAE ou digitará as informações no sistema de acordo
com os dados constantes do documento apresentado pelo eleitor, complementados
com suas informações pessoais, de conformidade com as exigências do
processamento de dados, destas instruções e das orientações específicas.
§ 1º O RAE deverá ser preenchido ou digitado e impresso na presença do
requerente.
§ 2º No momento da formalização do pedido, o requerente manifestará sua
preferência sobre local de votação, entre os estabelecidos para a zona eleitoral.
§ 3º Para os fins o § 2º deste artigo, será colocada à disposição, no cartório ou posto
de alistamento, a relação de todos os locais de votação da zona, com os resp ectivos
endereços.
§ 4º A assinatura do requerimento ou a aposição da impressão digital do
polegar será feita na presença do servidor da Justiça Eleitoral, que deverá atestar,
de imediato, a satisfação dessa exigência.

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Após o preenchimento, o documento será submetido à análise do Juiz


Eleitoral:
Art. 10. Antes de submeter o pedido a despacho do juiz eleitoral, o servidor
providenciará o preenchimento ou a digitação no sistema dos espaços que lhe são
reservados no RAE.
Parágrafo único. Para efeito de preenc himento do requerimento ou de digitação no
sistema, será mantida em cada zona eleitoral relação de servidores, identificados
pelo número do título eleitoral, habilitados a praticar os atos reservados ao cartório.

Caso o título não seja emitido imediatamente, ao alistando será fornecido


um número de protocolo da solicitação para posterior retirada.
Art. 11. Atribuído número de inscrição, o servidor, após assinar o formulário,
destacará o protocolo de solicitação, numerado de idêntica forma, e o entregará ao
requerente, caso a emissão do título não seja imediata.

Sobre o título eleitoral, vejamos as regras seguintes:


Art. 12. Os tribunais regionais eleitorais farão distribuir, observada a seqüência
numérica fornecida pela Secretaria de Informática, às zonas eleitorais da respectiva
circunscrição, séries de números de inscrição eleitoral, a serem utilizados na forma
deste artigo.
Parágrafo único. O número de inscrição compor-se-á de até 12 algarismos, por
unidade da Federação, assim discriminados:
a) os oito primeiros algarismos serão seqüenciados, desprezando-se, na
emissão, os zeros à esquerda;
b) os dois algarismos seguintes serão representativos da unidade da
Federação de origem da inscrição, conforme códigos constantes da seguinte tabela:

01 – São Paulo 11 – Maranhão 21 – Sergipe


02 – Minas Gerais 12 – Paraíba 22 – Amazonas
03 – Rio de Janeiro 13 – Pará 23 – Rondônia
04 – Rio Grande do Sul 14 – Espírito Santo 24 – Acre
05 – Bahia 15 – Piauí 25 – Amapá
06 – Paraná 16 – Rio Grande do Norte 26 – Roraima
07 – Ceará 17 – Alagoas 27 – Tocantins
08 – Pernambuco 18 – Mato Grosso 28 – Exterior (ZZ)
09 – Santa Catarina 19 – Mato Grosso do Sul
10 – Goiás 20 – Distrito Federal

c) os dois últimos algarismos constituirão dígitos verificadores, determinados


com base no módulo 11, sendo o primeiro calculado sobre o número seqüencial e o
último sobre o código da unidade da Federação seguido do primeiro dígito verificador.

Vejamos um exemplo de título:

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Nos interessa a primeira parte, ou seja, o número do título, qual seja:

0014501203 03 38

número em sequência unidade da federação, no caso o RJ dígito verificador

Tranquilo, né?
O art. 13 da Resolução TSE nº 21.538/2003 será tratado adiante, quando
falarmos da qualificação e da inscrição, juntamente com o art. 45 do CE.
Ambos trazem a mesma regrativa, havendo, apenas, uma única distinção.
O alistamento daqueles que possuem entre 16 e 18 anos é facultativo,
conforme dispõe a Constituição. Notem que a Resolução explicita que o
alistamento poderá ser realizado aos 15 anos, desde que o interessado
complete os 16 anos até a data do pleito.
Art. 14. É facultado o alistamento, no ano em que se realizarem eleições, do menor
que completar 16 anos até a data do pleito, inclusive.
§ 1º O alistamento de que trata o caput poderá ser solicitado até o encerramento do
prazo fixado para requerimento de inscrição eleitoral ou transferência.
§ 2º O título emitido nas condições deste artigo somente surtirá efeitos com o
implemento da idade de 16 anos (Res.-TSE nº 19.465, de 12.3.96).

A regra do art. 15 já foi por nós estudada, quando vimos as regras de


alistamento no início desta aula.
As regras de alistamento do nato e do naturalizado já foram estudadas
nesta aula. Vejamos os dispositivos:
Art. 15. O brasileiro nato que não se alistar até os 19 anos ou o naturalizado que
não se alistar até um ano depois de adquirida a nacionalidade brasileira incorrerá em
multa imposta pelo juiz eleitoral e cobrada no ato da inscrição.
Parágrafo único. Não se aplicará a pena ao não-alistado que requerer sua inscrição
eleitoral até o centésimo qüinquagésimo primeiro dia anterior à eleição subseqüente
à data em que completar 19 anos (Código Eleitoral, art. 8º c.c. a Lei nº 9.504/97,
art. 91).

Do mesmo modo, quanto ao alistamento do analfabeto, vejamos o que


dispõe a Resolução:
Art. 16. O alistamento eleitoral do analfabeto é facultativo (Constituição Federal, art.
14, § 1º, II, a).
Parágrafo único. Se o analfabeto deixar de sê-lo, deverá requerer sua inscrição
eleitoral, não ficando sujeito à multa prevista no art. 15 (Código Eleitoral, art. 8º).

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Para finalizar essa parte inicial, vejamos, finalmente, o que prevê o art. 17,
cuja leitura é mais do que suficiente:
Art. 17. Despachado o requerimento de inscrição pelo juiz eleitoral e processado
pelo cartório, o setor da Secretaria do Tribunal Regional Eleitoral responsável pelos
serviços de processamento eletrônico de dados enviará ao cartório eleitoral, que as
colocará à disposição dos partidos políticos, relações de inscrições incluídas no
cadastro, com os respectivos endereços.
§ 1º Do despacho que indeferir o requerimento de inscrição, caberá recurso
interposto pelo alistando no prazo de cinco dias e, do que o deferir, poderá recorrer
qualquer delegado de partido político no prazo de dez dias, contados da colocação da
respectiva listagem à disposição dos partidos, o que deverá ocorrer nos dias 1º e 15
de cada mês, ou no primeiro dia útil seguinte, ainda que tenham sido exibidas ao
alistando antes dessas datas e mesmo que os partidos não as consultem (Lei nº
6.996/1982, art. 7º).
§ 2º O cartório eleitoral providenciará, para o fim do disposto no § 1º, relações
contendo os pedidos indeferidos.

4 - Qualificação e inscrição
Segundo a dicção do CE, que utiliza um conceito procedimento o
alistamento é a soma da qualificação com a inscrição do eleitor. A
qualificação é o preenchimento dos requisitos exigidos em lei para que o
eleitor possa se alistar, enquanto a inscrição é o ato de ir até o órgão
competente para registrar-se.
Já o domicílio eleitoral, previsto no §1º, art. 1, do CE, é conceituado como
o local onde o eleitor resida OU more. De todo modo, em interpretação a
esse dispositivo, o TSE estendeu a noção de domicílio aos locais onde a
pessoa mantém vínculos de natureza diversa.
Art. 42. O alistamento se faz mediante a qualificação e inscrição do eleitor.
Parágrafo único. Para o efeito da inscrição, é domicílio eleitoral o lugar de
residência ou moradia do requerente, e, verificado ter o alistando mais de uma,
considerar-se-á domicílio qualquer delas.

Para o alistamento, o interessando deverá apresentar-se no fórum eleitoral,


onde o servidor preencherá o Requerimento de Alistamento Eleitoral (RAE),
cujo processamento será da forma eletrônica, segundo a Lei nº 7.444/1985.
Art. 43. O alistando apresentará em Cartório ou local previamente designado,
requerimento em fórmula que obedecerá ao modelo aprovado pelo Tribunal Superior .

Vejamos, na sequência, o art. 44 do CE, que trata dos documentos que


devem ser apresentados para requerer o alistamento:
Art. 44. O requerimento, acompanhado de 3 (três) retratos, será instruído com
um dos seguintes documentos, que não poderão ser supridos mediante justificação:
I – carteira de identidade expedida pelo órgão competente do Distrito Federal ou
dos Estados;
II – certificado de quitação do serviço militar;
III – certidão de idade extraída do registro civil;

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IV – instrumento público do qual se infira, por direito ter o requerente idade superior
a dezoito anos [16 anos] e do qual conste, também, os demais elementos
necessários à sua qualificação;
V – documento do qual se infira a nacionalidade brasileira, originária ou
adquirida, do requerente.
Parágrafo único. Será devolvido o requerimento que não contenha os dados
constantes do modelo oficial, na mesma ordem, e em caracteres inequívocos.

É importante notar que esse assunto é tratado também nas Leis nº


6.996/1982 e nº 7.444/1985, bem como pela Resolução TSE nº
21.538/2003.
Como são normas posteriores e que tratam de
assuntos específicos, devemos observá-las
conjuntamente. Sempre que necessário faremos a devida menção. Só
cuidado com uma única informação, em caso de um desses diplomas
disciplinar a matéria de forma diversa não há necessariamente uma
revogação, mas apenas uma não aplicabilidade do CE. De todo modo,
sempre que isso ocorrer, mencionaremos expressamente. Ok? Vamos lá!
Primeiramente, não há necessidade de apresentação das fotografias,
posto o disciplinado no art. 5º, §4º da Lei nº 7.444/1985:
§ 4º Para o alistamento, na forma deste artigo, é dispensada a apresentação de
fotografia do alistando.

Na realidade, as fotografias são processadas eletronicamente por sistema


próprio da Justiça Eleitoral, de modo que não é necessário a apresentação
das fotos. É importante registrar que o Título de Eleitor não traz mais a
fotografia do eleitor. Ademais, com a implantação do sistema biométrico,
ainda mais desnecessária será a foto, posto que a identificação do eleitor
será por intermédia digital.
Segundo, dado o alistamento facultativo aos maiores de 16 anos, o inc. IV
exige uma pequena correção: ao invés de 18 anos devemos considerar 16
anos. Ok? Isso porque os adolescentes com 16 anos completos na data das
eleições poderão se alistar eleitores.
Terceiro, segundo a Resolução do TSE nº 21.538/2003, é inexigível a
provação de opção pela nacionalidade brasileira para fins de alistamento
eleitoral. O art. 13, da Resolução, traz o rol de documento e não os elenca.
Art. 13. Para o alistamento, o requerente apresentará um dos seguintes documentos
do qual se infira a nacionalidade brasileira (Lei nº 7.444/85, art. 5º, § 2º):
a) carteira de identidade ou carteira emitida pelos órgãos criados por lei federal,
controladores do exercício profissional;
b) certificado de quitaç ão do serviço militar;
c) certidão de nascimento ou casamento, extraída do Registro Civil;
d) instrumento público do qual se infira, por direito, ter o requerente a idade mínima
de 16 anos e do qual constem, também, os demais elementos necessários à sua
qualificação.

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Parágrafo único. A apresentação do documento a que se refere a alínea b é


obrigatória para maiores de 18 anos, do sexo masculino.

Desse modo, para a sua prova, devemos memorizar


que os documentos a serem apresentados são os
seguintes:

Carteira de Identidade
DOCUMENTOS

Certificado de quitação do serviço militar

Certidão de nascimento ou de casamento

Instrumento público do qual conste a idade superior a 16 anos

Quanto à utilização da CNH ou do passaporte como documentos, vejamos


o que ensina João Paulo Oliveira 3:
O TSE não permite que o alistamento seja realizado com passaporte ou com Carteira
Nacional de Habilitação. O problema do passaporte é não traz a filiação ent re os
dados ali descritos. Por outro lado, o problema da CNH é não informar a nacionalidade
do condutor.

Sigamos, com o art. 45 do Código:


Art. 45. O Escrivão, o funcionário ou o Preparador recebendo a fórmula e
documentos determinará que o alistando date e assine a petição e em ato contínuo
atestará terem sido a data e a assinatura lançados na sua presença; em seguida,
tomará a assinatura do requerente na folha individual de votação [lista eletrônica
de eleitores] e nas duas vias do título eleitoral, dando recibo da petição e do
documento.
§ 1º O requerimento será submetido ao despacho do Juiz nas 48 (QUARENTA
E OITO) HORAS seguintes.
§ 2º Poderá o Juiz se tiver dúvida quanto à identidade do requerente ou sobre
qualquer outro requisito para o alistamento, c onverter o julgamento em diligência
para que o alistando esclareça ou complete a prova ou, se for necessário, compareça
pessoalmente à sua presença.
§ 3º Se se tratar de qualquer omissão ou irregularidade que possa ser sanada, fixará
o Juiz para isso prazo razoável.
§ 4º Deferido o pedido, no PRAZO DE CINCO DIAS, o título e o documento que
instruiu o pedido serão entregues pelo Juiz, Escrivão, funcionário ou Preparador.
A entrega far-se-á ao próprio eleitor, mediante recibo, ou a quem o eleitor autorizar
por escrito o recebimento, cancelando-se o título cuja assinatura não for idêntica à
do requerimento de inscrição e à do recibo.
§ 5º A restituição de qualquer documento não poderá ser feita antes de despachado
o pedido de alistamento pelo Juiz Eleitoral.
§ 6º QUINZENALMENTE o Juiz Eleitoral fará publicar pela imprensa, onde houver,
ou por editais, a lista dos pedidos de inscrição, mencionando os deferidos, os

33 OLIVEIRA, João Paulo. Direito Eleitoral, 2º edição, rev. ampl. e atual., Bahia: Editora
JusPovim, 2014, p. 55.

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indeferidos e os convertidos em diligência, contando-se dessa publicação o prazo


para os recursos a que se refere o parágrafo seguinte.
§ 7º Do despacho que indeferir o requerimento de inscrição caberá recurso
interposto pelo alistando e do que o deferir poderá recorrer qualquer Delegado de
partido.
§ 8º Os recursos referidos no parágrafo anterior serão julgados pelo Tribunal
Regional Eleitoral dentro de 5 (CINCO) DIAS.
§ 9º Findo esse prazo, sem que o alistando se manifeste, ou logo que seja desprovido
o recurso em instância superior, o Juiz inutilizará a folha individual de
votação [lista eletrônica de eleitores] assinada pelo requerente, a qual ficará fazendo
parte integrante do processo e não poderá, em qualquer tempo, ser substituída, nem
dele retirada, sob pena de incorrer o responsável nas sanções previstas no art. 293.
§ 10. No caso de indeferimento do pedido, o Cartório devolverá ao requerente,
mediante recibo, as fotografias e o documento com que houver instruído o seu
requerimento.
§ 11. O título eleitoral e a folha individual de votação [lista eletrônica de eleitores]
somente serão assinados pelo Juiz Eleitoral depois de preenchidos pelo Cartório e de
deferido o pedido, sob as penas do artigo 293.
§ 12. É obrigatória a remessa ao Tribunal Regional da ficha do eleitor, após a
expedição do seu título.

NÃO há mais a figura do preparador na Justiça eleitoral, sendo tais


funções exercidas pelos seus servidores.
Ademais, há aqui uma regra específica relevante. Em relação ao
analfabeto, como ele não sabe assinar, deverá ser colocada a impressão
digital do polegar direito, como determina o art. 5º, §1º da Lei nº
7.444/1985. Notem que o dispositivo é bastante semelhante ao que
estamos tratando aqui.
§ 1º O Escrivão, o funcionário ou o Preparador, recebendo o formulário e os
documentos, datará o requerimento e determinará que o alistando nele aponha sua
assinatura, ou, se não souber assinar, a impressão digital de seu polegar direito,
atestando, a seguir, terem sido a assinatura ou a impressão digital lançadas na
sua presença.

Ademais, é importante registrar, ainda, que as folhas individuais de


votação são eletrônicas, não havendo emissão em papel.
Desse modo, do presente dispositivo é importante
destacarmos que o alistando comparecerá à
Justiça Eleitoral com os documentos necessário,
munido dos documentos que tratamos acima e fará o
requerimento de alistamento.
O próprio servidor preencherá os dados. Na sequência fornece-se ao
alistando a RAE, já preenchida, a qual será datada e assinada.
Esse requerimento será apresentado ao juiz nas 48 horas seguintes.
O Juiz Eleitoral poderá requer alguma diligência para sanar eventuais
dúvidas acerca da identidade do requerente. Quando houver determinação
de diligência, competirá aos servidores providenciarem o que for requerido,
inclusive intimando o interessado a comparecer na Justiça Eleitoral.

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Após o deferimento, abra-se prazo de 5 dias para entrega do título ao


eleitor, que assinará o recebimento do documento eleitoral retirado.
É importante, ainda, a regra de que o Juiz Eleitoral divulgará a cada 15
dias, a lista de pedido de inscrição. Essa publicação é importante, pois
determina o marco para interposição de eventuais recursos, em face das
decisões acerca dos requerimentos efetuados.
Desse modo, se o juiz eleitoral indeferir o requerimento de alistamento de
determinada pessoa, a partir de tal publicação ela terá o prazo de 5 dias
para apresentar o recurso. Do mesmo modo, conforme dispõe a Lei nº
6.996/1982, os delegados de partidos também poderão apresentar recurso
contra a lista apresentada, contudo, para eles, o prazo será de 10 dias.
É o que dispõe o § 1º, abaixo:
§ 1º Do despacho que indeferir o requerimento de inscrição, caberá recurso
interposto pelo alistando no prazo de 5 (cinco) dias e, do que o deferir, poderá
recorrer qualquer Delegado de partido político no prazo de 10 (dez) dias.

Logo:

INTERESSADO (em caso de


5 dias
indeferimento)

DELEGADO DE PARTIDO
10 dias
(em caso de deferimento)

Apresentado o recurso, terá o TRE respectivo, o PRAZO DE 5 DIAS para


julgá-lo.
O CE prevê, ainda, crime específico se for assinado o título ou a lista
eletrônica de eleitores antes de analisada RAE e deferido o pedido. Trata-
se do crime denominado de perturbação ou impedimento do alistamento,
que gera pena de detenção ou pagamento de dias -multa.
Vejamos uma linha que sintetizam o procedimento que estudamos acima.

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Alistando comparece Quinzenalmente é


5 dias para entrega
à JE com os divulgada a lista dos
do documento.
documentos. pedidos de inscrição.

Indeferido, abre-se
prazo de 5 dias para
Deferido, o título será o eleitor e, no caso
Servidor preenche a
assinado e o eleitor de deferimento, de
RAE.
constará na lista. 10 dias para delegado
de partido
impugnarem.

A RAE é apresentada
Efetuam-se eventuais O recurso será
ao juiz as 48 horas
diligências. analisado no prazo de
seguintes.
5 dias pelo TRE.

Ficou mais fácil? Certamente sim, essa linha bem sintetiza todo o
procedimento do alistamento!
Vejamos o art. 46 do CE:
Art. 46. As folhas individuais de votação e os títulos serão confeccionados de
acordo com o modelo aprovado pelo Tribunal Superior Eleitoral.
§ 1º Da folha individual de votação [lista eletrônica de eleitores] e do título
eleitoral constará a indicação da Seção em que o eleitor tiver sido inscrito a qual será
localizada dentro do distrito judiciário ou administrativo de sua residência e o mais
próximo dela, considerados a distância e os meios de transporte.
§ 2º As folhas individuais de votação serão conservadas em pastas, uma
para cada Seção Eleitoral; remetidas, por ocasião das eleições, às Mesas
Receptoras, serão por estas encaminhadas com a urna e os demais
documentos da eleição às Juntas Eleitorais, que as devolverão, findos os
trabalhos da apuração, ao respectivo Cartório, onde ficarão guardadas .
§ 3º O eleitor ficará vinculado permanentemente à Seção Eleitoral indicada no seu
título, salvo:
I – se se transferir de Zona ou Município, hipótese em que deverá requerer
transferência;
II – se, até 100 (cem) dias [150 dias] antes da eleição, provar, perante o Juiz
Eleitoral, que mudou de residência dentro do mesmo Município, de um Distrito para
outro ou para lugar muito distante da Seção em que se acha inscrito, caso em que
serão feitas na folha de votação e no título eleitoral, para esse fim exibido, as
alterações correspondentes, devidamente autenticadas pela autoridade judiciária.
§ 4º O eleitor poderá, a qualquer tempo, requerer ao Juiz Eleitoral a
retificação de seu título eleitoral ou de sua folha individual [lista eletrônica de
eleitores] de votação, quando neles constar erro evidente, ou indicação de Seção
diferente daquela a que devesse corresponder a residência indicada no pedido de
inscrição ou transferência.

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§ 5º O título eleitoral servirá de prova de que o eleitor está inscrito na Seção


em que deve votar. E, uma vez datado e assinado pelo Presidente da Mesa
Receptora, servirá também de prova de haver o eleitor votado.

O art. 46 do CE trata do título eleitoral e das listas de eleitores.


O modelo de título eleitoral atual foi determinado pelo TSE, conforme este
modelo, extraído da própria Resolução TSE nº 21.538/2003.

FRENTE VERSO

Quanto à lista de eleitores (criada em substituição à folha individual de


votação), ela será digitalmente informada no Sistema Eleitoral.
Do dispositivo acima, devemos tratar com calma da regra constante do §3º,
que trata da vinculação do eleitor à Zona Eleitoral respectiva. Conforme
consta do dispositivo, a Zona Eleitoral e o local de votação serão definidos
de acordo com o endereço do eleitor.
Se houver transferência de domicílio dentro do mesmo município o
eleitor deverá comparecer à Justiça Eleitoral efetuar a OPERAÇÃO 5 –
REVISÃO. Caso haja alteração de domicílio fora dos limites do
município anterior, será necessário comparecer à Justiça Eleitoral do novo
domicílio para efetuar a transferência, pela OPERAÇÃO 3 –
TRANSFERÊNCIA.
Como vimos no início da aula, durante os 150 dias
que antecede o pleito eleitoral, a Justiça Eleitoral
não pode receber requerimentos de inscrição ou
transferência de alistamento, conforme disciplina o
art. 91, caput, da Lei nº 9.504/1997 (Lei das Eleições).
Art. 91. Nenhum requerimento de inscrição eleitoral ou de transferência será recebido
dentro dos cento e cinqüenta dias anteriores à data da eleição.

Em razão disso, eventuais alterações no cadastro eleitoral deverão


ser efetuadas até 151º dia antes das eleições. Esse 151º são aqueles
dias que comumente vemos nos noticiários em que há longas filas para
regularização dos alistamentos na Justiça Eleitoral.

PRAZO PARA ALISTAMENTO


150º DIA ANTES DO
OU TRANSFERÊNC IA DE
PLEITO
TÍTULO

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Ademais, é relevante memorizar que o título eleitoral servirá de prova de


que o eleitor está inscrito na Seção em que deve votar.
Vejamos, agora, o art. 47 do CE:
Art. 47. As certidões de nascimento ou casamento, quando destinadas ao
alistamento eleitoral, serão fornecidas gratuitamente, segundo a ordem dos
pedidos apresentados em Cartório pelos alistandos ou Delegados de partido.
§ 1º Os Cartórios de registro civil farão, ainda, gratuitamente, o registro de
nascimento, visando ao fornecimento de certidão aos alistandos, desde que provem
carência de recursos, ou aos Delegados de partido, para fins eleitorais.
§ 2º Em cada Cartório de registro civil haverá um livro especial, aberto e rubricado
pelo Juiz Eleitoral, onde o cidadão, ou o Delegado de partido deixará expresso o
pedido de certidão para fins eleitorais, datando-o.
§ 3º O Escrivão, dentro de quinze dias da data do pedido, concederá a certidão, ou
justificará, perante o Juiz Eleitoral, por que deixa de fazê-lo.
§ 4º A infração ao disposto neste artigo sujeitará o Escrivão às penas do art. 293.

A presente norma deve ser interpretada em consonância com o que prevê


a CF a respeito da matéria, bem como com a Lei nº 9.265/1996, que dispõe
sobre a gratuidade dos atos necessários ao exercício da cidadania.
Segundo a nossa CF:
LXXVI - são gratuitos para os reconhecidamente pobres, na forma da lei:
a) o registro civil de nascimento;
b) a certidão de óbito;

O voto é ato importante de exercício de cidadania, logo nada mais lógico


que a previsão constante do art. 1º da referida lei, posto que garante o
fornecimento gratuito das certidões para apresentação junto à Justiça
Eleitoral:
Art. 1º São gratuitos os atos necessários ao exercício da cidadania, assim
considerados:
I - os que capacitam o cidadão ao exercício da soberania popular, a que se reporta o
art. 14 da Constituição; (...).

Desse modo, podemos afirmar que NÃO é necessário a prova da


carência de recursos para fornecimento de certidões para o
alistamento eleitoral, uma vez que é um direito assegurado a todos.
Art. 48. O empregado mediante comunicação com 48 (quarenta e oito) horas
de antecedência, poderá deixar de comparecer ao serviço, SEM PREJUÍZO DO
SALÁRIO e por TEMPO NÃO EXCEDENTE A 2 (DOIS) DIAS, para o fim de se
alistar eleitor ou requerer transferência.

O art. 48 traz outra regra importante, que é a obrigatoriedade de o


empregador possibilitar ao empregado o afastamento do trabalho para
alistamento. Essa hipótese de interrupção do contrato de trabalho deve
observar as seguintes regras:

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INTERRUPÇÃO DO CONTRATO PARA ALISTAMENTO


•comunicação prévia do empregador com 48 horas de antecedência;
•afastamento por, no máximo, 2 dias.
•o empregado continua recebendo salário nos dias em que estiver
afastado.

Os arts. 49 e 50 tratam do alistamento com utilização


do Braille. O Sistema Braille é método de leitura
para aqueles que são cegos. Há, na Justiça Eleitoral
todo um aparato desenvolvido para permitir o
exercício da cidadania de pessoas com deficiência,
inclusive atribuindo ao Juiz Eleitoral a competência para providenciar meios
para que a Justiça Eleitoral vá até estabelecimentos de proteção aos cegos
para efetivar a inscrição eleitoral. Desse modo, tais pessoas poderão alistar-
se eleitores valendo-se do referido sistema.
Ademais, segundo dispõe o CE, os cegos devem ser alocados na mesma
Seção eleitoral para fins de organização e acessibilidade no dia o pleito.
Art. 49. Os cegos alfabetizados pelo sistema Braille, que reunirem as demais
condições de alistamento, podem qualificar-se mediante o preenchimento da fórmula
impressa e a aposição do nome com as letras do referido alfabeto.
§ 1º De forma idêntica serão assinadas a folha individual [lista eletrônica de
eleitores] de votação e as vias do título.
§ 2º Esses atos serão feitos na presença também de funcionários de estabelecimento
especializado de amparo e proteção de cegos, conhecedor do sistema Braille, que
subscreverá, com o Escrivão ou funcionário designado, a seguinte declaração a ser
lançada no modelo de requerimento: "Atestamos que a presente fórmula bem como
a folha individual de votação e vias do título foram subscritas pelo próprio, em
nossa presença".
Art. 50. O Juiz Eleitoral providenciará para que se proceda ao alistamento nas
próprias sedes dos estabelecimentos de proteção aos cegos, marcando
previamente, dia e hora para tal fim, podendo se inscrever na Zona Eleitoral
correspondente todos os cegos do Município.
§ 1º Os eleitores inscritos em tais condições deverão ser localizados em uma
mesma Seção da respectiva Zona.
§ 2º Se no alistamento realizado pela forma prevista nos artigos anteriores, o número
de eleitores não alcançar o mínimo exigido, este se completará com a inclusão de
outros, ainda que não sejam cegos.
Art. 51. Revogado.

•Gratuidade de certidões de nascimento e de casamento


para fins de alistamento eleitoral.
•Afastamento do trabalho, com remuneração, por até 2
MEIOS
dias para alistamento, desde que comunicado o
FACILITADORES
empregador com 48 horas de antecedência.
DO ALISTAMENTO
•Utilização do Sistema Braille para alistamento de
eleitores, com possibilidade de descolamento da Jusitça
Eleitoral até as unidade de proteção aos cegos.

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Vejamos, na sequência, as regras relativas a emissão da segunda via do


título de eleitor.

4.1 - Segunda via


O tratamento para a emissão de segunda via é disciplinado tanto no CE,
como na Resolução TSE nº 21.538/2003. Vimos no início da aula que para
o procedimento de segunda via será utilizada a OPERAÇÃO 7 – SEGUNDA
VIA, DESDE QUE não haja nenhuma alteração dos dados constantes
do cadastro.
Vejamos, inicialmente, o art. 52:
Art. 52. No caso de perda ou extravio de seu título, requererá o eleitor ao Juiz do
seu domicílio eleitoral, ATÉ 10 (DEZ) DIAS ANTES DA ELEIÇÃO, que lhe expeça
segunda via.
§ 1º O pedido de segunda via será apresentado em Cartório, pessoalmente, pelo
eleitor, instruído o requerimento, no caso de inutilização ou dilaceração, com a
primeira via do título.
§ 2º No caso de perda ou extravio do título, o Juiz, após receber o requerimento de
segunda via, fará publicar, pelo prazo de 5 (cinco) dias, pela imprensa, onde houver,
ou por editais, a notícia do extravio ou perda e do requerimento de segunda via,
deferindo o pedido, findo este prazo, se não houver impugnação.

Conforme vimos, a Justiça Eleitoral não poderá alistar nem transferir


eleitores durante os 150 dias que antecedem o pleito. Já em relação à
emissão de segunda via, como se trata de um procedimento simples, prevê
o CE que o interessado poderá comparecer à Justiça Eleitoral para requerê -
lo, desde que não o faça nos 10 dias que antecede o pleito.
Existem dois procedimentos:
 Se o eleitor inutilizou o dilacerou o título deverá apresentar o que
restou do documento.
 Se o eleitor perdeu ou extraviou o título deverá informar isso à Justiça
Eleitoral, que publicará edital para dar publicidade ao ato pelo prazo
de 5 dias. Passado esse prazo, sem notícia do título ou impugnações,
a Justiça Eleitoral expede a nova via.
Semelhante regra consta da Resolução TSE nº 21.538/2003:
Art. 19. No caso de perda ou extravio do título, bem assim de sua inutilização
ou dilaceração, o eleitor deverá requerer pessoalmente ao juiz de seu
domicílio eleitoral que lhe expeça segunda via.
§ 1º Na hipótese de inutilização ou dilaceração, o requerimento será instruído com a
primeira via do título.
§ 2º Em qualquer hipótese, no pedido de segunda via, o eleitor deverá apor a
assinatura ou a impressão digital do polegar, se não souber assinar, na presença do
servidor da Justiça Eleitoral, que deverá atestar a satisfação dessa exigência, apó s
comprovada a identidade do eleitor.

Vejamos, na sequência o art. 53 do CE:


Art. 53. Se o eleitor estiver fora do seu domicílio eleitoral poderá requerer a
segunda via ao Juiz da Zona em que se encontrar, esclarecendo se vai recebê-
la na sua Zona ou na em que requereu.

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§ 1º O requerimento, acompanhado de um novo título assinado pelo eleitor na


presença do Escrivão ou de funcionário designado e de uma fotografia, será
encaminhado ao Juiz da Zona do eleitor.
§ 2º Antes de processar o pedido, na forma prevista no artigo anterior, o Juiz
determinará que se confira a assinatura constante do novo título com a da folha
individual de votação [] ou do requerimento de inscrição.
§ 3º Deferido o pedido, o título será enviado ao Juiz da Zona que remeteu o
requerimento, caso o eleitor haja solicitado essa providência, ou ficará em Cartório
aguardando que o interessado o procure.
§ 4º O pedido de segunda via formulado nos termos deste artigo só poderá
ser recebido até 60 (sessenta) dias antes do pleito.

O art. 53 possibilita ao interessado requerer a segunda via, caso não esteja


em seu domicílio, onde se encontrar. Em tal situação, deverá esclarecer, ao
efetuar o pedido, se retirará o título de eleitor onde está requerendo ou se
retirará o título na zona eleitoral do seu domicílio.
Antes de prosseguirmos devemos fazer uma
importante diferenciação, que estabelece o nosso CE.
Vimos que o requerimento poderá ser efetuado até 10
dias antes do pleito. Entretanto, a Justiça Eleitoral terá até a véspera do dia
das eleições para entregar a segunda via ao interessado, conforme
disciplina o art. 69, § único, do CE.
Contudo, no caso de o eleitor requerer a segunda via do seu título fora de
seu domicílio, o prazo fixado no art. 53, §2º, para entrega da nova via é de
60 dias.

REQUERIMENTO DE 2ª VIA

requerimento na própria Zona requerimento fora do domicílio


Eleitoral eleitoral

deverá ser requerido até 10 deverá ser requerido prazo de


dias antes das eleições 60 dias antes das eleições

Essa diferença de prazo para requerer envolve a logística da Justiça


Eleitoral, na medida em que os pedidos efetuados fora do domicílio
demandam mais tempo para serem processados. Em ambos os casos, a
Justiça Eleitoral entregará o título ao interessado até a véspera das Eleições.
Para finalizar, devemos estar atentos para a cobrança de taxa, que será
calculada com base na unidade UFIR. Sobre a multa vejamos o art. 54 do
CE:
Art. 54. O requerimento de segunda via, em qualquer das hipóteses, deverá ser
assinado sobre selos federais, correspondentes a 2% (dois por cento)
do salário mínimo da Zona Eleitoral de inscrição.

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Aula 03 - Prof. Ricardo Torques

Parágrafo único. Somente será expedida segunda via ao eleitor que estiver quite
com a Justiça Eleitoral, exigindo-se, para o que foi multado e ainda não liquidou a
dívida, o prévio pagamento, através de selo federal inutilizado nos autos.

Finalizamos, portanto, a disciplina relativa à segunda via.

4.2 - Transferência
A transferência será realizada pela OPERAÇÃO 3 – TRANSFERÊNCIA
conforme vimos no início da aula, sendo utilizada somente se houver
mudança de domicílio.
O art. 55 do CE, disciplina as regras relativas à transferência do registro.
Art. 55. Em caso de mudança de domicílio, cabe ao eleitor requerer ao Juiz do novo
domicílio sua transferência, juntando o título anterior.
§ 1º A transferência só será admitida satisfeitas as seguintes exigências:
I – entrada do requerimento no Cartório Eleitoral do novo domicílio até 100
(cem) dias [150 DIAS] antes da data da eleição;
II – transcorrência de pelo menos 1 (UM) ANO da inscrição primitiva;
III – residência mínima de 3 (TRÊS) MESES no novo domicílio, atestada pela
autoridade policial ou provada por outros meios convincentes .
§ 2º O disposto nos incisos II e III do parágrafo anterior NÃO se aplica quando se
tratar de transferência de título eleitoral de servidor público civil, militar,
autárquico, ou de membro de sua família, por motivo de remoção ou
transferência.

Em complementação, a Resolução TSE nº 21.538/2003, prevê no art. 18:


Art. 18. A transferência do eleitor só será admitida se satisfeitas as seguintes
exigências:
I – recebimento do pedido no cartório eleitoral do novo domicílio no PRAZO
ESTABELECIDO PELA LEGISLAÇÃO VIGENTE;
II – transcurso de, PELO MENOS, UM ANO do alistamento ou da última
transferência;
III – residência mínima de TRÊS MESES NO NOVO DOMICÍLIO, declarada, sob
as penas da lei, pelo próprio eleitor (Lei nº 6.996/82, art. 8º);
IV – prova de quitação com a Justiça Eleitoral.
§ 1º O disposto nos incisos II e III NÃO SE APLICA à transferência de título
eleitoral de servidor público civil, militar, autárquico, ou de membro de sua
família, por motivo de remoção ou transferência (Lei nº 6.996/82, art. 8º, parágrafo
único).
§ 2º Ao requerer a transferência, o eleitor entregará ao servidor do cartório o título
eleitoral e a prova de quitação com a Justiça Eleitoral.
§ 3º NÃO comprovada a condição de eleitor ou a quitação para com a Justiça
Eleitoral, o juiz eleitoral arbitrará, desde logo, o valor da multa a ser paga.
§ 4º Despachado o requerimento de transferência pelo juiz eleitoral e processado
pelo cartório, o setor da Secretaria do Tribunal Regional Eleitoral responsável pelos
serviços de processamento de dados enviará ao cart ório eleitoral, que as colocará à
disposição dos partidos políticos, relações de inscrições atualizadas no
cadastro, com os respectivos endereços.

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§ 5º Do despacho que indeferir o requerimento de transferência, caberá recurso


interposto pelo eleitor no PRAZO DE CINCO DIAS e, do que o deferir, poderá
recorrer qualquer delegado de partido político no PRAZO DE DEZ DIAS, contados
da colocação da respectiva listagem à disposição dos partidos, o que deverá ocorrer
nos dias 1º e 15 de cada mês, ou no primeiro dia útil seguinte, ainda que tenham
sido exibidas ao requerente antes dessas datas e mesmo que os partidos não as
consultem (Lei nº 6.996/82, art. 8º).
§ 6º O cartório eleitoral providenciará, para o fim do disposto no § 5º, relações
contendo os pedidos indeferidos.

Dos artigos acima citados devemos extrair que:


(i) O interessado deverá apresentar o título originário para requerer a
transferência.
(ii) O requerimento deverá ser efetuado até 151º dia antes das
eleições. Isso porque o art. 91, caput, da Lei das Eleições prevê que o
alistamento e a transferência não poderão ser feitos nos 150 dias que
antecedem o pleito eleitoral.
Desse modo, como nos 150 dias que antecedem o pleito o cadastro eleitoral
permanece fechado, o eleitor deverá comparecer até o 151º ant es das
eleições para efetuar a transferência.
(iii) Exige-se para a transferência o transcurso de pelo menos 1 ano da
inscrição definitiva.
(iv) Residência mínima de 3 meses no novo domicílio.
O CE prevê que o interessado deverá apresentar prova do novo domicílio
por atestado da autoridade policial ou por outro documento “convincente”.
Contudo, atualmente, segundo prevê a Lei nº 6.996/1982, é suficiente a
declaração do novo domicílio, sob as penas da lei.
Art. 8º A transferência do eleitor só será admitida se satisfeitas as seguintes
exigências: (...)
III – residência mínima de 3 (três) meses no novo domicílio, declarada, sob as penas
da lei, pelo próprio eleitor. (...)

Por fim, é importante registrar que há uma regra


específica para os servidores públicos que tenham
sido removidos ou transferidos. Para eles NÃO se
aplica a exigência de 3 meses de domicílio no
novo endereço muito menos da regra de 1 ano de alistamento ou da
última para a transferência.

3 meses de
domicílio
REGRA ESPECÍICA - não precisa
SERVIDORES comprovar, se for
PÚBLICOS (e removido ou
membros da família) transferido: 1 ano do
alistamento ou
última transferência

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(v) No que atine ao procedimento é importante tomar nota das possibilidade


de recurso ou impugnação, em caso de indeferimento ou deferimento,
respectivamente.
Na hipótese de indeferimento da transferência, está previsto que o eleitor
poderá recorrer da decisão no prazo de 5 dias.
Já na hipótese de deferimento da transferência, delegado de partido
poderá apresentar impugnação no prazo de 10 dias, que serão contados
da data em que as listas de transferência forem publicadas. Segundo a
Resolução, tais listagem de transferência são divulgadas aos partidos
políticos sempre no 1º e no 15º dia do mês.
Para fixarmos:

prazo de 5 dias, a
pelo em caso de
RECURSO contar da ciência da
eleitor indeferimento
decisão

prazo de 10 dias a
pelo contadar da
em caso de
IMPUGNAÇÃO delegado publicação da lista
deferimento
de partido (1º e 15º dia de
cada mês)

Vimos que o interessado deverá entregar o título quando do pedido de


transferência, mas e se ele houver perdido ou extraviado o título
anterior e mesmo assim quiser transferir o registro? Ele poderá fazê-
lo, nos termos do art. 56.
Art. 56. No caso de perda ou extravio do título anterior declarado esse fato na
petição de transferência, o Juiz do novo domicílio, como ato preliminar, requisitará,
por telegrama, a confirmação do alegado à Zona Eleitoral onde o requerente se
achava inscrito.
§ 1º O Juiz do antigo domicílio, no prazo de 5 (CINCO) DIAS, responderá por
ofício ou telegrama, esclarecendo se o interessado é realmente eleitor, se a inscrição
está em vigor, e, ainda, qual o número e a data da inscrição respectiva.
§ 2º A informação mencionada no parágrafo anterior, suprirá a falta do título
extraviado, ou perdido, para o efeito da transferência, devendo fazer parte integrante
do processo.

No pedido de transferência, o cidadão declarará que perdeu o documento,


registrando o domicílio anterior. O Juiz do domicílio pretendido pelo el eitor
solicitará informações à Zona Eleitoral do domicílio antigo, cujo juiz, no
prazo de 5 dias, esclarecerá se, de fato, o cidadão consta do cadastro
daquela localidade como eleitor. Concedida a informação, o juiz procederá
à transferência e emitirá o novo título.
Tudo certo até aqui? Como você estão percebendo, o nosso estudo de
Alistamento é uma “colcha de retalhos”, por vezes aplicamos o CE, por
vezes, as Leis nº 6996/1982 e nº 7.444/1985 e, por vezes, ainda, a
Resolução TSE nº 21.538/2003. Isso dificulta nosso estudo.
Agora prestem atenção!

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O art. 57 disciplina o procedimento de publicação e impugnação da


transferência. Vimos no início da aula de hoje algumas re gras específicas
que tratam da publicação e impugnações ao alistamento. Fizemos,
inclusive, uma linha do tempo... Lembram?
Aqui no art. 57 há algo semelhante, contudo, discute-se se tal dispositivo é
aplicável. Procuramos questões sobre o tema, contudo, não as encontramos
o que é positivo, posto que o assunto provavelmente não será objeto de
prova. Contudo, para um estudo mais completo, vamos tratar do artigo 57
e, em sequência, apresentaremos a discussão jurisprudencial. Perfeito?
Força pessoal!
Art. 57. O requerimento de transferência de domicílio eleitoral será imediatamente
publicado na imprensa oficial na capital, e em Cartório nas demais localidades,
podendo os interessados impugná-lo no prazo de DEZ DIAS.
§ 1º Certificado o cumprimento do disposto neste artigo, o pedido deverá ser desde
logo decidido, devendo o despacho do Juiz ser publicado pela mesma forma.
§ 2º Poderá recorrer para o Tribunal Regional Eleitoral, no prazo de 3 (TRÊS)
DIAS, o eleitor que pediu a transferência, sendo-lhe a mesma negada, ou qualquer
Delegado de partido, quando o pedido for deferido.
§ 3º Dentro de 5 (CINCO) DIAS, o Tribunal Regional Eleitoral decidirá do
recurso interposto nos termos do parágrafo anterior.
§ 4º Só será expedido o novo título decorridos os prazos previstos neste artigo
e respectivos parágrafos.

De acordo com o art. 57, a RAE de transferência será


publicada na imprensa para viabilizar a impugnação,
especialmente caso exista alguma divergência ou
dupla inscrição eleitoral.
Da publicação, confere-se o prazo de 10 dias para os interessados
impugnarem a transferência.
Da impugnação, o juiz eleitoral decidirá, competindo à parte interessada,
se pretender, recorrer ao TRE no prazo de 3 dias.
O Tribunal terá o prazo de 5 dias para julgar o recurso à impugna ção.
Somente após todo esse trâmite haverá a expedição do título com o registro
transferido.

A RAE de transferência será Após esse trâmite o novo


imediatamente publicada. título será fornecido.

Os interessados terão 10 dias


O TRE decidirá no prazo de 5
para impugnar a
dias.
transferência.

O Juiz decidirá e sua decisão Os interessados terão 3 dias


será publicada imediatamente. para recorrer ao TRE.

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Essas são as regras expressamente previstas e que acreditamos que


deverão ser seguidas em prova. Contudo, por segurança e na eventualidade
de uma questão mais complexa, devemos estar atentos à discussão
jurisprudencial que envolve o assunto.
A discussão se dá em torno da aplicabilidade da Lei nº 6.996/1982, art. 7º,
§ 1º, que prevê prazo de 5 dias para interposição de recurso pelo alistando
e de 10 dias pelo delegado de partido, nos casos de inscrição originária ou
de transferência. Há quem afirme que esses prazos são aplicáveis aos casos
de transferência.

"[...] o art. 7º, § 1º, da Lei nº 6.996/1982 não alterou o art. 57


Acórdão TSE nº
do Código Eleitoral. Versam os artigos institutos diferentes –
4.339/2003
inscrição e transferência eleitorais, respectivamente."

"[...] o art. 7º, § 1º, da Lei nº 6.996/1982 não alterou o art. 57


PA nº
do Código Eleitoral. Versam os artigos institutos diferentes –
19.536/2007
inscrição e transferência eleitorais, respectivamente".

Para a sua prova, se a questão não especificar, sugerimos seguir a previsão


expressa de lei, aplicando o que expressa o art. 57, acima analisado.
Sigamos!
Art. 58. Expedido o novo título o Juiz comunicará a transferência ao Tribunal
Regional competente, no prazo de 10 (dez) dias, enviando-lhe o título eleitoral, se
houver, ou documento a que se refere o § 1º do artigo 56.
§ 1º Na mesma data comunicará ao Juiz da Zona de origem a concessão da
transferência e requisitará a folha individual de votação [lista eletrônica de eleitores].
§ 2º Na nova folha individual de votação [lista eletrônica de eleitores] ficará
consignado, na coluna destinada a anotações, que a inscrição foi obtida por
transferência, e, de acordo com os elementos constantes do título primitivo, qual o
último pleito em que o eleitor transferido votou. Essa anotação constará, também,
de seu título.
§ 3º O processo de transferência só será arquivado após o recebimento
da folha individual de votação [lista eletrônica de eleitores] da Zona de origem,
que dele ficará constando, devidamente inutilizada, mediante aposição de carimbo a
tinta vermelha.
§ 4º No caso de transferência de Município ou Distrito dentro da mesma Zona,
deferido o pedido, o Juiz determinará a transposição da folha individual de
votação [lista eletrônica de eleitores] para a pasta correspondente ao novo
domicílio, a anotação de mudança no título eleitoral e comunicará ao Tribunal
Regional para a necessária averbação na ficha do eleitor.

Expedido o novo título eleitoral, o Juiz deverá:


 informar ao TRE, no prazo de 10 dias, encaminhando o título antigo
ou, em caso de extravio ou perda, a resposta emitida pelo Juiz
Eleitoral do domicílio anterior do eleitor; e
 comunicar o Juiz da Zona Eleitoral de origem, na mesma data.
A transferência constará da ficha eletrônica de eleitores, para eventual
consulta, e o processo de transferência será arquivado.

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Ao chegar a comunicação da transferência ao Juiz do registro anterior,


deverão ser tomadas uma série de providências, quais sejam:
Art. 59. Na Zona de origem, recebida do Juiz do novo domicílio a comunicação de
transferência, o Juiz tomará as seguintes providências:
I – determinará o cancelamento da inscrição do transferido e a remessa dentro de
três dias, da folha individual de votação ao Juiz requisitante;
II – ordenará a retirada do fichário da segunda parte do título;
III – comunicará o cancelamento ao Tribunal Regional a que estiver subordinado,
que fará a devida anotação na ficha de seus arquivos;
IV – se o eleitor havia assinado ficha de registro de partido, comunicará ao Juiz do
novo domicílio e, ainda, ao Tribunal Regional, se a transferência foi concedida para
outro Estado.

NO CASO DE TRANSFERÊNCIA, PROVIDÊNC IAS A SEREM


TOMADAS PELO JUIZ ELEITORAL DE ORIGEM:

•Cancelamento da inscrição.
•Retirada do fichário da segunda parte do título.
•Comunicar ao TRE o cancelamento.
•Se houver mudança de Estado, deverá ser comunicado o Juiz Eleitoral
caso o eleitor esteja filiado a partido político.

Evidentemente que o eleitor somente poderá exercer o direito ao voto no


novo domicílio após a transferência. É o que prevê o art. 60:
Art. 60. O eleitor transferido não poderá votar no novo domicílio eleitoral em eleição
suplementar à que tiver sido realizada antes de sua transferência.

Para finalizarmos esse tópico, vejamos o art. 61, que dispõe que a
transferência somente será efetivada, caso o cidadão esteja quite com
a Justiça Eleitoral. Caso haja algum débito ou multa pendente, estas
deverão ser quitadas para a expedição do novo título eleitoral.
Art. 61. SOMENTE será concedida transferência ao eleitor que estiver quite
com a Justiça Eleitoral.
§ 1º Se o requerente não instruir o pedido de transferência com o título anterior, o
Juiz do novo domicílio, ao solicitar informação ao da Zona de origem, indagará se o
eleitor está quite com a Justiça Eleitoral, ou não o estando, qual a importância da
multa imposta e não paga.
§ 2º Instruído o pedido com o título, e verificado que o eleitor não votou em eleição
anterior, o Juiz do novo domicílio solicitará informações sobre o valor da multa
arbitrada na Zona de origem, salvo se o eleitor não quiser aguardar a resposta,
hipótese em que pagará o máximo previsto.
§ 3º O pagamento da multa, em qualquer das hipóteses dos parágrafos anteriores,
será comunicado ao Juízo de origem para as necessárias anotações.

Quanto à multa, segundo o CE o Juiz Eleitoral de Origem é quem fixará o


valor da multa, a não ser que o eleitor aceite pagar o valor máximo da
multa, caso em que não será necessário aguardar a repost a do Juiz Eleitoral
de origem.

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Em que pese tal regra, é importante mencionar que a Resolução TSE nº


21.538/2003 prevê que a multa será arbitrada pelo Juiz da Zona Eleitoral
para onde o eleitor for transferir. Vejamos o que dispõe o art. 18, §3º.
§ 3º Não c omprovada a condição de eleitor ou a quitação para com a Justiça Eleitoral,
o juiz eleitoral arbitrará, desde logo, o valor da multa a ser paga.

Desse modo, se a questão não fizer distinção, a melhor resposta deve ser
no sentido de que em regra o Juiz para onde o eleitor está transferindo o
título fixa a multa, a não ser que o eleitor deseje expressamente que ela
seja fixada pelo Juiz de Origem. Na prática isso não acontece , o Juiz da
transferência fixa o valor da multa diretamente.

•a transferência ocorrerá caso o eleitor esteja quite com a


Justiça Eleitoral;
LEMBRE-SE... •se houver eventual multa, o Juiz Eleitoral f ixará o valor
pelo máximo, exceto se houver requerimento do eleitor
para que seja fixada pelo Juiz de Origem.

Desse modo, para a transferência do título eleitoral é necessário:

Requerimento até o 151º dia antes das


eleições.

Decurso do prazo de 1 ano desde a


última transferência.
TRANSFERÊNC IA DO TÍTULO
ELEITORAL Pelo mesmo 3 meses de residência no
novo domicílio (exceto servidores
removidos ou transferidos)

Quitação com a Justiça Eleitoral.

Finalizamos, assim, a parte relativa à transferência.


Quanto aos arts. 62 a 65 do CE eles tratavam dos preparadores, figura
inexistente na Justiça Eleitoral atualmente, em razão da revogação
expressa pela Lei nº 8.868/1994.

4.3 - Delegados de partido perante alistamento


Os procedimentos que envolvem o alistamento eleitoral são acompanhados
pelos partidos políticos para conferir maior legitimidade ao processo
eleitoral. Em razão disso prevê o CE a possibilidade de os partidos políticos
nomearem delegados para acompanhar os procedimentos.

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Os partidos políticos poderão manter dois delegados junto ao TRIBUNAL


REGIONAL ELEITORAL e até três em cada ZONA ELEITORAL. É o que
dispõe o art. 66, §§ 1º ao 4º do CE e o art. 28 da Resolução TSE nº
21.538/2003.
 CE:
§ 1º Perante o Juízo Eleitoral, cada partido poderá nomear 3 (três) Delegados.
§ 2º Perante os Preparadores [perante a Zona Eleitoral], cada partido poderá
nomear até 2 (dois) Delegados, que assistam e fiscalizem os seus atos.
§ 3º Os Delegados a que se refere este artigo serão registrados perante os Juízes
Eleitorais, a requerimento do Presidente do Diretório Municipal.
§ 4º O Delegado credenciado junto ao Tribunal Regional Eleitoral poderá representar
o partido junto a qualquer Juízo ou Preparador do Estado, assim como o Delegado
credenciado perante o Tribunal Superior Eleitoral poderá representar o partido
perante qualquer Tribunal Regional, Juízo ou Preparador.

 Resolução TSE nº 21.538/2003:


Art. 28. Para os fins do art. 27, os partidos políticos poderão manter até dois
delegados perante o Tribunal Regional Eleitoral e até três delegados em cada
zona eleitoral, que se revezarão, não sendo permitida a atuação simultânea de mais
de um delegado de cada partido.
§ 1º Na zona eleitoral, os delegados serão credenciados pelo juiz eleitoral.
§ 2º Os delegados credenciados no Tribunal Regional Eleitoral poderão representar o
partido, na circunscrição, perante qualquer juízo eleitoral.

Os arts. 66, e incisos, do CE e o 27 da Resolução TSE nº 21.538/20036


tratam das funções que esses delegados poderão exercer. Para facilitar
nossos estudos, vejamos inicialmente ambos os dispositivos e, em seguida,
um quadro para auxiliar na memorização.
 CE:
Art. 66. É lícito aos partidos políticos, por seus Delegados:
I – acompanhar os processos de inscrição;
II – promover a exclusão de qualquer eleitor inscrito ilegalmente e assumir a defesa
do eleitor cuja exclusão esteja sendo promovida;
III – examinar, sem perturbação do serviço e em presença dos servidores
designados, os documentos relativos ao alistamento eleitoral, podendo deles tirar
cópias ou fotocópias.

 Resolução TSE nº 21.538/2003:


Art. 27. Os partidos políticos, por seus delegados, poderão:
I – acompanhar os pedidos de alistamento, transferência, revisão, segunda via e
quaisquer outros, até mesmo emissão e entrega de títulos eleitorais, previstos nesta
resolução;
II – requerer a exclusão de qualquer eleitor inscrito ilegalmente e assumir a defesa
do eleitor cuja exclusão esteja sendo promovida;
III – examinar, sem perturbação dos serviços e na presença dos servidores
designados, os documentos relativos aos pedidos de alistamento, transferência,
revisão, segunda via e revisão de eleitorado, deles podendo requere r, de forma
fundamentada, cópia, sem ônus para a Justiça Eleitoral.

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Parágrafo único. Qualquer irregularidade determinante de cancelamento de


inscrição deverá ser comunicada por escrito ao juiz eleitoral, que observará o
procedimento estabelecido nos arts. 77 a 80 do Código Eleitoral.

É importante memorizar o número de delgados perante as Zonas Eleitoral


e perante o TRE respectivo, bem como suas atribuições, para tanto, tome
nota!

DELEGADOS DE
PARTIDOS

número atribuições

3 Zona
2 TRE Examinar os
Eleitoral Acompanhar os
documentos
procedimentos e Requerer a
relativos aos
alistamento exclusão de
pedidos de
(inscrição, registro do
alistamento,
transferência, cadastro.
transferência,
revisão, 2ª via)
revisão e 2º via.

4.4 - Encerramento do alistamento


Para finalizar esse tópico relativo à qualificação e inscrição, vamos tratar do
encerramento do alistamento. Conforme dissemos várias vezes – e não
custa continuar repetindo – o cadastro eleitoral PARA ALISTAMENTO E
TRANSFERÊNCIA permanece fechado nos 150 dias que
antecedentem as eleições. É justamente disso que trata o encerramento
do alistamento.
Art. 67. NENHUM requerimento de inscrição eleitoral ou de transferência será
recebido dentro dos 100 (cem) dias [150 dias] anteriores à data da eleição.

Vejamos o art. 68 do CE.


Art. 68. Em audiência pública, que se realizará às 14 (quatorze) horas do 69º
(sexagésimo nono) dia anterior à eleição, o Juiz Eleitoral declarará encerrada a
inscrição de eleitores na respectiva Zona e proclamará o número dos inscritos a té às
18 (dezoito) horas do dia anterior, o que comunicará incontinênti ao Tribunal
Regional Eleitoral, por telegrama, e fará público em edital, imediatamente afixado no
lugar próprio do Juízo e divulgado pela imprensa, onde houver, declarando nele o
nome do último eleitor inscrito e o número do respectivo título, fornecendo aos
Diretórios Municipais dos partidos cópia autêntica desse edital.
§ 1º Na mesma data será encerrada a transferência de eleitores, devendo constar do
telegrama do Juiz Eleitoral ao Tribunal Regional Eleitoral, do edital e da cópia deste
fornecida aos Diretórios Municipais dos partidos e da publicação da imprensa, os

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nomes dos 10 (dez) últimos eleitores, cujos processos de transferência estejam


definitivamente ultimados e o número dos respectivos títulos eleitorais.
§ 2º O despacho de pedido de inscrição, transferência, ou segunda via, proferido
após esgotado o prazo legal, sujeita o Juiz Eleitoral às penas do art. 291.

O art. 69 do CE fixa que as Zonas Eleitorais deverão


entregar os títulos eleitorais no prazo de 30 dias
antes das eleições. Esse prazo, embora previsto
expressamente, não deverá constar da prova, posto que com o
procedimento atual, de processamento eletrônico, o título, em regra, é
emitido na hora. A título de curiosidade, registre-se, que a Justiça Eleitoral
vale-se do Sistema ELO, que integra os cadastros eleitorais automatizando
a prestação dos serviços.
Art. 69. Os títulos eleitorais resultantes dos pedidos de inscrição ou de tra nsferência
serão entregues até 30 (TRINTA) DIAS antes da eleição.
Parágrafo único. A segunda via poderá ser entregue ao eleitor até a véspera do pleito.

Finalizado o período eleitoral, a rotina de alistamento retorna ao normal,


como prevê o art. 70:
Art. 70. O alistamento reabrir-se-á em cada Zona logo que estejam concluídos os
trabalhos da sua Junta Eleitoral.

Finalizamos assim o capítulo referente à inscrição e qualificação!

5 - Cancelamento e Exclusão
Neste capítulo vamos tratar do cancelamento e da excl usão da inscrição
eleitoral. Sobre o assunto, o Código Eleitoral , entre os arts. 71 e 81,
disciplina as hipóteses de cancelamento e exclusão.
De modo didático podemos diferenciar ambas as hipóteses do seguinte
modo:

CANCELAMENTO EXCLUSÃO

Na hipótese de cancelamento, a Na hipótese de exclusão, a


inscrição permanecerá inativa inscrição será expurgada do
no cadastro. sistema eleitoral.

Poderá o interessado requerer Poderá o interessado requerer


novo alistamento, caso em que novo alistamento, caso em que
restaurará o mesmo número receberá novo número de
de inscrição inscrição.

Portanto, devemos estar atentos para o fato de que tanto o cancelamento


quanto a exclusão da inscrição poderão ser restauradas pelo
interessado.
Não há, contudo, no CE diferenciação entre as hipóteses de cancelamento
e exclusão. Ademais, o CE é atécnico nesse sentido, pois utiliza os termos
indistintamente. Embora nós façamos a “correção” do CE quando ele

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mencionar exclusão, para a nossa prova devemos adotar os termos


“cancelamento” e “exclusão” como sinônimos, a não ser que a questão
indique tal diferenciação.
Nesse contexto, possui relevância o art. 47, §3º, da Resolução TSE nº
21.538/2003, que define exclusão do seguinte modo:
§ 3º Após o transcurso de seis anos, contados do processamento do código FASE
próprio, as inscrições canceladas serão excluídas do cadastro.

Do dispositivo extrai-se que a exclusão do cadastro ocorrerá após 6


ano do cancelamento da inscrição eleitoral.

Ocorrerá após 6 anos do


EXCLUSÃO cancelamento da inscrição
eleitoral.

Todas as demais situações que veremos adiante, portanto, referem-se ao


cancelamento do título eleitoral. Ficou fácil, não?!
Vistas essas noções gerais, vamos ao art. 71 do CE:
Art. 71. São causas de cancelamento:
I – a infração dos arts. 5º e 42 [inalistabilidade e falta de domicílio];
II – a suspensão ou perda dos direitos políticos;
III – a pluralidade de inscrição;
IV – o falecimento do eleitor;
V – deixar de votar em 3 (três) eleições consecutivas.
§ 1º A ocorrência de qualquer das causas enumeradas neste artigo acarretará a
exclusão do eleitor [cancelamento da inscrição], que poderá ser promovida ex
officio, a requerimento de Delegado de partido ou de qualquer eleitor.
§ 2º No caso de ser algum cidadão maior de 18 (dezoito) anos privado temporária
ou definitivamente dos direitos políticos, a autoridade que impuser essa pena
providenciará para que o fato seja comunicado ao Juiz Eleitoral ou ao Tribunal
Regional da circ unscrição em que residir o réu.
§ 3º Os oficiais de registro civil, sob as penas do art. 293, enviarão, até o dia 15
(quinze) de cada mês, ao Juiz Eleitoral da Zona em que oficiarem, comunicação dos
óbitos de cidadãos alistáveis, ocorridos no mês anterior, para cancelamento das
inscrições.
§ 4º Quando houver denúncia fundamentada de fraude no alistamento de uma
Zona ou Município, o Tribunal Regional poderá determinar a realização de correição
e, provada a fraude em proporção comprometedora, ordenará a revisão do
eleitorado, obedecidas as instruções do Tribunal Superior e as recomendações que,
subsidiariamente, baixar, com o cancelamento de ofício das inscrições
correspondentes aos títulos que não forem apresentados à revisão.

Quanto às hipóteses do art. 71, devemos analisar algumas questões


específicas.
(i) A primeira hipótese refere-se aos casos de inalistabilidade, matéria
revisada no início desta aula.

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estrangeiro

conscrito
INALISTÁVEIS
apátrida

sem ou com os direitos políticos


suspensos

(ii) Quanto ao domicílio eleitoral, caso não demonstrado pelo


interessado vínculo de natureza profissional, patrimonial, afetiva ou
política, sem possuir uma residência fixa, será procedido o
cancelamento da inscrição.
(iii) As hipóteses de suspensão e perda dos direitos políticos também já
foram analisadas nesta aula.
(iv) Quanto ao falecimento do eleitor duas informações são relevantes
Primeira, o CE estabelece a atribuição específica aos oficiais de registro
civil informar mensalmente os óbitos ocorrido para fins de cancelamento
dos títulos eleitorais. Assim, até o DIA 15 DE CADA MÊS os oficiais devem
remeter à Justiça Eleitoral a relação de falecidos para cancelamento do
cadastro.
Segunda, há previsão específica no art. 79 do CE, referindo os casos de
falecimento notórios. Por exemplo, a queda do avião no qual estava o
presidenciável Eduardo Campo. Em tais situações, o CE dispensa a
comunicação pelo oficial do registro civil. Para arrematar, vejamos o
dispositivo:
Art. 79. No caso de exclusão por falecimento, tratando-se de caso notório, serão
dispensadas as formalidades previstas nos nos II e III do artigo 77.

(v) Em relação à quarta hipótese – deixar de votar em


3 eleições consecutivas – é importante deixar claro
que além de deixar de votar o eleitor deverá
deixar de justificar no prazo de 6 meses, bem
como não poderá ter ido nos anos anteriores
para regularizar a situação eleitoral.
Essas hipóteses são fundamentais e devem ser memorizadas para a prova!

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Inalistabilidade

Ausência de Domicílio Eleitoral

CAUSAS DE
Suspensão/perda dos Direitos Políticos
CANCELAMENTO

Pluralidade de Inscrição

Falecimento do eleitor

Quanto ao art. 71, §1º, registre-se que o CE não usou da melhor técnica na
medida em que as hipóteses acima são de
cancelamento, não de exclusão.
O importante desse dispositivo é saber quem são os
legitimados para requerer o cancelamento:
1. Pelo próprio Juiz Eleitoral, de ofício (ex officio);
2. Requerimento do Delegado de Partido; e
3. Requerimento pelo eleitor.
O § 4º trata da denúncia por fraude no alistamento. Tal denúncia será
analisada e poderá implicar em correição. Averiguada a hipótese de fraude
em proporção comprometedora do cadastro, será determinada a revisão do
eleitorado, matéria que será estudada em aula futura.
O art. 72 determina que enquanto não for definitiva a decisão acerca
do cancelamento ou exclusão da inscrição, o eleitor poderá
continuar votando regularmente. Isso é importante posto que o
procedimento exige fases, impugnações e recursos de modo que somente
restará inviabilizado o voto quando a decisão da Justiça Eleitoral for
definitiva.
Além disso, destaca-se que cancelada a inscrição o voto será anulado numa
situação bastante específica: apenas se somados, os votos de eleitores
cuja inscrição foi cancelada, forem suficientes para alterarem o
resultado. Isso justificaria uma nova reclassificação dos candidatos.
Interessante, não?
Art. 72. Durante o processo e até a exclusão pode o eleitor votar
validamente.
Parágrafo único. Tratando-se de inscrições contra as quais hajam sido interpostos
recursos das decisões que as deferiram, DESDE QUE tais recursos venham a ser
providos pelo Tribunal Regional ou Tribunal Superior, serão nulos os votos
SE o seu número for suficiente para alterar qualquer representação
partidária ou classificação de candidato eleito pelo princípio majoritário.

Como o cancelamento ou a exclusão de inscrição eleitoral é realizada por


intermédio de um procedimento, é necessária a defesa daquele que tiver

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sua inscrição cancelada. Tendo isso em mente vejamos quem poderá fazer
a defesa cuja inscrição poderá ser cancelada:
Art. 73. No caso de exclusão, a defesa pode ser feita pelo interessado, por outro eleitor
ou por Delegado de partido.

Assim:

DEFESA DAQUELE QUE TERÁ A


INSCRIÇÃO CANCELADA

Delegado de
Próprio interessado Outro eleitor
Partido

O art. 74, por sua vez, trata da possibilidade de o Juiz Eleitoral iniciar o
procedimento de exclusão do eleitor do cadastro eleitoral, desde que tenha
conhecimento de alguma das hipóteses que estudamos acima.
Art. 74. A exclusão será mandada processar ex officio pelo Juiz Eleitoral, sempre que
tiver conhecimento de alguma das causas do cancelamento.

O art. 75 trata de uma hipótese interessante: o batimento ou


cruzamento de dados constantes do cadastro eleitoral. Atualmente,
esse batimento é realizado pelo TSE por intermédio de processamento
eletrônico. Essa matéria será estudada adiante. Aqui, entretanto, devemos
ter em mente que se o TRE efetuar tal batimento e perceber a duplicidade
ou pluralidade de inscrições para uma mesma pessoa deverá
comunicar o Juiz Eleitoral competente para que inicie o processo de
cancelamento.
O que é importante desse dispositivo, em verdade, é compreender a regra
para o cancelamento. Nos seus incisos o dispositivo estabelece uma ordem
de parâmetros a serem observados para o cancelamento. Esses
parâmetros devem ser observados em ordem.
Primeiramente deverá ser cancelada a inscrição que não corresponder ao
domicílio eleitoral. Caso ambas correspondam ao mesmo domicílio, deve -
se escolher aquele título que eventualmente ainda não tiver sido entregue
ao eleitor. Se ambos tiverem com o eleitor, deve-se escolher o título que
foi utilizado para votar nas últimas eleições. Se ambos os título s tiverem
sido utilizados e se ambos os títulos não tiverem sido utilizados, finalmente,
será cancelado o título mais antigo. Ufa! Agora, se ambos os títulos foram
confeccionados na mesma data, no mesmo domicílio, daí é incompetência
do servidor que não se atentou, rsrs...

Enfim, para a nossa prova memorize a ordem. É fundamental sabê-la!

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1º - inscrição que não corresponda ao domicílio eleitoral.

2ª - Inscrição cujo título não haja sido entregue ao


eleitor.

3ª - Inscrição cujo título não haja sido utilizado para o


exercício do voto na última eleição.

4ª - Inscrição mais antiga.

Por fim, vejamos o dispositivo do CE:


Art. 75. O Tribunal Regional, tomando conhecimento através de seu fichário, da
inscrição do mesmo eleitor em mais de uma Zona sob sua jurisdição, comunicará o
fato ao Juiz competente para o cancelamento, que de preferência deverá recair:
I – na inscrição que não corresponda ao domicílio eleitoral;
II – naquela cujo título não haja sido entregue ao eleitor;
III – naquela cujo título não haja sido utilizado para o exercício do voto na
última eleição;
IV – na mais antiga.

Devemos ressaltar que a ordem estabelecida neste dispositivo será aplicada


quando houver detectada a pluralidade em razão do batimento. Essa
hipótese não se confunde com a ordem estabelecida quando o eleitor
comparece à Justiça Eleitoral e são detectadas duas inscrições ou mais em
seu nome. Essa hipótese, que está prevista no art. 5º, §4º, da Resolução,
estabelece que primeiramente deve-se fazer a transferência da inscrição
utilizada para o voto nas últimas eleições. Dessa forma, cancela -se a não
utilizada. Caso, nenhuma tenha sido utilizada para votar transfere -se a
inscrição mais antiga, o que significa dizer que será cancelada a inscrição
mais recente. São hipóteses regulamentares diferentes, portanto.
Os arts. 76 a 78 do CE tratam do processo de cancelamento, conforme
afirmamos existir. Vejamos inicialmente um resumo do procedimento, após
traremos os dispositivos para leitura!
Notificada a irregularidade será instaurado o
procedimento. O Juiz determinará a autuação do
processo com os documentos necessários.
Em seguida será publicado edital pelo prazo de 10 dias
para ciência dos interessados, que poderão, nos 5 dias seguintes, impugnar
o processo.

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Nos 5 a 10 dias seguintes haverá a instrução probatória, onde os


interessados trarão ao processo provas comprovando o cancelamento ou
provando a idoneidade da inscrição, a depender do interessado.
Finalmente, o processo será remetido ao juiz eleitoral, que decidirá no prazo
de 5 dias.
A decisão favorável ao cancelamento implicará:
 Retirada do eleitor o cadastro eletrônico de eleitores, registro da
ocorrência que será anexado ao processo de cancelamento;
 Registro da ocorrência em livro próprio;
 Exclusão da inscrição de fichários e lista de eleitores;
 Anotação dos claros nas pastas de votação (ocorre eletronicamente);
e
 Comunicação do TRE para anotações próprias.
Vejamos, agora, os dispositivos!
Art. 76. Qualquer irregularidade determinante de exclusão [cancelamento da
inscrição] será comunicada por escrito e por iniciativa de qualquer interessado ao
Juiz Eleitoral, que observará o PROCESSO estabelecido no artigo seguinte.
Art. 77. O Juiz Eleitoral processará a exclusão pela forma seguinte:
I – mandará autuar a petição ou representação com os documentos que a
instruírem;
II – fará publicar edital com prazo de 10 (DEZ) DIAS para ciência dos
interessados, que poderão contestar dentro de 5 (cinco) dias;
III – concederá dilação probatória de 5 (CINCO) A 10 (DEZ) DIAS, se
requerida;
IV – decidirá no prazo de 5 (CINCO) DIAS.
Art. 78. Determinado, por sentença, o cancelamento, o Cartório tomará as
seguintes providências:
I – retirará, da respectiva pasta, a folha de votação, registrará a ocorrência no local
próprio para anotações e juntá-la-á ao processo de cancelamento;
II – registrará a ocorrência na coluna de observações do livro de inscrição;
III – excluirá dos fichários as respectivas fichas, colecionando-as à parte;
IV – anotará, de forma sistemática, os claros abertos na pasta de votação para o
oportuno preenchimento dos mesmos;
V – comunicará o cancelamento ao Tribunal Regional para anotação no seu fichário.

O art. 79, do CE, já foi analisado, acima, na hipótese de cancelamento por


falecimento.
O art. 80, por sua vez, disciplina a possibilidade de recurso a ser
apresentado ao TRE no prazo de 3 dias.
Art. 80. Da decisão do Juiz Eleitoral caberá recurso no prazo de 3 (três) dias, para
o Tribunal Regional, interposto pelo excluendo ou por Delegado de partido.

Vejamos, por fim, uma linha do tempo do processo de cancelamento:

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Notificada a
irregularidade
será instaurado o
Edital pelo prazo
procedimento. O de 10 dias para Impugnação no
Juiz determinará
ciência dos prazo de 5 dias.
a autuação do
interessados.
processo com os
documentos
necessários.

Nos 5 a 10 dias
Decisão no Juiz
Reucrso ao TRE no seguintes haverá a
Eleitoral no prazo
prazo de 3 dias. instrução
de 5 dias.
probatória.

Por fim, como dissemos, cessada a causa do cancelamento, poderá o eleitor


requerer novamente a inscrição eleitoral!
Art. 81. Cessada a causa do cancelamento, poderá o interessado requerer
novamente a sua qualificação e inscrição.

Pessoal, é isso chega de teoria por hoje!

6 Questões
Na sequência passamos à bateria de questões da
presente aula. São inúmeras questões, algumas de
2015, inclusive.

6.1 - Questões sem comentários


Questão 01 – VUNESP - TJ-SP – Juiz - 2013
Podem alistar-se como eleitores,
a) os conscritos, durante o período do serviço militar obrigatório.
b) os brasileiros residentes em Portugal que ali gozam dos direitos políticos do Estado
onde residem.
c) os militares de carreira.
d) os estrangeiros, com residência no país.

Questão 02 – CESPE/TJ-RJ – Juiz – 2014 – questão adaptada


Julgue o item a seguir.
A capacidade eleitoral ativa consiste nos direitos políticos do cidadão de votar e ser
votado.

Questão 04 –UFPR/TJ-PR – Juiz - 2013


Assinale a alternativa INCORRETA:

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a) O alistamento eleitoral e o voto são obrigatórios para os maiores de dezoito anos


e facultativo para os analfabetos, maiores de setenta anos e para os maiores de
dezesseis anos e menores de dezoito anos.
b) Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o período de
serviço militar obrigatório, os conscritos.
c) São condições de elegibilidade na forma da lei a nacionalidade brasileira, o pleno
exercíc io dos direitos políticos, o alistamento eleitoral, o domicílio eleitoral na
circunscrição, filiação partidária; idade mínima de trinta e cinco anos para Presidente
e Vice-Presidente da República, Senador; trinta anos para Governador e Vice -
Governador dos Estados e do Distrito Federal; vinte e um anos para Deputado
Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e Juiz de Paz; dezoito
anos para vereador.
d) São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes
consanguíneos ou afins, até o terceiro grau ou por adoção, do Presidente da
República, de Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou
de quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já
titular de mandato eletivo e candidato à reeleição.

Questão 05 – CESPE/TJ-SP – Juiz – 2013 – questão adaptada


Quanto ao alistamento eleitoral, julgue o item abaixo.
Podem alistar-se como eleitores os militares de carreira.

Questão 06 – CESPE/TRE-MS - Analista Judiciário - Área Judiciária


- 2013
À luz da legislação de regência e da Resolução/TSE/21.538/2003, assinale a opção
correta no que se refere a alistamento eleitoral.
a) A segunda via do título de eleitor deve ser solicitada até trinta dias antes da
eleição, podendo ser entregue ao solicitante até dez dias antes do pleito.
b) O despacho de pedido de inscrição eleitoral, transferência ou segunda via proferido
pelo juiz eleitoral após o prazo legal estabelecido é crime para o qual é prevista pena
de reclusão e multa.
c) A exclusão de eleitor não pode ser promovida de ofício pelo magistrado.
d) No caso de exclusão de eleitor, a defesa deve ser feita por advogado constituído.

Questão 07 – CESPE/TJ-PR – Juiz – 2013 – questão adaptada


Sobre o tema de alistamento eleitoral, assinale o item a seguir.
O alistamento eleitoral e o voto são obrigatórios para os maiores de dezoito anos e
facultativo para os analfabetos, maiores de setenta anos e para os maiores de
dezesseis anos e menores de dezoito anos.

Questão 08 – CESPE/TRE-MS – Analista Judiciário – 2013 – questão


adaptada
À luz da legislação de regência e da Resolução/TSE/21.538/2003, julgue o item
abaixo no que se refere a alistamento eleitoral.
A segunda via do título de eleitor deve ser solicitada até trinta dias antes da eleição,
podendo ser entregue ao solicitante até dez dias antes do pleito.

Questão 09 – CESPE/TRE-MS - Programador de computador - 2013

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Com base na Resolução do TSE n.º 21.538/2003, assinale a opção correta a respeit o
da transferência do eleitor.
a) A transferência do eleitor independe de estar ele quite com a justiça eleitoral.
b) O despacho que indefere o pedido de transferência do eleitor é irrecorrível.
c) O pedido de transferência do eleitor é feito no cartório de seu antigo domicílio
eleitoral, a quem cabe oficiar ao cartório do domicílio atual do eleitor para que se
efetive a transferência requerida.
d) Para a transferência do eleitor, exige-se que ele resida há pelo menos três meses
no novo domicílio, fato declarado, sob as penas da lei, pelo próprio eleitor.

Questão 10 – CESPE/TRE-MS - Programador de computador - 2013


Com base na Resolução do TSE n.º 21.538/2003 e na legislação eleitoral pertinente,
assinale a opção correta.
a) O pedido de justificação do eleit or que deixar de votar pode ser formulado na zona
eleitoral em que ele se encontrar, a qual providenciará sua remessa ao juízo
competente.
b) Um cidadão que tiver sido alfabetizado aos trinta anos de idade poderá requerer
seu alistamento eleitoral, desde que pague multa, no ato da inscrição, imposta pelo
juiz eleitoral em razão de seu alistamento tardio.
c) As informações constantes do cadastro eleitoral são sigilosas, não podendo ser
acessadas por instituições públicas ou privadas.
d) Toda e qualquer fraude, mesmo em proporção insignificante, acarreta a necessária
revisão do eleitorado pela respectiva junta eleitoral.

Questão 11 – CESPE/TRE-MS – Analista Judiciário – 2013 – questão


adaptada
À luz da legislação de regência e da Resolução/TSE/21.538/2003, julgue o item
abaixo no que se refere a alistamento eleitoral.
A exclusão de eleitor não pode ser promovida de ofício pelo magistrado.

Questão 12 – CESPE/TRE-MS Técnico Judiciário - Área


Administrativa - 2013
Com relação a alistamento eleitoral, assinale a opção correta.
a) Proíbe-se o alistamento de menor que não tenha dezesseis anos de idade
completos na data de requerimento de inscrição eleitoral.
b) Ao brasileiro nato que deixar de se alistar até os dezenove anos de idade ou de
requerer sua inscrição eleitoral até o centésimo quinquagésimo primeiro dia anterior
à eleição subsequente à data em que completar dezenove anos de idade será aplicada
multa, cobrada no momento da entrega do título eleitoral.
c) Para efeito de transferência de domicílio eleitoral do eleitor, a residência mínima
de três meses no novo domicílio eleitoral deve ser cabalmente comprovada pelo
interessado por meio de comprovante de residência.
d) No caso de dilaceração de título eleitoral, o requerimento da segunda via deverá
ser instruído com o título danificado.

Questão 13 – CESPE/TRE-MS – Analista Judiciário – 2013 – questão


adaptada

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À luz da legislação de regência e da Resolução/TSE/21.538/2003, julgue o item


abaixo no que se refere a alistamento eleitoral.
O despacho de pedido de inscrição eleitoral, transferência ou segunda via proferido
pelo juiz eleitoral após o prazo legal estabelecido é crime para o qual é prevista pena
de reclusão e multa.

Questão 14 – CESPE/TRE-MS – Analista Judiciário – 2013 – questão


adaptada
À luz da legislação de regência e da Resolução/TSE/21.538/2003, julgue o item
abaixo no que se refere a alistamento eleitoral.
No caso de exclusão de eleitor, a defesa deve ser feita por advogado constituído.

Questão 15 – CESPE/TRE-MS - Técnico Judiciário - Área


Administrativa - 2013
Assinale a opção correta acerca de restabelecimento de inscrição cancelada por
equívoco, formulário de atualização da situação do eleitor, título eleitoral, acesso às
informações constantes do cadastro e restrição de direitos políticos.
a) Nas hipóteses de alistamento, transferência, revisão e segunda via, a data da
emissão do título será a do deferimento pelo juiz.
b) Segundo a Resolução TSE n.º 21.538/2003, somente é admitido o
restabelecimento, mediante comando de código específico, de inscrição cancelada
em virtude de comando equivocado dos códigos atribuídos a falecimento, decisão
judicial e revisão do eleitorado.
c) Os juízes eleitorais podem, no âmbito de suas jurisdições, autorizar a divulgação
a interessados de dados disponíveis em meio magnético sobre profissão e
escolaridade dos eleitores, desde que sem ônus para a justiça eleitoral.
d) A comunicação ao Tribunal Superior Eleitoral da outorga a um brasileiro do gozo
dos direitos políticos em Portugal impede a suspensão, para esse indivíduo, desses
mesmos direitos no Brasil.

Questão 16 – FCC/TJ-GO – Juiz - 2013


Relativamente ao alistamento eleitoral, é INCORRETO afirmar que
a) o alistamento se faz mediante a qualificação e inscrição do eleitor.
b) para o efeito da inscrição, é domicílio eleitoral o lugar de residência ou moradia
do requerente, e, verificado ter o alistando mais de uma, considerar -se-á domicílio
aquela que coincida com o seu local de trabalho.
c) o alistando apresentará em cartório ou local previamente designado, requerimento
em fórmula que obedecerá ao modelo aprovado pelo Tribunal Superior.
d) poderá o juiz se tiver dúvida quanto a identidade do requerente ou sobre qualquer
outro requisito para o alistamento, converter o julgamento em diligência para que o
alistando esclareça ou complete a prova ou, se for necessário, compareça
pessoalmente à sua presença.

Questão 17 – CESPE/TRE-MS – Analista Judiciário – 2013 – questão


adaptada
À luz da legislação de regência e da Resolução/TSE/21.538/2003, julgue o item
abaixo no que se refere a alistamento eleitoral.

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Os requerimentos de inscrição eleitoral ou de transferência do título de eleitor só


podem ser recebidos até cem dias antes da data da eleição.

Questão 18 – CESPE/TRE-MS – Programador de Computador – 2013


– questão adaptada
Com base na Resolução do TSE n.º 21.538/2003, julgue o item a seguir a respeito
da transferência do eleitor.
A transferência do eleitor independe de estar ele quite com a justiça eleitoral.

Questão 19 - FCC/TRE-SP - Analista Judiciário - Área Administrat iva


- 2012
O delegado de um partido político, no exercício da fiscalização, constatou a existência
de processo de exclusão injustificada de um eleitor e a inscrição ilegal de outro. Nesse
caso, o partido
a) não pode requerer a exclusão do eleitor inscrito ilegalmente, nem assumir a defesa
do eleitor cuja exclusão esteja sendo promovida, podendo somente comunicar os
fatos ao Ministério Público Eleitoral.
b) pode requerer a exclusão do eleitor inscrito ilegalmente, mas não pode assumir a
defesa do eleitor cuja exclusão esteja sendo promovida.
c) pode assumir a defesa do eleitor cuja exclusão esteja sendo promovida, mas não
pode requerer a exclusão do eleitor inscrito ilegalmente.
d) pode requerer a exclusão do eleitor inscrito ilegalmente, bem como assumir a
defesa do eleitor cuja exclusão esteja sendo promovida.

Questão 20 – FCC/TRE-PR - Analista Judiciário - Área Judiciária -


2013
Paulo é servidor público federal e foi removido para cidade de outro Estado da
Federação. A transferência do domicílio eleitoral no prazo estabelecido pela legislação
vigente só será admitida se Paulo
a) demonstrar o transcurso de, pelo menos, seis meses do alistamento ou da última
transferência.
b) estiver quite com a Justiça Eleitoral.
c) declarar, sob as penas da lei, residência mínima de três meses no novo domicílio.
d) demonstrar o transcurso de, pelo menos, um ano do alistamento ou da última
transferência.

Questão 21 – CESPE/TRE-MS – Programador de Computador – 2013


– questão adaptada
Com base na Resolução do TSE n.º 21.538/2003, julgue o item a seguir a respeito
da transferência do eleitor.
Para a transferência do eleitor, exige-se que ele resida há pelo menos três meses no
novo domicílio, fato declarado, sob as penas da lei, pelo próprio eleitor.

Questão 22 - CONSULPLAN/TSE - Analista Judiciário - Análise de


Sistemas – 2012
Com base na Resolução TSE 21.538 de 2003, analise.

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I. A transferência do eleitor só será admitida após, pelo menos, um ano do


alistamento ou da última transferência.
II. A transferência só será admitida ao eleitor com residência mínima de três meses
no novo domicílio, declarada, sob as penas da lei, pelo próprio eleitor.
III. O disposto nas afirmativas I e II não se aplica à transferência de título eleitoral
de servidor público civil, militar, autárquico, ou de membro de sua família, por motivo
de remoção ou transferência.
Assinale
a) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.
b) se todas as afirmativas estiverem corretas.
c) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas.
d) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.

Questão 23 –CONSULPLAN/TSE - Analista Judiciário - Área


Judiciária - 2012
O conceito de domicílio eleitoral é
a) igual ao conceito de domicílio do direito civil.
b) idêntico ao conceito de residência do direito civil.
c) o local onde o eleitor exerce sua profissão.
d) o lugar onde o eleitor possui moradia ou residência.

Questão 24 – FCC/TRE-CE - Analista Judiciário - Área Judiciária -


2012
NÃO é requisito para a transferência do eleitor,
a) o transcurso de, pelo menos, um ano do alistamento ou da última transferência.
b) o recebimento do pedido no cartório eleitoral do novo domicílio no prazo
estabelecido pela legislação vigente.
c) o parecer favorável do Ministério Público Eleit oral.
d) a residência mínima de três meses no novo domicílio, declarada, sob as penas da
lei, pelo próprio eleitor.

Questão 25 – CESPE/TRE-MS – Programador de Computador – 2013


– questão adaptada
Com base na Resolução do TSE n.º 21.538/2003, julgue o item a seguir a respeito
da transferência do eleitor.
O despacho que indefere o pedido de transferência do eleitor é irrecorrível.

Questão 26 – CESPE/TRE-MS – Programador de Computador – 2013


– questão adaptada
Com base na Resolução do TSE n.º 21.538/2003, julgue o item a seguir a respeito
da transferência do eleitor.
O pedido de transferência do eleitor é feito no cartório de seu antigo domicílio
eleitoral, a quem cabe oficiar ao cartório do domicílio atual do eleitor para que se
efetive a transferência requerida.

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Questão 27 – FCC/TRE-PE - Técnico Judiciário - Área Administrat iva


- 2012
No que concerne à transferência de eleitor, é correto afirmar que:
a) do despacho que deferir o requerimento de transferência só cabe recurso do
Ministério Público Eleitoral, no prazo de três dias.
b) só será admitida após o transcurso de, pelo menos, dois anos do alistamento ou
da última transferência.
c) o despacho que indeferir o requerimento de transferência é irrecorrível.
d) exige residência mínima de três meses no novo domicílio, declarada, sob as penas
da lei, pelo próprio eleitor.

Questão 28 – CESPE/TRE-MS – Técnico Judiciário – 2013 – questão


adaptada
Com relação a alistamento eleitoral, julgue o item a seguir.
Proíbe-se o alistamento de menor que não tenha dezesseis anos de idade completos
na data de requerimento de inscrição eleitoral.

Questão 29 – CESPE/TRE-MS – Técnico Judiciário – 2013 – questão


adaptada
Com relação a alistamento eleitoral, julgue o item a seguir.
No caso de dilaceração de título eleitoral, o requerimento da segunda via deverá ser
instruído com o título danificado.

Questão 30 – CESPE/TRE-MS – Técnico Judiciário – 2013 – questão


adaptada
Com relação a alistamento eleitoral, julgue o item a seguir.
Cabe ao alistando preencher o requerimento de alistamento eleitoral no cartório
eleitoral ou no posto de alistamento, e ao servidor da justiça eleitoral apenas digitar
posteriormente esse requerimento.

Questão 31 – CESPE/TJ-ES – Juiz - 2012


Acerca de alistamento eleitoral, transferência, delegados partidários perante o
alistamento, cancelamento e exclusão de eleitor, revisão e correição eleitorais,
assinale a opção correta.
a) Sempre que tiver conhecimento de alguma das causas do cancelamento da
inscrição, o juiz eleitoral determinará de ofício a exclusão do eleitor, dispensando -se
instauração de processo específico.
b) Para que o TSE determine de ofício a revisão ou correição das zonas eleitorais,
basta que o total de transferências de eleitores ocorridas no ano em curso seja 10%
superior ao do ano anterior; ou que o eleitorado seja superior ao dobro da população
entre dez e quinze anos, somada à de idade superior a setenta anos, do território do
município; ou, ainda, que o eleitorado seja superior a 55% da população projetada
para aquele ano pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística para o município.
c) Para a transferência de título eleitoral de servidor público civil, militar, autárquico,
ou de membro de sua família, por motivo de remoção ou transfe rência, não se exigem
o transcurso de um ano do alistamento ou da última transferência nem a residência
mínima de três meses no novo domicílio.

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d) Nenhum requerimento de inscrição eleitoral ou de transferência será recebido


dentro dos cento e oitenta dias anteriores à data da eleição, período considerado de
suspensão do alistamento.

Questão 32 – CESPE/TRE-RJ – Analista Judiciário – 2012


Com base no disposto no Código Eleitoral (Lei n.º 4.737/1965) acerca do
cancelamento e da exclusão do alistamento eleitoral, julgue os itens a seguir.
Ressalvada a hipótese de falecimento, a partir da instauração do processo de
exclusão, o eleitor, preventivamente, já não poderá votar. Busca -se, com isso, evitar
que seja computado como válido voto passível de ser anulado posteriormente no
caso de sentença final que determine a exclusão do referido eleitor.

Questão 33 – CESPE/TRE-RJ – Analista Judiciário – 2012


Com base no disposto no Código Eleitoral (Lei n.º 4.737/1965) acerca do
cancelamento e da exclusão do alistamento eleitoral, julgue os itens a seguir.
No processo de exclusão de alistamento eleitoral, a defesa pode ser realizada pelo
próprio interessado, por outro eleitor ou, ainda, por delegado de partido.

Questão 34 – CESPE/TRE-RJ – Técnico Judiciário – 2012


Acerca do alistamento eleitoral, julgue os próximos itens.
Caso seja detectada a existência, nos registros de determinado tribunal regional
eleitoral, de inscrição de um mesmo eleitor em mais de uma zona eleitoral sob sua
jurisdição, o fato deverá ser comunic ado ao juiz competente para que se proceda ao
cancelamento de uma das inscrições.

Questão 35 – CESPE/TRE-RJ – Técnico Judiciário – 2012


Acerca do alistamento eleitoral, julgue os próximos itens.
Cessada a causa do cancelamento, o eleitor estará automaticamente qualificado a
votar.

Questão 36 – CESPE/TRE-ES – Analista Judiciário – 2011


Com referência ao alistamento eleitoral, julgue os itens a seguir
No caso de algum cidadão maior de dezoito anos ser privado temporária ou
definitivamente dos direitos polític os, a autoridade responsável pela imputação da
pena deve providenciar a comunicação do fato ao juiz eleitoral ou ao TRE da
circunscrição em que o delito tenha sido praticado.

Questão 37 – Inédita – 2014


A legislação eleitoral disciplina uma série de regras relativamente à transferência do
título eleitoral. Com base nesse assunto julgue a assertiva abaixo:
Para requerimento de transferência do título eleitoral exige -se de todos os eleitores
3 meses de domicílio no novo endereço.

Questão 38 – Inédita – 2014


Relativamente aos delegados de partidos políticos, que atuarão junto aos
procedimentos de alistamento eleitoral, julgue o item seguinte:
Cada partido poderá credenciar 2 delegados junto às Zonas Eleitorais e 3 perante o
TRE.

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Questão 39 – Inédita – 2014


A respeito das regras relativas à transferência do registro eleitoral, julgue o item
abaixo:
A apresentação do requerimento para a transferência (RAE) deverá ser apresentado
até 151º dia antes das eleições, exigindo-se o decurso de 1 ano desde a última
transferência, 3 meses no novo domicílio e quitação junto à Justiça Eleitoral.

Questão 40 – Inédita – 2014


No que diz respeito às hipóteses de cancelamento e de exclusão da inscrição do
cadastro eleitoral, vejamos a seguinte situação-problema.
Maria Clara, desacreditada com o atual sistema político brasileiro, deixou de votar
durante as eleições de 2006 a 2012, não compareceu às urnas também em 2014.
Contudo, em razão dos resultados e da atual conjuntura político-econômica do Brasil
decidiu que exercerá novamente seu direito ao voto. Diante disso, compareceu à
Justiça Eleitoral para regularizar a situação da sua inscrição eleitoral.
Desse modo, considerando que em todos os anos eleitorais desde 2006 houve 2º
turno, julgue o item que segue:
A servidora da Justiça Eleitoral a informou que sua inscrição eleitoral encontra-se
cancelada.

Questão 41 – Inédita – 2014


No que diz respeito às hipóteses de cancelamento e de exclusão da inscrição do
cadastro eleitoral, vejamos a seguinte situação-problema.
Maria Clara, desacreditada com o atual sistema político brasileiro, deixou de votar
durante as eleições presidenciais de 2008 e 2012, não compareceu às urnas também
em 2014. Contudo, em razão dos resultados e da atual conjuntura político -econômica
do Brasil decidiu que exercerá novamente seu direito ao voto. Diante disso,
compareceu à Justiça Eleitoral para regularizar a situação da sua inscrição eleitoral.
Desse modo, julgue o item que segue:
Maria Clara foi corretamente informada de que receberá novo número de título
eleitoral.

Questão 42 – Inédita - 2014


No que diz respeito às hipóteses de cancelamento e exclusão da inscrição eleitoral,
julgue o item abaixo:
A partir da instauração do processo de cancelamento o eleitor não poderá mais votar
dada a possibilidade de alterar ilegitimamente o resultado das eleições.

Questão 43 – CESPE/TRE-GO – Analista Judiciário – Área


Administrativa - 2015
Julgue os itens seguintes, referentes ao alistamento eleitoral, ao cancelamento da
inscrição eleitoral e exclusão do eleitor do cadastro nacional de eleitores.
Os institutos do cancelamento e de exclusão de eleitores não se complementam: não
há entre eles relação de causa e consequência.

Questão 44 – CESPE/TRE-GO – Analista Judiciário – Área


Administrativa - 2015

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Julgue os itens seguintes, referentes ao alistamento eleitoral, ao cancelamento da


inscrição eleitoral e exclusão do eleitor do cadastro nacional de eleitores.
As únicas hipóteses de cancelamento da inscrição e a consequente exclusão do eleitor
do cadastro nacional são: suspensão dos direitos políticos, falecimento do eleitor,
pluralidade de inscrições e o fato de o eleitor deixar de votar em três eleições
consecutivas.

Questão 45 – CESPE/TRE-GO – Analista Judiciário – Área


Administrativa - 2015
Julgue os itens seguintes, referentes ao alistamento eleitoral, ao cancelamento da
inscrição eleitoral e exclusão do eleitor do cadastro nacional de eleitores.
Alistamento eleitoral é o ato jurídico pelo qual a pessoa natural adquire, perante a
justiça eleitoral, capacidade eleitoral ativa e passa a integrar o corpo de eleitores de
determinada zona e seção eleitoral.

Questão 46 – CONSULPLAN/TRE-MG – Técnico Judiciário – Área


Administrativa – 2015
Existem pessoas, por variados motivos, cujo alistamento eleitoral é proibido ou
facultativo. Em razão disso, dentre as competências dos Juízes Eleitorais está
fornecer de acordo com o Código Eleitoral a:
a) certificado de isenção
b) declaração de idoneidade
c) certificado de irreelegibilidade
d) documento de desincompatibilização

Questão 47 – CONSULPLA/TRE-MG – Técnico Judiciário – Área


Administrativa – 2015
Nos termos da Resolução do TSE nº 21.538/2003 incorrerá em multa imposta pelo
Juiz Eleitoral e cobrada no ato da inscrição, o brasileiro nato que não se alistar até
os:
a) 16 anos
b) 17 anos
c) 18 anos
d) 19 anos

6.2 Gabarito
Questão 01 – C Questão 02 - INCORRETO

Questão 03 – CORRETO Questão 04 – D

Questão 05 – CORRETO Questão 06 – B

Questão 07 – CORRETO Questão 08 - INCORRETO

Questão 09 – D Questão 10 – A

Questão 11 – INCORRETO Questão 12 - D

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Questão 13 – CORRETO Questão 14 - INCORRETO

Questão 15 - B Questão 16 - B

Questão 17 – INCORRETO Questão 18 - INCORRETO

Questão 19 – D Questão 20 - B

Questão 21 – CORRETO Questão 22 - B

Questão 23 – D Questão 24 - C

Questão 25 – INCORRETO Questão 26 - INCORRETO

Questão 27 - D Questão 28 - INCORRETO

Questão 29 – CORRETO Questão 30 - INCORRETO

Questão 31 – C Questão 32 - INCORRETO

Questão 33 – CORRETO Questão 34 - CORRETO

Questão 35 – INCORRETO Questão 36 - INCORRETO

Questão 37 – INCORRETO Questão 38 - INCORRETO

Questão 39 – CORRETO Questão 40 - INCORRETO

Questão 41 – CORRETO Questão 42 – INCORRETO

Questão 43 – INCORRETO Questão 44 – INCORRETO

Questão 45 - CORRETO Questão 46 – A

Questão 47 - D

6.3 - Questões com Comentários


Questão 01 – VUNESP - TJ-SP – Juiz - 2013
Podem alistar-se como eleitores,
a) os conscritos, durante o período do serviço militar obrigatório.
b) os brasileiros residentes em Portugal que ali gozam dos direitos políticos do Estado
onde residem.
c) os militares de carreira.
d) os estrangeiros, com residência no país.

Comentários
Trata-se de questão bastante tranquila. Das alternativas apresentadas a
única que traz uma hipótese em que o sujeito é alistável é a alternativa
C, que é o gabarito da questão.
Vejamos o que dispõe o art. 14, §8º, da CF:

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§ 8º - O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes condições:


I - se contar menos de dez anos de serviço, deverá afastar -se da atividade;
II - se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela autoridade superior
e, se eleito, passará automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade.

Em relação as alternativas A e D, ambas estão incorretas, conforme se


extrai da leitura do dispositivo abaixo:
§ 2º - Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o período do
serviço militar obrigatório, os conscritos.

A alternativa B também está incorreta. Os brasileiros residentes em


Portugal que ali gozam dos direitos políticos, terão os direitos políticos
suspensos no Brasil, com fundamento no art. 12, § 4º, II, da CF:
§4º - Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que:
(...) II - adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos: (Redação dada pela Emenda
Constitucional de Revisão nº 3, de 1994)
a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira; (Incluído pela
Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994)
b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em
estado estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para o
exercício de direitos civis; (Incluído pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de
1994)

Questão 02 – CESPE/TJ-RJ – Juiz – 2014 – questão adaptada


Julgue o item a seguir.
A capacidade eleitoral ativa consiste nos direitos polít icos do cidadão de votar e ser
votado.

Comentários
A assertiva está incorreta. A capacidade eleitoral se divide em ativa e
passiva. A capacidade eleitoral ativa garante a qualidade de eleitor, ou seja,
o direito de voltar. Já a capacidade eleitoral passiva é a aptidão para ser
votado.

Questão 03 – CESPE/TJ-RJ – Juiz – 2014 – questão adaptada


Julgue o item a seguir.
São aplicáveis aos indígenas integrados, reconhecidos nos termos da legislação
especial, as exigências impostas para o alistamento eleitoral.

Comentários
A assertiva está correta. Como já estudamos os índios podem ser
considerados, tendo em vista sua integração com a sociedade, como
isolados, em via de integração ou integrados. Os índios integrados possuem
plena capacidade eleitoral, desde que se alistem conforme exige a lei.

Questão 04 –UFPR/TJ-PR – Juiz - 2013


Assinale a alternativa INCORRETA:

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a) O alistamento eleitoral e o voto são obrigatórios para os maiores de dezoito anos


e facultativo para os analfabetos, maiores de setenta anos e para o s maiores de
dezesseis anos e menores de dezoito anos.
b) Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o período de
serviço militar obrigatório, os conscritos.
c) São condições de elegibilidade na forma da lei a nacionalidade brasileira , o pleno
exercício dos direitos políticos, o alistamento eleitoral, o domicílio eleitoral na
circunscrição, filiação partidária; idade mínima de trinta e cinco anos para Presidente
e Vice-Presidente da República, Senador; trinta anos para Governador e Vic e-
Governador dos Estados e do Distrito Federal; vinte e um anos para Deputado
Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e Juiz de Paz; dezoito
anos para vereador.
d) São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes
consanguíneos ou afins, até o terceiro grau ou por adoção, do Presidente da
República, de Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou
de quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo s e já
titular de mandato eletivo e candidato à reeleição.

Comentários
Vejamos todas as alternativas.
A alternativa A está correta, de acordo com o art. 14, §1º, da CF:
Art. 14, § 1º - O alistamento eleitoral e o voto são:
I - obrigatórios para os maiores de dezoito anos;
II - facultativos para:
a) os analfabetos;
b) os maiores de setenta anos;
c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos.

A alternativa B também está correta porque de acordo com o art. 14, §2º,
da CF, segundo o qual não podem se alistar eleitores os estrangeiros e os
conscritos durante o período do serviço militar obrigatório.
A alternativa C está correta e arrola exatamente as condições de
elegibilidade previstas no art. 14, §3º, da CF:
Art. 14, § 3º - São condições de elegibilidade, na forma da lei:
I - a nacionalidade brasileira;
II - o pleno exercício dos direitos políticos;
III - o alistamento eleitoral;
IV - o domicílio eleitoral na circunscrição;
V - a filiação partidária;
VI - a idade mínima de:
a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador;
b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal;
c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito,
Vice-Prefeito e juiz de paz;
d) dezoito anos para Vereador.

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A alternativa D é a incorreta e gabarito da questão. A alternativa está


incorreta ao mencionar que a inelegibilidade reflexa é “até o terceiro grau”.
Na realidade, de acordo com o art. 14, §7º, da CF, a inelegibilidade reflexa
abrange apenas os parentes até 2º grau.
Art. 14, § 7º - São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os
parentes consangüíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do Presidente
da República, de Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito
ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se
já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição.

Questão 05 – CESPE/TJ-SP – Juiz – 2013 – questão adaptada


Quanto ao alistamento eleitoral, julgue o item abaixo.
Podem alistar-se como eleitores os militares de carreira.

Comentários
A assertiva está correta. De acordo com o texto constitucional, somente
os militares conscritos, ou seja, aqueles que estão em serviço militar
obrigatório, são inalistáveis. Os demais militares são plenamente alistáveis.

Questão 06 – CESPE/TRE-MS - Analista Judiciário - Área Judiciária


- 2013
À luz da legislação de regência e da Resolução/TSE/21.538/2003, assinale a opção
correta no que se refere a alistamento eleitoral.
a) A segunda via do título de eleitor deve ser solicitada até trinta dias antes da
eleição, podendo ser entregue ao solicitante até dez dias antes do pleito.
b) O despacho de pedido de inscrição eleitoral, transferência ou segunda via proferido
pelo juiz eleitoral após o prazo legal estabelecido é crime para o qual é prevista pena
de reclusão e multa.
c) A exclusão de eleitor não pode ser promovida de ofício pelo magistrado.
d) No caso de exclusão de eleitor, a defesa deve ser feita por advogado constituído.

Comentários
Vejamos cada uma das alternativas.
A alternativa A está incorreta. Segundo o CE, em caso de extravio ou
perda, a solicitação de 2º via deverá ser efetuada até 10 dias antes do
pleito, e não até 30 dias antes do pleito conforme menciona a alternativa.
Art. 52. No caso de perda ou extravio de seu título, requererá o eleitor ao juiz do seu
domicílio eleitoral, até 10 (dez) dias antes da eleição, que lhe expeça segunda via.

A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. Vejamos o que


dispõe o art. 68, §2º, do CE:
§ 2º O despacho de pedido de inscrição, transferência, ou segunda via, proferido
após esgotado o prazo legal, sujeita o juiz eleitoral às penas do Art. 291.

Vejamos, em sequência, a tipificação do art. 291, do CE:


Art. 291. Efetuar o juiz, fraudulentamente, a inscrição de alistando.

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Pena -Reclusão até 5 anos e pagamento de cinco a quinze dias -multa.

Desse modo, os dispositivos citados trazem uma possibilidade de imputação


penal ao juiz eleitoral que não atender tempestivamente às solicitações de
inscrição, transferência ou segunda via efetuados dentro do prazo previsto
na legislação eleitoral.
A alternativa C está igualmente incorreta, uma vez que o art. 71, §1º, do
CE prevê que verificadas algumas das causas de cancelamento do título, o
juiz eleitoral poderá agir de ofício.
§ 1º A ocorrência de qualquer das causas enumeradas neste artigo acarretará a
exclusão do eleitor, que poderá ser promovida ex officio , a requerimento de delegado
de partido ou de qualquer eleitor.

Apenas para fixamos, vejamos quais são as hipóteses de cancelamento


previstas:
 a infração dos arts. 5º e 42 (inalistáveis e não demonstração do
domicílio eleitoral);
 a suspensão ou perda dos direitos políticos;
 a pluralidade de inscrição;
 o falecimento do eleitor;
 deixar de votar em 3 (três) eleições consecutivas.
A alternativa D está incorreta porque não há previsão expressa de que a
defesa deverá ser efetuada por advogado constituído. De acordo com o art.
73, do CE, pelo contrário, há previsão de que a defesa poderá ser feita pelo
interessado, por outro eleitor ou por delegado de partido.
Art. 73. No caso de exclusão, a defesa pode ser feita pelo interessado, por outro
eleitor ou por delegado de partido.

Questão 07 – CESPE/TJ-PR – Juiz – 2013 – questão adaptada


Sobre o tema de alistamento eleitoral, assinale o item a seguir.
O alistamento eleitoral e o voto são obrigatórios para os maiores de dezoito anos e
facultativo para os analfabetos, maiores de setenta anos e para os maiores de
dezesseis anos e menores de dezoito anos.

Comentários
A assertiva está correta. Conforme vimos na aula demonstrativa e
conforme vimos na revisão hoje em aula, o alistamento e voto são
obrigatórios para aqueles que tiverem entre 18 e 70 anos. Em relação aos
maiores de 70, jovens entre 16 e 18, bem como os analfabetos o
alistamento e o voto serão facultativos.

Questão 08 – CESPE/TRE-MS – Analista Judiciário – 2013 – questão


adaptada
À luz da legislação de regência e da Resolução/TSE/21.538/2003, julgue o item
abaixo no que se refere a alistamento eleitoral.
A segunda via do título de eleitor deve ser solicitada até trinta dias antes da eleição,
podendo ser entregue ao solicitante até dez dias antes do pleito.

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Comentários
A assertiva está incorreta por apresentar o prazo errado para
requerimento da segunda via do título de eleitor. Vejamos o artigo 52, do
CE.
Art. 52. No caso de perda ou extravio de seu título, requererá o eleitor ao juiz do seu
domicílio eleitoral, até 10 (dez) dias antes da eleição, que lhe expeça segunda via.

Assim, a segunda via pode ser requerida até 10 dias antes das eleições e
não 30 como diz a questão.

Questão 09 – CESPE/TRE-MS - Programador de computador - 2013


Com base na Resolução do TSE n.º 21.538/2003, assinale a opção correta a respeito
da transferência do eleitor.
a) A transferência do eleitor independe de estar ele quite com a justiça eleitoral.
b) O despacho que indefere o pedido de transferência do eleitor é irrecorrível.
c) O pedido de transferência do eleitor é feito no cartório de seu antigo domicílio
eleitoral, a quem cabe oficiar ao cartório do domicílio atual do eleitor para que se
efetive a transferência requerida.
d) Para a transferência do eleitor, exige-se que ele resida há pelo menos três meses
no novo domicílio, fato declarado, sob as penas da lei, pelo próprio eleitor.

Comentários
Outra ótima questão para repassarmos pontos importantes da Resolução
TSE nº 21.538/2003. Vamos lá!
As alternativas A e C estão incorretas, posto que o que dispõe o art. 18.
Por outro lado, o mesmo dispositivo justifica a alternativa D, que está
correta:
Art. 18. A transferência do eleitor só será admitida se satisfeitas as seguintes
exigências:
I - recebimento do pedido no cartório eleitoral do novo domicílio no prazo
estabelecido pela legislação vigente;
II - transcurso de, pelo menos, um ano do alistamento ou da última transferência;
III - residência mínima de três meses no novo domicílio, declarada, sob as penas da
lei, pelo próprio eleitor;
IV - prova de quitação com a Justiça Eleitoral.

Assim:
a) A transferência do eleitor independe de estar ele quite com a justiça eleitoral.
c) O pedido de transferência do eleitor é feito no cartório de seu antigo domicílio
eleitoral, a quem cabe oficiar ao cartório do domicílio atual do eleitor para que se
efetive a transferência requerida.
e) A transferência do eleitor será admitida até três vezes em um mesmo ano.

Por fim, a alternativa B está incorreta em razão do que disciplina o §6º do


art. 18:

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§ 5º Do despacho que indeferir o requerimento de transferência, caberá recurso


interposto pelo eleitor no prazo de cinco dias e, do que o deferir, poderá recorrer
qualquer delegado de partido político no prazo de dez dias, contados da colocação da
respectiva listagem à disposição dos partidos, o que deverá ocorrer nos dias 1º e 15
de cada mês, ou no primeiro dia útil seguinte, ainda que tenham sido exibidas ao
requerente antes dessas datas e mesmo que os partidos não as consultem.

Como se extrai do dispositivo acima citado, é possível o recurso no prazo


de 5 dias.

Questão 10 – CESPE/TRE-MS - Programador de computador - 2013


Com base na Resolução do TSE n.º 21.538/2003 e na legislação eleitoral pertinente,
assinale a opção correta.
a) O pedido de justificação do eleitor que deixar de votar pode ser formulado na zona
eleitoral em que ele se encontrar, a qual providenciará sua remessa ao juízo
competente.
b) Um cidadão que tiver sido alfabetizado aos trinta anos de idade poderá requerer
seu alistamento eleitoral, desde que pague multa, no ato da inscrição, imposta pelo
juiz eleitoral em razão de seu alistamento tardio.
c) As informações constantes do cadastro eleitoral são sigilosas, não podendo ser
acessadas por instituições públicas ou privadas.
d) Toda e qualquer fraude, mesmo em proporção insignificante, acarreta a necessária
revisão do eleitorado pela respectiva junta eleitoral.

Comentários
Vejamos cada uma das alternativas da Resolução nº 21.538/2003, que são
abordadas nas alternativas.
A alternativa A envolve o art. 80, §2º:
§ 2º O pedido de justificação será sempre dirigido ao juiz eleitoral da zona de
inscrição, podendo ser formulado na zona eleitoral em que se encontrar o eleitor, a
qual providenciará sua remessa ao juízo competente.

Desse modo, a alternativa A é a correta e gabarito da questão.


A alternativa B está incorreta, uma vez que a Resolução isenta o
alfabetizado de multa no ato de inscrição.
Art. 16. O alistamento eleitoral do analfabeto é facultativo.
Parágrafo único. Se o analfabeto deixar de sê-lo, deverá requerer sua inscrição
eleitoral, não ficando sujeito à multa prevista no art. 15.

A alternativa C também está incorreta. Vejamos o que dispõe o art. 29:


Art. 29. As informações constantes do cadastro eleitoral serão acessíveis às
instituições públicas e privadas e às pessoas físicas, nos termos desta resolução.

Logo, preenchidos os requisitos legais os dados constantes do cadastro


eleitoral poderão ser acessados.
A alternativa D está incorreta em razão do que prevê o art. 58:
Art. 58. Quando houver denúncia fundamentada de fraude no alistamento de uma
zona ou município, o Tribunal Regional Eleitoral poderá determinar a realização de
correição e, provada a fraude em proporção comprometedora, ordenará,

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comunicando a decisão ao Tribunal Superior Eleitoral, a revisão do eleitorado,


obedecidas as instruções contidas nesta resolução e as recomendações que
subsidiariamente baixar, com o cancelamento de ofício das inscrições
correspondentes aos títulos que não forem apresentados à revisão.

Veremos esse dispositivo com mais calma na próxima aula. Contudo, desde
logo devemos memorizar que a revisão do eleitoral por fraude deve ser
significativa a ponto de comprometer o resultado das eleições.

Questão 11 – CESPE/TRE-MS – Analista Judiciário – 2013 – questão


adaptada
À luz da legislação de regência e da Resolução/TSE/21.538/2003, julgue o item
abaixo no que se refere a alistamento eleitoral.
A exclusão de eleitor não pode ser promovida de ofício pelo magistrado.

Comentários
A assertiva está incorreta. O art. 71 trata das causas de cancelamento do
título de eleitor e o § 1º prevê que é possível o cancelamento de ofício,
vejamos:
Art. 71. São causas de cancelamento:
§ 1º A ocorrência de qualquer das causas enumeradas neste artigo acarretará a
exclusão do eleitor, que poderá ser promovida ex officio, a requerimento de delegado
de partido ou de qualquer eleitor.

No mesmo sentido está a previsão do art. 74.


Art. 74. A exclusão será mandada processar "ex officio" pelo juiz eleitoral, sempre
que tiver conhecimento de alguma das causas do cancelamento.

Questão 12 – CESPE/TRE-MS Técnico Judiciário - Área


Administrativa - 2013
Com relação a alistamento eleitoral, assinale a opção correta.
a) Proíbe-se o alistamento de menor que não tenha dezesseis anos de idade
completos na data de requerimento de inscrição eleitoral.
b) Ao brasileiro nato que deixar de se alistar até os dezenove anos de idade ou de
requerer sua inscrição eleitoral até o centésimo quinquagésimo primeiro dia anterior
à eleição subsequente à data em que completar dezenov e anos de idade será aplicada
multa, cobrada no momento da entrega do título eleitoral.
c) Para efeito de transferência de domicílio eleitoral do eleitor, a residência mínima
de três meses no novo domicílio eleitoral deve ser cabalmente comprovada pelo
interessado por meio de comprovante de residência.
d) No caso de dilaceração de título eleitoral, o requerimento da segunda via deverá
ser instruído com o título danificado.

Comentários
Vejamos cada uma das alternativas.
A alternativa A está errada. O período a ser considerado para fins de
alistamento é a data do pleito. É o que dispõe o art. 14, caput, da
Resolução:

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Art. 14. É facultado o alistamento, no ano em que se realizarem eleições, do menor


que completar 16 anos até a data do pleito, inclusive.

A alternativa B está incorreta. Trata-se de uma pegadinha feita pelo


examinador. Vejamos o dispositivo da qual ela foi extraída:
Art. 15. O brasileiro nato que não se alistar até os 19 anos ou o naturalizado que não
se alistar até um ano depois de adquirida a nacionalidade brasileira incorrerá em
multa imposta pelo juiz eleitoral e cobrada no ato da inscrição.

Portanto, a multa, no caso em tela, será exigida no ato da inscrição e não


no momento da entrega do título eleitoral.
A alternativa C está igualmente incorreta. Para fins de transferência do
domicílio, será exigida residência mínima de três meses no novo domicílio
eleitoral. De todo modo, a aferição de tal requisito não se dará
exclusivamente mediante apresentação de comprovante de residência.
É importante mencionar que o domicílio eleitoral é amplo e poderá ser
comprovado de diversas formas a critério do juiz eleitoral. Ademais , aceita-
se, inclusive, conforme dispõe o art. 18 da Resolução que o eleitor poderá
declarar a residência sob as penas da lei.
Art. 18. A transferência do eleitor só será admitida se satisfeitas as seguintes
exigências: (...)
III – residência mínima de três meses no novo domicílio, declarada, sob as penas da
lei, pelo próprio eleitor (Lei nº 6.996/82, art. 8º);

A alternativa D é a correta e gabarito da questão, posto que exige a


literalidade do art. 19:
Art. 19. No caso de perda ou extravio do título, bem assim de sua inutilização ou
dilaceração, o eleitor deverá requerer pessoalmente ao juiz de seu domicílio eleitoral
que lhe expeça segunda via.
§ 1º Na hipótese de inutilização ou dilaceração, o requerimento será instruído com a
primeira via do título.

Questão 13 – CESPE/TRE-MS – Analista Judiciário – 2013 – questão


adaptada
À luz da legislação de regência e da Resolução/TSE/21.538/2003, julgue o item
abaixo no que se refere a alistamento eleitoral.
O despacho de pedido de inscrição eleitoral, transferência ou segunda via proferido
pelo juiz eleitoral após o prazo legal estabelecido é crime para o qual é prevista pena
de reclusão e multa.

Comentários
A assertiva está correta, tendo em vista que é exatamente o que prevê o
art. 68, §2º.
Art. 68. Em audiência pública, que se realizará às 14 (quatorze) horas do 69
(sexagésimo nono) dia anterior à eleição, o juiz eleitoral declarará encerrada a
inscrição de eleitores na respectiva zona e proclamará o número dos inscritos até as
18 (dezoito) horas do dia anterior, o que comunicará incontinente ao Tribunal
Regional Eleitoral, por telegrama, e fará público em edital, imediatamente afixado no
lugar próprio do juízo e divulgado pela imprensa, onde houver, declarando nele o

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nome do último eleitor inscrito e o número do respectivo título, fornecendo aos


diretórios municipais dos partidos cópia autêntica desse edital.
§ 2º O despacho de pedido de inscrição, transferência, ou segunda via, proferido
após esgotado o prazo legal, sujeita o juiz eleitoral às penas do Art. 291.

Vejamos também qual o crime previsto no art. 291.


Art. 291. Efetuar o juiz, fraudulentamente, a inscrição de alistando.
Pena - Reclusão até 5 anos e pagamento de cinco a quinze dias-multa.

Questão 14 – CESPE/TRE-MS – Analista Judiciário – 2013 – questão


adaptada
À luz da legislação de regência e da Resolução/TSE/21.538/2003, julgue o item
abaixo no que se refere a alistamento eleitoral.
No caso de exclusão de eleitor, a defesa deve ser feita por advo gado constituído.

Comentário
A assertiva está incorreta, pois a defesa da exclusão da pessoa como
eleitor pode ser feita pelo interessado, outro eleitor ou delegado do partido.
Art. 73. No caso de exclusão, a defesa pode ser feita pelo interessado, por ou tro
eleitor ou por delegado de partido.

Questão 15 – CESPE/TRE-MS - Técnico Judiciário - Área


Administrativa - 2013
Assinale a opção correta acerca de restabelecimento de inscrição cancelada por
equívoco, formulário de atualização da situação do eleitor, t ítulo eleitoral, acesso às
informações constantes do cadastro e restrição de direitos políticos.
a) Nas hipóteses de alistamento, transferência, revisão e segunda via, a data da
emissão do título será a do deferimento pelo juiz.
b) Segundo a Resolução TSE n.º 21.538/2003, somente é admitido o
restabelecimento, mediante comando de código específico, de inscrição cancelada
em virtude de comando equivocado dos códigos atribuídos a falecimento, decisão
judicial e revisão do eleitorado.
c) Os juízes eleitorais podem, no âmbito de suas jurisdições, autorizar a divulgação
a interessados de dados disponíveis em meio magnético sobre profissão e
escolaridade dos eleitores, desde que sem ônus para a justiça eleitoral.
d) A comunicação ao Tribunal Superior Eleitoral da outorga a um brasileiro do gozo
dos direitos políticos em Portugal impede a suspensão, para esse indivíduo, desses
mesmos direitos no Brasil.

Comentários
Vejamos cada uma das alternativas.
A alternativa A está incorreta, posto que a data que será colocada no título
será do preenchimento do requerimento e não a data do deferimento do
pedido pelo juiz, conforme se extrai do art. 23, §2º, da Resolução TSE nº
21.538/2003:
§ 2º Nas hipóteses de alistamento, transferência, revisão e segunda via, a data da
emissão do título será a de preenchimento do requerimento.

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A alternativa B está correta. A alternativa envolve o restabelecimento de


inscrição por equívoco. De acordo com o art. 20, será admitido o
restabelecimento do título cancelado por equívoco.
Art. 20. Será admitido o restabelecimento, mediante comando do código FASE 361,
de inscrição cancelada em virtude de comando equivocado dos códigos FASE 019,
450 e 469.

Não se preocupem em memorizar esses códigos.


A alternativa C está incorreta, posto que informações de caráter
personalizado não poderão ser divulgadas pelo juiz eleitoral como prevê o
art. 29. Nesse contexto, informações como profissão e escolaridade dos
eleitores são informações que não podem ser divulgadas.
Art. 29. As informações constantes do cadastro eleitoral serão acessíveis às
instituições públicas e privadas e às pessoas físicas, nos termos desta resolução.
§ 1º Em resguardo da privacidade do cidadão, não se fornecerão informações de
caráter personalizado constantes do cadastro eleitoral.
§ 2º Consideram-se, para os efeitos deste artigo, como informações personalizadas,
relações de eleitores acompanhadas de dados pessoais (filiação, data de nascimento,
profissão, estado civil, escolaridade, telefone e endereço).

A alternativa D está incorreta. Pelo contrário do que dispõe o art. 17 da


Resolução TSE nº 21.538/2003, caso sejam outorgados direitos políticos ao
brasileiro em Portugal, os direitos políticos no Brasil ficarão suspensos.
O subsídio dessa questão consta do art. 17 do nº 3.927/2001, que
internalizou o Tratado de Amizade, Cooperação e Consulta, entre a
República Federativa do Brasil e a República Portuguesa:
Artigo 17
O gozo de direitos políticos por brasileiros em Portugal e por portugueses no Brasil
só será reconhecido aos que tiverem três anos de residência habitual e depende de
requerimento à autoridade competente. A igualdade quanto aos direitos políticos não
abrange as pessoas que, no Estado da nacionalidade, houverem sido privadas de
direitos equivalentes. O gozo de direitos políticos no Estado de residência importa na
suspensão do exercício dos mesmos direitos no Estado da nacionalidade.

Questão 16 – FCC/TJ-GO – Juiz - 2013


Relativamente ao alistamento eleitoral, é INCORRETO afirmar que
a) o alistamento se faz mediante a qualificação e inscrição do eleitor.
b) para o efeito da inscrição, é domicílio eleitoral o lugar de residência ou moradia
do requerente, e, verificado ter o alistando mais de uma, considerar -se-á domicílio
aquela que coincida com o seu local de trabalho.
c) o alistando apresentará em cartório ou local previamente designado, requerimento
em fórmula que obedecerá ao modelo aprovado pelo Tribunal Superior.
d) poderá o juiz se tiver dúvida quanto a identidade do requerente ou sobre qualquer
outro requisito para o alistamento, converter o julgamento em diligência para que o
alistando esclareça ou complete a prova ou, se for necessário, compareça
pessoalmente à sua presença.

Comentários

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Vejamos cada uma das alternativas.


A alternativa A está correta. O alistamento será efetuado por intermédio
da qualificação e da inscrição do eleitor, nos termos do art. 42, do CE:
Art. 42. O alistamento se faz mediante a qualificação e inscrição do eleitor.

A alternativa B está incorreta e é o gabarito da questão. Vejamos o Art.


42, § único, do CE:
Parágrafo único. Para o efeito da inscrição, é domicílio eleitoral o lugar de residência
ou moradia do requerente, e, verificado ter o alistando mais de uma, considerar -se-
á domicílio qualquer delas.

Portanto, não há determinando o domicílio em caso de o cidadão possuir


mais de um domicílio. Desse modo, a escolhe competirá ao eleitor.
A alternativa C está correta, nos termos do art. 43, do CE:
Art. 43. O alistamento apresentará em cartório ou local previamente designado,
requerimento em fórmula que obedecerá ao modelo aprovado pelo Tribunal Superior .

A alternativa D está correta, em razão do que dispõe o art. 45, §2º:


§ 2º Poderá o juiz se tiver dúvida quanto a identidade do requerente ou sobre
qualquer outro requisito para o alistamento, converter o julgamento em diligência
para que o alistando esclareça ou complete a prova ou, se for necessário, compareça
pessoalmente à sua presença.

Questão 17 – CESPE/TRE-MS – Analista Judiciário – 2013 – questão


adaptada
À luz da legislação de regência e da Resolução/TSE/21.538/2003, julgue o item
abaixo no que se refere a alistamento eleitoral.
Os requerimentos de inscrição eleitoral ou de transferência do título de eleitor só
podem ser recebidos até cem dias antes da data da eleição.

Comentários
A assertiva está incorreta, devido a alteração processada pela lei 9.504. O
prazo era de 100 dias antes das eleições para que nenhum requerimento
de inscrição ou cancelamento eleitoral fosse recebido, todavia, agora o
prazo previsto no artigo 91, da Lei 9.504, é de 150 dias antes da eleição.
Vejamos o artigo alterador.
Art. 91. Nenhum requerimento de inscrição eleitoral ou de transferência será recebido
dentro dos cento e cinqüenta dias anteriores à data da eleição.

Questão 18 – CESPE/TRE-MS – Programador de Computador – 2013


– questão adaptada
Com base na Resolução do TSE n.º 21.538/2003, julgue o item a seguir a respeito
da transferência do eleitor.
A transferência do eleitor independe de estar ele quite com a justiça eleitoral.

Comentários

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A assertiva está incorreta. O eleitor deve estar em dia com suas obrigações
eleitorais para que possa transferir seu título de eleitor para outro domicílio
eleitoral. É o que prevê o artigo 61, do CE.
Art. 61. Somente será concedida transferência ao eleitor que estiver quite com a
Justiça Eleitoral.

Questão 19 - FCC/TRE-SP - Analista Judiciário - Área Administrat iva


- 2012
O delegado de um partido político, no exercício da fiscalização, constatou a existência
de processo de exclusão injustificada de um eleitor e a inscrição ilegal de outro. Nesse
caso, o partido
a) não pode requerer a exclusão do eleitor inscrito ilegalmente, nem assumir a defesa
do eleitor cuja exclusão esteja sendo promovida, podendo somente comunicar os
fatos ao Ministério Público Eleitoral.
b) pode requerer a exclusão do eleitor inscrito ilegalmente, mas não pode assumir a
defesa do eleitor cuja exclusão esteja sendo promovida.
c) pode assumir a defesa do eleitor cuja exclusão esteja sendo promovida, mas não
pode requerer a exclusão do eleitor inscrito ilegalmente.
d) pode requerer a exclusão do eleitor inscrito ilegalmente, bem como assumir a
defesa do eleitor cuja exclusão esteja sendo promovida.

Comentários
Para resolver à questão devemos conhecer o disposto no art. 66, do CE e
no art. 27, II, da Resolução TSE nº 21.538/2003:
Art. 27. Os partidos políticos, por seus delegados, poderão: (...)
II – requerer a exclusão de qualquer eleitor inscrito ilegalmente e assumir a defesa
do eleitor cuja exclusão esteja sendo promovida.
Art. 66 do CE. É licito aos partidos políticos, por seus delegados:
II - promover a exclusão de qualquer eleitor inscrito ilegalmente e assumir a defesa
do eleitor cuja exclusão esteja sendo promovida;

Portanto a alternativa D é a correta e gabarito da questão.

Questão 20 – FCC/TRE-PR - Analista Judiciário - Área Judiciária -


2013
Paulo é servidor público federal e foi removido para cidade de outro Estado da
Federação. A transferência do domicílio eleitoral no prazo estabelecido pela legislação
vigente só será admitida se Paulo
a) demonstrar o transcurso de, pelo menos, seis meses do alistamento ou da última
transferência.
b) estiver quite com a Justiça Eleitoral.
c) declarar, sob as penas da lei, residência mínima de três meses no novo domicílio.
d) demonstrar o transcurso de, pelo menos, um ano do alistamento ou da última
transferência.

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Para responder a essa questão devemos conhecer o art. 18 da Resolução


TSE nº 21.538/2003.
Art. 18. A transferência do eleitor só será admitida se satisfeitas as seguintes
exigênc ias:
I – recebimento do pedido no cartório eleitoral do novo domicílio no prazo
estabelecido pela legislação vigente;
II – transcurso de, pelo menos, um ano do alistamento ou da última transferência;
III – residência mínima de três meses no novo domicílio, declarada, sob as penas da
lei, pelo próprio eleitor (Lei nº 6.996/82, art. 8º);
IV – prova de quitação com a Justiça Eleitoral.
§ 1º O disposto nos incisos II e III não se aplica à transferência de título eleitoral de
servidor público civil, militar, aut árquico, ou de membro de sua família, por motivo
de remoção ou transferência (Lei nº 6.996/82, art. 8º, parágrafo único).
§ 2º Ao requerer a transferência, o eleitor entregará ao servidor do cartório o título
eleitoral e a prova de quitação com a Justiça Eleitoral.
§ 3º Não comprovada a condição de eleitor ou a quitação para com a Justiça Eleitoral,
o juiz eleitoral arbitrará, desde logo, o valor da multa a ser paga.
§ 4º Despachado o requerimento de transferência pelo juiz eleitoral e processado
pelo cartório, o setor da Secretaria do Tribunal Regional Eleitoral responsável pelos
serviços de processamento de dados enviará ao cartório eleitoral, que as colocará à
disposição dos partidos políticos, relações de inscrições atualizadas no cadastro, com
os respectivos endereços.
§ 5º Do despacho que indeferir o requerimento de transferência, caberá recurso
interposto pelo eleitor no prazo de cinco dias e, do que o deferir, poderá recorrer
qualquer delegado de partido político no prazo de dez dias, contados da colocação da
respectiva listagem à disposição dos partidos, o que deverá ocorrer nos dias 1º e 15
de cada mês, ou no primeiro dia útil seguinte, ainda que tenham sido exibidas ao
requerente antes dessas datas e mesmo que os partidos não as consultem (Lei nº
6.996/82, art. 8º).
§ 6º O cartório eleitoral providenciará, para o fim do disposto no § 5º, relações
contendo os pedidos indeferidos.

Vejamos! Conforme o §1º acima, não se aplicam os incs. II e III aos


servidores públicos, uma vez que possuem domicílio necessário. Por conta
disso, aplica-se apenas o art. 18, IV, qual seja estar quite com a Justiça
Eleitoral.
Desse modo, a alternativa B é a correta e gabarito da questão.

Questão 21 – CESPE/TRE-MS – Programador de Computador – 2013


– questão adaptada
Com base na Resolução do TSE n.º 21.538/2003, julgue o item a seguir a respeito
da transferência do eleitor.
Para a transferência do eleitor, exige-se que ele resida há pelo menos três meses no
novo domicílio, fato declarado, sob as penas da lei, pelo próprio eleitor.

Comentários

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A assertiva está correta. A comprovação de residência em novo domicílio


por pelo menos 03 meses é uma das exigências legais para transferência
do título de eleitor, a qual está prevista no art. 55, §1º, III.
Art. 55. Em caso de mudanç a de domicílio, cabe ao eleitor requerer ao juiz do novo
domicílio sua transferência, juntando o título anterior.
§ 1º A transferência só será admitida satisfeitas as seguintes exigências:
III - residência mínima de 3 (três) meses no novo domicílio, atestada pela autoridade
policial ou provada por outros meios convincentes.

Questão 22 - CONSULPLAN/TSE - Analista Judiciário - Análise de


Sistemas – 2012
Com base na Resolução TSE 21.538 de 2003, analise.
I. A transferência do eleitor só será admitida após, pelo menos, um ano do
alistamento ou da última transferência.
II. A transferência só será admitida ao eleitor com residência mínima de três meses
no novo domicílio, declarada, sob as penas da lei, pelo próprio eleitor.
III. O disposto nas afirmativas I e II não se aplica à transferência de título eleitoral
de servidor público civil, militar, autárquico, ou de membro de sua família, por motivo
de remoção ou transferência.
Assinale
a) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.
b) se todas as afirmativas estiverem corretas.
c) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas.
d) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.

Comentários
Conforme o art. 18 acima citado:
 item I: correto conforme art. 18, II, da Resolução TSE nº
21.538/2004;
 item II: correto conforme art. 18, III, da Resolução.
 Item III: correto conforme o art. 18, § 1º, da Resolução.
Portanto, a alternativa B é a correta e gabarito da questão.

Questão 23 –CONSULPLAN/TSE - Analista Judiciário - Área


Judiciária - 2012
O conceito de domicílio eleitoral é
a) igual ao conceito de domicílio do direito civil.
b) idêntico ao conceito de residência do direito civil.
c) o local onde o eleitor exerce sua profissão.
d) o lugar onde o eleitor possui moradia ou residência.

Comentários
A alternativa D é a correta e gabarito da questão conforme dispõe o art.
65 da Resolução TSE nº 21.38/2003:

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Art. 65. A comprovação de domicílio poderá ser feita mediante um ou mais


documentos dos quais se infira ser o eleitor residente ou ter vínculo profissional,
patrimonial ou comunitário no município a abonar a residência exigida.

Questão 24 – FCC/TRE-CE - Analista Judiciário - Área Judiciária -


2012
NÃO é requisito para a transferência do eleitor,
a) o transcurso de, pelo menos, um ano do alistamento ou da última transferência.
b) o recebimento do pedido no cartório eleitoral do novo domicílio no prazo
estabelecido pela legislação vigente.
c) o parecer favorável do Ministério Público Eleitoral.
d) a residência mínima de três meses no novo domicílio, declarada, sob as penas da
lei, pelo próprio eleitor.

Comentários
Pessoal, não dá para ir para a prova sem memorizar o art. 18 da Resolução
TSE nº 21.538/2003. Muitas das questões envolvem esse assunto.
Dentre os requisitos previstos no dispositivo o único que não consta é o
parecer favorável do Ministério Público Eleitoral.
Desse modo a alternativa C é a incorreta e gabarito da questão.

Questão 25 – CESPE/TRE-MS – Programador de Computador – 2013


– questão adaptada
Com base na Resolução do TSE n.º 21.538/2003, julgue o item a seguir a respeito
da transferência do eleitor.
O despacho que indefere o pedido de transferência do eleitor é irrecorrível.

Comentário
A assertiva está incorreta, tendo em vista que é possível o recurso contra
o despacho de indeferimento do pedido de transferência do título de eleitor.
De acordo com o art. 57, § 3º, o recurso será cabível frente ao TRE
competente e deverá ser realizado no prazo de 03 dias.
Art. 57. O requerimento de transferência de domicílio eleitoral será imediatamente
publicado na imprensa oficial na Capital, e em cartório nas demais localidades,
podendo os interessados impugná-lo no prazo de dez dias. (Redação dada pela Lei
nº 4.961, de 1966)
§ 2º Poderá recorrer para o Tribunal Regional Eleitoral, no prazo de 3 (três) dias, o
eleitor que pediu a transferência, sendo-lhe a mesma negada, ou qualquer delegado
de partido, quando o pedido for deferido.

Questão 26 – CESPE/TRE-MS – Programador de Computador – 2013


– questão adaptada
Com base na Resolução do TSE n.º 21.538/2003, julgue o item a seguir a respeito
da transferência do eleitor.

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O pedido de transferência do eleitor é feito no cartório de seu antigo domicílio


eleitoral, a quem cabe oficiar ao cartório do domicílio atual do eleitor para que se
efetive a transferência requerida.

Comentários
A assertiva está incorreta, posto que o pedido de transferência do título
de eleitor deve ser realizado perante o juízo do novo domicílio. Não faria
sentido requerer a transferência do domicílio antigo, pois o eleitor não mais
reside naquele local.
Art. 55. Em caso de mudança de domicílio, cabe ao eleitor requerer ao juiz do novo
domicílio sua transferência, juntando o título anterior.

Questão 27 – FCC/TRE-PE - Técnico Judiciário - Área Administrat iva


- 2012
No que concerne à transferência de eleitor, é correto afirmar que:
a) do despacho que deferir o requerimento de transferência só cabe recurso do
Ministério Público Eleitoral, no prazo de três dias.
b) só será admitida após o transcurso de, pelo menos, dois anos do alistamento ou
da última transferência.
c) o despacho que indeferir o requerimento de transferência é irrecorrível.
d) exige residência mínima de três meses no novo domicílio, declarada, sob as p enas
da lei, pelo próprio eleitor.

Comentários
Vejamos cada uma das alternativas.
A alternativa A está incorreta posto que recurso será cabível, nos termos
do art. 18, §5, da Resolução TSE nº 21.538/2003, pelo eleitor no prazo de
5 dias, bem como pelo delegado de partido no prazo de 10 dias.
A alternativa B também está errada, pois exige-se apenas 1 anos da
última transferência conforme vimos.
A alternativa C está incorreta, dada a possibilidade de recurso como vimos
no §5º.
A alternativa D está correta e é o gabarito da questão, pois está de acordo
com o art. 18, III, da Resolução TSE nº 21.538/2003.

Questão 28 – CESPE/TRE-MS – Técnico Judiciário – 2013 – questão


adaptada
Com relação a alistamento eleitoral, julgue o item a seguir.
Proíbe-se o alistamento de menor que não tenha dezesseis anos de idade completos
na data de requerimento de inscrição eleitoral.

Comentários
A assertiva está incorreta, pois a aferição da idade mínima é realizada na
data do pleito e não na data do requerimento da inscrição ele itoral.

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Questão 29 – CESPE/TRE-MS – Técnico Judiciário – 2013 – questão


adaptada
Com relação a alistamento eleitoral, julgue o item a seguir.
No caso de dilaceração de título eleitoral, o requerimento da segunda via deverá ser
instruído com o título danificado.

Comentários
A assertiva está correta pelo que prescreve o art. 52, § 1º.
Art. 52. No caso de perda ou extravio de seu título, requererá o eleitor ao juiz do seu
domicílio eleitoral, até 10 (dez) dias antes da eleição, que lhe expeça segunda via.
§ 1º O pedido de segunda via será apresentado em cartório, pessoalmente, pelo
eleitor, instruído o requerimento, no caso de inutilização ou dilaceração, com a
primeira via do título.

Questão 30 – CESPE/TRE-MS – Técnico Judiciário – 2013 – questão


adaptada
Com relação a alistamento eleitoral, julgue o item a seguir.
Cabe ao alistando preencher o requerimento de alistamento eleitoral no cartório
eleitoral ou no posto de alistamento, e ao servidor da justiça eleitoral apenas digitar
posteriormente esse requerimento.

Comentário
A assertiva está incorreta. O art. 9º, da Resolução nº 21.538 trata desse
procedimento.
Art. 9º No cartório eleitoral ou no posto de alistamento, o servidor da Justiça
Eleitoral preencherá o RAE ou digitará as informações no sistema de acordo
com os dados constantes do documento apresentado pelo eleitor, complementados
com suas informações pessoais, de conformidade com as exigências do
processamento de dados, destas instruções e das orientações específicas.
§ 1º O RAE deverá ser preenchido ou digitado e impresso na presença do
requerente.
§ 2º No momento da formalização do pedido, o requerente manifestará sua
preferência sobre local de votação, entre os estabelecidos para a zona eleitoral.
§ 3º Para os fins o § 2º deste artigo, será coloc ada à disposição, no cartório ou posto
de alistamento, a relação de todos os locais de votação da zona, com os respectivos
endereços.
§ 4º A assinatura do requerimento ou a aposição da impressão digital do polegar será
feita na presença do servidor da Just iça Eleitoral, que deverá atestar, de imediato, a
satisfação dessa exigência.

Questão 31 – CESPE/TJ-ES – Juiz - 2012


Acerca de alistamento eleitoral, transferência, delegados partidários perante o
alistamento, cancelamento e exclusão de eleitor, revisão e correição eleitorais,
assinale a opção correta.
a) Sempre que tiver conhecimento de alguma das causas do cancelamento da
inscrição, o juiz eleitoral determinará de ofício a exclusão do eleitor, dispensando -se
instauração de processo específico.

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b) Para que o TSE determine de ofício a revisão ou correição das zonas eleitorais,
basta que o total de transferências de eleitores ocorridas no ano em curso seja 10%
superior ao do ano anterior; ou que o eleitorado seja superior ao dobro da população
entre dez e quinze anos, somada à de idade superior a setenta anos, do território do
município; ou, ainda, que o eleitorado seja superior a 55% da população projetada
para aquele ano pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística para o município.
c) Para a transferência de título eleitoral de servidor público civil, militar, autárquico,
ou de membro de sua família, por motivo de remoção ou transferência, não se exigem
o transcurso de um ano do alistamento ou da última transferência nem a residência
mínima de três meses no novo domicílio.
d) Nenhum requerimento de inscrição eleitoral ou de transferência será recebido
dentro dos cento e oitenta dias anteriores à data da eleição, período considerado de
suspensão do alistamento.

Comentários
A alternativa A está incorreta. Embora seja possível a atuação de ofício do
juiz eleitoral, ele deverá instaurar o procedimento específico, conforme
disciplina o art. 74, do CE:
Art. 74. A exclusão será mandada processar ex officio pelo juiz eleitoral, sempre que
tiver conhecimento de alguma das causas do cancelamento.

A alternativa B está incorreta em razão do que dispõe o art. 58, §1º, da


Resolução TSE nº 21.538/2003:
§1º O Tribunal Superior Eleitoral determinará, de ofício, a revisão ou correição das
zonas eleitorais sempre que: o total de transferências de eleitores ocorridas no ano
em curso seja dez por cento superior ao do ano anterior; o eleitorado for superior ao
dobro da população entre dez e quinze anos, somada à de idade superior a setenta
anos do território daquele município; o eleitorado for superior a sessenta e cinco por
cento da população projetada para aquele ano pelo Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística - IBGE.

A alternativa C está correta e é o gabarito da questão, posto que reproduz


o art. 18, §1º, da Resolução, já citada nos comentários.
A alternativa D está incorreta, posto que o prazo será de 150 dias e não
de 180, conforme o art. 91 da Lei das Eleições:
Art. 91. Nenhum requerimento de inscrição eleitoral ou de transferência será recebido
dentro dos cento e cinqüenta dias anteriores à data da eleição.

Questão 32 – CESPE/TRE-RJ – Analista Judiciário – 2012


Com base no disposto no Código Eleitoral (Lei n.º 4.737/1965) acerca do
cancelamento e da exclusão do alistamento eleitoral, julgue os itens a seguir.
Ressalvada a hipótese de falecimento, a partir da instauração do processo de
exclusão, o eleitor, preventivamente, já não poderá votar. Busca -se, com isso, evitar
que seja computado como válido voto passível de ser anulado posteriormente no
caso de sentença final que determine a exclusão do referido eleitor.

Comentários
A assertiva está incorreta, pois não há hipótese de afastamento preventivo
do direito de votar. De fato, é o exato contrário, o eleitor poderá votar até
sua exclusão definitiva. Vejamos o que prescreve o art. 72, do CE.

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Art. 72. Durante o processo e até a exclusão pode o eleitor votar validamente.
Parágrafo único. Tratando-se de inscrições contra as quais hajam sido interpostos
recursos das decisões que as deferiram, desde que tais recurso s venham a ser
providos pelo Tribunal Regional ou Tribunal Superior, serão nulos os votos se o seu
número fôr suficiente para alterar qualquer representação partidária ou classificação
de candidato eleito pelo princípio maioritário.

Questão 33 – CESPE/TRE-RJ – Analista Judiciário – 2012


Com base no disposto no Código Eleitoral (Lei n.º 4.737/1965) acerca do
cancelamento e da exclusão do alistamento eleitoral, julgue os itens a seguir.
No processo de exclusão de alistamento eleitoral, a defesa pode ser realizada pelo
próprio interessado, por outro eleitor ou, ainda, por delegado de partido.

Comentários
A assertiva está correta, com base no art. 73 do CE, já citado nesses
comentários.

Questão 34 – CESPE/TRE-RJ – Técnico Judiciário – 2012


Acerca do alistamento eleitoral, julgue os próximos itens.
Caso seja detectada a existência, nos registros de determinado tribunal regional
eleitoral, de inscrição de um mesmo eleitor em mais de uma zona eleitoral sob sua
jurisdição, o fato deverá ser comunicado ao juiz competente para que se proceda ao
cancelamento de uma das inscrições.

Comentários
A assertiva está correta, tendo em vista a ordem de cancelamento trazida
no art. 75, do CE.
Art. 75. O Tribunal Regional, tomando conhecimento através de seu fichário, da
inscrição do mesmo eleitor em mais de uma zona sob sua jurisdição, comunicará o
fato ao juiz competente para o cancelamento, que de preferência deverá
recair:
I - na inscrição que não corresponda ao domicílio eleitoral;
II - naquela cujo título não haja sido entregue ao eleitor;
III - naquela cujo título não haja sido utilizado para o exercício do voto na última
eleição;
IV - na mais antiga.

Questão 35 – CESPE/TRE-RJ – Técnico Judiciário – 2012


Acerca do alistamento eleitoral, julgue os próximos itens.
Cessada a causa do cancelamento, o eleitor estará automaticamente qualificado a
votar.

Comentários
A assertiva está incorreta, pois o eleitor deverá requerer nova inscrição e
qualificação. É o que estabelece o art. 81, do CE.

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Art. 81. Cessada a causa do cancelamento, poderá o interessado requerer novamente


a sua qualificação e inscrição.

Questão 36 – CESPE/TRE-ES – Analista Judiciário – 2011


Com referência ao alistamento eleitoral, julgue os itens a seguir
No caso de algum cidadão maior de dezoito anos ser privado temporária ou
definitivamente dos direitos políticos, a autoridade responsável pela imputação da
pena deve providenciar a comunicação do fato ao juiz eleitoral ou ao TRE da
circunscrição em que o delito tenha sido praticado.

Comentários
A assertiva está incorreta. O erro da assertiva está no final, quando diz
que a autoridade que impuser a pena deverá fazer a comunicação do eleitor
na circunscrição em que o delito foi praticado. Na verdade, essa
comunicação deve ser realizada na circunscrição em que residi r o réu, de
acordo com o § 2º, do art. 71, do CE.
§ 2º No caso de ser algum cidadão maior de 18 (dezoito) anos privado temporária
ou definitivamente dos direitos políticos, a autoridade que impuser essa pena
providenciará para que o fato seja comunicado ao juiz eleitoral ou ao Tribunal
Regional da circunscrição em que residir o réu.

Questão 37 – Inédita – 2014


A legislação eleitoral disciplina uma série de regras relativamente à transferência do
título eleitoral. Com base nesse assunto julgue a assertiva abaixo:
Para requerimento de transferência do título eleitoral exige -se de todos os eleitores
3 meses de domicílio no novo endereço.

Comentários
A questão contempla uma pegadinha maldosa.
O art. 55, §2º, disciplina regra específica para os servidores públicos
que tenham sido removidos ou transferidos. Para ele NÃO se aplica a
exigência de 3 meses de domicílio no novo endereço.
Logo, a assertiva está incorreta.

Questão 38 – Inédita – 2014


Relativamente aos delegados de partidos políticos, que atuarão junto aos
procedimentos de alistamento eleitoral, julgue o item seguinte:
Cada partido poderá credenciar 2 delegados junto às Zonas Eleitorais e 3 perante o
TRE.

Comentários
A questão é maldosa e inverte as informações, posto que os partidos
políticos poderão manter dois delegados junto ao TRIBUNAL REGIONAL
ELEITORAL e de até três em cada ZONA ELEITORAL, conforme
dispositivos abaixo:
 art. 66, §§1º e 2º, do CE:

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§ 1º Perante o Juízo Eleitoral, cada partido poderá nomear 3 (três) Delegados.


§ 2º Perante os Preparadores [perante a Zona Eleitoral], cada partido poderá
nomear até 2 (dois) Delegados, que assistam e fiscalizem os seus atos.

 art. 28, caput, da Resolução TSE nº 21.538/2003:


Art. 28. Para os fins do art. 27, os partidos políticos poderão manter até dois
delegados perante o Tribunal Regional Eleitoral e até três delegados em cada
zona eleitoral, que se revezarão, não sendo permitida a atuação simultânea de mais
de um delegado de cada partido.

Logo, a assertiva está incorreta.

Questão 39 – Inédita – 2014


A respeito das regras relativas à transferência do registro eleitoral, julgue o item
abaixo:
A apresentação do requerimento para a transferência (RAE) deverá ser apresentado
até 151º dia antes das eleições, exigindo-se o decurso de 1 ano desde a última
transferência, 3 meses no novo domicílio e quitação junto à Justiça Eleitoral.

Comentários
Justamente isso, na realidade, fizemos essa questão para que vocês
revisem e fixem bem essas informações. Vide, portanto, o quadro de aula:

Requerimento até o 151º dia antes das


eleições.

Decurso do prazo de 1 anos desde a


última transferência.
TRANSFERÊNC IA DO TÍTULO
ELEITORAL Pelo mesmo 3 meses de residência no
novo domicílio (exceto servidores
removidos ou transferidos)

Quitação com a Justiça Eleitoral.

Desse modo, está correta assertiva.

Questão 40 – Inédita – 2014


No que diz respeito às hipóteses de cancelamento e de exclusão da inscrição do
cadastro eleitoral, vejamos a seguinte situação-problema.
Maria Clara, desacreditada com o atual sistema político brasileiro, deixou de votar
durante as eleições de 2006 a 2012, não compareceu às urnas também em 2014.
Contudo, em razão dos resultados e da atual conjuntura político-econômica do Brasil
decidiu que exercerá novamente seu direito ao voto. Diante disso, compareceu à
Justiça Eleitoral para regularizar a situação da sua inscrição eleitoral.
Desse modo, considerando que em todos os anos eleitorais desde 2006 houve 2º
turno, julgue o item que segue:
A servidora da Justiça Eleitoral a informou que sua inscrição eleitoral encontra-se
cancelada.

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Comentários
Assim, vejamos uma linha do tempo:

2006 2007 2008 2009

não votou no primeiro novamente não votou 1ª ano do


e no segundo turno. no primeiro e no cancelamento
segundo turno,
caracterizando, assim,
o cancelamento da
inscrição logo após o
primeiro turno, que
ocorreu em
05.10.2008

2010 2011 2012 2013

2º ano do 3º ano do 4º ano do 5º ano do


cancelamento cancelamento cancelamento cancelamento

2014 2015 2016 2018

6º ano do
cancelamento

Como Maria Clara deixou de votar pela terceira vez consecutiva em


05.10.2008. Em 06.10.2014 teremos o decurso dos 6 anos e, portanto, a
inscrição restará excluída.
Vejamos o que prevê o art. 47 da Resolução TSE nº 21.5038/2003,
fundamento da questão:
§ 3º Após o transcurso de seis anos, contados do processamento do código FASE
próprio, as inscrições canceladas serão excluídas do cadastro.

Lembre-se:

EXLUSÃO DO TÍTULO Transcurso de 6 anos


ELEITORAL do cancelamento.

Logo, a assertiva está incorreta.

Questão 41 – Inédita – 2014


No que diz respeito às hipóteses de cancelamento e de exclusão da inscrição d o
cadastro eleitoral, vejamos a seguinte situação-problema.
Maria Clara, desacreditada com o atual sistema político brasileiro, deixou de votar
durante as eleições de 2006 a 2012, não compareceu às urnas também em 2014.
Contudo, em razão dos resultados e da atual conjuntura político-econômica do Brasil
decidiu que exercerá novamente seu direito ao voto. Diante disso, compareceu à
Justiça Eleitoral para regularizar a situação da sua inscrição eleitoral.
Desse modo, julgue o item que segue:
Maria Clara foi corretamente informada de que receberá novo número de título
eleitoral.

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Comentários
Conforme vimos ao longo da aula, no caso de exclusão, dado o decurso do
prazo maior que seis anos, com a inscrição excluída, deverá requerer novo
alistamento hipótese em que receberá novo número de inscrição eleitoral.
Logo a assertiva está correta.

Questão 42 – Inédita - 2014


No que diz respeito às hipóteses de cancelamento e exclusão da inscrição eleitoral,
julgue o item abaixo:
A partir da instauração do proc esso de cancelamento o eleitor não poderá mais votar
dada a possibilidade de alterar ilegitimamente o resultado das eleições.

Comentários
Sobre a matéria, vejamos o art. 72.
Art. 72. Durante o processo e até a exclusão pode o eleitor votar validamente.
Parágrafo único. Tratando-se de inscrições contra as quais hajam sido interpostos
recursos das decisões que as deferiram, DESDE QUE tais recursos venham a ser
providos pelo Tribunal Regional ou Tribunal Superior, serão nulos os votos SE o seu
número for suficiente para alterar qualquer representação partidária ou classificação
de candidato eleito pelo princípio majoritário.

Logo, a assertiva está incorreta, uma vez que somente após decisão a
respeito do processo de cancelamento é que o eleitor não poderá ma is
exercer o direito ao voto.

Questão 43 – CESPE/TRE-GO – Analista Judiciário – Área


Administrativa - 2015
Julgue os itens seguintes, referentes ao alistamento eleitoral, ao cancelamento da
inscrição eleitoral e exclusão do eleitor do cadastro nacional de eleitores.
Os institutos do cancelamento e de exclusão de eleitores não se complementam: não
há entre eles relação de causa e consequência.

Comentários
Está incorreta a assertiva. Há diferenças substanciais entre o
cancelamento e a exclusão inscrições eleitorais, vejamos:

CANCELAMENTO EXCLUSÃO

Na hipótese de cancelamento, a Na hipótese de exclusão, a


inscrição permanecerá inativa inscrição será expurgada do
no cadastro. sistema eleitoral.

Poderá o interessado requerer Poderá o interessado requerer


novo alistamento, caso em que novo alistamento, caso em que
restaurará o mesmo número receberá novo número de
de inscrição inscrição.

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Em que pese as diferenças acima, a exclusão do cadastro eleitoral


ocorrerá após 6 anos do cancelamento da inscrição eleitoral,
denotando a correlação entre ambos.

Ocorrerá após seis anos do


EXCLUSÃO cancelamento da inscrição
eleitoral.

Questão 44 – CESPE/TRE-GO – Analista Judiciário – Área


Administrativa - 2015
Julgue os itens seguintes, referentes ao alistamento eleitoral, ao cancelamento da
inscrição eleitoral e exclusão do eleitor do cadastro nacional de eleitores.
As únicas hipóteses de cancelamento da inscrição e a consequente exclusão do eleitor
do c adastro nacional são: suspensão dos direitos políticos, falecimento do eleitor,
pluralidade de inscrições e o fato de o eleitor deixar de votar em três eleições
consecutivas.

Comentários
Está incorreta a assertiva. As hipóteses de cancelamento da inscrição
eleitoral estão expressas no art. 71, da Resolução TSE nº 21.538/2003:
Art. 71. São causas de cancelamento:
I – a infração dos arts. 5º e 42 [inalistabilidade e falta de domicílio];
II – a suspensão ou perda dos direitos políticos;
III – a pluralidade de inscrição;
IV – o falecimento do eleitor;
V – deixar de votar em 3 (três) eleições consecutivas.

Notem que a assertiva deixou de fora a hipótese de inafastabilidade e de


falta do domicílio, o que por si só tornaria a assertiva incorreta, uma vez
que ela menciona: “as únicas hipóteses”. Paralelamente, equivoca-se ao
mencionar que ocorrida a hipótese de cancelamento há consequentemente
a exclusão do eleitor do cadastro eleitoral. A exclusão opera -se apenas com
o decurso de seis anos do cancelamento da inscrição.

Questão 45 – CESPE/TRE-GO – Analista Judiciário – Área


Administrativa - 2015
Julgue os itens seguintes, referentes ao alistamento eleitoral, ao cancelamento da
inscrição eleitoral e exclusão do eleitor do cadastro nacional de eleitores.
Alistamento eleitoral é o ato jurídico pelo qual a pessoa natural adquire, perante a
justiça eleitoral, capacidade eleitoral ativa e passa a integrar o corpo de eleitores de
determinada zona e seção eleitoral.

Comentários
Está correta a assertiva. Essa é uma das assertivas mais difíceis da nossa
prova.

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Ato jurídico é o fato jurídico humano. É o ato praticado pelo homem que
possui repercussão e importância para o direito, podendo ser lícito ou
ilícito.
Logo, podemos afirmar que o alistamento eleitoral é um ato jurídico,
embora não seja, em regra um ato jurisdicional.
Notem:
ato jurídico ≠ ato jurisdicional
Um ato jurisdicional, em termos gerais, constitui a manifestação do
magistrado em um determinado processo que implica em decisão, ou seja,
com conteúdo deliberativo.
O alistamento por sua vez é definido como um procedimento administrativo.
É o que nos ensina a doutrina de José Jairo Gomes 4:
Entende-se por alistamento o procedimento administrativo-eleitoral pelo qual se
qualificam e se inscrevem os eleitores.

Embora o juiz analise o pedido de inscrição de determinado eleitor ele


apenas atestará que foram observados os requisitos exigidos na legislação
eleitoral para a inscrição do interessado no cadastro eleitoral.
Excepcionalmente, discorre a doutrina que o alistamento poderá ser tornar
– além de um ato jurídico – um ato jurisdicional. Isso ocorrerá na hipótese
de indeferimento do alistamento, por intermédio de um recurso, o eleitoral
obtiver um pronunciamento favorável, ou seja, pela inscrição.

Questão 46 – CONSULPLAN/TRE-MG – Técnico Judiciário – Área


Administrativa – 2015
Existem pessoas, por variados motivos, cujo alistamento eleitoral é proibido ou
facultativo. Em razão disso, dentre as competências dos Juízes Eleitorais está
fornecer de acordo com o Código Eleitoral a:
a) certificado de isenção
b) declaração de idoneidade
c) certificado de irreelegibilidade
d) documento de desincompatibilização

Comentários
É uma questão estranha, mas como o enunciado delimitou à matéria do
Código Eleitoral, devemos procurar dentre as respectivas competências a
resposta.
Entre as atribuições do Juiz Eleitoral está a de fornecer certificado que isente
o cidadão não alistado das sanções eleitorais caso precise comprovar a
condição. É o que se extrai do art. 35, XVIII, do CE:
Art. 35. Compete aos Juízes:

4GOMES, José Jairo. Direito Eleitoral. 10ª edição, rev., atual e ampl., São Paulo: Editora
Atlas S/A, 2014, p. 131.

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XVIII – fornecer aos que não votaram por motivo justificado e aos não alistados,
por dispensados do alistamento, um certificado que os isente das sanções legais;

Logo, a alternativa A é a correta e gabarito da questão.

Questão 47 – CONSULPLA/TRE-MG – Técnico Judiciário – Área


Administrativa – 2015
Nos termos da Resolução do TSE nº 21.538/2003 incorrerá em multa imposta pelo
Juiz Eleitoral e cobrada no ato da inscrição, o brasileiro nato que não se alistar até
os:
a) 16 anos
b) 17 anos
c) 18 anos
d) 19 anos

Comentários
Para responder à questão devemos conhecer o art. 15 da Resolução, que
assim dispõe:
Art. 15. O brasileiro nato que não se alistar até os 19 anos ou o naturalizado
que não se alistar até um ano depois de adquirida a nacionalidade brasileir a
incorrerá em multa imposta pelo juiz eleitoral e cobrada no ato da inscrição.
Parágrafo único. Não se aplicará a pena ao não-alistado que requerer sua inscrição
eleitoral até o centésimo qüinquagésimo primeiro dia anterior à eleição subseqüente
à data em que completar 19 anos (Código Eleitoral, art. 8º c.c. a Lei nº 9.504/97,
art. 91).

Assim, no caso de brasileiro nato, segundo a legislação eleitoral, aquele que


não requerer o alistamento até completar 19 anos de idade sofre uma
multa, que não será aplicada ao alistado que requerer sua inscrição eleitoral
até 151º dia anterior à eleição subsequente à data em que completar 19
anos de idade.
Portanto, a alternativa D é a correta e gabarito da questão.

7 Considerações Finais
Chegamos ao final da quarta aula do Curso Regular. Na próxima aula
terminaremos o tema alistamento eleitoral. Além disso, na Aula 04
apresentaremos quais serão os vídeos de revisão de todo o conteúdo
relativo ao alistamento.
Excelente semana de estudos a todos!
Ricardo Torques
rst.estrategia@gmail.com
https://www.facebook.com/ricardo.s.torques

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