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Aula 03
Alistamento Eleitoral
parte 01
Sumário
1 - Considerações Iniciais ............................................................... 2
2 - Noções Introdutórias e Revisão ................................................... 3
2.1 – Introdução......................................................................... 3
2.2 - Domicílio Eleitoral................................................................ 3
2.3 - Alistamento Eleitoral Obrigatório e Facultativo .......................... 4
2.4 – Inalistabilidade ................................................................... 4
3 - Procedimento de Alistamento ...................................................... 5
3.1 - Requerimento de Alistamento Eleitoral (RAE) ........................... 6
4 - Qualificação e inscrição ............................................................. 14
4.1 - Segunda via ...................................................................... 23
4.2 - Transferência..................................................................... 25
4.3 - Delegados de partido perante alistamento .............................. 31
4.4 - Encerramento do alistamento ............................................... 33
5 - Cancelamento e Exclusão .......................................................... 34
6 – Questões ............................................................................... 41
6.1 - Questões sem comentários .................................................. 41
6.2 - Gabarito ........................................................................... 41
6.3 - Questões com Comentários .................................................. 51
7 – Considerações Finais................................................................ 77
1 - Considerações Iniciais
Segundo a nossa programação:
AULA 03 – Alistamento Eleitoral (parte 01) Disponibilização
Alistamento Eleitoral segundo o Código Eleitoral e Resolução 21.538 30.04.2015
AULA 04 – Alistamento Eleitoral (parte 02) Disponibilização
Alistamento Eleitoral segundo o Código Eleitoral e Resolução 21.538 10.05.2015
Procedimento de Alistamento
Qualificação e Inscrição
Cancelamento e Exclusão
2.1 Introdução
Por alistamento eleitoral compreende-se o processo realizado para a
aquisição da cidadania. Segundo a doutrina de José Jairo Gomes 1:
Entende-se por alistamento eleitoral o procedimento administrativo-eleitoral pelo
qual e qualificam e se inscrevem os eleitores.
1 GOMES, José Jairo. Direito Eleitoral. 10ª edição, rev., atual. e ampl. São Paulo: Editora
Atlas S/A, 2014, p. 131.
2 REspe nº 8.551/2014 e AgR/AL nº 7.286/2013 entre outros.
De todo modo, ainda que a pessoa tenha os vínculos acima em vários l ocais
diferentes, deverá escolher apenas um, sob pena de cancelamento dos
demais registros por pluralidade de inscrições, conforme estudaremos.
DOMICÍLIO
ELEITORAL
ALISTAMENTO
analfabetos
ELEITORAL
adolescentes
facultativo entre 16 e 18
anos
maiores de 70
2.4 Inalistabilidade
São duas as situações apontadas por nossa legislação constitucional e outra
apontada pela doutrina.
estrangeiro
conscrito
INALISTÁVEIS
apátrida
•VEDADO
3 - Procedimento de Alistamento
As regras gerais a respeito do alistamento eleitoral estão estabelecidas no
Código Eleitoral, entre os arts. 42 e 81. Contudo, dada a época em que foi
editado o nosso CE o estudo desses dispositivos deve ser feito em paralelo
com a Resolução TSE nº 21.538/2003 e com as Leis nº 6.996/1982 e nº
7.444/1985. Essas legislações estabeleceram normas relativamente ao
de inscrição coincidente
veda-se a transferência
do registro cancelado em razão de
QUANTO AO NÚMERO suspensão ou perda dos
DO TÍTULO... direitos políticos
do falecido
Por fim, de acordo com o art. 5º, §4º, da Resolução TSE nº 21.538/2003,
que, caso o eleitor compareça à Justiça Eleitoral para realizar a
transferência e seja identificada mais de uma inscrição cancelada há uma
ordem para o cancelamento e transferência.
Primeiramente, haverá a transferência da inscrição
que foi utilizada para votar nas últimas eleições. Já
a outra inscrição será cancelada.
Contudo, caso nenhuma das inscrições tenha sido
utilizada para votar nas últimas eleições, transfere-
se a mais antiga e cancela-se, assim, a inscrição
mais recente.
Vejamos o dispositivo:
Você pode estar se perguntando: o que são as FASE 329, FASE 450,
FASE 019 etc. previstas dos dispositivos acima? Calma pessoal,
veremos adiante que o FASE são Formulários de Atualização da Situação
do Eleitor. Futuramente estudaremos as suas peculiaridades.
A OPERAÇÃO 5 (REVISÃO) - será utilizada pelo eleitor que necessitar
alterar o local de votação dentro do mesmo município, com ou sem
alteração da zona eleitoral; para retificar dados pessoais; e para
regularizar a situação de inscrição cancelada.
MUDANÇA DE
•OPERAÇÃO 3 - TRANSFERÊNCIA
DOMICÍLIO?
MUDANÇA DE ZONA
•OPERAÇÃO 5 - REVISÃO
ELEITORAL?
MUDANÇA DE LOCAL
•OPERAÇÃO 5 - REVISÃO
DE VOTAÇÃO?
Por fim, vejamos o art. 8º, segundo o qual tanto no caso de revisão como
no caso de solicitação de segunda via a expedição é automática, mantendo-
se a data de domicílio do eleitor.
Art. 8º Nas hipóteses de REVISÃO ou de SEGUNDA VIA, o título eleitoral ser á
expedido automaticamente e a data de domicílio do eleitor não será alterada.
0014501203 03 38
Tranquilo, né?
O art. 13 da Resolução TSE nº 21.538/2003 será tratado adiante, quando
falarmos da qualificação e da inscrição, juntamente com o art. 45 do CE.
Ambos trazem a mesma regrativa, havendo, apenas, uma única distinção.
O alistamento daqueles que possuem entre 16 e 18 anos é facultativo,
conforme dispõe a Constituição. Notem que a Resolução explicita que o
alistamento poderá ser realizado aos 15 anos, desde que o interessado
complete os 16 anos até a data do pleito.
Art. 14. É facultado o alistamento, no ano em que se realizarem eleições, do menor
que completar 16 anos até a data do pleito, inclusive.
§ 1º O alistamento de que trata o caput poderá ser solicitado até o encerramento do
prazo fixado para requerimento de inscrição eleitoral ou transferência.
§ 2º O título emitido nas condições deste artigo somente surtirá efeitos com o
implemento da idade de 16 anos (Res.-TSE nº 19.465, de 12.3.96).
Para finalizar essa parte inicial, vejamos, finalmente, o que prevê o art. 17,
cuja leitura é mais do que suficiente:
Art. 17. Despachado o requerimento de inscrição pelo juiz eleitoral e processado
pelo cartório, o setor da Secretaria do Tribunal Regional Eleitoral responsável pelos
serviços de processamento eletrônico de dados enviará ao cartório eleitoral, que as
colocará à disposição dos partidos políticos, relações de inscrições incluídas no
cadastro, com os respectivos endereços.
§ 1º Do despacho que indeferir o requerimento de inscrição, caberá recurso
interposto pelo alistando no prazo de cinco dias e, do que o deferir, poderá recorrer
qualquer delegado de partido político no prazo de dez dias, contados da colocação da
respectiva listagem à disposição dos partidos, o que deverá ocorrer nos dias 1º e 15
de cada mês, ou no primeiro dia útil seguinte, ainda que tenham sido exibidas ao
alistando antes dessas datas e mesmo que os partidos não as consultem (Lei nº
6.996/1982, art. 7º).
§ 2º O cartório eleitoral providenciará, para o fim do disposto no § 1º, relações
contendo os pedidos indeferidos.
4 - Qualificação e inscrição
Segundo a dicção do CE, que utiliza um conceito procedimento o
alistamento é a soma da qualificação com a inscrição do eleitor. A
qualificação é o preenchimento dos requisitos exigidos em lei para que o
eleitor possa se alistar, enquanto a inscrição é o ato de ir até o órgão
competente para registrar-se.
Já o domicílio eleitoral, previsto no §1º, art. 1, do CE, é conceituado como
o local onde o eleitor resida OU more. De todo modo, em interpretação a
esse dispositivo, o TSE estendeu a noção de domicílio aos locais onde a
pessoa mantém vínculos de natureza diversa.
Art. 42. O alistamento se faz mediante a qualificação e inscrição do eleitor.
Parágrafo único. Para o efeito da inscrição, é domicílio eleitoral o lugar de
residência ou moradia do requerente, e, verificado ter o alistando mais de uma,
considerar-se-á domicílio qualquer delas.
IV – instrumento público do qual se infira, por direito ter o requerente idade superior
a dezoito anos [16 anos] e do qual conste, também, os demais elementos
necessários à sua qualificação;
V – documento do qual se infira a nacionalidade brasileira, originária ou
adquirida, do requerente.
Parágrafo único. Será devolvido o requerimento que não contenha os dados
constantes do modelo oficial, na mesma ordem, e em caracteres inequívocos.
Carteira de Identidade
DOCUMENTOS
33 OLIVEIRA, João Paulo. Direito Eleitoral, 2º edição, rev. ampl. e atual., Bahia: Editora
JusPovim, 2014, p. 55.
Logo:
DELEGADO DE PARTIDO
10 dias
(em caso de deferimento)
Indeferido, abre-se
prazo de 5 dias para
Deferido, o título será o eleitor e, no caso
Servidor preenche a
assinado e o eleitor de deferimento, de
RAE.
constará na lista. 10 dias para delegado
de partido
impugnarem.
A RAE é apresentada
Efetuam-se eventuais O recurso será
ao juiz as 48 horas
diligências. analisado no prazo de
seguintes.
5 dias pelo TRE.
Ficou mais fácil? Certamente sim, essa linha bem sintetiza todo o
procedimento do alistamento!
Vejamos o art. 46 do CE:
Art. 46. As folhas individuais de votação e os títulos serão confeccionados de
acordo com o modelo aprovado pelo Tribunal Superior Eleitoral.
§ 1º Da folha individual de votação [lista eletrônica de eleitores] e do título
eleitoral constará a indicação da Seção em que o eleitor tiver sido inscrito a qual será
localizada dentro do distrito judiciário ou administrativo de sua residência e o mais
próximo dela, considerados a distância e os meios de transporte.
§ 2º As folhas individuais de votação serão conservadas em pastas, uma
para cada Seção Eleitoral; remetidas, por ocasião das eleições, às Mesas
Receptoras, serão por estas encaminhadas com a urna e os demais
documentos da eleição às Juntas Eleitorais, que as devolverão, findos os
trabalhos da apuração, ao respectivo Cartório, onde ficarão guardadas .
§ 3º O eleitor ficará vinculado permanentemente à Seção Eleitoral indicada no seu
título, salvo:
I – se se transferir de Zona ou Município, hipótese em que deverá requerer
transferência;
II – se, até 100 (cem) dias [150 dias] antes da eleição, provar, perante o Juiz
Eleitoral, que mudou de residência dentro do mesmo Município, de um Distrito para
outro ou para lugar muito distante da Seção em que se acha inscrito, caso em que
serão feitas na folha de votação e no título eleitoral, para esse fim exibido, as
alterações correspondentes, devidamente autenticadas pela autoridade judiciária.
§ 4º O eleitor poderá, a qualquer tempo, requerer ao Juiz Eleitoral a
retificação de seu título eleitoral ou de sua folha individual [lista eletrônica de
eleitores] de votação, quando neles constar erro evidente, ou indicação de Seção
diferente daquela a que devesse corresponder a residência indicada no pedido de
inscrição ou transferência.
FRENTE VERSO
REQUERIMENTO DE 2ª VIA
Parágrafo único. Somente será expedida segunda via ao eleitor que estiver quite
com a Justiça Eleitoral, exigindo-se, para o que foi multado e ainda não liquidou a
dívida, o prévio pagamento, através de selo federal inutilizado nos autos.
4.2 - Transferência
A transferência será realizada pela OPERAÇÃO 3 – TRANSFERÊNCIA
conforme vimos no início da aula, sendo utilizada somente se houver
mudança de domicílio.
O art. 55 do CE, disciplina as regras relativas à transferência do registro.
Art. 55. Em caso de mudança de domicílio, cabe ao eleitor requerer ao Juiz do novo
domicílio sua transferência, juntando o título anterior.
§ 1º A transferência só será admitida satisfeitas as seguintes exigências:
I – entrada do requerimento no Cartório Eleitoral do novo domicílio até 100
(cem) dias [150 DIAS] antes da data da eleição;
II – transcorrência de pelo menos 1 (UM) ANO da inscrição primitiva;
III – residência mínima de 3 (TRÊS) MESES no novo domicílio, atestada pela
autoridade policial ou provada por outros meios convincentes .
§ 2º O disposto nos incisos II e III do parágrafo anterior NÃO se aplica quando se
tratar de transferência de título eleitoral de servidor público civil, militar,
autárquico, ou de membro de sua família, por motivo de remoção ou
transferência.
3 meses de
domicílio
REGRA ESPECÍICA - não precisa
SERVIDORES comprovar, se for
PÚBLICOS (e removido ou
membros da família) transferido: 1 ano do
alistamento ou
última transferência
prazo de 5 dias, a
pelo em caso de
RECURSO contar da ciência da
eleitor indeferimento
decisão
prazo de 10 dias a
pelo contadar da
em caso de
IMPUGNAÇÃO delegado publicação da lista
deferimento
de partido (1º e 15º dia de
cada mês)
•Cancelamento da inscrição.
•Retirada do fichário da segunda parte do título.
•Comunicar ao TRE o cancelamento.
•Se houver mudança de Estado, deverá ser comunicado o Juiz Eleitoral
caso o eleitor esteja filiado a partido político.
Para finalizarmos esse tópico, vejamos o art. 61, que dispõe que a
transferência somente será efetivada, caso o cidadão esteja quite com
a Justiça Eleitoral. Caso haja algum débito ou multa pendente, estas
deverão ser quitadas para a expedição do novo título eleitoral.
Art. 61. SOMENTE será concedida transferência ao eleitor que estiver quite
com a Justiça Eleitoral.
§ 1º Se o requerente não instruir o pedido de transferência com o título anterior, o
Juiz do novo domicílio, ao solicitar informação ao da Zona de origem, indagará se o
eleitor está quite com a Justiça Eleitoral, ou não o estando, qual a importância da
multa imposta e não paga.
§ 2º Instruído o pedido com o título, e verificado que o eleitor não votou em eleição
anterior, o Juiz do novo domicílio solicitará informações sobre o valor da multa
arbitrada na Zona de origem, salvo se o eleitor não quiser aguardar a resposta,
hipótese em que pagará o máximo previsto.
§ 3º O pagamento da multa, em qualquer das hipóteses dos parágrafos anteriores,
será comunicado ao Juízo de origem para as necessárias anotações.
Desse modo, se a questão não fizer distinção, a melhor resposta deve ser
no sentido de que em regra o Juiz para onde o eleitor está transferindo o
título fixa a multa, a não ser que o eleitor deseje expressamente que ela
seja fixada pelo Juiz de Origem. Na prática isso não acontece , o Juiz da
transferência fixa o valor da multa diretamente.
DELEGADOS DE
PARTIDOS
número atribuições
3 Zona
2 TRE Examinar os
Eleitoral Acompanhar os
documentos
procedimentos e Requerer a
relativos aos
alistamento exclusão de
pedidos de
(inscrição, registro do
alistamento,
transferência, cadastro.
transferência,
revisão, 2ª via)
revisão e 2º via.
5 - Cancelamento e Exclusão
Neste capítulo vamos tratar do cancelamento e da excl usão da inscrição
eleitoral. Sobre o assunto, o Código Eleitoral , entre os arts. 71 e 81,
disciplina as hipóteses de cancelamento e exclusão.
De modo didático podemos diferenciar ambas as hipóteses do seguinte
modo:
CANCELAMENTO EXCLUSÃO
estrangeiro
conscrito
INALISTÁVEIS
apátrida
Inalistabilidade
CAUSAS DE
Suspensão/perda dos Direitos Políticos
CANCELAMENTO
Pluralidade de Inscrição
Falecimento do eleitor
Quanto ao art. 71, §1º, registre-se que o CE não usou da melhor técnica na
medida em que as hipóteses acima são de
cancelamento, não de exclusão.
O importante desse dispositivo é saber quem são os
legitimados para requerer o cancelamento:
1. Pelo próprio Juiz Eleitoral, de ofício (ex officio);
2. Requerimento do Delegado de Partido; e
3. Requerimento pelo eleitor.
O § 4º trata da denúncia por fraude no alistamento. Tal denúncia será
analisada e poderá implicar em correição. Averiguada a hipótese de fraude
em proporção comprometedora do cadastro, será determinada a revisão do
eleitorado, matéria que será estudada em aula futura.
O art. 72 determina que enquanto não for definitiva a decisão acerca
do cancelamento ou exclusão da inscrição, o eleitor poderá
continuar votando regularmente. Isso é importante posto que o
procedimento exige fases, impugnações e recursos de modo que somente
restará inviabilizado o voto quando a decisão da Justiça Eleitoral for
definitiva.
Além disso, destaca-se que cancelada a inscrição o voto será anulado numa
situação bastante específica: apenas se somados, os votos de eleitores
cuja inscrição foi cancelada, forem suficientes para alterarem o
resultado. Isso justificaria uma nova reclassificação dos candidatos.
Interessante, não?
Art. 72. Durante o processo e até a exclusão pode o eleitor votar
validamente.
Parágrafo único. Tratando-se de inscrições contra as quais hajam sido interpostos
recursos das decisões que as deferiram, DESDE QUE tais recursos venham a ser
providos pelo Tribunal Regional ou Tribunal Superior, serão nulos os votos
SE o seu número for suficiente para alterar qualquer representação
partidária ou classificação de candidato eleito pelo princípio majoritário.
sua inscrição cancelada. Tendo isso em mente vejamos quem poderá fazer
a defesa cuja inscrição poderá ser cancelada:
Art. 73. No caso de exclusão, a defesa pode ser feita pelo interessado, por outro eleitor
ou por Delegado de partido.
Assim:
Delegado de
Próprio interessado Outro eleitor
Partido
O art. 74, por sua vez, trata da possibilidade de o Juiz Eleitoral iniciar o
procedimento de exclusão do eleitor do cadastro eleitoral, desde que tenha
conhecimento de alguma das hipóteses que estudamos acima.
Art. 74. A exclusão será mandada processar ex officio pelo Juiz Eleitoral, sempre que
tiver conhecimento de alguma das causas do cancelamento.
Notificada a
irregularidade
será instaurado o
Edital pelo prazo
procedimento. O de 10 dias para Impugnação no
Juiz determinará
ciência dos prazo de 5 dias.
a autuação do
interessados.
processo com os
documentos
necessários.
Nos 5 a 10 dias
Decisão no Juiz
Reucrso ao TRE no seguintes haverá a
Eleitoral no prazo
prazo de 3 dias. instrução
de 5 dias.
probatória.
6 Questões
Na sequência passamos à bateria de questões da
presente aula. São inúmeras questões, algumas de
2015, inclusive.
Com base na Resolução do TSE n.º 21.538/2003, assinale a opção correta a respeit o
da transferência do eleitor.
a) A transferência do eleitor independe de estar ele quite com a justiça eleitoral.
b) O despacho que indefere o pedido de transferência do eleitor é irrecorrível.
c) O pedido de transferência do eleitor é feito no cartório de seu antigo domicílio
eleitoral, a quem cabe oficiar ao cartório do domicílio atual do eleitor para que se
efetive a transferência requerida.
d) Para a transferência do eleitor, exige-se que ele resida há pelo menos três meses
no novo domicílio, fato declarado, sob as penas da lei, pelo próprio eleitor.
6.2 Gabarito
Questão 01 – C Questão 02 - INCORRETO
Questão 09 – D Questão 10 – A
Questão 15 - B Questão 16 - B
Questão 19 – D Questão 20 - B
Questão 23 – D Questão 24 - C
Questão 47 - D
Comentários
Trata-se de questão bastante tranquila. Das alternativas apresentadas a
única que traz uma hipótese em que o sujeito é alistável é a alternativa
C, que é o gabarito da questão.
Vejamos o que dispõe o art. 14, §8º, da CF:
Comentários
A assertiva está incorreta. A capacidade eleitoral se divide em ativa e
passiva. A capacidade eleitoral ativa garante a qualidade de eleitor, ou seja,
o direito de voltar. Já a capacidade eleitoral passiva é a aptidão para ser
votado.
Comentários
A assertiva está correta. Como já estudamos os índios podem ser
considerados, tendo em vista sua integração com a sociedade, como
isolados, em via de integração ou integrados. Os índios integrados possuem
plena capacidade eleitoral, desde que se alistem conforme exige a lei.
Comentários
Vejamos todas as alternativas.
A alternativa A está correta, de acordo com o art. 14, §1º, da CF:
Art. 14, § 1º - O alistamento eleitoral e o voto são:
I - obrigatórios para os maiores de dezoito anos;
II - facultativos para:
a) os analfabetos;
b) os maiores de setenta anos;
c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos.
A alternativa B também está correta porque de acordo com o art. 14, §2º,
da CF, segundo o qual não podem se alistar eleitores os estrangeiros e os
conscritos durante o período do serviço militar obrigatório.
A alternativa C está correta e arrola exatamente as condições de
elegibilidade previstas no art. 14, §3º, da CF:
Art. 14, § 3º - São condições de elegibilidade, na forma da lei:
I - a nacionalidade brasileira;
II - o pleno exercício dos direitos políticos;
III - o alistamento eleitoral;
IV - o domicílio eleitoral na circunscrição;
V - a filiação partidária;
VI - a idade mínima de:
a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador;
b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal;
c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito,
Vice-Prefeito e juiz de paz;
d) dezoito anos para Vereador.
Comentários
A assertiva está correta. De acordo com o texto constitucional, somente
os militares conscritos, ou seja, aqueles que estão em serviço militar
obrigatório, são inalistáveis. Os demais militares são plenamente alistáveis.
Comentários
Vejamos cada uma das alternativas.
A alternativa A está incorreta. Segundo o CE, em caso de extravio ou
perda, a solicitação de 2º via deverá ser efetuada até 10 dias antes do
pleito, e não até 30 dias antes do pleito conforme menciona a alternativa.
Art. 52. No caso de perda ou extravio de seu título, requererá o eleitor ao juiz do seu
domicílio eleitoral, até 10 (dez) dias antes da eleição, que lhe expeça segunda via.
Comentários
A assertiva está correta. Conforme vimos na aula demonstrativa e
conforme vimos na revisão hoje em aula, o alistamento e voto são
obrigatórios para aqueles que tiverem entre 18 e 70 anos. Em relação aos
maiores de 70, jovens entre 16 e 18, bem como os analfabetos o
alistamento e o voto serão facultativos.
Comentários
A assertiva está incorreta por apresentar o prazo errado para
requerimento da segunda via do título de eleitor. Vejamos o artigo 52, do
CE.
Art. 52. No caso de perda ou extravio de seu título, requererá o eleitor ao juiz do seu
domicílio eleitoral, até 10 (dez) dias antes da eleição, que lhe expeça segunda via.
Assim, a segunda via pode ser requerida até 10 dias antes das eleições e
não 30 como diz a questão.
Comentários
Outra ótima questão para repassarmos pontos importantes da Resolução
TSE nº 21.538/2003. Vamos lá!
As alternativas A e C estão incorretas, posto que o que dispõe o art. 18.
Por outro lado, o mesmo dispositivo justifica a alternativa D, que está
correta:
Art. 18. A transferência do eleitor só será admitida se satisfeitas as seguintes
exigências:
I - recebimento do pedido no cartório eleitoral do novo domicílio no prazo
estabelecido pela legislação vigente;
II - transcurso de, pelo menos, um ano do alistamento ou da última transferência;
III - residência mínima de três meses no novo domicílio, declarada, sob as penas da
lei, pelo próprio eleitor;
IV - prova de quitação com a Justiça Eleitoral.
Assim:
a) A transferência do eleitor independe de estar ele quite com a justiça eleitoral.
c) O pedido de transferência do eleitor é feito no cartório de seu antigo domicílio
eleitoral, a quem cabe oficiar ao cartório do domicílio atual do eleitor para que se
efetive a transferência requerida.
e) A transferência do eleitor será admitida até três vezes em um mesmo ano.
Comentários
Vejamos cada uma das alternativas da Resolução nº 21.538/2003, que são
abordadas nas alternativas.
A alternativa A envolve o art. 80, §2º:
§ 2º O pedido de justificação será sempre dirigido ao juiz eleitoral da zona de
inscrição, podendo ser formulado na zona eleitoral em que se encontrar o eleitor, a
qual providenciará sua remessa ao juízo competente.
Veremos esse dispositivo com mais calma na próxima aula. Contudo, desde
logo devemos memorizar que a revisão do eleitoral por fraude deve ser
significativa a ponto de comprometer o resultado das eleições.
Comentários
A assertiva está incorreta. O art. 71 trata das causas de cancelamento do
título de eleitor e o § 1º prevê que é possível o cancelamento de ofício,
vejamos:
Art. 71. São causas de cancelamento:
§ 1º A ocorrência de qualquer das causas enumeradas neste artigo acarretará a
exclusão do eleitor, que poderá ser promovida ex officio, a requerimento de delegado
de partido ou de qualquer eleitor.
Comentários
Vejamos cada uma das alternativas.
A alternativa A está errada. O período a ser considerado para fins de
alistamento é a data do pleito. É o que dispõe o art. 14, caput, da
Resolução:
Comentários
A assertiva está correta, tendo em vista que é exatamente o que prevê o
art. 68, §2º.
Art. 68. Em audiência pública, que se realizará às 14 (quatorze) horas do 69
(sexagésimo nono) dia anterior à eleição, o juiz eleitoral declarará encerrada a
inscrição de eleitores na respectiva zona e proclamará o número dos inscritos até as
18 (dezoito) horas do dia anterior, o que comunicará incontinente ao Tribunal
Regional Eleitoral, por telegrama, e fará público em edital, imediatamente afixado no
lugar próprio do juízo e divulgado pela imprensa, onde houver, declarando nele o
Comentário
A assertiva está incorreta, pois a defesa da exclusão da pessoa como
eleitor pode ser feita pelo interessado, outro eleitor ou delegado do partido.
Art. 73. No caso de exclusão, a defesa pode ser feita pelo interessado, por ou tro
eleitor ou por delegado de partido.
Comentários
Vejamos cada uma das alternativas.
A alternativa A está incorreta, posto que a data que será colocada no título
será do preenchimento do requerimento e não a data do deferimento do
pedido pelo juiz, conforme se extrai do art. 23, §2º, da Resolução TSE nº
21.538/2003:
§ 2º Nas hipóteses de alistamento, transferência, revisão e segunda via, a data da
emissão do título será a de preenchimento do requerimento.
Comentários
Comentários
A assertiva está incorreta, devido a alteração processada pela lei 9.504. O
prazo era de 100 dias antes das eleições para que nenhum requerimento
de inscrição ou cancelamento eleitoral fosse recebido, todavia, agora o
prazo previsto no artigo 91, da Lei 9.504, é de 150 dias antes da eleição.
Vejamos o artigo alterador.
Art. 91. Nenhum requerimento de inscrição eleitoral ou de transferência será recebido
dentro dos cento e cinqüenta dias anteriores à data da eleição.
Comentários
A assertiva está incorreta. O eleitor deve estar em dia com suas obrigações
eleitorais para que possa transferir seu título de eleitor para outro domicílio
eleitoral. É o que prevê o artigo 61, do CE.
Art. 61. Somente será concedida transferência ao eleitor que estiver quite com a
Justiça Eleitoral.
Comentários
Para resolver à questão devemos conhecer o disposto no art. 66, do CE e
no art. 27, II, da Resolução TSE nº 21.538/2003:
Art. 27. Os partidos políticos, por seus delegados, poderão: (...)
II – requerer a exclusão de qualquer eleitor inscrito ilegalmente e assumir a defesa
do eleitor cuja exclusão esteja sendo promovida.
Art. 66 do CE. É licito aos partidos políticos, por seus delegados:
II - promover a exclusão de qualquer eleitor inscrito ilegalmente e assumir a defesa
do eleitor cuja exclusão esteja sendo promovida;
Comentários
Comentários
Comentários
Conforme o art. 18 acima citado:
item I: correto conforme art. 18, II, da Resolução TSE nº
21.538/2004;
item II: correto conforme art. 18, III, da Resolução.
Item III: correto conforme o art. 18, § 1º, da Resolução.
Portanto, a alternativa B é a correta e gabarito da questão.
Comentários
A alternativa D é a correta e gabarito da questão conforme dispõe o art.
65 da Resolução TSE nº 21.38/2003:
Comentários
Pessoal, não dá para ir para a prova sem memorizar o art. 18 da Resolução
TSE nº 21.538/2003. Muitas das questões envolvem esse assunto.
Dentre os requisitos previstos no dispositivo o único que não consta é o
parecer favorável do Ministério Público Eleitoral.
Desse modo a alternativa C é a incorreta e gabarito da questão.
Comentário
A assertiva está incorreta, tendo em vista que é possível o recurso contra
o despacho de indeferimento do pedido de transferência do título de eleitor.
De acordo com o art. 57, § 3º, o recurso será cabível frente ao TRE
competente e deverá ser realizado no prazo de 03 dias.
Art. 57. O requerimento de transferência de domicílio eleitoral será imediatamente
publicado na imprensa oficial na Capital, e em cartório nas demais localidades,
podendo os interessados impugná-lo no prazo de dez dias. (Redação dada pela Lei
nº 4.961, de 1966)
§ 2º Poderá recorrer para o Tribunal Regional Eleitoral, no prazo de 3 (três) dias, o
eleitor que pediu a transferência, sendo-lhe a mesma negada, ou qualquer delegado
de partido, quando o pedido for deferido.
Comentários
A assertiva está incorreta, posto que o pedido de transferência do título
de eleitor deve ser realizado perante o juízo do novo domicílio. Não faria
sentido requerer a transferência do domicílio antigo, pois o eleitor não mais
reside naquele local.
Art. 55. Em caso de mudança de domicílio, cabe ao eleitor requerer ao juiz do novo
domicílio sua transferência, juntando o título anterior.
Comentários
Vejamos cada uma das alternativas.
A alternativa A está incorreta posto que recurso será cabível, nos termos
do art. 18, §5, da Resolução TSE nº 21.538/2003, pelo eleitor no prazo de
5 dias, bem como pelo delegado de partido no prazo de 10 dias.
A alternativa B também está errada, pois exige-se apenas 1 anos da
última transferência conforme vimos.
A alternativa C está incorreta, dada a possibilidade de recurso como vimos
no §5º.
A alternativa D está correta e é o gabarito da questão, pois está de acordo
com o art. 18, III, da Resolução TSE nº 21.538/2003.
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A assertiva está incorreta, pois a aferição da idade mínima é realizada na
data do pleito e não na data do requerimento da inscrição ele itoral.
Comentários
A assertiva está correta pelo que prescreve o art. 52, § 1º.
Art. 52. No caso de perda ou extravio de seu título, requererá o eleitor ao juiz do seu
domicílio eleitoral, até 10 (dez) dias antes da eleição, que lhe expeça segunda via.
§ 1º O pedido de segunda via será apresentado em cartório, pessoalmente, pelo
eleitor, instruído o requerimento, no caso de inutilização ou dilaceração, com a
primeira via do título.
Comentário
A assertiva está incorreta. O art. 9º, da Resolução nº 21.538 trata desse
procedimento.
Art. 9º No cartório eleitoral ou no posto de alistamento, o servidor da Justiça
Eleitoral preencherá o RAE ou digitará as informações no sistema de acordo
com os dados constantes do documento apresentado pelo eleitor, complementados
com suas informações pessoais, de conformidade com as exigências do
processamento de dados, destas instruções e das orientações específicas.
§ 1º O RAE deverá ser preenchido ou digitado e impresso na presença do
requerente.
§ 2º No momento da formalização do pedido, o requerente manifestará sua
preferência sobre local de votação, entre os estabelecidos para a zona eleitoral.
§ 3º Para os fins o § 2º deste artigo, será coloc ada à disposição, no cartório ou posto
de alistamento, a relação de todos os locais de votação da zona, com os respectivos
endereços.
§ 4º A assinatura do requerimento ou a aposição da impressão digital do polegar será
feita na presença do servidor da Just iça Eleitoral, que deverá atestar, de imediato, a
satisfação dessa exigência.
b) Para que o TSE determine de ofício a revisão ou correição das zonas eleitorais,
basta que o total de transferências de eleitores ocorridas no ano em curso seja 10%
superior ao do ano anterior; ou que o eleitorado seja superior ao dobro da população
entre dez e quinze anos, somada à de idade superior a setenta anos, do território do
município; ou, ainda, que o eleitorado seja superior a 55% da população projetada
para aquele ano pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística para o município.
c) Para a transferência de título eleitoral de servidor público civil, militar, autárquico,
ou de membro de sua família, por motivo de remoção ou transferência, não se exigem
o transcurso de um ano do alistamento ou da última transferência nem a residência
mínima de três meses no novo domicílio.
d) Nenhum requerimento de inscrição eleitoral ou de transferência será recebido
dentro dos cento e oitenta dias anteriores à data da eleição, período considerado de
suspensão do alistamento.
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A alternativa A está incorreta. Embora seja possível a atuação de ofício do
juiz eleitoral, ele deverá instaurar o procedimento específico, conforme
disciplina o art. 74, do CE:
Art. 74. A exclusão será mandada processar ex officio pelo juiz eleitoral, sempre que
tiver conhecimento de alguma das causas do cancelamento.
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A assertiva está incorreta, pois não há hipótese de afastamento preventivo
do direito de votar. De fato, é o exato contrário, o eleitor poderá votar até
sua exclusão definitiva. Vejamos o que prescreve o art. 72, do CE.
Art. 72. Durante o processo e até a exclusão pode o eleitor votar validamente.
Parágrafo único. Tratando-se de inscrições contra as quais hajam sido interpostos
recursos das decisões que as deferiram, desde que tais recurso s venham a ser
providos pelo Tribunal Regional ou Tribunal Superior, serão nulos os votos se o seu
número fôr suficiente para alterar qualquer representação partidária ou classificação
de candidato eleito pelo princípio maioritário.
Comentários
A assertiva está correta, com base no art. 73 do CE, já citado nesses
comentários.
Comentários
A assertiva está correta, tendo em vista a ordem de cancelamento trazida
no art. 75, do CE.
Art. 75. O Tribunal Regional, tomando conhecimento através de seu fichário, da
inscrição do mesmo eleitor em mais de uma zona sob sua jurisdição, comunicará o
fato ao juiz competente para o cancelamento, que de preferência deverá
recair:
I - na inscrição que não corresponda ao domicílio eleitoral;
II - naquela cujo título não haja sido entregue ao eleitor;
III - naquela cujo título não haja sido utilizado para o exercício do voto na última
eleição;
IV - na mais antiga.
Comentários
A assertiva está incorreta, pois o eleitor deverá requerer nova inscrição e
qualificação. É o que estabelece o art. 81, do CE.
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A assertiva está incorreta. O erro da assertiva está no final, quando diz
que a autoridade que impuser a pena deverá fazer a comunicação do eleitor
na circunscrição em que o delito foi praticado. Na verdade, essa
comunicação deve ser realizada na circunscrição em que residi r o réu, de
acordo com o § 2º, do art. 71, do CE.
§ 2º No caso de ser algum cidadão maior de 18 (dezoito) anos privado temporária
ou definitivamente dos direitos políticos, a autoridade que impuser essa pena
providenciará para que o fato seja comunicado ao juiz eleitoral ou ao Tribunal
Regional da circunscrição em que residir o réu.
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A questão contempla uma pegadinha maldosa.
O art. 55, §2º, disciplina regra específica para os servidores públicos
que tenham sido removidos ou transferidos. Para ele NÃO se aplica a
exigência de 3 meses de domicílio no novo endereço.
Logo, a assertiva está incorreta.
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A questão é maldosa e inverte as informações, posto que os partidos
políticos poderão manter dois delegados junto ao TRIBUNAL REGIONAL
ELEITORAL e de até três em cada ZONA ELEITORAL, conforme
dispositivos abaixo:
art. 66, §§1º e 2º, do CE:
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Justamente isso, na realidade, fizemos essa questão para que vocês
revisem e fixem bem essas informações. Vide, portanto, o quadro de aula:
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Assim, vejamos uma linha do tempo:
6º ano do
cancelamento
Lembre-se:
Comentários
Conforme vimos ao longo da aula, no caso de exclusão, dado o decurso do
prazo maior que seis anos, com a inscrição excluída, deverá requerer novo
alistamento hipótese em que receberá novo número de inscrição eleitoral.
Logo a assertiva está correta.
Comentários
Sobre a matéria, vejamos o art. 72.
Art. 72. Durante o processo e até a exclusão pode o eleitor votar validamente.
Parágrafo único. Tratando-se de inscrições contra as quais hajam sido interpostos
recursos das decisões que as deferiram, DESDE QUE tais recursos venham a ser
providos pelo Tribunal Regional ou Tribunal Superior, serão nulos os votos SE o seu
número for suficiente para alterar qualquer representação partidária ou classificação
de candidato eleito pelo princípio majoritário.
Logo, a assertiva está incorreta, uma vez que somente após decisão a
respeito do processo de cancelamento é que o eleitor não poderá ma is
exercer o direito ao voto.
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Está incorreta a assertiva. Há diferenças substanciais entre o
cancelamento e a exclusão inscrições eleitorais, vejamos:
CANCELAMENTO EXCLUSÃO
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Está incorreta a assertiva. As hipóteses de cancelamento da inscrição
eleitoral estão expressas no art. 71, da Resolução TSE nº 21.538/2003:
Art. 71. São causas de cancelamento:
I – a infração dos arts. 5º e 42 [inalistabilidade e falta de domicílio];
II – a suspensão ou perda dos direitos políticos;
III – a pluralidade de inscrição;
IV – o falecimento do eleitor;
V – deixar de votar em 3 (três) eleições consecutivas.
Comentários
Está correta a assertiva. Essa é uma das assertivas mais difíceis da nossa
prova.
Ato jurídico é o fato jurídico humano. É o ato praticado pelo homem que
possui repercussão e importância para o direito, podendo ser lícito ou
ilícito.
Logo, podemos afirmar que o alistamento eleitoral é um ato jurídico,
embora não seja, em regra um ato jurisdicional.
Notem:
ato jurídico ≠ ato jurisdicional
Um ato jurisdicional, em termos gerais, constitui a manifestação do
magistrado em um determinado processo que implica em decisão, ou seja,
com conteúdo deliberativo.
O alistamento por sua vez é definido como um procedimento administrativo.
É o que nos ensina a doutrina de José Jairo Gomes 4:
Entende-se por alistamento o procedimento administrativo-eleitoral pelo qual se
qualificam e se inscrevem os eleitores.
Comentários
É uma questão estranha, mas como o enunciado delimitou à matéria do
Código Eleitoral, devemos procurar dentre as respectivas competências a
resposta.
Entre as atribuições do Juiz Eleitoral está a de fornecer certificado que isente
o cidadão não alistado das sanções eleitorais caso precise comprovar a
condição. É o que se extrai do art. 35, XVIII, do CE:
Art. 35. Compete aos Juízes:
4GOMES, José Jairo. Direito Eleitoral. 10ª edição, rev., atual e ampl., São Paulo: Editora
Atlas S/A, 2014, p. 131.
XVIII – fornecer aos que não votaram por motivo justificado e aos não alistados,
por dispensados do alistamento, um certificado que os isente das sanções legais;
Comentários
Para responder à questão devemos conhecer o art. 15 da Resolução, que
assim dispõe:
Art. 15. O brasileiro nato que não se alistar até os 19 anos ou o naturalizado
que não se alistar até um ano depois de adquirida a nacionalidade brasileir a
incorrerá em multa imposta pelo juiz eleitoral e cobrada no ato da inscrição.
Parágrafo único. Não se aplicará a pena ao não-alistado que requerer sua inscrição
eleitoral até o centésimo qüinquagésimo primeiro dia anterior à eleição subseqüente
à data em que completar 19 anos (Código Eleitoral, art. 8º c.c. a Lei nº 9.504/97,
art. 91).
7 Considerações Finais
Chegamos ao final da quarta aula do Curso Regular. Na próxima aula
terminaremos o tema alistamento eleitoral. Além disso, na Aula 04
apresentaremos quais serão os vídeos de revisão de todo o conteúdo
relativo ao alistamento.
Excelente semana de estudos a todos!
Ricardo Torques
rst.estrategia@gmail.com
https://www.facebook.com/ricardo.s.torques