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EM PORTUGAL
FUNDAMENTOS E SUGESTÕES
ÍNDICE
INTRODUÇÃO --------------------------------------------------------------------------------------------- 4
Pressupostos ----------------------------------------------------------------------------------------------- 9
Pressupostos --------------------------------------------------------------------------------------------- 14
Sugestões ------------------------------------------------------------------------------------------------- 23
Pressupostos --------------------------------------------------------------------------------------------- 26
Sugestões ------------------------------------------------------------------------------------------------- 29
Equipas de apoio centradas nas escolas/agrupamentos – serviços de primeira linha -------- 29
Recursos e serviços externos à escola ------------------------------------------------------------- 30
Apoio prestado pelas escolas, serviços e instituições especiais -------------------------------- 33
Apoio à liderança e cooperação--------------------------------------------------------------------- 34
Pressupostos --------------------------------------------------------------------------------------------- 36
Sugestões ------------------------------------------------------------------------------------------------- 38
Pressupostos --------------------------------------------------------------------------------------------- 42
Sugestões ------------------------------------------------------------------------------------------------- 44
Pressupostos --------------------------------------------------------------------------------------------- 47
Sugestões ------------------------------------------------------------------------------------------------- 51
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PROMOÇÃO DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA EM PORTUGAL
INTRODUÇÃO
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PROMOÇÃO DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA EM PORTUGAL
Em 1993
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PROMOÇÃO DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA EM PORTUGAL
Em 1994
Em 2000
Em 2001
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Não sendo possível encontrar uma palavra que traduzisse Flagship de forma adequada,
mantivemos a palavra inglesa.
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PROMOÇÃO DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA EM PORTUGAL
No entanto, julgamos que, entre nós, uma abordagem aprofundada nesta área
seria plenamente justificada pois se assiste a um aumento significativo de
situações de vulnerabilidade na população escolar derivada da crescente
percentagem de alunos oriundos de outros países, da progressão de
comportamentos de risco (acarretando infecções do HIV/SIDA, casos de
gravidez prematura, delinquência e outros) ou da dificuldade de inserção
profissional à saída da escolaridade básica ou secundária. Esta multiplicidade de
problemas exige uma multiplicidade de respostas que, para serem eficazes,
devem obedecer ao princípio comum de UMA ESCOLA INCLUSIVA PARA
TODOS, que constitua o vértice das acções a desencadear a nível
interdepartamental e inter e trans-profissional.
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PROMOÇÃO DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA EM PORTUGAL
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PROMOÇÃO DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA EM PORTUGAL
Pressupostos
Adoptamos neste trabalho os seguintes pressupostos contidos na Declaração de
Salamanca:
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PROMOÇÃO DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA EM PORTUGAL
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PROMOÇÃO DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA EM PORTUGAL
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PROMOÇÃO DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA EM PORTUGAL
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PROMOÇÃO DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA EM PORTUGAL
Pressupostos
Considerações gerais
Conceito de apoio
Isto implica que os recursos mais importantes sejam os que têm um impacto
directo na aprendizagem e participação dos alunos - alunos que não devem
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PROMOÇÃO DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA EM PORTUGAL
apenas estar juntos, mas que, acima de tudo, devem aprender juntos – e que
consistem, essencialmente, em:
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PROMOÇÃO DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA EM PORTUGAL
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PROMOÇÃO DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA EM PORTUGAL
Isto significa que, a nível nacional, os currículos devem ser definidos mais em
termos de competências essenciais, do que em termos de conteúdos
programáticos detalhados, cabendo às estruturas ou autoridades locais e às
escolas e agrupamentos a tarefa de os definir. Assim, o currículo deve prever
diferentes níveis de actividades e de participação, de forma a garantir a
acessibilidade curricular a todos os alunos, independentemente dos seus níveis
de entrada.
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PROMOÇÃO DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA EM PORTUGAL
Outras aprendizagens.
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PROMOÇÃO DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA EM PORTUGAL
Estrutura e medidas.
Avaliação.
Revisão.
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PROMOÇÃO DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA EM PORTUGAL
A intervenção precoce.
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PROMOÇÃO DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA EM PORTUGAL
Para além dos níveis de desempenho e das formas de os avaliar (teste tipo
papel e lápis, avaliação autêntica, participada, reflexiva, contextualizada…),
para além da minimização das barreiras que se colocam à aprendizagem e à
participação em qualquer fase do desenvolvimento, para além duma avaliação
ecológica centrada no currículo, na gestão e organização escolar e nas
condições reais dos vários contextos sociais de aprendizagem, os alunos
devem progredir e ser avaliados em função dos seus projectos de vida,
tendo em conta o que poderão continuar a fazer após a escolaridade e
ao longo das suas vidas. O que significa que devem ser definidas
formas flexíveis de certificação que permitam evitar o perigo de deixar
a escola sem formas possíveis de acreditação.
Família e Comunidade
A educação para todos, a educação inclusiva, não pode ser reduzida a uma
mera questão técnica, não é um assunto restrito aos profissionais de educação.
O envolvimento e contributos das famílias e da comunidade são decisivos,
nomeadamente, nos planos da participação activa das famílias, da colaboração
escola - família e no estabelecimento de relações de confiança mútuas e
recíprocas.
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PROMOÇÃO DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA EM PORTUGAL
A educação parental.
Colaboração Inter-Serviços
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PROMOÇÃO DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA EM PORTUGAL
Dada a sua importância, uma atenção especial deve ser dada à articulação
entre as escolas/agrupamentos e as instituições de educação especial, quer na
perspectiva do desenvolvimento de projectos de parceria que apoiem a inclusão
escolar de populações específicas, nomeadamente de baixa incidência e alta
intensidade, quer na perspectiva do encaminhamento de alunos para essas
instituições. Ainda neste âmbito, uma atenção especial merecem igualmente as
questões da transição para a vida adulta.
Sugestões
Dadas as características do presente capítulo, “Estratégias para o
Desenvolvimento da Educação Inclusiva”, uma multiplicidade de sugestões foi
avançada no próprio corpo do texto.
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Documento que se pretende próximo do “Special Educational Needs – Code of Practice” do
Department for Education and Skills, do Departamento da Educação do Reino Unido (2001).
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PROMOÇÃO DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA EM PORTUGAL
Pressupostos
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Considerações gerais
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PROMOÇÃO DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA EM PORTUGAL
Centralização e descentralização
Outro aspecto que poderá influenciar a inclusão educativa tem a ver com o grau
de centralização/descentralização das decisões relativas ao desenvolvimento do
sistema educativo. Considera-se que, ao nível executivo, há enormes vantagens
na descentralização, pois salvaguarda a especificidade de cada situação, facilita
a flexibilidade e individualidade das respostas, garante um maior
empenhamento e maior rapidez de execução pelos seus agentes. Por outro
lado, uma intervenção de nível central/regional pode evitar desigualdades entre
as escolas/agrupamentos, combater focos de resistência às orientações gerais e
dissuadir decisões motivadas por interesses locais.
O factor humano
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Sugestões
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PROMOÇÃO DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA EM PORTUGAL
Como se disse acima, a intervenção a estes níveis, deve ser orientada numa
dupla vertente:
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Em 1994/95 os quadros superiores do Ministério da Educação debateram uma proposta de
criação de “Serviços Locais de Educação, (SLE’s)” que nunca chegou a ser concretizada.
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PROMOÇÃO DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA EM PORTUGAL
No primeiro caso, estas equipas devem dar uma atenção particular à inovação e
desenvolvimento na área da educação, nomeadamente nas vertentes das
metodologias da formação contínua, dos recursos materiais e das ajudas
técnicas, procurando disseminar nas escolas do seu território as novas
tecnologias de apoio e novos processos de ensino/aprendizagem. Cabe-lhes
ainda, promover a cooperação dos serviços externos capazes de contribuir para
acção educativa.
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PROMOÇÃO DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA EM PORTUGAL
dos profissionais que actuam junto dos alunos, das famílias e das escolas,
evitando a multiplicação de intervenções de diferentes serviços e de diferentes
equipas existentes no terreno.
Apoio itinerante.
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PROMOÇÃO DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA EM PORTUGAL
Considerando que uma equipa como aqui sugerimos, para cumprir plenamente
a sua missão, deveria estar inserida num “Serviço Local de Educação”, temos a
consciência de que só pode ser equacionada à luz dum âmbito mais vasto de
actuação que envolve evolução/transformação das actuais estruturas locais do
ministério da educação mais próximas das escolas - as actuais ECAE’s e os CE’s.
Por outro lado, a acção dos serviços de apoio deve obedecer a uma perspectiva
holística, envolvendo uma colaboração interdepartamental e contemplando não
só alunos com necessidades educativas especiais associadas à deficiência, mas
também os diferentes grupos de alunos que, por diversas condições, enfrentam
dificuldades no acesso, frequência e aprendizagem, como grupos e etnias
minoritários, alunos com patologias graves que necessitem de supervisão e
aconselhamento diferenciado, alunos de língua materna diferente do português,
alunos de meios desfavorecidos e outras situações de vulnerabilidade.
Uma significativa parte dos alunos com necessidades especiais ainda segue uma
educação segregada em escolas especiais dependentes de associações e
cooperativas, ou em colégios especiais de fins lucrativos. Algumas instituições
têm desenvolvido a sua acção no sentido de extinguir as suas escolas e mover
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PROMOÇÃO DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA EM PORTUGAL
Mas há muito a fazer neste sector, sendo necessário reforçar, por diversos
meios – formativos, legais, financeiros - o papel das estruturas especiais de
educação no apoio ao desenvolvimento de políticas de inclusão.
Assim, os órgãos de gestão, nos seus diferentes níveis, bem como os órgãos de
apoio técnico devem ser agentes activos da política de inclusão. A formação
destes órgãos de chefia deve ter presente o desenvolvimento de competências
na cooperação entre os profissionais, na resolução dos problemas dos
respectivos agrupamentos e escolas e no desenvolvimento da próprias
instituições.
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Pressupostos
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Considerações gerais
A análise do sistema educativo português no que respeita à formação de
professores numa perspectiva de educação inclusiva evidencia alguns aspectos
que cremos susceptíveis de reflexão. Sem pretender utilizar uma perspectiva
hierárquica, salientamos os que se seguem.
Verifica-se, por outro lado, uma falta generalizada de formação dos professores
sobre a educação de alunos com necessidades educativas especiais, o que
condiciona negativamente o funcionamento das escolas e as actividades das
salas de aula.
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PROMOÇÃO DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA EM PORTUGAL
Sugestões
Dado que a promoção da educação inclusiva (uma escola mais eficaz para todos
os alunos) assenta, em grande medida, na qualidade profissional dos
professores e outros agentes educativos, sugerem-se as seguintes medidas na
área da sua formação inicial e especializada:
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Pressupostos
Considerações gerais
A legislação, por si só, não tem capacidade para iniciar e garantir a
sustentabilidade das mudanças que se impõe no sector educativo. De facto, na
base da evolução e do progresso dos serviços e dos programas encontram-se
outros factores decisivos tais como o empenhamento e a competência de
pessoas envolvidas (pais, profissionais e membros da comunidade), a
congregação de esforços, o estabelecimento de redes de cooperação ou os
apoios e incentivos de organizações internacionais ou de outros países. Em
muitos casos verifica-se, mesmo, que as iniciativas assim surgidas se situam à
margem ou mesmo contra as directrizes estabelecidas.
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PROMOÇÃO DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA EM PORTUGAL
Sintetizando:
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Nomeadamente:
Sugestões
Considerando que a legislação pode contribuir para:
Sugerimos o seguinte:
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Um documento deste tipo (semelhante a outros do mesmo teor realizados, após a Conferência
de Salamanca, em diferentes países – Reino Unido, Espanha, África do Sul) deveria ser
elaborado por uma equipa multifacetada, capaz de integrar dados provenientes de diferentes
regiões, de diferentes departamentos oficiais e de diferentes ONG’s, e deveria poder contar coma
supervisão de um perito de referência nesta área, a nível internacional.
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Pressupostos
Considerações gerais
O desenvolvimento da educação inclusiva depende, entre outros factores, dos
recursos materiais que são orientados para as escolas regulares, de modo a que
elas possam ser dotadas dos serviços necessários a uma resposta eficaz para
todos os alunos, incluindo os que se encontram em situação de vulnerabilidade.
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Pelo contrário, desde os meados dos anos 70, em que se iniciaram as acções do
Ministério da Educação na sector do chamado ensino integrado, foram
sobretudo as estruturas especiais, destinadas unicamente às crianças com
deficiência ou problemas diversos de aprendizagem que foram alvo dos apoios
financeiros, quer do Ministério da Educação, quer do Departamento da
Segurança Social. Se o apoio a estas estruturas foi um passo essencial nas
décadas de 70 e 80, em que estas escolas especiais eram o único recurso para
os alunos com deficiências acentuadas, a partir dos anos 90 teria sido
fundamental que as dotações financeiras tivessem acompanhado a evolução da
politica educativa que então se desenhou, no sentido da abertura das escolas
regulares a todas as crianças (exceptuando-se casos muito específicos).
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A Agência Europeia para o Desenvolvimento das Necessidades Educativas Especiais refere,
em relação a 1998, as seguintes percentagens de crianças em escolas especiais (igualmente
em relação com a população escolarizada total): Espanha – 3%; Finlândia – 2,4%; Suécia e
Dinamarca – 1,7%; Itália – 0,5%.
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A análise das percentagens de alunos sinalizados entre diferentes escolas/agrupamentos e entre
diferentes regiões, revela diferenças muito significativas, o que permite concluir que os critérios
utilizados são variáveis e permite supor que em algumas escolas se inflaciona o número destes alunos
tendo em vista o desdobramento de classes e a colocação de mais docentes de apoio. A título de
exemplo cita-se a situação ao nível das diferentes ECAE’s da DREL em que as percentagens dos casos
sinalizados (em relação à população escolar) vão desde 2,6% até 7,9%.
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Sugestões
No que diz respeito a medidas a tomar no sentido de adequar o financiamento
das escolas a uma orientação educativa inclusiva, sugerimos o seguinte:
Uma melhor e mais eficaz utilização dos recursos de que todas as escolas
usufruem e que consistem:
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Esta sugestão não implica que se considerem desnecessárias as instituições de educação
especial e que não se deva manter apoio financeiro às mesmas. A sua acção continua a ser
indispensável no que se refere a programas complementares da escola e no que se refere
ao atendimento de casos de grande complexidade.
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Referências Bibliográficas
Ainscow, M., Porter, G., Wang, M. (1997) Caminhos para as Escolas Inclusivas,
Lisboa: Instituto de Inovação Educacional
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José Morgado
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Isabel Paes
David Rodrigues
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