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CHUVASINTENSASPARAPENTECOSTE,CEARÃ.
RESUMO INTRODUÇÃO
No presente trabalho foi feita uma an~lise das Os estudos das precipitações pluviométricas
máximas precipitações pluviométricas observadas na
Estação Agrometeorológica da Fazenda Experimental de grande intensidade são de fundamental im-
do Vale do Curu, pertencente à Universidade Federal portância em projetos de obras hidráulicas apli-
do Ceará, no período de 1964 a 1984. Foi determina- cadas à engenharia agronômica e civil, como:
da uma equação de intensidade pluviométrica máxima dimensionamento de galerias de águas pluviais,
em função do tempo de recorrência e da duração da vertedouros de barragens, canais de drenagem
precipitação.
Os valores obtidos com essa equação, quando de águas pluviais, conservação do solo, drena-
comparados com os obtidos com a equação de Chow- gem agrícola etc. GARCEZ2 caracteriza como
Gumbel, apresentaramboa aproximação. "chuva intensa" as fortes precipitações contí-
PALAVRAS-CHAVE: Intensidade de precipitação, nuas, com duração máxima de poucas horas (2
Período de Recorrência. horas em geral). Essasprecipitações são convec-
tivas e ocorrem com grande freqüencia no Esta-
do do Ceará.
SUMMARY
Estudos sobre as máximas intensidades de
ANA L YSIS OF THE INTENSITY-DURA- chuvas têm sido realizados por diversos autores
TION-FREOUENCY RELATIONSHIPS FOR como VIEIRA e M~EIROS4, VIEIRA5,
HEAVY RAINFALLS TO PENTECOSTE, OCHIPINTI & SANTOS3 e outros.
CEARÁ, BRAZIL. O presente trabalnô visa proceder a uma
análise estatística das máximas precipitações
The purpose of this work was to develop pluviométricas observadasem 19 anos, em Pen-
an equation for estimating the maxima rainfall tecoste-CE, no período de 1964 a 1984, visan-
intensities for a period from 1964 to 1984 in do estabelecer uma equação capaz de prever,
Pentecoste Count',/ in Ceara State - Brazil. para as condições locais, as intensidades máxi-
The intensity-duration-frequency relations- mas para várias durações e diversos períodos d~
hip for duration of 5, 10, 15, 20, 30, 45, 60, 90 recorrência.
and 120 minutes was studied. The Chow-Gum-
bel distribution method was applied to the ma-
xima rainfall intensities. MATERIAL E MÉTODOS
OSdados utilizados de intensidade de preci-
pitação de Pentecoste foram calculados a partir
* Professoresdo Centro de Ciências Agrárias da U.F.C de pluviogramas obtidos junto à estação Agro-
e Bolsistasdo CNPq. meteoro lógica da Fazenda Experimental do
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FATOR DE FREQUÊNCIA (K)
Tr= 10anos n'0 ~ 1,083 cIO = 7068,01 110 = ~ (VI) monstrando boa aproximação dos dados calcu-
(t + b ) 1,083
lados pelos dois métodos.
Tr ~ 250n05 n'5 ~ 1,057 c25 = 7515,72 125 = ~ (VII) A equação de intensidade pluviométrica
(t+b)I,057 máxima encontrada para o munic(piode Pente-
Os desvios padrões entre os valores calcula- coste foi:
dos com a equação de CHOW e com as equa-
ções obtidas IV, VI, VII) foram 4,38mm/h, 4297,83 T 0,1836
3,06mm/h e 3,47mm/h correspondentes respec- = (VIII)
(t + 25) 1,08668 T -0,0068
tivamente, aos períodos de 5, 10 e 25 anos, de-
Duração 5 10 15 20 30 45 60 90 120
Ano
1964 17/01 17/01 12/04 14/05 17/01 f 7/01 17/01 17/01 17/01
8,8 14,3 15,2 18,2 25,5 31,7 32,3 32,3 32,2
4/03 20/03 6/04 6/04 20/03 27/03 27/03 27/03 27/03
7,0 11,7 16,5 2:>,0 22,5 24,1 24,4 25,9 27,9
1966 3/12 6/06 6/06 6/06 6/06 6/06 6/06 6/06 6/06
5,5 6,8 10,0 11,4 13,4 13,8 13,9 13,9 13,9
3/04 3/04 3/04 3/04 3/04 3/04 3/04 2/02 2/02
10,0 20,0 33,0 37,0 37,2 37,3 37,9 39,7 44,8
5/05 5/05 5/05 5/05 5/05 5/05 5/05 5/05 5/05
17,0 25,0 28,0 29,0 34,0 41,0 50,0 50,0 50,0
1969 2/04 28/02 28/02 17/05 27/05 17/05 17/05 17/05 17/05
12,0 13,0 22,0 23,0 25,6 31,5 33,7 33,8 33,8
1970 22/03 22/03 13/03 13/03 18/03 18/03 18/03 18/03 18/03
12,0 13,0 16,0 19,5 24,0 29,4 29,4 29,4 29,4
10/05 6/06 10/05 29/03 29/03 6/06 6/06 6/06 6/06
7,0 12,5 16,5 20,5 23,5 31,5 37,5 40,0 41,9
1972 16/06 16/06 16/06 16/06 16/06 16/06 16/06 16/06 16/06
11,0 19,5 23,5 30,0 35,0 38,0 39,2 43,4 47,2
1973 6/03 6/03 6/03 6/03 6/03 6/03 6/03 6/03 6/03
13,0 20,0 22,5 26,0 29,0 29,9 29,9 29,9 29,9
1974 8/03 24/03 24/03 24/03 24/03 24/03 24/03 24/03 24/03
12,0 23,0 30,0 40,0 50,0 58,0 67,5 72,3 72,6
1975 20/04 20/04 20/04 20/04 20/04 20/04 20/04 20/04 20/04
15,0 20,0 22,0 24,0 28,5 28,8 28,9. 29,0 29,0
1976 19/04 12/02 12/02 12/02 12/02 12/02 12/03 12/02 12/02
10,5 13,0 19,0 23,0 33,0 44,0 51,3 I 52,7 57,7
30/04 30/04 30/04 30/04 26/01 26/01 26/01 26/01 26/01
10,5 15,5 20,0 21,8 23,4 26,9 27,9 30,6 31,6
1978 20/04 9/03 9/03 9/03 9/03 9/03 9/03 9/03 9/03
13,0 16,0 26,0 34,0 46,0 56,0 60,0 66,0 70,4
1979 29/03 14/05 14/05 14/05 14/05 15/01 15/01 15/01 15/01
10,0 16,5 20,0 20,5 21,3 21,5 25,1 28,0 28,1
1980 15/01 14/01 14/01 14/01 14/01 21/02 21/02 21/02 21/02
9,5 14,0 17,0 19,5 19,8 21,5 22,3 23,2 24,3
1981 20/03 20/03 20/03 20/03 20/03 20/03 20/03 20/03 20/03
9,0 12,5 17,0 21,5 28,0 28,2 28,2 28,2 28,3
1984 14/03 14/03 14/03 14/03 14/03 14/03 14/03 14/03 14/03
10,0 26,0 31,0 33,0 35,0 40,0 40,0 40,4 40,5
onde: CONCLUSÃO
I = intensidade pluvio'métrica máxima
para a duração t, em mm/h Conclui-se que a equação
T = período de recorrência-em anos
t = duração da precipitação em minutos
Os valores obtidos com o uso da equação = 4297,83 TO,1836
(V 111)para os períodosde recorrênciade 5, 10,
25, 50 e 100 anos, os valores calculados pela (t + 25)1,0868 T-O,OO~
equação de Chow-Gumbel e os desvios padrões
entre eles constam na T ABE LA 5. desenvolvida com a metodologia empregada e
Pelos resultados observa-se que há boa com os dados da Estação Agrometeorológica da
aproximação entre os valores obtidos pelas duas Fazenda Experimental do Vale do Curu pode
equações, o que proporciona boas condições ser utilizada na determinação da intensidade
para o emprego da equação (V 111)parao muni- pluviométrica máxima para as condições de
cípio de Pentecoste. Pentecoste. Ceará.
Tempo 5 10 15 20 30 54 60 90 120
min
Ano
1964 105,6 85,8 60,8 54,6 51,0 42,3 32,3 21,5 16,1
1965 84,0 70,2 66,0 60,0 46,0 32,1 24,4 17,3 13,9
1966 66,0 40,8 40,0 34,20 26,8 16,4 13,9 9,3 6,9
1967 120,0 120,0 132,0 111,0 74,4 49,7 37,9 26,5 22,4
1968 204,0 150,0 112,0 87,0 68,0 54,7 50,0 33,3 25,0
1969 144,0 00,0 88,0 69,0 51,2 42,0 33,7 22,5 16,9
1970 144,0 81,0 64,0 58,5 48,0 39,2 29,4 19,6 14,7
1971 84,0 75,0 62,0 61,5 47,0 42,0 37,5 26,7 20,9
1972 132,0 117,0 94,0 90,0 70,0 50,7 39,2 28,9 23,6
1973 156,0 120,0 90,0 78,0 58,0 39,9 29,9 19,9 14,9
1974 144,0 138,0 120,0 120,0 100,0 77,3 67,5 48,2 36,3
1975 180,0 120,0 88,0 72,0 57,0 38,4 28,9 19,3 14,5
1976 126,0 78,0 76,0 69,0 66,0 58,7 51,3 35,1 26,8
1977 126,0 93,0 80,0 65,4 46,8 35,9 27,9 20,4 15,8
1978 156,0 96,0 104,0 102,0 92,0 74,7 60,0 44,0 35,2
1979 120,0 99,0 80,0 61,5 42,6 28,7 25,1 18,7 14,0
1980 144,0 84,0 68,0 58,5 39,6 28,7 22,3 15,5 12,1
1981 108,0 75,0 68,0 64,5 56,0 37,6 28,2 18,8 14,1
1984 120,0 156,0 124,0 99,0 70,0 53,3 40,0 26,9 20,3
X 128,1 99,4 85,1 74,5 58,4 44,4 35,7 24,9 19,2
TABELA 3
9001
800
700
600
500
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400
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TABELA 5
Comparação dos Resultados da Intensidade Pluviométrica Máxima para a Cidade de Pentecoste pelo Método
Chow-Gumbel (i) e pela Equação Obtida (i')