Professional Documents
Culture Documents
A) INTRODUÇÃO:
Alem disso, a aumento nas restrições ambientais, que ocorrem pelo aumento do
conhecimento e novas tecnologias, podem inviabilizar os aterros até então
considerados regulares, comprometendo sua viabilidade, criando inclusive gerando
novo passivo ambiental.
A avaliação dever ser feita para cada produto e para cada processo de fabricação.
Quando houver um mesmo resíduo gerado com o mesmo processo, a partir de
matérias primas semelhantes a outro, já aprovado como fonte de nutriente, o teste
de eficiência agronômica poderá ser dispensado. Porem, o processo de
caracterização e avaliação deve ser feito individualmente por origem do resíduo de
forma que a aprovação e os controles possam ser feitos caso a caso.
Nota-se que houve um acentuado aumento no consumo entre 2000 e 2004, período
em que se caracterizou por uma forte expansão do plantio de soja nos cerrados,
amparado por uma eficiente difusão dos benefícios do uso de micronutrientes
nestes solos e que foi seguido de uma redução no consumo após 2005. Essa
redução pode ser atribuída ao uso de micronutrientes nas adubações anteriores em
doses superiores às quantidades exportadas pelas culturas, como será comentado
adiante, no item Recomendações – Taxas de aplicação, e assim, ocorre um
acúmulo dos nutrientes no solo e o diagnóstico eficiente da sua fertilidade indica que
os micronutrientes podem ser reduzidos ou mesmo dispensados por um período.
400.000
1,5%
300.000
1,0%
200.000
100.000 0,5%
- 0,0%
1990
1996
1998
2000
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
1990
1996
1998
2002
2003
2004
2005
2000
2006
2007
2008
Anos
Esse valor nos permitirá efetuar outras considerações a respeito das doses de
nutrientes e o máximo de contaminantes que seriam adicionados ao solo nas
avaliações adiante.
IN 27 IN 27
IN 27 Limite Aporte
Contaminante máximo Valor máx. Anos para
limites considerado máximo
mg kg-1 por Admitido -1 -1 atingir VP *
calculados mg kg g ha
% de micro mg kg-1
Arsênio (As) 500 9295 4000 4000 55,9 537
Cádmio (Cd) 15 279 450 279 3,9 667
Chumbo (Pb) 750 13943 10000 10000 139,8 1030
Cromo (Cr) 500 9295 9295 129,9 1154
Mercúrio (Hg) 10 186 186 2,6 385
* VP = Valor de prevenção, considerando a proposta de Resolução CONAMA ou CETESB (2005).
Nota-se pelos dados acima que mesmo considerando que os fertilizantes com
micronutrientes contenham o máximo de contaminantes definido na IN 27 e que
todo o aporte de contaminantes associados aos micronutrientes permaneçam na
camada de 0-20 cm de solo arável, sem considerar nenhuma extração ou dispersão
para uma camada mais profunda, para ser atingido o Valor de Prevenção
estabelecido pela CETESB e também conforme proposta em tramitação no
CONAMA, seriam necessários de 385 a 1154 anos de uso contínuo de
micronutrientes no mesmo local. Essa situação pode ser considerada absurda e
prontamente descartada de qualquer realidade prática. Em primeiro lugar é que ao
se adubar com micronutrientes as dosagens aplicadas são muito superiores às
quantidades extraídas pela cultura e assim os nutrientes se acumulam no solo em
um período curto e a partir daí, com monitoramento adequado da fertilidade do solo,
serão necessárias tão somente aplicações ocasionais de manutenção. Como o uso
de micronutriente é um fator de custo nas adubações, não se pode dizer que serão
usados quando é constatado que seu uso não trará nenhum benefício agronômico.
Esse quadro de aumento da fertilidade pode ser melhor compreendido no item
Diagnóstico do Solo e ajuda a explicar as causas da redução de consumo de
micronutrientes, apesar da área plantada aumentar.
Nota-se que no caso do Cádmio, a nosso ver o mais importante contaminante que
pode estar contido nos fertilizantes, um único ciclo de irrigação para atender a
demanda de água desta cultura poderá contribuir com um aporte 7,7 vezes maior
que a utilização de micronutrientes enquadrados até o máximo estabelecido pela IN
27. Com exceção para o chumbo, a irrigação poderá contribuir com um aporte de
contaminantes maior para todos os outros elementos.
“capacidade global de um solo para garantir de modo contínuo o crescimento das plantas e
a colheita fornecendo-lhe um suprimento suficiente de nutrientes e de água, oferecendo às
raízes condições favoráveis ao seu desenvolvimento, a fertilidade é a resultante de diversos
componentes: químicos, físicos, fisíco-químicos e biológicos.”. Como avaliação da fertilidade,
ao conhecermos a capacidade do solo em atender o suprimento de nutrientes, também deve
ser entendido como o conhecimento da falta destas condições.
Raij (1991, p. 1) em seu livro Fertilidade do Solo e Adubação faz uma introdução
bastante pertinente para compreendermos melhor a necessidade de adubarmos os
solos pobres e o conhecimento e tecnologia desenvolvida em nosso país para o
aproveitamento destes solos de baixa fertilidade e que atualmente é um modelo
para o mundo todo:
Estes modelos de calibração permitem, a partir dos dados das curvas estabelecer
tabelas para classificação dos teores dos nutrientes nos solos como serão
apresentadas a seguir e que ainda assim podem ser alteradas no decorrer do tempo
a medida que mais dados de pesquisa são obtidos.
Para os estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, pode ser seguida a Tabela
09 abaixo proposta pela Comissão de Química e Fertilidade do Solo em 2004,
indicando ainda valores específicos para algumas culturas:
Tabela 09 - Interpretação dos teores de micronutrientes no solo para o Rio Grande do Sul e Santa
Catarina
Boro (B) Cobre (Cu) Zinco (Zn) Manganês (Mn) Ferro (Fe)
Classificação
(água Oxalato de
para o HCl 0,1 mol L-1 Mehlich-1
quente) Amônio a pH 3,0
nutriente
------------------------------ mg dm-3 ----------------------------- g dm-3
Baixo < 0,10 < 0,20 < 0,20 < 2,5 -
(1)
Médio 0,1 a 0,30 0,20 a 0,40 0,20 a 0,50 2,5 a 5,0 -
Alto > 0,30 > 0,40 > 0,50 > 5,0 > 5,0 (2)
Fonte: CQFS – RS/SC (2004)
Notas:
(1)
Para a videira o teor adequado varia de 0,6 a 1,0 mg dm-3.
(2)
Este valor pode estar relacionado com a ocorrência de toxidez por Ferro em algumas variedades de Arroz
irrigado.
Apresentado por Lopes (2009) com base em mapa do IBGE de 2000, a distribuição
dos solos sob cerrado no Brasil é predominante na área central, embora possam
existir áreas ao Norte como em Roraima, Pará e Amapá, Nordeste como no
Maranhão, Piauí, Ceará e Bahia e sudeste como Minas Gerais e São Paulo.
Figura 03 – Solos sob “cerrado”, conforme IBGE (2000 apud Lopes, 2009, p. 9
Lopes (1984) também apresentou os resultados de seus trabalhos de mestrado e
doutorado na publicação Solos sob “cerrado”: características, propriedades e
manejo pela Associação Brasileira para a Pesquisa da Potassa e do Fosfato. Para
uma detalhada compreensão, apresentamos os principais dados com relação aos
micronutrientes.
Iniciando pelo Zinco que se revelou como a principal limitação para o bom
desenvolvimento agrícola das culturas nesta região, fato confirmado por diversas
pesquisas que serão discutidas posteriormente.
Nota-se que 95% das amostras continham Zinco abaixo do Nível Crítico
considerado na época (1 ppm ou 1 mg/dm3). Deve ser ressaltado que atualmente o
Nível Crítico para estes solos conforme Galrão (2004) é de 1,6 mg/dm3 para o
extrator Mehlich 1. O Zinco evidenciou ser o micronutriente mais deficiente de todos
e notou-se uma grande ênfase nos trabalhos de pesquisa para avaliar a resposta a
este nutriente e desenvolveu-se um amplo uso nas adubações.
20,0%
16,0%
15,0%
9,0% 10,0%
10,0%
4,5%
5,0% 2,0% 1,5%
0,5% 1,5% 1,0%
0,0%
<0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1,0 1,1 1,2 >1,2
Teor de Zn no solo
Figura 04 – Distribuição dos teores de zinco
LOPES ainda enfatiza neste trabalho que os baixos níveis de Zinco devem estar
relacionados com o baixo teor de Zinco “total” em função do material de origem e
ainda cita que respostas a adubações com Zinco foram obtidas em diversas
localidades com milho (Igue e Gallo, 1960; Freitas et alii, 1960; Britto et alii, 1971;
Pereira et alii, 1973; N.C.S.U., 1974), arroz (Souza e Hiroce, 1970; Carvalho et alii,
1975; Galrão et alii, 1978; Galrão e Mesquita Filho, 1981), SORGO (Alvarez et alii,
1978), alface (Fontes et alii, 1982); soja e algodão (Britto et alii, 1971), mandioca
(Perim et alii, 1980), soja perene (França et alii, 1973), café (Kupper et alii, 1981).
Para o Cobre, para o qual também foi considerando como Nível Crítico 1 ppm ou 1
mg/dm3, 70% das amostras apresentaram-se deficientes. Como não eram todos os
solos que se apresentavam deficientes, muitos experimentos com omissão de
Cobre na adubação não apresentaram respostas ao seu uso, a maioria deles sem
menção ao teor de Cobre no solo. Apenas dois trabalhos apresentavam dados de
análise com resultado ao redor de 0,9 ppm de Cu extraível e esta falta de resposta
sugere que o Nível Crítico para Cu estaria abaixo do valor considerado de 1 ppm.
20,0%
8,6%
10,0%
5,5% 5,0%
2,5% 2,5% 3,5%
5,0% 1,5%
0,0%
<0,25 0,5 0,75 1 1,25 1,5 1,75 2 2,25 2,5 >2,5
Teor
Figura 05 – Distribuição dos de Cobre
teores no solo
de cobre
Conforme Galrão (2004) o Nível Crítico para Cobre, após trabalhos mais recentes
de calibração como mostrados anteriormente nos gráficos e definido na tabela
citada é de 0,80 mg/dm3 para o extrator Mehlich 1.
Somente com a expansão dos plantios para áreas com Cobre deficiente,
principalmente Bahia e Maranhão, é que seu uso aumentou nas adubações, assim
como devido a uma evolução no uso de análises de solo com micronutrientes e
experimentos mais recentes nestes solos com Cobre classificado abaixo do Nível
Crítico.
Conforme ainda LOPES, o Ferro parece estar em níveis adequados para a maioria
das culturas e sua omissão nos trabalhos de pesquisa não afetou o crescimento ou
produção de várias culturas. Considera ainda que os dados disponíveis não
permitem avaliar o Nível Crítico para este nutriente.
Distribuição dos teores de Ferro
25,0% Nível Crítico (NC)
19,5%20,0%
19,0%
20,0%
Frequência
15,0%
11,0%
10,5%
8,0%
10,0%
0,0%
<5,0 10 15 20 25 30 35 40,0 45 50 >50
Teor de Fe no solo
Para o Manganês este autor considera que o valor de 5,0 ppm para o Nível Crítico
deve estar acima do valor adequado pois este valor é considerado para solos com
pH 6,0. Assim, apesar de 37% dos solos apresentarem resultados abaixo deste
valor, considera que a possibilidade de deficiência deste nutriente é mínima.
Acrescenta ainda que em condições de calagem excessiva, onde o valor do pH se
elevará acima do adequado poderá ocorrer a sua deficiência, assim como em
condições de solo com excesso de umidade que favorecerá condições de redução
para este elemento.
20,0%
20,0%
11,9%
7,0%
10,0% 6,5% 4,5%
3,0% 2,5% 3,0% 2,3% 2,8%
0,0%
<5,0 10 15 20 25 30 35 40,0 45 50 >50
Teor de Mn no solo
Apesar destas conclusões, nos dias atuais o uso de Manganês tornou-se freqüente
devido principalmente ao cultivo em outras áreas de cerrado mais pobres em
Manganês que a área pesquisada por este autor, mas também devido as causas
previstas como o uso excessivo de calagem na camada superficial reduzindo a sua
disponibilidade e umidade alta devido a compactação dos solos. Outra causa
aparente do aumento do seu consumo é o aumento do plantio de culturas
transgênicas que tem se mostrado mais deficientes neste nutriente.
Com relação ao Boro, LOPES (1984) comenta que a sua disponibilidade ainda não
havia sido avaliada e que os resultados de pesquisas não permitiam conclusões
definitivas, encontrando-se falta de resposta em alguns casos e aumentos de
produção em outros e na maioria sem dados de análise para uma melhor explicação
para os resultados.
Tabela 12 – Número de amostras classificadas com teores Baixo, Médio ou Alto, conforme os
teores extraídos em DTPA
Micronutriente Baixo Médio Alto
Cobre 6 24 24
Zinco 18 29 7
Manganês 6 28 20
Ferro 1 2 51
Fonte: adaptado de Vendrame (2007)
Figura 08 – Distribuição das amostras conforme o teor disponível em DTPA – Vendrame, 2007
B.1.7) SITUAÇÃO ATUAL DOS SOLOS CULTIVADOS
Zinco: inicialmente 95% dos solos foram considerados deficientes e nos solos
cultivados, principalmente devido a grande ênfase dada para a sua utilização,
apenas 19,9% apresentavam resultados considerados como Baixo ou Médio.
A maioria destes solos já podem ser cultivados sem a adubação com Zinco,
exigindo apenas o seu monitoramento e acompanhamento do estado
nutricional das culturas para novas aplicações de manutenção deste estado
de fertilidade atingido.
Outro levantamento que demonstra a situação de fertilidade dos solos foi realizado
por ABREU et al. (2005) e embora não separe as amostras exatamente pelo seu
uso agrícola ou com outros tipos de uso que podem estar relacionados com os
extremos superiores encontrados, revelaram valores de deficiências na mesma
direção, como apresentado nas Tabelas 14 para o estado de São Paulo e Tabela 15
referente as amostras analisadas de outros estados.
Tanto para os solos do estado de São Paulo como para os outros estados, o maior
percentual de solos considerados deficientes (Baixo ou Médio) é com relação ao
Boro, concordando com os dados apresentados por Yamada (2004) e para os
outros micronutrientes tivemos os seguintes resultados:
Zinco: para os solos do estado de São Paulo 41% estavam deficientes e 53%
nos outros estados. Esses resultados são superiores aos encontrados pela
Fundação MT mas já bem abaixo dos percentuais encontrados em solos sem
cultivo. Como neste universo de amostras não há nenhuma separação
quanto ao seu uso, podem existir muitas amostras de áreas de uso não
intensivo e sem um adequado acompanhamento da sua fertilidade. Deve-se
notar o elevado percentual de amostras com teores classificados como Muito
Alto, de 8% em São Paulo e 31% nos outros estados, demonstrando o
intensivo uso de Zinco e também devido a grande variabilidade dos solos
contidos neste universo.
Cobre: para o Cobre foram encontradas 33% e 43% das análises com teores
Baixos ou Médios para o estado de São Paulo e para os outros,
respectivamente. Nota-se também uma redução comparado com o
percentual de 70% apontados por LOPES (1983), devendo ser considerado o
uso de outro extrator neste levantamento e classificação por teores mais
baixos, 0,80 mg/dm3. Devido a diversidade de solos analisadas no IAC,
encontram-se também um percentual alto de análises com teor muito alto,
acima de 1,6 mg/dm3.
A síntese da classificação dos teores nestas análises de solo podem ser vistas na
Figura 09 a seguir, apresentado por LOPES (2009) e pode ser resumido por
apresentar um percentual muito alto de análises com Boro deficiente, cabendo ainda
à pesquisa estabelecer melhores indicações para o seu uso, seguido do Zinco que é
usado com mais freqüência, porém os percentuais de solos deficientes em
Manganês e Cobre já são próximos. Tão importante quanto as deficiências é
entender que existem para Cu, Fe, Mn e Zn, um percentual alto de solos com teores
altos ou muito altos e que dispensam o uso de micronutrientes e que o diagnóstico
adequado contribuirá para que não ocorra um uso indiscriminado e desnecessário.
Baixo M édio Alto M uito Alto
60
89,0
50
40
15,3
20
10
0
Boro Cobre Ferro Manganês Zinco
Com base nas informações disponíveis para as principais culturas ou usando o bom
senso na falta de informações mais precisas, Galrão (2004) recomenda como uma
adubação básica de correção para os micronutrientes as dosagens indicadas na
Tabela 17.
Tabela 17 - Recomendações Gerais para adubação com micronutrientes para os solos de cerrado
Classe de teor Boro Cobre Manganês Molibdênio* Zinco
no solo: Baixo 2 kg/ha 2 kg/ha 6 kg/ha 0,4 kg/ha 6 kg/ha
Para culturas anuais, as doses indicadas podem ser parceladas em 3 partes iguais e aplicadas no
sulco de semeadura em cultivos sucessivos sendo esperado um efeito residual para 4 a 5 cultivos.
Para solos com teores classificados como Médio, aplicar no sulco de plantio das culturas anuais
¼ da dose acima recomendada.
Se o teor do nutriente no solo estiver classificado como Alto, não é necessária a sua aplicação.
* Para o Molibdênio não existem valores para classificação da análise de solo.
Tabela 18 - Limites para a interpretação dos teores de micronutrientes no solo, extraído por dois
métodos de análise, para culturas anuais, nos Cerrados em mg dm-3
Métodos
Níveis no
Água Quente --------------Mehlich -------------- -------------- DTPA --------------
solo
Boro Cu Mn Zn Cu Mn Zn
Baixo <0,3 <0,5 <2,0 <1,1 <0,3 <1,3 <0,6
Médio 0,3 – 0,5 0,5 – 0,8 2,0 – 5,0 1,1 – 1,6 0,3 – 0,8 1,3 – 5,0 0,6 – 1,2
Alto >0,5 >0,8 >5,0 >1,6 >0,8 >5,0 >1,2
Embrapa, 2006 – pg. 62
Avaliando o uso de cobre por três cultivos de soja, Galrão (1999) não obteve
respostas apenas na primeira safra. Com as doses de 1,2 e 2,4 kg ha-1, aplicadas a
lanço apenas antes do primeiro cultivo, obteve as máximas produtividades. Outros
métodos de aplicação como a aplicação anual no sulco de semeadura nas doses de
0,4 e 0,8 kg ha-1, 2,4 kg ha-1 aplicado nas sementes e 0,60 kg ha-1 por aplicação via
foliar também apresentaram respostas positivas no 2º. e 3º. Cultivos, sendo os
resultados destacados na Tabela 23
Neste trabalho, o autor demonstra que o suprimento de cobre pode ser feito de
diferentes maneiras e a comparação dos custos e viabilidade operacional podem
influir na decisão para escolha do mais adequado. Deve ser observado que o uso de
doses menores no sulco ou foliares, apesar dos resultados semelhantes, acarretam
teores no solo ainda baixos, considerando como valor para o nível crítico o valor
determinado neste trabalho de 0,5 mg dm-3 no extrator Mehlich-1.
Embora a maior enfase ao uso de micronutrientes ocorra para os solos de cerrado,
deve ser lembrado que áreas pobres em micronutrientes podem ocorrer em
qualquer região, sendo necessário para isso apenas que o material de origem seja
pobre em algum dos nutrientes ou altamente intemperizados ou ainda tenham
sofrido um processo contínuo de extração e exportação com colheitas sucessivas e
o uso da análise de solo ou monitoramento das culturas são instrumentos eficientes
para a avaliação da necessidade de uso dos micronutrientes.
Importante destacar aqui a situação dos solos dos chamados tabuleiros costeiros do
Nordeste do país e cultivados com cana-de-açúcar e que apresentam com
freqüência respostas ao uso de micronutrientes. Marinho (1988) relata que
deficiências de manganês cobre e zinco são observados nesses solos e em
diversos experimentos obtiveram respostas ao uso dos micronutrientes como
demonstrado nas Tabelas 24.
Este mesmo autor ainda apresenta respostas ao uso de cobre em quatro locais,
destacando-se os resultados obtidos na Usina Peixe em 2 safras na Tabela 25.
Tabela 25 - Efeito de doses de cobre sobre as produções de cana e açúcar na Usina Peixe – t ha-1
--------- Cana planta --------- --------- Cana soca ---------
Doses de Cu – kg ha-1
Cana Açúcar Cana Açúcar
0,0 46,7 6,1 82,9 11,2
2,5 93,6 12,2 101,5 13,9
5,0 85,2 11,3 100,7 13,7
10.0 101,2 13,5 103,4 14,3
20,0 82,3 11,4 104,8 14,8
40,0 68,1 9,4 106,9 15,5
Fonte: Adaptado de Marinho (1988).
A falta de resposta aos outros micronutrientes pode estar relacionada aos teores
suficientes encontrados naturalmente naquele solo que eram de: 0,9 ppm de Cu,
57,6 de Fe, 5,0 de Mn e 0,4 de Zn que foi o único a se apresentar deficiente. Para
os outros micronutrientes não foram feitas as análises.
Culturas - Safras
Como principal conclusão o autor relata que: “A dose de zinco (6,0 kg ha-1), aplicada
a lanço, apenas no primeiro ano de condução do experimento, foi suficiente para
manter boas produções nos seis cultivos.” Podemos admitir, portanto, que a dose
média anual suficiente para se obter as mais altas produções é de 1,0 kg de Zn ha-1.
Yamada (2004) relatou os resultados obtidos pela Fundação MT/PMA também com
experimentos de omissão de nutrientes como mostrado na Tabela 27 a seguir.
Nota-se que a aplicação inicial de 3,6 kg ha -1 de Zn foi suficiente para atingir as mais
altas produtividades nos 3 anos e elevou o teor de Zn no solo a valores próximos
daqueles considerados como Nível Crítico (NC). As aplicações foliares mostraram-
se também como uma forma de suprir a necessidade das plantas no nutriente,
entretanto, os teores no solo mesmo após 3 anos continuaram abaixo do NC e o
autor não relata a dose utilizada do nutriente, apenas a taxa de diluição do Sulfato
de Zinco na pulverização.
Galrão (1991) realizou experimento com soja em solo de cerrado com cobalto e
micronutrientes aplicados apenas antes do primeiro cultivo. Neste solo, em que os
teores iniciais de micronutrientes eram, em mg kg-1: 77 de Fe; 4,0 de Mn; 0,8 de Zn;
0,2 de Cu e 0,15 de B, as respostas foram mais significativas para o Cobre, como
esperado devido ao seu baixo teor, seguido do Zn e do B. Na Tabela 29 encontram-
se os resultados de produção de grãos e teores foliares do nutriente avaliado.
Souza et al. (1998) avaliaram a resposta do milho ao Zinco, com doses crescentes
de Fósforo, visando avaliar se o aumento da dose de Fósforo afetava o efeito do
Zinco. O experimento foi instalado em condições de campo, em um Latossolo
Vermelho-Escuro textura média, localizado no município de Jaboticabal, SP. O solo
apresentava na camada de 0-20 cm teores de P (resina) de 5 mg dm -3 e teor de Zn
extraído com DTPA-TEA pH 7,3 de 0,39 mg dm-3 e portanto, classificado como
Baixo conforme Raij et al. (1996). As doses utilizadas foram de 0, 50, 100, 150 e
200 kg ha-1 de P2O5 e 0, 5, 10, 15 e 20 kg ha -1 de Zn, aplicadas no sulco de
semeadura tendo como fontes o superfosfato triplo e o sulfato de zinco
heptahidratado. Na Tabela 30 estão os resultados, também apresentados no gráfico
da Figura 13.
Doses de Produção de
P no solo P nas folhas Zn nas folhas
grãos
Zinco (mg dm-3) (g kg-1) (mg kg-1)
(kg ha-1)
0 5.143,5a 16,6a 1,5a 16,1a
5 5.955,9b 16,5a 1,5a 35,0b
10 5.592,5c 16,9a 1,5a 34,2b
15 5.808,6bc 17,1a 1,5a 34,8b
20 5.941,1b 16,2a 1,5a 39,2c
Fonte: Souza et al. (1998)
8800
7800
Produção de grãos (kg ha )
-1
6800
5800
4800
20
3800 15
10
2800
5
0 0
50
100
150
-1
200
Fósforo (kg ha de P2O5)
Figura 13 – Respostas do milho em função das doses de Fósforo e Zinco. Souza et al. (1998)
B.1.11) ACUMULO DE CONTAMINANTES
Tabela 31 – Resultados de análises de solo em 8702 amostras do estado de São Paulo e 5614 amostras de
outros estados, analisadas no laboratório do IAC – Campinas.
Descrição Cd Cr Ni Pb
Teor médio no estado de São Paulo 0,02 0,03 0,18 0,85
Teor do 3º quartil no estado de São Paulo 0,02 0,01 0,19 1,00
Teor máximo no estado de São Paulo 3,4 42,9 65,1 63,9
28,5; 30,7; 25,9; 31,4; 33,5; 26; 27; 34; 46; 59;
Teores mais altos em São Paulo 3,4
39,0; 42,9 39,9; 40,3; 65,1 59; 64
Teor médio nos outros estados 0,019 0,007 0,147 0,76
Teor do 3º quartil nos outros estados 0,02 0,01 0,02 0,90
Teor máximo nos outros estados 1,31 0,80 2,0? 33,89?
Teores mais altos nos outros estados 3,4 - 34,8? 26; 38?
Teor médio nativo 0,04 0,09 0,44 0,56
Teor máximo nativo 0,09 0,22 1,85 1,21
Amostras acima do teor máximo nativo 2,29% 0,35% 0,19% 19,65
Fonte: adaptado de Abreu (2005)
Notas: teores nativos conforme Cancela (2002) citado pelo autor.
Ainda neste trabalho, esclarecem que alguns poucos casos com teores elevados
precisam ser investigados com mais atenção e como afirmado pelos autores, muitas
destas amostras com alto teor de metais pesados são provenientes de áreas de
pesquisa que receberam altas doses de lodo de esgoto, inclusive lembrado nos
debates ocorridos no Encontro Técnico (2009) pelo Dr. Berton.
B.1.12) CONCLUSÕES
B.2.1.1) INTRODUÇÃO:
Dos resíduos industriais gerados apenas parte deles apresentam potencial de uso
com matéria prima para a produção de micronutrientes. É necessário atender as
seguintes condições:
• Apresentar em sua composição teores de nutrientes em quantidades
significativas.
• Apresentar uma composição definida.
• Ser gerado em um processo industrial bem definido (matéria prima,
tecnologia, concentração, etc.), ou apresente possibilidade de segregação
dentro do estabelecimento gerador.
• Existência de controles no gerador e manipulador.
• Não apresentar, na sua geração, a possibilidade de geração conjunta de
contaminantes orgânicos. Caso contrário será necessária a remoção destes
contaminantes previamente.
• A forma química do nutriente contido deve estar numa forma disponível para
a planta, caso contrário será necessário um processamento par torná-lo
disponível.
• Apresentar viabilidade técnica de utilização na indústria de micronutrientes
como matéria prima de forma segura e possibilitar a rastreabilidade.
• Apresentar vantagem econômica na sua utilização como matéria prima, quer
seja na redução de custo do produto final, quer na economia de recursos
naturais não renováveis.
B.2.1.2)PRODUTOS DE INTERESSE:
OXIDADOS DE ZINCO:
B. Cinzas de galvanização:
Para o processo de Zincagem a fogo utiliza-se uma cuba, (que deve ter seu
fundo revestido de chumbo em estado líquido através de carga térmica) que
deve ser alimentada com lingotes de Zinco, onde o mesmo deve ser mantido
no estado liquido, para a imersão das peças a serem galvanizadas. À medida
que o zinco é consumido na zincagem, deve ocorrer a reposição do
mesmo na cuba. Neste processo quanto maior a espessura de zincagem,
maior será a temperatura, o que determina uma maior geração de Borra
metálica, e Cinza de galvanização, A geração da cinza de zinco vai
ocorrendo em função da oxidação do zinco metálico líquido em contato com
oxigênio atmosférico, a cinza é retirada na superfície da cuba através de
conchas, ocorrendo desta forma a produção involuntária deste oxidado de
zinco. A Borra gerada no processo poderá ser novamente fundida, resultando
lingote secundário de Zinco, e da mesma forma o metal ao atingir o estado
líquido parte será transformada involuntariamente em oxidado de Zinco,
assim sendo, quanto mais vezes se fundir o mesmo material, maior será a
quantidade de produto oxidado. Este oxidado de Zinco contem um teor de
60% a 75% de Zn.
A Borra metálica também poderá ser transformada em oxido de zinco,
através da queima em cadinhos e sublimadas para mangas, com
resfriamento, gerando um óxido de zinco de 72% a 76%.
C. Cinzas de Zamak:
OXIDADOS DE COBRE:
OXIDADOS DE MANGANÊS:
B.2.2) ORIGEM
Para a coleta de amostras deve ser seguida a Norma ABNT 10007 – Amostragem
de Resíduos Sólidos ou instrução normativa específica em concordância com nessa
norma.
Com base nas informações da origem do resíduo e das necessidades para sua
avaliação como insumo agrícola, devem ser determinadas as suas características
como:
Desta forma a aplicação da Norma deve ser feita de acordo com os conceitos
adequados.
Na mesma reunião técnica citada, na apresentação “Os setores industriais
geradores de materiais secundários e resíduos com potencial de uso em
fertilizantes contendo micronutrientes” o Engenheiro Sérgio Pompéia afirma:
a) Zinco:
b) Cobre:
Para minérios contendo cerca de 0,5% de cobre, se gasta de 6 a 12 mil kWh por
tonelada de cobre refinado (catodo) que chega ao mercado.
• 30% dessa energia são gastas para minerar
• 50% para se chegar ao concentrado c/ cerca de 25% de cobre
Para ilustrar a viabilidade de uso dos resíduos industriais como fonte de matéria
prima para a produção de micronutrientes podemos utilizar uma formulação
tradicional e de ampla utilização na agricultura nacional que é o “CENTRO OESTE
REDUZIDO”, que é comercializado por todas as empresas do setor com nomes
comerciais variados. A composição do produto é apresentada abaixo:
Pelos dados da tabela 3 pode-se observar uma economia direta de R$ 262,39 por
tonelada de produto final, comprovando a viabilidade econômica da utilização de
resíduos em substituição a parte das matérias primas utilizadas nos processos
produtivos. Alem do custo direto existe uma economia nas despesas de
gerenciamento e disposição final de resíduos.
A legislação nacional pode ser considerada uma das mais rigorosas do mundo, pois
regulamenta e fiscaliza todas as etapas, desde as matérias primas, o processo de
produção até a comercialização ao consumidor final, passando por normas para
controle de qualidade, armazenagem, transporte, propaganda, embalagem,
rotulagem, definindo os critérios e procedimento e estabelecendo sanções e
penalidades no caso de descumprimento dos regulamentos. São três níveis de
regulamento: Lei federal, Decreto Presidencial e Instruções Normativas. A seguir
passamos um resumo dos instrumentos legais destacando alguns pontos que tem
maior importância relativa ao tema, com o objetivo de demonstrar a existência de
rígido controle dos processos de fabricação e comercio de fertilizantes.
.....
III - cópias das inscrições federal, estadual e municipal;
IV - cópia de registro nos Conselhos de Engenharia ou de Química;
V - licença ou autorização equivalente, expedida pelo órgão ambiental
competente;
VI - especificação das atividades, instalações, equipamentos e capacidade
operacional do estabelecimento;
VII - nome, marca, tipo e natureza física dos produtos e origem das matérias-
primas;
VIII - métodos ou processos de preparação e de controle de qualidade dos
produtos;
IX - modelo de marcação da embalagem ou acondicionamento, com
descrição do sistema de identificação do produto;
X - identificação do profissional habilitado à prestação de assistência técnica;
e
XI - prova de capacidade de controle de qualidade, aferida por meio de
laboratório próprio ou de terceiros
.....
Estabelece também:
Art. 8º § 2º
I - nome ou nome empresarial, número do CPF ou CNPJ, endereço, número
de registro e classificação do estabelecimento no Ministério da Agricultura, Pecuária
e Abastecimento;
II - nome do produto e sua classificação;
III - matérias-primas;
IV - carga ou veículo ou aditivo ou microorganismo e suporte, quando for o
caso;
V - garantias do produto; e
VI - rótulo ou etiqueta de identificação e instrução de uso, quando for o caso.
Ainda entre outras diretivas prevê, nos artigos seguintes, o estabelecimento dos
procedimentos para a utilização de novos produtos e materiais secundários:
Art. 15º. Todo produto novo, nacional ou importado, que não conte com
antecedentes de uso no País, em qualquer um de seus aspectos técnicos, somente
terá o seu registro concedido após relatório técnico-científico conclusivo, emitido por
órgão brasileiro de pesquisa oficial ou credenciado, que ateste a viabilidade e
eficiência de seu uso agrícola,.....
Art. 16. Não estará sujeito ao registro o material secundário obtido em processo
industrial, que contenha nutrientes de plantas e cujas especificações e garantias
mínimas não atendam às normas deste Regulamento e de atos administrativos
próprios.
§ 1o Para a sua comercialização, será necessário autorização do Ministério
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, devendo o requerente, para este efeito,
apresentar pareceres conclusivos do órgão de meio ambiente e de uma instituição
oficial ou credenciada de pesquisa sobre a viabilidade de seu uso, respectivamente
em termos ambiental e agrícola.
§ 2o Para sua utilização como matéria-prima na fabricação dos produtos
especificados neste Regulamento, deverão ser atendidas as especificações de
qualidade determinadas pelo órgão de meio ambiente, quando for o caso.
§ 3o O material especificado no caput deste artigo deverá ser comercializado
com o nome usual de origem, informando-se as suas garantias, recomendações e
precauções de uso e aplicação, sendo que a autorização para comercialização será
expedida unicamente pelo órgão central do Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento.
III- DA CLASSIFICAÇÃO
Seção I - De Estabelecimentos
Seção II - Dos Produtos
V- DA PRODUÇÃO
Art. 31. ... os rótulos devem obrigatoriamente conter, de forma clara e legível, as
seguintes indicações:
.....
X - as informações sobre armazenamento, as limitações de uso e, se for o caso, as
instruções para o uso e transporte.
.........
Seção II - Da Propaganda
XII- DO PROCESSO
Existe uma série de Instruções Normativas que estabelecem (ou detalham), dispõe,
alteram e aprovam, normas, métodos, procedimentos e critérios, etc., em
conformidade com as disposições do Decreto 4954 e demais regulamentos
superiores. Estas IN’s tratam de vários assuntos, dentre as quais citamos aquelas
que tratam de assuntos com relação direta com a produção de fertilizantes
micronutrientes com destaque para alguns pontos de importância para o controle da
produção e utilização de matérias primas.
ESFERA FEDERAL
Art. 12. Ficam estabelecidas as seguintes classes de qualidade dos solos, segundo
a concentração de substâncias químicas:
Art. 29. O uso pretendido para uma área é declarado pelo empreendedor ou
proprietário, e é homologado pela autoridade competente com fundamento na
legislação vigente, sendo acordada pelos poderes públicos federal, estadual, distrital
e municipal, conforme a sua competência, com base no diagnóstico da área, na
avaliação de risco, nas ações de intervenção propostas e no zoneamento do uso do
solo.
Parágrafo único: A decisão sobre o uso futuro de uma área contaminada será
acordada, quando necessário, pelos poderes públicos federal, estadual, distrital e
municipal.
Art. 30. A proposta para a ação de intervenção em uma área contaminada deverá
ser submetida ao órgão ambiental competente e executada pelo responsável,
devendo obrigatoriamente considerar:
• I - controle ou eliminação das fontes de contaminação;
• II - o uso do solo atual e futuro da área objeto e sua circunvizinhança;
• III - a avaliação de risco a saúde humana;
• IV - as alternativas consideradas técnica e economicamente viáveis e suas
conseqüências; e
• V - os custos e os prazos envolvidos na implementação das alternativas de
intervenção propostas para atingir as metas estabelecidas.
Art. 31. Após a eliminação dos riscos ou a sua redução a níveis toleráveis, a área
será declarada pelo órgão ambiental competente como área em processo de
monitoramento para reabilitação – AMR
Art. 32. Após período de monitoramento, definido pelo órgão ambiental competente,
que confirme a eliminação dos riscos ou a sua redução a níveis toleráveis, a área
será declarada pelo órgão ambiental competente como reabilitada para o uso
declarado - AR.
• Definições e instrumentos;
• Instituição dos valores orientadores (qualidade, prevenção e intervenção);
• Instituição de sistemática de identificação e gerenciamento de áreas
contaminadas;
• Instituição do cadastro de áreas contaminadas;
• Definição de responsabilidades;
• Informação da população e outros interessados;
• Reabilitação para uso declarado com base em avaliação de risco;
• Plano de desativação;
• Articulação dos órgãos públicos competentes;
• Instituição de mecanismos financeiros para
• Recuperação das AC’s.
O MPC é derivado com base no Hazardous Concentration HC5. Isto significa que a
concentração é perigosa para 5% das espécies estudadas, ou de outra forma, que
95% delas são protegidas.
Para as substâncias que não foram derivados Valores de intervenção - VI, mas
apresentam MPC, optou-se por mantê-las na lista de VP, considerando o caráter
preventivo desses valores.
Portanto, os valores limites para água potável são conceitualmente iguais aos
valores de intervenção. No Brasil, o Ministério da Saúde adaptou estes valores,
publicando a Portaria 518/04, que contém os padrões de potabilidade.
CONCLUSÃO:
D) REFERÊNCIAS:
ABREU, C.A. RAIJ, B. van; ABREU, M.F.; GONZALEZ, A.P. Routine testing to
monitor heavy metals and boron. Scientia Agricola, Piracicaba, v.62, n.6, p.564-
571, 2005.
RAIJ, B.V. Fertilidade do Solo e Adubação. Piracicaba, Ceres, Potafos, 1991. 343
p.
RITCHEY, K.D., COX, F.R., GALRÃO, E.Z., YOST, R.S. 1986. Disponibilidade de
zinco para as
culturas do milho, sorgo e soja em Latossolo Vermelho-Escuro argiloso.
Pesquisa Agropecuária Brasileira 21 215-225.