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Manual do Formando
Curso
2
RUÍDO, VIBRAÇÕES E ILUMINAÇÃO NOS LOCAIS DE
TRABALHO
Manual do Formando
Manual do Formando
Ficha Técnica
Autor: Ernesto Manuel Dias
Lâmpadas de descarga 46
Lâmpadas de Indução 47
Nível de Iluminância 48
Recomendados 50
Luminâncias 52
Distribuição da Luz 52
Luminosas 54
Luminosas IRC 56
Trabalho 58
iluminação 59
Efeito Estroboscópico 59
Como se Define? 59
Como Prevenir? 60
Iluminação de Emergência 61
I L U M I N A Ç Ã O N O S L O C A I S D E T R A B A L H O
Capítulo
1
Introdução
Com efeito, os nossos olhos poderão ajustar-se a vários graus de intensidade da luz,
mas a iluminação insuficiente irá dificultar o trabalho e assim contribuir para a
ocorrência de acidentes.
1
I L U M I N A Ç Ã O N O S L O C A I S D E T R A B A L H O
Objectivos
No final da abordagem da Unidade 3 – Iluminação nos Locais Trabalho, o
formando estará apto a:
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Capítulo
2
Princípios e Conceitos
Gerais da Física Óptica
Radiações Electromagnéticas
As radiações electromagnéticas estão presentes desde os primórdios dos tempos,
sendo a luz visível a sua expressão mais habitual.
Isto significa como ilustra a Fig. 1, que num determinado ponto do espaço sujeito a
radiação, o campo eléctrico associado a ela varia periodicamente com o tempo,
assim como o campo magnético.
Z
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E segundo Y
B segundo Z
E e B segundo X
3
I L U M I N A Ç Ã O N O S L O C A I S D E T R A B A L H O
Comprimento
Deslocamento
de onda
Distância
c=xF
Sendo
F Frequência (Hz)
4
I L U M I N A Ç Ã O N O S L O C A I S D E T R A B A L H O
A emissão das radiações electromagnéticas não se faz de forma contínua mas sim
por «fragmentos» ou «partículas» de energia que se designam por quanta ou fotões.
E=hxF
Sendo
F Frequência (Hz)
frequências
mais altas
(Raios X).
Radiaçção ionizante
Radiaçção de rráádio
elééctricos e
elééctricos e
frequências e
infravermelha
microondas
ultravioleta
magnééticos
magnééticos
Radiaçção
(raios X)
Radiaçção
visíível
estááticos
alternos
Radia
Radia
Luz vis
Campo el
Campo el
magn
magn
est
Radia
Radia
Frequência
Fig.3 (Fontes de radiação electromagnética)
5
I L U M I N A Ç Ã O N O S L O C A I S D E T R A B A L H O
Espectro Electromagnético
O espectro é o conjunto de ondas ou radiações electromagnéticas existentes no
Universo, que compreendem as de menor comprimento de onda (raios cósmicos,
raios gama e raios X), passando pelas ultravioletas, luz visível e infravermelhos, até
as dotadas de maior dimensão (ondas rádio), conforme ilustrado na Fig. 4.
um desvio menor.
6
I L U M I N A Ç Ã O N O S L O C A I S D E T R A B A L H O
3 x 1025 10-18
3 x 1022 10-14
7
I L U M I N A Ç Ã O N O S L O C A I S D E T R A B A L H O
ca
ran
zb
Lu
Ultra
viole
ta
Comprimentos de onda m
A luz branca contém 6 bandas de cor (vermelho, laranja, amarelo, verde, azul
e violeta) cuja frequência varia entre 3.75 x 10 14Hz e 7.5 x 10 14Hz;
visíveis;
Quanto maior for a frequência de uma radiação, maior será a sua energia e
por consequência menor o respectivo comprimento de onda.
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Conceito de Luz
Do ponto de vista técnico, designamos como Luz, toda a energia radiante em
relação à qual a vista humana é sensível.
A energia radiante tem uma dupla natureza e obedece a leis que podem ser
explicadas, quer em termos de feixes de partículas (fotões), quer em termos de
ondas electromagnéticas. Há, consequentemente dois tipos de conceitos relativos à
luz.
As células solares
transformam a energia
luminosa do sol em
energia eléctrica
Fig. 9 (Propagação da luz solar através das gotas de água das nuvens)
9
I L U M I N A Ç Ã O N O S L O C A I S D E T R A B A L H O
Corpos Luminosos
Num quarto com janelas e portas fechadas e persianas corridas, não se vêem os
objectos que nele se encontram e por isso se diz que o quarto se encontra às
“escuras”.
Todas as fontes luminosas, quer naturais, quer artificiais, que sejam emissoras de
luz designam-se por Corpos Luminosos.
resultante
Sol
resultante
Lâmpada
Corpos Iluminados
São designados como Corpos Iluminados, todos os corpos que enviam uma
parte da luz que recebem.
resultante
Luz da Lua
resultante
Luz do Difusor
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Receptores de Luz
Diz-se que um corpo é receptor de luz quando se transforma sob acção dessa luz.
Quando a luz não consegue atravessar o receptor, este diz-se Opaco. Um tecido
grosso, uma placa de madeira, uma grande quantidade de água são exemplos de
corpos opacos.
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I L U M I N A Ç Ã O N O S L O C A I S D E T R A B A L H O
Formação de sombras;
Formação de imagens
Este princípio poderá ser observado, aquando da iluminação de um palco por dois
feixes de luz provenientes de outros tantos holofotes. A trajectória de um raio
luminoso, conforme se pode ver na Fig. 11, não se modifica, seguindo cada um a
sua trajectória independentemente da existência de outros raios luminosos.
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Água 225000
Cristal 188000
Diamante 124000
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Capítulo
3
Sistema Visual
Constituição do Olho
Como podemos ver na Fig. 12, externamente, o
olho é constituído por uma dobra fina de pele e
músculo designada por pálpebra a qual possui
um feixe de cílios.
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Organização da Retina
A estrutura celular da retina como poderemos constar na Fig. 14, é essencialmente
constituída por:
delas é uma média pesada do das suas vizinhas (sendo o peso das mais próximas
maior). Cada célula bipolar recebe entradas de um fotoreceptor e de uma célula
horizontal e produz um sinal que é proporcional à diferença entre os sinais
logarítmicos produzidos pelas duas células; o que equivale a dizer que é um sinal
com muito menor gama dinâmica, porque é uma razão entre a intensidade local e a
iluminação de fundo na vizinhança, independentemente, por isso, do nível absoluto
de iluminação. Como resultado disso, áreas grandes da retina com iluminação
uniforme produzem sinais muito fracos, enquanto áreas de maior variação, como é
o caso dos contornos dos objectos, resulta em sinais fortes. Ou seja, a retina
detecta essencialmente variações de luminosidade.
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I L U M I N A Ç Ã O N O S L O C A I S D E T R A B A L H O
Os bastonetes são apenas sensíveis a baixos níveis de iluminação mas os cones, que
são sensíveis a altos níveis de iluminação, respondem dentro de uma gama de
intensidades que varia com a iluminação média da cena observada. É isso que nos
faz sentir ofuscados quando a intensidade luminosa aumenta de repente.
As células bipolares têm uma gama dinâmica muito mais baixa e como só
necessitam de responder a um sinal proporcional à razão entre a intensidadelocal e
a iluminação de fundo, resulta para este mecanismo sensorial um efeito de
adaptação enorme.
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Mácula
Formar as imagens
(Mancha amarela)
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Os bastonetes que por sua vez, são em quantidade muito maior, cerca de
130000000, são utilizados na penumbra em virtude de serem sensíveis à luz e ao
movimento.
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Sensibilidade relativa %
Comprimentos de onda nm ]
Fig. 17 (Curva de sensibilidade do olho humano)
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RETINA
IMAGEM NA
RETINA
IMAGEM NA
PELÍ
PELÍCULA
PELÍ
PELÍCULA
Elemento
Filme Retina
fotosensível
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Apesar das analogias referidas, existe uma diferença fundamental, que é derivada
do facto de podermos tirar fotografias com deficiente quantidade de luz sem
causar qualquer tipo de dano à máquina, e não podermos usar os olhos com luz
escassa ou mal distribuída, já que estas situações poderão desencadear fadiga visual,
inflamação dos olhos, dores de cabeça, etc.
Defeitos da Visão
Todos sabemos que muitas pessoas, não vêem bem logo à nascença., necessitando
para obterem uma visão normal, de auxiliares ópticos (óculos).
Para que possamos ver nitidamente os objectos, tal como se pode constar na Fig.
19, torna-se necessário que:
Miopia
Neste defeito, a distância focal do olho é demasiado curta, pelo que a imagem se
forma à frente da retina dando origem que uma pessoa veja mal ao longe mas bem
ao perto. (ver Fig. 20)
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Fig. 20 (Miopia)
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Hipermetropia
Neste defeito, a distância focal do olho é demasiado longa, pelo que a imagem se
forma para além da retina
dando origem que uma
pessoa veja bem ao longe
mas mal ao perto (ver
Fig. 21).
Fig. 21 (Hipermetropia)
Presbitia
Na presbitia ou vista cansada, a imagem também se forma atrás da retina devido ao
fraco poder de elasticidade e de acomodação do cristalino, originando que uma
pessoa tenha dificuldade de ver ao perto, a partir dos 40 anos de idade.
progressivas (convexas).
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Capítulo
4
Visão e Trabalho
Principais Funções Visuais no Trabalho
Acuidade Visual;
Estrabismo Convergente;
Visão Estereoscópica;
Percepção de Cores.
Acuidade Visual
É a faculdade de ver claramente os objectos. Depende da capacidade de resolução
da retina e é determinada pela mais pequena distância entre dois pontos, à qual os
referidos pontos ainda são claramente percebidos.
Estrabismo Convergente
Trata-se do desvio do eixo principal dos dois olhos em relação ao normal.
Visão Estereoscópica
Faculdade de notar relevos e profundidades.
Percepção de Cores
Faculdade em distinguir cores.
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Este tempo variável normalmente entre 0.16 e 0.30 segundos, torna-se importante
para se calcular o tempo de trabalho que deve ser atribuir a trabalhos especiais
realizados por empreitada.
Luminância do
Tempo de resposta
Condições campo visual
(segundos)
(cd/ m2)
32 0.182
64 0.178
Preto sobre fundo
branco
320 0.172
32 0.264
Preto sobre fundo
64 0.220
cinzento
329 0.182
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A Iluminação e a Idade
Após demorada investigação envolvendo cerca de 10000 pessoas o Dr. Fortuin
concluiu que a quantidade de luz (iluminância) necessária para a visibilidade e
leitura (efectuada a 30 cm) varia com a Tabela 6.
10 1/3 1
20 1/2 1.5
30 2/3 2
40 1 4
50 2 6
60 5 -
Efeitos de Má Iluminação
Os principais efeitos são:
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Incomodidade;
Fadiga visual;
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DESFOCAGEM DO CRISTALINO
TIPOS
PERDA DE SENSIBILIDADE À LUZ
15
Ordenação e Identificação;
Criação de Contrastes;
Ordenação e Identificação
Certos locais, secções ou pisos de uma empresa deverão dispor de um determinado
Código de Cor, de modo que possa ser assegurado um planeamento ordenado do
trabalho e facilitar a realização de certos serviços.
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Cor Significado
Criação de Contrastes
A utilização de cores contrastantes, em ambientes de trabalho deverá ser efectuada
de modo a:
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Efeitos Psicológicos
Excitante/
Vermelho Aproximação Quente
cansativo
Muita
Laranja Muito quente Excitante
Aproximação
Muita
Castanho Neutro Excitante
Aproximação
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Capítulo
5
Fotometria
Rendimento Luminoso [ ];
Intensidade Luminosa [ I ];
Iluminância [ E ];
Luminância [ L ].
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Fluxo Luminoso
Esta grandeza, cujo símbolo é a letra grega , é definida como a quantidade de
luz emitida (energia luminosa Wrad) por uma fonte luminosa numa unidade de
tempo t em todas as direcções, medida logo à saída fonte.
Onde:
t é o tempo.
Serve para medir a potência de radiação, através da qual a luz é sentida no olho e a
sua unidade é o lúmen (lm), que representa quantitativamente o mesmo que o
Watt para o fluxo de energia.
Rendimento Luminoso
É a relação entre a quantidade de luz produzida (lúmens) pela quantidade de
potência que a mesma “puxa” da rede.
wrad
=
wT
Onde:
é o rendimento luminosa;
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Intensidade Luminosa I
É o fluxo emitido por uma fonte luminosa numa dada direcção (ver Fig. 22).
Onde:
I é a intensidade luminosa;
é o fluxo luminoso;
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Iluminância E
É uma medida do fluxo luminoso incidente numa determinada direcção por
unidade de superfície S· (ver Fig. 23).
Fig. 23 (Iluminância)
Onde:
E é a Iluminância;
é o fluxo luminoso;
S é a superfície.
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Luminância L
Define-se como quociente entre a intensidade luminosa I emitida, transferida ou
reflectida numa determinada direcção e a área A projectada da fonte, num plano
perpendicular a essa direcção (ver Fig. 24).
Fig. 24 (Luminância)
L= I = I
A S x cos
Onde:
L é a Luminância;
I é a intensidade luminosa;
L=
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Onde:
L é a Luminância;
é igual a 3.14.
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Stilb com o símbolo (sb), que corresponde a uma candela por centímetro
quadrado caracterizando a fonte de luz;
Apostilb com o símbolo (asb), que corresponde a 0.32 candelas por metro
quadrado quando a superfície reflectora proporcionar luz difusa.
Leis de Iluminação
Lei de Kepler
A lei de Kepler (ou do quadrado inverso)
estabelece que a iluminância, numa superfície que
corta perpendicularmente os raios luminosos, varia
na razão inversa do quadrado da distância da fonte
à superfície (ver Fig. 25).
I
d
P
Fig. 25 (Lei de Kepler)
I
E=
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d2
Onde:
E é a Iluminância (lx);
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Exemplo:
E = 74.4 lx
Lei do Co – Seno
Esta lei determina que a Iluminância, em qualquer superfície, é proporcional ao
co – seno do ângulo de incidência (ângulo compreendido entre a direcção da luz
incidente e a normal à superfície no ponto de intersecção(ver Fig. 26).
r
d I
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P
Fig. 26 (Lei dos co - senos)
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I x cos I
E= = x cos3
r2 d2
Onde:
E é a Iluminância (lx)
Exemplo:
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I L U M I N A Ç Ã O N O S L O C A I S D E T R A B A L H O
Aparelhos de Medição
Na avaliação quantitativa das condições de iluminação dos locais de trabalho
existem dois aparelhos fundamentais:
LUXÍMETROS
LUMINANCÍMETROS
Luxímetros
São aparelhos constituídos por uma célula fotoeléctrica e que medem as
iluminâncias.
Luminancímetros
Os Luminancímetros são luxímetros, aos quais foi adicionado um dispositivo
óptico delimitador de uma área de medição e que servem para medir as
luminâncias.
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Capítulo
6
Sistemas de Iluminação
Tipos de Luz
Luz Natural
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Adequada para iluminar somente uma zona que não ultrapasse 10% da
área do piso pois pode causar problemas térmicos.
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Exemplo:
= 14/ 50
= 0.28
Logo:
Luz Artificial
Como a luz natural é variável conforme as estações do ano e as condições
climatéricas existentes, e a maior parte dos problemas serem derivados de situações
em interiores, aquela luz deverá ser complementada com iluminação artificial de
modo a estabelecer a quantidade luz necessária independentemente da iluminação
natural disponível
uma secretária;
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Luminária
É um aparelho onde se instala uma ou mais lâmpadas e cujas funções essenciais são
a distribuição, a filtração, a protecção e a modificação da luz emitida pelas
lâmpadas. (ver Fig. 27). Os principais parâmetros a ter em conta na aquisição de
uma luminária são o custo, a eficiência luminosa, a segurança, os tratamentos
químicos, a pintura, a estética, a funcionalidade e a adequação ao ambiente.
Fig. 27 (Luminárias)
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Balastro
É um dispositivo que se liga entre a fonte de
alimentação de um circuito eléctrico e uma ou
mais lâmpadas de descarga (ver Fig. 28) e tem
como principal função permitir o arranque e
limitar a corrente das lâmpadas ao seu valor
normal durante o funcionamento. Também
podem incorporar um transformador da tensão
de alimentação (elementos para optimizar o
factor de potência, ou seja, condensador).
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I L U M I N A Ç Ã O N O S L O C A I S D E T R A B A L H O
difusa
Directa 0 – 10 90 – 100
Semi – directa 10 – 40 60 – 90
Difusa 40 - 60 40 – 60
Semi – indirecta 60 – 90 10 – 40
Indirecta 90 – 100 0 - 10
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Tipo de Lâmpadas
As lâmpadas podem assumir a natureza seguinte:
Lâmpadas Incandescentes
Lâmpadas de Descarga
Lâmpadas de Indução
Lâmpadas Incandescentes
Nestas lâmpadas, a corrente eléctrica ao passar por um filamento de tungsténio que
se encontra no interior do invólucro de vidro, que também contém um gás inerte,
normalmente o árgon, provoca o seu aquecimento tornando-o incandescente
gerando luz visível. Este processo implica grandes perdas de energia em forma de
calor.
Exemplos destas lâmpadas, como se ilustra na Fig. 30, são as lâmpadas domésticas
convencionais.
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Lâmpadas Incandescentes
Vantagens Inconvenientes
Lâmpadas de descarga
Nestas lâmpadas, a luz produz-se por descarga eléctrica no interior do invólucro
de vidro, que contém gases com substâncias fluorescentes e de mercúrio de baixa
pressão.
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Lâmpadas de Descarga
Vantagens Inconvenientes
Lâmpadas de Indução
A luz produz-se, por excitação electromagnética do mercúrio / gases nobres
existentes no interior de anel de vidro fechado com 2 bobinas nas extremidades.
Arranque instantâneo;
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Contraste de Luminâncias;
Distribuição de Luz;
Nível de Iluminância
De uma maneira geral, o nível da iluminância dos locais depende:
Da experiência prática.
Trata-se de um valor bastante inferior ao obtido com luz natural (oscila entre os
150 e 5000 lux) constituindo uma solução de compromisso entre o valor que seria
conveniente e as limitações de ordem técnica e económica.
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U1 = E mínimo / E máximo
U2 = E mínimo / E média
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Onde:
C é o Contraste de Luminâncias;
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Exemplo:
Mediram-se os valores de luminância num posto de trabalho, tendo sido
determinado, os valores médios LA = 124.5 cd/m2, LB = 31.4 cd/m2 e LC =
3.1 cd/ m2 conforme esquema da figura:
Como
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•A distância a ou b
entre as luminá
luminárias
será
será o dobro da distância
entre estas, e as paredes
laterais.
Ofuscamento directo
ou indirecto – Causado
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1- encadeamento directo
por uma fonte luminosa
que atinja directamente 2- encadeamento indirecto
ou por reflexão, o nosso
campo visual (ver Fig. 1
1
35).
2
2
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Zona sem
encadeamento
Zona com
encadeamento
30º
30º
Zona sem
encadeamento
500 – 1000
2000 – 3000
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Quente
Locais residenciais, de
ww (amarelo, < 3300
convívio e de descanso
vermelho)
Gráfico I
Alta
750
Iluminância lx ]
Média TO
F OR
300 lx N
CO
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Baixa
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Comparação de
Quente,
cores, Exames
1A 100; 90 Neutra ou
clínicos e Galerias de
Fria
pintura
Moradias, Hotéis,
Quente e
Restaurantes, Lojas,
neutra
Escritórios e
1B 90; 80 Hospitais
Indústria gráfica, de
Neutra e Fria
tinta e têxteis
Indústria e
3 60; 40 Indústria grosseira
Edifícios
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Defeitos Correcções
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Capítulo
7
Riscos e medidas
preventivas nas
instalações de
iluminação
Efeito Estroboscópico
Como se Define?
É um fenómeno de ilusão óptica, verificada quando o Período (T) do movimento
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Como Prevenir?
Como forma de prevenção deste efeito poderão adoptar-se as seguintes medidas:
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Iluminação de Emergência
É projectada para funcionar quando falta a iluminação normal e deverá situar-se
nas intersecções de corredores, nos pontos de mudança de direcção, nas escadas e
nas saídas.
61
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Falha de uma lâmpada, não implicar que qualquer local, fique inteiramente
às escuras;
62
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Capítulo
8
Enquadramento Legal
Listagem da Legislação
Os requisitos referentes à “Iluminação nos Locais de Trabalho” estão referidos
nos seguintes diplomas legais nacionais:
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Bibliografia
Antunes, Fernando e Simões Neto (1986) “A Ilu m in aç ão e a Se g u ran ç a n o
Trab alh o ”, DGHST.
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Informações
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ISPA
Website: http://www.ispa.pt
Ficheiro: HST_MN_2-Iluminacao_v02.doc
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