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III EMEPRO – Belo Horizonte, MG, Brasil, 07 a 09 de junho de 2007

A percepção de alunos da pós-graduação em relação ao ensino


semipresencial da Simulação de Eventos Discretos

Carlos Eduardo Corrêa Molina (UNIFEI) molinaead@gmail.com


José Arnaldo Barra Montevechi (UNIFEI) montevechi@unifei.edu.br
Mabel Maria Silva de Resende Chaves Coutinho (UNIFEI) mabelcoutinho@gmail.com

Resumo
Este artigo relata uma experiência com o uso da educação semipresencial na disciplina que
trata de Simulação de Eventos Discretos, no mestrado em Engenharia de Produção da
Universidade Federal de Itajubá – UNIFEI. Descreve resumidamente a forma de
disponibilização de conteúdos e as formas de avaliação adotadas, além da análise das
respostas dos alunos ao questionário de avaliação da disciplina, cujo resultado direciona as
ações de melhoria para os futuros cursos.
Palavras chave: Educação semipresencial. Educação a Distância. Simulação.

1. Introdução
O uso de ferramentas computacionais facilitou e tornou mais confiáveis as análises complexas
de planilhas, a utilização de médias na interpretação de dados probabilísticos, na análise de
dados estatísticos, a representação e o estudo de uma linha de produção (acrescentando mais
máquinas, por exemplo). A simulação permite que, simultaneamente, a realidade possa ser
imitada, com alteração de dados probabilísticos, com o exame de múltiplas metas, com a
possibilidade de múltiplas tomadas de decisão, facilita e agiliza o estudo de uma linha de
produção, entre outras ações. Através de simulações da realidade o analista pode escolher a
melhor opção/solução em tempo mais curto, com a alteração/acréscimo de dados, com
alteração de layouts de produção, com distribuição de tarefas entre outras alterações no
processo em estudo, em um curto espaço de tempo e sem gastos ou perdas excessivas.
Este artigo trata, especificamente, do trabalho desenvolvido no ensino de simulação de
eventos discretos, no programa de mestrado em engenharia de produção da Universidade
Federal de Itajubá (UNIFEI), com o apoio e utilização de um Ambiente Virtual de
Aprendizagem, funcionando como plataforma de interação entre o trabalho presencial e o
trabalho virtual. Resume-se, portanto, a um relato de uma experiência em que o
desenvolvimento tecnológico e o uso de multimeios abrem novos caminhos e permite ao
docente oferecer informação e interagir com os aprendizes (Coutinho, 2003) de forma a
promover a construção conjunta de conhecimentos.
2. Justificativas
Como justificativa para este estudo pode-se destacar:
− A simulação é uma importante ferramenta da pesquisa operacional, e por natureza, não é
composta de conceitos triviais. O aprendizado de softwares de simulação também oferece
relativa dificuldade para o aprendizado solitário por parte do aluno;
− Busca-se, mais do que simplesmente disponibilizar informações e conteúdos aos alunos,
superar as limitações de uma simples leitura, quando feita em um livro ou mesmo a leitura
ou acompanhamento de um tutorial, em prol de uma aprendizagem reflexiva, crítica e
conceitual (AZEVÊDO 2005);
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− O uso da educação semipresencial permite uma melhor preparação dos docentes e a sua
familiarização com os diversos meios educacionais disponíveis, hoje em dia, para o
enriquecimento do trabalho, a divulgação e a troca de experiências entre os alunos.

A exposição detalhada da dinâmica adotada no desenvolvimento da disciplina e das atividades


presenciais e não presenciais que compuseram a mesma, é uma forma de relatar/ divulgar a
experiência que não deixa de ser um grande desafio aos professores e equipe de formadores
de algumas disciplinas da graduação e pós-graduação da UNIFEI, para unir o melhor do
ensino tradicional presencial com o melhor da Educação a Distância (EaD).
3. Educação semipresencial ou blended-learning
A educação semipresencial no Brasil começou a adquirir certa proeminência nos últimos
anos, particularmente, em decorrência das portarias 2.253/2001 e 4.059/2004, ambas tratando
da legalização do uso de até 20% da carga-horária à distância, em cursos presenciais.
Para Moran (2004), o blended learning ou educação semipresencial é a forma de ensino que
combina o melhor do presencial com as facilidades do virtual. O autor enumera quatro
espaços em que o professor deve estar bem situado para poder educar com qualidade: uma
nova sala de aula (bem estruturada e com disponibilidade de recursos áudio-visuais na medida
certa), o espaço do laboratório conectado (computadores suficientes e conectados à internet),
a utilização dos AVA (permitindo produção e comunicação à distância) e a inserção de
ambientes experimentais e profissionais (teoria e prática).
Para Driscoll (2002), dentre os diversos significados dados à expressão blended learning, um
deles preconiza o uso de diferentes formas de tecnologias educacionais, à distância ou não,
que podem ser combinadas com as tradicionais aulas presenciais. Vão desde o vídeo-cassete,
CD-ROM, filmes, rádio, TV, material impresso, até as tecnologias baseadas na internet.
A partir dessa reflexão, passa-se a usar, os termos blended learning e educação semipresencial
como sinônimos, embora o primeiro possa ser bem mais amplo. Para as atividades à distância,
a ênfase aqui adotada é de uma educação online, ou seja, que utiliza prioritariamente a
internet (MOLINA, 2007).
4. Desenvolvimento
Os recursos tecnológicos estão em constante alteração e ampliação e sua funcionalidade se
torna cada vez mais necessária, na educação e, nos demais segmentos que fazem parte do dia
a dia das pessoas. Desta forma, ao se iniciar um planejamento é necessário que o foco esteja
voltado primeiramente aos objetivos educacionais para, depois então, selecionar o tipo de
modelo que se vai utilizar e as quais ferramentas serão necessárias (DRISCOLL, 2002).
Para o trabalho com simulação faz-se necessário o conhecimento em quatro áreas: o sistema,
o qual se vai modelar; a simulação, quer dizer, o que se vai estudar, como será este estudo; a
existência ou não de dados estatísticos, como se dará sua distribuição; e, o software que se
fará uso. O trabalho desenvolvido pelo professor da disciplina visa preparar os alunos para a
utilização de um software entre os disponíveis, no mercado, denominado PROMODEL.
A metodologia de trabalho constou de apresentar e discutir os temas do programa levando o
aluno a participar ativamente, através de aplicações práticas e resolução de exercícios. Para
melhor compreensão do assunto foram oferecidas aos alunos leituras de artigos visando
enriquecer o conteúdo e oferecer mais opções de situações nas quais poderiam trabalhar.
Seguindo a premissa discutida por Coutinho (2003), o professor, como um facilitador da
aprendizagem, busca permitir ao aluno mais autonomia de aprendizagem, orientando-o quanto
as formas de pesquisa e clareando-lhe os caminhos a serem seguidos a fim de propiciar-lhe
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um maior aproveitamento do conteúdo trabalhado.


Foram oferecidas oportunidades de se trabalhar em grupo, através da aplicação do conteúdo
estudado em empresas reais. Estas foram visitadas, tiveram seus processos mapeados e,
portanto, serviram como estudos de caso práticos para o enriquecimento da disciplina.
O uso de um AVA permitiu aos alunos, professor e formadores estarem em constante contato,
para troca de informações, colocação de dúvidas e consulta aos materiais. Esse ambiente é
que permite o benefício de um tempo ‘esticado’ conforme define Azevedo (2005), em que
ocorre uma continuidade das atividades, mesmo sem simultaneidade.
A disciplina foi oferecida a um público diversificado (alunos de graduação, mestrado e
doutorado). Diante deste fato, procurou-se trabalhar atividades distintas, respeitando o nível
de cada aluno. O Quadro 1 permite verificar a forma como foi desenvolvida cada atividade.

Atividade/ categoria graduandos mestrandos doutorandos


Apresentação de capítulos de
livros selecionados.
Apresentação de artigos
Atividade Dourada
Tarefas extras

Leitura e resenha de artigos selecionados

Atividade prata Realização de exercícios durante o curso


Acompanhamento do curso, participação no fórum de discussão,
Participação no TelEduc
preenchimento da ferramenta Perfil, diário de bordo, entre outras.
Exame Realização do exame no final do curso.

Quadro 1 – Atividades aplicadas a cada categoria de alunos.

As atividades em grupo fora realizadas para preparação, seleção e aprofundamento em


estudos de caso que pudessem subsidiar trabalhos de iniciação científica, mestrado e
doutorado, assim como a produção de artigos para submissão em importantes eventos e/ou
revistas da área da pesquisa. A formação das equipes preconizava a participação de alunos dos
diferentes níveis, com menos um aluno de doutorado, um de mestrado e um de graduação em
cada uma delas e, ainda, um ‘consultor padrinho’ (orientados de mestrado do professor
responsável pela disciplina, que já tinham conhecimento prévio do conteúdo da disciplina).
A avaliação dos trabalhos desenvolvidos se deu conforme a apresentação na Tabela 1. Os
exercícios realizados em sala foram designados por ‘atividade prata’. As participações no
AVA também influenciaram na nota final do aluno, e foram designadas por “atividade
dourada”, tendo sido realizadas pelos alunos de diferentes formas, conforme a categoria de
cada participante (aluno de graduação, de mestrado e de doutorado).
Na avaliação final (exame) foram observados: a qualidade da apresentação, a relevância do
trabalho, o relatório realizado, e, o conhecimento demonstrado sobre o assunto.

Avaliação Exame Exercícios Participação no TelEduc Trabalho em Grupo


Porcentagem 35% 20% 10% 35%
Tabela 1 – Distribuição de notas
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Enfim, na elaboração dos materiais e conteúdos da disciplina, houve a tentativa de incorporar


nos instrumentos pedagógicos selecionados, técnicas que, segundo Nunes (1994),
proporcionam um estudo independente, com atividades que promovem e fomentam a
capacidade de observação crítica dos alunos.
5. A disciplina
A disciplina iniciou-se com um encontro presencial no qual os alunos foram informados do
desenvolvimento da mesma. As aulas eram ministradas semanalmente e aconteceram, em sua
maioria, num laboratório da universidade, estruturado para aulas presenciais através do uso do
computador (um equipamento pra cada aluno). Cada aula tinha a duração de 4 horas. As aulas
eram semanais e o conteúdo foi gradativamente introduzido e semanalmente revisado. A
complexidade dos trabalhos cresceu conforme a verificação da aprendizagem sobre os
assuntos trabalhados.
Após os esclarecimentos iniciais procurou-se auxiliar os alunos na familiarização com o
ambiente virtual e com cada uma das suas ferramentas.

Aula Ferramenta Discriminação


Estrutura do Nesta atividade, o aluno tem o primeiro contato com o Ambiente de Aprendizagem
ambiente TelEduc. Resume-se à leitura de uma apresentação padrão do TelEduc que explicita as
informações gerais sobre o ambiente, suas ferramentas e seus propósitos de utilização.
Dinâmica do Compreende uma apresentação do curso em powerpoint, onde é descrito o conteúdo do
curso curso, a maneira como são feitas as avaliações, as datas importantes e os objetivos a
serem alcançados no decorrer do período.
Agenda A agenda é consultada todas as semanas, pois disponibiliza ao aluno informações
atualizadas, dicas ou sugestões da coordenação. Permite também, a visualização das
programações anteriores na opção “Agendas Anteriores”.
Alterar Opção da ferramenta “Configurar” que permite ao aluno alterar a senha recebida por e-
senha mail, que, por ser gerada automaticamente, geralmente é difícil de ser memorizada.
01 Correio Ferramenta utilizada para troca de mensagens entre os participantes do curso e o pessoal
da administração do TelEduc. Contém inicialmente uma mensagem de boas
vindasfessor.
Material de Ferramenta usada para disponibilizar todo tipo de material vinculado a uma determinada
apoio atividade. Inicialmente, contém a apostila da disciplina, para acompanhamento das aulas
presenciais.
Revisão da aula presencial. Disponibiliza os slides de aula utilizados na Introdução à
Pesquisa Operacional (PO) e na Formulação de Problemas de Programação Linear (PL).
Perfil Esta ferramenta fornece um mecanismo para que os participantes possam se conhecer e
desencadear ações de comprometimento entre si. Cada aluno preenche o seu perfil,
falando sobre si mesmo, seu trabalho, sua família, seus amigos, lugares interessantes, o
que gosta de ler e outras informações a seu respeito, além de incluir uma foto de
identificação (Atividade Dourada).
Quadro 2 – Atividades realizadas como complemento à primeira aula.

No Quadro 2 são apresentadas as ferramentas trabalhadas, no Ambiente Virtual de


Aprendizagem, durante a primeira semana de aula. Objetivou-se permitir ao aluno um período
de conhecimento e ambientação à metodologia adotada na disciplina. Dessa forma, cada uma
das ferramentas foi exposta, analisada, consultada, salientando-se a sua utilidade, através da
requisição de alguma atividade que permitisse ao aluno se familiarizar com sua utilização.
Nos Quadros 3 e 4 podem ser verificadas as atividades e a ordem com que foram trabalhados
os conteúdos da disciplina, após a primeira semana de familiarização. Assim, a partir da
segunda semana, as ferramentas do TelEduc passam a cumprir o seu papel de apoio e de
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complemento ao ensino. A ferramenta ‘Material de Apoio’ foi utilizada todas as semanas,


disponibilizando os slides de aula, filmes e arquivos do PROMODEL, não sendo necessária,
portanto, a sua apresentação nas tabelas, exceto quando utilizada de forma diferenciada desta.

Aula Ferramenta Discriminação


Leitura Nesta ferramenta do Teleduc incluem-se artigos relacionados à temática da disciplina,
02 para revisão bibliográfica básica da disciplina Nessa semana, os alunos leram e fizeram
um resumo de um artigo, anexando-o ao seu portfólio individual (Atividade Dourada).
Leitura Semelhantemente a atividade anterior, os alunos leram, resumiram e prepararam uma
apresentação de outro artigo. Um dos alunos foi sorteado para apresentar o artigo na
03 próxima aula presencial (Atividade Dourada)
Portfólio Cada aluno disponibiliza, no mínimo, uma URL que trata do assunto Simulação,
adicionando um breve comentário sobre a mesma (Atividade Dourada).
Leitura Novamente, ocorre a leitura, resumo para o portfólio individual e a preparação de uma
04 apresentação do artigo para a aula presencial (Atividade Dourada).
Grupos Esta ferramenta permite a criação de grupos de pessoas para facilitar a distribuição de
tarefas posteriores, como acontece com o Trabalho Final.
Leitura Dois artigos são vinculados a essa aula. A atividade engloba novamente a leitura,
resumo para o portfólio individual e a preparação da apresentação dos dois artigos para
a aula presencial (Atividade Dourada).
05 Mural Possibilita que recados gerais possam ser anexados por qualquer participante. Formados
os grupos, inicia-se a discussão em torno do trabalho final, usando a ferramenta correio
e, após consenso, divulga-se o resultado no Mural com o título "Trab.final do grupo”.
Leitura 2 artigos são disponibilizados. Atividade Dourada semelhante a das semanas anteriores.
Diário de Ferramenta ideal para o aluno fazer uma reflexão a respeito de seu processo de
06 Bordo aprendizagem. Os alunos incluem uma anotação de como está sendo a assimilação das
idéias que foram expostas até o momento (Atividade Dourada).
Quadro 3 – Atividades realizadas na etapa inicial da disciplina.

Aula Ferramenta Discriminação


Leitura São disponibilizadas algumas das apresentações feitas, sobre os artigos sugeridos,
durante o percurso da disciplina. (oportunidade de arquivá-las para consultas futuras).
07 Material de Atividade Dourada: disponibilizado um texto que trata de como documentar os sistemas
Apoio e estudados. Cada grupo formado segue a sugestão do texto, elabora a documentação do
Correio modelo a ser simulado e envia o documento aos formadores através do correio.
Leitura São disponibilizadas as últimas apresentações dos artigos estudados e o manual do
08 “SimRunner” (assunto da próxima aula presencial), para que os alunos façam um
pequeno resumo das principais idéias, inserindo-o em seu portfólio individual.
Leitura São disponibilizados o manual do StatFit (software que faz a análise estatística no
Promodel) e um dos seminários apresentados anteriormente, um importante material
09 para futuras referências em monografias que abordem o tema simulação.
Parada Leitura das informações sobre a avaliação escrita, em "Informações sobre a avaliação
Obrigatória escrita”.
Leitura Nesta semana é disponibilizado mais um dos seminários apresentados por professores da
10 instituição (otimização combinada com simulação).
Portfólio Entrega do relatório impresso e dos arquivos do trabalho final, a serem apresentados na
última aula presencial aos demais alunos, ao professor e a um professor visitante que
auxilia na avaliação dos mesmos.
Parada Consulta à relação de freqüência e notas finais do aluno.
11 Obrigatória Resposta ao formulário de avaliação da disciplina (Atividade Dourada).
Consulta aos momentos da disciplina (fotos tiradas no decorrer do período).
Portfólio Consulta aos arquivos dos trabalhos apresentados pelas equipes.
Quadro 4 – Atividades realizadas na etapa final da disciplina.
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O Quadro 4 destaca as atividades da etapa final da disciplina que, além de abordar o estudo e
o aprofundamento do conteúdo da disciplina, também foi importante para a orientação e
preparação dos alunos para o Trabalho Final.
A disciplina, além de tratar da temática de simulação de eventos discretos, dos seus conceitos,
terminologias adotadas, aplicações diversas e de como conduzir projetos de simulação, visa,
ao mesmo tempo, preparar os alunos para a utilização do software denominado PROMODEL,
na construção dos modelos de simulação.
Cada um desses modelos usados na disciplina, ao sofrer evoluções no decorrer das aulas
semanais, propiciava ao aluno um aprofundamento nos conceitos e no uso do software. O
Quadro 5 demonstra a lógica progressiva com que são utilizados os modelos de simulação,
bem como os objetivos de aprendizagem a serem alcançados com os mesmos.

Modelo Principais Objetivos (Apresentação de Comandos)


1A Inclusão de contador e nível nas locations, build background graphics, wait e move for.
1B Locations com múltipla capacidade, combine e divisão de entities.
1C Duplicação de locations, inclusão de variáveis, inclusão de legenda, opção de rota com
probabilidade, graphic, INC e DEC.
2A Locations fila, esteira e arrival – múltiplas chegadas.
2B Arrival – múltiplas e diferentes chegadas, join, load e unload.
2C Criação de caminhos, criação de resources, utilizar operadores no processo, get, free, move with.
3A Operação de merge, move, if-then-else, route, user distributions e attributes.
3B Distribuição de probabilidades nos tempos de processamento, clock e log.
3C Previsão de manutenção preventiva e display.
3D Programação de turnos e regime de trabalho.
3E Macros e run time interface.
3F Criação de cenários.
3G Termination logic.
3H SimRunner.
Quadro 5 – Modelos de simulação construídos no decorrer da disciplina.

Em todos os momentos, sejam eles presenciais ou à distância, os alunos dispunham de vídeos


explicativos. Estes estavam disponíveis a qualquer hora, no laboratório de informática onde
eram ministradas as aulas presenciais. Desta forma, alunos podiam construir os modelos de
simulação e revisá-los quando necessário. Infelizmente não foi possível a disponibilização
destes vídeos pela Internet, até a última veiculação da disciplina, devido ao tamanho dos
arquivos. Porém, estudos têm sido realizados para que possam ser acessados remotamente.
6. Avaliação dos Resultados
O número de alunos cursando a disciplina foi reduzido e, assim, os dados foram insuficientes
para uma análise estatística aprofundada. Com base nas respostas ao questionário de avaliação
da disciplina (Quadro 6), fez-se uma análise qualitativa da percepção dos alunos.
A avaliação da disciplina (última ‘Atividade Dourada’) permitiu destacar algumas das
sugestões dos alunos de melhorias a serem implantadas, as facilidades e dificuldades sentidas
por eles no decorrer da disciplina e em relação à forma como foram trabalhados os assuntos:
− aprofundar nas análises estatísticas (em relação ao tamanho das amostras na coleta de
dados e nas replicações);
− que fosse aumentada a carga horária para que o assunto possa ser trabalhado com mais
tranqüilidade; ou a criação da disciplina SIMULAÇÃO II para melhor aprofundar sobre o
assunto, ou, ainda, incluir outra disciplina abordando outros tipos de aplicações de
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simulação de eventos discretos; despender mais tempo ao tratar sobre otimização;


− aprimorar cada vez mais os filmes disponibilizados durante o curso para auxiliar o aluno
nas etapas necessárias à preparação da simulação;
− poderiam ter sido mais profundas as análises dos relatórios gerados pelo software, uma vez
que são de suma importância na compreensão e busca de melhorias do cenário simulado;
− que o professor auxilie mais de perto na seleção do assunto dos trabalhos finais;
− aumentar o tempo de interação com a ferramenta SimRunner.

Pergunta Resposta esperada


1 Seu Nome Identificação do aluno
2 O tempo despendido em relação ao programa proposto foi suficiente? Sim ou Não
3 A forma de disponibilizar informações e material pela internet foram efetivos? Sim ou Não
Caso negativo o que você sugere para melhorar? Resposta Livre
4 O conteúdo incluso no material da disciplina foi adequado? Sim ou Não
Caso negativo o que você sugere para melhorar? Resposta Livre
5 A metodologia das aulas foi adequada? Sim ou Não
Caso negativo o que você sugere para melhorar? Resposta Livre
6 Qual o assunto da disciplina você teve MAIS facilidade em aprender? Resposta Livre
Qual o assunto da disciplina você teve MENOS facilidade em aprender? Resposta Livre
7 A forma de avaliação foi adequada? Sim ou Não
Caso negativo o que você sugere para melhorar? Resposta Livre
8 O conteúdo da disciplina pode ajudar em seu trabalho futuro? Sim, Talvez ou Não
9 Como foi a relação professor/aluno? Ótima, Muito Boa,
Boa, Regular ou Ruim
10 Que sugestão você daria para melhorar esta disciplina? Resposta Livre
Quadro 6 – Perguntas destinadas a avaliação do trabalho desenvolvido na disciplina.

O total de respondentes foram 13 alunos e, em relação às questões 2, 3, 4, 5, 7 e 8, cujas


respostas esperadas eram ‘SIM’ ou ‘NÃO’ (e ‘TALVEZ’ no caso da questão 8), destacam-se:

tempo do curso
14
12
10
uso no futuro 8 uso da internet
6
4
2
0

av aliação mat. curso

metodologia

Figura 3 – Respostas positivas às perguntas fechadas da avaliação da disciplina.


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− Apenas um aluno reprovou a forma de disponibilização do material, justificando que


“existem algumas áreas (ferramentas) que não agregam valor ... deveriam ser eliminadas
facilitando a navegação” (questão 3).
− A forma de avaliação, o material disponibilizado no decorrer da disciplina e o tempo
despendido foram aprovados por todos os alunos respondentes (questões 7, 4 e 2).
− 10 alunos responderam positivamente em relação à utilização do conteúdo da disciplina no
futuro. Dentre os demais, estão 1 aluno que respondeu “talvez” e apenas 2 alunos que
afirmaram que o conteúdo não os ajudaria em trabalhos futuros (questão 8).
− Em se tratando da metodologia utilizada na aula, 1 aluno respondeu negativamente,
sugerindo que “os exercícios para casa deveriam ser mais práticos e menos teóricos,
forçando os alunos e exercitar mais no software” (questão 5).

As observações, solicitações e sugestões dos alunos já estão sendo analisadas no sentido de


melhor atendê-las. Além disso, a maioria das respostas positivas salienta a eficácia que se tem
alcançado através do uso da educação semipresencial.

7. Conclusões
O ensino da simulação de eventos discretos através de uma metodologia híbrida, permite ao
docente, educar com qualidade, utilizando-se de um ambiente virtual como ferramenta de
comunicação e interação que, segundo Moran (2004), auxilia a integração do presencial com
o virtual e assim garante aos alunos uma aprendizagem mais significativa e, ainda, de acordo
com Azevedo (2005, p. 49), a “virtualização de parte da carga horária” se mostra “um ótimo
recurso para oferecer melhores oportunidades de aprendizagem no ensino presencial”.
No que se refere às modelagens de situações reais (uma forma de relacionamento da prática
com a teoria), as mesmas só foram possíveis devido ao intercâmbio com empresas da região e,
obtiveram-se resultados bastante positivos, sejam para os trabalhos acadêmicos dos alunos da
graduação e pós-graduação, como também para as próprias empresas, uma vez que os estudos
geraram propostas de otimização e melhorias em seus processos produtivos.
Enfim, com esse relato de experiência, pretende-se fustigar a outros docentes para que
busquem, num processo denominado por Moran (2005) como ‘Voluntarismo’, conhecer mais
e se aprofundar no uso de meios diferenciados de ensino. As ferramentas usadas na EaD, em
geral, quando usadas na educação presencial, favorecem a dinâmica de interação entre alunos
e docentes e, por conseqüência, tornam o processo de ensino-aprendizagem mais efetivo.
Referências
AZEVÊDO, W., Muito além do jardim de infância. Armazém Digital, Rio de Janeiro, 2005.
COUTINHO, M.M.S.R.C., Fundamentos da EAD e uma forma alternativa de vivenciar e aprender a engenharia
econômica. Dissertação de Mestrado. UNIFEI, Itajubá, MG, 2003.
DRISCOLL, M., Web-based trainning: using technology to design adult learning experiences. Jossey-
Bass/Pfeiffer, San Francisco, United States of America, 2002.
MORAN, J.M., Propostas de mudança nos cursos presenciais com a Educação on-line. XI Congresso
Internacional de EaD, 2004.
___________, A ampliação dos vinte por cento a distância. XII Congresso Internacional de EaD, 2005.
MOLINA, C. E. C., Avaliação do blended learning na disciplina de Pesquisa Operacional em cursos de pós-
graduação em Engenharia de Produção. Dissertação de Mestrado. UNIFEI, Itajubá, MG, 2007.
NUNES, I.B. Noções de educação a distância. Revista Educação a Distância, Nº 4/5, Instituto Nacional de
Educação a Distância, Brasília, 1994.

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