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III EMEPRO – Belo Horizonte, MG, Brasil, 07 a 09 de junho de 2007
Selecionando uma aplicação de Tecnologia da Informação com enfoque na eficácia
Tayanny Silvério de Menezes (UNILESTE) tayannymenezes@yahoo.com.br 
Resumo
 Em um sistema produtivo para se alcançar metas e consolidar estratégias, é necessário  formular planos, administrar recursos humanos, direcionar estes recursos acompanhando a ação e por fim, corrigir alguns desvios; essas desenvolvidas pelo planejamento de controle de  produção. A Tecnologia da Informação (TI) vem de maneira crescente apoiando as atividades mais diretamente ligadas à produção. Sendo inicialmente suporte de tarefas mais simples, a TI passa a estar presente em todas as etapas do processo produtivo, abrangendo o desenvolvimento de produtos e processos. O Planejamento e Controle da Produção (PCP) desponta como uma área na qual a TI pode trazer significativo impacto nos resultados obtidos, possibilitando novas alternativas de estratégias de operações e mesmo de negócios. Os sistemas MRP e MRP II são exemplos de como a TI pode apoiar o PCP. Por outro lado,  persistem as dúvidas quanto aos resultados obtidos com os investimentos em TI. Para avaliar os impactos de tais aplicações nas operações, é necessário abordar os resultados obtidos em relação aos objetivos, metas e requisitos da área de produção e da empresa como um todo, isto é, considerando a eficácia destas aplicações de TI. Palavras-chave: Tecnologia da Informação, Planejamento e Controle da Produção.
 
1. Introdução
O panorama mundial atual impõe que as empresas possuam boa competitividade para se manter no mercado. Para isso vária alternativas são possíveis, como diminuição de custos, diminuição dos prazos de entrega, melhores produtos e agilidade na tomada de decisões. Estas e alternativas permitem que a empresa se mantenha no mercado ou ganhe competitividade. O setor de Planejamento e Controle de Produção de uma empresa serve como transformador de informações entre vários setores de uma empresa e tem um papel de conciliador entre aqueles departamentos que eventualmente tenham alguns atritos. A busca pela competitividade reflete em diversas áreas e processos internos entre eles os de vendas, compras, desenvolvimento de produtos, marketing, produção e financeiros. Vamos apresentar neste trabalho à lógica do cálculo de necessidades, seus objetivos,  pressupostos, vantagens e desvantagens.
2. Referencial teórico
As indústrias têm sido muito estimuladas à tornar seus processos mais eficientes. Esta demanda advém da maior competitividade imposta pelas transformações que têm afetado a ordem econômica mundial. O Brasil se enquadra também nesta tendência e tem experimentado profundas mudanças no seu setor produtivo no que tange a modernização de seus processos de produção, melhoria da qualidade de seus produtos e racionalização administrativa. Com inúmeras oportunidades de investimentos de recursos, as empresas devem investir recursos prioritariamente em funções ou processos de negócios mais críticos para o sucesso do negócio, ou seja, deve investir numa função de forma compatível com o seu grau de  prioridade e com o nível de suas necessidades. Vamos analisar essa questão em relação à função Planejamento e Controle da Produção (PCP). Assim a principal questão de pesquisa deste artigo é: “Qual é o grau de prioridade que uma determinada empresa industrial deve dar
 
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ao PCP?” Como questão secundária da pesquisa temos: “Qual é o foco do PCP (planejamento, programação ou ambos) que uma determinada empresa industrial deve escolher para uma boa alocação de recursos dentro da função?”. Com o objetivo de respondê-las procurei respostas a essas questões na literatura. Vários artigos foram encontrados que analisam diversos aspectos do PCP em empresas.
2.1 Grau de prioridade
 Analisado o PCP em empresas industriais brasileiras de ramos diferentes e em geral líderes no seu ramo de atividades. Vale ressaltar que o sucesso de uma empresa depende, entre outros fatores, do acerto dos executivos do grau de prioridade que atribuem às funções e do nível de necessidades de recursos que eles avaliam que cada função necessita para seu bom desempenho. Com isso observamos que os fatores principais que influenciam no grau de  prioridade que deve ser atribuída são: nível competição do mercado em que atua; forma de atender à demanda (produção para estoque ou sob encomenda); complexidade da estrutura de  produtos; complexidade das restrições tecnológicas ou organizacionais e a variedade de  produtos finais. Outras conclusões:
a)
 quanto maior o grau de prioridade dado ao PCP, mais as decisões são baseadas em
softwares
;
b)
 tem efeito sobre a escolha do foco do PCP (planejamento; programação; ambos): tipo de  produção (para estoque ou sob encomenda), variedade de produtos finais, se importa de forma significativa e se exporta de forma significativa;
c)
 as combinações utilizadas de abordagens de processos de tomada de decisão empregadas no PCP são diversificadas; e
d)
 as abordagens de processos de decisão empregadas seguem a seguinte ordem (da mais para a menos usada): 1º. lugar) baseada em sistemas informatizados desenvolvidos internamente; 2º. lugar) baseada na experiência do decisor apoiada em conceitos teóricos; 3º. lugar) baseada em regras de decisão simples aceitas internamente; 4º. lugar) baseada em sistemas informatizados comerciais; 5º. lugar) baseada exclusivamente na experiência do decisor; e 6º. lugar) baseada em modelos matemáticos.
2.2 Foco do PCP
Com base nos materiais pesquisados, obtemos um modelo que prevê qual deve ser o foco da empresa: planejamento, programação ou ambos:
a)
 Se a empresa produz para estoque, o horizonte de planejamento deve ser de médio ou longo prazo, portanto, deve haver um foco em planejamento;
b)
 Se a empresa produz sob encomenda, ela deve ter um foco em programação; e ((Se a empresa produz sob encomenda) ou (é alta a variedade de produtos finais)) e ((importa insumos) ou (exporta parte significativa da sua produção)) então ela deve ter um foco tanto em planejamento como em programação. O volume alocado de recursos a uma função deve ser compatível com o seu grau de  prioridade e com o nível de suas necessidades. Uma função é prioritária quanto mais o sucesso do negócio depende de seu desempenho. Uma função possui mais necessidades de recursos quanto mais complexos forem os seus processos ou os processos que ela deve controlar. Os mecanismos de controle devem ser mais complexos quanto mais complexos forem os processos a serem controlados.  Na área específica do Planejamento da Produção tem-se verificado um aumento do uso de sistemas computacionais de apoio à decisão que buscam englobar múltiplos e complexos aspectos que intervêm nos processos de produção e, por isso mesmo, difíceis de ser analisados de forma racional por planejadores. Tais ferramentas permitem que se escolham as melhores alternativas de produção com respeito aos custos envolvidos e às restrições inerentes ao  processo. Dentre esses sistemas, um dos que mais têm sido utilizados é o MRP
 (Material
 
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 Requirements Planning)
. Os sistemas MRP têm como um dos seus principais componentes constitutivos um problema típico de otimização que é o dimensionamento de lotes. Seu objetivo é determinar um plano de produção para componentes (itens) dentro de um horizonte de tempo determinado, procurando satisfazer as previsões de demanda para os produtos finais.
2.3 Beneficio da utilização do MRP
Permite integração dos dados das áreas de estoque, engenharia, vendas, produção, compras e custos necessários ao PCP.
a)
 
Propicia redução de obsolescência de materiais.
b)
 
Aumenta a produtividade na elaboração dos planos permitindo ensaios e simulações.
c)
 
Reduz níveis de estoque, aumenta a satisfação dos clientes pelo cumprimento dos prazos de entrega e aumenta a produtividade de mão-de-obra pela disponibilidade do material no momento de iniciar a produção.
d)
 
Permite antecipação de planos de ação para obtenção de materiais críticos em função da apresentação daqueles cuja disponibilidade presente ou futura está comprometida.
e)
 
Reduz os custos de compras pela negociação de lotes maiores e/ou entregas parceladas dos materiais planejados.
f)
 
Suporta a gerência de materiais, fornecendo a situação do estoque em qualquer data,  podendo mostrar o histórico das suas movimentações, assim como a posição futura do estoque.
g)
 
Agiliza a gerência das Ordens de Produção emitidas, permitindo o
 feedback 
 e a visibilidade de seu andamento ao longo do processo de produção.
2.4 Algumas vantagens de um sistema MRP: a)
 Instrumento de planejamento Permite o planejamento de compras, como já visto, de contratações ou demissões de pessoal, necessidades de capital de giro, necessidades de equipamentos e demais insumos produtivos.
b)
 Como Funciona o MRP II O MRP II é um sistema hierárquico de administração da produção, em que os planos de longo  prazo de produção, agregados (que contemplam níveis globais de produção e setores  produtivos ), são sucessivamente detalhados até se chegar ao nível do planejamento de componentes e máquinas específicas. Sistemas MRP II são em geral disponíveis no mercado da forma de sofisticados pacotes para computador. Estes são em geral, divididos em módulos, que têm diferentes funções e mantêm relações entre si. Os pacotes comerciais disponíveis guardam entre si grade similaridade quanto aos módulos principais e lógicas básica. Esta apresentação analisa estes módulos principais e esta lógica básica, as análises aqui descritas são válidas para a maioria dos principais pacotes disponíveis no mercado. O MRP II possui cinco módulos principais:
1)
 
Módulo de planejamento da produção (
 production planning
).
2)
 
Módulo de planejamento mestre de produção (
master production schedule
ou MPS ).
3)
 
Módulo de cálculo de necessidade de materiais (
material requirements planing
ou MRP
 ).
 
4)
 
Módulo de cálculo de necessidade de capacidade(
capacity requirements planing
ou CRP).
5)
 
Módulo de controle de fábrica (
shop floor control
ou SFC ). Além destes, há os módulos de atualização dos dados cadastrais, que se ocupam de alterações, quanto aos dados de itens de estoque, estruturas de produtos, centros produtivos, roteiros de  produção, entre outros. Os módulos principais se relacionam conforme a figura abaixo:

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