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HISTÓRIA I – MÓDULO 03

A formação dos Estados-Nacionais europeus


1)Introdução:
 o seu poder político

 Rei + burguesia = surgimento dos


Estados Nacionais (países)
europeus.

 Os Estados Nacionais modernos,


possuem:
• Burocracia estatal: um grupo de
funcionários nomeados pelo rei
• Exército organizado: assegurar a
ordem pública e a autoridade do
governo
• Sistema único de leis, pesos e
medidas. Um moeda única
• Sistema tributário: a simplificação
da cobrança de impostos.

2)Breve História dos Estados


Nacionais – A) Portugal:
 Durante a Guerra de Reconquista
(católicos X árabes = pelo domínio da
Península Ibérica), D. Henrique de
Borgonha recebeu do reino de Leão
(como recompensa pela ajuda militar
prestada aos católicos) o condado
portucalense

 Seu filho, D. Afonso Henriques,


conquistou a independência da região
dando origem a um novo reino:
Portugal (Séc. XII)
 Breve História dos Estados Nacionais
– Portugal:
 Revolução de Avis (Séc. XIV): com a
morte do último rei da dinastia de
Borgonha (D. Fernando), o trono
português fica vago. O reino de
Castela (ainda de caráter feudal),
manifesta interesse no país. A
burguesia reage e escolhe D. João I
(da dinastia de Avis) – irmão bastardo
do rei falecido – para combater os
avanços de Castela
 Resultado: Na Batalha de Aljubarrota
(1385) D. João e seus aliados vencem
os nobres de Castela
 Dinastia de Avis: consolidação da
aliança política entre Rei e burguesia.

Questões atualizadas:
1. (Uefs 2016) As monarquias nacionais que se formaram ao longo dos séculos XIII, XIV e XV,
embora tenham sido uma nova forma de exercício do poder (poder centralizado), oposta às
monarquias medievais, mantiveram em sua essência a mesma natureza destas. Apesar,
inclusive, de toda a importância e participação da burguesia no processo de consolidação do
Estado nacional, o poder continuou sendo exercido pela mesma classe dominante, a nobreza,
só que agora concentrado na figura do rei.

NEVES, Vera M. da C. (org.). As terras do Brasil e o mundo dos descobrimentos. Secretaria de


Educação. Instituto Anísio Teixeira. Salvador: Boa nova, 2000, p. 18-19.

A influência da burguesia na estruturação das monarquias europeias deu aos monarcas,


entretanto,
a) a oportunidade para fortalecer os laços de cooperação com a Igreja Católica, responsável
pela confirmação do poder real.
b) o cancelamento do direito de acesso às “cartas de franquia” pelas vilas agrícolas medievais.
c) o poder de democratizar o acesso de servos, operários e trabalhadores braçais, aos
estamentos mais elevados da sociedade.
d) a necessidade de dividir o poder de mando com representantes de outros reinos não cristãos
do Oriente Médio.
e) os recursos necessários à organização de exércitos nacionais comandados por generais da
confiança dos reis, excluindo os exércitos particulares da nobreza feudal.

2. (Pucrj 2016) Durante o século XVII, a Europa Ocidental presenciou mudanças políticas
importantes na forma de organização dos Estados. A centralização política do século XVI deu
lugar à política absolutista.

Assinale a alternativa que define a política absolutista do século XVII de modo CORRETO.
a) Poder do Estado, concentrado nas mãos do rei e de sua burocracia, sustentado pelos
setores burgueses urbanos.
b) Poder real, personalizado na figura do rei absoluto, tendo como base social os senhores
feudais e os setores camponeses.
c) Poder de polícia, estruturado na violência e organizado por milícias mercenárias, diretamente
ligadas aos setores da pequena nobreza.
d) Poder absoluto do rei, produzido pelo controle das finanças e pelo apoio social dos setores
camponeses.
e) Poder divino, associado ao poder temporal, sustentado pela aliança entre o clero e os
senhores feudais.

3. (Uepg 2016) Os Estados Modernos (ou Estados Nacionais Modernos) surgiram a partir do
processo de gradual centralização de poder na Europa e possuem traços específicos
adaptados à correlação de forças entre as classes sociais típicas da sociedade moderna. A
respeito desse tema, assinale o que for correto.
01) O respeito à pluralidade étnica e às diversidades culturais dos povos são características
encontradas nas origens dos Estados Modernos.
02) Os Estados Modernos, em praticamente todas as situações em que se configurou
plenamente, se estruturaram a partir de monarquias absolutistas.
04) A centralização de poder levou ao aparecimento de um corpo de funcionários, o qual ficou
responsável pela execução de serviços públicos.
08) O estabelecimento preciso de fronteiras territoriais serviu como forma de definição do
espaço onde um determinado Estado exercia a sua soberania.
16) Nos Estados Modernos, tanto as classes sociais quanto os indivíduos possuem um
conjunto de direitos garantidos pelo próprio Estado.

4. (Espm 2016) Nenhum homem livre será detido, aprisionado, ou privado de seus bens, ou
posto fora da lei, ou exilado, ou prejudicado de algum modo a não ser em virtude de um jul-
gamento legal dos seus pares ou em virtude das leis do país.
(G. M. Trevelyan. História concisa da Inglaterra)

O trecho acima foi retirado de um documento considerado referência fundamental das


Liberdades Inglesas. Assinale-o:
a) Provisões de Oxford;
b) Magna Carta;
c) Ato de Supremacia;
d) Declaração de Direitos;
e) Lei dos Pobres.

5. (Ufu 2016) A tranquilidade dos súditos só se encontra na obediência. [...] Sempre é menos
ruim para o público suportar do que controlar incluso o mau governo dos reis, do qual Deus é
único juiz. Aquilo que os reis parecem fazer contra a lei comum funda-se, geralmente, na razão
de Estado, que é a primeira das leis, por consentimento de todo mundo, mas que é, no entanto,
a mais desconhecida e a mais obscura para todos aqueles que não governam.

LUÍS XIV, Rei da França. Memorias. (Versão espanhola de Aurelio Garzón del Camino).
México: Fondo de Cultura Económica, 1989. p. 28-37 (Adaptado).

As palavras do rei Luís XIV exemplificam um complexo e longo processo sociopolítico,


identificado com o que comumente chamamos de Idade Moderna e que podia ser
caracterizado.
a) por um crescente deslocamento do poder político da burguesia, que passou a ver a
ascensão da nobreza feudal, cada vez mais próxima do poder e ocupando importantes
cargos políticos.
b) pela centralização administrativa sobre os particularismos locais e pela crescente unificação
territorial, ainda que os senhores de terra não perdessem inteiramente seus privilégios.
c) pelo fortalecimento do poder político da Igreja Católica, resultado de um processo de
crescente mercantilização de suas terras e de sua consequente adequação ao mercado.
d) pelo processo de cercamento dos campos, com o consequente fortalecimento da nobreza
feudal, a qual, com os altos impostos que pagava, contribuiu decisivamente para o
fortalecimento do poder real.

Gabarito:

Resposta da questão 1:
[E]

A aliança formada entre reis e burguesia para pôr fim ao Feudalismo funcionava a partir do
financiamento burguês à formação dos chamados Exércitos Mercenários para que os reis
pudessem enfrentar a nobreza feudal.
Resposta da questão 2:
[A]

O Absolutismo Monárquico foi alcançado através de uma aliança entre Reis e Burguesia, na
qual esta financiava a tomada de poder pela Monarquia. Os monarcas absolutistas
concentravam em suas mãos todos os aspectos de poder de um Reino.

Resposta da questão 3:
02 + 04 + 08 + 16 = 30.

A questão remete à formação dos Estados Nacionais Modernos. Na Baixa Idade Média,
séculos XII ao XV, surgiram os Estados Nacionais a partir da aliança entre rei e burguesia.
Estes Estados possuíam uma língua nacional, um território definido, formação de exército, etc.
Surgiu uma burocracia estatal para organizar os serviços públicos. Não havia respeito às
diferenças étnicas e religiosas no processo de formação dos Estados Nacionais.

Resposta da questão 4:
[B]

A Magna Carta foi um documento que restringia o poder do rei inglês. Nesse sentido, trazia
uma série de restrições aos abusos de poder, como fica claro no fragmento acima.

Resposta da questão 5:
[B]

Somente a alternativa [B] está correta. A questão remete ao sistema político denominado
Absolutismo que caracterizou a Idade Moderna. O poder estava personificado na figura do rei
que, em geral, possuía muito poder, sobretudo na França conforme as citações do “rei sol” Luís
XIV. A centralização do poder nas mãos dos reis iniciou-se na Baixa Idade Média para
amenizar os problemas sociais como as revoltas camponesas que caracterizaram a Europa no
século XIV bem como apoiar a burguesia que necessitava de proteção para a realização de
suas atividades mercantis.
1. (Uel 2007) A formação do Estado espanhol - constituído da aliança entre a monarquia, a
nobreza fundiária e a Igreja Católica - implicou uma estrutura fundiária patrimonial com uma
sociedade hierárquica e nobiliárquica.

Sobre o tema é correto afirmar que:


a) A fragilidade da burguesia das cidades comerciais espanholas foi superada com a formação
do Estado.
b) O Estado nacional espanhol, ao se constituir, deixou de lado os valores aristocráticos.
c) O setor religioso não teve importância na formação do Estado nacional espanhol.
d) A Monarquia Espanhola Católica foi o resultado de uma aliança marcada pelo predomínio de
valores aristocráticos.
e) A nobreza fundiária estava desinteressada na constituição da Monarquia Espanhola.

2. (Unifesp 2007) Sobre as cidades europeias na época moderna (séculos XVI a XVIII), é
correto afirmar que, em termos gerais,
a) mantiveram o mesmo grau de autonomia política que haviam gozado durante a Idade Média.
b) ganharam autonomia política na mesma proporção em que perderam importância
econômica.
c) reforçaram sua segurança construindo muralhas cada vez maiores e mais difíceis de serem
transpostas.
d) perderam, com os reis absolutistas, as imunidades políticas que haviam usufruído na Idade
Média.
e) conquistaram um tal grau de autossuficiência econômica que puderam viver isoladas do
entorno rural.

3. (Ufjf 2007) Sobre o contexto social e econômico do século XIV na Europa medieval, marque
a alternativa INCORRETA.
a) A mão de obra disponível para atuar no campo foi reduzida devido às epidemias e guerras
existentes no período.
b) As revoltas camponesas, como a jacquerie, acabaram por ocasionar alterações nas
obrigações típicas do sistema feudal.
c) A reduzida oferta de metais preciosos, como a prata, contribuiu para a expansão do
processo inflacionário.
d) A burguesia teve seu prestígio econômico reduzido pela crise das atividades urbanas o que
fortaleceu o poderio dos senhores feudais.
e) A instabilidade climática, com chuvas constantes, levou a uma grande retração nas colheitas,
diminuindo fortemente a produção agrícola.

4. (Ufjf 2007) Leia, atentamente, o trecho a seguir, através do qual o autor demonstra aspectos
da realidade vivida por parte da população da Europa Ocidental, no início da Idade Moderna:

"Chamava-se Domenico Scandella, conhecido por Menocchio. Nascera em 1532 (...), em


Montereale, uma pequena aldeia nas colinas de Fruili (...). Era casado e tinha sete filhos; outros
quatro haviam morrido (...). Em 28 de setembro de 1583 Menocchio foi denunciado ao Santo
Ofício, sob a acusação de ter pronunciado palavras 'heréticas e totalmente ímpias' sobre
Cristo."
(GUINZBURG, C. "O queijo e os Vermes").

Agora, leia as afirmativas adiante e, em seguida, marque a alternativa CORRETA.

I. O trecho acima aponta para a atuação da Inquisição como meio de julgar e punir aqueles que
fossem suspeitos de difundir ideias e práticas religiosas contrárias à fé católica.
II. Para além das grandes transformações pelas quais a Europa estava passando, com o
desenvolvimento da vida urbana e instituições comerciais, grandes contingentes populacionais
viviam sob péssimas condições de vida, perceptíveis nas variações demográficas da instituição
familiar.
III. Nesse período, grandes contingentes de camponeses migravam para as áreas urbanas e
ingressavam no trabalho fabril, submetendo-se a longas jornadas de trabalho e a baixos
salários.
a) Todas estão corretas.
b) Todas estão incorretas.
c) Apenas a I e a II estão corretas.
d) Apenas a I e a III estão corretas.
e) Apenas a II e III estão corretas.

5. (Ufrj 2006) "Quando Nosso Senhor Deus fez as criaturas, não quis que todas fossem iguais,
mas estabeleceu e ordenou a cada um a sua virtude. Quanto aos reis, estes foram postos na
terra para reger e governar o povo, de acordo com o exemplo de Deus, dando e distribuindo
não a todos indiscriminadamente, mas a cada um separadamente, segundo o grau e o estado
a que pertencerem".
Fonte: Adaptado das Ordenações Afonsinas II, 48, In: HESPANHA, António Manuel e
XAVIER, Ângela Barreto (coords.). "História de Portugal - O Antigo Regime". Lisboa: Estampa,
1998, p. 120.

A citação remete à organização social existente em Portugal na época do Antigo Regime, bem
como à forma pela qual se pautavam as relações entre reis e súditos.
a) Tendo por base essas considerações, explique um dos traços da estratificação social da
Península Ibérica nos séculos XVI e XVII.
b) A partir dessa concepção de sociedade, identifique uma característica do papel da
aristocracia agrária e outra do campesinato.

6. (Uel 2003) "Certo gentil-homem francês sempre se assoa com a mão; coisa muito avessa a
nosso costume. Defendendo seu gesto (e ele era famoso por seus bons achados), perguntou-
me que privilégio tinha esse excremento sujo para que lhe preparássemos um belo pano
delicado a fim de recebê-lo e depois, o que é mais, o dobrássemos e guardássemos conosco;
(...) e o costume não me permitiu perceber essa estranheza, a qual, no entanto, consideramos
tão horrível quando nos é relatada sobre outro país."
(MONTAIGNE, citado por CHARTIER, Roger (Org.) "História da vida privada 3: da Renascença
ao século das luzes". São Paulo: Companhia das Letras, 1991. p. 184.)

Essa narrativa de Montaigne, nos seus Ensaios, I, XXIII, refere-se às transformações nos
costumes entre os séculos XV e XVIII, que se efetuaram na Europa em ritmos e cronologias
variáveis. Sobre esse movimento, é correto afirmar:
a) As expressões de espontaneidade biológicas, afetivas e emocionais dos indivíduos
permaneceram livres do controle coletivo e das proibições sociais.
b) Formas de sociabilidade, tal como o ato de comer à mesa, aceitavam à época comensais
com apetites indiscretos, com seus ruídos e humores sem controle.
c) A aprendizagem das boas maneiras e das máximas morais esteve ausente das
preocupações e dos conselhos dos pensadores.
d) Houve uma maior adequação às normas, que repousavam nas pressões exercidas pelo
grupo mais prestigiado sobre cada indivíduo, mas também, e cada vez mais, na
incorporação das regras sociais por parte deste.
e) A exigência do decoro foi banida das regras sociais, e os indivíduos podiam expor
publicamente suas paixões e suas maneiras de agir na intimidade.

7. (Fgv 2003) A respeito de Portugal durante a época Moderna, é CORRETO afirmar:


a) A montagem do vasto império ultramarino esteve ligada ao fortalecimento dos setores
aristocráticos que dominavam os principais postos e funções do Estado lusitano.
b) A vinculação à monarquia espanhola durante a União Ibérica (1580-1640) estimulou o
movimento republicano vitorioso na revolta de 1640.
c) Vantajosos tratados econômicos foram estabelecidos com a Inglaterra, desde o século XVII,
o que garantiu a prosperidade da economia portuguesa durante a crise do Antigo Sistema
Colonial.
d) Durante a União Ibérica (1580-1640), estreitou-se ainda mais a parceria entre os
portugueses e os holandeses, que financiavam e distribuíam na Europa os produtos
coloniais brasileiros.
e) Ao contrário das demais sociedades europeias, o Antigo Regime português caracterizou-se
pela ausência de conflitos religiosos e pelo interesse na produção cultural estrangeira.

8. (Fuvest 2002) Segundo Marx e Engels, há períodos históricos em que as classes sociais em
luta se encontram em tal equilíbrio de força que o poder político adquire um acentuado grau de
independência em relação a elas. Foi o que aconteceu com
a) a Monarquia absolutista, em equilíbrio entre nobreza e burguesia.
b) a Monarquia feudal, em equilíbrio entre guerreiros e camponeses.
c) o Império romano, em equilíbrio entre patrícios e plebeus.
d) o Estado soviético, em equilíbrio entre capitalistas e proletários.
e) o Estado germânico, em equilíbrio entre sacerdotes e pastores.

9. (Fgv 2001) "O fim último, causa final de desígnio dos homens (que amam naturalmente a
liberdade e o domínio sobre os outros), ao introduzir aquela restrição sobre si mesmos sob a
qual os vemos viver nos Estados, é o cuidado com sua própria conservação e com uma vida
mais satisfeita. Quer dizer, o desejo de sair daquela mísera condição de guerra que é a
consequência necessária (...) das paixões naturais dos homens, quando não há um poder
visível capaz de os manter em respeito, forçando-os, por medo do castigo, ao cumprimento de
seus pactos e ao respeito àquelas leis da natureza (...)."
(HOBBES, Thomas. "Leviatã")

A partir do texto acima podemos afirmar que:


a) o fim último dos homens é a vida em liberdade e a guerra social;
b) para terem uma vida mais satisfeita e cuidarem de sua conservação, os homens têm que
dominar uns aos outros;
c) por amar a liberdade, o homem tem que sair da condição de guerra, consolidando leis de
forma democrática;
d) para se conservarem, os homens restringem a própria liberdade;
e) a democracia, como forma de governo. é a única garantia da conservação dos homens
frente ao estado de guerra total.

10. (Ufrj 2001) Queremos e nos agrada que, a contar do primeiro dia deste mês, seja
estabelecido, imposto e cobrado, em toda a extensão do nosso reino, uma capitação geral por
lar ou família, pagável ano a ano, durante a duração da presente guerra. Queremos que
nenhum de nossos súditos [...] seja isento da dita capitação, fora [...] as ordens mendicantes e
os pobres mendigos.

(Declaração do rei Luis XIV estabelecendo


a capitação, 18 de janeiro de 1695. Citado por Groupe de Recherche pour 1' enseignement de
1' Histoire et la Géographie. Histoire "Héritages européens." Paris, Hachette, 1981, p.107)

O Estado centralizado surgiu como um fator de peso na vida das sociedades da Europa
ocidental na Época Moderna. Seus sinais mais evidentes eram a arrecadação de impostos, a
criação de um corpo de funcionários dependente do rei e a concentração do poder material e
espiritual nas mãos do monarca, enfraquecendo os poderes locais, regionais ou provinciais.

Na Época Moderna, a construção de um Estado forte e intervencionista veio atender aos


interesses dos grupos sociais dominantes e várias das medidas então adotadas
descontentaram camponeses e trabalhadores urbanos.

Hoje, o neoliberalismo, ao defender a redução da presença do Estado na vida econômica e


social, também atende aos interesses dos grupos dominantes e enfrenta reação de setores
expressivos da classe trabalhadora.

a) Identifique um tipo de ação do Estado Moderno que tenha gerado insatisfação entre os
camponeses e trabalhadores urbanos europeus.

b) Identifique e explique um dos argumentos atualmente utilizados por setores da classe


trabalhadora na contestação à redução do papel do Estado na economia.

11. (Ufg 2001) (...) O príncipe que baseia seu poder inteiramente na sorte se arruína quando
esta muda. Acredito também que é feliz quem age de acordo com as necessidades do seu
tempo, e da mesma forma é infeliz quem age opondo-se ao que o seu tempo exige.
Maquiavel. "O Príncipe". Brasília: Ed. UnB, 1976. p.90.

A formação dos Estados modernos na Europa Ocidental foi fruto de um complexo processo de
alianças entre setores da nobreza e da nascente burguesia. O rei encarnava essa tensa aliança
que expressava as lutas políticas próprias ao período de formação do capitalismo.
Acerca do processo de formação dos Estados modernos, é possível afirmar que

( ) os princípios disseminados na obra de Nicolau Maquiavel, "O Príncipe", são condizentes


com a moralidade política medieval, que defendia a origem divina do poder real; portanto, ao
príncipe caberia aceitar os desígnios divinos e governar para o bem da coletividade.
( ) Maquiavel elabora uma reflexão realista sobre o poder e o homem; portanto, aconselha o
príncipe a governar em nome de uma razão destinada, primordialmente, ao fortalecimento do
poder do soberano.
( ) a imagem do rei estava associada, desde a formação dos Estados feudais, a princípios
religiosos. Os rituais de coroação, mediados pela Igreja Católica, sacralizavam o poder real.
( ) o tumultuado processo revolucionário francês disseminou um medo profundo nos Estados
monárquicos, que, posteriormente, formaram a Santa Aliança, para combater o avanço dos
movimentos revolucionários.

12. (Puccamp 2001) Leia e reflita sobre o texto.


"À primeira vista, afigura-se paradoxal que Portugal e Espanha tenham conseguido preservar
seus extensos domínios ultramarinos depois da perda da hegemonia ibérica e ascensão das
novas potências preponderantes no quadro europeu e do desenvolvimento da competição
colonial. Efetivamente, tendo realizado com precedência etapas decisivas da unificação
nacional e da centralização política da monarquia absolutista, os países ibéricos (...) puderam
marchar na vanguarda da expansão marítima que redefiniu a geografia econômica do mundo e
marcou a abertura dos Tempos Modernos (...)."
(Fernando Novais. "Portugal e Brasil na crise do antigo sistema colonial" (1777-1808),
São Paulo: Hucitec, 1981, p.17.)

O conhecimento histórico e as ideias do autor possibilitam afirmar que


a) a Inglaterra, a França, a Alemanha e a Itália, ao iniciarem a expansão imperialista sobre as
colônias, colocaram em xeque a hegemonia econômica e política exercida pela Espanha e
Portugal.
b) os países da Península Ibérica tinham a hegemonia no contexto da colonização europeia,
fator que decorreu do processo de centralização política que contribuiu para a expansão
marítima e comercial.
c) os países ibéricos realizaram um processo de unificação nacional e centralização política
depois que perderam a hegemonia econômica na Europa, em razão da acirrada disputa dos
países europeus pelo mercado colonial.
d) Portugal e Espanha não conseguiram manter os territórios na América, já que estes foram
conquistados pela Inglaterra, que passou a exercer uma posição hegemônica no continente.
e) as monarquias absolutas dos países ibéricos contribuíram para a própria dominação
holandesa, inglesa e francesa na América, uma vez que estabeleceram uma nova divisão
das terras americanas.

13. (Ufpi 2000) A respeito do Estado Absolutista é correto afirmar:


a) o poder concentrava-se nas mãos do rei por ter este conseguido afastar a influência da
nobreza.
b) Era caracterizado pela concentração do poder político nas mãos do rei e pela legitimação
divina desse poder.
c) O poder do rei no Estado absolutista, além de carecer de justificação, era criticado por
pensadores como Maquiavel e Hobbes.
d) Na economia, o Absolutismo correspondeu ao período de transição do capitalismo para o
feudalismo.
e) No plano político, a formação do Absolutismo correspondeu a uma necessidade de
centralização do poder para adequar-se ao surgimento da nobreza.

14. (Fgv 2000) Sobre a formação do absolutismo na França, é incorreto afirmar que:
a) seus antecedentes situam-se, também, nos reinados de Filipe Augusto, Luís IX e Filipe IV,
entre os séculos XII e XIV.
b) fez-se necessária nesse processo a centralização dos exércitos, dos impostos, da justiça e
das questões eclesiásticas;
c) a abolição da soberania dos nobres feudais não teve um importante papel nesse contexto;
d) a Guerra dos Cem Anos foi fundamental nesse processo;
e) durante esse processo a aliança com a burguesia fez-se necessária para conter e controlar a
resistência de nobres feudais.

15. (Ufal 2000) A organização dos Estados nacionais na modernidade foi motivado por
diversos acontecimentos importantes que faziam parte do contexto histórico europeu, na
transição do sistema feudal para uma sociedade de ordem burguesa. Sobre esse contexto é
correto afirmar:

( ) O Estado unificado representou a consonância entre o rei e a comunidade, tornando-se a


própria base para o pleno desenvolvimento socioeconômico.
( ) Nos países ibéricos, o desenvolvimento da burguesia e das atividades econômicas
mercantis favoreceu a implantação do regime absolutista, uma vez que os conflitos existentes
entre os nobres e os comerciantes exigiram a instalação imediata de uma nova ordem política.

( ) Estatuto político tipicamente feudal, a Carta Magna, assinada em 1215, estabelecia os


limites do poder real, fixando direitos e deveres da monarquia inglesa.

( ) Os teóricos do absolutismo ao justificarem o poder dos reis baseados em teorias


filosóficas, que certamente refletiam o desejo de camadas sociais, interessadas na manutenção
da autoridade centralizada, empreenderam uma profunda reflexão sobre o Estado e a política,
procurando chegar a conclusões acerca do modelo ideal de poder.

( ) A França monárquica ofereceu o modelo mais elaborado da centralização absolutista do


poder, sendo colocada em termos mais explícitos pelos reis da dinastia Bourbon.

16. (Pucrs 1999) Dentre os vários meios desenvolvidos nos Estados Nacionais Modernos para
garantir o poder das monarquias NÃO se pode citar a adoção de
a) leis e justiças unificadas.
b) força militar permanente.
c) sistema tributário.
d) universalismo religioso da Igreja Católica.
e) burocracia administrativa.

17. (Pucmg 1999) Oriundo da crise do feudalismo, o Estado Absolutista representou a


organização política dominante na sociedade europeia entre os séculos XV e XVIII, podendo
ser caracterizado pela:
a) supressão dos monopólios comerciais, possibilitando o desenvolvimento das manufaturas
nacionais.
b) quebra das barreiras regionalistas do feudo e da comuna, agilizando e integrando a
economia nacional.
c) abolição das formas de exploração das terras típicas do feudalismo, tornando a sociedade
mais dinâmica.
d) ascensão política do grupo burguês, que passa a gerir o Estado segundo seus interesses
particulares.
e) ausência efetiva de instrumento de controle, quer no plano moral ou temporal, sobre o poder
do rei.

18. (Mackenzie 1999) "...herdara uma nação dividida pelos conflitos religiosos, sociais
(Frondas) e externos (Guerra dos Trinta Anos). Seu reinado submeteu a nobreza, recolhendo-a
ao seu grandioso Palácio, onde se desenvolveram paralelamente o Barroco e o Classicismo..."
(Cláudio Vicentino - adaptado)

O fragmento de texto relaciona-se:


a) ao despotismo esclarecido da Czarina Catarina, a Grande da Rússia.
b) ao absolutismo monárquico do rei francês Luís XIV.
c) ao Imperialismo de Napoleão Bonaparte.
d) à monarquia feudal francesa do rei Felipe, o Belo.
e) à Inglaterra, durante a reforma religiosa do rei Henrique VIII.

19. (Ufv 1999) O longo processo de transição do Feudalismo para o Capitalismo teve início
com uma crise econômica, social e política ocorrida na Europa, durante o século XIV.
Aponte 3 elementos que caracterizaram essa crise.
20. (Ufsc 1999) No início da Idade Moderna a Europa vivenciou a transição do Feudalismo
para o Capitalismo. Entre a(s) transformação(ões) que ocorreu(ram), nesse período, está(ão)
o(a)
01) renascimento dos valores medievais de obediência à Igreja, resignação à vontade divina e
uma visão teocêntrica do mundo.
02) advento do Humanismo, movimento que valoriza o individualismo e a crença na razão.
04) surgimento de doutrinas religiosas que se opunham ao catolicismo, provocando a quebra
da unidade do cristianismo ocidental.
08) estabelecimento dos "Estados Nacionais", caracterizados por uma grande concentração de
poder no governante.
16) expansão marítima e o desenvolvimento da economia urbana e mercantil.

21. (Uel 1998) No processo de formação das monarquias nacionais europeias, o


desenvolvimento do comércio e das cidades
a) criou a necessidade de centralização do poder para unificar os tributos, as moedas, os pesos
e medidas, as leis e mesmo a língua.
b) ocorreu sob uma luta de interesses que aliou a burguesia, a Igreja, os artesãos e os servos
contra o rei e a nobreza.
c) contribuiu para que a nobreza e a burguesia impusessem uma autoridade de cunho
particularista no controle das cidades.
d) criou condições para que a autoridade do rei, no Estado Moderno, fosse limitada pelo
parlamento.
e) promoveu a subordinação do poder real aos duques e condes, que possuíam grandes
exércitos.

22. (Unesp 1998) "O soberano não é proprietário de seus súditos. Deve respeitar sua
liberdade e seus bens em conformidade com a lei divina e com a lei natural. Deve governar de
acordo com os costumes, verdadeira constituição consuetudinária. (...) O príncipe apresenta-se
como árbitro supremo entre as ordens e os corpos. Deve impor a sua vontade aos mais
poderosos de seus súditos. Consegue-o na medida em que esses necessitam dessa
arbitragem."
(André Corvisier, HISTÓRIA MODERNA.)

Esta é uma das caracterizações possíveis


a) dos governos coloniais da América.
b) das relações entre fiéis e as Igrejas Protestantes.
c) do Império Carolíngio.
d) dos califados islâmicos.
e) das monarquias absolutistas.

Saiba Mais:

A FORMAÇÃO DOS ESTADOS NACIONAIS EUROPEUS:


FRAGMENTAÇÃO POLÍTICA

Um dos marcos do fim da Antiguidade foi a queda definitiva do Império Romano Ocidental na
segunda metade do século V. A relevância do fato advém não apenas da importância até então
possuída pelo Império, mas igualmente das poderosas transformações que seu colapso
proporcionou. A partir de então, a Europa Ocidental sofrera um intenso abalo em suas
estruturas, algo que se mostrava notável através do drástico processo de ruralização e do
consequente enfraquecimento das cidades e atividades comerciais.

Em decorrência deste cenário caótico, começaram a surgir lideranças políticas locais que se
colocavam na defesa de pequenos grupos populacionais. Em geral, tratavam-se de nobres que
dominavam condados, ducados e outras localidades menores. Ao invés do imperador e seu
exército, caberia agora a tais líderes combater às diversas ameaças que então passaram a assolar
a recém-formada sociedade medieval. Deste modo, as instituições políticas sofrem um poderoso
processo de descentralização, aspecto este que viria a caracterizar a Europa Ocidental ao longo
de boa parte da Idade Média.

CRISE MEDIEVAL

No entanto, especialmente no desenrolar da Baixa Idade Média, mudanças se sucederam em


favor da revitalização comercial e urbana, processo este que comportou igualmente a
centralização territorial e política nas mãos dos monarcas. O soberano surgia, então, como
aquele que seria capaz de reorganizar as novas relações sociais e econômicas, confrontando o
caos que caracterizou a Europa Ocidental durante a chamada “Crise Medieval do século XIV”.

Evidentemente que este processo de constituição das monarquias nacionais foi bastante longo e
tortuoso. Para seu sucesso contribuiu uma série de fatores, como a criação de exércitos
nacionais – que deveriam garantir a aplicação das determinações reais – e a elaboração de
legislações que submetessem todos os súditos ao Estado. Além disso, as moedas e mercados
nacionais foram unificados, assim como a cobrança de impostos monopolizada pelo governo.
Com a crise medieval e o advento da Idade Moderna, os “Estados Nacionais Modernos” são
formados justamente a partir do fortalecimento do poder do rei e de seu Estado. Tais governos
se amparavam em uma enorme máquina burocrática, onde uma grande variedade de instituições
e cargos administrativos atuavam com o objetivo de consolidar o poder real. Surgiam, assim, as
monarquias absolutistas.

MONARQUIAS ABSOLUTISTAS

Nos diversos países da Europa onde o Absolutismo imperou, o monarca buscou ampliar seu
poder através da constituição de alianças com representantes dos setores sociais mais
importantes. Com a Igreja Católica, por exemplo, diversos acordos foram feitos, buscando-se
com isso transformar fiéis em súditos obedientes. Ao mesmo tempo, nobres falidos eram
sustentados pelo Estado e passavam a integrar a base política do rei absolutista.

Em um momento de incremento das relações comerciais pela Europa e dessa com outras regiões
do mundo, o monarca absolutista preocupa-se igualmente em obter o apoio da burguesia
comercial. Esta, por sua vez, entende a aliança com o rei como um fator fundamental à
unificação dos mercados e à abertura de suas rotas comerciais pelo mundo, aspectos essenciais
ao crescimento de seus lucros.
DICA

 Buscando ampliar seu poder por todo o território nacional, diversos governos
absolutistas utilizaram o censo populacional como uma importante estratégia para obter maiores
informações sobre seus súditos. Na atualidade, o governo brasileiro faz uso muito parecido do
censo. Na página Censo 2010 estão disponíveis todos os dados do último censo nacional.

Além do apoio de tais setores sociais, o Estado absolutista foi empoderado através das teorias
elaboradas por importantes pensadores do período. O inglês Thomas Hobbes, por exemplo,
buscou legitimar o absolutismo real em seu livro Leviatã. Nesta obra, Hobbes afirma ser
necessário a realização de um pacto social entre o rei e seus súditos, a partir do qual estes
últimos cederiam toda sua liberdade ao primeiro, que em troca lhes garantiria uma sociedade
pacífica e ordeira.
Salientando as fortes relações existentes entre a Igreja e o Estado absolutista, o membro do clero
francês Jacques Bossuet legitimava a ditadura monárquica como sendo esta fruto da vontade
divina. Deste modo, o poder do rei seria um direito concedido por Deus e, portanto, não poderia
ser contestado.
De um modo geral, as monarquias absolutistas imperaram na Europa durante toda a Idade
Moderna. Suas estruturas começaram a ruir à medida que diversos grupos sociais passaram a
reivindicar o estabelecimento de organizações políticas mais liberais. Nesse processo de
depreciação do Absolutismo, as Revoluções Inglesas do século XVII e a difusão dos ideais
iluministas se apresentaram como acontecimentos fundamentais. E como símbolo maior dessa
crise, a Revolução Francesa, a partir da qual o Absolutismo passa a ser identificado como o
Antigo Regime.

Fonte: http://educacao.globo.com/historia/assunto/modernidade-na-europa/formacao-dos-
estados-nacionais.html

Gabarito:

Resposta da questão 1:
[D]

Resposta da questão 2:
[D]

Resposta da questão 3:
[D]

Resposta da questão 4:
[C]

Resposta da questão 5:
a) Tratava-se de uma sociedade que prezava as suas hierarquias sociais e jurídicas,
justificando-as inclusive no plano religioso. Cada grupo social possuía e era tratado conforme
seu estatuto político e jurídico.

b) Identificar que a aristocracia tinha por função o governo, sob a tutela da monarquia, e a
defesa militar da sociedade. Ao campesinato caberia o sustento material (por exemplo: a
produção de alimentos) dos súditos.
Resposta da questão 6:
[D]

Resposta da questão 7:
[A]

Resposta da questão 8:
[A]

Resposta da questão 9:
[D]

Resposta da questão 10:


a) A cobrança de novos tributos, o recrutamento para os exércitos nacionais, a intervenção do
Estado nos assuntos provinciais, rompendo com relações de poder anteriormente existentes.

b) Ao deixar de ser um agente mediador nas relações Capital-Trabalho, o Estado colocou os


trabalhadores à mercê do Capital; o Estado permitiu também assim a progressiva redução de
conquistas trabalhistas e abriu espaço para a revogação de leis consideradas favoráveis aos
trabalhadores.

Resposta da questão 11:


FVVV

Resposta da questão 12:


[B]

Resposta da questão 13:


[B]

Resposta da questão 14:


[C]

Resposta da questão 15:


VVVVV

Resposta da questão 16:


[D]

Resposta da questão 17:


[B]

Resposta da questão 18:


[B]

Resposta da questão 19:


A Grande Fome, a Peste Negra e a Guerra dos Cem anos caracterizaram a crise do séc. XIV.

Resposta da questão 20:


02 + 04 + 08 = 14
Resposta da questão 21:
[A]

Resposta da questão 22:


[E]

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