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Ensino Médio
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Biologia – Ensino Médio – 2ª série
➢ Evolução.
➢ As bases da hereditariedade.
➢ Transgênicos.
➢ Introdução a Ecologia.
➢ Teia alimentar.
➢ Cadeia alimentar.
➢ Poluição.
➢ Efeito estufa.
➢ Camada de ozônio.
➢ Chuva ácida.
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Ácidos nucléicos
O funcionamento do DNA
O DNA é uma substância complexa. Ela é formada pela união de vários nucleotídeos. Os
nucleotídeos, por sua vez, são formados por três tipos de substâncias:
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➢ uma desoxirribose (um tipo de açúcar);
A forma de uma fita de DNA é parecida com a forma de uma escada meio torcida. Nesta
escada, o corrimão é formado pelo fosfato e pelo açúcar. Os degraus são as bases
nitrogenadas. Cada metade da fita de DNA é chamada de cadeia de DNA.
Quando chega a hora da célula se dividir em duas, ocorre a duplicação do DNA. Durante
a duplicação, a “escada” de DNA se abre. Então, outros nucleotídeos que estavam livres
dentro do núcleo vão se ligando nas bases que ficam livres. Dessa forma, de uma cadeia
de DNA surgem duas cadeias novas idênticas.
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RNA e a produção de proteínas.
RNA é um outro tipo de ácido nucléico; é o ácido ribonucléico ou simplesmente RNA. A
SIGLA RNA vem do inglês Rib Nucleic Acid. Na nossa língua portuguesa usamos ARN.
Da mesma forma que o DNA, o RNA é formado por uma sucessão de nucleotídeos,
também formados de ácidos fosfóricos, açúcar e uma base nitrogenada.
Para que a célula produza proteínas a partir do DNA, é necessária a participação de uma
outra substância. O RNA é encontrado como principal formador do nucléolo, que é uma
região especial dentro do núcleo. Existem algumas diferenças importantes entre o DNA e
o RNA.
O RNA não é uma cadeia dupla como o DNA . O RNA é uma cadeia simples. É como se
tivéssemos apenas a metade da escada.
O RNA se forma a partir do DNA, como uma cópia invertida do DNA.
Ela começa com o rompimento de um trecho da fita dupla do DNA. Isso significa que
aquele pedaço, que contém aquelas informações deve ser copiado. Esse serviço deve ser
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realizado pelo RNA, mais precisamente o RNA – mensageiro. Ele copia a seqüência num
processo chamado de transcrição.
Ele leva o DNA para fora do núcleo da célula. Chegando ao citoplasma ( região da célula
fora do núcleo ), o RNAm prende-se a um ribossomo (organela da célula), formado de
RNA- ribossômico.
O RNAr vai percorrendo o fio de RNAm como uma pérola em um fio de colar, lendo os
nucleotídeos de 3 em 3. Cada uma dessas trinas é denominada de códon e corresponde
a um aminoácido constituinte da proteína formada.
Mas de onde vem esses aminoácidos?
Eles estão livres no citoplasma e são captados por um outro tipo de RNA: o RNA –
transportador ou RNAt.
A pesquisa genética é
tanta que hoje está
chegando até as nossas
mesas. Estamos falando
dos famosos alimentos
transgênicos.
Organismos ou alimentos transgênicos são aqueles que tiveram o seu genoma modificado, por
meio de genes vindos de outras espécies.
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Ao lado temos o cariótipo (conjunto de
cromossomos) de um homem, temos 22
pares de cromossomos autossômicos e
um par de cromossomos sexuais, XY.
Saiba mais!
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O que é a evolução?
Evolução é o processo através no qual ocorrem as mudanças ou transformações nos
seres vivos ao longo do tempo, dando origem a espécies novas.
Desde cedo os homens tiveram a curiosidade de saber qual a origem da vida e também
como e porque existem hoje no planeta tantas formas de vida tão diferentes entre si.
A teoria fixista está relacionada diretamente com as explicações religiosas para a origem
e diversidade dos seres vivos. Segundo essa teoria, os seres vivos em nosso planeta
teriam sido criados já com as formas e variedades atuais, por uma ou mais forças
superiores, ou seja, um ou mais deuses.
Também são considerados fósseis impressões deixadas por organismos que viveram em
eras passadas, como, por exemplo, pegadas de animais extintos e impressões de folhas,
de penas de aves extintas e da superfície da pele dos dinossauros.
As teorias evolutivas.
Várias teorias evolutivas surgiram, destacando-se , entre elas, as teorias de Lamarck e
de Darwin. Atualmente, foi formulada a Teoria sintética da evolução, também
denominada Neodarwinismo, que incorpora os conceitos modernos da genética ás idéias
essenciais de Darwin sobre seleção natural.
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A teoria de Lamarck.
➢ Lei do uso ou desuso: supõe que o uso freqüente conduz a hipertrofia de partes do
organismo, e o desuso prolongado ocasiona-lhes atrofia.
➢ Lei da transmissão das características adquiridas: supõe que as características
adquiridas pelo uso ou perdidas pelo desuso são transmitidas de geração a geração.
Lamarck utilizou vários exemplos para explicar sua teoria. Segundo ele, as aves aquáticas
tornaram-se pernaltas devido ao esforço que faziam no sentido de esticar as pernas para
evitarem molhar as penas durante a locomoção na água. A cada geração, esse esforço
produzia aves com pernas mais altas, que transmitiam essa característica à geração
seguinte. Após várias gerações, teriam sido originadas as atuais aves pernaltas.
A teoria de Lamarck não é aceita atualmente, pois suas idéias apresentam um erro
básico: as características adquiridas não são hereditárias. Verificou-se que as alterações
em células somáticas dos indivíduos não alteram as informações genéticas contida nas
células germinativas, não sendo, dessa forma, hereditárias.
Ser filho de um atleta não garante que a pessoa terá musculatura bem desenvolvida; da
mesma forma, os filhos de uma pessoa que perdeu os braços não nascerão sem braços
por esse motivo.
EVOLUÇÃO DO CRÂNIO
HUMANO
O crânio humano sofreu um
drástico processo de
mudanças durante os
últimos 3 milhões de anos.
A evolução desde o
Australopithecus até o
Homo sapiens significou o
aumento da capacidade
craniana (para ajustar-se ao
crescimento do cérebro), o
achatamento do rosto, o
retrocesso do queixo e a
diminuição do tamanho dos
dentes.
Na opinião dos cientistas, o
inacreditável crescimento do tamanho do cérebro pode estar relacionado com a maior
sofisticação do comportamento dos hominídeos. Os antropólogos, por sua vez,
assinalam que o cérebro desenvolveu sua alta capacidade de aprendizagem e
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raciocínio depois que a evolução cultural, e não a física, mudou a forma de vida dos
seres humanos. Observe o quadro a seguir:
Os organismos mais bem adaptados são, portanto, selecionados para aquele ambiente.
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As bases da hereditariedade
Os genes e as características
A pessoa albina não possui uma das enzimas que controlam a produção de melanina. Em outras
palavras: não possui os genes que fazem a célula fabricar essa enzima. O albino recebe dos pais um
gene diferente do gene das pessoas não-albinas.
Dizemos, então, que o albinismo é uma característica hereditária. Além do albinismo, há muitas
outras características hereditárias, como a capacidade de dobrar ou não a língua em forma de "U", a
cor dos olhos, a altura, a forma do queixo, a tendência a ter certas doenças, etc.
Em resumo, os genes contêm "receitas" ou "instruções" para fabricar proteínas. E as proteínas, por
sua vez, executam diversas funções no organismo e são responsáveis por muitas características dos
seres vivos.
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Os genes estão situados no núcleo
das células, cada célula do nosso
corpo possui no interior do núcleo
um conjunto de fios, os cro-
mossomos. O cromossomo é
formado por milhares de genes.
No total, cada célula de nosso
corpo tem cerca de 30 mil genes.
Por sua vez, o gene é formado por
uma substância química chamada
ácido desoxirribonucléico: o
DNA.
Cada espécie tem o seu conjunto
típico de cromossomos. Na
espécie humana, há 46
cromossomos em cada célula; no
rato, há 40.
Você pode ver o conjunto de
cromossomos típico da espécie
humana. Na figura, os cromosso-
mos estão arrumados em ordem decrescente de tamanho, do maior para o menor (exceto o último).
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Você deve estar se perguntando: "Como ocorre a formação de todo o corpo humano a partir da
célula-ovo?".
Antes de qualquer célula se dividir, cada cromossomo se duplica. Isso significa que cada gene do
cromossomo comanda a produção de uma cópia de si mesmo. Com a duplicação dos cromossomos,
a divisão da célula-ovo origina duas células-filhas com os mesmos 46 cromossomos da célula
original. E todo o processo se repete, formando as outras células do corpo.
Nos testículos e nos ovários são produzidos, respectivamente, espermatozóides e óvulos. Essas
células — chamadas gametas — são produzidas por .um tipo especial de divisão e possuem a
metade do número de cromossomos da célula-ovo e da maioria do nosso corpo.
Uma pessoa pode apresentar no par de cromossomos dois genes iguais ou dois diferentes. Por
exemplo, dois genes que determinam lobo de orelha preso; ou dois genes que determinam lobo de
orelha solto; ou ainda um gene para lobo de orelha preso num cromossomo e, no outro, um gene
para lobo de orelha solto. Então você pode estar imaginando; "Como será a orelha da pessoa que
tem dois genes diferentes?".
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Em outros casos, porém, um gene não domina o outro. Uma pessoa do grupo sanguíneo AB. por
exemplo, tem em suas células um gene A e um gene B. Nesse caso, dizemos que há ausência de
dominância entre esses dois genes.
Veremos apenas dois exemplos para você ter uma idéia de como isso pode ser feito. Vamos supor
que um homem com dois genes para lobos soltos (representado por PP) case-se com uma mulher
com dois genes para lobos presos (representada por pp). Em outras palavras, tanto o homem quanto
a mulher têm pares de genes iguais. Como poderia ser um filho desse casal em relação ao lobo da
orelha?
Homem PP e
Mulher pp
Tem filhos
Pp
Lembre-se de que os gametas têm a metade do número de cromossomos e genes das outras células.
Portanto, os espermatozóides do homem terão apenas um gene para lobo da orelha, que no caso é P.
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Os espermatozóides do homem serão representados então por P. Pelo
mesmo raciocínio, vamos representar os óvulos da mulher por p.
Homem Pp e
Mulher pp: os
filhos podem
ser Pp ou pp.
Agora responda à seguinte questão: você acha que um homem e uma mulher que não são albinos
podem ter um filho albino?
Você já sabe que no caso do albinismo há um gene dominante que faz a pessoa produzir melanina
— que podemos chamar de gene A — e um gene recessivo que não produz melanina — o gene a.
Isso pode acontecer se tanto o homem quanto a mulher tiverem um gene para albinismo. Em outras
palavras, se ambos forem Aa, poderão ter um filho aa.
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O trabalho de Mendel
As primeiras descobertas sobre hereditariedade ocorreram bem antes de se ter noção do significado
da palavra gene.
Mendel, porém, não estudou características humanas. Ele realizou um grande número de
cruzamentos entre ervilhas em um jardim do mosteiro e analisou como as diversas características se
distribuíam entre um grande número de descendentes. Ele cruzava, por exemplo, ervilhas de
semente amarela com as de semente verde; ervilhas de semente lisa com as de semente enrugada, e
assim por diante.
Nesses cruzamentos, Mendel percebeu que variedades amarelas cruzadas entre si podiam originar
ervilhas verdes. Portanto, alguma coisa responsável pela cor verde podia existir nas ervilhas
amarelas.
Sem ter noção do que seriam genes ou cromossomos, Mendel tentou explicar seus resultados
supondo que cada ervilha carregava dois "fatores" responsáveis por determinada característica.
Supôs também que os gametas de cada
planta possuíam apenas um fator para
cada característica. E descobriu também
que o efeito de um fator podia dominar
o do outro.
Menino ou menina?
O sexo de uma pessoa é determinado
por um par de cromossomos chamados
cromossomos sexuais. Genes situados
nesses cromossomos determinam se o
embrião vai desenvolver testículos ou
ovários. Os testículos e os ovários, por
sua vez, fabricam hormônios masculinos
e femininos, respectivamente, que con-
trolam diversas características sexuais do homem e da mulher.
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Os óvulos que as garotas começam a produzir na puberdade contêm, todos eles, um cromossomo X.
Já a metade dos espermatozóides produzidos pelo garoto terá um cromossomo X, enquanto a outra
metade será portadora do cromossomo Y.
• o óvulo é fecundado por um espermatozóide X — a célula-ovo dará origem a uma menina (XX):
• o óvulo é fecundado por um espermatozóide Y — a célula-ovo dará origem a um menino (XV).
Os genes e o ambiente
A cor dos olhos e o grupo sanguíneo
de uma pessoa são exemplos de
características determinadas apenas
pelos genes. Mas o ambiente também
influencia muitas características. Na
maioria dos casos, uma característica
é influenciada tanto pelos genes quanto pelo ambiente.
Uma pessoa com genes para pouca melanina, por exemplo, terá a pele clara. Se ela se expuser muito
ao sol poderá ficar mais morena, mas nunca chegará a ter pele negra, já que não tem genes para
produzir uma grande quantidade de melanina.
É preciso compreender também que o efeito de um gene pode ser modificado pelo ambiente. Uma
pessoa que tenha uma tendência genética para a obesidade, por exemplo, pode manter um peso ideal
controlando sua alimentação. Nesse caso, um fator ambiental, a alimentação, impede que um
possível efeito genético apareça.
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Problemas genéticos
Algumas pessoas nascem com um gene que não comanda a produção de certas enzimas e por isso,
podem ter problemas. Esses problemas, considerados genéticos, são, muitas vezes, diagnosticados
por meio de exames simples.
Um exame é o teste do pezinho, feito a partir do segundo dia de vida, de preferência antes do fim da
primeira semana. Nesse teste, uma gota de sangue do pé do bebê é analisada em laboratório para
verificar a presença de algumas doenças. Em certos casos, a doença pode ser prevenida por meio de
dietas ou medicamentos.
Ocasionalmente, pode ocorrer a formação de gametas com cromossomos a mais ou a menos. Essas
falhas originam crianças com um número de cromossomos diferente de 46, o que, em geral, traz
diversos problemas. Um desses casos é a síndrome de Down: as crianças nascem com três
cromossomos do tipo 21, o que provoca retardamento mental, entre outros problemas.
Lembre-se de que, se o problema for causado por um gene recessivo, os pais podem não apresentar
essa característica, mas ela poderá se manifestar no filho. O especialista considera se o problema
apareceu entre os pais, avós e outros parentes do casal.
Alguns exames permitem descobrir certos problemas genéticos na criança, antes do nascimento.
Um deles é a amniocentese que pode ser feita a partir da 14a ou 16- semana de gestação. O médico
retira com uma agulha um pouco do líquido amniótico, que contém células do feto. As células são
examinadas para verificar se há anormalidade nos cromossomos, como a que ocorre na síndrome de
Down, ou outros problemas.
Como esses exames envolvem um pequeno risco de aborto (entre 0,5 e 2%), eles são indicados
apenas em certos casos, como os de gravidez em mulheres com mais de 35 anos, ou que já tiveram
filhos com síndrome de Down, ou ainda com problemas genéticos na família.
Os organismos transgênicos
A engenharia genética desenvolveu técnicas especiais que tornam possível a passagem de genes de
um organismo para outro — como se estivéssemos fazendo um "transplante genético". Vamos ver
um exemplo: conseguimos introduzir em bactérias o gene humano responsável pela produção de
insulina.
Quando a bactéria recebe o gene para a insulina, passa a seguir as "instruções" desse gene e começa
a produzir insulina idêntica à humana. Além disso, quando a bactéria se reproduz, o gene se duplica
junto com o DNA da bactéria. O resultado é que em pouco tempo, temos bilhões de bactérias
produzindo insulina humana.
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Por meio desse processo, é possível fabricar diversos hormônios, vacinas e outras proteínas
importantes para tratar doenças.
Há um outro ponto desfavorável a considerar: a preferência por um único tipo de planta transgênica,
em detrimento de variedades naturais, pode colaborar para reduzir a biodiversidade.
Os estudos mostram que o consumo de transgênicos não causa danos à saúde humana — pelo
menos a curto prazo. Algumas pessoas, no entanto, podem ser alérgicas às novas proteínas contidas
nesses produtos.
Por tudo isso, enquanto determinados países consomem sem restrições os produtos transgênicos,
outros impõem certos limites e preferem realizar mais estudos para conhecer melhor os riscos.
Acham, inclusive, que o consumidor tem o direito de saber que está consumindo um produto feito
com plantas ou animais geneticamente modificados e, por isso, obrigam a inscrição de um aviso no
rótulo do produto.
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A terapia gênica
Entre os seres humanos está em desenvolvimento a terapia gênica, que consiste em
"reprogramar" células de uma pessoa para curar doenças genéticas. Algumas pessoas, por exemplo,
têm um problema genético que as torna incapazes de produzir anticorpos. Desse modo, elas ficam
sem defesas contra doenças infecciosas. Na terapia gênica. o gene defeituoso é retirado dos glóbulos
brancos e um gene normal é implantado, de modo que o sistema de defesa da pessoa volte a fun-
cionar. Essa terapia, no entanto, ainda está em fase experimental.
Além de provocar uma revolução na biologia, essas descobertas levantam uma série de questões de
ordem moral, social, econômica e política. É importante que todos nós estejamos bem informados
sobre os avanços dessas técnicas, para que a nossa sociedade possa tomar decisões a respeito de
como o conhecimento científico deve ser utilizado.
Em sua opinião, o que é mais importante para melhorar a saúde da maior parte da população e evitar
muitas das doenças de países em desenvolvimento, como o Brasil? Seria o investimento em
tratamentos avançados, como a engenharia genética? Ou as medidas ligadas à saúde pública, como o
acesso à água tratada e à rede de esgotos, o combate à desnutrição e às drogas?
O termo clone indica Indivíduos surgidos a partir da reprodução assexuada de outros indivíduos.
A clonagem
Em 1997, nascia Dolly, a primeira ovelha clonada a partir de uma célula adulta. Pesquisadores
escoceses uniram uma célula da glândula mamária de uma ovelha de "cara branca" (ovelha Finn
Dorsett) com um óvulo — do qual foi retirado o núcleo — de uma ovelha de "cara preta" (Scotírsh
blackface). A célula resultante foi implantada no útero de outra ovelha de "cara preta". Observe a
figura. Nasceu, então, Dolly, uma ovelha de "cara branca", que é um clone daquela que forneceu a
célula da glândula mamária.
No final de 1998, pesquisadores japoneses, utilizando uma técnica mais eficiente, produziram dezenas
de vacas clonadas de animais adultos. Eles trataram células do sistema reprodutor de uma vaca adulta,
retiraram seus núcleos e os implantaram em óvulos de outra vaca, que tiveram seus núcleos removidos.
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Por meio dessa técnica, é possível clonar, por exemplo, todo um rebanho a partir de um único animal
com carne de boa qualidade.
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Ecologia
É muito comum lermos nos jornais, revistas ou assistirmos na televisão, reportagens que
denunciam a destruição do ambiente: derramamento de petróleo, queimadas, lixos,
vazamentos de indústrias e tantos outros que ocorrem praticamente todos os dias.
Em outras palavras:
Ecologia é a parte da Biologia que se encarrega de estudar todas as interações dos seres
vivos uns com os outros e com o meio ambiente.
Na visão ecológica, o homem é retirado de sua posição de centro do universo, para ser
apenas uma espécie entre tantas outras. Porém, como animal racional, temos a obrigação
de reconhecer os danos praticados e restabelecer o equilíbrio da natureza, já tão abalado.
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num determinado local (biótipo). Pode ser representada pelos habitantes de uma floresta,
de um campo, de um lago, de um rio, de uma cidade, etc.
Componentes de um ecossistema
Foi por volta de 1935 que surgiu o moderno conceito de ecossistema: unidade ecológica
básica, formada por componentes bióticos e abióticos.
a) Os componentes bióticos
Em qualquer ecossistema da biosfera, um determinado componente biótico deverá
pertencer a uma das seguintes categorias, que estudaremos a seguir:
Produtores;
Consumidores;
Decompositores.
1-Produtores ou autótrofos
A manutenção de vida num organismo é conseguida a partir da energia química
acumulada nos compostos orgânicos que constituem os alimentos. As formas de vida
capazes de fabricar esses alimentos, através de substâncias inorgânicas simples obtidas
do meio ambiente, são denominadas produtores ou autótrofos. Conforme a fonte de
energia utilizada na síntese de matéria inorgânica, os produtores podem ser classificados
em:
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2- Consumidores ou heterótrofos
Compreendem os organismos incapazes de produzir seu próprio alimento. Em vista disso,
nutrem-se dos produtores ou de outros consumidores.
3- Decompositores
São consumidores muito especiais, uma vez que se nutrem de plantas e animais mortos.
Esses organismos, geralmente microscópicos (bactérias e fungos), desagregam a matéria
orgânica morta, transformando-a em compostos inorgânicos simples que são devolvidos
ao meio ambiente e podem ser reutilizados pelos produtores.
b) Os componentes abióticos
Alguns dos mais importantes componentes abióticos são:
Temperatura;
Água;
Luz.
Teia alimentar
Cadeia Alimentar
O fluxo contínuo de alimento - isto é, de energia e matéria - dos produtores até os
decompositores, passando ou não pelos consumidores. Esse processo é denominado
cadeia alimentar.
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as gramíneas formam o primeiro nível trófico;
os preás representam o segundo nível trófico;
as cobras são o terceiro nível trófico;
os decompositores formam o quarto nível trófico.
Observe que uma cadeia alimentar inicia-se sempre com os produtores e termina sempre
com os decompositores. Entretanto, por ser implícita a atuação efetiva dos
decompositores, é comum não representar esses organismos numa cadeia alimentar.
Poluição
A poluição do ar é a contaminação da atmosfera por
resíduos ou produtos secundários gasosos, sólidos ou
líquidos, que podem pôr em risco a saúde do homem
e a saúde e bem-estar das plantas e animais, atacar
diferentes materiais, reduzir a visibilidade ou produzir
odores desagradáveis. Cada ano, os países
industrializados produzem milhões de toneladas de
poluentes. O nível pode ser expresso em termos de concentração atmosférica
(microgramas de contaminante por metro cúbico de ar) ou, no caso dos gases, em partes
por milhão, ou seja, o número de moléculas do poluente por milhão de moléculas de ar.
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Muitas substâncias contaminantes provêm de fontes facilmente identificáveis; o dióxido de
enxofre, por exemplo, provém das centrais energéticas que queimam carvão ou petróleo.
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Camada de ozônio
Divisões da atmosfera
A atmosfera terrestre. Ela é formada por várias camadas de gases, dentre essas
camadas, tem uma muito importante e famosa, a camada de ozônio.
Sem atmosfera não haveria vida na Terra. A atmosfera é formada por camadas de
gases relativamente finas que sustentam a vida e a protegem de radiações perigosas.
A camada de ozônio está sendo destruída por gases industriais conhecidos como CFC
(clorofluorcabonos). Muitos produtos comtêm esse gás. Ele é aplicado em aerossóis,
como os inseticidas de uso doméstico, aparelhos de refrigeração e na composição do
isopor.
As indústrias estão, aos poucos, substituindo esse gás. O isopor também está sendo
substituído por outros materiais.
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Como cidadãos, podemos participar desta luta comprando produtos que não possuem
este gás e evitando embalagens de alimentos e outros produtos feitas de isopor.
Mais informações:
Os gases tóxicos
Já vimos que os gases participam com uma quantidade mais ou menos definida na composição
do ar. Somente quando há excesso de diferentes gases tóxicos na atmosfera é que dizemos que
o ar está poluído.
Vamos, a seguir, estudar alguns dos gases tóxicos que poluem a atmosfera.
Ao ser inspirado, o monóxido de carbono chega até os pulmões e daí passa para o sangue,
penetrando no interior das hemácias, ou glóbulos vermelhos. Então combina-se com uma subs-
tância chamada hemoglobina, responsável pelo transporte e pela distribuição de gás oxigênio
para todos os órgãos do nosso corpo. Uma vez combinada com o monóxido de carbono, a
hemoglobina torna-se inutilizada para o transporte de oxigênio.
O gás carbônico é um gás muito importante para a vida na Terra, já que é utilizado como
"matéria-prima" na fotossíntese.
A concentração desse gás vem aumentando na atmosfera, principalmente a partir da queima dos
combustíveis fósseis e seus derivados (carvão, petróleo). Vimos também que esse aumento na
concentração de gás carbônico na atmosfera pode provocar o chamado efeito estufa. Assim,
apenas para relembrar.
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Na atmosfera, depois de várias reações, o dióxido de enxofre e os óxidos de nitrogênio for-
mam ácido sulfúrico e ácido nítrico. Ambos são trazidos de volta à superfície terrestre através
das chuvas. Formam-se, assim, as chamadas chuvas ácidas.
Chuva ácida: chuva ácida pode causar danos às culturas agrícolas, reduzindo a produtividade das
plantações. Além disso, provoca o envenenamento de rios e de outros ambientes aquáticos, causando a
morte de peixes. Contribui ainda para a corrosão de carros, mármores, etc.
A camada de ozônio funciona como um escudo protetor que filtra o excesso de raios ultravioleta
emitidos pelo Sol. Admite-se que o CFC, além de outras substâncias, como o gás metano,
tenha efeito destrutivo sobre a camada de ozônio.
Acredita-se que a diminuição da camada de ozônio deva provocar uma considerável alteração
do clima na Terra. Além disso, a maior incidência da radiação ultravioleta sobre a superfície
terrestre deverá aumentar o número de casos de câncer de pele nos seres humanos. Supõe-
se ainda que a fotossíntese seja prejudicada, tanto nas plantas terrestres como nas
aquáticas. Esse fato, então, deverá alterar o equilíbrio das diversas cadeias alimentares da
natureza.
Substituição do CFC existe um acordo internacional — chamado Protocolo de Montreal— entre vários
países que se comprometem a substituir o CFC (clorofluorcarbono) por outros produtos não poluentes do ar.
O Brasil aderiu ao acordo.
Abaixo o isopor!
Além de conter CFC, o isopor:
• não é degradável nem reciclável;
• ocupa muito espaço em relação a seu peso, congestionando os lixões das grandes cidades.
O CFC também ameaça a vida marinha, pois o isopor flutua nos oceanos; partindo-se em pequenos
pedaços, pode ser confundido com alimento pêlos peixes e outros animais marinhos.
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CICLOS BIOGEOQUÍMICOS
Todos os seres vivos, dos mais rudimentares aos mais complexos, são formados por
incontáveis milhões de elementos químicos que se agrupam de maneira a constituir a
matéria viva. Antes da existência de qualquer um de nós, esses elementos já existiam na
natureza, sob alguma forma e em algum lugar, da mesma maneira que continuarão
existindo após a nossa morte.
No processo de formação dos seres vivos, a "mãe-Terra" apenas "empresta" matéria para
a organização do corpo de seus filhos; essa matéria será um dia devolvido ao meio
ambiente, demolida pela ação dos decompositores (no caso de material orgânico) e
poderá ser reciclada, ou seja, reutilizada na construção da matéria viva de um outro ser
vivo qualquer.
1. Ciclo do carbono
Presente na estrutura de todas as moléculas orgânicas, o carbono é, portanto, essencial
para a vida. Na natureza, o carbono encontra-se à disposição dos seres vivos:
dissolvido na água.
Através da fotossíntese, o CO2 é fixado e transformado em matéria orgânica pelos
produtores. Os consumidores somente adquirem carbono através da nutrição. Tanto os
produtores como os consumidores, porém, perdem carbono da mesma forma, através:
3. Ciclo do oxigênio
O oxigênio molecular (O2), indispensável à respiração aeróbica, é o segundo componente
mais abundante da atmosfera, onde existe na proporção de cerca de 21%.
O oxigênio pode ser consumido da atmosfera através das seguintes vias:
combustão;
4. Ciclo da água
A água que bebemos hoje pode ser a mesma que nossos bisavós beberam. Ou que
irrigou o solo da Mesopotâmia há 5000 anos.
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(pedrinhas de gelo). No solo, a água pode percolar, isto é, atravessar as camadas do
solo, atraída pela força da gravidade, e atingir o lençol freático, de onde chega até um rio
ou riacho.
Parte da água precipitada pode ser retida pelo solo e absorvida pelas plantas, por seu
sistema radicular. Nos vegetais, a perda de água ocorre por transpiração, sudação ou
transferência alimentar à cadeia de consumidores.
Os animais, por sua vez, participam do ciclo ingerindo água diretamente ou indiretamente
através dos alimentos. O processo de eliminação é variável, podendo ocorrer através de
urina, fezes, respiração, suor, etc.
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BIBLIOGRAFIA
Enciclopédia Barsa.
Paulino, Wilson Roberto. Os seres vivos. São Paulo. Editora Ática, 2001.
Revista Galileu
Revista Superinteressante
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