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Prefeitura Municipal de Alvorada-RS

ALVORADA-RS
Auxiliar Administrativo

Edital de Abertura nº 01/2017

AB066-2017
DADOS DA OBRA

Título da obra: Prefeitura Municipal de Alvorada-RS

Cargo: Auxiliar Administrativo

(Baseado no Edital de Abertura nº 01/2017)

• Língua Portuguesa
• Legislação
• Informática
• Conhecimentos Específicos

Gestão de Conteúdos
Emanuela Amaral de Souza

Produção Editorial/Revisão
Elaine Cristina
Igor de Oliveira
Suelen Domenica Pereira

Capa
Rosa Thaina dos Santos

Editoração Eletrônica
Marlene Moreno

Gerente de Projetos
Bruno Fernandes
APRESENTAÇÃO

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SUMÁRIO

Língua Portuguesa

Análise global do texto.......................................................................................................................................................................................... 01


Ortografia.................................................................................................................................................................................................................... 10
Relações entre fonemas e grafias...................................................................................................................................................................... 15
Acentuação gráfica.................................................................................................................................................................................................. 17
Morfologia: estrutura e formação de palavras.............................................................................................................................................. 20
Classes de palavras e seu emprego................................................................................................................................................................... 25
Flexões: gênero, número e grau do substantivo e adjetivo..................................................................................................................... 54
Sintaxe: processos de coordenação e subordinação.................................................................................................................................. 61
Equivalência e transformação de estruturas.................................................................................................................................................. 74
Discurso direto e indireto...................................................................................................................................................................................... 76
Concordância nominal e verbal.......................................................................................................................................................................... 79
Regência verbal e nominal.................................................................................................................................................................................... 85
Crase.............................................................................................................................................................................................................................. 91
Pontuação................................................................................................................................................................................................................... .97
Interpretação de textos: variedade de textos e adequação de linguagem.....................................................................................100
Estruturação do texto e dos parágrafos........................................................................................................................................................100
Informações literais e inferências.....................................................................................................................................................................100
Estruturação do texto: recursos de coesão..................................................................................................................................................100
Significação contextual de palavras e expressões.....................................................................................................................................103

Legislação

CAPÍTULO VII - Da Administração Pública...................................................................................................................................................... 01


A Lei Orgânica do Município de Alvorada...................................................................................................................................................... 14
Lei Municipal nº 730/1994 - Regime Jurídico dos Servidores Públicos Municipais....................................................................... 32

Informática

Fundamentos da Computação: conceitos básicos de informática, componentes de hardware e software dos computa-
dores periféricos, dispositivos de entrada, saída e armazenamento de dados............................................................................... 01
Conceitos básicos LibreOffice 5: editor de texto (Writer); formatar, salvar e visualizar arquivos e documentos; alinhar,
configurar página e abrir arquivos; copiar, mover e localizar texto; destacar listas, personalizar documentos, Inserir sím-
bolos e imagens, Trabalhar com tabelas, trabalhar com colunas. ........................................................................................................ 24
Conceitos básicos planilhas eletrônicas (Calc); formatar a planilha, números e fórmulas, funções básicas, impressão e
gráficos. Trabalhando com arquivos e pastas, trabalhando com programas, gerenciando janelas, procurando informa-
ções. .............................................................................................................................................................................................................................. 49
Localizando as informações, Navegação com guias, Imprimindo e salvando informações, ..................................................... 79
Correio eletrônico: envio e recepção de mensagens com ou sem anexos......................................................................................115
SUMÁRIO

Conhecimentos Específicos

Documentação e Redação Oficial: Tipos de documentos oficiais e tipos de correspondência - Conceituação. (Ata, Ates-
tado; Certidão, Circular, Comunicado, Convite, Convocação, Edital, Memorando, Ofício, Ordem de Serviço, Portaria,
Requerimento); Objetivos. Características textuais. Adequação lingüística. .................................................................................... 01
Arquivo e protocolo: arquivo e sua documentação; organização de um arquivo; técnicas e métodos de arquivamento;
arquivo corrente e protocolo; modelos de arquivos e tipos de pastas; arquivamento de registros informatizados....... 23
Qualidade no atendimento: comunicação telefônica e formas de atendimento............................................................................ 42
Noções de Administração: Funções essenciais da organização: administrativa, operações e pessoal.................................. 46
Folha de Pagamento............................................................................................................................................................................................... 46
Funções administrativas, planejamento........................................................................................................................................................... 48
Organização: Conceitos. Finalidade e utilidades.......................................................................................................................................... 48
Recepção: informações, classificação, registro e distribuição de documentos................................................................................ 48
Expedição de correspondência: registro e encaminhamento................................................................................................................. 49
LÍNGUA PORTUGUESA

Análise global do texto........................................................................................................................................................................................... 01


Ortografia.................................................................................................................................................................................................................... 10
Relações entre fonemas e grafias....................................................................................................................................................................... 15
Acentuação gráfica.................................................................................................................................................................................................. 17
Morfologia: estrutura e formação de palavras.............................................................................................................................................. 20
Classes de palavras e seu emprego................................................................................................................................................................... 25
Flexões: gênero, número e grau do substantivo e adjetivo..................................................................................................................... 54
Sintaxe: processos de coordenação e subordinação.................................................................................................................................. 61
Equivalência e transformação de estruturas.................................................................................................................................................. 74
Discurso direto e indireto...................................................................................................................................................................................... 76
Concordância nominal e verbal.......................................................................................................................................................................... 79
Regência verbal e nominal.................................................................................................................................................................................... 85
Crase.............................................................................................................................................................................................................................. 91
Pontuação................................................................................................................................................................................................................... .97
Interpretação de textos: variedade de textos e adequação de linguagem......................................................................................100
Estruturação do texto e dos parágrafos........................................................................................................................................................100
Informações literais e inferências.....................................................................................................................................................................100
Estruturação do texto: recursos de coesão...................................................................................................................................................100
Significação contextual de palavras e expressões.....................................................................................................................................103
LÍNGUA PORTUGUESA

- Capacidade de observação e de síntese e


ANÁLISE GLOBAL DO TEXTO. - Capacidade de raciocínio.

Interpretar X compreender

É muito comum, entre os candidatos a um cargo públi- Interpretar significa


co, a preocupação com a interpretação de textos. Por isso, - Explicar, comentar, julgar, tirar conclusões, deduzir.
vão aqui alguns detalhes que poderão ajudar no momento - Através do texto, infere-se que...
de responder às questões relacionadas a textos. - É possível deduzir que...
- O autor permite concluir que...
- Qual é a intenção do autor ao afirmar que...
Texto – é um conjunto de ideias organizadas e relacio-
nadas entre si, formando um todo significativo capaz de
Compreender significa
produzir interação comunicativa (capacidade de codificar
- intelecção, entendimento, atenção ao que realmente
e decodificar ).
está escrito.
- o texto diz que...
Contexto – um texto é constituído por diversas frases.
- é sugerido pelo autor que...
Em cada uma delas, há uma certa informação que a faz
- de acordo com o texto, é correta ou errada a afirma-
ligar-se com a anterior e/ou com a posterior, criando con-
ção...
dições para a estruturação do conteúdo a ser transmitido.
- o narrador afirma...
A essa interligação dá-se o nome de contexto. Nota-se que
o relacionamento entre as frases é tão grande que, se uma
Erros de interpretação
frase for retirada de seu contexto original e analisada se-
paradamente, poderá ter um significado diferente daquele
É muito comum, mais do que se imagina, a ocorrência
inicial.
de erros de interpretação. Os mais frequentes são:
- Extrapolação (viagem): Ocorre quando se sai do con-
Intertexto - comumente, os textos apresentam referên-
texto, acrescentado ideias que não estão no texto, quer por
cias diretas ou indiretas a outros autores através de cita-
conhecimento prévio do tema quer pela imaginação.
ções. Esse tipo de recurso denomina-se intertexto.
- Redução: É o oposto da extrapolação. Dá-se atenção
Interpretação de texto - o primeiro objetivo de uma
apenas a um aspecto, esquecendo que um texto é um con-
interpretação de um texto é a identificação de sua ideia
junto de ideias, o que pode ser insuficiente para o total do
principal. A partir daí, localizam-se as ideias secundárias,
entendimento do tema desenvolvido.
ou fundamentações, as argumentações, ou explicações,
que levem ao esclarecimento das questões apresentadas
- Contradição: Não raro, o texto apresenta ideias con-
na prova.
trárias às do candidato, fazendo-o tirar conclusões equivo-
cadas e, consequentemente, errando a questão.
Normalmente, numa prova, o candidato é convidado a:
- Identificar – é reconhecer os elementos fundamen-
Observação - Muitos pensam que há a ótica do escritor
tais de uma argumentação, de um processo, de uma época
e a ótica do leitor. Pode ser que existam, mas numa prova
(neste caso, procuram-se os verbos e os advérbios, os quais
de concurso, o que deve ser levado em consideração é o
definem o tempo).
que o autor diz e nada mais.
- Comparar – é descobrir as relações de semelhança ou
de diferenças entre as situações do texto.
Coesão - é o emprego de mecanismo de sintaxe que
- Comentar - é relacionar o conteúdo apresentado
relaciona palavras, orações, frases e/ou parágrafos entre si.
com uma realidade, opinando a respeito.
Em outras palavras, a coesão dá-se quando, através de um
- Resumir – é concentrar as ideias centrais e/ou secun-
pronome relativo, uma conjunção (NEXOS), ou um prono-
dárias em um só parágrafo.
me oblíquo átono, há uma relação correta entre o que se
- Parafrasear – é reescrever o texto com outras pala-
vai dizer e o que já foi dito.
vras.
OBSERVAÇÃO – São muitos os erros de coesão no dia
Condições básicas para interpretar
-a-dia e, entre eles, está o mau uso do pronome relativo e
do pronome oblíquo átono. Este depende da regência do
Fazem-se necessários:
verbo; aquele do seu antecedente. Não se pode esquecer
- Conhecimento histórico–literário (escolas e gêneros
literários, estrutura do texto), leitura e prática; também de que os pronomes relativos têm, cada um, valor
- Conhecimento gramatical, estilístico (qualidades do semântico, por isso a necessidade de adequação ao ante-
texto) e semântico; cedente.
Os pronomes relativos são muito importantes na in-
Observação – na semântica (significado das palavras) terpretação de texto, pois seu uso incorreto traz erros de
incluem--se: homônimos e parônimos, denotação e cono- coesão. Assim sendo, deve-se levar em consideração que
tação, sinonímia e antonímia, polissemia, figuras de lingua- existe um pronome relativo adequado a cada circunstância,
gem, entre outros. a saber:

1
LÍNGUA PORTUGUESA

- que (neutro) - relaciona-se com qualquer anteceden- No texto, o substantivo usado para ressaltar o universo
te, mas depende das condições da frase. reduzido no qual o menino detém sua atenção é
- qual (neutro) idem ao anterior. (A) fresta.
- quem (pessoa) (B) marca.
- cujo (posse) - antes dele aparece o possuidor e depois (C) alma.
o objeto possuído. (D) solidão.
- como (modo) (E) penumbra.
- onde (lugar)
quando (tempo) Texto para a questão 2:
quanto (montante)
DA DISCRIÇÃO
Exemplo:
Falou tudo QUANTO queria (correto) Mário Quintana
Falou tudo QUE queria (errado - antes do QUE, deveria
aparecer o demonstrativo O ). Não te abras com teu amigo
Que ele um outro amigo tem.
Dicas para melhorar a interpretação de textos
E o amigo do teu amigo
Possui amigos também...
- Ler todo o texto, procurando ter uma visão geral do
(http://pensador.uol.com.br/poemas_de_amizade)
assunto;
- Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa
a leitura; 2-) (PREFEITURA DE SERTÃOZINHO – AGENTE COMU-
- Ler, ler bem, ler profundamente, ou seja, ler o texto NITÁRIO DE SAÚDE – VUNESP/2012) De acordo com o
pelo menos duas vezes; poema, é correto afirmar que
- Inferir; (A) não se deve ter amigos, pois criar laços de amizade
- Voltar ao texto quantas vezes precisar; é algo ruim.
- Não permitir que prevaleçam suas ideias sobre as do (B) amigo que não guarda segredos não merece res-
autor; peito.
- Fragmentar o texto (parágrafos, partes) para melhor (C) o melhor amigo é aquele que não possui outros
compreensão; amigos.
- Verificar, com atenção e cuidado, o enunciado de cada (D) revelar segredos para o amigo pode ser arriscado.
questão; (E) entre amigos, não devem existir segredos.
- O autor defende ideias e você deve percebê-las.
3-) (GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO – SE-
Fonte: CRETARIA DE ESTADO DA JUSTIÇA – AGENTE PENITEN-
http://www.tudosobreconcursos.com/materiais/portu- CIÁRIO – VUNESP/2013) Leia o poema para responder à
gues/como-interpretar-textos questão.

QUESTÕES Casamento

1-) (SABESP/SP – ATENDENTE A CLIENTES 01 – FCC/2014 Há mulheres que dizem:


- ADAPTADA) Atenção: Para responder à questão, conside- Meu marido, se quiser pescar, pesque,
re o texto abaixo. mas que limpe os peixes.
Eu não. A qualquer hora da noite me levanto,
A marca da solidão
ajudo a escamar, abrir, retalhar e salgar.
É tão bom, só a gente sozinhos na cozinha,
Deitado de bruços, sobre as pedras quentes do chão de
de vez em quando os cotovelos se esbarram,
paralelepípedos, o menino espia. Tem os braços dobrados e a
ele fala coisas como “este foi difícil”
testa pousada sobre eles, seu rosto formando uma tenda de
penumbra na tarde quente. “prateou no ar dando rabanadas”
Observa as ranhuras entre uma pedra e outra. Há, den- e faz o gesto com a mão.
tro de cada uma delas, um diminuto caminho de terra, com O silêncio de quando nos vimos a primeira vez
pedrinhas e tufos minúsculos de musgos, formando peque- atravessa a cozinha como um rio profundo.
nas plantas, ínfimos bonsais só visíveis aos olhos de quem é Por fim, os peixes na travessa,
capaz de parar de viver para, apenas, ver. Quando se tem a vamos dormir.
marca da solidão na alma, o mundo cabe numa fresta. Coisas prateadas espocam:
(SEIXAS, Heloísa. Contos mais que mínimos. Rio de Ja- somos noivo e noiva.
neiro: Tinta negra bazar, 2010. p. 47) (Adélia Prado, Poesia Reunida)

2
LÍNGUA PORTUGUESA

A ideia central do poema de Adélia Prado é mostrar que Pela leitura do fragmento acima, é correto afirmar que,
(A) as mulheres que amam valorizam o cotidiano e não em sua estrutura sintática, houve supressão da expressão
gostam que os maridos frequentem pescarias, pois acham a) vigilantes.
difícil limpar os peixes. b) carga.
(B) o eu lírico do poema pertence ao grupo de mulheres c) viatura.
que não gostam de limpar os peixes, embora valorizem os d) foi.
esbarrões de cotovelos na cozinha. e) desviada.
(C) há mulheres casadas que não gostam de ficar sozi-
nhas com seus maridos na cozinha, enquanto limpam os 7-) (CORREIOS – CARTEIRO – CESPE/2011)
peixes. Um carteiro chega ao portão do hospício e grita:
(D) as mulheres que amam valorizam os momentos — Carta para o 9.326!!!
mais simples do cotidiano vividos com a pessoa amada. Um louco pega o envelope, abre-o e vê que a carta está
(E) o casamento exige levantar a qualquer hora da noite, em
para limpar, abrir e salgar o peixe. branco, e um outro pergunta:
— Quem te mandou essa carta?
4-) (ANCINE – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CES- — Minha irmã.
PE/2012) — Mas por que não está escrito nada?
O riso é tão universal como a seriedade; ele abarca a — Ah, porque nós brigamos e não estamos nos falando!
totalidade do universo, toda a sociedade, a história, a con- Internet: <www.humortadela.com.br/piada> (com
cepção de mundo. É uma verdade que se diz sobre o mundo, adaptações).
que se estende a todas as coisas e à qual nada escapa. É,
de alguma maneira, o aspecto festivo do mundo inteiro, em O efeito surpresa e de humor que se extrai do texto
todos os seus níveis, uma espécie de segunda revelação do acima decorre
mundo. A) da identificação numérica atribuída ao louco.
Mikhail Bakhtin. A cultura popular na Idade Média e o B) da expressão utilizada pelo carteiro ao entregar a
Renascimento: o contexto de François Rabelais. São Paulo: carta no hospício.
Hucitec, 1987, p. 73 (com adaptações). C) do fato de outro louco querer saber quem enviou
a carta.
Na linha 1, o elemento “ele” tem como referente textual D) da explicação dada pelo louco para a carta em bran-
“O riso”. co.
(...) CERTO ( ) ERRADO E) do fato de a irmã do louco ter brigado com ele.

5-) (ANEEL – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CESPE/2010) 8-) (CORREIOS – CARTEIRO – CESPE/2011)


Só agora, quase cinco meses depois do apagão que atin- Um homem se dirige à recepcionista de uma clínica:
giu pelo menos 1.800 cidades em 18 estados do país, surge — Por favor, quero falar com o dr. Pedro.
uma explicação oficial satisfatória para o corte abrupto e — O senhor tem hora?
generalizado de energia no final de 2009. O sujeito olha para o relógio e diz:
Segundo relatório da Agência Nacional de Energia Elé- — Sim. São duas e meia.
trica (ANEEL), a responsabilidade recai sobre a empresa es- — Não, não... Eu quero saber se o senhor é paciente.
tatal Furnas, cujas linhas de transmissão cruzam os mais de — O que a senhora acha? Faz seis meses que ele não me
900 km que separam Itaipu de São Paulo. paga o aluguel do consultório...
Equipamentos obsoletos, falta de manutenção e de in- Internet: <www.humortadela.com.br/piada> (com
vestimentos e também erros operacionais conspiraram para adaptações).
produzir a mais séria falha do sistema de geração e distri-
buição de energia do país desde o traumático racionamento No texto acima, a recepcionista dirige-se duas vezes ao
de 2001. homem para saber se ele
Folha de S.Paulo, Editorial, 30/3/2010 (com adaptações). A) verificou o horário de chegada e está sob os cuida-
dos do dr. Pedro.
Considerando os sentidos e as estruturas linguísticas B) pode indicar-lhe as horas e decidiu esperar o paga-
do texto acima apresentado, julgue os próximos itens. mento do aluguel.
A oração “que atingiu pelo menos 1.800 cidades em 18 C) tem relógio e sabe esperar.
estados do país” tem, nesse contexto, valor restritivo. D) marcou consulta e está calmo.
(...) CERTO ( ) ERRADO E) marcou consulta para aquele dia e está sob os cui-
dados do dr. Pedro.
6-) (COLÉGIO PEDRO II/RJ – ASSISTENTE EM ADMINIS-
TRAÇÃO – AOCP/2010) “A carga foi desviada e a viatura, (GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO – TÉCNICO DA
com os vigilantes, abandonada em Pirituba, na zona norte FAZENDA ESTADUAL – FCC/2010 - ADAPTADA) Atenção: As
de São Paulo.” questões de números 09 a 12 referem-se ao texto abaixo.

3
LÍNGUA PORTUGUESA

Liderança é uma palavra frequentemente associada a 10-) (GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO – TÉC-
feitos e realizações de grandes personagens da história e da NICO DA FAZENDA ESTADUAL – FCC/2010) O texto deixa
vida social ou, então, a uma dimensão mágica, em que al- claro que
gumas poucas pessoas teriam habilidades inatas ou o dom (A) a importância do líder baseia-se na valorização de
de transformar-se em grandes líderes, capazes de influenciar todo o grupo em torno da realização de um objetivo co-
outras e, assim, obter e manter o poder. mum.
Os estudos sobre o tema, no entanto, mostram que a (B) o líder é o elemento essencial dentro de uma orga-
maioria das pessoas pode tornar-se líder, ou pelo menos nização, pois sem ele não se poderá atingir qualquer meta
desenvolver consideravelmente as suas capacidades de lide- ou objetivo.
rança. (C) pode não haver condições de liderança em algumas
Paulo Roberto Motta diz: “líderes são pessoas comuns equipes, caso não se estabeleçam atividades específicas
para cada um de seus membros.
que aprendem habilidades comuns, mas que, no seu conjun-
(D) a liderança é um dom que independe da participa-
to, formam uma pessoa incomum”. De fato, são necessárias
ção dos componentes de uma equipe em um ambiente de
algumas habilidades, mas elas podem ser aprendidas tanto
trabalho.
através das experiências da vida, quanto da formação volta-
da para essa finalidade. 11-) (GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO – TÉCNI-
O fenômeno da liderança só ocorre na inter-relação; en- CO DA FAZENDA ESTADUAL – FCC/2010) O fenômeno da
volve duas ou mais pessoas e a existência de necessidades liderança só ocorre na inter-relação ... (4º parágrafo)
para serem atendidas ou objetivos para serem alcançados, No contexto, inter-relação significa
que requerem a interação cooperativa dos membros envol- (A) o respeito que os membros de uma equipe devem
vidos. Não pressupõe proximidade física ou temporal: pode- demonstrar ao acatar as decisões tomadas pelo líder, por
se ter a mente e/ou o comportamento influenciado por um resultarem em benefício de todo o grupo.
escritor ou por um líder religioso que nunca se viu ou que (B) a igualdade entre os valores dos integrantes de um
viveu noutra época. [...] grupo devidamente orientado pelo líder e aqueles propos-
Se a legitimidade da liderança se baseia na aceitação tos pela organização a que prestam serviço.
do poder de influência do líder, implica dizer que parte desse (C) o trabalho que deverá sempre ser realizado em
poder encontra-se no próprio grupo. É nessa premissa que equipe, de modo que os mais capacitados colaborem com
se fundamenta a maioria das teorias contemporâneas sobre os de menor capacidade.
liderança. (D) a criação de interesses mútuos entre membros de
uma equipe e de respeito às metas que devem ser alcan-
Daí definirem liderança como a arte de usar o poder
çadas por todos.
que existe nas pessoas ou a arte de liderar as pessoas para
fazerem o que se requer delas, da maneira mais efetiva e
12-) (GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO – TÉCNI-
humana possível. [...] CO DA FAZENDA ESTADUAL – FCC/2010) Não pressupõe
(Augusta E.E.H. Barbosa do Amaral e Sandra Souza proximidade física ou temporal ... (4º parágrafo)
Pinto. Gestão de pessoas, in Desenvolvimento gerencial na A afirmativa acima quer dizer, com outras palavras, que
Administração pública do Estado de São Paulo, org. Lais Ma- (A) a presença física de um líder natural é fundamen-
cedo de Oliveira e Maria Cristina Pinto Galvão, Secretaria de tal para que seus ensinamentos possam ser divulgados e
Gestão pública, São Paulo: Fundap, 2. ed., 2009, p. 290 e 292, aceitos.
com adaptações) (B) um líder verdadeiramente capaz é aquele que sem-
pre se atualiza, adquirindo conhecimentos de fontes e de
09-) (GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO – TÉCNI- autores diversos.
CO DA FAZENDA ESTADUAL – FCC/2010) De acordo com o (C) o aprendizado da liderança pode ser produtivo,
texto, liderança mesmo se houver distância no tempo e no espaço entre
(A) é a habilidade de chefiar outras pessoas que não aquele que influencia e aquele que é influenciado.
pode ser desenvolvida por aqueles que somente executam (D) as influências recebidas devem ser bem analisadas
tarefas em seu ambiente de trabalho. e postas em prática em seu devido tempo e na ocasião
(B) é típica de épocas passadas, como qualidades de mais propícia.
heróis da história da humanidade, que realizaram grandes
13-) (DETRAN/RN – VISTORIADOR/EMPLACADOR –
feitos e se tornaram poderosos através deles.
FGV PROJETOS/2010)
(C) vem a ser a capacidade, que pode ser inata ou até
mesmo adquirida, de conseguir resultados desejáveis da- Painel do leitor (Carta do leitor)
queles que constituem a equipe de trabalho.
(D) torna-se legítima se houver consenso em todos os Resgate no Chile
grupos quanto à escolha do líder e ao modo como ele irá
mobilizar esses grupos em torno de seus objetivos pes- Assisti ao maior espetáculo da Terra numa operação de
soais. salvamento de vidas, após 69 dias de permanência no fundo
de uma mina de cobre e ouro no Chile.

4
LÍNGUA PORTUGUESA

Um a um os mineiros soterrados foram içados com 15-) (DCTA – TÉCNICO 1 – SEGURANÇA DO TRABALHO
sucesso, mostrando muita calma, saúde, sorrindo e cum- – VUNESP/2013) De acordo com o texto, pode-se afirmar
primentando seus companheiros de trabalho. Não se pode que, assim como seus amigos, a autora viaja para
esquecer a ajuda técnica e material que os Estados Unidos, (A) visitar um lugar totalmente desconhecido.
Canadá e China ofereceram à equipe chilena de salvamen- (B) escapar do lugar em que está.
to, num gesto humanitário que só enobrece esses países. E, (C) reencontrar familiares queridos.
também, dos dois médicos e dois “socorristas” que, demons- (D) praticar esportes radicais.
trando coragem e desprendimento, desceram na mina para (E) dedicar-se ao trabalho.
ajudar no salvamento.
(Douglas Jorge; São Paulo, SP; www.folha.com.br – pai- 16-) Ao descrever a Ilha do Nanja como um lugar onde,
nel do leitor – 17/10/2010) “à beira das lagoas verdes e azuis, o silêncio cresce como
um bosque” (último parágrafo), a autora sugere que viajará
Considerando o tipo textual apresentado, algumas ex- para um lugar
pressões demonstram o posicionamento pessoal do leitor (A) repulsivo e populoso.
diante do fato por ele narrado. Tais marcas textuais podem (B) sombrio e desabitado.
ser encontradas nos trechos a seguir, EXCETO: (C) comercial e movimentado.
A) “Assisti ao maior espetáculo da Terra...” (D) bucólico e sossegado.
B) “... após 69 dias de permanência no fundo de uma (E) opressivo e agitado.
mina de cobre e ouro no Chile.”
C) “Não se pode esquecer a ajuda técnica e material...” 17) (POLÍCIA MILITAR/TO – SOLDADO – CONSUL-
D) “... gesto humanitário que só enobrece esses países.” PLAN/2013 - ADAPTADA) Texto para responder à questão.
E) “... demonstrando coragem e desprendimento, des-
ceram na mina...”
(DCTA – TÉCNICO 1 – SEGURANÇA DO TRABALHO –
VUNESP/2013 - ADAPTADA) Leia o texto para responder às
questões de números 14 a 16.

Férias na Ilha do Nanja

Meus amigos estão fazendo as malas, arrumando as


malas nos seus carros, olhando o céu para verem que tempo
faz, pensando nas suas estradas – barreiras, pedras soltas,
fissuras* – sem falar em bandidos, milhões de bandidos entre
(Adail et al II. Antologia brasileira de humor. Volume 1.
as fissuras, as pedras soltas e as barreiras...
Porto Alegre: L&PM, 1976. p. 95.)
Meus amigos partem para as suas férias, cansados de
tanto trabalho; de tanta luta com os motoristas da contra-
A charge anterior é de Luiz Carlos Coutinho, cartunis-
mão; enfim, cansados, cansados de serem obrigados a viver
numa grande cidade, isto que já está sendo a negação da ta mineiro mais conhecido como Caulos. É correto afirmar
própria vida. que o tema apresentado é
E eu vou para a Ilha do Nanja. (A) a oposição entre o modo de pensar e agir.
Eu vou para a Ilha do Nanja para sair daqui. Passarei as (B) a rapidez da comunicação na Era da Informática.
férias lá, onde, à beira das lagoas verdes e azuis, o silêncio (C) a comunicação e sua importância na vida das pes-
cresce como um bosque. Nem preciso fechar os olhos: já es- soas.
tou vendo os pescadores com suas barcas de sardinha, e a (D) a massificação do pensamento na sociedade mo-
moça à janela a namorar um moço na outra janela de outra derna.
ilha.
(Cecília Meireles, O que se diz e o que se entende. Adap- RESOLUÇÃO
tado)
1-)
*fissuras: fendas, rachaduras Com palavras do próprio texto responderemos: o mun-
do cabe numa fresta.
14-) (DCTA – TÉCNICO 1 – SEGURANÇA DO TRABA-
LHO – VUNESP/2013) No primeiro parágrafo, ao descre- RESPOSTA: “A”.
ver a maneira como se preparam para suas férias, a autora
mostra que seus amigos estão 2-)
(A) serenos. Pela leitura do poema identifica-se, apenas, a informa-
(B) descuidados. ção contida na alternativa: revelar segredos para o amigo
(C) apreensivos. pode ser arriscado.
(D) indiferentes.
(E) relaxados. RESPOSTA: “D”.

5
LÍNGUA PORTUGUESA

3-) 10-)
Pela leitura do texto percebe-se, claramente, que a au- O texto deixa claro que a importância do líder baseia-
tora narra um momento simples, mas que é prazeroso ao se na valorização de todo o grupo em torno da realização
casal. de um objetivo comum.

RESPOSTA: “D”. RESPOSTA: “A”.

4-) 11-)
Vamos ao texto: O riso é tão universal como a serie- Pela leitura do texto, dentre as alternativas apresenta-
dade; ele abarca a totalidade do universo (...). Os termos das, a que está coerente com o sentido dado à palavra “in-
relacionam-se. O pronome “ele” retoma o sujeito “riso”.
ter-relação” é: “a criação de interesses mútuos entre mem-
RESPOSTA: “CERTO”. bros de uma equipe e de respeito às metas que devem ser
alcançadas por todos”.
5-)
Voltemos ao texto: “depois do apagão que atingiu pelo RESPOSTA: “D”.
menos 1.800 cidades”. O “que” pode ser substituído por
“o qual”, portanto, trata-se de um pronome relativo (ora- 12-)
ção subordinada adjetiva). Quando há presença de vírgula, Não pressupõe proximidade física ou temporal = o
temos uma adjetiva explicativa (generaliza a informação aprendizado da liderança pode ser produtivo, mesmo se
da oração principal. A construção seria: “do apagão, que
atingiu pelo menos 1800 cidades em 18 estados do país”); houver distância no tempo e no espaço entre aquele que
quando não há, temos uma adjetiva restritiva (restringe, influencia e aquele que é influenciado.
delimita a informação – como no caso do exercício).
RESPOSTA: “C”.
RESPOSTA: “CERTO’.
13-)
6-) Em todas as alternativas há expressões que represen-
“A carga foi desviada e a viatura, com os vigilantes, tam a opinião do autor: Assisti ao maior espetáculo da
abandonada em Pirituba, na zona norte de São Paulo.” Tra-
Terra / Não se pode esquecer / gesto humanitário que só
ta-se da figura de linguagem (de construção ou sintaxe)
“zeugma”, que consiste na omissão de um termo já citado enobrece / demonstrando coragem e desprendimento.
anteriormente (diferente da elipse, que o termo não é ci-
tado, mas facilmente identificado). No enunciado temos a RESPOSTA: “B”.
narração de que a carga foi desviada e de que a viatura foi
abandonada. 14-)
“pensando nas suas estradas – barreiras, pedras sol-
RESPOSTA: “D”. tas, fissuras – sem falar em bandidos, milhões de bandidos
entre as fissuras, as pedras soltas e as barreiras...” = pensar
7-)
Geralmente o efeito de humor desses gêneros textuais nessas coisas, certamente, deixa-os apreensivos.
aparece no desfecho da história, ao final, como nesse: “Ah,
porque nós brigamos e não estamos nos falando”. RESPOSTA: “C”.

RESPOSTA: “D”. 15-)


Eu vou para a Ilha do Nanja para sair daqui = resposta
8-) da própria autora!
“O senhor tem hora? (...) Não, não... Eu quero saber se
o senhor é paciente” = a recepcionista quer saber se ele
RESPOSTA: “B”.
marcou horário e se é paciente do Dr. Pedro.

RESPOSTA: “E”. 16-)


Pela descrição realizada, o lugar não tem nada de ruim.
9-)
Utilizando trechos do próprio texto, podemos chegar RESPOSTA: “D”.
à conclusão: O fenômeno da liderança só ocorre na inter
-relação; envolve duas ou mais pessoas e a existência de 17-)
necessidades para serem atendidas ou objetivos para se- Questão que envolve interpretação “visual”! Fácil. Basta
rem alcançados, que requerem a interação cooperativa dos
observar o que as personagens “dizem” e o que “pensam”.
membros envolvidos = equipe
RESPOSTA: “A”.
RESPOSTA: “C”.

6
LÍNGUA PORTUGUESA

Linguagem Verbal e Não Verbal

O que é linguagem? É o uso da língua como forma de


expressão e comunicação entre as pessoas. A linguagem
não é somente um conjunto de palavras faladas ou escritas,
mas também de gestos e imagens. Afinal, não nos comuni-
camos apenas pela fala ou escrita, não é verdade?
Então, a linguagem pode ser verbalizada, e daí vem a
analogia ao verbo. Você já tentou se pronunciar sem utilizar
o verbo? Se não, tente, e verá que é impossível se ter algo
fundamentado e coerente! Assim, a linguagem verbal é a
que utiliza palavras quando se fala ou quando se escreve.
A linguagem pode ser não verbal, ao contrário da verbal,
não utiliza vocábulo, palavras para se comunicar. O objeti-
vo, neste caso, não é de expor verbalmente o que se quer Símbolo que se coloca na porta para indicar “sanitário
dizer ou o que se está pensando, mas se utilizar de outros masculino”.
meios comunicativos, como: placas, figuras, gestos, objetos,
cores, ou seja, dos signos visuais.
Vejamos:
- um texto narrativo, uma carta, o diálogo, uma entrevis-
ta, uma reportagem no jornal escrito ou televisionado, um
bilhete? = Linguagem verbal!
Agora: o semáforo, o apito do juiz numa partida de fu-
tebol, o cartão vermelho, o cartão amarelo, uma dança, o
aviso de “não fume” ou de “silêncio”, o bocejo, a identificação
de “feminino” e “masculino” através de figuras na porta do
banheiro, as placas de trânsito? = Linguagem não verbal!
A linguagem pode ser ainda verbal e não verbal ao
mesmo tempo, como nos casos das charges, cartoons e
anúncios publicitários.

Observe alguns exemplos:


Imagem indicativa de “silêncio”.

Cartão vermelho – denúncia de falta grave no futebol.


Semáforo com sinal amarelo advertindo “atenção”.

Fonte: http://www.brasilescola.com/redacao/lingua-
gem.htm

Linguagem Literária e não Literária

Sabemos que a “matéria-prima” da literatura são as pa-


lavras. No entanto, é necessário fazer uma distinção entre a
linguagem literária e a linguagem não literária, isto é,
aquela que não caracteriza a literatura.
Embora um médico faça suas prescrições em determi-
Placas de trânsito – “proibido andar de bicicleta” nado idioma, as palavras utilizadas por ele não podem ser
consideradas literárias porque se tratam de um vocabulário
especializado e de um contexto de uso específico. Ago-

7
LÍNGUA PORTUGUESA

ra, quando analisamos a literatura, vemos que o escritor Texto B


dispensa um cuidado diferente com a linguagem escrita,
e que os leitores dispensam uma atenção diferenciada ao Amor é fogo que arde sem se ver;
que foi produzido. É ferida que dói e não se sente;
Outra diferença importante é com relação ao tratamen- É um contentamento descontente;
to do conteúdo: ao passo que, nos textos não literários é dor que desatina sem doer.
( jornalísticos, científicos, históricos, etc.) as palavras ser- Luís de Camões. Lírica, Cultrix.
vem para veicular uma série de informações, o texto literá-
rio funciona de maneira a chamar a atenção para a própria Você deve ter notado que os textos tratam do mesmo
língua (FARACO & MOURA, 1999) no sentido de explorar assunto, porém os autores utilizam linguagens diferentes.
vários aspectos como a sonoridade, a estrutura sintática e No texto A, o autor preocupou-se em definir “amor”,
o sentido das palavras. usando uma linguagem objetiva, científica, sem preocupa-
Veja abaixo alguns exemplos de expressões na lingua-
ção artística.
gem não literária ou “corriqueira” e um exemplo de uso da
No texto B, o autor trata do mesmo assunto, mas com
mesma expressão, porém, de acordo com alguns escritores,
na linguagem literária: preocupação literária, artística. De fato, o poeta entra no
campo subjetivo, com sua maneira própria de se expres-
Linguagem não literária: sar, utiliza comparações (compara amor com fogo, ferida,
- Anoitece. contentamento e dor) e serve-se ainda de contrastes que
- Teus cabelos loiros brilham. acabam dando graça e força expressiva ao poema (con-
- Uma nuvem cobriu parte do céu. ... tentamento descontente, dor sem doer, ferida que não se
sente, fogo que não se vê).
Linguagem literária:
- A mão da noite embrulha os horizontes. (Alvarenga Tipologia textual.
Peixoto)
- Os clarins de ouro dos teus cabelos cantam na luz! (Má- A todo o momento nos deparamos com vários textos,
rio Quintana) sejam eles verbais ou não verbais. Em todos há a presença
- Um sujo de nuvem emporcalhou o luar em sua nascen- do discurso, isto é, a ideia intrínseca, a essência daquilo
ça. (José Cândido de Carvalho) que está sendo transmitido entre os interlocutores. Esses
interlocutores são as peças principais em um diálogo ou
Como distinguir, na prática, a linguagem literária da não em um texto escrito, pois nunca escrevemos para nós
literária? mesmos, nem mesmo falamos sozinhos.
- A linguagem literária é conotativa, utiliza figuras (pa- É de fundamental importância sabermos classificar os
lavras de sentido figurado) em que as palavras adquirem textos com os quais travamos convivência no nosso dia a
sentidos mais amplos do que geralmente possuem. dia. Para isso, precisamos saber que existem tipos textuais
- Na linguagem literária há uma preocupação com a es- e gêneros textuais.
colha e a disposição das palavras, que acabam dando vida Comumente relatamos sobre um acontecimento, um
e beleza a um texto. fato presenciado ou ocorrido conosco, expomos nossa
- Na linguagem literária é muito importante a maneira opinião sobre determinado assunto, ou descrevemos algum
original de apresentar o tema escolhido.
lugar que visitamos, ou fazemos um retrato verbal sobre
- A linguagem não literária é objetiva, denotativa, preo-
alguém que acabamos de conhecer ou ver. É exatamente
cupa-se em transmitir o conteúdo, utiliza a palavra em seu
sentido próprio, utilitário, sem preocupação artística. Ge- nessas situações corriqueiras que classificamos os nossos
ralmente, recorre à ordem direta (sujeito, verbo, comple- textos naquela tradicional tipologia: Narração, Descrição
mentos). e Dissertação.

Leia com atenção os textos a seguir e compare as lin- As tipologias textuais caracterizam-se pelos
guagens utilizadas neles. aspectos de ordem linguística

Texto A - Textos narrativos – constituem-se de verbos de ação


demarcados no tempo do universo narrado, como também
Amor (ô). [Do lat. amore.] S. m. 1. Sentimento que predis- de advérbios, como é o caso de antes, agora, depois, entre
põe alguém a desejar o bem de outrem, ou de alguma coisa: outros:
amor ao próximo; amor ao patrimônio artístico de sua terra. Ela entrava em seu carro quando ele apareceu. Depois de
2. Sentimento de dedicação absoluta de um ser a outro ser muita conversa, resolveram...
ou a uma coisa; devoção, culto; adoração: amor à Pátria;
amor a uma causa. 3. Inclinação ditada por laços de família: - Textos descritivos – como o próprio nome indica,
amor filial; amor conjugal. 4. Inclinação forte por pessoa de descrevem características tanto físicas quanto psicológicas
outro sexo, geralmente de caráter sexual, mas que apresenta acerca de um determinado indivíduo ou objeto. Os tempos
grande variedade e comportamentos e reações. verbais aparecem demarcados no presente ou no pretérito
Aurélio Buarque de Holanda Ferreira. Novo Dicionário imperfeito:
da Língua Portuguesa, Nova Fronteira. “Tinha os cabelos mais negros como a asa da graúna...”

8
LÍNGUA PORTUGUESA

- Textos expositivos – Têm por finalidade explicar um Texto Original


assunto ou uma determinada situação que se almeje
desenvolvê-la, enfatizando acerca das razões de ela Minha terra tem palmeiras
acontecer, como em: Onde canta o sabiá,
O cadastramento irá se prorrogar até o dia 02 de As aves que aqui gorjeiam
dezembro, portanto, não se esqueça de fazê-lo, sob pena de Não gorjeiam como lá.
perder o benefício. (Gonçalves Dias, “Canção do exílio”).
Paráfrase
- Textos injuntivos (instrucional) – Trata-se de
uma modalidade na qual as ações são prescritas de Meus olhos brasileiros se fecham saudosos
forma sequencial, utilizando-se de verbos expressos no Minha boca procura a ‘Canção do Exílio’.
imperativo, infinitivo ou futuro do presente. Como era mesmo a ‘Canção do Exílio’?
Misture todos os ingrediente e bata no liquidificador até Eu tão esquecido de minha terra...
criar uma massa homogênea. Ai terra que tem palmeiras
Onde canta o sabiá!
- Textos argumentativos (dissertativo) – Demarcam- (Carlos Drummond de Andrade, “Europa, França e Bah-
se pelo predomínio de operadores argumentativos, ia”).
revelados por uma carga ideológica constituída de
argumentos e contra-argumentos que justificam a posição Este texto de Gonçalves Dias, “Canção do Exílio”, é mui-
assumida acerca de um determinado assunto. to utilizado como exemplo de paráfrase e de paródia. Aqui
A mulher do mundo contemporâneo luta cada vez mais o poeta Carlos Drummond de Andrade retoma o texto pri-
para conquistar seu espaço no mercado de trabalho, o que mitivo conservando suas ideias, não há mudança do senti-
significa que os gêneros estão em complementação, não em do principal do texto, que é a saudade da terra natal.
disputa.
Paródia
Em se tratando de gêneros textuais, a situação não A paródia é uma forma de contestar ou ridicularizar
é diferente, pois se conceituam como gêneros textuais outros textos, há uma ruptura com as ideologias impos-
as diversas situações sociocomunicativas que participam tas e por isso é objeto de interesse para os estudiosos da
da nossa vida em sociedade. Como exemplo, temos: língua e das artes. Ocorre, aqui, um choque de interpre-
uma receita culinária, um e-mail, uma reportagem, uma tação, a voz do texto original é retomada para transfor-
monografia, um poema, um editorial, e assim por diante. mar seu sentido, leva o leitor a uma reflexão crítica de suas
verdades incontestadas anteriormente. Com esse processo
Intertextualidade há uma indagação sobre os dogmas estabelecidos e uma
busca pela verdade real, concebida através do raciocínio e
Intertextualidade acontece quando há uma referên- da crítica. Os programas humorísticos fazem uso contínuo
cia explícita ou implícita de um texto em outro. Também dessa arte. Frequentemente os discursos de políticos são
pode ocorrer com outras formas além do texto, música, abordados de maneira cômica e contestadora, provocando
pintura, filme, novela etc. Toda vez que uma obra fizer alu- risos e também reflexão a respeito da demagogia praticada
são à outra ocorre a intertextualidade. pela classe dominante. Com o mesmo texto utilizado ante-
Apresenta-se explicitamente quando o autor informa o riormente, teremos, agora, uma paródia.
objeto de sua citação. Num texto científico, por exemplo,
o autor do texto citado é indicado; já na forma implícita, a Texto Original
indicação é oculta. Por isso é importante para o leitor o co-
nhecimento de mundo, um saber prévio, para reconhecer e Minha terra tem palmeiras
identificar quando há um diálogo entre os textos. A inter- Onde canta o sabiá,
textualidade pode ocorrer afirmando as mesmas ideias da As aves que aqui gorjeiam
obra citada ou contestando-as. Há duas formas: a Paráfrase Não gorjeiam como lá.
e a Paródia. (Gonçalves Dias, “Canção do exílio”).

Paráfrase Paródia
Na paráfrase as palavras são mudadas, porém a ideia
do texto é confirmada pelo novo texto, a alusão ocorre Minha terra tem palmares
para atualizar, reafirmar os sentidos ou alguns sentidos do onde gorjeia o mar
texto citado. É dizer com outras palavras o que já foi dito. os passarinhos daqui
Temos um exemplo citado por Affonso Romano Sant’Anna não cantam como os de lá.
em seu livro “Paródia, paráfrase & Cia” (p. 23): (Oswald de Andrade, “Canto de regresso à pátria”).

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LÍNGUA PORTUGUESA

O nome Palmares, escrito com letra minúscula, subs- Opinião:


titui a palavra palmeiras, há um contexto histórico, social O homem moderno, sempre ávido por progresso, preci-
e racial neste texto, Palmares é o quilombo liderado por sa, agora mais do que nunca, rever sua postura no tocante
Zumbi, foi dizimado em 1695, há uma inversão do sentido à maneira como lida com os recursos naturais ainda dispo-
do texto primitivo que foi substituído pela crítica à escravi- níveis no planeta, sob pena de colocar em xeque o próprio
dão existente no Brasil. futuro da humanidade.

Diferença entre fato e opinião Fato:


Vive-se um momento de um crescente e irrefreável con-
Distinguir “fato” de “opinião” é fundamental na hora sumismo.
de desenvolver um texto dissertativo. A dissertação é as-
sim caracterizada por apresentar a predominância da opi-
nião. Deixar que o fato prevaleça num texto que se quer Opinião:
opinativo é cometer um sério equívoco, pois isso levará à As pessoas são levadas a acreditar que só poderão ser
produção de outra tipologia textual. No caso, uma narra- plenamente felizes se consumirem cada vez mais. Não per-
ção, motivo de sobra para se eliminar o candidato. Ou seja, cebem que a felicidade e a realização pessoal nada têm a ver
trocar fato por opinião é trocar dissertação por narração. com a posse material e o ter mais e mais.
Leia atentamente os exemplos abaixo e veja que não é tão
difícil fazer essa diferenciação. Fonte:
http://lingua-agem.blogspot.com.br/2011/06/fato-al-
Conceituação go-cuja-existencia-independe-de.html
Fato: algo cuja existência independe de quem escreve.

Opinião: maneira pessoal de ver o fato. A depreensão ORTOGRAFIA.


de conceitos e valores a partir de algo pré-existente, que é
o fato

Alguns exemplos de ‘fato’ e ‘opinião’: A ortografia é a parte da língua responsável pela gra-
fia correta das palavras. Essa grafia baseia-se no padrão
Fato: culto da língua.
A educação brasileira patina no atraso e na defasagem, As palavras podem apresentar igualdade total ou par-
em relação à dos países desenvolvidos. cial no que se refere a sua grafia e pronúncia, mesmo ten-
do significados diferentes. Essas palavras são chamadas
Opinião: de homônimas (canto, do grego, significa ângulo / canto,
Equacionar a problemática da educação no país é ina- do latim, significa música vocal). As palavras homônimas
diável. dividem-se em homógrafas, quando têm a mesma grafia
(gosto, substantivo e gosto, 1ª pessoa do singular do verbo
Fato: gostar) e homófonas, quando têm o mesmo som (paço, pa-
Novamente, a discussão acerca da redução da maiori- lácio ou passo, movimento durante o andar).
dade penal ocupa lugar de destaque no congresso. Quanto à grafia correta em língua portuguesa, devem-
se observar as seguintes regras:
Opinião:
Como em todo tema polêmico, discutir a maioridade O fonema s:
penal requer, pela gama de aspectos envolvidos, sensatez e
muita responsabilidade dos legisladores. Escreve-se com S e não com C/Ç as palavras substan-
tivadas derivadas de verbos com radicais em nd, rg, rt, pel,
Fato: corr e sent: pretender - pretensão / expandir - expansão /
Volta à pauta de discussões da câmara a possibilidade ascender - ascensão / inverter - inversão / aspergir aspersão
de se liberar a maconha. / submergir - submersão / divertir - diversão / impelir - im-
pulsivo / compelir - compulsório / repelir - repulsa / recorrer
Opinião: - recurso / discorrer - discurso / sentir - sensível / consentir
A liberação da maconha, no Brasil, não pode ser levada - consensual
a cabo antes de se promover um amplo, objetivo e transpa- Escreve-se com SS e não com C e Ç os nomes deri-
rente debate com toda a sociedade brasileira. vados dos verbos cujos radicais terminem em gred, ced,
prim ou com verbos terminados por tir ou meter: agredir
Fato: - agressivo / imprimir - impressão / admitir - admissão /
O progresso célere e a qualquer custo tem levado à ceder - cessão / exceder - excesso / percutir - percussão /
exaustão dos recursos naturais do planeta. regredir - regressão / oprimir - opressão / comprometer -
compromisso / submeter - submissão

10
LÍNGUA PORTUGUESA

*quando o prefixo termina com vogal que se junta com *depois da letra “r” com poucas exceções: emergir, sur-
a palavra iniciada por “s”. Exemplos: a + simétrico - assimé- gir.
trico / re + surgir - ressurgir *depois da letra “a”, desde que não seja radical termi-
*no pretérito imperfeito simples do subjuntivo. Exem- nado com j: ágil, agente.
plos: ficasse, falasse
Escreve-se com J e não com G:
Escreve-se com C ou Ç e não com S e SS os vocábulos *as palavras de origem latinas: jeito, majestade, hoje.
de origem árabe: cetim, açucena, açúcar *as palavras de origem árabe, africana ou exótica: ji-
*os vocábulos de origem tupi, africana ou exótica: cipó, boia, manjerona.
Juçara, caçula, cachaça, cacique *as palavras terminada com aje: aje, ultraje.
*os sufixos aça, aço, ação, çar, ecer, iça, nça, uça, uçu,
uço: barcaça, ricaço, aguçar, empalidecer, carniça, caniço, O fonema ch:
esperança, carapuça, dentuço Escreve-se com X e não com CH:
*nomes derivados do verbo ter: abster - abstenção / *as palavras de origem tupi, africana ou exótica: aba-
deter - detenção / ater - atenção / reter - retenção caxi, muxoxo, xucro.
*as palavras de origem inglesa (sh) e espanhola (J):
*após ditongos: foice, coice, traição
xampu, lagartixa.
*palavras derivadas de outras terminadas em te, to(r):
*depois de ditongo: frouxo, feixe.
marte - marciano / infrator - infração / absorto - absorção
*depois de “en”: enxurrada, enxoval.
Observação: Exceção: quando a palavra de origem
O fonema z: não derive de outra iniciada com ch - Cheio - (enchente)
Escreve-se com S e não com Z:
*os sufixos: ês, esa, esia, e isa, quando o radical é subs- Escreve-se com CH e não com X:
tantivo, ou em gentílicos e títulos nobiliárquicos: freguês, *as palavras de origem estrangeira: chave, chumbo,
freguesa, freguesia, poetisa, baronesa, princesa, etc. chassi, mochila, espadachim, chope, sanduíche, salsicha.
*os sufixos gregos: ase, ese, ise e ose: catequese, me- As letras e e i:
tamorfose. *os ditongos nasais são escritos com “e”: mãe, põem.
*as formas verbais pôr e querer: pôs, pus, quisera, quis, Com “i”, só o ditongo interno cãibra.
quiseste. *os verbos que apresentam infinitivo em -oar, -uar são
*nomes derivados de verbos com radicais terminados escritos com “e”: caçoe, tumultue. Escrevemos com “i”, os
em “d”: aludir - alusão / decidir - decisão / empreender - verbos com infinitivo em -air, -oer e -uir: trai, dói, possui.
empresa / difundir - difusão - atenção para as palavras que mudam de sentido
*os diminutivos cujos radicais terminam com “s”: Luís - quando substituímos a grafia “e” pela grafia “i”: área (super-
Luisinho / Rosa - Rosinha / lápis - lapisinho fície), ária (melodia) / delatar (denunciar), dilatar (expandir)
*após ditongos: coisa, pausa, pouso / emergir (vir à tona), imergir (mergulhar) / peão (de estân-
*em verbos derivados de nomes cujo radical termina cia, que anda a pé), pião (brinquedo).
com “s”: anális(e) + ar - analisar / pesquis(a) + ar - pesquisar
Fonte: http://www.pciconcursos.com.br/aulas/portu-
Escreve-se com Z e não com S: gues/ortografia
*os sufixos “ez” e “eza” das palavras derivadas de adje-
tivo: macio - maciez / rico - riqueza Questões sobre Ortografia
*os sufixos “izar” (desde que o radical da palavra de
origem não termine com s): final - finalizar / concreto - con- 01. (TRE/AP - TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2011) Entre
as frases que seguem, a única correta é:
cretizar
a) Ele se esqueceu de que?
*como consoante de ligação se o radical não terminar
b) Era tão ruím aquele texto, que não deu para distri-
com s: pé + inho - pezinho / café + al - cafezal ≠ lápis +
bui-lo entre os presentes.
inho - lapisinho
c) Embora devessemos, não fomos excessivos nas crí-
ticas.
O fonema j: d) O juíz nunca negou-se a atender às reivindicações
Escreve-se com G e não com J: dos funcionários.
*as palavras de origem grega ou árabe: tigela, girafa, e) Não sei por que ele mereceria minha consideração.
gesso.
*estrangeirismo, cuja letra G é originária: sargento, gim. 02. (Escrevente TJ SP – Vunesp/2013). Assinale a alter-
*as terminações: agem, igem, ugem, ege, oge (com nativa cujas palavras se apresentam flexionadas de acordo
poucas exceções): imagem, vertigem, penugem, bege, foge. com a norma- -padrão.
Observação: Exceção: pajem (A) Os tabeliãos devem preparar o documento.
*as terminações: ágio, égio, ígio, ógio, ugio: sortilégio, (B) Esses cidadões tinham autorização para portar fuzis.
litígio, relógio, refúgio. (C) Para autenticar as certidãos, procure o cartório lo-
*os verbos terminados em ger e gir: eleger, mugir. cal.

11
LÍNGUA PORTUGUESA

(D) Ao descer e subir escadas, segure-se nos corrimãos. (C) Mas elas cresçam...
(E) Cuidado com os degrais, que são perigosos! (D) Mas elas crescem...
(E) Mas elas crescerão...
03. (Agente de Vigilância e Recepção – VUNESP –
2013). Suponha-se que o cartaz a seguir seja utilizado para 07. (MPE/RJ – TÉCNICO ADMINISTRATIVO –
informar os usuários sobre o festival Sounderground. FUJB/2011) Assinale a alternativa em que a frase NÃO con-
traria a norma culta:
Prezado Usuário A) Entre eu e a vida sempre houve muitos infortúnios,
________ de oferecer lazer e cultura aos passageiros do por isso posso me queixar com razão.
metrô, ________ desta segunda-feira (25/02), ________ 17h30, B) Sempre houveram várias formas eficazes para ultra-
começa o Sounderground, festival internacional que presti- passarmos os infortúnios da vida.
gia os músicos que tocam em estações do metrô. C) Devemos controlar nossas emoções todas as vezes
Confira o dia e a estação em que os artistas se apresen- que vermos a pobreza e a miséria fazerem parte de nossa
tarão e divirta-se! vida.
Para que o texto atenda à norma-padrão, devem-se D) É difícil entender o por quê de tanto sofrimento,
preencher as lacunas, correta e respectivamente, com as principalmente daqueles que procuram viver com dignida-
expressões de e simplicidade.
A) A fim ...a partir ... as E) As dificuldades por que passamos certamente nos
B) A fim ...à partir ... às fazem mais fortes e preparados para os infortúnios da vida.
C) A fim ...a partir ... às
D) Afim ...a partir ... às GABARITO
E) Afim ...à partir ... as 01.E 02. D 03. C
04. A 05. B 06. E 07. E
04. (TRF - 1ª REGIÃO - TÉCNICO JUDICIÁRIO -
FCC/2011) As palavras estão corretamente grafadas na se- RESOLUÇÃO
guinte frase:
1-)
(A) Que eles viajem sempre é muito bom, mas não é
(A) Ele se esqueceu de que? = quê?
boa a ansiedade com que enfrentam o excesso de passa-
(B) Era tão ruím (ruim) aquele texto, que não deu para
geiros nos aeroportos.
distribui-lo (distribuí-lo) entre os presentes.
(B) Comete muitos deslises, talvez por sua espontanei-
(C) Embora devêssemos (devêssemos) , não fomos ex-
dade, mas nada que ponha em cheque sua reputação de
cessivos nas críticas.
pessoa cortês.
(D) O juíz ( juiz) nunca (se) negou a atender às reivindi-
(C) Ele era rabugento e tinha ojeriza ao hábito do só- cações dos funcionários.
cio de descançar após o almoço sob a frondoza árvore do (E) Não sei por que ele mereceria minha consideração.
pátio.
(D) Não sei se isso influe, mas a persistência dessa má- 2-)
goa pode estar sendo o grande impecilho na superação (A) Os tabeliãos devem preparar o documento. = ta-
dessa sua crise. beliães
(E) O diretor exitou ao aprovar a retenção dessa alta (B) Esses cidadões tinham autorização para portar fuzis.
quantia, mas não quiz ser taxado de conivente na conces- = cidadãos
são de privilégios ilegítimos. (C) Para autenticar as certidãos, procure o cartório lo-
cal. = certidões
05.Em qual das alternativas a frase está corretamente (E) Cuidado com os degrais, que são perigosos = de-
escrita? graus
A) O mindingo não depositou na cardeneta de pou-
pansa. 3-) Prezado Usuário
B) O mendigo não depositou na caderneta de poupan- A fim de oferecer lazer e cultura aos passageiros do me-
ça. trô, a partir desta segunda-feira (25/02), às 17h30, começa
C) O mindigo não depozitou na cardeneta de poupans- o Sounderground, festival internacional que prestigia os mú-
sa. sicos que tocam em estações do metrô.
D) O mendingo não depozitou na carderneta de pou- Confira o dia e a estação em que os artistas se apresen-
pansa. tarão e divirta-se!
A fim = indica finalidade; a partir: sempre separado;
06.(IAMSPE/SP – ATENDENTE – [PAJEM] - CCI) – VU- antes de horas: há crase
NESP/2011) Assinale a alternativa em que o trecho – Mas
ela cresceu ... – está corretamente reescrito no plural, com o 4-) Fiz a correção entre parênteses:
verbo no tempo futuro. (A) Que eles viajem sempre é muito bom, mas não é
(A) Mas elas cresceram... boa a ansiedade com que enfrentam o excesso de passa-
(B) Mas elas cresciam... geiros nos aeroportos.

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LÍNGUA PORTUGUESA

(B) Comete muitos deslises (deslizes), talvez por sua 3. Nos compostos com elementos além, aquém, recém
espontaneidade, mas nada que ponha em cheque (xeque) e sem: além-mar, recém-nascido, sem-número, recém-casa-
sua reputação de pessoa cortês. do, aquém- -fiar, etc.
(C) Ele era rabugento e tinha ojeriza ao hábito do sócio
de descançar (descansar) após o almoço sob a frondoza 4. No geral, as locuções não possuem hífen, mas algu-
(frondosa) árvore do pátio. mas exceções continuam por já estarem consagradas pelo
(D) Não sei se isso influe (influi), mas a persistência uso: cor- -de-rosa, arco-da-velha, mais-que-perfeito, pé-
dessa mágoa pode estar sendo o grande impecilho (empe-
de-meia, água-de- -colônia, queima-roupa, deus-dará.
cilho) na superação dessa sua crise.
5. Nos encadeamentos de vocábulos, como: ponte Rio-
(E) O diretor exitou (hesitou) ao aprovar a retenção
dessa alta quantia, mas não quiz (quis) ser taxado de coni- Niterói, percurso Lisboa-Coimbra-Porto e nas combinações
vente na concessão de privilégios ilegítimos. históricas ou ocasionais: Áustria-Hungria, Angola-Brasil, Al-
sácia-Lorena, etc.
5-)
A) O mindingo não depositou na cardeneta de pou- 6. Nas formações com os prefixos hiper-, inter- e super-
pansa. = mendigo/caderneta/poupança quando associados com outro termo que é iniciado por r:
C) O mindigo não depozitou na cardeneta de poupans- hiper-resistente, inter-racial, super-racional, etc.
sa. = mendigo/caderneta/poupança
D) O mendingo não depozitou na carderneta de pou- 7. Nas formações com os prefixos ex-, vice-: ex-diretor,
pansa. =mendigo/depositou/caderneta/poupança ex- -presidente, vice-governador, vice-prefeito.
6-) Futuro do verbo “crescer”: crescerão. Teremos: mas 8. Nas formações com os prefixos pós-, pré- e pró-:
elas crescerão...
pré-natal, pré-escolar, pró-europeu, pós-graduação, etc.
7-) Fiz as correções entre parênteses:
A) Entre eu (mim) e a vida sempre houve muitos infor- 9. Na ênclise e mesóclise: amá-lo, deixá-lo, dá-se, abra-
túnios, por isso posso me queixar com razão. ça-o, lança-o e amá-lo-ei, falar-lhe-ei, etc.
B) Sempre houveram (houve) várias formas eficazes
para ultrapassarmos os infortúnios da vida. 10. Nas formações em que o prefixo tem como segun-
C) Devemos controlar nossas emoções todas as vezes do termo uma palavra iniciada por “h”: sub-hepático, ele-
que vermos (virmos) a pobreza e a miséria fazerem parte tro-higrómetro, geo-história, neo-helênico, extra-humano,
de nossa vida. semi-hospitalar, super- -homem.
D) É difícil entender o por quê (o porquê) de tanto so- 11. Nas formações em que o prefixo ou pseudo prefixo
frimento, principalmente daqueles que procuram viver com termina na mesma vogal do segundo elemento: micro-on-
dignidade e simplicidade. das, eletro-ótica, semi-interno, auto-observação, etc.
E) As dificuldades por que (= pelas quais; correto) pas- Obs: O hífen é suprimido quando para formar outros
samos certamente nos fazem mais fortes e preparados
termos: reaver, inábil, desumano, lobisomem, reabilitar.
para os infortúnios da vida.

HÍFEN - Lembre-se: ao separar palavras na translineação (mu-


dança de linha), caso a última palavra a ser escrita seja for-
O hífen é um sinal diacrítico (que distingue) usado mada por hífen, repita-o na próxima linha. Exemplo: escre-
para ligar os elementos de palavras compostas (couve-flor, verei anti-inflamatório e, ao final, coube apenas “anti-”. Na
ex-presidente) e para unir pronomes átonos a verbos (ofe- linha debaixo escreverei: “-inflamatório” (hífen em ambas
receram-me; vê-lo-ei). as linhas).
Serve igualmente para fazer a translineação de pala-
vras, isto é, no fim de uma linha, separar uma palavra em Não se emprega o hífen:
duas partes (ca-/sa; compa-/nheiro). 1. Nas formações em que o prefixo ou falso prefixo
termina em vogal e o segundo termo inicia-se em “r” ou
Uso do hífen que continua depois da Reforma Or- “s”. Nesse caso, passa-se a duplicar estas consoantes: antir-
tográfica:
religioso, contrarregra, infrassom, microssistema, minissaia,
microrradiografia, etc.
1. Em palavras compostas por justaposição que formam
uma unidade semântica, ou seja, nos termos que se unem 2. Nas constituições em que o prefixo ou pseudopre-
para formam um novo significado: tio-avô, porto-alegrense, fixo termina em vogal e o segundo termo inicia-se com
luso-brasileiro, tenente-coronel, segunda-feira, conta-gotas, vogal diferente: antiaéreo, extraescolar, coeducação, autoes-
guarda-chuva, arco- -íris, primeiro-ministro, azul-escuro. trada, autoaprendizagem, hidroelétrico, plurianual, autoes-
cola, infraestrutura, etc.
2. Em palavras compostas por espécies botânicas e 3. Nas formações, em geral, que contêm os prefixos
zoológicas: couve-flor, bem-te-vi, bem-me-quer, abóbora- “dês” e “in” e o segundo elemento perdeu o h inicial: desu-
menina, erva-doce, feijão-verde. mano, inábil, desabilitar, etc.

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LÍNGUA PORTUGUESA

4. Nas formações com o prefixo “co”, mesmo quando o A) (sub) chefe


segundo elemento começar com “o”: cooperação, coobriga- B) (sub) entender
ção, coordenar, coocupante, coautor, coedição, coexistir, etc. C) (sub) solo
5. Em certas palavras que, com o uso, adquiriram noção D) (sub) reptício
de composição: pontapé, girassol, paraquedas, paraquedis- E) (sub) liminar
ta, etc.
07.Assinale a alternativa em que todas as palavras es-
6. Em alguns compostos com o advérbio “bem”: benfei- tão grafadas corretamente:
to, benquerer, benquerido, etc. A) autocrítica, contramestre, extra-oficial
B) infra-assinado, infra-vermelho, infra-som
Questões sobre Hífen C) semi-círculo, semi-humano, semi-internato
D) supervida, superelegante, supermoda
01.Assinale a alternativa em que o hífen, conforme o E) sobre-saia, mini-saia, superssaia
novo Acordo, está sendo usado corretamente:
A) Ele fez sua auto-crítica ontem. 08.Assinale o item em que o uso do hífen está incor-
B) Ela é muito mal-educada. reto.
C) Ele tomou um belo ponta-pé. A) infraestrutura / super-homem / autoeducação
D) Fui ao super-mercado, mas não entrei. B) bem-vindo / antessala /contra-regra
E) Os raios infra-vermelhos ajudam em lesões. C) contramestre / infravermelho / autoescola
D) neoescolástico / ultrassom / pseudo-herói
02.Assinale a alternativa errada quanto ao emprego do E) extraoficial / infra-hepático /semirreta
hífen:
A) Pelo interfone ele comunicou bem-humorado que 09.Uma das alternativas abaixo apresenta incorreção
faria uma superalimentação. quanto ao emprego do hífen.
B) Nas circunvizinhanças há uma casa malassombrada. A) O pseudo-hermafrodita não tinha infraestrutura
C) Depois de comer a sobrecoxa, tomou um antiácido. para relacionamento extraconjugal.
D) Nossos antepassados realizaram vários anteproje- B) Era extraoficial a notícia da vinda de um extraterre-
tos. no.
E) O autodidata fez uma autoanálise. C) Ele estudou línguas neolatinas nas colônias ultrama-
rinas.
03.Assinale a alternativa incorreta quanto ao emprego D) O anti-semita tomou um anti-biótico e vacina an-
do hífen, respeitando-se o novo Acordo. tirrábica.
A) O semi-analfabeto desenhou um semicírculo. E) Era um suboficial de uma superpotência.
B) O meia-direita fez um gol de sem-pulo na semifinal
do campeonato. 10.Assinale a alternativa em que ocorre erro quanto ao
C) Era um sem-vergonha, pois andava seminu. emprego do hífen.
D) O recém-chegado veio de além-mar. A) Foi iniciada a campanha pró-leite.
E) O vice-reitor está em estado pós-operatório. B) O ex-aluno fez a sua autodefesa.
C) O contrarregra comeu um contra-filé.
04.Segundo o novo Acordo, entre as palavras pão duro D) Sua vida é um verdadeiro contrassenso.
(avarento), copo de leite (planta) e pé de moleque (doce) o E) O meia-direita deu início ao contra-ataque.
hífen é obrigatório:
A) em nenhuma delas. GABARITO
B) na segunda palavra.
C) na terceira palavra. 01. B 02. B 03. A 04. E 05. C
D) em todas as palavras. 06. D 07. D 08. B 09. D 10. C
E) na primeira e na segunda palavra.
RESOLUÇÃO
05.Fez um esforço __ para vencer o campeonato __.
Qual alternativa completa corretamente as lacunas? 1-)
A) sobreumano/interregional A) autocrítica
B) sobrehumano-interregional C) pontapé
C) sobre-humano / inter-regional D) supermercado
D) sobrehumano/ inter-regional E) infravermelhos
E) sobre-humano /interegional
2-)B) Nas circunvizinhanças há uma casa mal-assom-
06. Suponha que você tenha que agregar o prefixo brada.
sub- às palavras que aparecem nas alternativas a seguir.
Assinale aquela que tem de ser escrita com hífen: 3-) A) O semianalfabeto desenhou um semicírculo.

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LÍNGUA PORTUGUESA

4-) Certos fonemas podem ser representados por diferen-


a) pão-duro / b) copo-de-leite (planta) / c) pé de mo- tes letras. É o caso do fonema /s/, que pode ser representa-
leque (doce) do por: s (pensar) – ss (passado) – x (trouxe) – ç (caçar) – sc
a) Usa-se o hífen nas palavras compostas que não (nascer) – xc (excelente) – c (cinto) – sç (desço)
apresentam elementos de ligação.
b) Usa-se o hífen nos compostos que designam espé- Às vezes, a letra “x” pode representar mais de um fone-
cies animais e botânicas (nomes de plantas, flores, frutos, ma, como na palavra táxi. Nesse caso, o “x” representa dois
raízes, sementes), tenham ou não elementos de ligação. sons, pois lemos “táksi”. Portanto, a palavra táxi tem quatro
c) Não se usa o hífen em compostos que apresentam letras e cinco fonemas.
elementos de ligação. Em certas palavras, algumas letras não representam
nenhum fonema, como a letra h, por exemplo, em pala-
5-) Fez um esforço sobre-humano para vencer o cam- vras como hora, hoje, etc., ou como as letras m e n quando
peonato inter-regional. são usadas apenas para indicar a nasalização de uma vogal,
- Usa-se o hífen diante de palavra iniciada por h. como em canto, tinta, etc.
- Usa-se o hífen se o prefixo terminar com a mesma
letra com que se inicia a outra palavra Classificação dos Fonemas

6-) Com os prefixos sub e sob, usa-se o hífen também Os fonemas classificam-se em vogais, semivogais e
diante de palavra iniciada por r. : subchefe, subentender, consoantes.
subsolo, sub- -reptício (sem o hífen até a leitura da pala-
vra será alterada; /subre/, ao invés de /sub re/), subliminar Vogais: são fonemas resultantes das vibrações das
cordas vocais e em cuja produção a corrente de ar passa
7-) livremente na cavidade bucal. As vogais podem ser orais
A) autocrítica, contramestre, extraoficial e nasais.
B) infra-assinado, infravermelho, infrassom Orais: quando a corrente de ar passa apenas pela cavi-
C) semicírculo, semi-humano, semi-internato dade bucal. São elas: a, é, ê, i, ó, ô, u. Exemplos: já, pé, vê,
D) supervida, superelegante, supermoda = corretas ali, pó, dor, uva.
E) sobressaia, minissaia, supersaia Nasais: quando a corrente de ar passa pela cavidade
bucal e nasal. A nasalidade pode ser indicada pelo til (~)
8-) B) bem-vindo / antessala / contrarregra ou pelas letras n e m. Exemplos: mãe, venda, lindo, pomba,
nunca.
9-) D) O antissemita tomou um antibiótico e vacina an-
tirrábica. Observação: As vogais ainda podem ser tônicas ou áto-
nas, dependendo da intensidade com que são pronuncia-
10-) C) O contrarregra comeu um contrafilé. das. A vogal tônica é pronunciada com maior intensidade:
café, bola, vidro. A vogal átona é pronunciada com menor
intensidade: café, bola, vidro.
RELAÇÕES ENTRE FONEMAS E GRAFIAS.
Semivogais: são os fonemas /i/ e /u/ quando, juntos
de uma vogal, formam com ela uma mesma sílaba. Obser-
LETRA E FONEMA ve, por exemplo, a palavra papai. Ela é formada de duas
sílabas: pa-pai. Na sílaba pai, o fonema vocálico /i/ não é
Letra é o sinal gráfico da escrita. Exemplos: pipoca tão forte quanto o fonema vocálico /a/; nesse caso, o /i/ é
(tem 6 letras); hoje (tem 4 letras). semivogal.

Fonema é o menor elemento sonoro capaz de esta- Consoantes: são os fonemas em que a corrente de ar,
belecer uma distinção de significado entre palavras. Veja, emitida para sua produção, teve de forçar passagem na
nos exemplos, os fonemas que marcam a distinção entre boca, onde determinado movimento articulatório lhe criou
os pares de palavras: embaraço. Exemplos: gato, pena, lado.

bar – mar tela – vela sela – sala Encontro Vocálicos

Não confunda os fonemas com as letras. Fonema é um - Ditongos: é o encontro de uma vogal e uma semi-
elemento acústico e a letra é um sinal gráfico que repre- vogal (ou vice-versa) numa mesma sílaba. Exemplos: pai
senta o fonema. Nem sempre o número de fonemas de (vogal + semivogal = ditongo decrescente); ginásio (semi-
uma palavra corresponde ao número de letras que usamos vogal + vogal = ditongo crescente).
para escrevê-la. Na palavra chuva, por exemplo, temos - Tritongos: é o encontro de uma semivogal com uma
quatro fonemas, isto é, quatro unidades sonoras [xuva] e vogal e outra semivogal numa mesma sílaba. Exemplo: Pa-
cinco letras. raguai.

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LÍNGUA PORTUGUESA

- Hiatos: é a sequência de duas vogais numa mesma EXERCÍCIOS


palavra mas que pertencem a sílabas diferentes, pois nunca
há mais de uma vogal numa sílaba. Exemplos: saída (sa-í- 01. A palavra que apresenta tantos fonemas quantas
da), juiz ( ju-iz) são as letras que a compõem é:
a) importância
Encontro Consonantais b) milhares
c) sequer
Ocorre quando há um grupo de consoantes sem vogal d) técnica
intermediária. Exemplos: flor, grade, digno. e) adolescente

Dígrafos 02. Em qual das palavras abaixo a letra x apresenta não


um, mas dois fonemas?
Grupo de duas letras que representa apenas um fone- a) exemplo
ma. Exemplos: passo (ss = fonema /s/), nascimento (sc = b) complexo
fonema /s/), queijo (qu = fonema /k/)
c) próximos
d) executivo
Os dígrafos podem ser consonantais e vocálicos.
e) luxo
- Consonantais: ch (chuva), sc (nascer), ss (osso), sç
(desça), lh (filho), xc (excelente), qu (quente), nh (vinho), rr 03. Qual palavra possui dois dígrafos?
(ferro), gu (guerra) a) fechar
- Vocálicos: am, an (tampa, canto), em, en (tempo, ven- b) sombra
to), im, in (limpo, cinto), om, on (comprar, tonto), um, un c) ninharia
(tumba, mundo) d) correndo
e) pêssego
Atenção: nos dígrafos, as duas letras representam um
só fonema; nos encontros consonantais, cada letra repre- 04. Indique a alternativa cuja sequência de vocábulos
senta um fonema. apresenta, na mesma ordem, o seguinte: ditongo, hiato, hia-
to, ditongo.
Observe de acordo com os exemplos que o número a) jamais / Deus / luar / daí
de letras e fonemas não precisam ter a mesma quantidade. b) joias / fluir / jesuíta / fogaréu
- Chuva: tem 5 letras e 4 fonemas, já que o “ch” tem c) ódio / saguão / leal / poeira
um único som. d) quais / fugiu / caiu / história
- Hipopótamo: tem 10 letras e 9 fonemas, já que o “h” 05. Os vocabulários passarinho e querida possuem:
não tem som.
- Galinha: tem 7 letras e 6 fonemas, já que o “nh” tem a) 6 e 8 fonemas respectivamente;
um único som. b)10 e 7 fonemas respectivamente;
- Pássaro: tem 7 letras e 6 fonemas, já que o “ss” só tem c) 9 e 6 fonemas respectivamente;
um único som. d) 8 e 6 fonemas respectivamente;
- Nascimento: 10 letras e 8 fonemas, já que não se pro- e) 7 e 6 fonemas respectivamente.
nuncia o “s” e o “en” tem um único som.
- Exceção: 7 letras e 6 fonemas, já que não tem som o 06. Quantos fonemas existem na palavra paralelepípedo:
“x”.
- Táxi: 4 letras e 5 fonemas, já que o “x” tem som de
a) 7
“ks”.
b) 12
- Guitarra: 8 letras e 6 fonemas, já que o “gu” tem um
c) 11
único som e o “rr” também tem um único som.
d) 14
- Queijo: 6 letras e 5 fonemas, já que o “qu” tem um
único som. e) 15

Repare que através do exemplo a mudança de apenas 07. Os vocábulos pequenino e drama apresentam, res-
uma letra ou fonema gera novas palavras: C a v a l o / C a v pectivamente:
a d o / C a l a d o / C o l a d o / S o l a d o.
a) 4 e 2 fonemas
b) 9 e 5 fonemas
c) 8 e 5 fonemas
d) 7 e 7 fonemas
e) 8 e 4 fonemas

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LÍNGUA PORTUGUESA

08. O “I” não é semivogal em: Oxítonas – São aquelas cuja sílaba tônica recai sobre a
última sílaba. Ex.: café – coração – cajá – atum – caju – papel
a) Papai Paroxítonas – São aquelas em que a sílaba tônica recai
b) Azuis na penúltima sílaba. Ex.: útil – tórax – táxi – leque – retrato
c) Médio – passível
d) Rainha Proparoxítonas - São aquelas em que a sílaba tônica
e) Herói está na antepenúltima sílaba. Ex.: lâmpada – câmara – tím-
pano – médico – ônibus
09. Assinale a alternativa que apresenta apenas hiatos:
Como podemos observar, os vocábulos possuem mais
a) muito, faísca, balaústre. de uma sílaba, mas em nossa língua existem aqueles com
b) guerreiro, gratuito, intuito. uma sílaba somente: são os chamados monossílabos que,
c) fluido, fortuito, Piauí. quando pronunciados, apresentam certa diferenciação
d) tua, lua, nua. quanto à intensidade.
e) n.d.a. Tal diferenciação só é percebida quando os pronun-
ciamos em uma dada sequência de palavras. Assim como
10. Em qual dos itens abaixo todas as palavras apresen- podemos observar no exemplo a seguir:
tam ditongo crescente:
“Sei que não vai dar em nada,
a) Lei, Foice, Roubo Seus segredos sei de cor”.
b) Muito, Alemão, Viu
c) Linguiça, História, Área Os monossílabos classificam-se como tônicos; os de-
d) Herói, Jeito, Quilo mais, como átonos (que, em, de).
e) Equestre, Tênue, Ribeirão
Os acentos
RESPOSTAS:
acento agudo (´) – Colocado sobre as letras «a», «i»,
01-D (Em d, a palavra possui 7 fonemas e 7 letras. Nas «u» e sobre o «e» do grupo “em” - indica que estas letras
demais alternativas, tem-se: a) 10 fonemas / 11 letras; b) 7 representam as vogais tônicas de palavras como Amapá,
fonemas / 8 letras; c) 5 fonemas / 6 letras; e) 9 fonemas / caí, público, parabéns. Sobre as letras “e” e “o” indica, além
11 letras). da tonicidade, timbre aberto.Ex.: herói – médico – céu (di-
02-B (a palavra complexo, o x equivale ao fonema /ks/). tongos abertos)
03-D (Em d, há o dígrafo “rr” e o dígrafo nasal “en”). acento circunflexo (^) – colocado sobre as letras “a”,
04-B (Observe os encontros: oi, u - i, u - í e eu). “e” e “o” indica, além da tonicidade, timbre fechado: Ex.:
05-D / 06-D / 07-C / 08-D / 09-D / 10-C tâmara – Atlântico – pêssego – supôs
acento grave (`) – indica a fusão da preposição “a” com
artigos e pronomes. Ex.: à – às – àquelas – àqueles
ACENTUAÇÃO GRÁFICA. trema ( ¨ ) – De acordo com a nova regra, foi total-
mente abolido das palavras. Há uma exceção: é utilizado
em palavras derivadas de nomes próprios estrangeiros. Ex.:
A acentuação é um dos requisitos que perfazem as re- mülleriano (de Müller)
gras estabelecidas pela Gramática Normativa. Esta se com- til (~) – indica que as letras “a” e “o” representam vo-
põe de algumas particularidades, às quais devemos estar gais nasais. Ex.: coração – melão – órgão – ímã
atentos, procurando estabelecer uma relação de familia-
ridade e, consequentemente, colocando-as em prática na Regras fundamentais:
linguagem escrita.
À medida que desenvolvemos o hábito da leitura e a Palavras oxítonas:
prática de redigir, automaticamente aprimoramos essas Acentuam-se todas as oxítonas terminadas em: “a”, “e”,
competências, e logo nos adequamos à forma padrão. “o”, “em”, seguidas ou não do plural(s): Pará – café(s) – ci-
pó(s) – armazém(s)
Regras básicas – Acentuação tônica Essa regra também é aplicada aos seguintes casos:
Monossílabos tônicos terminados em “a”, “e”, “o”, se-
A acentuação tônica implica na intensidade com que guidos ou não de “s”. Ex.: pá – pé – dó – há
são pronunciadas as sílabas das palavras. Aquela que se dá Formas verbais terminadas em “a”, “e”, “o” tônicos, se-
de forma mais acentuada, conceitua-se como sílaba tônica. guidas de lo, la, los, las. Ex. respeitá-lo – percebê-lo – com-
As demais, como são pronunciadas com menos intensida- pô-lo
de, são denominadas de átonas.
De acordo com a tonicidade, as palavras são classifi-
cadas como:

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LÍNGUA PORTUGUESA

Paroxítonas: Repare:
Acentuam-se as palavras paroxítonas terminadas em: 1-) O menino crê em você
- i, is : táxi – lápis – júri Os meninos creem em você.
- us, um, uns : vírus – álbuns – fórum 2-) Elza lê bem!
- l, n, r, x, ps : automóvel – elétron - cadáver – tórax – Todas leem bem!
fórceps 3-) Espero que ele dê o recado à sala.
- ã, ãs, ão, ãos : ímã – ímãs – órfão – órgãos Esperamos que os garotos deem o recado!
-- Dica da Zê!: Memorize a palavra LINURXÃO. Para 4-) Rubens vê tudo!
quê? Repare que essa palavra apresenta as terminações das Eles veem tudo!
paroxítonas que são acentuadas: L, I N, U (aqui inclua UM =
fórum), R, X, Ã, ÃO. Assim ficará mais fácil a memorização! * Cuidado! Há o verbo vir:
Ele vem à tarde!
-ditongo oral, crescente ou decrescente, seguido ou Eles vêm à tarde!
não de “s”: água – pônei – mágoa – jóquei
Não se acentuam o “i” e o “u” que formam hiato quan-
do seguidos, na mesma sílaba, de l, m, n, r ou z. Ra-ul, ru
Regras especiais:
-im, con-tri-bu-in-te, sa-ir, ju-iz
Não se acentuam as letras “i” e “u” dos hiatos se esti-
Os ditongos de pronúncia aberta “ei”, “oi” (ditongos verem seguidas do dígrafo nh. Ex: ra-i-nha, ven-to-i-nha.
abertos), que antes eram acentuados, perderam o acento Não se acentuam as letras “i” e “u” dos hiatos se vierem
de acordo com a nova regra, mas desde que estejam em precedidas de vogal idêntica: xi-i-ta, pa-ra-cu-u-ba
palavras paroxítonas. As formas verbais que possuíam o acento tônico na
raiz, com “u” tônico precedido de “g” ou “q” e seguido de
* Cuidado: Se os ditongos abertos estiverem em uma “e” ou “i” não serão mais acentuadas. Ex.:
palavra oxítona (herói) ou monossílaba (céu) ainda são Antes Depois
acentuados. Ex.: herói, céu, dói, escarcéu. apazigúe (apaziguar) apazigue
averigúe (averiguar) averigue
Antes Agora argúi (arguir) argui
assembléia assembleia
idéia ideia Acentuam-se os verbos pertencentes à terceira pessoa
geléia geleia do plural de: ele tem – eles têm / ele vem – eles vêm (verbo
jibóia jiboia vir)
apóia (verbo apoiar) apoia A regra prevalece também para os verbos conter, ob-
paranóico paranoico ter, reter, deter, abster.
ele contém – eles contêm
Quando a vogal do hiato for “i” ou “u” tônicos, acom- ele obtém – eles obtêm
panhados ou não de “s”, haverá acento. Ex.: saída – faísca ele retém – eles retêm
– baú – país – Luís ele convém – eles convêm

Observação importante: Não se acentuam mais as palavras homógrafas que


Não serão mais acentuados “i” e “u” tônicos, formando antes eram acentuadas para diferenciá-las de outras seme-
hiato quando vierem depois de ditongo: Ex.: lhantes (regra do acento diferencial). Apenas em algumas
exceções, como:
Antes Agora
A forma verbal pôde (terceira pessoa do singular do
bocaiúva bocaiuva
pretérito perfeito do modo indicativo) ainda continua sen-
feiúra feiura
do acentuada para diferenciar-se de pode (terceira pessoa
Sauípe Sauipe
do singular do presente do indicativo). Ex:
Ela pode fazer isso agora.
O acento pertencente aos encontros “oo” e “ee” foi Elvis não pôde participar porque sua mão não deixou...
abolido. Ex.: O mesmo ocorreu com o verbo pôr para diferenciar da
Antes Agora preposição por.
crêem creem - Quando, na frase, der para substituir o “por” por “co-
lêem leem locar”, estaremos trabalhando com um verbo, portanto:
vôo voo “pôr”; nos outros casos, “por” preposição. Ex:
enjôo enjoo Faço isso por você.
Posso pôr (colocar) meus livros aqui?
- Agora memorize a palavra CREDELEVÊ. São os verbos
que, no plural, dobram o “e”, mas que não recebem mais
acento como antes: CRER, DAR, LER e VER.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Questões sobre Acentuação Gráfica 08. (CORREIOS – CARTEIRO – CESPE/2011) São acen-
tuados graficamente de acordo com a mesma regra de
01. (TJ/SP – AGENTE DE FISCALIZAÇÃO JUDICIÁRIA – acentuação gráfica os vocábulos
VUNESP/2010) Assinale a alternativa em que as palavras A) também e coincidência.
são acentuadas graficamente pelos mesmos motivos que B) quilômetros e tivéssemos.
justificam, respectivamente, as acentuações de: década, C) jogá-la e incrível.
relógios, suíços. D) Escócia e nós.
(A) flexíveis, cartório, tênis. E) correspondência e três.
(B) inferência, provável, saída.
(C) óbvio, após, países. 09. (IBAMA – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CES-
(D) islâmico, cenário, propôs. PE/2012) As palavras “pó”, “só” e “céu” são acentuadas de
(E) república, empresária, graúda. acordo com a mesma regra de acentuação gráfica.
(...) CERTO ( ) ERRADO
02. (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAU-
LO - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – VUNESP/2013) GABARITO
Assinale a alternativa com as palavras acentuadas segundo
as regras de acentuação, respectivamente, de intercâmbio 01. E 02. D 03. E 04. C 05. E
e antropológico. 06. C 07. D 08. B 09. E
(A) Distúrbio e acórdão.
(B) Máquina e jiló. RESOLUÇÃO
(C) Alvará e Vândalo.
(D) Consciência e características. 1-) Década = proparoxítona / relógios = paroxítona
(E) Órgão e órfãs. terminada em ditongo / suíços = regra do hiato
(A) flexíveis e cartório = paroxítonas terminadas em
03. (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO ACRE – ditongo / tênis = paroxítona terminada em “i” (seguida
TÉCNICO EM MICROINFORMÁTICA - CESPE/2012) As pa- de “s”)
lavras “conteúdo”, “calúnia” e “injúria” são acentuadas de (B) inferência = paroxítona terminada em ditongo /
acordo com a mesma regra de acentuação gráfica. provável = paroxítona terminada em “l” / saída = regra do
( ) CERTO ( ) ERRADO hiato
(C) óbvio = paroxítona terminada em ditongo / após
04. (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS
= oxítona terminada em “o” + “s” / países = regra do hiato
GERAIS – OFICIAL JUDICIÁRIO – FUNDEP/2010) Assinale a
(D) islâmico = proparoxítona / cenário = paroxítona
afirmativa em que se aplica a mesma regra de acentuação.
terminada em ditongo / propôs = oxítona terminada em
A) tevê – pôde – vê
“o” + “s”
B) únicas – histórias – saudáveis
(E) república = proparoxítona / empresária = paroxíto-
C) indivíduo – séria – noticiários
na terminada em ditongo / graúda = regra do hiato
D) diário – máximo – satélite
2-) Para que saibamos qual alternativa assinalar, primei-
05. (ANATEL – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CES-
PE/2012) Nas palavras “análise” e “mínimos”, o emprego ro temos que classificar as palavras do enunciado quanto à
do acento gráfico tem justificativas gramaticais diferentes. posição de sua sílaba tônica:
(...) CERTO ( ) ERRADO Intercâmbio = paroxítona terminada em ditongo; An-
tropológico = proparoxítona (todas são acentuadas). Ago-
06. (ANCINE – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CES- ra, vamos à análise dos itens apresentados:
PE/2012) Os vocábulos “indivíduo”, “diária” e “paciência” (A) Distúrbio = paroxítona terminada em ditongo;
recebem acento gráfico com base na mesma regra de acórdão = paroxítona terminada em “ão”
acentuação gráfica. (B) Máquina = proparoxítona; jiló = oxítona terminada
(...) CERTO ( ) ERRADO em “o”
(C) Alvará = oxítona terminada em “a”; Vândalo = pro-
paroxítona
07. (BACEN – TÉCNICO DO BANCO CENTRAL – CES- (D) Consciência = paroxítona terminada em ditongo;
GRANRIO/2010) As palavras que se acentuam pelas mes- características = proparoxítona
mas regras de “conferência”, “razoável”, “países” e “será”, (E) Órgão e órfãs = ambas: paroxítona terminada em
respectivamente, são “ão” e “ã”, respectivamente.
a) trajetória, inútil, café e baú.
b) exercício, balaústre, níveis e sofá. 3-) “Conteúdo” é acentuada seguindo a regra do hiato;
c) necessário, túnel, infindáveis e só. calúnia = paroxítona terminada em ditongo; injúria = paro-
d) médio, nível, raízes e você. xítona terminada em ditongo.
e) éter, hífen, propôs e saída. RESPOSTA: “ERRADO”.

19
LÍNGUA PORTUGUESA

4-) B) quilômetros e tivéssemos.


A) tevê – pôde – vê Quilômetros = proparoxítona; tivéssemos = proparo-
Tevê = oxítona terminada em “e”; pôde (pretérito per- xítona
feito do Indicativo) = acento diferencial (que ainda preva- C) jogá-la e incrível.
lece após o Novo Acordo Ortográfico) para diferenciar de Oxítona terminada em “a”; incrível = paroxítona termi-
“pode” – presente do Indicativo; vê = monossílaba termi- nada em “l’
nada em “e” D) Escócia e nós.
B) únicas – histórias – saudáveis Escócia = paroxítona terminada em ditongo; nós = mo-
Únicas = proparoxítona; história = paroxítona termi- nossílaba terminada em “o + s”
nada em ditongo; saudáveis = paroxítona terminada em E) correspondência e três.
ditongo. Correspondência = paroxítona terminada em ditongo;
C) indivíduo – séria – noticiários três = monossílaba terminada em “e + s”
Indivíduo = paroxítona terminada em ditongo; séria =
paroxítona terminada em ditongo; noticiários = paroxítona 9-) Pó = monossílaba terminada em “o”; só = monos-
terminada em ditongo. sílaba terminada em “o”; céu = monossílaba terminada em
D) diário – máximo – satélite ditongo aberto “éu”.
Diário = paroxítona terminada em ditongo; máximo = RESPOSTA: “ERRADO”.
proparoxítona; satélite = proparoxítona.

5-) Análise = proparoxítona / mínimos = proparoxíto-


MORFOLOGIA: ESTRUTURA E FORMAÇÃO DE
na. Ambas são acentuadas pela mesma regra (antepenúlti-
ma sílaba é tônica, “mais forte”). PALAVRAS.
RESPOSTA: “ERRADO”.

6-) Indivíduo = paroxítona terminada em ditongo; diá- ESTRUTURA E FORMAÇÃO DE PALAVRAS


ria = paroxítona terminada em ditongo; paciência = paro-
xítona terminada em ditongo. Os três vocábulos são acen- Estudar a estrutura é conhecer os elementos formado-
tuados devido à mesma regra. res das palavras. Assim, compreendemos melhor o signifi-
RESPOSTA: “CERTO”.
cado de cada uma delas. As palavras podem ser divididas
em unidades menores, a que damos o nome de elementos
7-) Vamos classificar as palavras do enunciado:
mórficos ou morfemas.
1-) Conferência = paroxítona terminada em ditongo
Vamos analisar a palavra “cachorrinhas”. Nessa palavra
2-) razoável = paroxítona terminada em “l’
observamos facilmente a existência de quatro elementos.
3-) países = regra do hiato
4-) será = oxítona terminada em “a” São eles:
cachorr - este é o elemento base da palavra, ou seja,
a) trajetória, inútil, café e baú. aquele que contém o significado.
Trajetória = paroxítona terminada em ditongo; inútil = inh - indica que a palavra é um diminutivo
paroxítona terminada em “l’; café = oxítona terminada em a - indica que a palavra é feminina
“e” s - indica que a palavra se encontra no plural
b) exercício, balaústre, níveis e sofá.
Exercício = paroxítona terminada em ditongo; balaús- Morfemas: unidades mínimas de caráter significativo.
tre = regra do hiato; níveis = paroxítona terminada em “i + Existem palavras que não comportam divisão em unidades
s”; sofá = oxítona terminada em “a”. menores, tais como: mar, sol, lua, etc. São elementos mór-
c) necessário, túnel, infindáveis e só. ficos:
Necessário = paroxítona terminada em ditongo; túnel - Raiz, Radical, Tema: elementos básicos e significa-
= paroxítona terminada em “l’; infindáveis = paroxítona ter- tivos
minada em “i + s”; só = monossílaba terminada em “o”. - Afixos (Prefixos, Sufixos), Desinência, Vogal Te-
d) médio, nível, raízes e você. mática: elementos modificadores da significação dos pri-
Médio = paroxítona terminada em ditongo; nível = pa- meiros
roxítona terminada em “l’; raízes = regra do hiato; será = - Vogal de Ligação, Consoante de Ligação: elemen-
oxítona terminada em “a”. tos de ligação ou eufônicos.
e) éter, hífen, propôs e saída.
Éter = paroxítona terminada em “r”; hífen = paroxítona Raiz: É o elemento originário e irredutível em que se
terminada em “n”; propôs = oxítona terminada em “o + s”; concentra a significação das palavras, consideradas do ân-
saída = regra do hiato. gulo histórico. É a raiz que encerra o sentido geral, comum
às palavras da mesma família etimológica. Exemplo: Raiz
8-) noc [Latim nocere = prejudicar] tem a significação geral
A) também e coincidência. de causar dano, e a ela se prendem, pela origem comum,
Também = oxítona terminada em “e + m”; coincidência as palavras nocivo, nocividade, inocente, inocentar, inócuo,
= paroxítona terminada em ditongo etc.

20
LÍNGUA PORTUGUESA

Uma raiz pode sofrer alterações: at-o; at-or; at-ivo; aç Tema: é o grupo formado pelo radical mais vogal te-
-ão; ac-ionar; mática. Nos verbos citados acima, os temas são: busca-,
rompe-, proibi-
Radical:
Vogais e Consoantes de Ligação: As vogais e con-
Observe o seguinte grupo de palavras: livr-o; livr-inho; soantes de ligação são morfemas que surgem por motivos
livr-eiro; livr-eco. Você reparou que há um elemento co- eufônicos, ou seja, para facilitar ou mesmo possibilitar a
mum nesse grupo? Você reparou que o elemento livr serve pronúncia de uma determinada palavra. Exemplos: pari-
de base para o significado? Esse elemento é chamado de siense (paris= radical, ense=sufixo, vogal de ligação=i); gas
radical (ou semantema). Elemento básico e significativo das -ô-metro, alv-i-negro, tecn-o-cracia, pau-l-ada, cafe-t-eira,
palavras, consideradas sob o aspecto gramatical e prático. cha-l-eira, inset-i-cida, pe-z-inho, pobr-e-tão, etc.
É encontrado através do despojo dos elementos secundá-
rios (quando houver) da palavra. Exemplo: cert-o; cert-eza; Formação das Palavras: existem dois processos bá-
in-cert-eza.
sicos pelos quais se formam as palavras: a Derivação e a
Composição. A diferença entre ambos consiste basica-
Afixos: são elementos secundários (geralmente sem
mente em que, no processo de derivação, partimos sempre
vida autônoma) que se agregam a um radical ou tema para
de um único radical, enquanto no processo de composição
formar palavras derivadas. Sabemos que o acréscimo do
morfema “-mente”, por exemplo, cria uma nova palavra a sempre haverá mais de um radical.
partir de “certo”: certamente, advérbio de modo. De ma-
neira semelhante, o acréscimo dos morfemas “a-” e “-ar” Derivação: é o processo pelo qual se obtém uma pa-
à forma “cert-” cria o verbo acertar. Observe que a- e -ar lavra nova, chamada derivada, a partir de outra já existente,
são morfemas capazes de operar mudança de classe gra- chamada primitiva. Exemplo: Mar (marítimo, marinheiro,
matical na palavra a que são anexados. marujo); terra (enterrar, terreiro, aterrar). Observamos que
Quando são colocados antes do radical, como aconte- «mar» e «terra» não se formam de nenhuma outra palavra,
ce com “a-”, os afixos recebem o nome de prefixos. Quan- mas, ao contrário, possibilitam a formação de outras, por
do, como “-ar”, surgem depois do radical, os afixos são meio do acréscimo de um sufixo ou prefixo. Logo, mar e
chamados de sufixos. Exemplo: in-at-ivo; em-pobr-ecer; terra são palavras primitivas, e as demais, derivadas. 
inter-nacion-al.
Tipos de Derivação
Desinências: são os elementos terminais indicativos
das flexões das palavras. Existem dois tipos: - Derivação Prefixal ou Prefixação: resulta do acrés-
- Desinências Nominais: indicam as flexões de gêne- cimo de prefixo à palavra primitiva, que tem o seu significa-
ro (masculino e feminino) e de número (singular e plural) do alterado: crer- descrer; ler- reler; capaz- incapaz.
dos nomes. Exemplos: aluno-o / aluno-s; alun-a / aluna-s. - Derivação Sufixal ou Sufixação: resulta de acrésci-
Só podemos falar em desinências nominais de gêne- mo de sufixo à palavra primitiva, que pode sofrer alteração
ros e de números em palavras que admitem tais flexões, de significado ou mudança de classe gramatical: alfabetiza-
como nos exemplos acima. Em palavras como mesa, tribo, ção. No exemplo, o sufixo -ção transforma em substantivo
telefonema, por exemplo, não temos desinência nominal o verbo alfabetizar. Este, por sua vez, já é derivado do subs-
de gênero. Já em pires, lápis, ônibus não temos desinência tantivo alfabeto pelo acréscimo do sufixo -izar.
nominal de número.
A derivação sufixal pode ser:
- Desinências Verbais: indicam as flexões de número
Nominal, formando substantivos e adjetivos: papel –
e pessoa e de modo e tempo dos verbos. A desinência
papelaria; riso – risonho.
“-o”, presente em “am-o”, é uma desinência número pes-
Verbal, formando verbos: atual - atualizar.
soal, pois indica que o verbo está na primeira pessoa do
Adverbial, formando advérbios de modo: feliz – feliz-
singular; “-va”, de “ama-va”, é desinência modo-temporal:
caracteriza uma forma verbal do pretérito imperfeito do in- mente.
dicativo, na 1ª conjugação.
- Derivação Parassintética ou Parassíntese: Ocorre
Vogal Temática: é a vogal que se junta ao radical, pre- quando a palavra derivada resulta do acréscimo simultâ-
parando-o para receber as desinências. Nos verbos, distin- neo de prefixo e sufixo à palavra primitiva. Por meio da
guem-se três vogais temáticas: parassíntese formam-se nomes (substantivos e adjetivos)
- Caracteriza os verbos da 1ª conjugação: buscar, bus- e verbos. Considere o adjetivo “triste”. Do radical “trist-”
cavas, etc. formamos o verbo entristecer através da junção simultâ-
- Caracteriza os verbos da 2ª conjugação: romper, nea do prefixo  “en-” e do sufixo “-ecer”. A presença de
rompemos, etc. apenas um desses afixos não é suficiente para formar uma
- Caracteriza os verbos da 3ª conjugação: proibir, proi- nova palavra, pois em nossa língua não existem as palavras
birá, etc. “entriste”, nem “tristecer”. Exemplos:

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LÍNGUA PORTUGUESA

emudecer Os particípios passam a substantivos ou adjetivos:


mudo – palavra inicial Aquele garoto alcançou um feito passando no concurso.
e – prefixo Os infinitivos passam a substantivos: O andar de Ro-
mud – radical berta era fascinante; O badalar dos sinos soou na cidade-
ecer – sufixo zinha.
Os substantivos passam a adjetivos: O funcionário fan-
desalmado tasma foi despedido; O menino prodígio resolveu o pro-
alma – palavra inicial blema.
des – prefixo Os adjetivos passam a advérbios: Falei baixo para que
alm – radical ninguém escutasse.
ado – sufixo Palavras invariáveis passam a substantivos: Não enten-
do o porquê disso tudo.
Não devemos confundir derivação parassintética, em Substantivos próprios tornam-se comuns: Aquele
que o acréscimo de sufixo e de prefixo é obrigatoriamente coordenador é um caxias! (chefe severo e exigente)
simultâneo, com casos como os das palavras desvaloriza-
ção e desigualdade. Nessas palavras, os afixos são acopla-
Os processos de derivação vistos anteriormente fazem
dos em sequência: desvalorização provém de desvalorizar,
parte da Morfologia porque implicam alterações na forma
que provém de valorizar, que por sua vez provém de valor.
das palavras. No entanto, a derivação imprópria lida basica-
É impossível fazer o mesmo com palavras formadas
mente com seu significado, o que acaba caracterizando um
por parassíntese: não se pode dizer que expropriar provém
de “propriar” ou de “expróprio”, pois tais palavras não exis- processo semântico. Por essa razão, entendemos o motivo
tem. Logo, expropriar provém diretamente de próprio, pelo pelo qual é denominada “imprópria”.
acréscimo concomitante de prefixo e sufixo.
- Derivação Regressiva: ocorre derivação regressiva Composição: é o processo que forma palavras com-
quando uma palavra é formada não por acréscimo, mas postas, a partir da junção de dois ou mais radicais. Existem
por redução: comprar (verbo), compra (substantivo); beijar dois tipos:
(verbo), beijo (substantivo).
- Composição por Justaposição: ao juntarmos duas
Para descobrirmos se um substantivo deriva de um ou mais palavras ou radicais, não ocorre alteração fonética:
verbo ou se ocorre o contrário, podemos seguir a seguinte passatempo, quinta-feira, girassol, couve-flor. Em «giras-
orientação: sol» houve uma alteração na grafia (acréscimo de um «s»)
- Se o substantivo denota ação, será palavra derivada, justamente para manter inalterada a sonoridade da palavra.
e o verbo palavra primitiva.
- Se o nome denota algum objeto ou substância, veri- - Composição por Aglutinação: ao unirmos dois ou
fica-se o contrário. mais vocábulos ou radicais, ocorre supressão de um ou
Vamos observar os exemplos acima: compra e beijo in- mais de seus elementos fonéticos: embora (em boa hora);
dicam ações, logo, são palavras derivadas. O mesmo não fidalgo (filho de algo - referindo-se a família nobre); hi-
ocorre, porém, com a palavra âncora, que é um objeto. drelétrico (hidro + elétrico); planalto (plano alto). Ao agluti-
Neste caso, um substantivo primitivo que dá origem ao narem-se, os componentes subordinam-se a um só acento
verbo ancorar. tônico, o do último componente.
Por derivação regressiva, formam-se basicamente - Redução: algumas palavras apresentam, ao lado de
substantivos a partir de verbos. Por isso, recebem o nome sua forma plena, uma forma reduzida. Observe: auto - por
de substantivos deverbais. Note que na linguagem popu- automóvel; cine - por cinema; micro - por microcomputa-
lar, são frequentes os exemplos de palavras formadas por
dor; Zé - por José. Como exemplo de redução ou simpli-
derivação regressiva. o portuga (de português); o boteco
ficação de palavras, podem ser citadas também as siglas,
(de botequim); o comuna (de comunista); agito (de agitar);
muito frequentes na comunicação atual.
amasso (de amassar); chego (de chegar)

O processo normal é criar um verbo a partir de um - Hibridismo: ocorre hibridismo na palavra em cuja
substantivo. Na derivação regressiva, a língua procede em formação entram elementos de línguas diferentes: auto
sentido inverso: forma o substantivo a partir do verbo. (grego) + móvel (latim).

- Derivação Imprópria: A derivação imprópria ocorre - Onomatopeia: numerosas palavras devem sua ori-
quando determinada palavra, sem sofrer qualquer acrésci- gem a uma tendência constante da fala humana para imi-
mo ou supressão em sua forma, muda de classe gramatical. tar as vozes e os ruídos da natureza. As onomatopeias são
Neste processo: vocábulos que reproduzem aproximadamente os sons e as
Os adjetivos passam a substantivos: Os bons serão vozes dos seres: miau, zumzum, piar, tinir, urrar, chocalhar,
contemplados. cocoricar, etc.

22
LÍNGUA PORTUGUESA

Prefixos: os prefixos são morfemas que se colocam proto-: início, começo, anterioridade: proto-história,
antes dos radicais basicamente a fim de modificar-lhes o protótipo, protomártir.
sentido; raramente esses morfemas produzem mudança poli-: multiplicidade: polissílabo, polissíndeto, politeís-
de classe gramatical. Os prefixos ocorrentes em palavras mo.
portuguesas se originam do latim e do grego, línguas em sin-, sim-: simultaneidade, companhia: síntese, sinfo-
que funcionavam como preposições ou advérbios, logo, nia, simpatia, sinopse.
como vocábulos autônomos.  Alguns prefixos foram pou- tele-: distância, afastamento: televisão, telepatia, telé-
co ou nada produtivos em português. Outros, por sua vez, grafo.
tiveram grande vitalidade na formação de novas palavras:
a- , contra- , des- , em-  (ou en-) , es- , entre- re- , sub- , Prefixos de Origem Latina
super- , anti-.
a-, ab-, abs-: afastamento, separação: aversão, abuso,
Prefixos de Origem Grega abstinência, abstração.
a-, ad-: aproximação, movimento para junto: adjun-
a-, an-: afastamento, privação, negação, insuficiência, to,advogado, advir, aposto.
carência: anônimo, amoral, ateu, afônico. ante-: anterioridade, procedência: antebraço, antessa-
ana-: inversão, mudança, repetição: analogia, análise, la, anteontem, antever.
ambi-: duplicidade: ambidestro, ambiente, ambiguida-
anagrama, anacrônico.
de, ambivalente.
anfi-: em redor, em torno, de um e outro lado, duplici-
ben(e)-, bem-: bem, excelência de fato ou ação: bene-
dade: anfiteatro, anfíbio, anfibologia.
fício, bendito.
anti-: oposição, ação contrária: antídoto, antipatia, an-
bis-, bi-:  repetição, duas vezes: bisneto, bimestral, bi-
tagonista, antítese. savô, biscoito.
apo-: afastamento, separação: apoteose, apóstolo, circu(m)-: movimento em torno: circunferência, cir-
apocalipse, apologia. cunscrito, circulação.
arqui-, arce-: superioridade hierárquica, primazia, ex- cis-: posição aquém: cisalpino, cisplatino, cisandino.
cesso: arquiduque, arquétipo, arcebispo, arquimilionário. co-, con-, com-: companhia, concomitância: colégio,
cata-: movimento de cima para baixo: cataplasma, ca- cooperativa, condutor.
tálogo, catarata. contra-: oposição: contrapeso, contrapor, contradizer.
di-:  duplicidade: dissílabo, ditongo, dilema. de-: movimento de cima para baixo, separação, nega-
dia-: movimento através de, afastamento: diálogo, dia- ção: decapitar, decair, depor.
gonal, diafragma, diagrama. de(s)-, di(s)-: negação, ação contrária, separação: des-
dis-: dificuldade, privação: dispneia, disenteria, dispep- ventura, discórdia, discussão.
sia, disfasia. e-, es-, ex-: movimento para fora: excêntrico, evasão,
ec-, ex-, exo-, ecto-: movimento para fora: eclipse, exportação, expelir.
êxodo, ectoderma, exorcismo. en-, em-, in-: movimento para dentro, passagem para
en-, em-, e-:  posição interior, movimento para dentro: um estado ou forma, revestimento: imergir, enterrar, embe-
encéfalo, embrião, elipse, entusiasmo. ber, injetar, importar.
endo-: movimento para dentro: endovenoso, endocar- extra-: posição exterior, excesso: extradição, extraordi-
po, endosmose. nário, extraviar.
epi-: posição superior, movimento para: epiderme, epí- i-, in-, im-: sentido contrário, privação, negação: ilegal,
logo, epidemia, epitáfio. impossível, improdutivo.
eu-: excelência, perfeição, bondade: eufemismo, eufo- inter-, entre-: posição intermediária: internacional, in-
ria, eucaristia, eufonia. terplanetário.
hemi-: metade, meio: hemisfério, hemistíquio, hemi- intra-: posição interior: intramuscular, intravenoso, in-
traverbal.
plégico.
intro-: movimento para dentro: introduzir, introvertido,
hiper-: posição superior, excesso: hipertensão, hipér-
introspectivo.
bole, hipertrofia.
justa-: posição ao lado: justapor, justalinear.
hipo-: posição inferior, escassez: hipocrisia, hipótese,
ob-, o-: posição em frente, oposição: obstruir, ofuscar,
hipodérmico. ocupar, obstáculo.
meta-: mudança, sucessão: metamorfose, metáfora, per-: movimento através: percorrer, perplexo, perfurar,
metacarpo. perverter.
para-: proximidade, semelhança, intensidade: paralelo, pos-: posterioridade: pospor, posterior, pós-graduado.
parasita, paradoxo, paradigma.
pre-: anterioridade: prefácio, prever, prefixo, preliminar.
peri-: movimento ou posição em torno de: periferia,
peripécia, período, periscópio. pro-: movimento para frente: progresso, promover,
pro-: posição em frente, anterioridade: prólogo, prog- prosseguir, projeção.
nóstico, profeta, programa. re-: repetição, reciprocidade: rever, reduzir, rebater, rea-
pros-: adjunção, em adição a: prosélito, prosódia. tar.

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LÍNGUA PORTUGUESA

retro-: movimento para trás: retrospectiva, retrocesso, Sufixo que forma nomes de religião, doutrinas fi-
retroagir, retrógrado. losóficas, sistemas políticos: - ismo: budismo, kantismo,
so-, sob-, sub-, su-: movimento de baixo para cima, comunismo.
inferioridade: soterrar, sobpor, subestimar.
super-, supra-, sobre-: posição superior, excesso: su- Sufixos Formadores de Adjetivos
percílio, supérfluo.
soto-, sota-: posição inferior: soto-mestre, sota-voga, - de substantivos: -aco – maníaco; -ado – barbado;
soto-pôr. -áceo(a) - herbáceo, liláceas; -aico – prosaico; -al – anual;
trans-, tras-, tres-, tra-: movimento para além, movi- -ar – escolar; -ário - diário, ordinário; -ático – problemá-
mento através: transatlântico, tresnoitar, tradição. tico; -az – mordaz; -engo – mulherengo; -ento – cruento;
ultra-: posição além do limite, excesso: ultrapassar, ul- -eo – róseo; -esco – pitoresco; -este – agreste; -estre –
trarromantismo, ultrassom, ultraleve, ultravioleta. terrestre; -enho – ferrenho; -eno – terreno; -ício – ali-
vice-, vis-: em lugar de: vice-presidente, visconde, vi- mentício; -ico – geométrico; -il – febril; -ino – cristalino;
ce-almirante. -ivo – lucrativo; -onho – tristonho; -oso – bondoso; -udo
– barrigudo.
Sufixos: são elementos (isoladamente insignificativos)
que, acrescentados a um radical, formam nova palavra. Sua - de verbos:
principal característica é a mudança de classe gramatical -(a)(e)(i)nte: ação, qualidade, estado – semelhante,
que geralmente opera. Dessa forma, podemos utilizar o doente, seguinte.
significado de um verbo num contexto em que se deve -(á)(í)vel: possibilidade de praticar ou sofrer uma ação
usar um substantivo, por exemplo. Como o sufixo é coloca- – louvável, perecível, punível.
do depois do radical, a ele são incorporadas as desinências -io, -(t)ivo: ação referência, modo de ser – tardio, afir-
que indicam as flexões das palavras variáveis. Existem dois mativo, pensativo.
grupos de sufixos formadores de substantivos extrema- -(d)iço, -(t)ício: possibilidade de praticar ou sofrer uma
mente importantes para o funcionamento da língua. São ação, referência – movediço, quebradiço, factício.
os que formam nomes de ação e os que formam nomes -(d)ouro,-(t)ório: ação, pertinência – casadouro, prepa-
ratório.
de agente.
Sufixos Adverbiais: Na Língua Portuguesa, existe ape-
Sufixos que formam nomes de ação: -ada – caminha-
nas um único sufixo adverbial: É o sufixo “-mente”, derivado
da; -ança – mudança; -ância – abundância; -ção – emoção;
do substantivo feminino latino mens, mentis que pode sig-
-dão – solidão; -ença – presença; -ez(a) – sensatez, beleza;
nificar “a mente, o espírito, o intento”.Este sufixo juntou-se
-ismo – civismo; -mento – casamento; -são – compreen-
a adjetivos, na forma feminina, para indicar circunstâncias,
são; -tude – amplitude; -ura – formatura. especialmente a de modo. Exemplos: altiva-mente, bra-
va-mente, bondosa-mente, nervosa-mente, fraca-mente,
Sufixos que formam nomes de agente: -ário(a) – se- pia-mente. Já os advérbios que se derivam de adjetivos ter-
cretário; -eiro(a) – ferreiro; -ista – manobrista; -or – luta- minados em –ês (burgues-mente, portugues-mente, etc.)
dor; -nte – feirante. não seguem esta regra, pois esses adjetivos eram outrora
uniformes. Exemplos: cabrito montês / cabrita montês.
Sufixos que formam nomes de lugar, depositório:
-aria – churrascaria; -ário – herbanário; -eiro – açucareiro; Sufixos Verbais: Os sufixos verbais agregam-se, via de
-or – corredor; -tério – cemitério; -tório – dormitório. regra, ao radical de substantivos e adjetivos para formar
novos verbos. Em geral, os verbos novos da língua formam-
Sufixos que formam nomes indicadores de abun- se pelo acréscimo da terminação-ar. Exemplos: esqui-ar;
dância, aglomeração, coleção: -aço – ricaço; -ada – pa- radiograf-ar; (a)doç-ar; nivel-ar; (a)fin-ar; telefon-ar; (a)
pelada; -agem – folhagem; -al – capinzal; -ame – gentame; portugues-ar.
-ario(a) - casario, infantaria; -edo – arvoredo; -eria – cor-
reria; -io – mulherio; -ume – negrume. Os verbos exprimem, entre outras ideias, a prática de
ação.
Sufixos que formam nomes técnicos usados na ciên- -ar: cruzar, analisar, limpar
cia: -ear: guerrear, golear
-ite - bronquite, hepatite (inflamação), amotite (fós- -entar: afugentar, amamentar
seis). -ficar: dignificar, liquidificar
-oma - mioma, epitelioma, carcinoma (tumores). -izar: finalizar, organizar
-ato, eto, Ito - sulfato, cloreto, sulfito (sais), granito
(pedra). Verbo Frequentativo: é aquele que traduz ação re-
-ina - cafeína, codeína (alcaloides, álcalis artificiais). petida.
-ol - fenol, naftol (derivado de hidrocarboneto). Verbo Factitivo: é aquele que envolve ideia de fazer
-ema - morfema, fonema, semema, semantema (ciên- ou causar.
cia linguística). Verbo Diminutivo: é aquele que exprime ação pou-
-io - sódio, potássio, selênio (corpos simples) co intensa.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Exercícios 07. Em que alternativa a palavra sublinhada resulta de


derivação imprópria?
01. Assinale a opção em que todas as palavras se for- a) Às sete horas da manhã começou o trabalho princi-
mam pelo mesmo processo: pal: a votação.
a) ajoelhar / antebraço / assinatura b) Pereirinha estava mesmo com a razão. Sigilo... Voto
b) atraso / embarque / pesca secreto... Bobagens, bobagens!
c) o jota / o sim / o tropeço c) Sem radical reforma da lei eleitoral, as eleições con-
d) entrega / estupidez / sobreviver tinuariam sendo uma farsa!
e) antepor / exportação / sanguessuga d) Não chegaram a trocar um isto de prosa, e se en-
tenderam.
02. A palavra “aguardente” formou-se por: e) Dr. Osmírio andaria desorientado, senão bufando
a) hibridismo de raiva.
b) aglutinação
c) justaposição 08. Assinale a série de palavras em que todas são for-
d) parassíntese madas por parassíntese:
e) derivação regressiva a) acorrentar, esburacar, despedaçar, amanhecer
b) solução, passional, corrupção, visionário
03. Que item contém somente palavras formadas por c) enrijecer, deslealdade, tortura, vidente
justaposição? d) biografia, macróbio, bibliografia, asteróide
a) desagradável – complemente e) acromatismo, hidrogênio, litografar, idiotismo
b) vaga-lume - pé-de-cabra
c) encruzilhada – estremeceu 09. As palavras couve-flor, planalto e aguardente são
d) supersticiosa – valiosas formadas por:
e) desatarraxou – estremeceu a) derivação
b) onomatopeia
04. “Sarampo” é: c) hibridismo
a) forma primitiva d) composição
e) prefixação
b) formado por derivação parassintética
c) formado por derivação regressiva
10. Assinale a alternativa em que uma das palavras não
d) formado por derivação imprópria
é formada por prefixação:
e) formado por onomatopéia
a) readquirir, predestinado, propor
b) irregular, amoral, demover
05. Numere as palavras da primeira coluna conforme
c) remeter, conter, antegozar
os processos de formação numerados à direita. Em segui-
d) irrestrito, antípoda, prever
da, marque a alternativa que corresponde à sequência nu-
e) dever, deter, antever
mérica encontrada:
( ) aguardente     1) justaposição Respostas: 1-B / 2-B / 3-B / 4-C / 5-E / 6-E / 7-D / 8-A
( ) casamento     2) aglutinação / 9-D / 10-E /
( ) portuário         3) parassíntese
( ) pontapé         4) derivação sufixal
( ) os contras     5) derivação imprópria
( ) submarino     6) derivação prefixal CLASSES DE PALAVRAS E SEU EMPREGO.
( ) hipótese

a) 1, 4, 3, 2, 5, 6, 1 Advérbio
b) 4, 1, 4, 1, 5, 3, 6
c) 1, 4, 4, 1, 5, 6, 6 O advérbio, assim como muitas outras palavras exis-
d) 2, 3, 4, 1, 5, 3, 6 tentes na Língua Portuguesa, advém de outras línguas.
e) 2, 4, 4, 1, 5, 3, 6 Assim sendo, tal qual o adjetivo, o prefixo “ad-” indica a
ideia de proximidade, contiguidade. Essa proximidade faz
06. Indique a palavra que foge ao processo de forma- referência ao processo verbal, no sentido de caracterizá-lo,
ção de chapechape: ou seja, indicando as circunstâncias em que esse processo
a) zunzum se desenvolve.
b) reco-reco O advérbio relaciona-se aos verbos da língua, no senti-
c) toque-toque do de caracterizar os processos expressos por ele. Contu-
d) tlim-tlim do, ele não é modificador exclusivo desta classe (verbos),
e) vivido pois também modifica o adjetivo e até outro advérbio. Se-
guem alguns exemplos:

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LÍNGUA PORTUGUESA

Para quem se diz distantemente alheio a esse assunto, de exclusão: Apenas, exclusivamente, salvo, senão, so-
você está até bem informado. mente, simplesmente, só, unicamente
Temos o advérbio “distantemente” que modifica o ad-
jetivo alheio, representando uma qualidade, característica. de inclusão: Ainda, até, mesmo, inclusivamente, tam-
bém
O artista canta muito mal.
Nesse caso, o advérbio de intensidade “muito” modifica de ordem: Depois, primeiramente, ultimamente
outro advérbio de modo – “mal”. Em ambos os exemplos
pudemos verificar que se tratava de somente uma palavra de designação: Eis
funcionando como advérbio. No entanto, ele pode estar
demarcado por mais de uma palavra, que mesmo assim de interrogação: onde? (lugar), como? (modo), quan-
não deixará de ocupar tal função. Temos aí o que chama- do? (tempo), por quê? (causa), quanto? (preço e intensidade),
mos de locução adverbial, representada por algumas ex- para quê? (finalidade)
pressões, tais como: às vezes, sem dúvida, frente a frente, de
modo algum, entre outras.
Locução adverbial
Dependendo das circunstâncias expressas pelos advér-
É reunião de duas ou mais palavras com valor de advér-
bios, eles se classificam em distintas categorias, uma vez
expressas por: bio. Exemplo:
Carlos saiu às pressas. (indicando modo)
de modo: Bem, mal, assim, depressa, devagar, às pres- Maria saiu à tarde. (indicando tempo)
sas, às claras, às cegas, à toa, à vontade, às escondidas, aos
poucos, desse jeito, desse modo, dessa maneira, em geral, Há locuções adverbiais que possuem advérbios corres-
frente a frente, lado a lado, a pé, de cor, em vão, e a maior pondentes. Exemplo: Carlos saiu às pressas. = Carlos saiu
parte dos que terminam em -”mente”: calmamente, triste- apressadamente.
mente, propositadamente, pacientemente, amorosamente, Apenas os advérbios de intensidade, de lugar e de
docemente, escandalosamente, bondosamente, generosa- modo são flexionados, sendo que os demais são todos in-
mente variáveis. A única flexão propriamente dita que existe na
categoria dos advérbios é a de grau:
de intensidade: Muito, demais, pouco, tão, menos, em Superlativo: aumenta a intensidade. Exemplos: longe
excesso, bastante, pouco, mais, menos, demasiado, quanto, - longíssimo, pouco - pouquíssimo, inconstitucionalmente -
quão, tanto, que(equivale a quão), tudo, nada, todo, quase, inconstitucionalissimamente, etc.;
de todo, de muito, por completo.
Diminutivo: diminui a intensidade. Exemplos: perto -
de tempo: Hoje, logo, primeiro, ontem, tarde outrora, pertinho, pouco - pouquinho, devagar - devagarinho.
amanhã, cedo, dantes, depois, ainda, antigamente, antes,
doravante, nunca, então, ora, jamais, agora, sempre, já, en- Artigo
fim, afinal, breve, constantemente, entrementes, imediata-
mente, primeiramente, provisoriamente, sucessivamente, às Artigo é a palavra que, vindo antes de um substantivo,
vezes, à tarde, à noite, de manhã, de repente, de vez em indica se ele está sendo empregado de maneira definida ou
quando, de quando em quando, a qualquer momento, de indefinida. Além disso, o artigo indica, ao mesmo tempo, o
tempos em tempos, em breve, hoje em dia gênero e o número dos substantivos.
de lugar: Aqui, antes, dentro, ali, adiante, fora, acolá,
Classificação dos Artigos
atrás, além, lá, detrás, aquém, cá, acima, onde, perto, aí,
abaixo, aonde, longe, debaixo, algures, defronte, nenhures,
Artigos Definidos: determinam os substantivos de ma-
adentro, afora, alhures, nenhures, aquém, embaixo, exter-
namente, a distância, à distancia de, de longe, de perto, em neira precisa: o, a, os, as. Por exemplo: Eu matei o animal.
cima, à direita, à esquerda, ao lado, em volta
Artigos Indefinidos: determinam os substantivos de
de negação : Não, nem, nunca, jamais, de modo algum, maneira vaga: um, uma, uns, umas. Por exemplo: Eu matei
de forma nenhuma, tampouco, de jeito nenhum um animal.

de dúvida: Acaso, porventura, possivelmente, provavel- Combinação dos Artigos


mente, quiçá, talvez, casualmente, por certo, quem sabe
É muito presente a combinação dos artigos definidos
de afirmação: Sim, certamente, realmente, decerto, efe- e indefinidos com preposições. Veja a forma assumida por
tivamente, certo, decididamente, realmente, deveras, indubi- essas combinações:
tavelmente (=sem dúvida).

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LÍNGUA PORTUGUESA

Preposições Artigos - Não se deve usar artigo antes das palavras casa ( no
o, os sentido de lar, moradia) e terra ( no sentido de chão firme),
a ao, aos a menos que venham especificadas.
de do, dos Eles estavam em casa.
em no, nos Eles estavam na casa dos amigos.
por (per) pelo, pelos Os marinheiros permaneceram em terra.
a, as um, uns uma, umas Os marinheiros permanecem na terra dos anões.
à, às - -
da, das dum, duns duma, dumas - Não se emprega artigo antes dos pronomes de trata-
na, nas num, nuns numa, numas mento, com exceção de senhor(a), senhorita e dona: Vossa
pela, pelas - - excelência resolverá os problemas de Sua Senhoria.

- As formas à e às indicam a fusão da preposição a com - Não se une com preposição o artigo que faz parte do
o artigo definido a. Essa fusão de vogais idênticas é conhe- nome de revistas, jornais, obras literárias: Li a notícia em O
cida por crase. Estado de S. Paulo.

Constatemos as circunstância Morfossintaxe


os em que os artigos se manifestam:
Para definir o que é artigo é preciso mencionar suas
- Considera-se obrigatório o uso do artigo depois do relações com o substantivo. Assim, nas orações da língua
numeral “ambos”: Ambos os garotos decidiram participar portuguesa, o artigo exerce a função de adjunto adnominal
das olimpíadas. do substantivo a que se refere. Tal função independe da
função exercida pelo substantivo:
- Nomes próprios indicativos de lugar admitem o uso A existência é uma poesia.
do artigo, outros não: São Paulo, O Rio de Janeiro, Veneza, Uma existência é a poesia.
A Bahia...
Conjunção
- Quando indicado no singular, o artigo definido pode
indicar toda uma espécie: O trabalho dignifica o homem.
Conjunção é a palavra invariável que liga duas orações
ou dois termos semelhantes de uma mesma oração. Por
- No caso de nomes próprios personativos, denotando
exemplo:
a ideia de familiaridade ou afetividade, é facultativo o uso
A menina segurou a boneca e mostrou quando viu as
do artigo: O Pedro é o xodó da família.
amiguinhas.
- No caso de os nomes próprios personativos estarem
Deste exemplo podem ser retiradas três informações:
no plural, são determinados pelo uso do artigo: Os Maias,
1-) segurou a boneca 2-) a menina mostrou 3-) viu as
os Incas, Os Astecas... amiguinhas
- Usa-se o artigo depois do pronome indefinido todo(a) Cada informação está estruturada em torno de um ver-
para conferir uma ideia de totalidade. Sem o uso dele (o bo: segurou, mostrou, viu. Assim, há nessa frase três ora-
artigo), o pronome assume a noção de qualquer. ções:
Toda a classe parabenizou o professor. (a sala toda)
Toda classe possui alunos interessados e desinteressados. 1ª oração: A menina segurou a boneca 2ª oração: e
(qualquer classe) mostrou 3ª oração: quando viu as amiguinhas.

- Antes de pronomes possessivos, o uso do artigo é fa- A segunda oração liga-se à primeira por meio do “e”, e
cultativo: a terceira oração liga-se à segunda por meio do “quando”.
Adoro o meu vestido longo. Adoro meu vestido longo. As palavras “e” e “quando” ligam, portanto, orações.
- A utilização do artigo indefinido pode indicar uma Observe: Gosto de natação e de futebol.
ideia de aproximação numérica: O máximo que ele deve ter Nessa frase as expressões de natação, de futebol são
é uns vinte anos. partes ou termos de uma mesma oração. Logo, a palavra
“e” está ligando termos de uma mesma oração.
- O artigo também é usado para substantivar palavras
oriundas de outras classes gramaticais: Não sei o porquê de Morfossintaxe da Conjunção
tudo isso.
- Nunca deve ser usado artigo depois do pronome re- As conjunções, a exemplo das preposições, não exer-
lativo cujo (e flexões). cem propriamente uma função sintática: são conectivos.
Este é o homem cujo amigo desapareceu. Classificação
Este é o autor cuja obra conheço. - Conjunções Coordenativas
- Conjunções Subordinativas

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LÍNGUA PORTUGUESA

Conjunções coordenativas - CONSECUTIVAS


Expressam uma ideia de consequência.
Dividem-se em: Principais conjunções consecutivas: que (após “tal”,
“tanto”, “tão”, “tamanho”).
- ADITIVAS: expressam a ideia de adição, soma. Ex. Gos- Falou tanto que ficou rouco.
to de cantar e de dançar.
Principais conjunções aditivas: e, nem, não só...mas tam- - FINAIS
bém, não só...como também. Expressam ideia de finalidade, objetivo.
Todos trabalham para que possam sobreviver.
- ADVERSATIVAS: Expressam ideias contrárias, de opo- Principais conjunções finais: para que, a fim de que, por-
sição, de compensação. Ex. Estudei, mas não entendi nada. que (=para que),
Principais conjunções adversativas: mas, porém, contu-
- PROPORCIONAIS
do, todavia, no entanto, entretanto.
Principais conjunções proporcionais: à medida que,
quanto mais, ao passo que, à proporção que.
- ALTERNATIVAS: Expressam ideia de alternância. À medida que as horas passavam, mais sono ele tinha.
Ou você sai do telefone ou eu vendo o aparelho.
Principais conjunções alternativas: Ou...ou, ora...ora, - TEMPORAIS
quer...quer, já...já. Principais conjunções temporais: quando, enquanto,
logo que.
- CONCLUSIVAS: Servem para dar conclusões às ora- Quando eu sair, vou passar na locadora.
ções. Ex. Estudei muito, por isso mereço passar.
Principais conjunções conclusivas: logo, por isso, pois Diferença entre orações causais e explicativas
(depois do verbo), portanto, por conseguinte, assim.
Quando estudamos Orações Subordinadas Adverbiais
- EXPLICATIVAS: Explicam, dão um motivo ou razão. Ex. (OSA) e Coordenadas Sindéticas (CS), geralmente nos de-
É melhor colocar o casaco porque está fazendo muito frio lá paramos com a dúvida de como distinguir uma oração cau-
fora. sal de uma explicativa. Veja os exemplos:
Principais conjunções explicativas: que, porque, pois (an- 1º) Na frase “Não atravesse a rua, porque você pode ser
atropelado”:
tes do verbo), porquanto.
a) Temos uma CS Explicativa, que indica uma justificati-
va ou uma explicação do fato expresso na oração anterior.
Conjunções subordinativas b) As orações são coordenadas e, por isso, independen-
tes uma da outra. Neste caso, há uma pausa entre as ora-
- CAUSAIS ções que vêm marcadas por vírgula.
Principais conjunções causais: porque, visto que, já que, Não atravesse a rua. Você pode ser atropelado.
uma vez que, como (= porque). Outra dica é, quando a oração que antecede a OC (Ora-
Ele não fez o trabalho porque não tem livro. ção Coordenada) vier com verbo no modo imperativo, ela
será explicativa.
- COMPARATIVAS Façam silêncio, que estou falando. (façam= verbo im-
Principais conjunções comparativas: que, do que, tão... perativo)
como, mais...do que, menos...do que. 2º) Na frase “Precisavam enterrar os mortos em outra
Ela fala mais que um papagaio. cidade porque não havia cemitério no local.”
a) Temos uma OSA Causal, já que a oração subordina-
- CONCESSIVAS da (parte destacada) mostra a causa da ação expressa pelo
Principais conjunções concessivas: embora, ainda que, verbo da oração principal. Outra forma de reconhecê-la é
mesmo que, apesar de, se bem que. colocá-la no início do período, introduzida pela conjunção
Indicam uma concessão, admitem uma contradição, um como - o que não ocorre com a CS Explicativa.
Como não havia cemitério no local, precisavam enterrar
fato inesperado. Traz em si uma ideia de “apesar de”.
os mortos em outra cidade.
Embora estivesse cansada, fui ao shopping. (= apesar de
b) As orações são subordinadas e, por isso, totalmente
estar cansada) dependentes uma da outra.
Apesar de ter chovido fui ao cinema.
Interjeição
- CONFORMATIVAS
Principais conjunções conformativas: como, segundo, Interjeição é a palavra invariável que exprime emoções,
conforme, consoante sensações, estados de espírito, ou que procura agir sobre o
Cada um colhe conforme semeia. interlocutor, levando-o a adotar certo comportamento sem
Expressam uma ideia de acordo, concordância, confor- que, para isso, seja necessário fazer uso de estruturas lin-
midade. guísticas mais elaboradas. Observe o exemplo:
Droga! Preste atenção quando eu estou falando!

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LÍNGUA PORTUGUESA

No exemplo acima, o interlocutor está muito bravo. Oh! Que surpresa desagradável! (ideia de contra-
Toda sua raiva se traduz numa palavra: Droga! Ele poderia riedade)
ter dito: - Estou com muita raiva de você! Mas usou sim- Oh! Que bom te encontrar. (ideia de alegria)
plesmente uma palavra. Ele empregou a interjeição Droga!
As sentenças da língua costumam se organizar de for- Classificação das Interjeições
ma lógica: há uma sintaxe que estrutura seus elementos e
os distribui em posições adequadas a cada um deles. As in- Comumente, as interjeições expressam sentido de:
terjeições, por outro lado, são uma espécie de “palavra-fra- - Advertência: Cuidado!, Devagar!, Calma!, Sentido!,
se”, ou seja, há uma ideia expressa por uma palavra (ou um Atenção!, Olha!, Alerta!
conjunto de palavras - locução interjetiva) que poderia ser - Afugentamento: Fora!, Passa!, Rua!, Xô!
colocada em termos de uma sentença. Veja os exemplos: - Alegria ou Satisfação: Oh!, Ah!,Eh!, Oba!, Viva!
Bravo! Bis! - Alívio: Arre!, Uf!, Ufa! Ah!
bravo e bis: interjeição = sentença (sugestão): “Foi mui- - Animação ou Estímulo: Vamos!, Força!, Coragem!, Eia!,
to bom! Repitam!” Ânimo!, Adiante!, Firme!, Toca!
Ai! Ai! Ai! Machuquei meu pé... ai: interjeição = senten-
- Aplauso ou Aprovação: Bravo!, Bis!, Apoiado!, Viva!,
ça (sugestão): “Isso está doendo!” ou “Estou com dor!”
Boa!
- Concordância: Claro!, Sim!, Pois não!, Tá!, Hã-hã!
A interjeição é um recurso da linguagem afetiva, em
que não há uma ideia organizada de maneira lógica, como - Repulsa ou Desaprovação: Credo!, Irra!, Ih!, Livra!,
são as sentenças da língua, mas sim a manifestação de um Safa!, Fora!, Abaixo!, Francamente!, Xi!, Chega!, Basta!, Ora!
suspiro, um estado da alma decorrente de uma situação - Desejo ou Intenção: Oh!, Pudera!, Tomara!, Oxalá!
particular, um momento ou um contexto específico. Exem- - Desculpa: Perdão!
plos: - Dor ou Tristeza: Ai!, Ui!, Ai de mim!, Que pena!, Ah!,
Ah, como eu queria voltar a ser criança! Oh!, Eh!
ah: expressão de um estado emotivo = interjeição - Dúvida ou Incredulidade: Qual!, Qual o quê!, Hum!,
Hum! Esse pudim estava maravilhoso! Epa!, Ora!
hum: expressão de um pensamento súbito = interjeição - Espanto ou Admiração: Oh!, Ah!, Uai!, Puxa!, Céus!,
O significado das interjeições está vinculado à maneira Quê!, Caramba!, Opa!, Virgem!, Vixe!, Nossa!, Hem?!, Hein?,
como elas são proferidas. Desse modo, o tom da fala é que Cruz!, Putz!
dita o sentido que a expressão vai adquirir em cada contex- - Impaciência ou Contrariedade: Hum!, Hem!, Irra!,
to de enunciação. Exemplos: Raios!, Diabo!, Puxa!, Pô!, Ora!
Psiu! = contexto: alguém pronunciando essa expres- - Pedido de Auxílio: Socorro!, Aqui!, Piedade!
são na rua; significado da interjeição (sugestão): “Estou te - Saudação, Chamamento ou Invocação: Salve!, Viva!,
chamando! Ei, espere!” Adeus!, Olá!, Alô!, Ei!, Tchau!, Ô, Ó, Psiu!, Socorro!, Valha-
Psiu! = contexto: alguém pronunciando essa expressão me, Deus!
em um hospital; significado da interjeição (sugestão): “Por - Silêncio: Psiu!, Bico!, Silêncio!
favor, faça silêncio!” - Terror ou Medo: Credo!, Cruzes!, Uh!, Ui!, Oh!
Puxa! Ganhei o maior prêmio do sorteio!
puxa: interjeição; tom da fala: euforia Saiba que: As interjeições são palavras invariáveis, isto
Puxa! Hoje não foi meu dia de sorte! é, não sofrem variação em gênero, número e grau como
puxa: interjeição; tom da fala: decepção os nomes, nem de número, pessoa, tempo, modo, aspecto
e voz como os verbos. No entanto, em uso específico, al-
As interjeições cumprem, normalmente, duas funções:
gumas interjeições sofrem variação em grau. Deve-se ter
1) Sintetizar uma frase exclamativa, exprimindo alegria,
claro, neste caso, que não se trata de um processo natural
tristeza, dor, etc.
dessa classe de palavra, mas tão só uma variação que a
Você faz o que no Brasil?
Eu? Eu negocio com madeiras. linguagem afetiva permite. Exemplos: oizinho, bravíssimo,
Ah, deve ser muito interessante. até loguinho.

2) Sintetizar uma frase apelativa Locução Interjetiva


Cuidado! Saia da minha frente.
As interjeições podem ser formadas por: Ocorre quando duas ou mais palavras formam uma ex-
- simples sons vocálicos: Oh!, Ah!, Ó, Ô. pressão com sentido de interjeição. Por exemplo : Ora bo-
- palavras: Oba!, Olá!, Claro! las! Quem me dera! Virgem Maria! Meu Deus! Ó
- grupos de palavras (locuções interjetivas): Meu Deus!, de casa! Ai de mim! Valha-me Deus! Graças a Deus!
Ora bolas! Alto lá! Muito bem!

A ideia expressa pela interjeição depende muitas ve- Observações:


zes da entonação com que é pronunciada; por isso, pode - As interjeições são como frases resumidas, sintéticas.
ocorrer que uma interjeição tenha mais de um sentido. Por Por exemplo: Ué! = Eu não esperava por essa!, Perdão! =
exemplo: Peço-lhe que me desculpe.

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LÍNGUA PORTUGUESA

- Além do contexto, o que caracteriza a interjeição é o Além dos numerais mais conhecidos, já que refletem a
seu tom exclamativo; por isso, palavras de outras classes ideia expressa pelos números, existem mais algumas pala-
gramaticais podem aparecer como interjeições. vras consideradas numerais porque denotam quantidade,
Viva! Basta! (Verbos) proporção ou ordenação. São alguns exemplos: década,
Fora! Francamente! (Advérbios) dúzia, par, ambos(as), novena.

- A interjeição pode ser considerada uma “palavra-fra- Classificação dos Numerais


se” porque sozinha pode constituir uma mensagem. Ex.:
Socorro!, Ajudem-me!, Silêncio!, Fique quieto! Cardinais: indicam contagem, medida. É o número bá-
sico: um, dois, cem mil, etc.
- Há, também, as interjeições onomatopaicas ou imita- Ordinais: indicam a ordem ou lugar do ser numa série
tivas, que exprimem ruídos e vozes. Ex.: Pum! Miau! Bum- dada: primeiro, segundo, centésimo, etc.
ba! Zás! Plaft! Pof! Catapimba! Tique-taque! Quá-quá- Fracionários: indicam parte de um inteiro, ou seja, a
quá!, etc. divisão dos seres: meio, terço, dois quintos, etc.
Multiplicativos: expressam ideia de multiplicação dos
- Não se deve confundir a interjeição de apelo “ó” com seres, indicando quantas vezes a quantidade foi aumenta-
a sua homônima “oh!”, que exprime admiração, alegria, da: dobro, triplo, quíntuplo, etc.
tristeza, etc. Faz-se uma pausa depois do” oh!” exclamativo
e não a fazemos depois do “ó” vocativo. Leitura dos Numerais
“Ó natureza! ó mãe piedosa e pura!” (Olavo Bilac)
Oh! a jornada negra!” (Olavo Bilac) Separando os números em centenas, de trás para fren-
- Na linguagem afetiva, certas interjeições, originadas te, obtêm-se conjuntos numéricos, em forma de centenas
de palavras de outras classes, podem aparecer flexionadas e, no início, também de dezenas ou unidades. Entre esses
no diminutivo ou no superlativo: Calminha! Adeusinho! conjuntos usa-se vírgula; as unidades ligam-se pela con-
Obrigadinho! junção “e”.
1.203.726 = um milhão, duzentos e três mil, setecentos
Interjeições, leitura e produção de textos e vinte e seis.
45.520 = quarenta e cinco mil, quinhentos e vinte.
Usadas com muita frequência na língua falada informal,
quando empregadas na língua escrita, as interjeições cos- Flexão dos numerais
tumam conferir-lhe certo tom inconfundível de coloquiali-
dade. Além disso, elas podem muitas vezes indicar traços Os numerais cardinais que variam em gênero são um/
pessoais do falante - como a escassez de vocabulário, o uma, dois/duas e os que indicam centenas de duzentos/du-
temperamento agressivo ou dócil, até mesmo a origem zentas em diante: trezentos/trezentas; quatrocentos/quatro-
geográfica. É nos textos narrativos - particularmente nos centas, etc. Cardinais como milhão, bilhão, trilhão, variam
diálogos - que comumente se faz uso das interjeições com em número: milhões, bilhões, trilhões. Os demais cardinais
o objetivo de caracterizar personagens e, também, graças são invariáveis.
à sua natureza sintética, agilizar as falas. Natureza sintética Os numerais ordinais variam em gênero e número:
e conteúdo mais emocional do que racional fazem das in- primeiro segundo milésimo
terjeições presença constante nos textos publicitários. primeira segunda milésima
Fonte: http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/ primeiros segundos milésimos
morf89.php primeiras segundas milésimas

Numeral Os numerais multiplicativos são invariáveis quando


atuam em funções substantivas: Fizeram o dobro do esforço
Numeral é a palavra que indica os seres em termos e conseguiram o triplo de produção.
numéricos, isto é, que atribui quantidade aos seres ou os Quando atuam em funções adjetivas, esses numerais
situa em determinada sequência. flexionam-se em gênero e número: Teve de tomar doses tri-
Os quatro últimos ingressos foram vendidos há pouco. plas do medicamento.
[quatro: numeral = atributo numérico de “ingresso”] Os numerais fracionários flexionam-se em gênero e nú-
Eu quero café duplo, e você? mero. Observe: um terço/dois terços, uma terça parte/duas
...[duplo: numeral = atributo numérico de “café”] terças partes
A primeira pessoa da fila pode entrar, por favor! Os numerais coletivos flexionam-se em número: uma
...[primeira: numeral = situa o ser “pessoa” na sequên- dúzia, um milheiro, duas dúzias, dois milheiros.
cia de “fila”] É comum na linguagem coloquial a indicação de grau
Note bem: os numerais traduzem, em palavras, o que nos numerais, traduzindo afetividade ou especialização de
os números indicam em relação aos seres. Assim, quando sentido. É o que ocorre em frases como:
a expressão é colocada em números (1, 1°, 1/3, etc.) não se “Me empresta duzentinho...”
trata de numerais, mas sim de algarismos. É artigo de primeiríssima qualidade!

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LÍNGUA PORTUGUESA

O time está arriscado por ter caído na segundona. (= segunda divisão de futebol)

Emprego dos Numerais

*Para designar papas, reis, imperadores, séculos e partes em que se divide uma obra, utilizam-se os ordinais até décimo
e a partir daí os cardinais, desde que o numeral venha depois do substantivo:

Ordinais Cardinais
João Paulo II (segundo) Tomo XV (quinze)
D. Pedro II (segundo) Luís XVI (dezesseis)
Ato II (segundo) Capítulo XX (vinte)
Século VIII (oitavo) Século XX (vinte)
Canto IX (nono) João XXIII ( vinte e três)

*Para designar leis, decretos e portarias, utiliza-se o ordinal até nono e o cardinal de dez em diante:
Artigo 1.° (primeiro) Artigo 10 (dez)
Artigo 9.° (nono) Artigo 21 (vinte e um)

*Ambos/ambas são considerados numerais. Significam “um e outro”, “os dois” (ou “uma e outra”, “as duas”) e são larga-
mente empregados para retomar pares de seres aos quais já se fez referência.
Pedro e João parecem ter finalmente percebido a importância da solidariedade. Ambos agora participam das atividades
comunitárias de seu bairro.
Obs.: a forma “ambos os dois” é considerada enfática. Atualmente, seu uso indica afetação, artificialismo.

Cardinais Ordinais Multiplicativos Fracionários


um primeiro - -
dois segundo dobro, duplo meio
três terceiro triplo, tríplice terço
quatro quarto quádruplo quarto
cinco quinto quíntuplo quinto
seis sexto sêxtuplo sexto
sete sétimo sétuplo sétimo
oito oitavo óctuplo oitavo
nove nono nônuplo nono
dez décimo décuplo décimo
onze décimo primeiro - onze avos
doze décimo segundo - doze avos
treze décimo terceiro - treze avos
catorze décimo quarto - catorze avos
quinze décimo quinto - quinze avos
dezesseis décimo sexto - dezesseis avos
dezessete décimo sétimo - dezessete avos
dezoito décimo oitavo - dezoito avos
dezenove décimo nono - dezenove avos
vinte vigésimo - vinte avos
trinta trigésimo - trinta avos
quarenta quadragésimo - quarenta avos
cinqüenta quinquagésimo - cinquenta avos
sessenta sexagésimo - sessenta avos
setenta septuagésimo - setenta avos
oitenta octogésimo - oitenta avos
noventa nonagésimo - noventa avos
cem centésimo cêntuplo centésimo
duzentos ducentésimo - ducentésimo
trezentos trecentésimo - trecentésimo
quatrocentos quadringentésimo - quadringentésimo
quinhentos quingentésimo - quingentésimo
seiscentos sexcentésimo - sexcentésimo
setecentos septingentésimo - septingentésimo

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LÍNGUA PORTUGUESA

oitocentos octingentésimo - octingentésimo


novecentos nongentésimo ou noningentésimo - nongentésimo
mil milésimo - milésimo
milhão milionésimo - milionésimo
bilhão bilionésimo - bilionésimo

Preposição

Preposição é uma palavra invariável que serve para ligar termos ou orações. Quando esta ligação acontece, normal-
mente há uma subordinação do segundo termo em relação ao primeiro. As preposições são muito importantes na estrutura
da língua, pois estabelecem a coesão textual e possuem valores semânticos indispensáveis para a compreensão do texto.

Tipos de Preposição

1. Preposições essenciais: palavras que atuam exclusivamente como preposições: a, ante, perante, após, até, com, contra,
de, desde, em, entre, para, por, sem, sob, sobre, trás, atrás de, dentro de, para com.
2. Preposições acidentais: palavras de outras classes gramaticais que podem atuar como preposições: como, durante,
exceto, fora, mediante, salvo, segundo, senão, visto.
3. Locuções prepositivas: duas ou mais palavras valendo como uma preposição, sendo que a última palavra é uma delas:
abaixo de, acerca de, acima de, ao lado de, a respeito de, de acordo com, em cima de, embaixo de, em frente a, ao redor de,
graças a, junto a, com, perto de, por causa de, por cima de, por trás de.

A preposição, como já foi dito, é invariável. No entanto pode unir-se a outras palavras e assim estabelecer concordância
em gênero ou em número. Ex: por + o = pelo por + a = pela.
Vale ressaltar que essa concordância não é característica da preposição, mas das palavras às quais ela se une.
Esse processo de junção de uma preposição com outra palavra pode se dar a partir de dois processos:

1. Combinação: A preposição não sofre alteração.


preposição a + artigos definidos o, os
a + o = ao
preposição a + advérbio onde
a + onde = aonde
2. Contração: Quando a preposição sofre alteração.

Preposição + Artigos
De + o(s) = do(s)
De + a(s) = da(s)
De + um = dum
De + uns = duns
De + uma = duma
De + umas = dumas
Em + o(s) = no(s)
Em + a(s) = na(s)
Em + um = num
Em + uma = numa
Em + uns = nuns
Em + umas = numas
A + à(s) = à(s)
Por + o = pelo(s)
Por + a = pela(s)

Preposição + Pronomes
De + ele(s) = dele(s)
De + ela(s) = dela(s)
De + este(s) = deste(s)
De + esta(s) = desta(s)
De + esse(s) = desse(s)
De + essa(s) = dessa(s)
De + aquele(s) = daquele(s)

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LÍNGUA PORTUGUESA

De + aquela(s) = daquela(s) Conteúdo = Quebrei dois frascos de perfume.


De + isto = disto Oposição = Esse movimento é contra o que eu penso.
De + isso = disso Preço = Essa roupa sai por R$ 50 à vista.
De + aquilo = daquilo Fonte:
De + aqui = daqui http://www.infoescola.com/portugues/preposicao/
De + aí = daí
De + ali = dali Pronome
De + outro = doutro(s)
De + outra = doutra(s) Pronome é a palavra que se usa em lugar do nome, ou
Em + este(s) = neste(s) a ele se refere, ou que acompanha o nome, qualificando-o
Em + esta(s) = nesta(s) de alguma forma.
Em + esse(s) = nesse(s)
Em + aquele(s) = naquele(s) A moça era mesmo bonita. Ela morava nos meus so-
Em + aquela(s) = naquela(s) nhos!
Em + isto = nisto [substituição do nome]
Em + isso = nisso
Em + aquilo = naquilo A moça que morava nos meus sonhos era mesmo bo-
A + aquele(s) = àquele(s) nita!
A + aquela(s) = àquela(s) [referência ao nome]
A + aquilo = àquilo Essa moça morava nos meus sonhos!
[qualificação do nome]
Dicas sobre preposição Grande parte dos pronomes não possuem significados
fixos, isto é, essas palavras só adquirem significação dentro
1. O “a” pode funcionar como preposição, pronome de um contexto, o qual nos permite recuperar a referên-
pessoal oblíquo e artigo. Como distingui-los? Caso o “a” cia exata daquilo que está sendo colocado por meio dos
seja um artigo, virá precedendo um substantivo. Ele servirá pronomes no ato da comunicação. Com exceção dos pro-
para determiná-lo como um substantivo singular e femi- nomes interrogativos e indefinidos, os demais pronomes
nino.
têm por função principal apontar para as pessoas do dis-
A dona da casa não quis nos atender.
curso ou a elas se relacionar, indicando-lhes sua situação
Como posso fazer a Joana concordar comigo?
no tempo ou no espaço. Em virtude dessa característica,
- Quando é preposição, além de ser invariável, liga dois
os pronomes apresentam uma forma específica para cada
termos e estabelece relação de subordinação entre eles.
pessoa do discurso.
Cheguei a sua casa ontem pela manhã.
Minha carteira estava vazia quando eu fui assaltada.
Não queria, mas vou ter que ir à outra cidade para pro-
[minha/eu: pronomes de 1ª pessoa = aquele que fala]
curar um tratamento adequado.
- Se for pronome pessoal oblíquo estará ocupando o
lugar e/ou a função de um substantivo. Tua carteira estava vazia quando tu foste assaltada?
Temos Maria como parte da família. / Nós a temos como [tua/tu: pronomes de 2ª pessoa = aquele a quem se
parte da família fala]
Creio que conhecemos nossa mãe melhor que ninguém. /
Creio que a conhecemos melhor que ninguém. A carteira dela estava vazia quando ela foi assaltada.
[dela/ela: pronomes de 3ª pessoa = aquele de quem
2. Algumas relações semânticas estabelecidas por meio se fala]
das preposições:
Destino = Irei para casa. Em termos morfológicos, os pronomes são palavras
Modo = Chegou em casa aos gritos. variáveis em gênero (masculino ou feminino) e em núme-
Lugar = Vou ficar em casa; ro (singular ou plural). Assim, espera-se que a referência
Assunto = Escrevi um artigo sobre adolescência. através do pronome seja coerente em termos de gênero
Tempo = A prova vai começar em dois minutos. e número (fenômeno da concordância) com o seu objeto,
Causa = Ela faleceu de derrame cerebral. mesmo quando este se apresenta ausente no enunciado.
Fim ou finalidade = Vou ao médico para começar o tra-
tamento. Fala-se de Roberta. Ele quer participar do desfile da nos-
Instrumento = Escreveu a lápis. sa escola neste ano.
Posse = Não posso doar as roupas da mamãe. [nossa: pronome que qualifica “escola” = concordância
Autoria = Esse livro de Machado de Assis é muito bom. adequada]
Companhia = Estarei com ele amanhã. [neste: pronome que determina “ano” = concordância
Matéria = Farei um cartão de papel reciclado. adequada]
Meio = Nós vamos fazer um passeio de barco. [ele: pronome que faz referência à “Roberta” = concor-
Origem = Nós somos do Nordeste, e você? dância inadequada]

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LÍNGUA PORTUGUESA

Existem seis tipos de pronomes: pessoais, possessivos, Os pronomes oblíquos sofrem variação de acordo com
demonstrativos, indefinidos, relativos e interrogativos. a acentuação tônica que possuem, podendo ser átonos ou
tônicos.
Pronomes Pessoais
Pronome Oblíquo Átono
São aqueles que substituem os substantivos, indicando
diretamente as pessoas do discurso. Quem fala ou escreve São chamados átonos os pronomes oblíquos que não
assume os pronomes “eu” ou “nós”, usa os pronomes “tu”, são precedidos de preposição. Possuem acentuação tônica
“vós”, “você” ou “vocês” para designar a quem se dirige e fraca: Ele me deu um presente.
“ele”, “ela”, “eles” ou “elas” para fazer referência à pessoa O quadro dos pronomes oblíquos átonos é assim con-
ou às pessoas de quem fala. figurado:
Os pronomes pessoais variam de acordo com as fun- - 1ª pessoa do singular (eu): me
ções que exercem nas orações, podendo ser do caso reto - 2ª pessoa do singular (tu): te
ou do caso oblíquo.
- 3ª pessoa do singular (ele, ela): o, a, lhe
- 1ª pessoa do plural (nós): nos
Pronome Reto
- 2ª pessoa do plural (vós): vos
- 3ª pessoa do plural (eles, elas): os, as, lhes
Pronome pessoal do caso reto é aquele que, na sen-
tença, exerce a função de sujeito ou predicativo do sujeito.
Nós lhe ofertamos flores. Observações:
Os pronomes retos apresentam flexão de número, gê- O “lhe” é o único pronome oblíquo átono que já se
nero (apenas na 3ª pessoa) e pessoa, sendo essa última a apresenta na forma contraída, ou seja, houve a união en-
principal flexão, uma vez que marca a pessoa do discurso. tre o pronome “o” ou “a” e preposição “a” ou “para”. Por
Dessa forma, o quadro dos pronomes retos é assim confi- acompanhar diretamente uma preposição, o pronome
gurado: “lhe” exerce sempre a função de objeto indireto na oração.
Os pronomes me, te, nos e vos podem tanto ser objetos
- 1ª pessoa do singular: eu diretos como objetos indiretos.
- 2ª pessoa do singular: tu Os pronomes o, a, os e as atuam exclusivamente como
- 3ª pessoa do singular: ele, ela objetos diretos.
- 1ª pessoa do plural: nós Os pronomes me, te, lhe, nos, vos e lhes podem combi-
- 2ª pessoa do plural: vós nar-se com os pronomes o, os, a, as, dando origem a for-
- 3ª pessoa do plural: eles, elas mas como mo, mos , ma, mas; to, tos, ta, tas; lho, lhos, lha,
lhas; no-lo, no-los, no-la, no-las, vo-lo, vo-los, vo-la, vo-las.
Atenção: esses pronomes não costumam ser usados Observe o uso dessas formas nos exemplos que seguem:
como complementos verbais na língua-padrão. Frases - Trouxeste o pacote?
como “Vi ele na rua”, “Encontrei ela na praça”, “Trouxeram - Sim, entreguei-to ainda há pouco.
eu até aqui”, comuns na língua oral cotidiana, devem ser - Não contaram a novidade a vocês?
evitadas na língua formal escrita ou falada. Na língua for- - Não, no-la contaram.
mal, devem ser usados os pronomes oblíquos correspon-
dentes: “Vi-o na rua”, “Encontrei-a na praça”, “Trouxeram- No português do Brasil, essas combinações não são
me até aqui”. usadas; até mesmo na língua literária atual, seu emprego
é muito raro.
Obs.: frequentemente observamos a omissão do pro-
nome reto em Língua Portuguesa. Isso se dá porque as
Atenção: Os pronomes o, os, a, as assumem formas
próprias formas verbais marcam, através de suas desinên-
especiais depois de certas terminações verbais. Quando o
cias, as pessoas do verbo indicadas pelo pronome reto: Fi-
verbo termina em -z, -s ou -r, o pronome assume a forma
zemos boa viagem. (Nós)
lo, los, la ou las, ao mesmo tempo que a terminação verbal
Pronome Oblíquo é suprimida. Por exemplo:
fiz + o = fi-lo
Pronome pessoal do caso oblíquo é aquele que, na sen- fazeis + o = fazei-lo
tença, exerce a função de complemento verbal (objeto di- dizer + a = dizê-la
reto ou indireto) ou complemento nominal. Quando o verbo termina em som nasal, o pronome as-
Ofertaram-nos flores. (objeto indireto) sume as formas no, nos, na, nas. Por exemplo:
Obs.: em verdade, o pronome oblíquo é uma forma viram + o: viram-no
variante do pronome pessoal do caso reto. Essa variação repõe + os = repõe-nos
indica a função diversa que eles desempenham na oração: retém + a: retém-na
pronome reto marca o sujeito da oração; pronome oblíquo tem + as = tem-nas
marca o complemento da oração.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Pronome Oblíquo Tônico

Os pronomes oblíquos tônicos são sempre precedidos por preposições, em geral as preposições a, para, de e com. Por
esse motivo, os pronomes tônicos exercem a função de objeto indireto da oração. Possuem acentuação tônica forte.
O quadro dos pronomes oblíquos tônicos é assim configurado:
- 1ª pessoa do singular (eu): mim, comigo
- 2ª pessoa do singular (tu): ti, contigo
- 3ª pessoa do singular (ele, ela): ele, ela
- 1ª pessoa do plural (nós): nós, conosco
- 2ª pessoa do plural (vós): vós, convosco
- 3ª pessoa do plural (eles, elas): eles, elas

Observe que as únicas formas próprias do pronome tônico são a primeira pessoa (mim) e segunda pessoa (ti). As demais
repetem a forma do pronome pessoal do caso reto.

- As preposições essenciais introduzem sempre pronomes pessoais do caso oblíquo e nunca pronome do caso reto. Nos
contextos interlocutivos que exigem o uso da língua formal, os pronomes costumam ser usados desta forma:
Não há mais nada entre mim e ti.
Não se comprovou qualquer ligação entre ti e ela.
Não há nenhuma acusação contra mim.
Não vá sem mim.

Atenção: Há construções em que a preposição, apesar de surgir anteposta a um pronome, serve para introduzir uma
oração cujo verbo está no infinitivo. Nesses casos, o verbo pode ter sujeito expresso; se esse sujeito for um pronome, deverá
ser do caso reto.
Trouxeram vários vestidos para eu experimentar.
Não vá sem eu mandar.
- A combinação da preposição “com” e alguns pronomes originou as formas especiais comigo, contigo, consigo, conosco
e convosco. Tais pronomes oblíquos tônicos frequentemente exercem a função de adjunto adverbial de companhia.
Ele carregava o documento consigo.
- As formas “conosco” e “convosco” são substituídas por “com nós” e “com vós” quando os pronomes pessoais são re-
forçados por palavras como outros, mesmos, próprios, todos, ambos ou algum numeral.
Você terá de viajar com nós todos.
Estávamos com vós outros quando chegaram as más notícias.
Ele disse que iria com nós três.

Pronome Reflexivo

São pronomes pessoais oblíquos que, embora funcionem como objetos direto ou indireto, referem-se ao sujeito da
oração. Indicam que o sujeito pratica e recebe a ação expressa pelo verbo.
O quadro dos pronomes reflexivos é assim configurado:
- 1ª pessoa do singular (eu): me, mim.
Eu não me vanglorio disso.
Olhei para mim no espelho e não gostei do que vi.

- 2ª pessoa do singular (tu): te, ti.


Assim tu te prejudicas.
Conhece a ti mesmo.

- 3ª pessoa do singular (ele, ela): se, si, consigo.


Guilherme já se preparou.
Ela deu a si um presente.
Antônio conversou consigo mesmo.
- 1ª pessoa do plural (nós): nos.
Lavamo-nos no rio.
- 2ª pessoa do plural (vós): vos.
Vós vos beneficiastes com a esta conquista.
- 3ª pessoa do plural (eles, elas): se, si, consigo.
Eles se conheceram.
Elas deram a si um dia de folga.

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LÍNGUA PORTUGUESA

A Segunda Pessoa Indireta

A chamada segunda pessoa indireta manifesta-se quando utilizamos pronomes que, apesar de indicarem nosso interlo-
cutor (portanto, a segunda pessoa), utilizam o verbo na terceira pessoa. É o caso dos chamados pronomes de tratamento,
que podem ser observados no quadro seguinte:

Pronomes de Tratamento

Vossa Alteza V. A. príncipes, duques


Vossa Eminência V. Ema.(s) cardeais
Vossa Reverendíssima V. Revma.(s) sacerdotes e bispos
Vossa Excelência V. Ex.ª (s) altas autoridades e oficiais-generais
Vossa Magnificência V. Mag.ª (s) reitores de universidades
Vossa Majestade V. M. reis e rainhas
Vossa Majestade Imperial V. M. I. Imperadores
Vossa Santidade V. S. Papa
Vossa Senhoria V. S.ª (s) tratamento cerimonioso
Vossa Onipotência V. O. Deus

Também são pronomes de tratamento o senhor, a senhora e você, vocês. “O senhor” e “a senhora” são empregados no
tratamento cerimonioso; “você” e “vocês”, no tratamento familiar. Você e vocês são largamente empregados no português
do Brasil; em algumas regiões, a forma tu é de uso frequente; em outras, pouco empregada. Já a forma vós tem uso restrito
à linguagem litúrgica, ultraformal ou literária.

Observações:
a) Vossa Excelência X Sua Excelência : os pronomes de tratamento que possuem “Vossa (s)” são empregados em relação
à pessoa com quem falamos: Espero que V. Ex.ª, Senhor Ministro, compareça a este encontro.

*Emprega-se “Sua (s)” quando se fala a respeito da pessoa.
Todos os membros da C.P.I. afirmaram que Sua Excelência, o Senhor Presidente da República, agiu com propriedade.

- Os pronomes de tratamento representam uma forma indireta de nos dirigirmos aos nossos interlocutores. Ao tratar-
mos um deputado por Vossa Excelência, por exemplo, estamos nos endereçando à excelência que esse deputado suposta-
mente tem para poder ocupar o cargo que ocupa.
- 3ª pessoa: embora os pronomes de tratamento dirijam-se à 2ª pessoa, toda a concordância deve ser feita com a 3ª
pessoa. Assim, os verbos, os pronomes possessivos e os pronomes oblíquos empregados em relação a eles devem ficar na
3ª pessoa.
Basta que V. Ex.ª cumpra a terça parte das suas promessas, para que seus eleitores lhe fiquem reconhecidos.

- Uniformidade de Tratamento: quando escrevemos ou nos dirigimos a alguém, não é permitido mudar, ao longo do
texto, a pessoa do tratamento escolhida inicialmente. Assim, por exemplo, se começamos a chamar alguém de “você”, não
poderemos usar “te” ou “teu”. O uso correto exigirá, ainda, verbo na terceira pessoa.
Quando você vier, eu te abraçarei e enrolar-me-ei nos teus cabelos. (errado)
Quando você vier, eu a abraçarei e enrolar-me-ei nos seus cabelos. (correto)
Quando tu vieres, eu te abraçarei e enrolar-me-ei nos teus cabelos. (correto)

Pronomes Possessivos

São palavras que, ao indicarem a pessoa gramatical (possuidor), acrescentam a ela a ideia de posse de algo (coisa pos-
suída).
Este caderno é meu. (meu = possuidor: 1ª pessoa do singular)

NÚMERO PESSOA PRONOME


singular primeira meu(s), minha(s)
singular segunda teu(s), tua(s)
singular terceira seu(s), sua(s)
plural primeira nosso(s), nossa(s)
plural segunda vosso(s), vossa(s)
plural terceira seu(s), sua(s)

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LÍNGUA PORTUGUESA

Note que: A forma do possessivo depende da pessoa No tempo:


gramatical a que se refere; o gênero e o número concor- Este ano está sendo bom para nós. O pronome este se
dam com o objeto possuído: Ele trouxe seu apoio e sua con- refere ao ano presente.
tribuição naquele momento difícil. Esse ano que passou foi razoável. O pronome esse se
refere a um passado próximo.
Observações: Aquele ano foi terrível para todos. O pronome aquele
1 - A forma “seu” não é um possessivo quando resultar está se referindo a um passado distante.
da alteração fonética da palavra senhor: Muito obrigado,
seu José. - Os pronomes demonstrativos podem ser variáveis ou
2 - Os pronomes possessivos nem sempre indicam pos- invariáveis, observe:
se. Podem ter outros empregos, como: Variáveis: este(s), esta(s), esse(s), essa(s), aquele(s), aque-
la(s).
a) indicar afetividade: Não faça isso, minha filha.
Invariáveis: isto, isso, aquilo.
b) indicar cálculo aproximado: Ele já deve ter seus 40
- Também aparecem como pronomes demonstrativos:
anos. - o(s), a(s): quando estiverem antecedendo o “que” e
c) atribuir valor indefinido ao substantivo: Marisa tem lá puderem ser substituídos por aquele(s), aquela(s), aquilo.
seus defeitos, mas eu gosto muito dela. Não ouvi o que disseste. (Não ouvi aquilo que disseste.)
Essa rua não é a que te indiquei. (Esta rua não é aquela
3- Em frases onde se usam pronomes de tratamento, que te indiquei.)
o pronome possessivo fica na 3ª pessoa: Vossa Excelência - mesmo(s), mesma(s): Estas são as mesmas pessoas que
trouxe sua mensagem? o procuraram ontem.
4- Referindo-se a mais de um substantivo, o possessi- - próprio(s), própria(s): Os próprios alunos resolveram
vo concorda com o mais próximo: Trouxe-me seus livros e o problema.
anotações. - semelhante(s): Não compre semelhante livro.
- tal, tais: Tal era a solução para o problema.
5- Em algumas construções, os pronomes pessoais oblí-
quos átonos assumem valor de possessivo: Vou seguir-lhe Note que:
os passos. (= Vou seguir seus passos.)
- Não raro os demonstrativos aparecem na frase, em
Pronomes Demonstrativos construções redundantes, com finalidade expressiva, para
salientar algum termo anterior. Por exemplo: Manuela, essa
é que dera em cheio casando com o José Afonso. Desfrutar
Os pronomes demonstrativos são utilizados para expli-
das belezas brasileiras, isso é que é sorte!
citar a posição de uma certa palavra em relação a outras - O pronome demonstrativo neutro ou pode represen-
ou ao contexto. Essa relação pode ocorrer em termos de tar um termo ou o conteúdo de uma oração inteira, caso
espaço, no tempo ou discurso. em que aparece, geralmente, como objeto direto, predi-
cativo ou aposto: O casamento seria um desastre. Todos o
No espaço: pressentiam.
Compro este carro (aqui). O pronome este indica que o - Para evitar a repetição de um verbo anteriormente ex-
carro está perto da pessoa que fala. presso, é comum empregar-se, em tais casos, o verbo fazer,
Compro esse carro (aí). O pronome esse indica que o chamado, então, verbo vicário (= que substitui, que faz as
carro está perto da pessoa com quem falo, ou afastado da vezes de): Ninguém teve coragem de falar antes que ela o
pessoa que fala. fizesse.
Compro aquele carro (lá). O pronome aquele diz que - Em frases como a seguinte, este se refere à pessoa
o carro está afastado da pessoa que fala e daquela com mencionada em último lugar; aquele, à mencionada em
quem falo. primeiro lugar: O referido deputado e o Dr. Alcides eram
Atenção: em situações de fala direta (tanto ao vivo amigos íntimos; aquele casado, solteiro este. [ou então: este
quanto por meio de correspondência, que é uma moda- solteiro, aquele casado]
lidade escrita de fala), são particularmente importantes o - O pronome demonstrativo tal pode ter conotação irô-
nica: A menina foi a tal que ameaçou o professor?
este e o esse - o primeiro localiza os seres em relação ao
- Pode ocorrer a contração das preposições a, de, em
emissor; o segundo, em relação ao destinatário. Trocá-los
com pronome demonstrativo: àquele, àquela, deste, desta,
pode causar ambiguidade. disso, nisso, no, etc: Não acreditei no que estava vendo. (no
Dirijo-me a essa universidade com o objetivo de solicitar = naquilo)
informações sobre o concurso vestibular. (trata-se da univer-
sidade destinatária). Pronomes Indefinidos
Reafirmamos a disposição desta universidade em partici-
par no próximo Encontro de Jovens. (trata-se da universida- São palavras que se referem à terceira pessoa do dis-
de que envia a mensagem). curso, dando-lhe sentido vago (impreciso) ou expressando
quantidade indeterminada.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Alguém entrou no jardim e destruiu as mudas recém Essas oposições de sentido são muito importantes na
-plantadas. construção de frases e textos coerentes, pois delas muitas
vezes dependem a solidez e a consistência dos argumen-
Não é difícil perceber que “alguém” indica uma pessoa tos expostos. Observe nas frases seguintes a força que os
de quem se fala (uma terceira pessoa, portanto) de forma pronomes indefinidos destacados imprimem às afirmações
imprecisa, vaga. É uma palavra capaz de indicar um ser hu- de que fazem parte:
mano que seguramente existe, mas cuja identidade é des- Nada do que tem sido feito produziu qualquer resultado
conhecida ou não se quer revelar. Classificam-se em: prático.
- Pronomes Indefinidos Substantivos: assumem o lu- Czrávamos no exterior.
gar do ser ou da quantidade aproximada de seres na frase. - Podem ser utilizadas como pronomes relativos as pa-
São eles: algo, alguém, fulano, sicrano, beltrano, nada, nin- lavras:
guém, outrem, quem, tudo. - como (= pelo qual): Não me parece correto o modo
Algo o incomoda? como você agiu semana passada.
Quem avisa amigo é. - quando (= em que): Bons eram os tempos quando po-
- Pronomes Indefinidos Adjetivos: qualificam um ser díamos jogar videogame.
expresso na frase, conferindo-lhe a noção de quantidade - Os pronomes relativos permitem reunir duas orações
aproximada. São eles: cada, certo(s), certa(s). numa só frase.
Cada povo tem seus costumes. O futebol é um esporte.
Certas pessoas exercem várias profissões. O povo gosta muito deste esporte.
O futebol é um esporte de que o povo gosta muito.
Note que: Ora são pronomes indefinidos substantivos,
ora pronomes indefinidos adjetivos: - Numa série de orações adjetivas coordenadas, pode
algum, alguns, alguma(s), bastante(s) (= muito, muitos), ocorrer a elipse do relativo “que”: A sala estava cheia de
demais, mais, menos, muito(s), muita(s), nenhum, nenhuns, gente que conversava, (que) ria, (que) fumava.
nenhuma(s), outro(s), outra(s), pouco(s), pouca(s), qualquer,
quaisquer, qual, que, quanto(s), quanta(s), tal, tais, tanto(s),
Pronomes Interrogativos
tanta(s), todo(s), toda(s), um, uns, uma(s), vários, várias.
Menos palavras e mais ações.
São usados na formulação de perguntas, sejam elas di-
Alguns se contentam pouco.
retas ou indiretas. Assim como os pronomes indefinidos,
Os pronomes indefinidos podem ser divididos em va-
referem- -se à 3ª pessoa do discurso de modo
riáveis e invariáveis. Observe:
impreciso. São pronomes interrogativos: que, quem, qual
(e variações), quanto (e variações).
Variáveis = algum, nenhum, todo, muito, pouco, vário,
tanto, outro, quanto, alguma, nenhuma, toda, muita, pouca, Quem fez o almoço?/ Diga-me quem fez o almoço.
vária, tanta, outra, quanta, qualquer, quaisquer, alguns, ne- Qual das bonecas preferes? / Não sei qual das bonecas
nhuns, todos, muitos, poucos, vários, tantos, outros, quantos, preferes.
algumas, nenhumas, todas, muitas, poucas, várias, tantas, Quantos passageiros desembarcaram? / Pergunte quan-
outras, quantas. tos passageiros desembarcaram.
Invariáveis = alguém, ninguém, outrem, tudo, nada,
algo, cada.
Sobre os pronomes:
São locuções pronominais indefinidas:
O pronome pessoal é do caso reto quando tem função
cada qual, cada um, qualquer um, quantos quer (que), de sujeito na frase. O pronome pessoal é do caso oblíquo
quem quer (que), seja quem for, seja qual for, todo aquele quando desempenha função de complemento. Vamos en-
(que), tal qual (= certo), tal e qual, tal ou qual, um ou outro, tender, primeiramente, como o pronome pessoal surge na
uma ou outra, etc. frase e que função exerce. Observe as orações:
Cada um escolheu o vinho desejado. 1. Eu não sei essa matéria, mas ele irá me ajudar.
2. Maria foi embora para casa, pois não sabia se devia
Indefinidos Sistemáticos lhe ajudar.

Ao observar atentamente os pronomes indefinidos, per- Na primeira oração os pronomes pessoais “eu” e “ele”
cebemos que existem alguns grupos que criam oposição exercem função de sujeito, logo, são pertencentes ao caso
de sentido. É o caso de: algum/alguém/algo, que têm sen- reto. Já na segunda oração, observamos o pronome “lhe”
tido afirmativo, e nenhum/ninguém/nada, que têm sentido exercendo função de complemento, e, consequentemente,
negativo; todo/tudo, que indicam uma totalidade afirmati- é do caso oblíquo.
va, e nenhum/nada, que indicam uma totalidade negativa; Os pronomes pessoais indicam as pessoas do discurso,
alguém/ninguém, que se referem à pessoa, e algo/nada, o pronome oblíquo “lhe”, da segunda oração, aponta para
que se referem à coisa; certo, que particulariza, e qualquer, a segunda pessoa do singular (tu/você): Maria não sabia se
que generaliza. devia ajudar.... Ajudar quem? Você (lhe).

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LÍNGUA PORTUGUESA

Importante: Em observação à segunda oração, o em- Ênclise


prego do pronome oblíquo “lhe” é justificado antes do ver-
bo intransitivo “ajudar” porque o pronome oblíquo pode A ênclise é empregada depois do verbo. A norma culta
estar antes, depois ou entre locução verbal, caso o verbo não aceita orações iniciadas com pronomes oblíquos áto-
principal (no caso “ajudar”) esteja no infinitivo ou gerúndio. nos. A ênclise vai acontecer quando:
Eu desejo lhe perguntar algo. - O verbo estiver no imperativo afirmativo:
Eu estou perguntando-lhe algo. Amem-se uns aos outros.
Os pronomes pessoais oblíquos podem ser átonos ou Sigam-me e não terão derrotas.
tônicos: os primeiros não são precedidos de preposição,
diferentemente dos segundos que são sempre precedidos - O verbo iniciar a oração:
de preposição. Diga-lhe que está tudo bem.
- Pronome oblíquo átono: Joana me perguntou o que eu Chamaram-me para ser sócio.
estava fazendo.
- Pronome oblíquo tônico: Joana perguntou para mim o - O verbo estiver no infinitivo impessoal regido da pre-
que eu estava fazendo. posição “a”:
Naquele instante os dois passaram a odiar-se.
Colocação Pronominal Passaram a cumprimentar-se mutuamente.
- O verbo estiver no gerúndio:
Não quis saber o que aconteceu, fazendo-se de despreo-
A colocação pronominal é a posição que os pronomes
cupada.
pessoais oblíquos átonos ocupam na frase em relação ao
Despediu-se, beijando-me a face.
verbo a que se referem. São pronomes oblíquos átonos:
me, te, se, o, os, a, as, lhe, lhes, nos e vos. - Houver vírgula ou pausa antes do verbo:
O pronome oblíquo átono pode assumir três posições Se passar no concurso em outra cidade, mudo-me no
na oração em relação ao verbo: mesmo instante.
1. próclise: pronome antes do verbo Se não tiver outro jeito, alisto-me nas forças armadas.
2. ênclise: pronome depois do verbo
3. mesóclise: pronome no meio do verbo Mesóclise

Próclise A mesóclise acontece quando o verbo está flexionado


no futuro do presente ou no futuro do pretérito:
A próclise é aplicada antes do verbo quando temos: A prova realizar-se-á neste domingo pela manhã. (= ela
- Palavras com sentido negativo: se realizará)
Nada me faz querer sair dessa cama. Far-lhe-ei uma proposta irrecusável. (= eu farei uma
Não se trata de nenhuma novidade. proposta a você)

- Advérbios: Questões sobre Pronome


Nesta casa se fala alemão.
Naquele dia me falaram que a professora não veio. 01. (Escrevente TJ SP – Vunesp/2012).
Restam dúvidas sobre o crescimento verde. Primeiro, não
- Pronomes relativos: está claro até onde pode realmente chegar uma política ba-
A aluna que me mostrou a tarefa não veio hoje. seada em melhorar a eficiência sem preços adequados para
Não vou deixar de estudar os conteúdos que me falaram. o carbono, a água e (na maioria dos países pobres) a terra.
É verdade que mesmo que a ameaça dos preços do carbono
- Pronomes indefinidos: e da água faça em si diferença, as companhias não podem
Quem me disse isso? suportar ter de pagar, de repente, digamos, 40 dólares por
tonelada de carbono, sem qualquer preparação. Portanto,
Todos se comoveram durante o discurso de despedida.
elas começam a usar preços-sombra. Ainda assim, ninguém
encontrou até agora uma maneira de quantificar adequada-
- Pronomes demonstrativos:
mente os insumos básicos. E sem eles a maioria das políticas
Isso me deixa muito feliz! de crescimento verde sempre será a segunda opção.
Aquilo me incentivou a mudar de atitude! (Carta Capital, 27.06.2012. Adaptado)
- Preposição seguida de gerúndio: Os pronomes “elas” e “eles”, em destaque no texto, refe-
Em se tratando de qualidade, o Brasil Escola é o site mais rem- -se, respectivamente, a
indicado à pesquisa escolar.
(A) dúvidas e preços.
- Conjunção subordinativa: (B) dúvidas e insumos básicos.
Vamos estabelecer critérios, conforme lhe avisaram. (C) companhias e insumos básicos.
(D) companhias e preços do carbono e da água.
(E) políticas de crescimento e preços adequados.

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LÍNGUA PORTUGUESA

02. (Agente de Apoio Administrativo – FCC – 2013- Assinale a alternativa que preenche as lacunas, correta
adap.). Fazendo-se as alterações necessárias, o trecho gri- e respectivamente, considerando a norma culta da língua.
fado está corretamente substituído por um pronome em: A) a que … acaba … à
A) ...sei tratar tipos como o senhor. − sei tratá-lo B) com que … acabam … à
B) ...erguendo os braços desalentado... − erguendo- C) de que … acabam … a
lhes desalentado D) em que … acaba … a
C) ...que tem de conhecer as leis do país? − que tem de E) dos quais … acaba … à
conhecê-lo?
D) ...não parecia ser um importante industrial... − não 08. (Agente de Apoio Socioeducativo – VUNESP – 2013-
parecia ser-lhe adap.). Assinale a alternativa que substitui, correta e res-
E) incomodaram o general... − incomodaram-no pectivamente, as lacunas do trecho.
______alguns anos, num programa de televisão, uma jo-
03.(Agente de Defensoria Pública – FCC – 2013-adap.). vem fazia referência______ violência______ o brasileiro estava
A substituição do elemento grifado pelo pronome cor- sujeito de forma cômica.
respondente, com os necessários ajustes, foi realizada de A) Fazem... a ... de que
modo INCORRETO em: B) Faz ...a ... que
A) mostrando o rio= mostrando-o. C) Fazem ...à ... com que
B) como escolher sítio= como escolhê-lo. D) Faz ...à ... que
C) transpor [...] as matas espessas= transpor-lhes. E) Faz ...à ... a que
D) Às estreitas veredas[...] nada acrescentariam = nada
lhes acrescentariam. 09. (TRF 3ª região- Técnico Judiciário - /2014)
E) viu uma dessas marcas= viu uma delas. As sereias então devoravam impiedosamente os tripu-
lantes.
04. (Papiloscopista Policial – Vunesp – 2013). Assinale a ... ele conseguiu impedir a tripulação de perder a cabe-
alternativa em que o pronome destacado está posicionado ça...
de acordo com a norma-padrão da língua. ... e fez de tudo para convencer os tripulantes...
(A) Ela não lembrava-se do caminho de volta. Fazendo-se as alterações necessárias, os segmentos
(B) A menina tinha distanciado-se muito da família.
grifados acima foram corretamente substituídos por um
(C) A garota disse que perdeu-se dos pais.
pronome, na ordem dada, em:
(D) O pai alegrou-se ao encontrar a filha.
(A) devoravam-nos − impedi-la − convencê-los
(E) Ninguém comprometeu-se a ajudar a criança.
(B) devoravam-lhe − impedi-las − convencer-lhes
(C) devoravam-no − impedi-las − convencer-lhes
05. (Escrevente TJ SP – Vunesp 2011). Assinale a alterna-
(D) devoravam-nos − impedir-lhe − convencê-los
tiva cujo emprego do pronome está em conformidade com
(E) devoravam-lhes − impedi-la − convencê-los
a norma padrão da língua.
(A) Não autorizam-nos a ler os comentários sigilosos. 10. (Agente de Vigilância e Recepção – VUNESP – 2013-
(B) Nos falaram que a diplomacia americana está aba- adap.). No trecho, – Em ambos os casos, as câmeras dos
lada. estabelecimentos felizmente comprovam os acontecimen-
(C) Ninguém o informou sobre o caso WikiLeaks. tos, e testemunhas vão ajudar a polícia na investigação.
(D) Conformado, se rendeu às punições. – de acordo com a norma-padrão, os pronomes que subs-
(E) Todos querem que combata-se a corrupção. tituem, corretamente, os termos em destaque são:
A) os comprovam … ajudá-la.
06. (Papiloscopista Policial = Vunesp - 2013). Assinale B) os comprovam …ajudar-la.
a alternativa correta quanto à colocação pronominal, de C) os comprovam … ajudar-lhe.
acordo com a norma-padrão da língua portuguesa. D) lhes comprovam … ajudar-lhe.
(A) Para que se evite perder objetos, recomenda-se que E) lhes comprovam … ajudá-la.
eles sejam sempre trazidos junto ao corpo.
(B) O passageiro ao lado jamais imaginou-se na situa- GABARITO
ção de ter de procurar a dona de uma bolsa perdida.
(C) Nos sentimos impotentes quando não conseguimos 01. C 02. E 03. C 04. D 05. C
restituir um objeto à pessoa que o perdeu. 06. A 07. C 08. E 09. A 10. A
(D) O homem se indignou quando propuseram-lhe que
abrisse a bolsa que encontrara. RESOLUÇÃO
(E) Em tratando-se de objetos encontrados, há uma ten-
dência natural das pessoas em devolvê-los a seus donos. 1-) Restam dúvidas sobre o crescimento verde. Primei-
ro, não está claro até onde pode realmente chegar uma
07. (Agente de Apoio Operacional – VUNESP – 2013). política baseada em melhorar a eficiência sem preços ade-
Há pessoas que, mesmo sem condições, compram produ- quados para o carbono, a água e (na maioria dos países
tos______ não necessitam e______ tendo de pagar tudo______ pobres) a terra. É verdade que mesmo que a ameaça dos
prazo. preços do carbono e da água faça em si diferença, as com-

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LÍNGUA PORTUGUESA

panhias não podem suportar ter de pagar, de repente, di- 10-) – Em ambos os casos, as câmeras dos estabeleci-
gamos, 40 dólares por tonelada de carbono, sem qualquer mentos felizmente comprovam os acontecimentos, e teste-
preparação. Portanto, elas começam a usar preços-som- munhas vão ajudar a polícia na investigação.
bra. Ainda assim, ninguém encontrou até agora uma ma- felizmente os comprovam ... ajudá-la
neira de quantificar adequadamente os insumos básicos. (advérbio)
E sem eles a maioria das políticas de crescimento verde
sempre será a segunda opção. Verbo

2-) Verbo é a classe de palavras que se flexiona em pes-


A) ...sei tratar tipos como o senhor. − sei tratá-los soa, número, tempo, modo e voz. Pode indicar, entre outros
B) ...erguendo os braços desalentado... − erguendo-os processos: ação (correr); estado (ficar); fenômeno (chover);
desalentado ocorrência (nascer); desejo (querer).
C) ...que tem de conhecer as leis do país? − que tem de O que caracteriza o verbo são as suas flexões, e não
conhecê-las ? os seus possíveis significados. Observe que palavras como
D) ...não parecia ser um importante industrial... − não corrida, chuva e nascimento têm conteúdo muito próximo
parecia sê-lo ao de alguns verbos mencionados acima; não apresentam,
porém, todas as possibilidades de flexão que esses verbos
3-) transpor [...] as matas espessas= transpô-las possuem.

4-) Estrutura das Formas Verbais


(A) Ela não se lembrava do caminho de volta.
(B) A menina tinha se distanciado muito da família. Do ponto de vista estrutural, uma forma verbal pode
(C) A garota disse que se perdeu dos pais. apresentar os seguintes elementos:
(E) Ninguém se comprometeu a ajudar a criança
- Radical: é a parte invariável, que expressa o significa-
do essencial do verbo. Por exemplo: fal-ei; fal-ava; fal-am.
5-)
(radical fal-)
(A) Não nos autorizam a ler os comentários sigilosos.
(B) Falaram-nos que a diplomacia americana está aba-
- Tema: é o radical seguido da vogal temática que in-
lada.
dica a conjugação a que pertence o verbo. Por exemplo:
(D) Conformado, rendeu-se às punições.
fala-r
(E) Todos querem que se combata a corrupção.
São três as conjugações: 1ª - Vogal Temática - A - (falar),
2ª - Vogal Temática - E - (vender), 3ª - Vogal Temática - I -
6-) (partir).
(B) O passageiro ao lado jamais se imaginou na situação
de ter de procurar a dona de uma bolsa perdida. - Desinência modo-temporal: é o elemento que desig-
(C) Sentimo-nos impotentes quando não conseguimos na o tempo e o modo do verbo. Por exemplo:
restituir um objeto à pessoa que o perdeu. falávamos ( indica o pretérito imperfeito do indicativo.)
(D) O homem indignou-se quando lhe propuseram que falasse ( indica o pretérito imperfeito do subjuntivo.)
abrisse a bolsa que encontrara.
(E) Em se tratando de objetos encontrados, há uma ten- - Desinência número-pessoal: é o elemento que de-
dência natural das pessoas em devolvê-los a seus donos. signa a pessoa do discurso ( 1ª, 2ª ou 3ª) e o número (sin-
gular ou plural):
7-) Há pessoas que, mesmo sem condições, compram falamos (indica a 1ª pessoa do plural.)
produtos de que não necessitam e acabam tendo falavam (indica a 3ª pessoa do plural.)
de pagar tudo a prazo. Observação: o verbo pôr, assim como seus derivados
(compor, repor, depor, etc.), pertencem à 2ª conjugação,
8-) Faz alguns anos, num programa de televisão, uma pois a forma arcaica do verbo pôr era poer. A vogal “e”,
jovem fazia referência à violência a que o brasileiro apesar de haver desaparecido do infinitivo, revela-se em
estava sujeito de forma cômica. algumas formas do verbo: põe, pões, põem, etc.
Faz, no sentido de tempo passado = sempre no singular
Formas Rizotônicas e Arrizotônicas
9-)
devoravam - verbo terminado em “m” = pronome oblí- Ao combinarmos os conhecimentos sobre a estrutura
quo no/na (fizeram-na, colocaram-no) dos verbos com o conceito de acentuação tônica, perce-
impedir - verbo transitivo direto = pede objeto direto; bemos com facilidade que nas formas rizotônicas o acento
“lhe” é para objeto indireto tônico cai no radical do verbo: opino, aprendam, nutro, por
convencer - verbo transitivo direto = pede objeto dire- exemplo. Nas formas arrizotônicas, o acento tônico não cai
to; “lhe” é para objeto indireto no radical, mas sim na terminação verbal: opinei, aprende-
(A) devoravam-nos − impedi-la − convencê-los rão, nutriríamos.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Classificação dos Verbos * Unipessoais: são aqueles que, tendo sujeito, conju-
gam-se apenas nas terceiras pessoas, do singular e do
Classificam-se em: plural.
A fruta amadureceu.
- Regulares: são aqueles que possuem as desinências As frutas amadureceram.
normais de sua conjugação e cuja flexão não provoca al-
terações no radical: canto cantei cantarei cantava Obs.: os verbos unipessoais podem ser usados como
cantasse. verbos pessoais na linguagem figurada: Teu irmão amadu-
receu bastante.
- Irregulares: são aqueles cuja flexão provoca altera-
ções no radical ou nas desinências: faço fiz farei fi- Entre os unipessoais estão os verbos que significam vo-
zesse. zes de animais; eis alguns: bramar: tigre, bramir: crocodilo,
cacarejar: galinha, coaxar: sapo, cricrilar: grilo
- Defectivos: são aqueles que não apresentam conju-
gação completa. Classificam-se em impessoais, unipessoais Os principais verbos unipessoais são:
e pessoais: 1. cumprir, importar, convir, doer, aprazer, parecer, ser
* Impessoais: são os verbos que não têm sujeito. Nor- (preciso, necessário, etc.):
malmente, são usados na terceira pessoa do singular. Os Cumpre trabalharmos bastante. (Sujeito: trabalharmos
principais verbos impessoais são: bastante.)
** haver, quando sinônimo de existir, acontecer, reali- Parece que vai chover. (Sujeito: que vai chover.)
zar-se ou fazer (em orações temporais). É preciso que chova. (Sujeito: que chova.)
Havia poucos ingressos à venda. (Havia = Existiam) 2. fazer e ir, em orações que dão ideia de tempo, segui-
Houve duas guerras mundiais. (Houve = Aconteceram) dos da conjunção que.
Haverá reuniões aqui. (Haverá = Realizar-se-ão) Faz dez anos que deixei de fumar. (Sujeito: que deixei de
Deixei de fumar há muitos anos. (há = faz) fumar.)
Vai para (ou Vai em ou Vai por) dez anos que não vejo
** fazer, ser e estar (quando indicam tempo) Cláudia. (Sujeito: que não vejo Cláudia)
Faz invernos rigorosos no Sul do Brasil.
Era primavera quando a conheci. Obs.: todos os sujeitos apontados são oracionais.
Estava frio naquele dia.
* Pessoais: não apresentam algumas flexões por moti-
** Todos os verbos que indicam fenômenos da natureza vos morfológicos ou eufônicos. Por exemplo:
são impessoais: chover, ventar, nevar, gear, trovejar, ama-
nhecer, escurecer, etc. Quando, porém, se constrói, “Ama- - verbo falir. Este verbo teria como formas do presente
nheci mal- -humorado”, usa-se o verbo “amanhecer” do indicativo falo, fales, fale, idênticas às do verbo falar - o
em sentido figurado. Qualquer verbo impessoal, emprega- que provavelmente causaria problemas de interpretação
do em sentido figurado, deixa de ser impessoal para ser em certos contextos.
pessoal.
- verbo computar. Este verbo teria como formas do pre-
Amanheci mal-humorado. (Sujeito desinencial: eu) sente do indicativo computo, computas, computa - formas
Choveram candidatos ao cargo. (Sujeito: candidatos) de sonoridade considerada ofensiva por alguns ouvidos
Fiz quinze anos ontem. (Sujeito desinencial: eu) gramaticais. Essas razões muitas vezes não impedem o uso
efetivo de formas verbais repudiadas por alguns gramáti-
** São impessoais, ainda: cos: exemplo disso é o próprio verbo computar, que, com
1. o verbo passar (seguido de preposição), indicando o desenvolvimento e a popularização da informática, tem
tempo: Já passa das seis. sido conjugado em todos os tempos, modos e pessoas.
2. os verbos bastar e chegar, seguidos da preposição - Abundantes: são aqueles que possuem mais de uma
de, indicando suficiência: Basta de tolices. Chega de blas- forma com o mesmo valor. Geralmente, esse fenômeno
fêmias. costuma ocorrer no particípio, em que, além das formas re-
3. os verbos estar e ficar em orações tais como Está gulares terminadas em -ado ou -ido, surgem as chamadas
bem, Está muito bem assim, Não fica bem, Fica mal, sem re- formas curtas (particípio irregular). Observe:
ferência a sujeito expresso anteriormente. Podemos, ainda,
nesse caso, classificar o sujeito como hipotético, tornando-
se, tais verbos, então, pessoais.

4. o verbo deu + para da língua popular, equivalente de


“ser possível”. Por exemplo:
Não deu para chegar mais cedo.
Dá para me arrumar uns trocados?

42
LÍNGUA PORTUGUESA

INFINITIVO PARTICÍPIO REGULAR PARTICÍPIO IRREGULAR


Anexar Anexado Anexo
Dispersar Dispersado Disperso
Eleger Elegido Eleito
Envolver Envolvido Envolto
Imprimir Imprimido Impresso
Matar Matado Morto
Morrer Morrido Morto
Pegar Pegado Pego
Soltar Soltado Solto

- Anômalos: são aqueles que incluem mais de um radical em sua conjugação. Por exemplo: Ir, Pôr, Ser, Saber (vou, vais,
ides, fui, foste, pus, pôs, punha, sou, és, fui, foste, seja).
- Auxiliares: São aqueles que entram na formação dos tempos compostos e das locuções verbais. O verbo principal,
quando acompanhado de verbo auxiliar, é expresso numa das formas nominais: infinitivo, gerúndio ou particípio.

Vou espantar as moscas.


(verbo auxiliar) (verbo principal no infinitivo)

Está chegando a hora do debate.


(verbo auxiliar) (verbo principal no gerúndio)

Os noivos foram cumprimentados por todos os presentes.


(verbo auxiliar) (verbo principal no particípio)

Obs.: os verbos auxiliares mais usados são: ser, estar, ter e haver.

Conjugação dos Verbos Auxiliares

SER - Modo Indicativo

Presente Pret.Perfeito Pretérito Imp. Pret.Mais-Que-Perf. Fut.do Pres. Fut. Do Pretérito


sou fui era fora serei seria
és foste eras foras serás serias
é foi era fora será seria
somos fomos éramos fôramos seremos seríamos
sois fostes éreis fôreis sereis seríeis
são foram eram foram serão seriam

SER - Modo Subjuntivo

Presente Pretérito Imperfeito Futuro


que eu seja se eu fosse quando eu for
que tu sejas se tu fosses quando tu fores
que ele seja se ele fosse quando ele for
que nós sejamos se nós fôssemos quando nós formos
que vós sejais se vós fôsseis quando vós fordes
que eles sejam se eles fossem quando eles forem

SER - Modo Imperativo

Afirmativo Negativo
sê tu não sejas tu
seja você não seja você
sejamos nós não sejamos nós
sede vós não sejais vós
sejam vocês não sejam vocês

43
LÍNGUA PORTUGUESA

SER - Formas Nominais

Infinitivo Impessoal Infinitivo Pessoal Gerúndio Particípio


ser ser eu sendo sido
seres tu
ser ele
sermos nós
serdes vós
serem eles

ESTAR - Modo Indicativo



Presente Pret. perf. Pret. Imperf. Pret.Mais-Que-Perf. Fut.doPres. Fut.do Preté.
estou estive estava estivera estarei estaria
estás estiveste estavas estiveras estarás estarias
está esteve estava estivera estará estaria
estamos estivemos estávamos estivéramos estaremos estaríamos
estais estivestes estáveis estivéreis estareis estaríeis
estão estiveram estavam estiveram estarão estariam

ESTAR - Modo Subjuntivo e Imperativo

Presente Pretérito Imperfeito Futuro Afirmativo Negativo


esteja estivesse estiver
estejas estivesses estiveres está estejas
esteja estivesse estiver esteja esteja
estejamos estivéssemos estivermos estejamos estejamos
estejais estivésseis estiverdes estai estejais
estejam estivessem estiverem estejam estejam

ESTAR - Formas Nominais

Infinitivo Impessoal Infinitivo Pessoal Gerúndio Particípio


estar estar estando estado
estares
estar
estarmos
estardes
estarem

HAVER - Modo Indicativo

Presente Pret. Perf. Pret. Imper. Pret.Mais-Que-Perf. Fut. Do Pres. Fut. Do Preté.
hei houve havia houvera haverei haveria
hás houveste havias houveras haverás haverias
há houve havia houvera haverá haveria
havemos houvemos havíamos houvéramos haveremos haveríamos
haveis houvestes havíeis houvéreis havereis haveríeis
hão houveram haviam houveram haverão haveriam

HAVER - Modo Subjuntivo e Imperativo

Presente Pretérito Imperfeito Futuro Afirmativo Negativo


haja houvesse houver
hajas houvesses houveres há hajas
haja houvesse houver haja haja
hajamos houvéssemos houvermos hajamos hajamos
hajais houvésseis houverdes havei hajais
hajam houvessem houverem hajam hajam

44
LÍNGUA PORTUGUESA

HAVER - Formas Nominais

Infinitivo Impessoal Infinitivo Pessoal Gerúndio Particípio


haver haver havendo havido
haveres
haver
havermos
haverdes
haverem

TER - Modo Indicativo

Presente Pret. Perf. Pret. Imper. Preté.Mais-Que-Perf. Fut. Do Pres. Fut. Do Preté.
Tenho tive tinha tivera terei teria
tens tiveste tinhas tiveras terás terias
tem teve tinha tivera terá teria
temos tivemos tínhamos tivéramos teremos teríamos
tendes tivestes tínheis tivéreis tereis teríeis
têm tiveram tinham tiveram terão teriam

TER - Modo Subjuntivo e Imperativo

Presente Pretérito Imperfeito Futuro Afirmativo Negativo


Tenha tivesse tiver
tenhas tivesses tiveres tem tenhas
tenha tivesse tiver tenha tenha
tenhamos tivéssemos tivermos tenhamos tenhamos
tenhais tivésseis tiverdes tende tenhais
tenham tivessem tiverem tenham tenham

- Pronominais: São aqueles verbos que se conjugam com os pronomes oblíquos átonos me, te, se, nos, vos, se, na
mesma pessoa do sujeito, expressando reflexibilidade (pronominais acidentais) ou apenas reforçando a ideia já implícita no
próprio sentido do verbo (reflexivos essenciais). Veja:

- 1. Essenciais: são aqueles que sempre se conjugam com os pronomes oblíquos me, te, se, nos, vos, se. São poucos:
abster-se, ater- -se, apiedar-se, atrever-se, dignar-se, arrepender-se, etc. Nos verbos pronominais essenciais a reflexibilidade
já está implícita no radical do verbo. Por exemplo: Arrependi-me de ter estado lá.

A ideia é de que a pessoa representada pelo sujeito (eu) tem um sentimento (arrependimento) que recai sobre ela mes-
ma, pois não recebe ação transitiva nenhuma vinda do verbo; o pronome oblíquo átono é apenas uma partícula integrante
do verbo, já que, pelo uso, sempre é conjugada com o verbo. Diz-se que o pronome apenas serve de reforço da ideia refle-
xiva expressa pelo radical do próprio verbo.
Veja uma conjugação pronominal essencial (verbo e respectivos pronomes):
Eu me arrependo
Tu te arrependes
Ele se arrepende
Nós nos arrependemos
Vós vos arrependeis
Eles se arrependem

- 2. Acidentais: são aqueles verbos transitivos diretos em que a ação exercida pelo sujeito recai sobre o objeto repre-
sentado por pronome oblíquo da mesma pessoa do sujeito; assim, o sujeito faz uma ação que recai sobre ele mesmo. Em
geral, os verbos transitivos diretos ou transitivos diretos e indiretos podem ser conjugados com os pronomes mencionados,
formando o que se chama voz reflexiva. Por exemplo: Maria se penteava.
A reflexibilidade é acidental, pois a ação reflexiva pode ser exercida também sobre outra pessoa. Por exemplo:
Maria penteou-me.

45
LÍNGUA PORTUGUESA

Observações: Nas ruas, havia crianças vendendo doces. (função de ad-


- Por fazerem parte integrante do verbo, os pronomes jetivo)
oblíquos átonos dos verbos pronominais não possuem Na forma simples, o gerúndio expressa uma ação em
função sintática. curso; na forma composta, uma ação concluída. Por exem-
- Há verbos que também são acompanhados de prono- plo:
mes oblíquos átonos, mas que não são essencialmente pro- Trabalhando, aprenderás o valor do dinheiro.
nominais, são os verbos reflexivos. Nos verbos reflexivos, Tendo trabalhado, aprendeu o valor do dinheiro.
os pronomes, apesar de se encontrarem na pessoa idêntica
à do sujeito, exercem funções sintáticas. Por exemplo: - Particípio: quando não é empregado na formação
Eu me feri. = Eu(sujeito) - 1ª pessoa do singular me dos tempos compostos, o particípio indica geralmente o
(objeto direto) - 1ª pessoa do singular resultado de uma ação terminada, flexionando-se em gê-
nero, número e grau. Por exemplo:
Terminados os exames, os candidatos saíram.
Modos Verbais
Quando o particípio exprime somente estado, sem ne-
Dá-se o nome de modo às várias formas assumidas nhuma relação temporal, assume verdadeiramente a fun-
pelo verbo na expressão de um fato. Em Português, exis- ção de adjetivo (adjetivo verbal). Por exemplo: Ela foi a alu-
tem três modos: na escolhida para representar a escola.
Indicativo - indica uma certeza, uma realidade: Eu sem-
pre estudo. Tempos Verbais
Subjuntivo - indica uma dúvida, uma possibilidade: Tal-
vez eu estude amanhã. Tomando-se como referência o momento em que se
Imperativo - indica uma ordem, um pedido: Estuda fala, a ação expressa pelo verbo pode ocorrer em diversos
agora, menino. tempos. Veja:

Formas Nominais 1. Tempos do Indicativo

Além desses três modos, o verbo apresenta ainda for- - Presente - Expressa um fato atual: Eu estudo neste co-
mas que podem exercer funções de nomes (substantivo, légio.
adjetivo, advérbio), sendo por isso denominadas formas
nominais. Observe: - Pretérito Imperfeito - Expressa um fato ocorrido
num momento anterior ao atual, mas que não foi comple-
- Infinitivo Impessoal: exprime a significação do verbo
tamente terminado: Ele estudava as lições quando foi inter-
de modo vago e indefinido, podendo ter valor e função de
rompido.
substantivo. Por exemplo:
Viver é lutar. (= vida é luta) - Pretérito Perfeito - Expressa um fato ocorrido num
É indispensável combater a corrupção. (= combate à) momento anterior ao atual e que foi totalmente terminado:
Ele estudou as lições ontem à noite.
O infinitivo impessoal pode apresentar-se no presen-
te (forma simples) ou no passado (forma composta). Por - Pretérito-Mais-Que-Perfeito - Expressa um fato
exemplo: ocorrido antes de outro fato já terminado: Ele já tinha es-
É preciso ler este livro. tudado as lições quando os amigos chegaram. (forma com-
Era preciso ter lido este livro. posta) Ele já estudara as lições quando os amigos chegaram.
(forma simples).
- Infinitivo Pessoal: é o infinitivo relacionado às três
pessoas do discurso. Na 1ª e 3ª pessoas do singular, não - Futuro do Presente - Enuncia um fato que deve
apresenta desinências, assumindo a mesma forma do im- ocorrer num tempo vindouro com relação ao momento
pessoal; nas demais, flexiona-se da seguinte maneira: atual: Ele estudará as lições amanhã.
2ª pessoa do singular: Radical + ES Ex.: teres(tu)
1ª pessoa do plural: Radical + MOS Ex.: termos (nós) - Futuro do Pretérito - Enuncia um fato que pode
ocorrer posteriormente a um determinado fato passado: Se
2ª pessoa do plural: Radical + DES Ex.: terdes (vós)
eu tivesse dinheiro, viajaria nas férias.
3ª pessoa do plural: Radical + EM Ex.: terem (eles)
2. Tempos do Subjuntivo
Por exemplo: Foste elogiado por teres alcançado uma
boa colocação. - Presente - Enuncia um fato que pode ocorrer no mo-
- Gerúndio: o gerúndio pode funcionar como adjetivo mento atual: É conveniente que estudes para o exame.
ou advérbio. Por exemplo: - Pretérito Imperfeito - Expressa um fato passado, mas
Saindo de casa, encontrei alguns amigos. (função de ad- posterior a outro já ocorrido: Eu esperava que ele vencesse
vérbio) o jogo.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Obs.: o pretérito imperfeito é também usado nas construções em que se expressa a ideia de condição ou desejo. Por
exemplo: Se ele viesse ao clube, participaria do campeonato.
- Futuro do Presente - Enuncia um fato que pode ocorrer num momento futuro em relação ao atual: Quando ele vier
à loja, levará as encomendas.
Obs.: o futuro do presente é também usado em frases que indicam possibilidade ou desejo. Por exemplo: Se ele vier à
loja, levará as encomendas.

Presente do Indicativo

1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação Desinência pessoal


CANTAR VENDER PARTIR
cantO vendO partO O
cantaS vendeS parteS S
canta vende parte -
cantaMOS vendeMOS partiMOS MOS
cantaIS vendeIS partIS IS
cantaM vendeM parteM M

Pretérito Perfeito do Indicativo

1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação Desinência pessoal


CANTAR VENDER PARTIR
canteI vendI partI I
cantaSTE vendeSTE partISTE STE
cantoU vendeU partiU U
cantaMOS vendeMOS partiMOS MOS
cantaSTES vendeSTES partISTES STES
cantaRAM vendeRAM partiRAM RAM

Pretérito mais-que-perfeito

1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação Des. temporal Desinência pessoal


1ª/2ª e 3ª conj.
CANTAR VENDER PARTIR
cantaRA vendeRA partiRA RA Ø
cantaRAS vendeRAS partiRAS RA S
cantaRA vendeRA partiRA RA Ø
cantáRAMOS vendêRAMOS partíRAMOS RA MOS
cantáREIS vendêREIS partíREIS RE IS
cantaRAM vendeRAM partiRAM RA M

Pretérito Imperfeito do Indicativo

1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação


CANTAR VENDER PARTIR
cantAVA vendIA partIA
cantAVAS vendIAS partAS
CantAVA vendIA partIA
cantÁVAMOS vendÍAMOS partÍAMOS
cantÁVEIS vendÍEIS partÍEIS
cantAVAM vendIAM partIAM

Futuro do Presente do Indicativo

1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação


CANTAR VENDER PARTIR
cantar ei vender ei partir ei
cantar ás vender ás partir ás
cantar á vender á partir á

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LÍNGUA PORTUGUESA

cantar emos vender emos partir emos


cantar eis vender eis partir eis
cantar ão vender ão partir ão

Futuro do Pretérito do Indicativo

1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação


CANTAR VENDER PARTIR
cantarIA venderIA partirIA
cantarIAS venderIAS partirIAS
cantarIA venderIA partirIA
cantarÍAMOS venderÍAMOS partirÍAMOS
cantarÍEIS venderÍEIS partirÍEIS
cantarIAM venderIAM partirIAM

Presente do Subjuntivo

Para se formar o presente do subjuntivo, substitui-se a desinência -o da primeira pessoa do singular do presente do
indicativo pela desinência -E (nos verbos de 1ª conjugação) ou pela desinência -A (nos verbos de 2ª e 3ª conjugação).

1ª conjug. 2ª conjug. 3ª conju. Des. temporal Des.temporal Desinên. pessoal


1ª conj. 2ª/3ª conj.
CANTAR VENDER PARTIR
cantE vendA partA E A Ø
cantES vendAS partAS E A S
cantE vendA partA E A Ø
cantEMOS vendAMOS partAMOS E A MOS
cantEIS vendAIS partAIS E A IS
cantEM vendAM partAM E A M

Pretérito Imperfeito do Subjuntivo

Para formar o imperfeito do subjuntivo, elimina-se a desinência -STE da 2ª pessoa do singular do pretérito perfeito, ob-
tendo-se, assim, o tema desse tempo. Acrescenta-se a esse tema a desinência temporal -SSE mais a desinência de número
e pessoa correspondente.

1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação Des. temporal Desinência pessoal


1ª /2ª e 3ª conj.
CANTAR VENDER PARTIR
cantaSSE vendeSSE partiSSE SSE Ø
cantaSSES vendeSSES partiSSES SSE S
cantaSSE vendeSSE partiSSE SSE Ø
cantáSSEMOS vendêSSEMOS partíSSEMOS SSE MOS
cantáSSEIS vendêSSEIS partíSSEIS SSE IS
cantaSSEM vendeSSEM partiSSEM SSE M

Futuro do Subjuntivo

Para formar o futuro do subjuntivo elimina-se a desinência -STE da 2ª pessoa do singular do pretérito perfeito, obtendo-
se, assim, o tema desse tempo. Acrescenta-se a esse tema a desinência temporal -R mais a desinência de número e pessoa
correspondente.
1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação Des. temporal Desinência pessoal
1ª /2ª e 3ª conj.
CANTAR VENDER PARTIR
cantaR vendeR partiR Ø
cantaRES vendeRES partiRES R ES
cantaR vendeR partiR R Ø
cantaRMOS vendeRMOS partiRMOS R MOS
cantaRDES vendeRDES partiRDES R DES
cantaREM vendeREM PartiREM R EM

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LÍNGUA PORTUGUESA

Modo Imperativo

Imperativo Afirmativo
Para se formar o imperativo afirmativo, toma-se do presente do indicativo a 2ª pessoa do singular (tu) e a segunda
pessoa do plural (vós) eliminando-se o “S” final. As demais pessoas vêm, sem alteração, do presente do subjuntivo. Veja:

Presente do Indicativo Imperativo Afirmativo Presente do Subjuntivo


Eu canto --- Que eu cante
Tu cantas CantA tu Que tu cantes
Ele canta Cante você Que ele cante
Nós cantamos Cantemos nós Que nós cantemos
Vós cantais CantAI vós Que vós canteis
Eles cantam Cantem vocês Que eles cantem

Imperativo Negativo

Para se formar o imperativo negativo, basta antecipar a negação às formas do presente do subjuntivo.

Presente do Subjuntivo Imperativo Negativo


Que eu cante ---
Que tu cantes Não cantes tu
Que ele cante Não cante você
Que nós cantemos Não cantemos nós
Que vós canteis Não canteis vós
Que eles cantem Não cantem eles

Observações:
- No modo imperativo não faz sentido usar na 3ª pessoa (singular e plural) as formas ele/eles, pois uma ordem, pedido
ou conselho só se aplicam diretamente à pessoa com quem se fala. Por essa razão, utiliza-se você/vocês.
- O verbo SER, no imperativo, faz excepcionalmente: sê (tu), sede (vós).

Infinitivo Pessoal

1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação


CANTAR VENDER PARTIR
cantar vender partir
cantarES venderES partirES
cantar vender partir
cantarMOS venderMOS partirMOS
cantarDES venderDES partirDES
cantarEM venderEM partirEM

Questões sobre Verbo

01. (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO - ASSISTENTE SOCIAL JUDICIÁRIO - VUNESP/2012) Assinale a
alternativa em que todos os verbos estão conjugados segundo a norma-padrão.
(A) Absteu-se do álcool durante anos; agora, voltou ao vício.
(B) Perderam seus documentos durante a viagem, mas já os reaveram.
(C) Avisem-me, se vocês verem que estão ocorrendo conflitos.
(D) Só haverá acordo se nós propormos uma boa indenização.
(E) Antes do jantar, a criançada se entretinha com jogos eletrônicos.

02. (TRT/AL - ANALISTA JUDICIÁRIO - FCC/2014)


... e então percorriam as pouco povoadas estepes da Ásia Central até o mar Cáspio e além.
O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo que o grifado acima está em:
(A) ... e de lá por navios que contornam a Índia...
(B) ... era a capital da China.
(C) A Rota da Seda nunca foi uma rota única...
(D) ... dispararam na última década.
(E) ... que acompanham as fronteiras ocidentais chinesas...

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LÍNGUA PORTUGUESA

03. (TRF - 2ª REGIÃO - ANALISTA JUDICIÁRIO - 07. (SABESP – TECNÓLOGO – FCC/2014) É importante
FCC/2012) O emprego, a grafia e a flexão dos verbos estão que a inserção da perspectiva da sustentabilidade na cultura
corretos em: empresarial, por meio das ações e projetos de Educação Am-
(A) A revalorização e a nova proeminência de Paraty biental, esteja alinhada a esses conceitos.
não prescindiram e não requiseram mais do que o esqueci- O verbo empregado nos mesmos tempo e modo que o
mento e a passagem do tempo. verbo grifado na frase acima está em:
(B) Quando se imaginou que Paraty havia sido para (A) ... a Empresa desenvolve todas as suas ações, polí-
sempre renegada a um segundo plano, eis que ela imerge ticas...
do esquecimento, em 1974. (B) ... as definições de Educação Ambiental são abran-
(C) A cada novo ciclo econômico retificava-se a impor- gentes...
tância estratégica de Paraty, até que, a partir de 1855, so- (C) ... também se associa o Desenvolvimento Sustentá-
breviram longos anos de esquecimento. vel...
(D) A Casa Azul envidará todos os esforços, refreando (D) ... e incorporou [...] também aspectos de desenvol-
as ações predatórias, para que a cidade não sucumba aos vimento humano.
atropelos do turismo selvagem. (E)... e reforce a identidade das comunidades.
(E) Paraty imbuiu da sorte e do destino os meios para
que obtesse, agora em definitivo, o prestígio de um polo 08. (DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO RIO DE JA-
turístico de inegável valor histórico. NEIRO – TÉCNICO SUPERIOR ESPECIALIZADO EM BIBLIO-
TECONOMIA – FGV PROJETOS /2014) Na frase “se você
04. (TRF - 3ª REGIÃO - ANALISTA JUDICIÁRIO - quiser ir mais longe”, a forma verbal empregada tem sua
FCC/2014) Tinham seus prediletos ... forma corretamente conjugada. A frase abaixo em que a
O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo que o forma verbal está ERRADA é
grifado acima está em: (A) se você se opuser a esse desejo.
(A) Dumas consentiu. (B) se você requerer este documento.
(B) ... levaram com eles a instituição do “lector”. (C) se você ver esse quadro.
(C) ... enquanto uma fileira de trabalhadores enrolam (D) se você provier da China.
charutos... (E) se você se entretiver com o jogo.
(D) Despontava a nova capital mundial do Havana.
(E) ... que cedesse o nome de seu herói... 09. (PREFEITURA DE SÃO CARLOS/SP – ENGENHEIRO –
ÁREA CIVIL – VUNESP/2011) Considere as frases:
05.(Analista – Arquitetura – FCC – 2013-adap.). Está ade- I. Há diversos projetos de lei em tramitação na Câmara.
quada a correlação entre tempos e modos verbais na frase: II. Caso a bondade seja aprovada, haverá custo adicional
A) Os que levariam a vida pensando apenas nos valores de 5,4 bilhões de reais por ano.
absolutos talvez façam melhor se pensassem no encanto Assinale a alternativa que, respectivamente, substitui o
dos pequenos bons momentos. verbo haver pelo verbo existir, conservando o tempo e o
B) Há até quem queira saber quem fosse o maior ban- modo.
dido entre os que recebessem destaque nos popularescos (A) Existe – existe
programas da TV. (B) Existem – existirão
C) Não admira que os leitores de Manuel Bandeira gos- (C) Existirão – existirá
tam tanto de sua poesia, sobretudo porque ela não tenha (D) Existem – existirá
aspirações a ser metafísica. (E) Existiriam – existiria
D) Se os adeptos da fama a qualquer custo levarem em
conta nossa condição de mortais, não precisariam preocu- 10. (MPE/PE – ANALISTA MINISTERIAL – FCC/2012)
par-se com os degraus da notoriedade. ... pois assim se via transportado de volta “à glória que foi
E) Quanto mais aproveitássemos o que houvesse de a Grécia e à grandeza que foi Roma”.
grande nos momentos felizes, menos precisaríamos nos O verbo empregado nos mesmos tempo e modo que o
preocupar com conquistas superlativas. grifado acima está em:
a) Poe certamente acreditava nisso...
06. (TRF - 5ª REGIÃO – ANALISTA JUDICIÁRIO – b) Se Grécia e Roma foram, para Poe, uma espécie de
FCC/2012) ...Ou pretendia. casa...
O verbo empregado nos mesmos tempo e modo que o c) ... ainda seja por nós obscuramente sentido como
grifado acima está em: verdadeiro, embora não de modo consciente.
a) ... ao que der ... d) ... como um legado que provê o fundamento de nos-
b) ... virava a palavra pelo avesso ... sas sensibilidades.
c) Não teria graça ... e) Seria ela efetivamente, para o poeta, uma encarnação
d) ... um conto que sai de um palíndromo ... da princesa homérica?
e) ... como decidiu o seu destino de escritor.

50
LÍNGUA PORTUGUESA

GABARITO D) Se os adeptos da fama a qualquer custo levassem em


conta nossa condição de mortais, não precisariam preocu-
01.E 02. B 03. D 04. D 05. E par-se com os degraus da notoriedade.
06.B 07. E 08. C 09. D 10.B 6-) Pretendia = pretérito imperfeito do Indicativo
a) ... ao que der ... = futuro do Subjuntivo
RESOLUÇÃO b) ... virava = pretérito imperfeito do Indicativo
c) Não teria = futuro do pretérito do Indicativo
1-) Correção à frente: d) ... um conto que sai = presente do Indicativo
(A) Absteu-se = absteve-se e) ... como decidiu = pretérito perfeito do Indicativo
(B) mas já os reaveram = reouveram
(C) se vocês verem = virem 7-) O verbo “esteja” está no presente do Subjuntivo.
(D) Só haverá acordo se nós propormos = propusermos (A) ... a Empresa desenvolve = presente do Indicativo
(E) Antes do jantar, a criançada se entretinha com jogos (B) ... as definições de Educação Ambiental são = pre-
eletrônicos. sente do Indicativo
(C) ... também se associa o Desenvolvimento Sustentá-
2-) Percorriam = Pretérito Imperfeito do Indicativo vel... = presente do Indicativo
A = contornam – presente do Indicativo (D) ... e incorporou [...] = pretérito perfeito do Indicativo
B = era = pretérito imperfeito do Indicativo (E)... e reforce a identidade das comunidades. = presen-
C = foi = pretérito perfeito do Indicativo te do Subjuntivo.
D = dispararam = pretérito mais-que-perfeito do Indi-
cativo 8-)
E = acompanham = presente do Indicativo (A) se você se opuser a esse desejo.
(B) se você requerer este documento.
3-) Acrescentei as formas verbais adequadas nas ora- (C) se você ver esse quadro.= se você vir
ções analisadas: (D) se você provier da China.
(A) A revalorização e a nova proeminência de Paraty não (E) se você se entretiver com o jogo.
prescindiram e não requiseram (requereram) mais do que o
9-) Há = presente do Indicativo / haverá = futuro do
esquecimento e a passagem do tempo.
presente do indicativo.
(B) Quando se imaginou que Paraty havia sido para
Ao substituirmos pelo verbo “existir”, lembremo-nos de
sempre renegada a um segundo plano, eis que ela imerge
que esse sofrerá flexão de número (irá para o plural, caso
(emerge) do esquecimento, em 1974.
seja necessário):
(C) A cada novo ciclo econômico retificava-se a impor-
I. Existem diversos projetos de lei em tramitação na Câ-
tância estratégica de Paraty, até que, a partir de 1855, so-
mara.
breviram (sobrevieram) longos anos de esquecimento.
II. Caso a bondade seja aprovada, existirá custo adicio-
(D) A Casa Azul envidará todos os esforços, refreando nal de 5,4 bilhões de reais por ano.
as ações predatórias, para que a cidade não sucumba aos Existem / existirá.
atropelos do turismo selvagem.
(E) Paraty imbuiu da sorte e do destino os meios para 10-) Foi = pretérito perfeito do Indicativo
que obtesse, (obtivesse) agora em definitivo, o prestígio de a) Poe certamente acreditava = pretérito imperfeito do
um polo turístico de inegável valor histórico. Indicativo
b) Se Grécia e Roma foram = pretérito perfeito do In-
4-)Tinham = pretérito imperfeito do Indicativo. Vamos dicativo
às alternativas: c) ... ainda seja = presente do Subjuntivo
Consentiu = pretérito perfeito / levaram = pretérito d) ... como um legado que provê = presente do Indi-
perfeito (e mais-que-perfeito) do Indicativo cativo
Despontava = pretérito imperfeito do Indicativo e) Seria = futuro do pretérito do Indicativo
Cedesse = pretérito do Subjuntivo

5-)
A) Os que levam a vida pensando apenas nos valores
absolutos talvez fariam melhor se pensassem no encanto
dos pequenos bons momentos.
B) Há até quem queira saber quem é o maior bandido
entre os que recebem destaque nos popularescos progra-
mas da TV.
C) Não admira que os leitores de Manuel Bandeira gos-
tem tanto de sua poesia, sobretudo porque ela não tem
aspirações a ser metafísica.

51
LÍNGUA PORTUGUESA

Vozes do Verbo O vento ia levando as folhas. (gerúndio)


As folhas iam sendo levadas pelo vento. (gerúndio)
Dá-se o nome de voz à forma assumida pelo verbo para
indicar se o sujeito gramatical é agente ou paciente da Obs.: é menos frequente a construção da voz passiva
ação. São três as vozes verbais: analítica com outros verbos que podem eventualmente
funcionar como auxiliares. Por exemplo: A moça ficou mar-
- Ativa: quando o sujeito é agente, isto é, pratica a ação cada pela doença.
expressa pelo verbo. Por exemplo:
Ele fez o trabalho. 2- Voz Passiva Sintética
sujeito agente ação objeto (pacien-
te) A voz passiva sintética ou pronominal constrói-se com
o verbo na 3ª pessoa, seguido do pronome apassivador SE.
- Passiva: quando o sujeito é paciente, recebendo a Por exemplo:
ação expressa pelo verbo. Por exemplo: Abriram-se as inscrições para o concurso.
O trabalho foi feito por ele. Destruiu-se o velho prédio da escola.
sujeito paciente ação agente da passiva Obs.: o agente não costuma vir expresso na voz passiva
sintética.
- Reflexiva: quando o sujeito é ao mesmo tempo agen- Curiosidade: A palavra passivo possui a mesma raiz la-
te e paciente, isto é, pratica e recebe a ação. Por exemplo: tina de paixão (latim passio, passionis) e ambas se relacio-
O menino feriu-se. nam com o significado sofrimento, padecimento. Daí vem o
significado de voz passiva como sendo a voz que expressa
Obs.: não confundir o emprego reflexivo do verbo com a ação sofrida pelo sujeito. Na voz passiva temos dois ele-
a noção de reciprocidade: Os lutadores feriram-se. (um ao mentos que nem sempre aparecem: SUJEITO PACIENTE e
outro) AGENTE DA PASSIVA.
Formação da Voz Passiva
Conversão da Voz Ativa na Voz Passiva
A voz passiva pode ser formada por dois processos:
analítico e sintético.
Pode-se mudar a voz ativa na passiva sem alterar subs-
tancialmente o sentido da frase.
1- Voz Passiva Analítica
Gutenberg inventou a imprensa (Voz Ativa)
Constrói-se da seguinte maneira: Verbo SER + particípio
Sujeito da Ativa objeto Direto
do verbo principal. Por exemplo:
A escola será pintada.
A imprensa foi inventada por Gutenberg (Voz Pas-
O trabalho é feito por ele.
siva)
Obs.: o agente da passiva geralmente é acompanhado Sujeito da Passiva Agente da Passiva
da preposição por, mas pode ocorrer a construção com a
preposição de. Por exemplo: A casa ficou cercada de solda- Observe que o objeto direto será o sujeito da passiva, o
dos. sujeito da ativa passará a agente da passiva e o verbo ativo
- Pode acontecer ainda que o agente da passiva não assumirá a forma passiva, conservando o mesmo tempo.
esteja explícito na frase: A exposição será aberta amanhã. Observe mais exemplos:

- A variação temporal é indicada pelo verbo auxiliar - Os mestres têm constantemente aconselhado os alunos.
(SER), pois o particípio é invariável. Observe a transforma- Os alunos têm sido constantemente aconselhados pelos
ção das frases seguintes: mestres.
a) Ele fez o trabalho. (pretérito perfeito do indicativo)
O trabalho foi feito por ele. (pretérito perfeito do indi- - Eu o acompanharei.
cativo) Ele será acompanhado por mim.

b) Ele faz o trabalho. (presente do indicativo) Obs.: quando o sujeito da voz ativa for indeterminado,
O trabalho é feito por ele. (presente do indicativo) não haverá complemento agente na passiva. Por exemplo:
Prejudicaram-me. / Fui prejudicado.
c) Ele fará o trabalho. (futuro do presente)
O trabalho será feito por ele. (futuro do presente) Saiba que:
- Aos verbos que não são ativos nem passivos ou refle-
- Nas frases com locuções verbais, o verbo SER assume xivos, são chamados neutros.
o mesmo tempo e modo do verbo principal da voz ativa. O vinho é bom.
Observe a transformação da frase seguinte: Aqui chove muito.

52
LÍNGUA PORTUGUESA

- Há formas passivas com sentido ativo: a) é observado.


É chegada a hora. (= Chegou a hora.) b) seja observado.
Eu ainda não era nascido. (= Eu ainda não tinha nascido.) c) ser observado.
És um homem lido e viajado. (= que leu e viajou) d) é observada.
e) for observado.
- Inversamente, usamos formas ativas com sentido pas-
sivo: 05. (Analista de Procuradoria – FCC – 2013-adap) Trans-
Há coisas difíceis de entender. (= serem entendidas) pondo- -se para a voz passiva a frase O poeta teria
Mandou-o lançar na prisão. (= ser lançado) aberto um diálogo entre as duas partes, a forma verbal re-
- Os verbos chamar-se, batizar-se, operar-se (no sentido sultante será:
cirúrgico) e vacinar-se são considerados passivos, logo o A) fora aberto.
sujeito é paciente. B) abriria.
Chamo-me Luís. C) teria sido aberto.
Batizei-me na Igreja do Carmo. D) teriam sido abertas.
Operou-se de hérnia. E) foi aberto.
Vacinaram-se contra a gripe.
06.(SEE/SP – PROFESSOR EDUCAÇÃO BÁSICA II E PRO-
Fonte: http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/ FESSOR II – LÍNGUA PORTUGUESA - FCC/2011) ...permite
morf54.php que os criadores tomem atitudes quando a proliferação de
algas tóxicas ameaça os peixes.
Questões sobre Vozes dos Verbos A transposição para a voz passiva da oração grifada aci-
ma teria, de acordo com a norma culta, como forma verbal
01. (TRE/AL – ANALISTA JUDICIÁRIO – FCC/2010) A fra- resultante:
se que admite transposição para a voz passiva é: (A) ameaçavam.
(A) O cúmulo da ilusão é também o cúmulo do sagrado. (B) foram ameaçadas.
(B) O conceito de espetáculo unifica e explica uma (C) ameaçarem.
grande diversidade de fenômenos. (D) estiver sendo ameaçada.
(C) O espetáculo é ao mesmo tempo parte da socieda- (E) forem ameaçados.
de, a própria sociedade e seu instrumento de unificação.
(D) As imagens fluem desligadas de cada aspecto da 07. (INFRAERO – ENGENHEIRO SANITARISTA –
vida (...). FCC/2011) Transpondo-se para a voz passiva a frase Um
(E) Por ser algo separado, ele é o foco do olhar iludido figurante pode obscurecer a atuação de um protagonista, a
e da falsa consciência. forma verbal obtida será:
(A) pode ser obscurecido.
02. (TRE/RS – ANALISTA JUDICIÁRIO – FCC/2010) ... a (B) obscurecerá.
Coreia do Norte interrompeu comunicações com o vizinho ... (C) pode ter obscurecido.
Transpondo a frase acima para a voz passiva, a forma (D) pode ser obscurecida.
verbal corretamente obtida é: (E) será obscurecida.
a) tinha interrompido.
b) foram interrompidas. 08.(GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO – PRO-
c) fora interrompido. CON – ADVOGADO – CEPERJ/2012) “todos que são impac-
d) haviam sido interrompidas. tados pelas mídias de massa”
e) haveriam de ser interrompidas. O fragmento transcrito acima apresenta uma constru-
03. (FCC-TRE-Analista Judiciário – 2011) Transpondo-se ção na voz passiva do verbo. Outro exemplo de voz passiva
para a voz passiva a frase Hoje a autoria institucional en- encontra-se em:
frenta séria concorrência dos autores anônimos, obter-se-á A) “As crianças brasileiras influenciam 80% das decisões
a seguinte forma verbal: de compra de uma família”
(A) são enfrentados. B) “A publicidade na TV é a principal ferramenta do mer-
(B) tem enfrentado. cado para a persuasão do público infantil”
(C) tem sido enfrentada. C) “evidenciaram outros fatores que influenciam as
(D) têm sido enfrentados. crianças brasileiras nas práticas de consumo.”
(E) é enfrentada. D) “Elas são assediadas pelo mercado”
E) “valores distorcidos são de fato um problema de or-
04. (TRF - 5ª REGIÃO – ANALISTA JUDICIÁRIO – dem ética”
FCC/2012) Para o Brasil, o fundamental é que, ao exercer a
responsabilidade de proteger pela via militar, a comunida- 09. (GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO – CASA CI-
de internacional [...] observe outro preceito ... VIL – EXECUTIVO PÚBLICO – FCC/2010) Transpondo a frase
Transpondo-se o segmento grifado acima para a voz o diretor estava promovendo seu filme para a voz passiva,
passiva, a forma verbal resultante será: obtém-se corretamente o seguinte segmento:

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LÍNGUA PORTUGUESA

(A) tinha recebido promoção. Se na voz ativa temos um verbo, na passiva teremos
(B) estaria sendo promovido. dois; se na ativa temos dois, na passiva teremos três. Então:
(C) fizera a promoção. A atuação de um protagonista pode ser obscurecida por
(D) estava sendo promovido. um figurante.
(E) havia sido promovido.
8-)
10. -) (MPE/PE – ANALISTA MINISTERIAL – FCC/2012) A) “As crianças brasileiras influenciam 80% das deci-
Da sede do poder no Brasil holandês, Marcgrave acompa- sões de compra de uma família” = voz ativa
nhou e anotou, sempre sozinho, alguns fenômenos celestes, B) “A publicidade na TV é a principal ferramenta do mer-
sobretudo eclipses lunares e solares. cado para a persuasão do público infantil” = ativa (verbo de
Ao transpor-se a frase acima para a voz passiva, as for- ligação); não dá para passar para a passiva
mas verbais resultantes serão: C) “evidenciaram outros fatores que influenciam as
a) eram anotados e acompanhados. crianças brasileiras nas práticas de consumo.” = ativa
b) fora anotado e acompanhado. D) “Elas são assediadas pelo mercado” = voz passiva
c) foram anotados e acompanhados. E) “valores distorcidos são de fato um problema de or-
d) anota-se e acompanha-se. dem ética” = ativa (verbo de ligação); não dá para passar
e) foi anotado e acompanhado. para a passiva
9-) o diretor estava promovendo seu filme = dois ver-
GABARITO bos na voz ativa, três na passiva: seu filme estava sendo
produzido.
01. B 02.B 03. E 04.B 05. C
06. E 07. D 08. D 09.D 10.C 10-)Marcgrave acompanhou e anotou alguns fenô-
menos celestes = voz ativa com um verbo (sem auxiliar!),
RESOLUÇÃO então na passiva teremos dois: alguns fenômenos foram
acompanhados e anotados por Marcgrave.
1-)
(A) O cúmulo da ilusão é também o cúmulo do sagrado.
(B) O conceito de espetáculo unifica e explica uma FLEXÕES: GÊNERO, NÚMERO E GRAU DO
grande diversidade de fenômenos. SUBSTANTIVO E ADJETIVO.
- Uma grande diversidade de fenômenos é unificada e
explicada pelo conceito...
(C) O espetáculo é ao mesmo tempo parte da socieda-
de, a própria sociedade e seu instrumento de unificação. SUBSTANTIVO
(D) As imagens fluem desligadas de cada aspecto da
vida (...). Tudo o que existe é ser e cada ser tem um nome. Subs-
(E) Por ser algo separado, ele é o foco do olhar iludido tantivo é a classe gramatical de palavras variáveis, as quais
e da falsa consciência. denominam os seres. Além de objetos, pessoas e fenôme-
nos, os substantivos também nomeiam:
2-) ... a Coreia do Norte interrompeu comunicações -lugares: Alemanha, Porto Alegre...
com o vizinho = voz ativa com um verbo, então a passiva -sentimentos: raiva, amor...
terá dois: comunicações com o vizinho foram interrompi- -estados: alegria, tristeza...
das pela Coreia... -qualidades: honestidade, sinceridade...
3-) Hoje a autoria institucional enfrenta séria concorrên- -ações: corrida, pescaria...
cia dos autores anônimos = Séria concorrência é enfrenta-
da pela autoria... Morfossintaxe do substantivo

4-) a comunidade internacional [...] observe outro pre- Nas orações de língua portuguesa, o substantivo em ge-
ceito = se na voz ativa temos um verbo, na passiva teremos ral exerce funções diretamente relacionadas com o verbo:
dois: outro preceito seja observado. atua como núcleo do sujeito, dos complementos verbais
(objeto direto ou indireto) e do agente da passiva. Pode
5-) O poeta teria aberto um diálogo entre as duas par- ainda funcionar como núcleo do complemento nominal ou
tes = Um diálogo teria sido aberto... do aposto, como núcleo do predicativo do sujeito, do ob-
jeto ou como núcleo do vocativo. Também encontramos
6-) Quando a proliferação ameaça os peixes = voz ativa substantivos como núcleos de adjuntos adnominais e de
Quando os peixes forem ameaçados pela proliferação... adjuntos adverbiais - quando essas funções são desempe-
= voz passiva nhadas por grupos de palavras.

7-) Um figurante pode obscurecer a atuação de um pro-


tagonista.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Classificação dos Substantivos 3 - Substantivos Coletivos

1- Substantivos Comuns e Próprios Ele vinha pela estrada e foi picado por uma abelha, outra
abelha, mais outra abelha.
Observe a definição: s.f. 1: Povoação maior que vila, com Ele vinha pela estrada e foi picado por várias abelhas.
muitas casas e edifícios, dispostos em ruas e avenidas (no Ele vinha pela estrada e foi picado por um enxame.
Brasil, toda a sede de município é cidade). 2. O centro de Note que, no primeiro caso, para indicar plural, foi ne-
uma cidade (em oposição aos bairros). cessário repetir o substantivo: uma abelha, outra abelha,
mais outra abelha...
Qualquer “povoação maior que vila, com muitas casas No segundo caso, utilizaram-se duas palavras no plural.
e edifícios, dispostos em ruas e avenidas” será chamada No terceiro caso, empregou-se um substantivo no sin-
cidade. Isso significa que a palavra cidade é um substantivo gular (enxame) para designar um conjunto de seres da
comum. mesma espécie (abelhas).
Substantivo Comum é aquele que designa os seres de O substantivo enxame é um substantivo coletivo.
uma mesma espécie de forma genérica: cidade, menino, Substantivo Coletivo: é o substantivo comum que, mes-
homem, mulher, país, cachorro. mo estando no singular, designa um conjunto de seres da
Estamos voando para Barcelona. mesma espécie.

O substantivo Barcelona designa apenas um ser da es- Substantivo coletivo Conjunto de:
pécie cidade. Esse substantivo é próprio. Substantivo Pró- assembleia pessoas reunidas
prio: é aquele que designa os seres de uma mesma espécie alcateia lobos
de forma particular: Londres, Paulinho, Pedro, Tietê, Brasil. acervo livros
antologia trechos literários selecionados
2 - Substantivos Concretos e Abstratos arquipélago ilhas
banda músicos
LÂMPADA MALA bando desordeiros ou malfeitores
banca examinadores
Os substantivos lâmpada e mala designam seres com batalhão soldados
existência própria, que são independentes de outros seres. cardume peixes
São substantivos concretos. caravana viajantes peregrinos
cacho frutas
Substantivo Concreto: é aquele que designa o ser que cáfila camelos
existe, independentemente de outros seres. cancioneiro canções, poesias líricas
Obs.: os substantivos concretos designam seres do colmeia abelhas
mundo real e do mundo imaginário. chusma gente, pessoas
Seres do mundo real: homem, mulher, cadeira, cobra, concílio bispos
Brasília, etc. congresso parlamentares, cientistas.
Seres do mundo imaginário: saci, mãe-d’água, fantas- elenco atores de uma peça ou filme
ma, etc. esquadra navios de guerra
enxoval roupas
Observe agora: falange soldados, anjos
Beleza exposta fauna animais de uma região
Jovens atrizes veteranas destacam-se pelo visual. feixe lenha, capim
flora vegetais de uma região
O substantivo beleza designa uma qualidade. frota navios mercantes, ônibus
girândola fogos de artifício
Substantivo Abstrato: é aquele que designa seres que horda bandidos, invasores
dependem de outros para se manifestar ou existir. junta médicos, bois, credores, examinadores
Pense bem: a beleza não existe por si só, não pode ser júri jurados
observada. Só podemos observar a beleza numa pessoa legião soldados, anjos, demônios
ou coisa que seja bela. A beleza depende de outro ser para leva presos, recrutas
se manifestar. Portanto, a palavra beleza é um substantivo malta malfeitores ou desordeiros
abstrato. manada búfalos, bois, elefantes,
Os substantivos abstratos designam estados, qualida- matilha cães de raça
des, ações e sentimentos dos seres, dos quais podem ser molho chaves, verduras
abstraídos, e sem os quais não podem existir: vida (estado), multidão pessoas em geral
rapidez (qualidade), viagem (ação), saudade (sentimento). ninhada pintos
nuvem insetos (gafanhotos, mosquitos, etc.)
penca bananas, chaves

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LÍNGUA PORTUGUESA

pinacoteca pinturas, quadros Flexão de Gênero


quadrilha ladrões, bandidos
ramalhete flores Gênero é a propriedade que as palavras têm de indicar
rebanho ovelhas sexo real ou fictício dos seres. Na língua portuguesa, há
récua bestas de carga, cavalgadura dois gêneros: masculino e feminino. Pertencem ao gênero
repertório peças teatrais, obras musicais masculino os substantivos que podem vir precedidos dos
réstia alhos ou cebolas artigos o, os, um, uns. Veja estes títulos de filmes:
romanceiro poesias narrativas O velho e o mar
revoada pássaros Um Natal inesquecível
sínodo párocos Os reis da praia
talha lenha
tropa muares, soldados Pertencem ao gênero feminino os substantivos que po-
turma estudantes, trabalhadores dem vir precedidos dos artigos a, as, uma, umas:
vara porcos A história sem fim
Uma cidade sem passado
Formação dos Substantivos As tartarugas ninjas

Substantivos Simples e Compostos Substantivos Biformes e Substantivos Uniformes

Substantivos Biformes (= duas formas): ao indicar no-


Chuva - subst. Fem. 1 - água caindo em gotas sobre a
mes de seres vivos, geralmente o gênero da palavra está
terra.
relacionado ao sexo do ser, havendo, portanto, duas for-
O substantivo chuva é formado por um único elemento mas, uma para o masculino e outra para o feminino. Obser-
ou radical. É um substantivo simples. ve: gato – gata, homem – mulher, poeta – poetisa, prefeito
- prefeita
Substantivo Simples: é aquele formado por um único
elemento. Substantivos Uniformes: são aqueles que apresentam
Outros substantivos simples: tempo, sol, sofá, etc. Veja uma única forma, que serve tanto para o masculino quanto
agora: O substantivo guarda-chuva é formado por dois para o feminino. Classificam-se em:
elementos (guarda + chuva). Esse substantivo é composto. - Epicenos: têm um só gênero e nomeiam bichos: a
cobra macho e a cobra fêmea, o jacaré macho e o jacaré
Substantivo Composto: é aquele formado por dois ou fêmea.
mais elementos. Outros exemplos: beija-flor, passatempo. - Sobrecomuns: têm um só gênero e nomeiam pes-
Substantivos Primitivos e Derivados soas: a criança, a testemunha, a vítima, o cônjuge, o gênio,
o ídolo, o indivíduo.
Meu limão meu limoeiro, - Comuns de Dois Gêneros: indicam o sexo das pes-
meu pé de jacarandá... soas por meio do artigo: o colega e a colega, o doente e a
doente, o artista e a artista.
O substantivo limão é primitivo, pois não se originou de
Saiba que: Substantivos de origem grega terminados
nenhum outro dentro de língua portuguesa.
em ema ou oma, são masculinos: o fonema, o poema, o
sistema, o sintoma, o teorema.
Substantivo Primitivo: é aquele que não deriva de - Existem certos substantivos que, variando de gênero,
nenhuma outra palavra da própria língua portuguesa. O variam em seu significado: o rádio (aparelho receptor) e a
substantivo limoeiro é derivado, pois se originou a partir rádio (estação emissora) o capital (dinheiro) e a capital (ci-
da palavra limão. dade)

Substantivo Derivado: é aquele que se origina de ou- Formação do Feminino dos Substantivos Biformes
tra palavra.
- Regra geral: troca-se a terminação -o por –a: aluno -
Flexão dos substantivos aluna.
- Substantivos terminados em -ês: acrescenta-se -a ao
O substantivo é uma classe variável. A palavra é variá- masculino: freguês - freguesa
vel quando sofre flexão (variação). A palavra menino, por - Substantivos terminados em -ão: fazem o feminino de
exemplo, pode sofrer variações para indicar: três formas:
Plural: meninos Feminino: menina - troca-se -ão por -oa. = patrão – patroa
Aumentativo: meninão Diminutivo: menininho - troca-se -ão por -ã. = campeão - campeã
-troca-se -ão por ona. = solteirão - solteirona

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LÍNGUA PORTUGUESA

Exceções: barão – baronesa ladrão- ladra sultão - - A palavra personagem é usada indistintamente nos
sultana dois gêneros.
a) Entre os escritores modernos nota-se acentuada pre-
- Substantivos terminados em -or: ferência pelo masculino: O menino descobriu nas nuvens os
- acrescenta-se -a ao masculino = doutor – doutora personagens dos contos de carochinha.
- troca-se -or por -triz: = imperador - imperatriz b) Com referência a mulher, deve-se preferir o feminino:
O problema está nas mulheres de mais idade, que não acei-
- Substantivos com feminino em -esa, -essa, -isa: cônsul tam a personagem.
- consulesa / abade - abadessa / poeta - poetisa / duque -
duquesa / conde - condessa / profeta - profetisa
- Diz-se: o (ou a) manequim Marcela, o (ou a) modelo
- Substantivos que formam o feminino trocando o -e
fotográfico Ana Belmonte.
final por -a: elefante - elefanta
Observe o gênero dos substantivos seguintes:
- Substantivos que têm radicais diferentes no masculino
e no feminino: bode – cabra / boi - vaca Masculinos: o tapa, o eclipse, o lança-perfume, o dó
(pena), o sanduíche, o clarinete, o champanha, o sósia, o
- Substantivos que formam o feminino de maneira es- maracajá, o clã, o hosana, o herpes, o pijama, o suéter, o
pecial, isto é, não seguem nenhuma das regras anteriores: soprano, o proclama, o pernoite, o púbis.
czar – czarina réu - ré
Femininos: a dinamite, a derme, a hélice, a omoplata, a
Formação do Feminino dos Substantivos Uniformes cataplasma, a pane, a mascote, a gênese, a entorse, a libido,
a cal, a faringe, a cólera (doença), a ubá (canoa).
Epicenos:
Novo jacaré escapa de policiais no rio Pinheiros. - São geralmente masculinos os substantivos de ori-
gem grega terminados em -ma: o grama (peso), o quilo-
Não é possível saber o sexo do jacaré em questão. Isso grama, o plasma, o apostema, o diagrama, o epigrama, o
ocorre porque o substantivo jacaré tem apenas uma forma telefonema, o estratagema, o dilema, o teorema, o trema, o
para indicar o masculino e o feminino. eczema, o edema, o magma, o estigma, o axioma, o traco-
Alguns nomes de animais apresentam uma só forma
ma, o hematoma.
para designar os dois sexos. Esses substantivos são cha-
mados de epicenos. No caso dos epicenos, quando houver
a necessidade de especificar o sexo, utilizam-se palavras Exceções: a cataplasma, a celeuma, a fleuma, etc.
macho e fêmea.
A cobra macho picou o marinheiro. Gênero dos Nomes de Cidades:
A cobra fêmea escondeu-se na bananeira.
Sobrecomuns: Com raras exceções, nomes de cidades são femininos.
Entregue as crianças à natureza. A histórica Ouro Preto.
A dinâmica São Paulo.
A palavra crianças refere-se tanto a seres do sexo mas- A acolhedora Porto Alegre.
culino, quanto a seres do sexo feminino. Nesse caso, nem Uma Londres imensa e triste.
o artigo nem um possível adjetivo permitem identificar o Exceções: o Rio de Janeiro, o Cairo, o Porto, o Havre.
sexo dos seres a que se refere a palavra. Veja:
A criança chorona chamava-se João. Gênero e Significação:
A criança chorona chamava-se Maria.
Muitos substantivos têm uma significação no masculino
Outros substantivos sobrecomuns: e outra no feminino. Observe: o baliza (soldado que, que à
a criatura = João é uma boa criatura. Maria é uma boa
frente da tropa, indica os movimentos que se deve realizar
criatura.
em conjunto; o que vai à frente de um bloco carnavalesco,
o cônjuge = O cônjuge de João faleceu. O cônjuge de
Marcela faleceu manejando um bastão), a baliza (marco, estaca; sinal que
Comuns de Dois Gêneros: marca um limite ou proibição de trânsito), o cabeça (chefe),
Motorista tem acidente idêntico 23 anos depois. a cabeça (parte do corpo), o cisma (separação religiosa, dissi-
dência), a cisma (ato de cismar, desconfiança), o cinza (a cor
Quem sofreu o acidente: um homem ou uma mulher? cinzenta), a cinza (resíduos de combustão), o capital (dinhei-
É impossível saber apenas pelo título da notícia, uma ro), a capital (cidade), o coma (perda dos sentidos), a coma
vez que a palavra motorista é um substantivo uniforme. (cabeleira), o coral (pólipo, a cor vermelha, canto em coro),
A distinção de gênero pode ser feita através da análise a coral (cobra venenosa), o crisma (óleo sagrado, usado na
do artigo ou adjetivo, quando acompanharem o substanti- administração da crisma e de outros sacramentos), a crisma
vo: o colega - a colega; o imigrante - a imigrante; um jovem (sacramento da confirmação), o cura (pároco), a cura (ato de
- uma jovem; artista famoso - artista famosa; repórter fran- curar), o estepe (pneu sobressalente), a estepe (vasta planície
cês - repórter francesa de vegetação), o guia (pessoa que guia outras), a guia (docu-
mento, pena grande das asas das aves), o grama (unidade de

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LÍNGUA PORTUGUESA

peso), a grama (relva), o caixa (funcionário da caixa), a caixa - Os substantivos terminados em “x” ficam invariáveis:
(recipiente, setor de pagamentos), o lente (professor), a lente o látex - os látex.
(vidro de aumento), o moral (ânimo), a moral (honestidade,
bons costumes, ética), o nascente (lado onde nasce o Sol), a Plural dos Substantivos Compostos
nascente (a fonte), o maria-fumaça (trem como locomotiva
a vapor), maria-fumaça (locomotiva movida a vapor), o pala -A formação do plural dos substantivos compostos de-
(poncho), a pala (parte anterior do boné ou quepe, antepa- pende da forma como são grafados, do tipo de palavras
ro), o rádio (aparelho receptor), a rádio (estação emissora), o que formam o composto e da relação que estabelecem en-
voga (remador), a voga (moda, popularidade). tre si. Aqueles que são grafados sem hífen comportam-se
como os substantivos simples: aguardente/aguardentes,
Flexão de Número do Substantivo girassol/girassóis, pontapé/pontapés, malmequer/
malmequeres.
Em português, há dois números gramaticais: o singular, O plural dos substantivos compostos cujos elementos
que indica um ser ou um grupo de seres, e o plural, que são ligados por hífen costuma provocar muitas dúvidas e
indica mais de um ser ou grupo de seres. A característica discussões. Algumas orientações são dadas a seguir:
do plural é o “s” final.
- Flexionam-se os dois elementos, quando formados
Plural dos Substantivos Simples de:
substantivo + substantivo = couve-flor e couves-flores
- Os substantivos terminados em vogal, ditongo oral e substantivo + adjetivo = amor-perfeito e amores-per-
“n” fazem o plural pelo acréscimo de “s”: pai – pais; ímã – feitos
ímãs; hífen - hifens (sem acento, no plural). Exceção: cânon adjetivo + substantivo = gentil-homem e gentis-homens
- cânones. numeral + substantivo = quinta-feira e quintas-feiras

- Os substantivos terminados em “m” fazem o plural em - Flexiona-se somente o segundo elemento, quando
“ns”: homem - homens. formados de:
verbo + substantivo = guarda-roupa e guarda-roupas
- Os substantivos terminados em “r” e “z” fazem o plural palavra invariável + palavra variável = alto-falante e
pelo acréscimo de “es”: revólver – revólveres; raiz - raízes. alto- -falantes
Atenção: O plural de caráter é caracteres. palavras repetidas ou imitativas = reco-reco e reco-recos

- Os substantivos terminados em al, el, ol, ul flexionam- - Flexiona-se somente o primeiro elemento, quando
se no plural, trocando o “l” por “is”: quintal - quintais; cara- formados de:
col – caracóis; hotel - hotéis. Exceções: mal e males, cônsul substantivo + preposição clara + substantivo = água-
e cônsules. de-colônia e águas-de-colônia
substantivo + preposição oculta + substantivo = cava-
- Os substantivos terminados em “il” fazem o plural de lo-vapor e cavalos-vapor
duas maneiras: substantivo + substantivo que funciona como determi-
nante do primeiro, ou seja, especifica a função ou o tipo
- Quando oxítonos, em “is”: canil - canis do termo anterior: palavra-chave - palavras-chave, bomba
-relógio - bombas-relógio, notícia-bomba - notícias-bomba,
- Quando paroxítonos, em “eis”: míssil - mísseis. homem-rã - homens-rã, peixe-espada - peixes-espada.

Obs.: a palavra réptil pode formar seu plural de duas - Permanecem invariáveis, quando formados de:
maneiras: répteis ou reptis (pouco usada). verbo + advérbio = o bota-fora e os bota-fora
- Os substantivos terminados em “s” fazem o plural de verbo + substantivo no plural = o saca-rolhas e os sa-
duas maneiras: ca-rolhas
- Quando monossilábicos ou oxítonos, mediante o
acréscimo de “es”: ás – ases / retrós - retroses - Casos Especiais
o louva-a-deus e os louva-a-deus
- Quando paroxítonos ou proparoxítonos, ficam inva- o bem-te-vi e os bem-te-vis
riáveis: o lápis - os lápis / o ônibus - os ônibus. o bem-me-quer e os bem-me-queres
o joão-ninguém e os joões-ninguém.
- Os substantivos terminados em “ao” fazem o plural de
três maneiras. Plural das Palavras Substantivadas
- substituindo o -ão por -ões: ação - ações
- substituindo o -ão por -ães: cão - cães As palavras substantivadas, isto é, palavras de outras
- substituindo o -ão por -ãos: grão - grãos classes gramaticais usadas como substantivo, apresentam,
no plural, as flexões próprias dos substantivos.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Pese bem os prós e os contras. fosso fossos


O aluno errou na prova dos noves. imposto impostos
Ouça com a mesma serenidade os sins e os nãos. olho olhos
Obs.: numerais substantivados terminados em “s” ou osso (ô) ossos (ó)
“z” não variam no plural: Nas provas mensais consegui mui- ovo ovos
tos seis e alguns dez. poço poços
porto portos
Plural dos Diminutivos posto postos
tijolo tijolos
Flexiona-se o substantivo no plural, retira-se o “s” final
e acrescenta-se o sufixo diminutivo. Têm a vogal tônica fechada (ô): adornos, almoços, bol-
pãe(s) + zinhos = pãezinhos sos, esposos, estojos, globos, gostos, polvos, rolos, soros, etc.
animai(s) + zinhos = animaizinhos Obs.: distinga-se molho (ô) = caldo (molho de carne),
botõe(s) + zinhos = botõezinhos de molho (ó) = feixe (molho de lenha).
chapéu(s) + zinhos = chapeuzinhos
farói(s) + zinhos = faroizinhos Particularidades sobre o Número dos Substantivos
tren(s) + zinhos = trenzinhos
colhere(s) + zinhas = colherezinhas - Há substantivos que só se usam no singular: o sul, o
flore(s) + zinhas = florezinhas norte, o leste, o oeste, a fé, etc.
mão(s) + zinhas = mãozinhas - Outros só no plural: as núpcias, os víveres, os pêsames,
papéi(s) + zinhos = papeizinhos as espadas/os paus (naipes de baralho), as fezes.
nuven(s) + zinhas = nuvenzinhas - Outros, enfim, têm, no plural, sentido diferente do
funi(s) + zinhos = funizinhos singular: bem (virtude) e bens (riquezas), honra (probidade,
túnei(s) + zinhos = tuneizinhos bom nome) e honras (homenagem, títulos).
pai(s) + zinhos = paizinhos - Usamos às vezes, os substantivos no singular, mas
pé(s) + zinhos = pezinhos com sentido de plural:
pé(s) + zitos = pezitos Aqui morreu muito negro.
Celebraram o sacrifício divino muitas vezes em capelas
Plural dos Nomes Próprios Personativos improvisadas.
Flexão de Grau do Substantivo
Devem-se pluralizar os nomes próprios de pessoas
sempre que a terminação preste-se à flexão. Grau é a propriedade que as palavras têm de exprimir
Os Napoleões também são derrotados. as variações de tamanho dos seres. Classifica-se em:
As Raquéis e Esteres. - Grau Normal - Indica um ser de tamanho considera-
do normal. Por exemplo: casa
Plural dos Substantivos Estrangeiros - Grau Aumentativo - Indica o aumento do tamanho
do ser. Classifica-se em:
Substantivos ainda não aportuguesados devem ser es-
critos como na língua original, acrescentando-se “s” (exce- Analítico = o substantivo é acompanhado de um adje-
to quando terminam em “s” ou “z”): os shows, os shorts, os tivo que indica grandeza. Por exemplo: casa grande.
jazz.
Substantivos já aportuguesados flexionam-se de acor- Sintético = é acrescido ao substantivo um sufixo indi-
do com as regras de nossa língua: os clubes, os chopes, os cador de aumento. Por exemplo: casarão.
jipes, os esportes, as toaletes, os bibelôs, os garçons,
os réquiens. - Grau Diminutivo - Indica a diminuição do tamanho
Observe o exemplo: do ser. Pode ser:
Este jogador faz gols toda vez que joga. Analítico = substantivo acompanhado de um adjetivo
O plural correto seria gois (ô), mas não se usa. que indica pequenez. Por exemplo: casa pequena.
Sintético = é acrescido ao substantivo um sufixo indi-
Plural com Mudança de Timbre cador de diminuição. Por exemplo: casinha.

Certos substantivos formam o plural com mudança de ADJETIVO


timbre da vogal tônica (o fechado / o aberto). É um fato
fonético chamado metafonia (plural metafônico). Adjetivo é a palavra que expressa uma qualidade ou
Singular Plural característica do ser e se relaciona com o substantivo.
corpo (ô) corpos (ó) Ao analisarmos a palavra bondoso, por exemplo, per-
esforço esforços cebemos que, além de expressar uma qualidade, ela pode
fogo fogos ser colocada ao lado de um substantivo: homem bondoso,
forno fornos moça bondosa, pessoa bondosa.

59
LÍNGUA PORTUGUESA

Já com a palavra bondade, embora expresse uma qua- Se o adjetivo é composto e biforme, ele flexiona no fe-
lidade, não acontece o mesmo; não faz sentido dizer: ho- minino somente o último elemento. Por exemplo: o moço
mem bondade, moça bondade, pessoa bondade. Bondade, norte-americano, a moça norte-americana.
portanto, não é adjetivo, mas substantivo. Exceção: surdo-mudo e surda-muda.

Morfossintaxe do Adjetivo: Uniformes - têm uma só forma tanto para o masculino


como para o feminino. Por exemplo: homem feliz e mulher
O adjetivo exerce sempre funções sintáticas (função feliz.
dentro de uma oração) relativas aos substantivos, atuando Se o adjetivo é composto e uniforme, fica invariável no
como adjunto adnominal ou como predicativo (do sujeito feminino. Por exemplo: conflito político-social e desavença
ou do objeto). político-social.

Adjetivo Pátrio (ou gentílico) Número dos Adjetivos

Indica a nacionalidade ou o lugar de origem do ser. Ob- Plural dos adjetivos simples
serve alguns deles:
Estados e cidades brasileiros: Os adjetivos simples flexionam-se no plural de acordo
Alagoas alagoano com as regras estabelecidas para a flexão numérica dos
Amapá amapaense substantivos simples. Por exemplo: mau e maus, feliz e feli-
Aracaju aracajuano ou aracajuense zes, ruim e ruins boa e boas
Amazonas amazonense ou baré Caso o adjetivo seja uma palavra que também exerça
Belo Horizonte belo-horizontino função de substantivo, ficará invariável, ou seja, se a palavra
Brasília brasiliense que estiver qualificando um elemento for, originalmente,
Cabo Frio cabo-friense um substantivo, ela manterá sua forma primitiva. Exemplo:
Campinas campineiro ou campinense a palavra cinza é originalmente um substantivo; porém, se
estiver qualificando um elemento, funcionará como adje-
Adjetivo Pátrio Composto
tivo. Ficará, então, invariável. Logo: camisas cinza, ternos
cinza.
Na formação do adjetivo pátrio composto, o primeiro
Veja outros exemplos:
elemento aparece na forma reduzida e, normalmente, eru-
Motos vinho (mas: motos verdes)
dita. Observe alguns exemplos:
Paredes musgo (mas: paredes brancas).
Comícios monstro (mas: comícios grandiosos).
África afro- / Cultura afro-americana
Alemanha germano- ou teuto-/Competições teuto
-inglesas Adjetivo Composto
América américo- / Companhia américo-africana
Bélgica belgo- / Acampamentos belgo-franceses É aquele formado por dois ou mais elementos. Nor-
China sino- / Acordos sino-japoneses malmente, esses elementos são ligados por hífen. Apenas
Espanha hispano- / Mercado hispano-português o último elemento concorda com o substantivo a que se
Europa euro- / Negociações euro-americanas refere; os demais ficam na forma masculina, singular. Caso
França franco- ou galo- / Reuniões franco-italia- um dos elementos que formam o adjetivo composto seja
nas um substantivo adjetivado, todo o adjetivo composto fica-
Grécia greco- / Filmes greco-romanos rá invariável. Por exemplo: a palavra rosa é originalmente
Inglaterra anglo- / Letras anglo-portuguesas um substantivo, porém, se estiver qualificando um elemen-
Itália ítalo- / Sociedade ítalo-portuguesa to, funcionará como adjetivo. Caso se ligue a outra pala-
Japão nipo- / Associações nipo-brasileiras vra por hífen, formará um adjetivo composto; como é um
Portugal luso- / Acordos luso-brasileiros substantivo adjetivado, o adjetivo composto inteiro ficará
invariável. Por exemplo:
Flexão dos adjetivos Camisas rosa-claro.
Ternos rosa-claro.
O adjetivo varia em gênero, número e grau. Olhos verde-claros.
Calças azul-escuras e camisas verde-mar.
Gênero dos Adjetivos Telhados marrom-café e paredes verde-claras.

Os adjetivos concordam com o substantivo a que se Obs.: - Azul-marinho, azul-celeste, ultravioleta e qual-
referem (masculino e feminino). De forma semelhante aos quer adjetivo composto iniciado por cor-de-... são sempre
substantivos, classificam-se em: invariáveis.
Biformes - têm duas formas, sendo uma para o mas- - Os adjetivos compostos surdo-mudo e pele-vermelha
culino e outra para o feminino. Por exemplo: ativo e ativa, têm os dois elementos flexionados.
mau e má, judeu e judia.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Grau do Adjetivo Analítica: a intensificação se faz com o auxílio de pala-


vras que dão ideia de intensidade (advérbios). Por exemplo:
Os adjetivos flexionam-se em grau para indicar a inten- O secretário é muito inteligente.
sidade da qualidade do ser. São dois os graus do adjetivo: Sintética: a intensificação se faz por meio do acréscimo
o comparativo e o superlativo. de sufixos. Por exemplo: O secretário é inteligentíssimo.

Comparativo Observe alguns superlativos sintéticos:


benéfico beneficentíssimo
Nesse grau, comparam-se a mesma característica atri- bom boníssimo ou ótimo
buída a dois ou mais seres ou duas ou mais característi- comum comuníssimo
cas atribuídas ao mesmo ser. O comparativo pode ser de cruel crudelíssimo
difícil dificílimo
igualdade, de superioridade ou de inferioridade. Observe
doce dulcíssimo
os exemplos abaixo:
fácil facílimo
Sou tão alto como você. = Comparativo de Igualdade fiel fidelíssimo
No comparativo de igualdade, o segundo termo da
comparação é introduzido pelas palavras como, quanto ou Superlativo Relativo: ocorre quando a qualidade de
quão. um ser é intensificada em relação a um conjunto de seres.
Sou mais alto (do) que você. = Comparativo de Supe- Essa relação pode ser:
rioridade Analítico De Superioridade: Clara é a mais bela da sala.
No comparativo de superioridade analítico, entre os De Inferioridade: Clara é a menos bela da sala.
dois substantivos comparados, um tem qualidade supe- Note bem:
rior. A forma é analítica porque pedimos auxílio a “mais...do 1) O superlativo absoluto analítico é expresso por meio
que” ou “mais...que”. dos advérbios muito, extremamente, excepcionalmente,
O Sol é maior (do) que a Terra. = Comparativo de Supe- etc., antepostos ao adjetivo.
rioridade Sintético 2) O superlativo absoluto sintético apresenta-se sob
duas formas : uma erudita, de origem latina, outra popular,
Alguns adjetivos possuem, para o comparativo de su- de origem vernácula. A forma erudita é constituída pelo
perioridade, formas sintéticas, herdadas do latim. São eles: radical do adjetivo latino + um dos sufixos -íssimo, -imo
ou érrimo. Por exemplo: fidelíssimo, facílimo, paupérrimo. A
bom /melhor, pequeno/menor, mau/pior, alto/superior,
forma popular é constituída do radical do adjetivo portu-
grande/maior, baixo/inferior.
guês + o sufixo -íssimo: pobríssimo, agilíssimo.
Observe que: 3) Em vez dos superlativos normais seriíssimo, precariís-
a) As formas menor e pior são comparativos de supe- simo, necessariíssimo, preferem-se, na linguagem atual, as
rioridade, pois equivalem a mais pequeno e mais mau, res- formas seríssimo, precaríssimo, necessaríssimo, sem o desa-
pectivamente. gradável hiato i-í.
b) Bom, mau, grande e pequeno têm formas sintéticas
(melhor, pior, maior e menor), porém, em comparações fei-
tas entre duas qualidades de um mesmo elemento, deve-se SINTAXE: PROCESSOS DE COORDENAÇÃO E
usar as formas analíticas mais bom, mais mau,mais grande SUBORDINAÇÃO.
e mais pequeno. Por exemplo:
Pedro é maior do que Paulo - Comparação de dois ele-
mentos.
Pedro é mais grande que pequeno - comparação de
duas qualidades de um mesmo elemento. Frase, período e oração:
Frase é todo enunciado suficiente por si mesmo para
Sou menos alto (do) que você. = Comparativo de In- estabelecer comunicação. Expressa juízo, indica ação, esta-
ferioridade do ou fenômeno, transmite um apelo, ordem ou exterioriza
emoções.
Sou menos passivo (do) que tolerante.
Normalmente a frase é composta por dois termos – o
sujeito e o predicado – mas não obrigatoriamente, pois em
Superlativo Português há orações ou frases sem sujeito: Há muito tem-
po que não chove.
O superlativo expressa qualidades num grau muito ele-
vado ou em grau máximo. O grau superlativo pode ser ab- Enquanto na língua falada a frase é caracterizada pela
soluto ou relativo e apresenta as seguintes modalidades: entoação, na língua escrita, a entoação é reduzida a sinais
de pontuação.
Superlativo Absoluto: ocorre quando a qualidade de Quanto aos tipos de frases, além da classificação em
um ser é intensificada, sem relação com outros seres. Apre- verbais e nominais, feita a partir de seus elementos consti-
senta-se nas formas: tuintes, elas podem ser classificadas a partir de seu sentido
global:

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LÍNGUA PORTUGUESA

- frases interrogativas: o emissor da mensagem formula Chove.


uma pergunta: Que queres fazer? A existência é frágil.
- frases imperativas: o emissor da mensagem dá uma Os homens sensíveis pedem amor sincero às mulheres
ordem ou faz um pedido: Dê-me uma mãozinha! Faça-o de opinião.
sair!
- frases exclamativas: o emissor exterioriza um estado Período composto é aquele constituído por duas ou
afetivo: Que dia difícil! mais orações:
- frases declarativas: o emissor constata um fato: Ele já “Quando você foi embora, fez-se noite em meu viver.”
chegou. Cantei, dancei e depois dormi.

Quanto à estrutura da frase, as frases que possuem Termos essenciais da oração:


verbo (oração) são estruturadas por dois elementos essen- O sujeito e o predicado são considerados termos es-
ciais: sujeito e predicado. O sujeito é o termo da frase que senciais da oração, ou seja, sujeito e predicado são termos
concorda com o verbo em número e pessoa. É o “ser de indispensáveis para a formação das orações. No entanto,
quem se declara algo”, “o tema do que se vai comunicar”. existem orações formadas exclusivamente pelo predicado.
O predicado é a parte da frase que contém “a informação O que define, pois, a oração, é a presença do verbo.
nova para o ouvinte”. Ele se refere ao tema, constituindo a O sujeito é o termo que estabelece concordância com
declaração do que se atribui ao sujeito. o verbo.
Quando o núcleo da declaração está no verbo, temos “Minha primeira lágrima caiu dentro dos teus olhos.”
o predicado verbal. Mas, se o núcleo estiver num nome, “Minhas primeiras lágrimas caíram dentro dos teus
teremos um predicado nominal: olhos”.
Os homens sensíveis pedem amor sincero às mulheres Na primeira frase, o sujeito é minha primeira lágrima.
de opinião. Minha e primeira referem-se ao conceito básico expresso
em lágrima. Lágrima é, pois, a principal palavra do sujeito,
A existência é frágil. sendo, por isso, denominada núcleo do sujeito. O núcleo
do sujeito relaciona-se com o verbo, estabelecendo a con-
A oração, às vezes, é sinônimo de frase ou período (sim- cordância.
ples) quando encerra um pensamento completo e vem li- A função do sujeito é basicamente desempenhada por
mitada por ponto-final, ponto de interrogação, ponto de substantivos, o que a torna uma função substantiva da ora-
exclamação e por reticências. ção. Pronomes, substantivos, numerais e quaisquer outras
Um vulto cresce na escuridão. Clarissa encolhe-se. É Vas- palavras substantivadas (derivação imprópria) também po-
co. dem exercer a função de sujeito.
Ele já partiu;
Acima temos três orações correspondentes a três pe- Os dois sumiram;
ríodos simples ou a três frases. Mas, nem sempre oração Um sim é suave e sugestivo.
é frase: “convém que te apresses” apresenta duas orações,
mas uma só frase, pois somente o conjunto das duas é que Os sujeitos são classificados a partir de dois elementos:
traduz um pensamento completo. o de determinação ou indeterminação e o de núcleo do
Outra definição para oração é a frase ou membro de sujeito.
frase que se organiza ao redor de um verbo. A oração pos- Um sujeito é determinado quando é facilmente iden-
sui sempre um verbo (ou locução verbal), que implica na tificável pela concordância verbal. O sujeito determinado
existência de um predicado, ao qual pode ou não estar li- pode ser simples ou composto.
gado um sujeito. A indeterminação do sujeito ocorre quando não é
Assim, a oração é caracterizada pela presença de um possível identificar claramente a que se refere a concor-
verbo. Dessa forma: dância verbal. Isso ocorre quando não se pode ou não inte-
Rua! = é uma frase, não é uma oração. ressa indicar precisamente o sujeito de uma oração.
Já em: “Quero a rosa mais linda que houver, para enfeitar Estão gritando seu nome lá fora;
a noite do meu bem.” Temos uma frase e três orações: As Trabalha-se demais neste lugar.
duas últimas orações não são frases, pois em si mesmas O sujeito simples é o sujeito determinado que possui
não satisfazem um propósito comunicativo; são, portanto, um único núcleo. Esse vocábulo pode estar no singular ou
membros de frase. no plural; pode também ser um pronome indefinido.
Nós nos respeitamos mutuamente;
Quanto ao período, ele denomina a frase constituí- A existência é frágil;
da por uma ou mais orações, formando um todo, com Ninguém se move;
sentido completo. O período pode ser simples ou com- O amar faz bem.
posto.
O sujeito composto é o sujeito determinado que possui
Período simples é aquele constituído por apenas uma mais de um núcleo.
oração, que recebe o nome de oração absoluta. Alimentos e roupas andam caríssimos;

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LÍNGUA PORTUGUESA

Ela e eu nos respeitamos mutuamente; Com exceção do vocativo, que é um termo à parte, tudo
O amar e o odiar são tidos como duas faces da mesma o que difere do sujeito numa oração é o seu predicado.
moeda. Os homens (sujeito) pedem amor às mulheres (predica-
do);
Além desses dois sujeitos determinados, é comum a re- Passou-me (predicado) uma ideia estranha (sujeito) pelo
ferência ao sujeito oculto ( ou elíptico), isto é, ao núcleo do pensamento (predicado).
sujeito que está implícito e que pode ser reconhecido pela
desinência verbal ou pelo contexto. Para o estudo do predicado, é necessário verificar se
Abolimos todas as regras. = (nós) seu núcleo está num nome ou num verbo. Deve-se consi-
derar também se as palavras que formam o predicado re-
O sujeito indeterminado surge quando não se quer ou ferem-se apenas ao verbo ou também ao sujeito da oração.
não se pode identificar claramente a que o predicado da Os homens sensíveis (sujeito) pedem amor sincero às
oração refere--se. Existe uma referência imprecisa ao sujei- mulheres de opinião.
to, caso contrário, teríamos uma oração sem sujeito.
Na língua portuguesa o sujeito pode ser indeterminado O predicado acima apresenta apenas uma palavra que
se refere ao sujeito: pedem. As demais palavras ligam-se
de duas maneiras:
direta ou indiretamente ao verbo.
- com verbo na terceira pessoa do plural, desde que o
A existência (sujeito) é frágil (predicado).
sujeito não tenha sido identificado anteriormente:
Bateram à porta;
O nome frágil, por intermédio do verbo, refere-se ao
Andam espalhando boatos a respeito da queda do mi- sujeito da oração. O verbo atua como elemento de ligação
nistro. entre o sujeito e a palavra a ele relacionada.
- com o verbo na terceira pessoa do singular, acrescido
do pronome se. Esta é uma construção típica dos verbos O predicado verbal é aquele que tem como núcleo sig-
que não apresentam complemento direto: nificativo um verbo:
Precisa-se de mentes criativas; Chove muito nesta época do ano;
Vivia-se bem naqueles tempos; Senti seu toque suave;
Trata-se de casos delicados; O velho prédio foi demolido.
Sempre se está sujeito a erros. Os verbos acima são significativos, isto é, não servem
O pronome se funciona como índice de indeterminação apenas para indicar o estado do sujeito, mas indicam pro-
do sujeito. cessos.

As orações sem sujeito, formadas apenas pelo predica- O predicado nominal é aquele que tem como núcleo
do, articulam-se a partir de um verbo impessoal. A mensa- significativo um nome; esse nome atribui uma qualidade
gem está centrada no processo verbal. Os principais casos ou estado ao sujeito, por isso é chamado de predicativo
de orações sem sujeito com: do sujeito. O predicativo é um nome que se liga a outro
- os verbos que indicam fenômenos da natureza: nome da oração por meio de um verbo.
Amanheceu repentinamente; Nos predicados nominais, o verbo não é significativo,
Está chuviscando. isto é, não indica um processo. O verbo une o sujeito ao
predicativo, indicando circunstâncias referentes ao estado
- os verbos estar, fazer, haver e ser, quando indicam fe- do sujeito:
nômenos meteorológicos ou se relacionam ao tempo em “Ele é senhor das suas mãos e das ferramentas.”
geral:
Na frase acima o verbo ser poderia ser substituído por
Está tarde.
estar, andar, ficar, parecer, permanecer ou continuar, atuan-
Ainda é cedo.
do como elemento de ligação entre o sujeito e as palavras
Já são três horas, preciso ir;
a ele relacionadas.
Faz frio nesta época do ano;
A função de predicativo é exercida normalmente por
Há muitos anos aguardamos mudanças significativas; um adjetivo ou substantivo.
Faz anos que esperamos melhores condições de vida;
O predicado verbo-nominal é aquele que apresenta
O predicado é o conjunto de enunciados que numa dois núcleos significativos: um verbo e um nome. No pre-
dada oração contém a informação nova para o ouvinte. Nas dicado verbo-nominal, o predicativo pode referir-se ao su-
orações sem sujeito, o predicado simplesmente enuncia um jeito ou ao complemento verbal.
fato qualquer: O verbo do predicado verbo-nominal é sempre signi-
Chove muito nesta época do ano; ficativo, indicando processos. É também sempre por in-
Houve problemas na reunião. termédio do verbo que o predicativo se relaciona com o
termo a que se refere.
Nas orações que surge o sujeito, o predicado é aquilo O dia amanheceu ensolarado;
que se declara a respeito desse sujeito. As mulheres julgam os homens inconstantes

63
LÍNGUA PORTUGUESA

No primeiro exemplo, o verbo amanheceu apresenta O adjunto adverbial é o termo da oração que indi-
duas funções: a de verbo significativo e a de verbo de liga- ca uma circunstância do processo verbal, ou intensifica o
ção. Esse predicado poderia ser desdobrado em dois, um sentido de um adjetivo, verbo ou advérbio. É uma função
verbal e outro nominal: adverbial, pois cabe ao advérbio e às locuções adverbiais
O dia amanheceu; exercerem o papel de adjunto adverbial.
O dia estava ensolarado. Amanhã voltarei de bicicleta àquela velha praça.
No segundo exemplo, é o verbo julgar que relaciona
As circunstâncias comumente expressas pelo adjunto
o complemento homens como o predicativo inconstantes.
adverbial são:
Termos integrantes da oração: - acréscimo: Além de tristeza, sentia profundo cansaço.
- afirmação: Sim, realmente irei partir.
Os complementos verbais (objeto direto e indireto) e o - assunto: Falavam sobre futebol.
complemento nominal são chamados termos integrantes - causa: Morrer ou matar de fome, de raiva e de sede…
da oração. - companhia: Sempre contigo bailando sob as estrelas.
Os complementos verbais integram o sentido dos ver- - concessão: Apesar de você, amanhã há de ser outro dia.
bos transitivos, com eles formando unidades significativas. - conformidade: Fez tudo conforme o combinado.
Esses verbos podem se relacionar com seus complementos - dúvida: Talvez nos deixem entrar.
diretamente, sem a presença de preposição ou indireta- - fim: Estudou para o exame.
mente, por intermédio de preposição. - frequência: Sempre aparecia por lá.
O objeto direto é o complemento que se liga direta- - instrumento: Fez o corte com a faca.
mente ao verbo.
- intensidade: Corria bastante.
Os homens sensíveis pedem amor às mulheres de opi-
nião; - limite: Andava atabalhoado do quarto à sala.
Os homens sinceros pedem-no às mulheres de opinião; - lugar: Vou à cidade.
Dou-lhes três. - matéria: Compunha-se de substâncias estranhas.
Houve muita confusão na partida final. - meio: Viajarei de trem.
- modo: Foram recrutados a dedo.
O objeto direto preposicionado ocorre principalmente: - negação: Não há ninguém que mereça.
- com nomes próprios de pessoas ou nomes comuns - preço: As casas estão sendo vendidas a preços exorbi-
referentes a pessoas: tantes.
Amar a Deus; - substituição ou troca: Abandonou suas convicções por
Adorar a Xangô; privilégios econômicos.
Estimar aos pais. - tempo: Ontem à tarde encontrou o velho amigo.
- com pronomes indefinidos de pessoa e pronomes de O adjunto adnominal é o termo acessório que deter-
tratamento:
mina, especifica ou explica um substantivo. É uma função
Não excluo a ninguém;
Não quero cansar a Vossa Senhoria. adjetiva, pois são os adjetivos e as locuções adjetivas que
exercem o papel de adjunto adnominal na oração. Também
- para evitar ambiguidade: atuam como adjuntos adnominais os artigos, os numerais
Ao povo prejudica a crise. (sem preposição, a situação e os pronomes adjetivos.
seria outra) O poeta inovador enviou dois longos trabalhos ao seu
amigo de infância.
O objeto indireto é o complemento que se liga indireta- O adjunto adnominal liga-se diretamente ao substanti-
mente ao verbo, ou seja, através de uma preposição. vo a que se refere, sem participação do verbo. Já o predi-
Os homens sensíveis pedem amor sincero às mulheres; cativo do objeto liga-se ao objeto por meio de um verbo.
Os homens pedem-lhes amor sincero; O poeta português deixou uma obra originalíssima.
Gosto de música popular brasileira. O poeta deixou-a.
(originalíssima não precisou ser repetida, portanto: ad-
O termo que integra o sentido de um nome chama-se
junto adnominal)
complemento nominal. O complemento nominal liga-se
ao nome que completa por intermédio de preposição: O poeta português deixou uma obra inacabada.
Desenvolvemos profundo respeito à arte; O poeta deixou-a inacabada.
A arte é necessária à vida; (inacabada precisou ser repetida, então: predicativo do
Tenho-lhe profundo respeito. objeto)
Enquanto o complemento nominal relaciona-se a um
Termos acessórios da oração e vocativo: substantivo, adjetivo ou advérbio; o adjunto nominal rela-
ciona-se apenas ao substantivo.
Os termos acessórios recebem esse nome por serem O aposto é um termo acessório que permite ampliar,
acidentais, explicativos, circunstanciais. São termos acessó- explicar, desenvolver ou resumir a ideia contida num termo
rios o adjunto adverbial, adjunto adnominal, o aposto e o que exerça qualquer função sintática.
vocativo.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Ontem, segunda-feira, passei o dia mal-humorado. Coordenadas Assindéticas


São orações coordenadas entre si e que não são ligadas
Segunda-feira é aposto do adjunto adverbial de tempo através de nenhum conectivo. Estão apenas justapostas.
ontem. Dizemos que o aposto é sintaticamente equivalente
ao termo que se relaciona porque poderia substituí-lo: Se- Coordenadas Sindéticas
gunda-feira passei o dia mal-humorado. Ao contrário da anterior, são orações coordenadas en-
O aposto pode ser classificado, de acordo com seu valor tre si, mas que são ligadas através de uma conjunção coor-
na oração, em: denativa. Esse caráter vai trazer para esse tipo de oração
a) explicativo: A linguística, ciência das línguas humanas, uma classificação. As orações coordenadas sindéticas são
permite-nos interpretar melhor nossa relação com o mundo. classificadas em cinco tipos: aditivas, adversativas, alterna-
b) enumerativo: A vida humana compõe-se de muitas tivas, conclusivas e explicativas.
coisas: amor, arte, ação.
c) resumidor ou recapitulativo: Fantasias, suor e sonho,
Orações Coordenadas Sindéticas Aditivas: suas prin-
tudo isso forma o carnaval.
cipais conjunções são: e, nem, não só... mas também, não
d) comparativo: Seus olhos, indagadores holofotes, fixa-
só... como, assim... como.
ram-se por muito tempo na baía anoitecida.
Não só cantei como também dancei.
O vocativo é um termo que serve para chamar, invocar Nem comprei o protetor solar, nem fui à praia.
ou interpelar um ouvinte real ou hipotético. Comprei o protetor solar e fui à praia.
A função de vocativo é substantiva, cabendo a substan- Orações Coordenadas Sindéticas Adversativas: suas
tivos, pronomes substantivos, numerais e palavras substan- principais conjunções são: mas, contudo, todavia, entretan-
tivadas esse papel na linguagem. to, porém, no entanto, ainda, assim, senão.
Fiquei muito cansada, contudo me diverti bastante.
João, venha comigo! Ainda que a noite acabasse, nós continuaríamos dançan-
Traga-me doces, minha menina! do.
Não comprei o protetor solar, mas mesmo assim fui à
PERÍODO COMPOSTO POR COORDENAÇÃO praia.

O período composto caracteriza-se por possuir mais de Orações Coordenadas Sindéticas Alternativas: suas
uma oração em sua composição. Sendo assim: principais conjunções são: ou... ou; ora...ora; quer...quer;
- Eu irei à praia. (Período Simples = um verbo, uma ora- seja...seja.
ção) Ou uso o protetor solar, ou uso o óleo bronzeador.
- Estou comprando um protetor solar, depois irei à praia. Ora sei que carreira seguir, ora penso em várias carreiras
(Período Composto =locução verbal, verbo, duas orações) diferentes.
- Já me decidi: só irei à praia, se antes eu comprar um Quer eu durma quer eu fique acordado, ficarei no quarto.
protetor solar. (Período Composto = três verbos, três ora-
ções). Orações Coordenadas Sindéticas Conclusivas: suas
Cada verbo ou locução verbal corresponde a uma ora- principais conjunções são: logo, portanto, por fim, por con-
ção. Isso implica que o primeiro exemplo é um período sim- seguinte, consequentemente, pois (posposto ao verbo)
ples, pois tem apenas uma oração, os dois outros exemplos Passei no concurso, portanto irei comemorar.
são períodos compostos, pois têm mais de uma oração. Conclui o meu projeto, logo posso descansar.
Há dois tipos de relações que podem se estabelecer en-
Tomou muito sol, consequentemente ficou adoentada.
tre as orações de um período composto: uma relação de
A situação é delicada; devemos, pois, agir
coordenação ou uma relação de subordinação.
Duas orações são coordenadas quando estão juntas
Orações Coordenadas Sindéticas Explicativas: suas
em um mesmo período, (ou seja, em um mesmo bloco de
informações, marcado pela pontuação final), mas têm, am- principais conjunções são: isto é, ou seja, a saber, na verda-
bas, estruturas individuais, como é o exemplo de: de, pois (anteposto ao verbo).
Estou comprando um protetor solar, depois irei à praia. Só passei na prova porque me esforcei por muito tempo.
(Período Composto) Só fiquei triste por você não ter viajado comigo.
Podemos dizer: Não fui à praia, pois queria descansar durante o Domin-
1. Estou comprando um protetor solar. go.
2. Irei à praia.
Separando as duas, vemos que elas são independentes. PERÍODO COMPOSTO POR SUBORDINAÇÃO
É esse tipo de período que veremos agora: o Período
Composto por Coordenação. Observe o exemplo abaixo de Vinícius de Moraes:
Quanto à classificação das orações coordenadas, temos “Eu sinto que em meu gesto existe o
dois tipos: Coordenadas Assindéticas e Coordenadas Sin- teu gesto.”
déticas. Oração Principal Oração Subordinada

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LÍNGUA PORTUGUESA

Observe que na oração subordinada temos o verbo Atenção:


“existe”, que está conjugado na terceira pessoa do singu- Observe que a oração subordinada substantiva pode
lar do presente do indicativo. As orações subordinadas que ser substituída pelo pronome “ isso”. Assim, temos um pe-
apresentam verbo em qualquer dos tempos finitos (tempos ríodo simples:
do modo do indicativo, subjuntivo e imperativo), são cha- É fundamental isso. ou Isso é fundamental.
madas de orações desenvolvidas ou explícitas.
Podemos modificar o período acima. Veja: Dessa forma, a oração correspondente a “isso” exercerá
Eu sinto existir em meu gesto o teu gesto. a função de sujeito
Oração Principal Oração Subordinada Veja algumas estruturas típicas que ocorrem na oração
principal:
A análise das orações continua sendo a mesma: “Eu
sinto” é a oração principal, cujo objeto direto é a oração - Verbos de ligação + predicativo, em construções do
subordinada “existir em meu gesto o teu gesto”. Note que tipo: É bom - É útil - É conveniente - É certo - Parece certo - É
a oração subordinada apresenta agora verbo no infinitivo. claro - Está evidente - Está comprovado
Além disso, a conjunção “que”, conectivo que unia as duas É bom que você compareça à minha festa.
orações, desapareceu. As orações subordinadas cujo verbo
surge numa das formas nominais (infinitivo - flexionado ou - Expressões na voz passiva, como: Sabe-se - Soube-se
não -, gerúndio ou particípio) chamamos orações reduzi- - Conta-se - Diz-se - Comenta-se - É sabido - Foi anunciado
das ou implícitas. - Ficou provado
Sabe-se que Aline não gosta de Pedro.
Obs.: as orações reduzidas não são introduzidas por
conjunções nem pronomes relativos. Podem ser, eventual- - Verbos como: convir - cumprir - constar - admirar - im-
mente, introduzidas por preposição. portar - ocorrer - acontecer
Convém que não se atrase na entrevista.
1) ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS
Obs.: quando a oração subordinada substantiva é sub-
A oração subordinada substantiva tem valor de subs-
jetiva, o verbo da oração principal está sempre na 3ª. pes-
tantivo e vem introduzida, geralmente, por conjunção in-
soa do singular.
tegrante (que, se).
Suponho que você foi à biblioteca hoje.
b) Objetiva Direta
Oração Subordinada Substantiva
A oração subordinada substantiva objetiva direta exerce
Você sabe se o presidente já chegou?
Oração Subordinada Substantiva função de objeto direto do verbo da oração principal.

Os pronomes interrogativos (que, quem, qual) também Todos querem sua aprovação no concurso.
introduzem as orações subordinadas substantivas, bem Objeto Direto
como os advérbios interrogativos (por que, quando, onde,
como). Veja os exemplos: Todos querem que você seja aprovado. (Todos que-
O garoto perguntou qual seu nome. rem isso)
Oração Subordinada Substantiva Oração Principal oração Subordinada Substantiva
Objetiva Direta
Não sabemos por que a vizinha se mudou. As orações subordinadas substantivas objetivas diretas
Oração Subordinada Substan- desenvolvidas são iniciadas por:
tiva - Conjunções integrantes “que” (às vezes elíptica) e “se”:
A professora verificou se todos alunos estavam presentes.
Classificação das Orações Subordinadas Substanti-
vas - Pronomes indefinidos que, quem, qual, quanto (às
vezes regidos de preposição), nas interrogações indiretas:
De acordo com a função que exerce no período, a ora- O pessoal queria saber quem era o dono do carro importado.
ção subordinada substantiva pode ser:
a) Subjetiva - Advérbios como, quando, onde, por que, quão (às ve-
É subjetiva quando exerce a função sintática de sujeito zes regidos de preposição), nas interrogações indiretas: Eu
do verbo da oração principal. Observe: não sei por que ela fez isso.
É fundamental o seu comparecimento à reu-
nião. c) Objetiva Indireta
Sujeito A oração subordinada substantiva objetiva indireta atua
É fundamental que você compareça à reu- como objeto indireto do verbo da oração principal. Vem
nião. precedida de preposição.
Oração Principal Oração Subordinada Substantiva Meu pai insiste em meu estudo.
Subjetiva Objeto Indireto

66
LÍNGUA PORTUGUESA

Meu pai insiste em que eu estude. (Meu pai insiste nisso) 2) ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS
Oração Subordinada Substantiva Objetiva Indireta
Uma oração subordinada adjetiva é aquela que possui
Obs.: em alguns casos, a preposição pode estar elíptica valor e função de adjetivo, ou seja, que a ele equivale. As
na oração. orações vêm introduzidas por pronome relativo e exercem
Marta não gosta (de) que a chamem de senhora. a função de adjunto adnominal do antecedente. Observe
Oração Subordinada Substantiva Objetiva Indireta o exemplo:
Esta foi uma redação bem-sucedida.
d) Completiva Nominal Substantivo Adjetivo (Adjunto Adnominal)
A oração subordinada substantiva completiva nominal Note que o substantivo redação foi caracterizado pelo
completa um nome que pertence à oração principal e tam- adjetivo bem-sucedida. Nesse caso, é possível formarmos
bém vem marcada por preposição. outra construção, a qual exerce exatamente o mesmo pa-
Sentimos orgulho de seu comportamento. pel. Veja:
Complemento Nominal Esta foi uma redação que fez sucesso.
Oração Principal Oração Subordinada Adjetiva
Sentimos orgulho de que você se comportou. (Senti-
mos orgulho disso.) Perceba que a conexão entre a oração subordinada ad-
Oração Subordinada Substantiva Completiva jetiva e o termo da oração principal que ela modifica é feita
Nominal pelo pronome relativo “que”. Além de conectar (ou relacio-
nar) duas orações, o pronome relativo desempenha uma
Lembre-se: as orações subordinadas substantivas ob- função sintática na oração subordinada: ocupa o papel que
jetivas indiretas integram o sentido de um verbo, enquanto seria exercido pelo termo que o antecede.
que orações subordinadas substantivas completivas nomi- Obs.: para que dois períodos se unam num período
nais integram o sentido de um nome. Para distinguir uma composto, altera-se o modo verbal da segunda oração.
Atenção: Vale lembrar um recurso didático para reco-
da outra, é necessário levar em conta o termo complemen-
nhecer o pronome relativo que: ele sempre pode ser subs-
tado. Essa é, aliás, a diferença entre o objeto indireto e o
tituído por: o qual - a qual - os quais - as quais
complemento nominal: o primeiro complementa um verbo,
Refiro-me ao aluno que é estudioso.
o segundo, um nome.
Essa oração é equivalente a:
Refiro-me ao aluno o qual estuda.
e) Predicativa
A oração subordinada substantiva predicativa exerce
Forma das Orações Subordinadas Adjetivas
papel de predicativo do sujeito do verbo da oração princi-
pal e vem sempre depois do verbo ser. Quando são introduzidas por um pronome relativo e
Nosso desejo era sua desistência. apresentam verbo no modo indicativo ou subjuntivo, as
Predicativo do Sujeito orações subordinadas adjetivas são chamadas desenvolvi-
das. Além delas, existem as orações subordinadas adjetivas
Nosso desejo era que ele desistisse. (Nosso desejo reduzidas, que não são introduzidas por pronome relativo
era isso) (podem ser introduzidas por preposição) e apresentam o
Oração Subordinada Substantiva verbo numa das formas nominais (infinitivo, gerúndio ou
Predicativa particípio).
Obs.: em certos casos, usa-se a preposição expletiva Ele foi o primeiro aluno que se apresentou.
“de” para realce. Veja o exemplo: A impressão é de que não Ele foi o primeiro aluno a se apresentar.
fui bem na prova. No primeiro período, há uma oração subordinada ad-
jetiva desenvolvida, já que é introduzida pelo pronome
f) Apositiva relativo “que” e apresenta verbo conjugado no pretérito
A oração subordinada substantiva apositiva exerce fun- perfeito do indicativo. No segundo, há uma oração subor-
ção de aposto de algum termo da oração principal. dinada adjetiva reduzida de infinitivo: não há pronome re-
Fernanda tinha um grande sonho: a felicidade! lativo e seu verbo está no infinitivo.
Aposto
(Fernanda tinha um grande sonho: isso.) Classificação das Orações Subordinadas Adjetivas
Fernanda tinha um grande sonho: ser feliz!
Oração Subordinada Substantiva Na relação que estabelecem com o termo que caracte-
Apositiva rizam, as orações subordinadas adjetivas podem atuar de
reduzida de infinitivo duas maneiras diferentes. Há aquelas que restringem ou
especificam o sentido do termo a que se referem, indivi-
* Dica: geralmente há a presença dos dois pontos! dualizando-o. Nessas orações não há marcação de pausa,
(:) sendo chamadas subordinadas adjetivas restritivas. Existem
também orações que realçam um detalhe ou amplificam

67
LÍNGUA PORTUGUESA

dados sobre o antecedente, que já se encontra suficien- bordinada adverbial temporal. Essa oração é desenvolvida,
temente definido, as quais denominam-se subordinadas pois é introduzida por uma conjunção subordinativa (quan-
adjetivas explicativas. do) e apresenta uma forma verbal do modo indicativo (“vi”,
Exemplo 1: do pretérito perfeito do indicativo). Seria possível reduzi-la,
Jamais teria chegado aqui, não fosse a gentileza de um obtendo-se:
homem que passava naquele momento.
Oração Subordinada Adjetiva Restritiva Ao ver a estátua, senti uma das maiores emoções de
minha vida.
Nesse período, observe que a oração em destaque res- A oração em destaque é reduzida, pois apresenta uma
tringe e particulariza o sentido da palavra “homem”: trata- das formas nominais do verbo (“ver” no infinitivo) e não é
se de um homem específico, único. A oração limita o uni- introduzida por conjunção subordinativa, mas sim por uma
verso de homens, isto é, não se refere a todos os homens, preposição (“a”, combinada com o artigo “o”).
mas sim àquele que estava passando naquele momento. Obs.: a classificação das orações subordinadas adver-
biais é feita do mesmo modo que a classificação dos ad-
Exemplo 2: juntos adverbiais. Baseia-se na circunstância expressa pela
O homem, que se considera racional, muitas vezes age oração.
animalescamente.
Oração Subordinada Adjetiva Explicativa Circunstâncias Expressas pelas Orações Subordina-
das Adverbiais
Nesse período, a oração em destaque não tem sentido a) Causa
restritivo em relação à palavra “homem”; na verdade, essa A ideia de causa está diretamente ligada àquilo que
oração apenas explicita uma ideia que já sabemos estar provoca um determinado fato, ao motivo do que se decla-
contida no conceito de “homem”. ra na oração principal. “É aquilo ou aquele que determina
Saiba que: A oração subordinada adjetiva explicativa é um acontecimento”.
separada da oração principal por uma pausa que, na es- Principal conjunção subordinativa causal: PORQUE
crita, é representada pela vírgula. É comum, por isso, que Outras conjunções e locuções causais: como (sempre in-
a pontuação seja indicada como forma de diferenciar as troduzido na oração anteposta à oração principal), pois, pois
orações explicativas das restritivas; de fato, as explicativas que, já que, uma vez que, visto que.
vêm sempre isoladas por vírgulas; as restritivas, não.
As ruas ficaram alagadas porque a chuva foi muito forte.
Como ninguém se interessou pelo projeto, não houve al-
3) ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS
ternativa a não ser cancelá-lo.
Já que você não vai, eu também não vou.
Uma oração subordinada adverbial é aquela que exerce
a função de adjunto adverbial do verbo da oração principal.
b) Consequência
Dessa forma, pode exprimir circunstância de tempo, modo,
As orações subordinadas adverbiais consecutivas expri-
fim, causa, condição, hipótese, etc. Quando desenvolvida,
mem um fato que é consequência, que é efeito do que se
vem introduzida por uma das conjunções subordinativas
(com exclusão das integrantes). Classifica-se de acordo declara na oração principal. São introduzidas pelas conjun-
com a conjunção ou locução conjuntiva que a introduz. ções e locuções: que, de forma que, de sorte que, tanto que,
etc., e pelas estruturas tão...que, tanto...que, tamanho...que.
Durante a madrugada, eu olhei você dormindo. Principal conjunção subordinativa consecutiva: QUE
Oração Subordinada Adverbial (precedido de tal, tanto, tão, tamanho)
É feio que dói. (É tão feio que, em consequência, causa
Observe que a oração em destaque agrega uma cir- dor.)
cunstância de tempo. É, portanto, chamada de oração Nunca abandonou seus ideais, de sorte que acabou con-
subordinada adverbial temporal. Os adjuntos adverbiais cretizando-os.
são termos acessórios que indicam uma circunstância refe- Não consigo ver televisão sem bocejar. (Oração Reduzida
rente, via de regra, a um verbo. A classificação do adjunto de Infinitivo)
adverbial depende da exata compreensão da circunstância
que exprime. Observe os exemplos abaixo: c) Condição
Naquele momento, senti uma das maiores emoções de Condição é aquilo que se impõe como necessário para
minha vida. a realização ou não de um fato. As orações subordinadas
Quando vi a estátua, senti uma das maiores emoções de adverbiais condicionais exprimem o que deve ou não ocor-
minha vida. rer para que se realize ou deixe de se realizar o fato expres-
so na oração principal.
No primeiro período, “naquele momento” é um adjunto Principal conjunção subordinativa condicional: SE
adverbial de tempo, que modifica a forma verbal “senti”. Outras conjunções condicionais: caso, contanto que,
No segundo período, esse papel é exercido pela oração desde que, salvo se, exceto se, a não ser que, a menos que,
“Quando vi a estátua”, que é, portanto, uma oração su- sem que, uma vez que (seguida de verbo no subjuntivo).

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LÍNGUA PORTUGUESA

Se o regulamento do campeonato for bem elaborado, Fiz o bolo conforme ensina a receita.
certamente o melhor time será campeão. Consoante reza a Constituição, todos os cidadãos têm
Uma vez que todos aceitem a proposta, assinaremos o direitos iguais.
contrato.
Caso você se case, convide-me para a festa. g) Finalidade
As orações subordinadas adverbiais finais indicam a in-
d) Concessão tenção, a finalidade daquilo que se declara na oração prin-
As orações subordinadas adverbiais concessivas in- cipal.
dicam concessão às ações do verbo da oração principal, Principal conjunção subordinativa final: A FIM DE QUE
isto é, admitem uma contradição ou um fato inesperado. A Outras conjunções finais: que, porque (= para que) e a
ideia de concessão está diretamente ligada ao contraste, à locução conjuntiva para que.
quebra de expectativa. Aproximei-me dela a fim de que ficássemos amigos.
Principal conjunção subordinativa concessiva: EMBORA Felipe abriu a porta do carro para que sua namorada
Utiliza-se também a conjunção: conquanto e as locu- entrasse.
ções ainda que, ainda quando, mesmo que, se bem que, pos-
to que, apesar de que. h) Proporção
Só irei se ele for. As orações subordinadas adverbiais proporcionais ex-
A oração acima expressa uma condição: o fato de “eu” ir primem ideia de proporção, ou seja, um fato simultâneo ao
só se realizará caso essa condição seja satisfeita. expresso na oração principal.
Compare agora com: Principal locução conjuntiva subordinativa proporcio-
Irei mesmo que ele não vá. nal: À PROPORÇÃO QUE
Outras locuções conjuntivas proporcionais: à medida
A distinção fica nítida; temos agora uma concessão: irei que, ao passo que. Há ainda as estruturas: quanto maior...
de qualquer maneira, independentemente de sua ida. A (maior), quanto maior...(menor), quanto menor...(maior),
oração destacada é, portanto, subordinada adverbial con- quanto menor...(menor), quanto mais...(mais), quanto mais...
cessiva. (menos), quanto menos...(mais), quanto menos...(menos).
Observe outros exemplos: À proporção que estudávamos, acertávamos mais ques-
Embora fizesse calor, levei agasalho. tões.
Conquanto a economia tenha crescido, pelo menos me- Visito meus amigos à medida que eles me convidam.
tade da população continua à margem do mercado de con- Quanto maior for a altura, maior será o tombo.
sumo.
Foi aprovado sem estudar (= sem que estudasse / embo- i) Tempo
ra não estudasse). (reduzida de infinitivo) As orações subordinadas adverbiais temporais acres-
centam uma ideia de tempo ao fato expresso na oração
e) Comparação principal, podendo exprimir noções de simultaneidade, an-
As orações subordinadas adverbiais comparativas esta- terioridade ou posterioridade.
belecem uma comparação com a ação indicada pelo verbo Principal conjunção subordinativa temporal: QUANDO
da oração principal. Outras conjunções subordinativas temporais: enquanto,
Principal conjunção subordinativa comparativa: COMO mal e locuções conjuntivas: assim que, logo que, todas as
Ele dorme como um urso. vezes que, antes que, depois que, sempre que, desde que, etc.
Saiba que: É comum a omissão do verbo nas orações Quando você foi embora, chegaram outros convidados.
subordinadas adverbiais comparativas. Por exemplo: Sempre que ele vem, ocorrem problemas.
Agem como crianças. (agem) Mal você saiu, ela chegou.
Oração Subordinada Adverbial Comparativa Terminada a festa, todos se retiraram. (= Quando termi-
nou a festa) (Oração Reduzida de Particípio)
No entanto, quando se comparam ações diferentes, isso
não ocorre. Por exemplo: Ela fala mais do que faz. (compa- Questões sobre Orações Coordenadas
ração do verbo falar e do verbo fazer).
01. A oração “Não se verificou, todavia, uma transplan-
f) Conformidade tação integral de gosto e de estilo” tem valor:
A) conclusivo
As orações subordinadas adverbiais conformativas indi- B) adversativo
cam ideia de conformidade, ou seja, exprimem uma regra, C) concessivo
um modelo adotado para a execução do que se declara na D) explicativo
oração principal. E) alternativo
Principal conjunção subordinativa conformativa: CON-
FORME 02. “Estudamos, logo deveremos passar nos exames”. A
Outras conjunções conformativas: como, consoante e oração em destaque é:
segundo (todas com o mesmo valor de conforme). a) coordenada explicativa

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LÍNGUA PORTUGUESA

b) coordenada adversativa 07. Assinale a alternativa em que o sentido da conjun-


c) coordenada aditiva ção sublinhada está corretamente indicado entre parênte-
d) coordenada conclusiva ses.
e) coordenada assindética A) Meu primo formou-se em Direito, porém não pre-
tende trabalhar como advogado. (explicação)
03. (Agente Educacional – VUNESP – 2013-adap.) Releia B) Não fui ao cinema nem assisti ao jogo. (adição)
o seguinte trecho: C) Você está preparado para a prova; por isso, não se
Joyce e Mozart são ótimos, mas eles, como quase toda a preocupe. (oposição)
cultura humanística, têm pouca relevância para nossa vida D) Vá dormir mais cedo, pois o vestibular será amanhã.
prática. (alternância)
Sem que haja alteração de sentido, e de acordo com a E) Os meninos deviam correr para casa ou apanhariam
norma- -padrão da língua portuguesa, ao se substituir o toda a chuva. (conclusão)
termo em destaque, o trecho estará corretamente reescrito
em: 08. Analise sintaticamente as duas orações destacadas
A) Joyce e Mozart são ótimos, portanto eles, como qua- no texto “O assaltante pulou o muro, mas não penetrou na
se toda a cultura humanística, têm pouca relevância para casa, nem assustou seus habitantes.” A seguir, classifique
nossa vida prática. -as, respectivamente, como coordenadas:
B) Joyce e Mozart são ótimos, conforme eles, como A) adversativa e aditiva.
quase toda a cultura humanística, têm pouca relevância B) explicativa e aditiva.
para nossa vida prática. C) adversativa e alternativa.
C) Joyce e Mozart são ótimos, assim eles, como quase D) aditiva e alternativa.
toda a cultura humanística, têm pouca relevância para nos-
sa vida prática. 09. Um livro de receita é um bom presente porque aju-
D) Joyce e Mozart são ótimos, todavia eles, como quase da as pessoas que não sabem cozinhar. A palavra “porque”
toda a cultura humanística, têm pouca relevância para nos- pode ser substituída, sem alteração de sentido, por
sa vida prática. A) entretanto.
E) Joyce e Mozart são ótimos, pois eles, como quase B) então
toda a cultura humanística, têm pouca relevância para nos- C) assim
sa vida prática. D) pois.
E) porém.
04. (Analista Administrativo – VUNESP – 2013-adap.)
Em – ...fruto não só do novo acesso da população ao auto-
10- Na oração “Pedro não joga E NEM ASSISTE”, te-
móvel mas também da necessidade de maior número de
mos a presença de uma oração coordenada que pode ser
viagens... –, os termos em destaque estabelecem relação de
classificada em:
A) explicação.
A) Coordenada assindética;
B) oposição.
B) Coordenada assindética aditiva;
C) alternância.
D) conclusão. C) Coordenada sindética alternativa;
E) adição. D) Coordenada sindética aditiva.

05. Analise a oração destacada: Não se desespere, que GABARITO


estaremos a seu lado sempre.
Marque a opção correta quanto à sua classificação: 01. B 02. E 03. D 04. E 05. D
A) Coordenada sindética aditiva. 06. A 07. B 08. A 09. D 10. D
B) Coordenada sindética alternativa.
C) Coordenada sindética conclusiva. RESOLUÇÃO
D) Coordenada sindética explicativa.
1-) “Não se verificou, todavia, uma transplantação inte-
06. A frase abaixo em que o conectivo E tem valor ad- gral de gosto e de estilo” = conjunção adversativa, portan-
versativo é: to: oração coordenada sindética adversativa
A) “O gesto é fácil E não ajuda em nada”.
B )“O que vemos na esquina E nos sinais de trânsito...”. 2-) Estudamos, logo deveremos passar nos exames =
C) “..adultos submetem crianças E adolescentes à tarefa a oração em destaque não é introduzida por conjunção,
de pedir esmola”. então: coordenada assindética
D) “Quem dá esmola nas ruas contribui para a manu-
tenção da miséria E prejudica o desenvolvimento da so- 3-) Joyce e Mozart são ótimos, mas eles... = conjunção
ciedade”. (e ideia) adversativa
E) “A vida dessas pessoas é marcada pela falta de di- A) Joyce e Mozart são ótimos, portanto eles, como qua-
nheiro, de moradia digna, emprego, segurança, lazer, cul- se toda a cultura humanística, têm pouca relevância para
tura, acesso à saúde E à educação”. nossa vida prática. = conclusiva

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LÍNGUA PORTUGUESA

B) Joyce e Mozart são ótimos, conforme eles, como Questões sobre Orações Subordinadas
quase toda a cultura humanística, têm pouca relevância
para nossa vida prática. = conformativa 01. (Papiloscopista Policial – Vunesp/2013).
C) Joyce e Mozart são ótimos, assim eles, como quase
toda a cultura humanística, têm pouca relevância para nos- Mais denso, menos trânsito
sa vida prática. = conclusiva
E) Joyce e Mozart são ótimos, pois eles, como quase As grandes cidades brasileiras estão congestionadas e
toda a cultura humanística, têm pouca relevância para nos- em processo de deterioração agudizado pelo crescimento
sa vida prática. = explicativa econômico da última década. Existem deficiências evidentes
Dica: conjunção pois como explicativa = dá para eu em infraestrutura, mas é importante também considerar o
planejamento urbano.
substituir por porque; como conclusiva: substituo por por-
Muitas grandes cidades adotaram uma abordagem de
tanto. desconcentração, incentivando a criação de diversos centros
4-) fruto não só do novo acesso da população ao auto- urbanos, na visão de que isso levaria a uma maior facilidade
móvel mas também da necessidade de maior número de de deslocamento.
viagens... estabelecem relação de adição de ideias, de fatos Mas o efeito tem sido o inverso. A criação de diversos
centros e o aumento das distâncias multiplicam o número de
5-) Não se desespere, que estaremos a seu lado sem- viagens, dificultando o investimento em transporte coletivo e
pre. aumentando a necessidade do transporte individual.
= conjunção explicativa (= porque) - coordenada sin- Se olharmos Los Angeles como a região que levou a des-
concentração ao extremo, ficam claras as consequências.
dética explicativa
Numa região rica como a Califórnia, com enorme investi-
mento viário, temos engarrafamentos gigantescos que vira-
6-) ram característica da cidade.
A) “O gesto é fácil E não ajuda em nada”. = mas não Os modelos urbanos bem-sucedidos são aqueles com
ajuda (ideia contrária) elevado adensamento e predominância do transporte coleti-
B )“O que vemos na esquina E nos sinais de trânsito...”. vo, como mostram Manhattan e Tóquio.
= adição O centro histórico de São Paulo é a região da cidade
C) “..adultos submetem crianças E adolescentes à tarefa mais bem servida de transporte coletivo, com infraestrutura
de pedir esmola”. = adição de telecomunicação, água, eletricidade etc. Como em outras
grandes cidades, essa deveria ser a região mais adensada da
D) “Quem dá esmola nas ruas contribui para a manu-
metrópole. Mas não é o caso. Temos, hoje, um esvaziamento
tenção da miséria E prejudica o desenvolvimento da socie- gradual do centro, com deslocamento das atividades para
dade”. = adição diversas regiões da cidade.
E) “A vida dessas pessoas é marcada pela falta de di- A visão de adensamento com uso abundante de trans-
nheiro, de moradia digna, emprego, segurança, lazer, cul- porte coletivo precisa ser recuperada. Desse modo, será pos-
tura, acesso à saúde E à educação”. = adição sível reverter esse processo de uso cada vez mais intenso do
transporte individual, fruto não só do novo acesso da popu-
7-) lação ao automóvel, mas também da necessidade de maior
A) Meu primo formou-se em Direito, porém não preten- número de viagens em função da distância cada vez maior
entre os destinos da população.
de trabalhar como advogado. = adversativa
(Henrique Meirelles, Folha de S.Paulo, 13.01.2013. Adap-
C) Você está preparado para a prova; por isso, não se tado)
preocupe. = conclusão
D) Vá dormir mais cedo, pois o vestibular será amanhã. As expressões mais denso e menos trânsito, no título,
= explicativa estabelecem entre si uma relação de
E) Os meninos deviam correr para casa ou apanhariam (A) comparação e adição.
toda a chuva. = alternativa (B) causa e consequência.
(C) conformidade e negação.
8-) - mas não penetrou na casa = conjunção adversativa (D) hipótese e concessão.
(E) alternância e explicação
- nem assustou seus habitantes = conjunção aditiva
9-) Um livro de receita é um bom presente porque ajuda 02. (Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária – VU-
as pessoas que não sabem cozinhar. NESP – 2013). No trecho – Tem surtido um efeito positi-
= conjunção explicativa: pois vo por eles se tornarem uma referência positiva dentro da
unidade, já que cumprem melhor as regras, respeitam o
10-) E NEM ASSISTE= conjunção aditiva (ideia de adi- próximo e pensam melhor nas suas ações, refletem antes
ção, soma de fatos) = Coordenada sindética aditiva. de tomar uma atitude. – o termo em destaque estabelece
entre as orações uma relação de

71
LÍNGUA PORTUGUESA

A) condição. A) Mesmo com a desconcentração e o aumento da Ex-


B) causa tensão urbana verificados no Brasil, é importante desenvol-
C) comparação. ver e adensar ainda mais os diversos centros já existentes...
D) tempo. B) Uma vez que se verifica a desconcentração e o au-
E) concessão. mento da extensão urbana no Brasil, é importante desen-
volver e adensar ainda mais os diversos centros já existen-
03. (UFV-MG) As orações subordinadas substantivas tes...
que aparecem nos períodos abaixo são todas subjetivas, C) Assim como são verificados a desconcentração e o
exceto: aumento da extensão urbana no Brasil, é importante de-
A) Decidiu-se que o petróleo subiria de preço. senvolver e adensar ainda mais os diversos centros já exis-
B) É muito bom que o homem, vez por outra, reflita so- tentes...
bre sua vida. D) Visto que com a desconcentração e o aumento da
C) Ignoras quanto custou meu relógio? extensão urbana verificados no Brasil, é importante desen-
D) Perguntou-se ao diretor quando seríamos recebidos. volver e adensar ainda mais os diversos centros já existen-
E) Convinha-nos que você estivesse presente à reunião tes...
E) De maneira que, com a desconcentração e o aumen-
04. (Agente de Vigilância e Recepção – VUNESP – 2013). to da extensão urbana verificados no Brasil, é importante
Considere a tirinha em que se vê Honi conversando com desenvolver e adensar ainda mais os diversos centros já
seu Namorado Lute. existentes...

06. (Analista Administrativo – VUNESP – 2013). Em –


É fundamental que essa visão de adensamento com uso
abundante de transporte coletivo seja recuperada para
que possamos reverter esse processo de uso… –, a expres-
são em destaque estabelece entre as orações relação de
A) consequência.
B) condição.
C) finalidade.
D) causa.
E) concessão.

07. (Analista de Sistemas – VUNESP – 2013 – adap.).


Considere o trecho: “Como as músicas eram de protesto,
naquele mesmo ano foi enquadrado na lei de segurança na-
cional pela ditadura militar e exilado.” O termo Como, em
destaque na primeira parte do enunciado, expressa ideia
de
A) contraste e tem sentido equivalente a porém.
B) concessão e tem sentido equivalente a mesmo que.
(Dik Browne, Folha de S. Paulo, 26.01.2013) C) conformidade e tem sentido equivalente a conforme.
D) causa e tem sentido equivalente a visto que.
É correto afirmar que a expressão contanto que estabe- E) finalidade e tem sentido equivalente a para que.
lece entre as orações relação de
A) causa, pois Honi quer ter filhos e não deseja trabalhar 08. (Analista em Planejamento, Orçamento e Finanças
depois de casada. Públicas – VUNESP – 2013-adap.) No trecho – “Fio, disjun-
B) comparação, pois o namorado espera ter sucesso tor, tomada, tudo!”, insiste o motorista, com tanto orgulho
como cantor romântico. que chega a contaminar-me. –, a construção tanto ... que
C) tempo, pois ambos ainda são adolescentes, mas já estabelece entre as construções [com tanto orgulho] e [que
pensam em casamento. chega a contaminar-me] uma relação de
D) condição, pois Lute sabe que exercendo a profissão A) condição e finalidade
de músico provavelmente ganhará pouco. B) conformidade e proporção.
E) finalidade, pois Honi espera que seu futuro marido C) finalidade e concessão.
torne-se um artista famoso. D) proporção e comparação.
E) causa e consequência.
05. (Analista Administrativo – VUNESP – 2013). Em –
Apesar da desconcentração e do aumento da extensão 09. “Os Estados Unidos são considerados hoje um país
urbana verificados no Brasil, é importante desenvolver bem mais fechado – embora em doze dias recebam o mes-
e adensar ainda mais os diversos centros já existentes... –, mo número de imigrantes que o Brasil em um ano.” A alter-
sem que tenha seu sentido alterado, o trecho em destaque nativa que substitui a expressão em negrito, sem prejuízo
está corretamente reescrito em: ao conteúdo, é:

72
LÍNGUA PORTUGUESA

A) já que. 9-) Os Estados Unidos são considerados hoje um país


B) todavia. bem mais fechado – embora em doze dias recebam o mes-
C) ainda que. mo número de imigrantes que o Brasil em um ano.” = con-
D) entretanto. junção concessiva: ainda que
E) talvez.
10-) contanto que garantam sua autenticidade. = con-
10. (Escrevente TJ SP – Vunesp – 2013) Assinale a alter- junção condicional = desde que
nativa que substitui o trecho em destaque na frase – Assi-
narei o documento, contanto que garantam sua autenti- Questões sobre Análise Sintática
cidade. – sem que haja prejuízo de sentido.
(A) desde que garantam sua autenticidade. 01. (Agente de Apoio Administrativo – FCC – 2013). Os
(B) no entanto garantam sua autenticidade. trabalhadores passaram mais tempo na escola...
(C) embora garantam sua autenticidade. O segmento grifado acima possui a mesma função sin-
(D) portanto garantam sua autenticidade. tática que o destacado em:
(E) a menos que garantam sua autenticidade. A) ...o que reduz a média de ganho da categoria.
B) ...houve mais ofertas de trabalhadores dessa classe.
GABARITO C) O crescimento da escolaridade também foi impul-
sionado...
01. B 02. B 03. C 04. D 05. A D) ...elevando a fatia dos brasileiros com ensino mé-
06. C 07. D 08. E 09. C 10. A dio...
E) ...impulsionado pelo aumento do número de uni-
RESOLUÇÃO versidades...

1-) mais denso e menos trânsito = mais denso, conse- 02.(Agente de Defensoria Pública – FCC – 2013). Donos
quentemente, menos trânsito, então: causa e consequência de uma capacidade de orientação nas brenhas selvagens [...],
sabiam os paulistas como...
2-) já que cumprem melhor as regras = estabelece en- O segmento em destaque na frase acima exerce a mes-
tre as orações uma relação de causa com a consequência ma função sintática que o elemento grifado em:
A) Nas expedições breves serviam de balizas ou mos-
de “tem um efeito positivo”.
tradores para a volta.
B) Às estreitas veredas e atalhos [...], nada acrescenta-
3-) Ignoras quanto custou meu relógio? = oração su-
riam aqueles de considerável...
bordinada substantiva objetiva direta
C) Só a um olhar muito exercitado seria perceptível o
A oração não atende aos requisitos de tais orações, ou
sinal.
seja, não se inicia com verbo de ligação, tampouco pelos
D) Uma sequência de tais galhos, em qualquer flores-
verbos “convir”, “parecer”, “importar”, “constar” etc., e tam- ta, podia significar uma pista.
bém não inicia com as conjunções integrantes “que” e “se”. E) Alguns mapas e textos do século XVII apresentam-
nos a vila de São Paulo como centro...
4-) a expressão contanto que estabelece uma relação
de condição (condicional) 03. Há complemento nominal em:
A)Você devia vir cá fora receber o beijo da madrugada.
5-) Apesar da desconcentração e do aumento da ex- B)... embora fosse quase certa a sua possibilidade de
tensão urbana verificados no Brasil = conjunção concessiva ganhar a vida.
B) Uma vez que se verifica a desconcentração e o au- C)Ela estava na janela do edifício.
mento da extensão urbana no Brasil, = causal D)... sem saber ao certo se gostávamos dele.
C) Assim como são verificados a desconcentração e o E)Pouco depois começaram a brincar de bandido e mo-
aumento da extensão urbana no Brasil = comparativa cinho de cinema.
D) Visto que com a desconcentração e o aumento da
extensão urbana verificados no Brasil = causal 04. (ESPM-SP) Em “esta lhe deu cem mil contos”, o ter-
E) De maneira que, com a desconcentração e o aumen- mo destacado é:
to da extensão urbana verificados no Brasil = consecutivas A) pronome possessivo
B) complemento nominal
6-) para que possamos = conjunção final (finalidade) C) objeto indireto
D) adjunto adnominal
7-) “Como as músicas eram de protesto = expressa E) objeto direto
ideia de causa da consequência “foi enquadrado” = causa
e tem sentido equivalente a visto que. 05. Assinale a alternativa correta e identifique o sujeito
das seguintes orações em relação aos verbos destacados:
8-) com tanto orgulho que chega a contaminar-me. – a - Amanhã teremos uma palestra sobre qualidade de
construção estabelece uma relação de causa e consequên- vida.
cia. (a causa da “contaminação” – consequência) - Neste ano, quero prestar serviço voluntário.

73
LÍNGUA PORTUGUESA

A)Tu – vós C)na janela do edifício. = adjunto adnominal


B)Nós – eu D)... sem saber ao certo se gostávamos dele. = objeto
C)Vós – nós indireto
D) Ele - tu E) a brincar de bandido e mocinho de cinema = objeto
indireto
06. Classifique o sujeito das orações destacadas no tex-
to seguinte e, a seguir, assinale a sequência correta. 4-) esta lhe deu cem mil contos = o verbo DAR é bitran-
É notável, nos textos épicos, a participação do sobrenatu- sitivo, ou seja, transitivo direto e indireto, portanto precisa
ral. É frequente a mistura de assuntos relativos ao naciona- de dois complementos – dois objetos: direto e indireto.
lismo com o caráter maravilhoso. Nas epopeias, os deuses Deu o quê? = cem mil contos (direto)
tomam partido e interferem nas aventuras dos heróis, aju- Deu a quem? lhe (=a ele, a ela) = indireto
dando-os ou atrapalhando- -os.
A)simples, composto 5-) - Amanhã ( nós ) teremos uma palestra sobre quali-
B)indeterminado, composto dade de vida.
C)simples, simples - Neste ano, ( eu ) quero prestar serviço voluntário.
D) oculto, indeterminado
6-) É notável, nos textos épicos, a participação do so-
07. (ESPM-SP) “Surgiram fotógrafos e repórteres”. brenatural. É frequente a mistura de assuntos relativos ao
Identifique a alternativa que classifica corretamente a fun- nacionalismo com o caráter maravilhoso. Nas epopeias, os
ção sintática e a classe morfológica dos termos destacados: deuses tomam partido e interferem nas aventuras dos he-
A) objeto indireto – substantivo róis, ajudando-os ou atrapalhando-os.
B) objeto direto - substantivo Ambos os termos apresentam sujeito simples
C) sujeito – adjetivo
D) objeto direto – adjetivo 7-) Surgiram fotógrafos e repórteres.
E) sujeito - substantivo O sujeito está deslocado, colocado na ordem indireta
(final da oração). Portanto: função sintática: sujeito (com-
GABARITO posto); classe morfológica (classe de palavras): substanti-
vos.
01. C 02. D 03. B 04. C 05. B 06. C 07. E

RESOLUÇÃO EQUIVALÊNCIA E TRANSFORMAÇÃO DE


ESTRUTURAS.
1-) Os trabalhadores passaram mais tempo na escola
= SUJEITO
A) ...o que reduz a média de ganho da categoria. = ob-
jeto direto “Ideias confusas geram redações confusas”. Esta frase
B) ...houve mais ofertas de trabalhadores dessa classe. leva-nos a refletir sobre a organização das ideias em um
= objeto direto texto. Significa dizer que, antes da redação, naturalmen-
C) O crescimento da escolaridade também foi impulsio- te devemos dominar o assunto sobre o qual iremos tratar
nado... = sujeito paciente e, posteriormente, planejar o modo como iremos expô-lo,
D) ...elevando a fatia dos brasileiros com ensino médio... do contrário haverá dificuldade em transmitir ideias bem
= objeto direto acabadas. Portanto, a leitura, a interpretação de textos e a
E) ...impulsionado pelo aumento do número de univer- experiência de vida antecedem o ato de escrever.
sidades... = agente da passiva
Obtido um razoável conhecimento sobre o que iremos
2-) Donos de uma capacidade de orientação nas bre- escrever, feito o esquema de exposição da matéria, é ne-
nhas selvagens [...], sabiam os paulistas como... = SUJEITO cessário saber ordenar as ideias em frases bem estrutura-
A) Nas expedições breves = ADJUNTO ADVERBIAL das. Logo, não basta conhecer bem um determinado as-
B) nada acrescentariam aqueles de considerável...= ad- sunto, temos que o transmitir de maneira clara aos leitores.
junto adverbial O estudo da pontuação pode se tornar um valioso alia-
C) seria perceptível o sinal. = predicativo do para organizarmos as ideias de maneira clara em frases.
D) Uma sequência de tais galhos = sujeito Para tanto, é necessário ter alguma noção de sintaxe. “Sin-
E) apresentam-nos a vila de São Paulo como = objeto taxe”, conforme o dicionário Aurélio, é a “parte da gramá-
direto tica que estuda a disposição das palavras na frase e a das
frases no discurso, bem como a relação lógica das frases en-
3-) tre si”; ou em outras palavras, sintaxe quer dizer “mistura”,
A) o beijo da madrugada. = adjunto adnominal isto é, saber misturar as palavras de maneira a produzirem
B)a sua possibilidade de ganhar a vida. = complemento um sentido evidente para os receptores das nossas men-
nominal (possibilidade de quê?) sagens. Observe:

74
LÍNGUA PORTUGUESA

1)A desemprego globalização no Brasil e no na está La- Observações:


tina América causando. - tais construções não estão erradas, mas rompem com
2) A globalização está causando desemprego no Brasil e a ordem direta;
na América Latina. - é preciso notar que em Língua Portuguesa, há muitas
frases que não têm sujeito, somente predicado. Por exem-
Ora, no item 1 não temos uma ideia, pois não há uma plo: Está chovendo em Porto Alegre. Faz frio em Friburgo.
frase, as palavras estão amontoadas sem a realização de São quatro horas agora;
“uma sintaxe”, não há um contexto linguístico nem relação - Outras frases são construídas com verbos intransiti-
inteligível com a realidade; no caso 2, a sintaxe ocorreu de vos, que não têm complemento: O menino morreu na Ale-
maneira perfeita e o sentido está claro para receptores de manha, (sujeito +verbo+ adjunto adverbial), A globalização
língua portuguesa inteirados da situação econômica e cul- nasceu no século XX. (idem)
tural do mundo atual. - Há ainda frases nominais que não possuem verbos:
Cada macaco no seu galho. Nestes tipos de frase, a ordem
A Ordem dos Termos na Frase direta faz-se naturalmente. Usam-se apenas os termos
existentes nelas.
Leia novamente a frase contida no item 2. Note que Levando em consideração a ordem direta, podemos
ela é organizada de maneira clara para produzir sentido.
estabelecer três regras básicas para o uso da vírgula:
Todavia, há diferentes maneiras de se organizar gramatical-
1)Se os termos estão colocados na ordem direta não
mente tal frase, tudo depende da necessidade ou da von-
haverá a necessidade de vírgulas. A frase (2) é um exemplo
tade do redator em manter o sentido, ou mantê-lo, porém,
disto:
acrescentado ênfase a algum dos seus termos. Significa
dizer que, ao escrever, podemos fazer uma série de inver- A globalização está causando desemprego no Brasil e na
sões e intercalações em nossas frases, conforme a nossa América Latina.
vontade e estilo. Tudo depende da maneira como quere- Todavia, ao repetir qualquer um dos termos da oração
mos transmitir uma ideia. Por exemplo, podemos expressar por três vezes ou mais, então é necessário usar a vírgula,
a mensagem da frase 2 da seguinte maneira: mesmo que estejamos usando a ordem direta. Esta é a re-
No Brasil e na América Latina, a globalização está cau- gra básica nº1 para a colocação da vírgula. Veja:
sando desemprego. A globalização, a tecnologia e a “ciranda financeira”
causam desemprego… = (três núcleos do sujeito)
Neste caso, a mensagem é praticamente a mesma, A globalização causa desemprego no Brasil, na América
apenas mudamos a ordem das palavras para dar ênfase a Latina e na África. = (três adjuntos adverbiais)
alguns termos (neste caso: No Brasil e na A. L.). Repare que, A globalização está causando desemprego, insatisfação
para obter a clareza tivemos que fazer o uso de vírgulas. e sucateamento industrial no Brasil e na América Latina. =
Entre os sinais de pontuação, a vírgula é o mais usado e (três complementos verbais)
o que mais nos auxilia na organização de um período, pois
facilita as boas “sintaxes”, boas misturas, ou seja, a vírgula 2)Em princípio, não devemos, na ordem direta, sepa-
ajuda-nos a não “embolar” o sentido quando produzimos rar com vírgula o sujeito e o verbo, nem o verbo e o seu
frases complexas. Com isto, “entregamos” frases bem orga- complemento, nem o complemento e as circunstâncias, ou
nizadas aos nossos leitores. seja, não devemos separar com vírgula os termos da ora-
O básico para a organização sintática das frases é a ção. Veja exemplos de tal incorreção:
ordem direta dos termos da oração. Os gramáticos estru- O Brasil, será feliz. A globalização causa, o desempre-
turam tal ordem da seguinte maneira: go.
SUJEITO + VERBO + COMPLEMENTO VERBAL+ CIR- Ao intercalarmos alguma palavra ou expressão entre
CUNSTÂNCIAS os termos da oração, cabe isolar tal termo entre vírgulas,
assim o sentido da ideia principal não se perderá. Esta é
A globalização + está causando+ desemprego + no Bra-
a regra básica nº2 para a colocação da vírgula. Dito em
sil nos dias de hoje.
outras palavras: quando intercalamos expressões e frases
Nem todas as orações mantêm esta ordem e nem to-
entre os termos da oração, devemos isolar os mesmos com
das contêm todos estes elementos, portanto cabem algu-
mas observações: vírgulas. Vejamos:
- As circunstâncias (de tempo, espaço, modo, etc.) nor- A globalização, fenômeno econômico deste fim de sécu-
malmente são representadas por adjuntos adverbiais de lo XX, causa desemprego no Brasil.
tempo, lugar, etc. Note que, no mais das vezes, quando
queremos recordar algo ou narrar uma história, existe a Aqui um aposto à globalização foi intercalado entre o
tendência a colocar os adjuntos nos começos das frases: sujeito e o verbo. Outros exemplos:
“No Brasil e na América…” “Nos dias de hoje…” “Nas minhas A globalização, que é um fenômeno econômico e cultu-
férias…”, “No Brasil…”. e logo depois os verbos e outros ral, está causando desemprego no Brasil e na América Lati-
elementos: “Nas minhas férias fui…”; “No Brasil existe…” na.

75
LÍNGUA PORTUGUESA

Neste caso, há uma oração adjetiva intercalada. Ali a globalização também causou…
As orações adjetivas explicativas desempenham fre- A não ser que queiramos dar ênfase: Aqui, a globali-
quentemente um papel semelhante ao do aposto explicati- zação…
vo, por isto são também isoladas por vírgula.
A globalização causa, caro leitor, desemprego no Bra- Obs3: na língua escrita, normalmente, ao realizarmos a
sil… ordem inversa, emprestamos ênfase aos termos que prin-
Neste outro caso, há um vocativo entre o verbo e o seu cipiam as frases. Veja este exemplo de Rui Barbosa desta-
complemento. cado por Garcia:
A globalização causa desemprego, e isto é lamentável, “A mim, na minha longa e aturada e continua prática
no Brasil… do escrever, me tem sucedido inúmeras vezes, depois de con-
siderar por muito tempo necessária e insuprível uma locução
Aqui, há uma oração intercalada (note que ela não per- nova, encontrar vertida em expressões antigas mais clara,
tence ao assunto: globalização, da frase principal, tal ora- expressiva e elegante a mesma ideia.”
ção é apenas um comentário à parte entre o complemento Estas três regras básicas não solucionam todos os pro-
verbal e os adjuntos. blemas de organização das frases, mas já dão um razoável
suporte para que possamos começar a ordenar a expressão
Obs: a simples negação em uma frase não exige vír- das nossas ideias. Em suma: o importante é não separar
gula: os termos básicos das orações, mas, se assim o fizermos,
A globalização não causou desemprego no Brasil e na seja intercalando ou invertendo elementos, então devemos
América Latina. usar a vírgula.

3)Quando “quebramos” a ordem direta, invertendo-a, - Quanto à equivalência e transformação de estru-


tal quebra torna a vírgula necessária. Esta é a regra nº3 da turas, outro exemplo muito comum cobrado em provas
colocação da vírgula. é o enunciado trazer uma frase no singular, por exem-
No Brasil e na América Latina, a globalização está cau- plo, e pedir que o aluno passe a frase para o plural,
sando desemprego… mantendo o sentido. Outro exemplo é o enunciado dar
No fim do século XX, a globalização causou desemprego a frase em um tempo verbal, e pedir para que a passe
no Brasil… para outro tempo verbal.
Nota-se que a quebra da ordem direta frequentemen-
te se dá com a colocação das circunstâncias antes do su-
jeito. Trata- -se da ordem inversa. Estas circunstâncias, em DISCURSO DIRETO E INDIRETO.
gramática, são representadas pelos adjuntos adverbiais.
Muitas vezes, elas são colocadas em orações chamadas ad-
verbiais que têm uma função semelhante a dos adjuntos
adverbiais, isto é, denotam tempo, lugar, etc. Exemplos: Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre
Quando o século XX estava terminando, a globalização
começou a causar desemprego. Num texto, as personagens falam, conversam entre si,
Enquanto os países portadores de alta tecnologia de- expõem ideias. Quando o narrador conta o que elas disse-
senvolvem--se, a globalização causa desemprego nos países ram, insere na narrativa uma fala que não é de sua autoria,
pobres. cita o discurso alheio. Há três maneiras principais de repro-
Durante o século XX, a Globalização causou desempre- duzir a fala das personagens: o discurso direto, o discurso
go no Brasil. indireto e o discurso indireto livre.

Obs 1: alguns gramáticos, Sacconi, por exemplo, consi- Discurso Direto


deram que as orações subordinadas adverbiais devem ser
isoladas pela vírgula também quando colocadas após as “Longe do olhos...”
suas orações principais, mas só quando
a) a oração principal tiver uma extensão grande: por - Meu pai! Disse João Aguiar com um tom de ressenti-
exemplo: A globalização causa… , enquanto os países…(vide mento que fez pasmar o comendador.
frase acima); - Que é? Perguntou este.
b) Se houver uma outra oração após a principal e antes João Aguiar não respondeu. O comendador arrugou a
da oração adverbial: A globalização causa desemprego no testa e interrogou o rosto mudo do filho. Não leu, mais adivi-
Brasil e as pessoas aqui estão morrendo de fome , enquanto nhou alguma coisa desastrosa; desastrosa, entenda-se, para
nos países portadores de alta tecnologia… os cálculos conjunto-políticos ou políticos-conjugais, como
melhor nome haja.
Obs 2: quando os adjuntos adverbiais são mínimos, - Dar-se-á caso que... começou a dizer comendador.
isto é, têm apenas uma ou duas palavras não há necessida- - Que eu namore? Interrompeu galhofeiramente o filho.
de do uso da vírgula: Machado de Assis. Contos. 26ª Ed. São Paulo, Áti-
Hoje a globalização causa desemprego no Panamá. ca, 2002, p. 43.

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LÍNGUA PORTUGUESA

O narrador introduz a fala das personagens, um pai e Passagem do Discurso Direto para o Discurso Indi-
um filho, e, em seguida, como quem passa a palavra a elas reto
e as deixa falar. Vemos que as partes introdutórias perten-
cem ao narrador (por exemplo, disse João Aguiar com um Pedro disse:
tom de ressentimento que faz pasmar o comendador) e as - Eu estarei aqui amanhã.
falas, às personagens, (por exemplo, Meu pai!).
O discurso direto é o expediente de citação do discurso No discurso direto, o personagem Pedro diz “eu”; o
alheio pela qual o narrador introduz o discurso do outro e, “aqui” é o lugar em que a personagem está; “amanhã” é o
depois, reproduz literalmente a fala dele. dia seguinte ao que ele fala. Se passarmos essa frase para o
discurso indireto ficará assim:
As marcas do discurso são:
Pedro disse que estaria lá no dia seguinte.
- A fala das personagens é, de princípio, anunciada por
um verbo (disse e interrompeu no caso do filho e pergun- No discurso indireto, o “eu” passa a ele porque á alguém
tou e começou a dizer no caso do pai) denominado “ver- de quem o narrador fala; estaria é futuro do pretérito: é um
bo de dizer” (como recrutar, retorquir, afirmar, obtem-perar tempo relacionado ao pretérito da fala do narrador (disse),
declarar e outros do mesmo tipo), que pode vir antes, no e não ao presente da fala do personagem, como estarei; lá
meio ou depois da fala das personagens (no nosso caso, é o espaço em que a personagem (e não o narrador) havia
veio depois); de estar; no dia seguinte é o dia que vem após o momento
- A fala das personagens aparece nitidamente separa- da fala da personagem designada por ele.
da da fala do narrador, por aspas, dois pontos, travessão Na passagem do discurso direto para o indireto, deve-
ou vírgula; se observar as frases que no discurso direto tem as formas
- Os pronomes pessoais, os tempos verbais e as pala- interrogativas, exclamativa ou imperativa convertem-se, no
vras que indicam espaço e tempo (por exemplo, pronomes discurso indireto, em orações declarativas.
demonstrativos e advérbios de lugar e de tempo) são usa-
dos em relação à pessoa da personagem, ao momento em Ela me perguntou: quem está ai?
que ela fala diz “eu”, o espaço em que ela se encontra é o Ela me perguntou quem estava lá.
aqui e o tempo em que fala é o agora.
As interjeições e os vocativos do discurso direto desa-
parecem no discurso indireto ou tem seu valor semântico
Discurso Indireto
explicitado, isto é, traduz-se o significado que elas expres-
sam.
Observemos um fragmento do mesmo conto de Ma-
chado de Assis: O papagaio disse: Oh! Lá vem a raposa.
“Um dia, Serafina recebeu uma carta de Tavares dizen- O papagaio disse admirado (explicitação do valor se-
do-lhe que não voltaria mais à casa de seu pai, por este lhe mântico da interjeição oh!) que ao longe vinha a raposa.
haver mostrado má cara nas últimas vezes que ele lá esti-
vera.” Se o discurso citado (fala da personagem) comporta
Idem. Ibidem, p. 48. um “eu” ou um “tu” que não se encontram entre as pessoas
do discurso citante (fala do narrador), eles são convertidos
Nesse caso o narrador para citar que Tavares disse a num “ele”, se o discurso citado contém um “aqui” não cor-
Serafina, usa o outro procedimento: não reproduz literal- responde ao lugar em que foi proferido o discurso citante,
mente as palavras de Tavares, mas comunica, com suas pa- ele é convertido num “lá”.
lavras, o que a personagem diz. A fala de Tavares não chega
ao leitor diretamente, mas por via indireta, isto é, por meio Pedro disse lá em Paris: - Aqui eu me sinto bem.
das palavras do narrador. Por essa razão, esse expediente é
chamado discurso indireto. Eu (pessoa do discurso citado que não se encontra no
discurso citante) converte-se em ele; aqui (espaço do dis-
As principais marcas do discurso indireto são:
curso citado que é diferente do lugar em que foi proferido
o discurso citante) transforma-se em lá:
- As falas das personagens também vem introduzidas
por um verbo de dizer; - Pedro disse que lá ele se sentia bem.
- As falas das personagens constituem oração subordi-
nada substantiva objetiva direta do verbo de dizer e, por- Se a pessoa do discurso citado, isto é, da fala da per-
tanto, são separadas da fala do narrador por uma partícula sonagem (eu, tu, ele) tem um correspondente no discurso
introdutória normalmente “que” ou “se”; citante, ela ocupa o estatuto que tem nesse último.
- Os pronomes pessoais, os tempos verbais e as pa-
lavras que indicam espaço e tempo (como pronomes de- Maria declarou-me: - Eu te amo.
monstrativos e advérbios de lugar e de tempo) são usados
e relação a narrador, ao momento em que ele fala e ao O “te” do discurso citado corresponde ao “me” do ci-
espaço em que está. tante. Por isso, “te” passa a “me”:

77
LÍNGUA PORTUGUESA

- Maria declarou-me que me amava. donar as marcas linguísticas próprias de sua fala, estivesse
incorporando as reclamações e suspeitas da personagem,
No que se refere aos tempos, o mais comum é o que o a cuja linguagem pertencem expressões do tipo bruto, sim
verbo de dizer esteja no presente ou no pretérito perfeito. senhor e a mulher tinha miolo. Até a repetição de palavras
Quando o verbo de dizer estiver no presente e o da fala e uma certa entonação presumivelmente exclamativa con-
da personagem estiver no presente, pretérito ou futuro do firmam essa inferência.
presente, os tempos mantêm-se na passagem do discur- Para perceber melhor o que é o discurso indireto livre,
so direto para o indireto. Se o verbo de dizer estiver no confrontemos uma frase do texto com a correspondente
pretérito perfeito, as alterações que ocorrerão na fala da em discurso direito e indireto:
personagem são as seguintes:
- Discurso Indireto Livre
Discurso Direto – Discurso Indireto Estava direito aquilo?
Presente – Pretérito Imperfeito
Pretérito Perfeito – Pretérito mais-que-perfeito - Discurso Direto
Futuro do Presente – Futuro do Pretérito Fabiano perguntou: - Esta direito isto?
Joaquim disse: - Compro tudo isso. - Discurso Indireto
- Joaquim disse que comprava tudo isso. Fabiano perguntou se aquilo estava direito
Joaquim disse: - Comprei tudo isso. Essa forma de citação do discurso alheio tem caracte-
- Joaquim disse que comprara tudo isso. rísticas próprias que são tanto do discurso direto quanto
do indireto. As características do discurso indireto livre são:
Joaquim disse: - Comprarei tudo isso.
- Joaquim disse que compraria tudo isso. - Não há verbos de dizer anunciando as falas das per-
sonagens;
Discurso Indireto Livre
- Estas não são introduzidas por partículas como “que”
e “se” nem separadas por sinais de pontuação;
“(...) No dia seguinte Fabiano voltou à cidade, mas ao
- O discurso indireto livre contém, como o discurso
fechar o negócio notou que as operações de Sinhá Vitória,
direto, orações interrogativas, imperativas e exclamativas,
como de costume, diferiam das do patrão. Reclamou e ob-
bem como interjeições e outros elementos expressivos;
teve a explicação habitual: a diferença era proveniente de
juros. - Os pronomes pessoais e demonstrativos, as palavras
Não se conformou: devia haver engano. Ele era bruto, indicadoras de espaço e de tempo são usados da mesma
sim senhor, via-se perfeitamente que era bruto, mas a mu- forma que no discurso indireto. Por isso, o verbo estar, do
lher tinha miolo. Com certeza havia um erro no papel do exemplo acima, ocorre no pretérito imperfeito, e não no
branco. Não se descobriu o erro, e Fabiano perdeu os estri- presente (está), como no discurso direto. Da mesma forma
bos. Passar a vida inteira assim no toco, entregando o que o pronome demonstrativo ocorre na forma aquilo, como
era dele de mão beijada! Estava direito aquilo? Trabalhar no discurso indireto.
como negro e nunca arranjar carta de alforria!
Graciliano Ramos. Vidas secas. Funções dos diferentes modos de citar o discurso do
28ª Ed. São Paulo, Martins, 1971, p. 136. outro

Nesse texto, duas vozes estão misturadas: a do nar- O discurso direto cria um efeito de sentido de verdade.
rador e a de Fabiano. Não há indicadores que delimitem Isso porque o leitor ou ouvinte tem a impressão de que
muito bem onde começa a fala do narrador e onde se inicia quem cita preservou a integridade do discurso citado, ou
a da personagem. Não se tem dúvida de que o período seja, o que ele reproduziu é autêntico. É como se ouvisse a
inicial está traduzido a fala do narrador. A bem verdade, até pessoa citada com suas próprias palavras e, portanto, com
não se conformou (início do segundo parágrafo), é a voz a mesma carga de subjetividade.
do narrador que está comandando a narrativa. Na oração Essa modalidade de citação permite, por exemplo, que
devia haver engano, já começa haver uma mistura de vo- se use variante linguística da personagem como forma de
zes: sob o ponto de vista das marcas gramaticais, não há fornecer pistas para caracterizá-la. Sirva de exemplo o tre-
nenhuma pista para se concluir, que a voz de Fabiano é que cho que segue, um diálogo entre personagens do meio ru-
esteja sendo citada; sob o ponto de vista do significado, ral, um farmacêutico e um agricultor, cuja fala é transcrita
porém, pode-se pensar numa reclamação atribuída a ele. em discurso direto pelo narrador:
Tomemos agora esse trecho: “Ele era bruto, sim senhor,
via-se perfeitamente que era bruto, mas a mulher tinha mio- Um velho brônzeo apontou, em farrapos, à janela aber-
lo. Com certeza havia um erro no papel do branco.” Pelo ta o azul.
conteúdo de verdade é pelo modo de dizer, tudo nos in- - Como vai, Elesbão?
duz a vislumbrar aí a voz de Fabiano ecoando por meio - Sua bênção...
do discurso do narrador. É como se o narrador, sem aban- - Cheio de doenças?

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LÍNGUA PORTUGUESA

- Sim sinhô. Em ambos os casos, as aspas são utilizadas para dar


- De dores, de dificuldades? destaque a certas formas de dizer típicas das personagens
- Sim sinhô. citadas e para mostrar o modo como o narrador as inter-
- De desgraças... preta. No exemplo de Eça de Queirós, “porque era o papá
O farmacêutico riu com um tímpano desmesurado. de seu Carlinhos” contem uma expressão da personagem
Você é o Brasil. Depois Indagou: Amélia e mostra certa dose de ironia e malícia do narrador.
- O que você eu Elesbão? No segundo exemplo, as aspas destacam a insatisfação do
- To precisando de uns dinheirinho e duns gênor. Meu narrador com a deselegância e o desprezo do funcionário
arroizinho tá bão, tá encanando bem. Preciso de uns manti- para com os clientes.
mento pra coiêta. O sinhô pode me arranjá com Nhô Salim. O discurso indireto livre fica a meio caminho da subje-
Depois eu vendo o arroiz pra ele mermo. tividade e da objetividade. Tem muitas funções. Por exem-
- Você é sério, Elesbão? plo, dá verossimilhança a um texto que pretende manifes-
- Sô sim sinhô! tar pensamentos, desejos, enfim, a vida interior de uma
- Quanto é que você deve pro Nhô Salim? personagem.
- Um tiquinho.
Em síntese, demonstra um envolvimento tal do narra-
Oswaldo de Andrade. Marco Zero.
dor com a personagem, que as vozes de ambos se mis-
2ª Ed. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 1974,
turam como se eles fossem um só ou, falando de outro
p. 7-8.
modo, como se o narrador tivesse vestido completamente
Quanto ao discurso indireto, pode ser de dois tipos, e a máscara da personagem, aproximando-a do leitor sem a
cada um deles cria um efeito de sentido diverso. marca da sua intermediação.
- Discurso Indireto que analisa o conteúdo: elimina Veja-se como, neste trecho: “O tímido José”, de Antônio
os elementos emocionais ou afetivos presentes no discurso de Alcântara Machado, o narrador, valendo-se do discurso
direto, assim como as interrogações, exclamações ou for- indireto livre, leva o leitor a partilhar do constrangimento
mas imperativas, por isso produz um efeito de sentido de da personagem, simulando estar contaminado por ele:
objetividade analítica. Com efeito, nele o narrador revela
somente o conteúdo do discurso da personagem, e não o (...) Mais depressa não podia andar. Garoar, garoava
modo como ela diz. Com isso estabelece uma distância en- sempre. Mas ali o nevoeiro já não era tanto felizmente. Deci-
tre sua posição e a da personagem, abrindo caminho para diu. Iria indo no caminho da Lapa. Se encontrasse a mulher
a réplica e o comentário. Esse tipo de discurso indireto des- bem. Se não encontrasse paciência. Não iria procurar. Iria é
personaliza discurso citado em nome de uma objetividade para casa. Afinal de contas era mesmo um trouxa. Quando
analítica. Cria, assim, a impressão de que o narrador analisa podia não quis. Agora que era difícil queria.
o discurso citado de maneira racional e isenta de envolvi- Laranja-da-china. In: Novelas Paulistanas.
mento emocional. O discurso indireto, nesse caso, não se 1ª Ed. Belo Horizonte, Itatiaia/ São Paulo, Edusp,
interessa pela individualidade do falante no modo como 1998, p. 184.
ele diz as coisas. Por isso é a forma preferida nos textos de
natureza filosófica, científica, política, etc., quando se ex-
põe as opiniões dos outros com finalidade de criticá-las,
rejeitá-las ou acolhê-las.
CONCORDÂNCIA NOMINAL E VERBAL.
- Discurso Indireto que analisa a expressão: serve
para destacar mais o modo de dizer do que o que se diz;
por exemplo, as palavras típicas do vocabulário da perso- Ao falarmos sobre a concordância verbal, estamos nos
nagem citada, a sua maneira de pronunciá-las, etc. Nesse referindo à relação de dependência estabelecida entre um
caso, as palavras ou expressões ressaltadas aparecem entre
termo e outro mediante um contexto oracional. Desta fei-
aspas. Veja-se este exemplo. De Eça de Queirós:
ta, os agentes principais desse processo são representados
pelo sujeito, que no caso funciona como subordinante; e o
...descobrira de repente, uma manhã, eu não devia trair
verbo, o qual desempenha a função de subordinado.
Amaro, “porque era papá do seu Carlinhos”. E disse-o ao
abade; fez corar os sessenta e quatro anos do bom velho (...). Dessa forma, temos que a concordância verbal caracte-
O crime do Padre Amaro. riza-se pela adaptação do verbo, tendo em vista os quesi-
Porto, Lello e Irmão, s.d., vol. I, p. 314. tos “número e pessoa” em relação ao sujeito. Exemplifican-
do, temos: O aluno chegou atrasado. Temos que o verbo
Imagine-se ainda que uma pessoa, querendo denun- apresenta-se na terceira pessoa do singular, pois faz refe-
ciar a forma deselegante com que fora atendida por um rência a um sujeito, assim também expresso (ele). Como
representante de uma empresa, tenha dito o seguinte: poderíamos também dizer: os alunos chegaram atrasados.

A certa altura, ele me respondeu que, se eu não estivesse Casos referentes a sujeito simples
satisfeito, que fosse reclamar “para o bispo” e que ele já não 1) Em caso de sujeito simples, o verbo concorda com
estava “nem aí” com “tipinhos” como eu. o núcleo em número e pessoa: O aluno chegou atrasado.

79
LÍNGUA PORTUGUESA

2) Nos casos referentes a sujeito representado por subs- 10) No caso de o sujeito aparecer representado por ex-
tantivo coletivo, o verbo permanece na terceira pessoa do pressões que indicam porcentagens, o verbo concordará
singular: A multidão, apavorada, saiu aos gritos. com o numeral ou com o substantivo a que se refere essa
Observação: porcentagem: 50% dos funcionários aprovaram a decisão
- No caso de o coletivo aparecer seguido de adjunto da diretoria. / 50% do eleitorado apoiou a decisão.
adnominal no plural, o verbo permanecerá no singular ou
poderá ir para o plural: Observações:
Uma multidão de pessoas saiu aos gritos. - Caso o verbo apareça anteposto à expressão de por-
Uma multidão de pessoas saíram aos gritos. centagem, esse deverá concordar com o numeral: Aprova-
ram a decisão da diretoria 50% dos funcionários.
3) Quando o sujeito é representado por expressões par- - Em casos relativos a 1%, o verbo permanecerá no sin-
titivas, representadas por “a maioria de, a maior parte de, gular: 1% dos funcionários não aprovou a decisão da dire-
a metade de, uma porção de” entre outras, o verbo tanto toria.
pode concordar com o núcleo dessas expressões quanto - Em casos em que o numeral estiver acompanhado de
com o substantivo que a segue: A maioria dos alunos resol- determinantes no plural, o verbo permanecerá no plural:
veu ficar. A maioria dos alunos resolveram ficar. Os 50% dos funcionários apoiaram a decisão da diretoria.

4) No caso de o sujeito ser representado por expres- 11) Nos casos em que o sujeito estiver representado por
sões aproximativas, representadas por “cerca de, perto de”, pronomes de tratamento, o verbo deverá ser empregado
o verbo concorda com o substantivo determinado por elas: na terceira pessoa do singular ou do plural: Vossas Majes-
Cerca de mil candidatos se inscreveram no concurso. tades gostaram das homenagens. Vossa Majestade agrade-
ceu o convite.
5) Em casos em que o sujeito é representado pela ex-
pressão “mais de um”, o verbo permanece no singular: Mais 12) Casos relativos a sujeito representado por substan-
de um candidato se inscreveu no concurso de piadas. tivo próprio no plural se encontram relacionados a alguns
Observação: aspectos que os determinam:
- No caso da referida expressão aparecer repetida ou - Diante de nomes de obras no plural, seguidos do ver-
bo ser, este permanece no singular, contanto que o predi-
associada a um verbo que exprime reciprocidade, o verbo,
cativo também esteja no singular: Memórias póstumas de
necessariamente, deverá permanecer no plural:
Brás Cubas é uma criação de Machado de Assis.
Mais de um aluno, mais de um professor contribuíram na
- Nos casos de artigo expresso no plural, o verbo tam-
campanha de doação de alimentos.
bém permanece no plural: Os Estados Unidos são uma po-
Mais de um formando se abraçaram durante as soleni-
tência mundial.
dades de formatura.
- Casos em que o artigo figura no singular ou em que
ele nem aparece, o verbo permanece no singular: Estados
6) Quando o sujeito for composto da expressão “um dos Unidos é uma potência mundial.
que”, o verbo permanecerá no plural: Esse jogador foi um
dos que atuaram na Copa América. Casos referentes a sujeito composto
7) Em casos relativos à concordância com locuções pro- 1) Nos casos relativos a sujeito composto de pessoas
nominais, representadas por “algum de nós, qual de vós, gramaticais diferentes, o verbo deverá ir para o plural, es-
quais de vós, alguns de nós”, entre outras, faz-se necessário tando relacionado a dois pressupostos básicos:
nos atermos a duas questões básicas: - Quando houver a 1ª pessoa, esta prevalecerá sobre as
- No caso de o primeiro pronome estar expresso no demais: Eu, tu e ele faremos um lindo passeio.
plural, o verbo poderá com ele concordar, como poderá - Quando houver a 2ª pessoa, o verbo poderá flexionar
também concordar com o pronome pessoal: Alguns de nós na 2ª ou na 3ª pessoa: Tu e ele sois primos. Tu e ele são
o receberemos. / Alguns de nós o receberão. primos.
- Quando o primeiro pronome da locução estiver ex-
presso no singular, o verbo permanecerá, também, no sin- 2) Nos casos em que o sujeito composto aparecer an-
gular: Algum de nós o receberá. teposto ao verbo, este permanecerá no plural: O pai e seus
dois filhos compareceram ao evento.
8) No caso de o sujeito aparecer representado pelo pro-
nome “quem”, o verbo permanecerá na terceira pessoa do 3) No caso em que o sujeito aparecer posposto ao ver-
singular ou poderá concordar com o antecedente desse bo, este poderá concordar com o núcleo mais próximo ou
pronome: Fomos nós quem contou toda a verdade para permanecer no plural: Compareceram ao evento o pai e seus
ela. / Fomos nós quem contamos toda a verdade para ela. dois filhos. Compareceu ao evento o pai e seus dois filhos.

9) Em casos nos quais o sujeito aparece realçado pela 4) Nos casos relacionados a sujeito simples, porém com
palavra “que”, o verbo deverá concordar com o termo que mais de um núcleo, o verbo deverá permanecer no singu-
antecede essa palavra: Nesta empresa somos nós que toma- lar: Meu esposo e grande companheiro merece toda a felici-
mos as decisões. / Em casa sou eu que decido tudo. dade do mundo.

80
LÍNGUA PORTUGUESA

5) Casos relativos a sujeito composto de palavras sinô- A bebida está inclusa.


nimas ou ordenado por elementos em gradação, o verbo Precisamos de nomes próprios.
poderá permanecer no singular ou ir para o plural: Minha Obrigado, disse o rapaz.
vitória, minha conquista, minha premiação são frutos de
meu esforço. / Minha vitória, minha conquista, minha pre- f) Um(a) e outro(a), num(a) e noutro(a)
miação é fruto de meu esforço. - Após essas expressões o substantivo fica sempre no
singular e o adjetivo no plural.
Concordância nominal é o ajuste que fazemos aos de- Renato advogou um e outro caso fáceis.
mais termos da oração para que concordem em gênero e Pusemos numa e noutra bandeja rasas o peixe.
número com o substantivo. Teremos que alterar, portanto,
o artigo, o adjetivo, o numeral e o pronome. Além disso, g) É bom, é necessário, é proibido
temos também o verbo, que se flexionará à sua maneira. - Essas expressões não variam se o sujeito não vier pre-
cedido de artigo ou outro determinante.
Regra geral: O artigo, o adjetivo, o numeral e o prono- Canja é bom. / A canja é boa.
me concordam em gênero e número com o substantivo. É necessário sua presença. / É necessária a sua presença.
- A pequena criança é uma gracinha. É proibido entrada de pessoas não autorizadas. / A en-
- O garoto que encontrei era muito gentil e simpático. trada é proibida.
Casos especiais: Veremos alguns casos que fogem à
regra geral mostrada acima.
h) Muito, pouco, caro
a) Um adjetivo após vários substantivos - Como adjetivos: seguem a regra geral.
- Substantivos de mesmo gênero: adjetivo vai para o Comi muitas frutas durante a viagem.
plural ou concorda com o substantivo mais próximo. Pouco arroz é suficiente para mim.
- Irmão e primo recém-chegado estiveram aqui. Os sapatos estavam caros.
- Irmão e primo recém-chegados estiveram aqui. - Como advérbios: são invariáveis.
- Substantivos de gêneros diferentes: vai para o plural Comi muito durante a viagem.
masculino ou concorda com o substantivo mais próximo. Pouco lutei, por isso perdi a batalha.
- Ela tem pai e mãe louros. Comprei caro os sapatos.
- Ela tem pai e mãe loura.
- Adjetivo funciona como predicativo: vai obrigatoria- i) Mesmo, bastante
mente para o plural. - Como advérbios: invariáveis
- O homem e o menino estavam perdidos. Preciso mesmo da sua ajuda.
- O homem e sua esposa estiveram hospedados aqui. Fiquei bastante contente com a proposta de emprego.

b) Um adjetivo anteposto a vários substantivos - Como pronomes: seguem a regra geral.


- Adjetivo anteposto normalmente concorda com o Seus argumentos foram bastantes para me convencer.
mais próximo. Os mesmos argumentos que eu usei, você copiou.
Comi delicioso almoço e sobremesa.
Provei deliciosa fruta e suco. j) Menos, alerta
- Em todas as ocasiões são invariáveis.
- Adjetivo anteposto funcionando como predicativo: Preciso de menos comida para perder peso.
concorda com o mais próximo ou vai para o plural. Estamos alerta para com suas chamadas.
Estavam feridos o pai e os filhos.
Estava ferido o pai e os filhos. k) Tal Qual
- “Tal” concorda com o antecedente, “qual” concorda
c) Um substantivo e mais de um adjetivo com o consequente.
- antecede todos os adjetivos com um artigo. As garotas são vaidosas tais qual a tia.
Falava fluentemente a língua inglesa e a espanhola. Os pais vieram fantasiados tais quais os filhos.

- coloca o substantivo no plural. l) Possível


Falava fluentemente as línguas inglesa e espanhola. - Quando vem acompanhado de “mais”, “menos”, “me-
lhor” ou “pior”, acompanha o artigo que precede as ex-
d) Pronomes de tratamento pressões.
- sempre concordam com a 3ª pessoa. A mais possível das alternativas é a que você expôs.
Vossa Santidade esteve no Brasil. Os melhores cargos possíveis estão neste setor da em-
presa.
e) Anexo, incluso, próprio, obrigado As piores situações possíveis são encontradas nas favelas
- Concordam com o substantivo a que se referem. da cidade.
As cartas estão anexas.

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LÍNGUA PORTUGUESA

m) Meio 03. (Escrevente TJ-SP – Vunesp/2012) Leia o texto para


- Como advérbio: invariável. responder à questão.
Estou meio (um pouco) insegura. _________dúvidas sobre o crescimento verde. Primeiro, não
- Como numeral: segue a regra geral. está claro até onde pode realmente chegar uma política ba-
Comi meia (metade) laranja pela manhã. seada em melhorar a eficiência sem preços adequados para
o carbono, a água e (na maioria dos países pobres) a terra. É
n) Só verdade que mesmo que a ameaça dos preços do carbono e
- apenas, somente (advérbio): invariável. da água em si ___________diferença, as companhias não po-
Só consegui comprar uma passagem. dem suportar ter de pagar, de repente, digamos, 40 dólares
- sozinho (adjetivo): variável. por tonelada de carbono, sem qualquer preparação. Portan-
Estiveram sós durante horas. to, elas começam a usar preços- -sombra. Ainda assim,
ninguém encontrou até agora uma maneira de quantificar
Fonte: http://www.brasilescola.com/gramatica/concor- adequadamente os insumos básicos. E sem eles a maioria
dancia-verbal.htm das políticas de crescimento verde sempre ___________ a se-
gunda opção.
Questões sobre Concordância Nominal e Verbal (Carta Capital, 27.06.2012. Adaptado)
De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa,
01.(TRE/AL – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2010) A con- as lacunas do texto devem ser preenchidas, correta e res-
cordância verbal e nominal está inteiramente correta na pectivamente, com:
frase: (A) Restam… faça… será
(A) A sociedade deve reconhecer os princípios e valores (B) Resta… faz… será
que determinam as escolhas dos governantes, para confe- (C) Restam… faz... serão
rir legitimidade a suas decisões. (D) Restam… façam… serão
(B) A confiança dos cidadãos em seus dirigentes devem (E) Resta… fazem… será
ser embasados na percepção dos valores e princípios que
regem a prática política. 04 (Escrevente TJ SP – Vunesp/2012) Assinale a alterna-
(C) Eleições livres e diretas é garantia de um verdadeiro tiva em que o trecho
regime democrático, em que se respeita tanto as liberda- – Ainda assim, ninguém encontrou até agora uma ma-
des individuais quanto as coletivas. neira de quantificar adequadamente os insumos básicos.–
(D) As instituições fundamentais de um regime demo- está corretamente reescrito, de acordo com a norma-pa-
crático não pode estar subordinado às ordens indiscrimi- drão da língua portuguesa.
nadas de um único poder central. (A) Ainda assim, temos certeza que ninguém encontrou
(E) O interesse de todos os cidadãos estão voltados até agora uma maneira adequada de se quantificar os in-
para o momento eleitoral, que expõem as diferentes opi- sumos básicos.
niões existentes na sociedade. (B) Ainda assim, temos certeza de que ninguém encon-
trou até agora uma maneira adequada de os insumos bási-
02. (Agente Técnico – FCC – 2013). As normas de con- cos ser quantificados.
cordância verbal e nominal estão inteiramente respeitadas (C) Ainda assim, temos certeza que ninguém encontrou
em: até agora uma maneira adequada para que os insumos bá-
A) Alguns dos aspectos mais desejáveis de uma boa lei- sicos sejam quantificado.
tura, que satisfaça aos leitores e seja veículo de aprimora- (D) Ainda assim, temos certeza de que ninguém encon-
mento intelectual, estão na capacidade de criação do autor, trou até agora uma maneira adequada para que os insu-
mediante palavras, sua matéria-prima. mos básicos seja quantificado.
B) Obras que se considera clássicas na literatura sempre (E) Ainda assim, temos certeza de que ninguém encon-
delineia novos caminhos, pois é capaz de encantar o leitor trou até agora uma maneira adequada de se quantificarem
ao ultrapassar os limites da época em que vivem seus au- os insumos básicos.
tores, gênios no domínio das palavras, sua matéria-prima.
C) A palavra, matéria-prima de poetas e romancistas, 05. (FUNDAÇÃO CASA/SP - AGENTE ADMINISTRATIVO
lhe permitem criar todo um mundo de ficção, em que per- - VUNESP/2011 - ADAPTADA) Observe as frases do texto:
sonagens se transformam em seres vivos a acompanhar os I. Cerca de 75 por cento dos países obtêm nota nega-
leitores, numa verdadeira interação com a realidade. tiva...
D) As possibilidades de comunicação entre autor e lei- II. ... à Venezuela, de Chávez, que obtém a pior classi-
tor somente se realiza plenamente caso haja afinidade de ficação do continente americano (2,0)...
ideias entre ambos, o que permite, ao mesmo tempo, o Assim como ocorre com o verbo “obter” nas frases I e
crescimento intelectual deste último e o prazer da leitura. II, a concordância segue as mesmas regras, na ordem dos
E) Consta, na literatura mundial, obras-primas que exemplos, em:
constitui leitura obrigatória e se tornam referências por seu (A) Todas as pessoas têm boas perspectivas para o pró-
conteúdo que ultrapassa os limites de tempo e de época. ximo ano. Será que alguém tem opinião diferente da maio-
ria?

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LÍNGUA PORTUGUESA

(B) Vem muita gente prestigiar as nossas festas juninas. 09. (TRF - 2ª REGIÃO - TÉCNICO JUDICIÁRIO - FCC/2012)
Vêm pessoas de muito longe para brincar de quadrilha. O verbo que, dadas as alterações entre parênteses propos-
(C) Pouca gente quis voltar mais cedo para casa. Quase tas para o segmento grifado, deverá ser colocado no plural,
todos quiseram ficar até o nascer do sol na praia. está em:
(D) Existem pessoas bem intencionadas por aqui, mas (A) Não há dúvida de que o estilo de vida... (dúvidas)
também existem umas que não merecem nossa atenção. (B) O que não se sabe... (ninguém nas regiões do pla-
(E) Aqueles que não atrapalham muito ajudam. neta)
(C) O consumo mundial não dá sinal de trégua... (O
06. (TRF - 5ª REGIÃO - TÉCNICO JUDICIÁRIO - FCC/2012) consumo mundial de barris de petróleo)
Os folheteiros vivem em feiras, mercados, praças e locais de (D) Um aumento elevado no preço do óleo reflete-se
peregrinação. no custo da matéria-prima... (Constantes aumentos)
O verbo da frase acima NÃO pode ser mantido no plu- (E) o tema das mudanças climáticas pressiona os es-
ral caso o segmento grifado seja substituído por: forços mundiais... (a preocupação em torno das mudanças
(A) Há folheteiros que climáticas)
(B) A maior parte dos folheteiros
(C) O folheteiro e sua família 10. (CETESB/SP – ESCRITURÁRIO - VUNESP/2013) Assi-
(D) O grosso dos folheteiros nale a alternativa em que a concordância das formas ver-
(E) Cada um dos folheteiros bais destacadas está de acordo com a norma-padrão da
07. (TRF - 5ª REGIÃO - TÉCNICO JUDICIÁRIO - FCC/2012) língua.
Todas as formas verbais estão corretamente flexionadas (A) Fazem dez anos que deixei de trabalhar em higieni-
em: zação subterrânea.
(A) Enquanto não se disporem a considerar o cordel (B) Ainda existe muitas pessoas que discriminam os tra-
sem preconceitos, as pessoas não serão capazes de fruir balhadores da área de limpeza.
dessas criações poéticas tão originais. (C) No trabalho em meio a tanta sujeira, havia altos
(B) Ainda que nem sempre detenha o mesmo status riscos de se contrair alguma doença.
atribuído à arte erudita, o cordel vem sendo estudado hoje (D) Eu passava a manhã no subterrâneo: quando era
nas melhores universidades do país. sete da manhã, eu já estava fazendo meu serviço.
(C) Rodolfo Coelho Cavalcante deve ter percebido que (E) As companhias de limpeza, apenas recentemente,
a situação dos cordelistas não mudaria a não ser que eles começou a adotar medidas mais rigorosas para a proteção
mesmos requizessem o respeito que faziam por merecer. de seus funcionários.
(D) Se não proveem do preconceito, a desvalorização e
a pouca visibilidade dessa arte popular tão rica só pode ser GABARITO
resultado do puro e simples desconhecimento.
(E) Rodolfo Coelho Cavalcante entreveu que os proble- 01. A 02. A 03. A 04. E 05. A
mas dos cordelistas estavam diretamente ligados à falta de 06. E 07. |B 08. D 09. D 10. C
representatividade.
RESOLUÇÃO
08. (TRF - 4ª REGIÃO – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2010)
Observam-se corretamente as regras de concordância ver- 1-) Fiz os acertos entre parênteses:
bal e nominal em: (A) A sociedade deve reconhecer os princípios e valores
a) O desenraizamento, não só entre intelectuais como que determinam as escolhas dos governantes, para confe-
entre os mais diversos tipos de pessoas, das mais sofistica- rir legitimidade a suas decisões.
das às mais humildes, são cada vez mais comuns nos dias (B) A confiança dos cidadãos em seus dirigentes devem
de hoje. (deve) ser embasados (embasada) na percepção dos valo-
b) A importância de intelectuais como Edward Said e res e princípios que regem a prática política.
Tony Judt, que não se furtaram ao debate sobre questões (C) Eleições livres e diretas é (são) garantia de um ver-
polêmicas de seu tempo, não estão apenas nos livros que dadeiro regime democrático, em que se respeita (respei-
escreveram. tam) tanto as liberdades individuais quanto as coletivas.
c) Nada indica que o conflito no Oriente Médio entre (D) As instituições fundamentais de um regime demo-
árabes e judeus, responsável por tantas mortes e tanto so- crático não pode (podem) estar subordinado (subordina-
frimento, estejam próximos de serem resolvidos ou pelo das) às ordens indiscriminadas de um único poder central.
menos de terem alguma trégua. (E) O interesse de todos os cidadãos estão (está) volta-
d) Intelectuais que têm compromisso apenas com a ver- dos (voltado) para o momento eleitoral, que expõem (ex-
dade, ainda que conscientes de que esta é até certo ponto põe) as diferentes opiniões existentes na sociedade.
relativa, costumam encontrar muito mais detratores que
admiradores. 2-)
e) No final do século XX já não se via muitos intelectuais A) Alguns dos aspectos mais desejáveis de uma boa lei-
e escritores como Edward Said, que não apenas era notícia tura, que satisfaça aos leitores e seja veículo de aprimora-
pelos livros que publicavam como pelas posições que co- mento intelectual, estão na capacidade de criação do autor,
rajosamente assumiam. mediante palavras, sua matéria-prima. = correta

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LÍNGUA PORTUGUESA

B) Obras que se consideram clássicas na literatura sem- B – A maior parte dos folheteiros vivem/vive (opcional)
pre delineiam novos caminhos, pois são capazes de encan- C – O folheteiro e sua família vivem (sujeito composto)
tar o leitor ao ultrapassarem os limites da época em que D – O grosso dos folheteiros vive/vivem (opcional)
vivem seus autores, gênios no domínio das palavras, sua E – Cada um dos folheteiros vive = somente no singular
matéria-prima.
C) A palavra, matéria-prima de poetas e romancistas, 7-) Coloquei entre parênteses a forma verbal correta:
lhes permite criar todo um mundo de ficção, em que per- (A) Enquanto não se disporem (dispuserem) a conside-
sonagens se transformam em seres vivos a acompanhar os rar o cordel sem preconceitos, as pessoas não serão capa-
leitores, numa verdadeira interação com a realidade. zes de fruir dessas criações poéticas tão originais.
D) As possibilidades de comunicação entre autor e lei- (B) Ainda que nem sempre detenha o mesmo status
tor somente se realizam plenamente caso haja afinidade atribuído à arte erudita, o cordel vem sendo estudado hoje
de ideias entre ambos, o que permite, ao mesmo tempo, o nas melhores universidades do país.
crescimento intelectual deste último e o prazer da leitura. (C) Rodolfo Coelho Cavalcante deve ter percebido que
E) Constam, na literatura mundial, obras-primas que a situação dos cordelistas não mudaria a não ser que eles
constituem leitura obrigatória e se tornam referências por mesmos requizessem (requeressem) o respeito que faziam
seu conteúdo que ultrapassa os limites de tempo e de épo- por merecer.
ca. (D) Se não proveem (provêm) do preconceito, a desva-
3-) _Restam___dúvidas lorização e a pouca visibilidade dessa arte popular tão rica
mesmo que a ameaça dos preços do carbono e da água só pode (podem) ser resultado do puro e simples desco-
em si __faça __diferença nhecimento.
a maioria das políticas de crescimento verde sempre (E) Rodolfo Coelho Cavalcante entreveu (entreviu) que
____será_____ a segunda opção. os problemas dos cordelistas estavam diretamente ligados
Em “a maioria de”, a concordância pode ser dupla: tanto à falta de representatividade.
no plural quanto no singular. Nas alternativas não há “res-
tam/faça/serão”, portanto a A é que apresenta as opções 8-) Fiz as correções entre parênteses:
adequadas.
a) O desenraizamento, não só entre intelectuais como
entre os mais diversos tipos de pessoas, das mais sofisti-
4-)
cadas às mais humildes, são (é) cada vez mais comuns (co-
(A) Ainda assim, temos certeza de que ninguém encon-
mum) nos dias de hoje.
trou até agora uma maneira adequada de se quantificar os
b) A importância de intelectuais como Edward Said e
insumos básicos.
Tony Judt, que não se furtaram ao debate sobre questões
(B) Ainda assim, temos certeza de que ninguém encon-
polêmicas de seu tempo, não estão (está) apenas nos livros
trou até agora uma maneira adequada de os insumos bási-
que escreveram.
cos serem quantificados.
(C) Ainda assim, temos certeza de que ninguém encon- c) Nada indica que o conflito no Oriente Médio entre
trou até agora uma maneira adequada para que os insu- árabes e judeus, responsável por tantas mortes e tanto
mos básicos sejam quantificados. sofrimento, estejam (esteja) próximos (próximo) de serem
(D) Ainda assim, temos certeza de que ninguém encon- (ser) resolvidos (resolvido) ou pelo menos de terem (ter)
trou até agora uma maneira adequada para que os insu- alguma trégua.
mos básicos sejam quantificados. d) Intelectuais que têm compromisso apenas com a ver-
(E) Ainda assim, temos certeza de que ninguém encon- dade, ainda que conscientes de que esta é até certo ponto
trou até agora uma maneira adequada de se quantificarem relativa, costumam encontrar muito mais detratores que
os insumos básicos. = correta admiradores.
e) No final do século XX já não se via (viam) muitos in-
5-) Em I, obtêm está no plural; em II, no singular. Vamos telectuais e escritores como Edward Said, que não apenas
aos itens: era (eram) notícia pelos livros que publicavam como pelas
(A) Todas as pessoas têm (plural) ... Será que alguém posições que corajosamente assumiam.
tem (singular)
(B) Vem (singular) muita gente... Vêm pessoas (plural) 9-)
(C) Pouca gente quis (singular)... Quase todos quiseram (A) Não há dúvida de que o estilo de vida... (dúvidas) =
(plural) “há” permaneceria no singular
(D) Existem (plural) pessoas ... mas também existem (B) O que não se sabe ... (ninguém nas regiões do pla-
umas (plural) neta) = “sabe” permaneceria no singular
(E) Aqueles que não atrapalham muito ajudam (ambas (C) O consumo mundial não dá sinal de trégua ... (O
as formas estão no plural) consumo mundial de barris de petróleo) = “dá” permane-
ceria no singular
6-) (D) Um aumento elevado no preço do óleo reflete-se no
A - Há folheteiros que vivem (concorda com o objeto custo da matéria-prima... Constantes aumentos) = “reflete”
“folheterios”) passaria para “refletem-se”

84
LÍNGUA PORTUGUESA

(E) o tema das mudanças climáticas pressiona os esfor- Para estudar a regência verbal, agruparemos os verbos
ços mundiais... (a preocupação em torno das mudanças cli- de acordo com sua transitividade. A transitividade, porém,
máticas) = “pressiona” permaneceria no singular não é um fato absoluto: um mesmo verbo pode atuar de
diferentes formas em frases distintas.
10-) Fiz as correções:
(A) Fazem dez anos = faz (sentido de tempo = singular) Verbos Intransitivos
(B) Ainda existe muitas pessoas = existem
(C) No trabalho em meio a tanta sujeira, havia altos ris- Os verbos intransitivos não possuem complemento. É
cos importante, no entanto, destacar alguns detalhes relativos
(D) Eu passava a manhã no subterrâneo: quando era aos adjuntos adverbiais que costumam acompanhá-los.
sete da manhã = eram
(E) As companhias de limpeza, apenas recentemente,
começou = começaram - Chegar, Ir
Normalmente vêm acompanhados de adjuntos adver-
biais de lugar. Na língua culta, as preposições usadas para
REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL. indicar destino ou direção são: a, para.

Fui ao teatro.
Adjunto Adverbial de Lugar
Dá-se o nome de regência à relação de subordinação
que ocorre entre um verbo (ou um nome) e seus comple- Ricardo foi para a Espanha.
mentos. Ocupa-se em estabelecer relações entre as pala- Adjunto Adverbial de Lugar
vras, criando frases não ambíguas, que expressem efetiva-
mente o sentido desejado, que sejam corretas e claras. - Comparecer
O adjunto adverbial de lugar pode ser introduzido por
Regência Verbal em ou a.
Comparecemos ao estádio (ou no estádio) para ver o úl-
Termo Regente: VERBO timo jogo.

A regência verbal estuda a relação que se estabelece Verbos Transitivos Diretos


entre os verbos e os termos que os complementam (obje-
tos diretos e objetos indiretos) ou caracterizam (adjuntos Os verbos transitivos diretos são complementados por
adverbiais). objetos diretos. Isso significa que não exigem preposição
O estudo da regência verbal permite-nos ampliar nossa para o estabelecimento da relação de regência. Ao empre-
capacidade expressiva, pois oferece oportunidade de co- gar esses verbos, devemos lembrar que os pronomes oblí-
nhecermos as diversas significações que um verbo pode quos o, a, os, as atuam como objetos diretos. Esses prono-
assumir com a simples mudança ou retirada de uma pre- mes podem assumir as formas lo, los, la, las (após formas
posição. Observe: verbais terminadas em -r, -s ou -z) ou no, na, nos, nas (após
A mãe agrada o filho. -> agradar significa acariciar, con- formas verbais terminadas em sons nasais), enquanto lhe e
tentar. lhes são, quando complementos verbais, objetos indiretos.
A mãe agrada ao filho. -> agradar significa “causar agra- São verbos transitivos diretos, dentre outros: abando-
do ou prazer”, satisfazer. nar, abençoar, aborrecer, abraçar, acompanhar, acusar, ad-
Logo, conclui-se que “agradar alguém” é diferente de mirar, adorar, alegrar, ameaçar, amolar, amparar, auxiliar,
“agradar a alguém”. castigar, condenar, conhecer, conservar,convidar, defender,
eleger, estimar, humilhar, namorar, ouvir, prejudicar, prezar,
Saiba que: proteger, respeitar, socorrer, suportar, ver, visitar.
O conhecimento do uso adequado das preposições é Na língua culta, esses verbos funcionam exatamente
um dos aspectos fundamentais do estudo da regência ver- como o verbo amar:
bal (e também nominal). As preposições são capazes de Amo aquele rapaz. / Amo-o.
modificar completamente o sentido do que se está sendo Amo aquela moça. / Amo-a.
dito. Veja os exemplos: Amam aquele rapaz. / Amam-no.
Cheguei ao metrô. Ele deve amar aquela mulher. / Ele deve amá-la.
Cheguei no metrô.
No primeiro caso, o metrô é o lugar a que vou; no se- Obs.: os pronomes lhe, lhes só acompanham esses ver-
gundo caso, é o meio de transporte por mim utilizado. A bos para indicar posse (caso em que atuam como adjuntos
oração “Cheguei no metrô”, popularmente usada a fim de adnominais).
indicar o lugar a que se vai, possui, no padrão culto da lín- Quero beijar-lhe o rosto. (= beijar seu rosto)
gua, sentido diferente. Aliás, é muito comum existirem di- Prejudicaram-lhe a carreira. (= prejudicaram sua carrei-
vergências entre a regência coloquial, cotidiana de alguns ra)
verbos, e a regência culta. Conheço-lhe o mau humor! (= conheço seu mau humor)

85
LÍNGUA PORTUGUESA

Verbos Transitivos Indiretos Perdoei a ofensa. / Perdoei-a.


Perdoei ao agressor. / Perdoei-lhe.
Os verbos transitivos indiretos são complementados Paguei minhas contas. / Paguei-as.
por objetos indiretos. Isso significa que esses verbos exi- Paguei aos meus credores. / Paguei-lhes.
gem uma preposição para o estabelecimento da relação de
regência. Os pronomes pessoais do caso oblíquo de ter- Informar
ceira pessoa que podem atuar como objetos indiretos são - Apresenta objeto direto ao se referir a coisas e objeto
o “lhe”, o “lhes”, para substituir pessoas. Não se utilizam indireto ao se referir a pessoas, ou vice-versa.
os pronomes o, os, a, as como complementos de verbos Informe os novos preços aos clientes.
transitivos indiretos. Com os objetos indiretos que não re- Informe os clientes dos novos preços. (ou sobre os novos
presentam pessoas, usam-se pronomes oblíquos tônicos preços)
de terceira pessoa (ele, ela) em lugar dos pronomes átonos
lhe, lhes. - Na utilização de pronomes como complementos, veja
Os verbos transitivos indiretos são os seguintes: as construções:
- Consistir - Tem complemento introduzido pela prepo- Informei-os aos clientes. / Informei-lhes os novos preços.
sição “em”: A modernidade verdadeira consiste em direitos Informe-os dos novos preços. / Informe-os deles. (ou so-
iguais para todos. bre eles)
- Obedecer e Desobedecer - Possuem seus comple- Obs.: a mesma regência do verbo informar é usada
mentos introduzidos pela preposição “a”: para os seguintes: avisar, certificar, notificar, cientificar, pre-
Devemos obedecer aos nossos princípios e ideais. venir.
Eles desobedeceram às leis do trânsito.
Comparar
- Responder - Tem complemento introduzido pela pre- Quando seguido de dois objetos, esse verbo admite as
posição “a”. Esse verbo pede objeto indireto para indicar “a preposições “a” ou “com” para introduzir o complemento
quem” ou “ao que” se responde. indireto.
Respondi ao meu patrão. Comparei seu comportamento ao (ou com o) de uma
criança.
Respondemos às perguntas.
Respondeu-lhe à altura.
Pedir
Esse verbo pede objeto direto de coisa (geralmente na
Obs.: o verbo responder, apesar de transitivo indireto
forma de oração subordinada substantiva) e indireto de
quando exprime aquilo a que se responde, admite voz pas-
pessoa.
siva analítica. Veja:
Pedi-lhe favores.
O questionário foi respondido corretamente. Objeto Indireto Objeto Direto
Todas as perguntas foram respondidas satisfatoriamente.
Pedi-lhe que se mantivesse em silêncio.
- Simpatizar e Antipatizar - Possuem seus complemen- Objeto Indireto Oração Subordinada Substantiva
tos introduzidos pela preposição “com”. Objetiva Direta
Antipatizo com aquela apresentadora.
Simpatizo com os que condenam os políticos que gover- Saiba que:
nam para uma minoria privilegiada. - A construção “pedir para”, muito comum na lingua-
gem cotidiana, deve ter emprego muito limitado na língua
Verbos Transitivos Diretos e Indiretos culta. No entanto, é considerada correta quando a palavra
licença estiver subentendida.
Os verbos transitivos diretos e indiretos são acompa- Peço (licença) para ir entregar-lhe os catálogos em casa.
nhados de um objeto direto e um indireto. Merecem desta- Observe que, nesse caso, a preposição “para” introduz
que, nesse grupo: Agradecer, Perdoar e Pagar. São verbos uma oração subordinada adverbial final reduzida de infini-
que apresentam objeto direto relacionado a coisas e obje- tivo (para ir entregar-lhe os catálogos em casa).
to indireto relacionado a pessoas. Veja os exemplos: - A construção “dizer para”, também muito usada po-
pularmente, é igualmente considerada incorreta.
Agradeço aos ouvintes a audiência.
Objeto Indireto Objeto Direto Preferir
Na língua culta, esse verbo deve apresentar objeto indi-
Paguei o débito ao cobrador. reto introduzido pela preposição “a”. Por Exemplo:
Objeto Direto Objeto Indireto Prefiro qualquer coisa a abrir mão de meus ideais.
Prefiro trem a ônibus.
- O uso dos pronomes oblíquos átonos deve ser feito Obs.: na língua culta, o verbo “preferir” deve ser usado
com particular cuidado. Observe: sem termos intensificadores, tais como: muito, antes, mil
Agradeci o presente. / Agradeci-o. vezes, um milhão de vezes, mais. A ênfase já é dada pelo
Agradeço a você. / Agradeço-lhe. prefixo existente no próprio verbo (pre).

86
LÍNGUA PORTUGUESA

Mudança de Transitividade X Mudança de Significa- - Chamar no sentido de denominar, apelidar pode apre-
do sentar objeto direto e indireto, ao qual se refere predicativo
preposicionado ou não.
Há verbos que, de acordo com a mudança de transitivi- A torcida chamou o jogador mercenário.
dade, apresentam mudança de significado. O conhecimen- A torcida chamou ao jogador mercenário.
to das diferentes regências desses verbos é um recurso lin- A torcida chamou o jogador de mercenário.
guístico muito importante, pois além de permitir a correta A torcida chamou ao jogador de mercenário.
interpretação de passagens escritas, oferece possibilidades
expressivas a quem fala ou escreve. Dentre os principais, CUSTAR
estão: - Custar é intransitivo no sentido de ter determinado
valor ou preço, sendo acompanhado de adjunto adverbial:
AGRADAR Frutas e verduras não deveriam custar muito.
- Agradar é transitivo direto no sentido de fazer cari- - No sentido de ser difícil, penoso, pode ser intransitivo
nhos, acariciar. ou transitivo indireto.
Sempre agrada o filho quando o revê. / Sempre o agrada Muito custa viver tão longe da família.
quando o revê. Verbo Oração Subordinada Substantiva Subjeti-
Cláudia não perde oportunidade de agradar o gato. / va
Cláudia não perde oportunidade de agradá-lo. Intransitivo Reduzida de Infinitivo
- Agradar é transitivo indireto no sentido de causar Custa-me (a mim) crer que tomou realmente aquela
agrado a, satisfazer, ser agradável a. Rege complemento atitude.
introduzido pela preposição “a”. Objeto Oração Subordinada Substantiva Subjeti-
O cantor não agradou aos presentes. va
O cantor não lhes agradou. Indireto Reduzida de Infinitivo

ASPIRAR Obs.: a Gramática Normativa condena as construções


- Aspirar é transitivo direto no sentido de sorver, inspi- que atribuem ao verbo “custar” um sujeito representado
por pessoa. Observe:
rar (o ar), inalar: Aspirava o suave aroma. (Aspirava-o)
Custei para entender o problema.
- Aspirar é transitivo indireto no sentido de desejar, ter
Forma correta: Custou-me entender o problema.
como ambição: Aspirávamos a melhores condições de vida.
(Aspirávamos a elas)
IMPLICAR
Obs.: como o objeto direto do verbo “aspirar” não é
- Como transitivo direto, esse verbo tem dois sentidos:
pessoa, mas coisa, não se usam as formas pronominais áto-
a) dar a entender, fazer supor, pressupor: Suas atitudes
nas “lhe” e “lhes” e sim as formas tônicas “a ele (s)”, “ a ela
implicavam um firme propósito.
(s)”. Veja o exemplo: Aspiravam a uma existência melhor. (=
b) Ter como consequência, trazer como consequência,
Aspiravam a ela) acarretar, provocar: Liberdade de escolha implica amadure-
cimento político de um povo.
ASSISTIR - Como transitivo direto e indireto, significa compro-
- Assistir é transitivo direto no sentido de ajudar, pres- meter, envolver: Implicaram aquele jornalista em questões
tar assistência a, auxiliar. Por exemplo: econômicas.
As empresas de saúde negam-se a assistir os idosos.
As empresas de saúde negam-se a assisti-los. Obs.: no sentido de antipatizar, ter implicância, é transi-
tivo indireto e rege com preposição “com”: Implicava com
- Assistir é transitivo indireto no sentido de ver, presen- quem não trabalhasse arduamente.
ciar, estar presente, caber, pertencer. Exemplos:
Assistimos ao documentário. PROCEDER
Não assisti às últimas sessões. - Proceder é intransitivo no sentido de ser decisivo, ter
Essa lei assiste ao inquilino. cabimento, ter fundamento ou portar-se, comportar-se,
Obs.: no sentido de morar, residir, o verbo “assistir” é agir. Nessa segunda acepção, vem sempre acompanhado
intransitivo, sendo acompanhado de adjunto adverbial de de adjunto adverbial de modo.
lugar introduzido pela preposição “em”: Assistimos numa As afirmações da testemunha procediam, não havia
conturbada cidade. como refutá-las.
Você procede muito mal.
CHAMAR - Nos sentidos de ter origem, derivar-se (rege a prepo-
- Chamar é transitivo direto no sentido de convocar, so- sição” de”) e fazer, executar (rege complemento introduzi-
licitar a atenção ou a presença de. do pela preposição “a”) é transitivo indireto.
Por gentileza, vá chamar sua prima. / Por favor, vá cha- O avião procede de Maceió.
má-la. Procedeu-se aos exames.
Chamei você várias vezes. / Chamei-o várias vezes. O delegado procederá ao inquérito.

87
LÍNGUA PORTUGUESA

QUERER OBEDECER
- Querer é transitivo direto no sentido de desejar, ter É transitivo indireto, ou seja, exige complemento com
vontade de, cobiçar. a preposição “a” (obedecer a): Devemos obedecer aos pais.
Querem melhor atendimento. Obs: embora seja transitivo indireto, esse verbo pode
Queremos um país melhor. ser usado na voz passiva: A fila não foi obedecida.
- Querer é transitivo indireto no sentido de ter afeição,
estimar, amar. VER
Quero muito aos meus amigos. É transitivo direto, ou seja, não exige preposição: Ele viu
Ele quer bem à linda menina. o filme.
Despede-se o filho que muito lhe quer.
Regência Nominal
VISAR É o nome da relação existente entre um nome (subs-
- Como transitivo direto, apresenta os sentidos de mi- tantivo, adjetivo ou advérbio) e os termos regidos por esse
rar, fazer pontaria e de pôr visto, rubricar. nome. Essa relação é sempre intermediada por uma prepo-
O homem visou o alvo. sição. No estudo da regência nominal, é preciso levar em
O gerente não quis visar o cheque. conta que vários nomes apresentam exatamente o mesmo
- No sentido de ter em vista, ter como meta, ter como regime dos verbos de que derivam. Conhecer o regime de
objetivo, é transitivo indireto e rege a preposição “a”. um verbo significa, nesses casos, conhecer o regime dos
O ensino deve sempre visar ao progresso social. nomes cognatos. Observe o exemplo: Verbo obedecer e os
Prometeram tomar medidas que visassem ao bem-estar nomes correspondentes: todos regem complementos in-
público. troduzidos pela preposição a. Veja:
Obedecer a algo/ a alguém.
ESQUECER – LEMBRAR Obediente a algo/ a alguém.
- Lembrar algo – esquecer algo Apresentamos a seguir vários nomes acompanhados
- Lembrar-se de algo – esquecer-se de algo (pronomi- da preposição ou preposições que os regem. Observe-os
nal) atentamente e procure, sempre que possível, associar es-
ses nomes entre si ou a algum verbo cuja regência você
No 1º caso, os verbos são transitivos diretos, ou seja, conhece.
exigem complemento sem preposição: Ele esqueceu o livro.
No 2º caso, os verbos são pronominais (-se, -me, etc) e
exigem complemento com a preposição “de”. São, portan-
to, transitivos indiretos:
- Ele se esqueceu do caderno.
- Eu me esqueci da chave.
- Eles se esqueceram da prova.
- Nós nos lembramos de tudo o que aconteceu.

Há uma construção em que a coisa esquecida ou lem-


brada passa a funcionar como sujeito e o verbo sofre leve
alteração de sentido. É uma construção muito rara na lín-
gua contemporânea, porém, é fácil encontrá-la em textos
clássicos tanto brasileiros como portugueses. Machado de
Assis, por exemplo, fez uso dessa construção várias vezes.
- Esqueceu-me a tragédia. (cair no esquecimento)
- Lembrou-me a festa. (vir à lembrança)

O verbo lembrar também pode ser transitivo direto e


indireto (lembrar alguma coisa a alguém ou alguém de al-
guma coisa).

SIMPATIZAR
Transitivo indireto e exige a preposição “com”: Não sim-
patizei com os jurados.

NAMORAR
É transitivo direto, ou seja, não admite preposição: Ma-
ria namora João.

Obs: Não é correto dizer: “Maria namora com João”.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Substantivos
Admiração a, por Devoção a, para, com, por Medo a, de
Aversão a, para, por Doutor em Obediência a
Atentado a, contra Dúvida acerca de, em, sobre Ojeriza a, por
Bacharel em Horror a Proeminência sobre
Capacidade de, para Impaciência com Respeito a, com, para com, por

Adjetivos
Acessível a Diferente de Necessário a
Acostumado a, com Entendido em Nocivo a
Afável com, para com Equivalente a Paralelo a
Agradável a Escasso de Parco em, de
Alheio a, de Essencial a, para Passível de
Análogo a Fácil de Preferível a
Ansioso de, para, por Fanático por Prejudicial a
Apto a, para Favorável a Prestes a
Ávido de Generoso com Propício a
Benéfico a Grato a, por Próximo a
Capaz de, para Hábil em Relacionado com
Compatível com Habituado a Relativo a
Contemporâneo a, de Idêntico a Satisfeito com, de, em, por
Contíguo a Impróprio para Semelhante a
Contrário a Indeciso em Sensível a
Curioso de, por Insensível a Sito em
Descontente com Liberal com Suspeito de
Desejoso de Natural de Vazio de

Advérbios
Longe de Perto de

Obs.: os advérbios terminados em -mente tendem a seguir o regime dos adjetivos de que são formados: paralela a;
paralelamente a; relativa a; relativamente a.

Fonte: http://www.soportugues.com.br/secoes/sint/sint61.php

Questões sobre Regência Nominal e Verbal

01. (Administrador – FCC – 2013-adap.).


... a que ponto a astronomia facilitou a obra das outras ciências ...
O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima está empregado em:
A) ...astros que ficam tão distantes ...
B) ...que a astronomia é uma das ciências ...
C) ...que nos proporcionou um espírito ...
D) ...cuja importância ninguém ignora ...
E) ...onde seu corpo não passa de um ponto obscuro ...

02.(Agente de Apoio Administrativo – FCC – 2013-adap.).


... pediu ao delegado do bairro que desse um jeito nos filhos do sueco.
O verbo que exige, no contexto, o mesmo tipo de complementos que o grifado acima está empregado em:
A) ...que existe uma coisa chamada exército...
B) ...como se isso aqui fosse casa da sogra?
C) ...compareceu em companhia da mulher à delegacia...
D) Eu ensino o senhor a cumprir a lei, ali no duro...
E) O delegado apenas olhou-a espantado com o atrevimento.

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LÍNGUA PORTUGUESA

03.(Agente de Defensoria Pública – FCC – 2013-adap.). (A) Ele tentava convencer duas senhoras a assumir a
... constava simplesmente de uma vareta quebrada em responsabilidade pelo problema.
partes desiguais... (B) A menina tinha o receio a levar uma bronca por ter
O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que se perdido.
o grifado acima está empregado em: (C) A garota tinha apenas a lembrança pelo desenho
A) Em campos extensos, chegavam em alguns casos a de um índio na porta do prédio.
extremos de sutileza. (D) A menina não tinha orgulho sob o fato de ter se
B) ...eram comumente assinalados a golpes de machado perdido de sua família.
nos troncos mais robustos. (E) A família toda se organizou para realizar a procura
C) Os toscos desenhos e os nomes estropiados deso- à garotinha.
rientam, não raro, quem...
D) Koch-Grünberg viu uma dessas marcas de caminho 07. (Analista de Sistemas – VUNESP – 2013). Assinale
na serra de Tunuí... a alternativa que completa, correta e respectivamente, as
E) ...em que tão bem se revelam suas afinidades com o
lacunas do texto, de acordo com as regras de regência.
gentio, mestre e colaborador...
Os estudos _______ quais a pesquisadora se reportou já
assinalavam uma relação entre os distúrbios da imagem
04. (Agente Técnico – FCC – 2013-adap.).
corporal e a exposição a imagens idealizadas pela mídia.
... para lidar com as múltiplas vertentes da justiça...
O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que A pesquisa faz um alerta ______ influência negativa que a
o da frase acima se encontra em: mídia pode exercer sobre os jovens.
A) A palavra direito, em português, vem de directum, do A) dos … na
verbo latino dirigere... B) nos … entre a
B) ...o Direito tem uma complexa função de gestão das C) aos … para a
sociedades... D) sobre os … pela
C) ...o de que o Direito [...] esteja permeado e regulado E) pelos … sob a
pela justiça.
D) Essa problematicidade não afasta a força das aspira- 08. (Analista em Planejamento, Orçamento e Finanças
ções da justiça... Públicas – VUNESP – 2013). Considerando a norma-padrão
E) Na dinâmica dessa tensão tem papel relevante o sen- da língua, assinale a alternativa em que os trechos desta-
timento de justiça. cados estão corretos quanto à regência, verbal ou nominal.
A) O prédio que o taxista mostrou dispunha de mais de
05. (Escrevente TJ SP – Vunesp 2012) Assinale a alter- dez mil tomadas.
nativa em que o período, adaptado da revista Pesquisa B) O autor fez conjecturas sob a possibilidade de haver
Fapesp de junho de 2012, está correto quanto à regência um homem que estaria ouvindo as notas de um oboé.
nominal e à pontuação. C) Centenas de trabalhadores estão empenhados de
(A) Não há dúvida que as mulheres ampliam, rapida- criar logotipos e negociar.
mente, seu espaço na carreira científica ainda que o avanço D) O taxista levou o autor a indagar no número de to-
seja mais notável em alguns países, o Brasil é um exemplo, madas do edifício.
do que em outros. E) A corrida com o taxista possibilitou que o autor repa-
(B) Não há dúvida de que, as mulheres, ampliam rapida- rasse a um prédio na marginal.
mente seu espaço na carreira científica; ainda que o avanço
seja mais notável, em alguns países, o Brasil é um exemplo!, 09. (Assistente de Informática II – VUNESP – 2013). As-
do que em outros.
sinale a alternativa que substitui a expressão destacada na
(C) Não há dúvida de que as mulheres, ampliam ra-
frase, conforme as regras de regência da norma-padrão da
pidamente seu espaço, na carreira científica, ainda que o
língua e sem alteração de sentido.
avanço seja mais notável, em alguns países: o Brasil é um
Muitas organizações lutaram a favor da igualdade de
exemplo, do que em outros.
(D) Não há dúvida de que as mulheres ampliam rapida- direitos dos trabalhadores domésticos.
mente seu espaço na carreira científica, ainda que o avanço A) da
seja mais notável em alguns países – o Brasil é um exemplo B) na
– do que em outros. C) pela
(E) Não há dúvida que as mulheres ampliam rapidamen- D) sob a
te, seu espaço na carreira científica, ainda que, o avanço E) sobre a
seja mais notável em alguns países (o Brasil é um exemplo)
do que em outros. GABARITO

06. (Papiloscopista Policial – VUNESP – 2013). Assina- 01. D 02. D 03. A 04. A 05. D
le a alternativa correta quanto à regência dos termos em 06. A 07. C 08. A 09. C
destaque.

90
LÍNGUA PORTUGUESA

RESOLUÇÃO 6-)
(B) A menina tinha o receio de levar uma bronca por ter
1-) ... a que ponto a astronomia facilitou a obra das ou- se perdido.
tras ciências ... (C) A garota tinha apenas a lembrança do desenho de
Facilitar – verbo transitivo direto um índio na porta do prédio.
A) ...astros que ficam tão distantes ... = verbo de liga- (D) A menina não tinha orgulho do fato de ter se perdi-
ção do de sua família.
B) ...que a astronomia é uma das ciências ... = verbo (E) A família toda se organizou para realizar a procura
de ligação pela garotinha.
C) ...que nos proporcionou um espírito ... = verbo tran-
sitivo direto e indireto 7-) Os estudos aos quais a pesquisadora se reportou
E) ...onde seu corpo não passa de um ponto obscuro = já assinalavam uma relação entre os distúrbios da imagem
verbo transitivo indireto
corporal e a exposição a imagens idealizadas pela mídia.
A pesquisa faz um alerta para a influência negativa
2-) ... pediu ao delegado do bairro que desse um jeito
nos filhos do sueco. que a mídia pode exercer sobre os jovens.
Pedir = verbo transitivo direto e indireto
A) ...que existe uma coisa chamada EXÉRCITO... = tran- 8-)
sitivo direto B) O autor fez conjecturas sobre a possibilidade de ha-
B) ...como se isso aqui fosse casa da sogra? =verbo de ver um homem que estaria ouvindo as notas de um oboé.
ligação C) Centenas de trabalhadores estão empenhados em
C) ...compareceu em companhia da mulher à delegacia... criar logotipos e negociar.
=verbo intransitivo D) O taxista levou o autor a indagar sobre o número de
E) O delegado apenas olhou-a espantado com o atrevi- tomadas do edifício.
mento. =transitivo direto E) A corrida com o taxista possibilitou que o autor repa-
rasse em um prédio na marginal.
3-) ... constava simplesmente de uma vareta quebrada
em partes desiguais... 9-) Muitas organizações lutaram pela igualdade de
Constar = verbo intransitivo direitos dos trabalhadores domésticos.
B) ...eram comumente assinalados a golpes de machado
nos troncos mais robustos. =ligação
C) Os toscos desenhos e os nomes estropiados deso-
rientam, não raro, quem... =transitivo direto CRASE.
D) Koch-Grünberg viu uma dessas marcas de caminho
na serra de Tunuí... = transitivo direto
E) ...em que tão bem se revelam suas afinidades com o
gentio, mestre e colaborador...=transitivo direto A palavra crase é de origem grega e significa “fusão”,
“mistura”. Na língua portuguesa, é o nome que se dá à
4-) ... para lidar com as múltiplas vertentes da justiça... “junção” de duas vogais idênticas. É de grande importân-
Lidar = transitivo indireto cia a crase da preposição “a” com o artigo feminino “a”
B) ...o Direito tem uma complexa função de gestão das (s), com o “a” inicial dos pronomes aquele(s), aquela (s),
sociedades... =transitivo direto aquilo e com o “a” do relativo a qual (as quais). Na escri-
C) ...o de que o Direito [...] esteja permeado e regulado ta, utilizamos o acento grave ( ` ) para indicar a crase. O
pela justiça. =ligação uso apropriado do acento grave depende da compreensão
D) Essa problematicidade não afasta a força das aspira- da fusão das duas vogais. É fundamental também, para o
ções da justiça... =transitivo direto e indireto entendimento da crase, dominar a regência dos verbos e
E) Na dinâmica dessa tensão tem papel relevante o sen- nomes que exigem a preposição “a”. Aprender a usar a cra-
timento de justiça. =transitivo direto se, portanto, consiste em aprender a verificar a ocorrência
simultânea de uma preposição e um artigo ou pronome.
5-) A correção do item deve respeitar as regras de pon-
Observe:
tuação também. Assinalei apenas os desvios quanto à re-
Vou a + a igreja.
gência (pontuação encontra-se em tópico específico)
(A) Não há dúvida de que as mulheres ampliam, Vou à igreja.
(B) Não há dúvida de que (erros quanto à pon- No exemplo acima, temos a ocorrência da preposição
tuação) “a”, exigida pelo verbo ir (ir a algum lugar) e a ocorrência
(C) Não há dúvida de que as mulheres, (erros quanto do artigo “a” que está determinando o substantivo femini-
à pontuação) no igreja. Quando ocorre esse encontro das duas vogais e
(E) Não há dúvida de que as mulheres ampliam rapi- elas se unem, a união delas é indicada pelo acento grave.
damente, seu espaço na carreira científica, ainda que, o Observe os outros exemplos:
avanço seja mais notável em alguns países (o Brasil é um Conheço a aluna.
exemplo) do que em outros. Refiro-me à aluna.

91
LÍNGUA PORTUGUESA

No primeiro exemplo, o verbo é transitivo direto (conhecer algo ou alguém), logo não exige preposição e a crase não
pode ocorrer. No segundo exemplo, o verbo é transitivo indireto (referir--se a algo ou a alguém) e exige a preposição “a”.
Portanto, a crase é possível, desde que o termo seguinte seja feminino e admita o artigo feminino “a” ou um dos pronomes
já especificados.

Casos em que a crase NÃO ocorre:

- diante de substantivos masculinos:


Andamos a cavalo.
Fomos a pé.
Passou a camisa a ferro.
Fazer o exercício a lápis.
Compramos os móveis a prazo.
- diante de verbos no infinitivo:
A criança começou a falar.
Ela não tem nada a dizer.

Obs.: como os verbos não admitem artigos, o “a” dos exemplos acima é apenas preposição, logo não ocorrerá crase.

- diante da maioria dos pronomes e das expressões de tratamento, com exceção das formas senhora, senhorita
e dona:
Diga a ela que não estarei em casa amanhã.
Entreguei a todos os documentos necessários.
Ele fez referência a Vossa Excelência no discurso de ontem.
Peço a Vossa Senhoria que aguarde alguns minutos.
Os poucos casos em que ocorre crase diante dos pronomes podem ser identificados pelo método: troque a palavra
feminina por uma masculina, caso na nova construção surgir a forma ao, ocorrerá crase. Por exemplo:
Refiro-me à mesma pessoa. (Refiro-me ao mesmo indivíduo.)
Informei o ocorrido à senhora. (Informei o ocorrido ao senhor.)
Peça à própria Cláudia para sair mais cedo. (Peça ao próprio Cláudio para sair mais cedo.)

- diante de numerais cardinais:


Chegou a duzentos o número de feridos.
Daqui a uma semana começa o campeonato.

Casos em que a crase SEMPRE ocorre:

- diante de palavras femininas:


Amanhã iremos à festa de aniversário de minha colega.
Sempre vamos à praia no verão.
Ela disse à irmã o que havia escutado pelos corredores.
Sou grata à população.
Fumar é prejudicial à saúde.
Este aparelho é posterior à invenção do telefone.

- diante da palavra “moda”, com o sentido de “à moda de” (mesmo que a expressão moda de fique subentendida):
O jogador fez um gol à (moda de) Pelé.
Usava sapatos à (moda de) Luís XV.
Estava com vontade de comer frango à (moda de) passarinho.
O menino resolveu vestir-se à (moda de) Fidel Castro.

- na indicação de horas:
Acordei às sete horas da manhã.
Elas chegaram às dez horas.
Foram dormir à meia-noite.

92
LÍNGUA PORTUGUESA

- em locuções adverbiais, prepositivas e conjuntivas de que participam palavras femininas. Por exemplo:
à tarde às ocultas às pressas à medida que
à noite às claras às escondidas à força
à vontade à beça à larga à escuta
às avessas à revelia à exceção de à imitação de
à esquerda às turras às vezes à chave
à direita à procura à deriva à toa
à luz à sombra de à frente de à proporção que
à semelhança de às ordens à beira de

Crase diante de Nomes de Lugar


Alguns nomes de lugar não admitem a anteposição do artigo “a”. Outros, entretanto, admitem o artigo, de modo que
diante deles haverá crase, desde que o termo regente exija a preposição “a”. Para saber se um nome de lugar admite ou não
a anteposição do artigo feminino “a”, deve-se substituir o termo regente por um verbo que peça a preposição “de” ou “em”.
A ocorrência da contração “da” ou “na” prova que esse nome de lugar aceita o artigo e, por isso, haverá crase. Por exemplo:

Vou à França. (Vim da [de+a] França. Estou na [em+a] França.)


Cheguei à Grécia. (Vim da Grécia. Estou na Grécia.)
Retornarei à Itália. (Vim da Itália. Estou na Itália)
Vou a Porto Alegre. (Vim de Porto Alegre. Estou em Porto Alegre.)

*- Dica da Zê!: use a regrinha “Vou A volto DA, crase HÁ; vou A volto DE, crase PRA QUÊ?”
Ex: Vou a Campinas. = Volto de Campinas.
Vou à praia. = Volto da praia.

- ATENÇÃO: quando o nome de lugar estiver especificado, ocorrerá crase. Veja:


Retornarei à São Paulo dos bandeirantes. = mesmo que, pela regrinha acima, seja a do “VOLTO DE”
Irei à Salvador de Jorge Amado.

Crase diante dos Pronomes Demonstrativos Aquele (s), Aquela (s), Aquilo

Haverá crase diante desses pronomes sempre que o termo regente exigir a preposição “a”. Por exemplo:

Refiro-me a + aquele atentado.


Preposição Pronome

Refiro-me àquele atentado.

O termo regente do exemplo acima é o verbo transitivo indireto referir (referir-se a algo ou alguém) e exige preposição,
portanto, ocorre a crase. Observe este outro exemplo:
Aluguei aquela casa.
O verbo “alugar” é transitivo direto (alugar algo) e não exige preposição. Logo, a crase não ocorre nesse caso. Veja
outros exemplos:
Dediquei àquela senhora todo o meu trabalho.
Quero agradecer àqueles que me socorreram.
Refiro-me àquilo que aconteceu com seu pai.
Não obedecerei àquele sujeito.
Assisti àquele filme três vezes.
Espero aquele rapaz.
Fiz aquilo que você disse.
Comprei aquela caneta.

Crase com os Pronomes Relativos A Qual, As Quais

A ocorrência da crase com os pronomes relativos a qual e as quais depende do verbo. Se o verbo que rege esses pro-
nomes exigir a preposição “a”, haverá crase. É possível detectar a ocorrência da crase nesses casos utilizando a substituição
do termo regido feminino por um termo regido masculino. Por exemplo:

93
LÍNGUA PORTUGUESA

A igreja à qual me refiro fica no centro da cidade. - diante de pronome possessivo feminino:
O monumento ao qual me refiro fica no centro da cidade. Observação: é facultativo o uso da crase diante de pro-
nomes possessivos femininos porque é facultativo o uso do
Caso surja a forma ao com a troca do termo, ocorrerá a artigo. Observe:
crase. Veja outros exemplos: Minha avó tem setenta anos. Minha irmã está esperando
São normas às quais todos os alunos devem obedecer. por você.
Esta foi a conclusão à qual ele chegou. A minha avó tem setenta anos. A minha irmã está espe-
Várias alunas às quais ele fez perguntas não souberam rando por você.
responder nenhuma das questões. Sendo facultativo o uso do artigo feminino diante de
A sessão à qual assisti estava vazia. pronomes possessivos femininos, então podemos escrever
as frases abaixo das seguintes formas:
Crase com o Pronome Demonstrativo “a” Cedi o lugar a minha avó. Cedi o lugar a meu avô.
Cedi o lugar à minha avó. Cedi o lugar ao meu avô.
A ocorrência da crase com o pronome demonstrativo
“a” também pode ser detectada através da substituição do - depois da preposição até:
termo regente feminino por um termo regido masculino.
Fui até a praia. ou Fui até à praia.
Veja:
Acompanhe-o até a porta. ou Acompanhe-o até à por-
Minha revolta é ligada à do meu país.
ta.
Meu luto é ligado ao do meu país.
As orações são semelhantes às de antes. A palestra vai até as cinco horas da tarde. ou A
Os exemplos são semelhantes aos de antes. palestra vai até às cinco horas da tarde.
Suas perguntas são superiores às dele.
Seus argumentos são superiores aos dele. Questões sobre Crase
Sua blusa é idêntica à de minha colega.
Seu casaco é idêntico ao de minha colega. 01.( Escrevente TJ SP – Vunesp/2012) No Brasil, as dis-
cussões sobre drogas parecem limitar-se ______aspectos ju-
A Palavra Distância rídicos ou policiais. É como se suas únicas consequências
estivessem em legalismos, tecnicalidades e estatísticas cri-
Se a palavra distância estiver especificada, determinada, minais. Raro ler ____respeito envolvendo questões de saúde
a crase deve ocorrer. Por exemplo: Sua casa fica à distância pública como programas de esclarecimento e prevenção, de
de 100km daqui. (A palavra está determinada) tratamento para dependentes e de reintegração desses____
Todos devem ficar à distância de 50 metros do palco. (A vida. Quantos de nós sabemos o nome de um médico ou
palavra está especificada.) clínica ____quem tentar encaminhar um drogado da nossa
Se a palavra distância não estiver especificada, a crase própria família?
não pode ocorrer. Por exemplo: (Ruy Castro, Da nossa própria família. Folha de S.Paulo,
Os militares ficaram a distância. 17.09.2012. Adaptado)
Gostava de fotografar a distância. As lacunas do texto devem ser preenchidas, correta e
Ensinou a distância. respectivamente, com:
Dizem que aquele médico cura a distância. (A) aos … à … a … a
Reconheci o menino a distância. (B) aos … a … à … a
Observação: por motivo de clareza, para evitar ambigui- (C) a … a … à … à
dade, pode-se usar a crase. Veja: (D) à … à … à … à
Gostava de fotografar à distância. (E) a … a … a … a
Ensinou à distância.
Dizem que aquele médico cura à distância.
02. (Agente de Apoio Administrativo – FCC – 2013).Leia
o texto a seguir.
Casos em que a ocorrência da crase é FACULTATIVA
Foi por esse tempo que Rita, desconfiada e medrosa, cor-
- diante de nomes próprios femininos: reu ______ cartomante para consultá-la sobre a verdadeira
Observação: é facultativo o uso da crase diante de no- causa do procedimento de Camilo. Vimos que ______ carto-
mes próprios femininos porque é facultativo o uso do ar- mante restituiu--lhe ______ confiança, e que o rapaz repreen-
tigo. Observe: deu-a por ter feito o que fez.
Paula é muito bonita. Laura é minha amiga. (Machado de Assis. A cartomante. In: Várias histórias.
A Paula é muito bonita. A Laura é minha amiga. Rio de Janeiro: Globo, 1997, p. 6)
Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na
Como podemos constatar, é facultativo o uso do artigo ordem dada:
feminino diante de nomes próprios femininos, então pode- A) à – a – a
mos escrever as frases abaixo das seguintes formas: B) a – a – à
Entreguei o cartão a Paula. Entreguei o cartão a Roberto. C) à – a – à
Entreguei o cartão à Paula. Entreguei o cartão ao Ro- D) à – à – a
berto. E) a – à – à

94
LÍNGUA PORTUGUESA

03 (POLÍCIA CIVIL/SP – AGENTE POLICIAL - VU- 07. (Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária – VU-
NESP/2013) De acordo com a norma-padrão da língua NESP – 2013-adap) O acento indicativo de crase está corre-
portuguesa, o acento indicativo de crase está corretamente tamente empregado em:
empregado em: A) Tendências agressivas começam à ser relacionadas
(A) A população, de um modo geral, está à espera de com as dificuldades para lidar com as frustrações de seus
que, com o novo texto, a lei seca possa coibir os acidentes. desejos.
(B) A nova lei chega para obrigar os motoristas à repen- B) A agressividade impulsiva deve-se à perturbações
sarem a sua postura. nos mecanismos biológicos de controle emocional.
(C) A partir de agora os motoristas estarão sujeitos à C) A violência urbana é comparada à uma enfermidade.
punições muito mais severas. D) Condições de risco aliadas à exemplo de impunidade
(D) À ninguém é dado o direito de colocar em risco a
alimentam a violência crescente nas cidades.
vida dos demais motoristas e de pedestres.
E) Um ambiente desfavorável à formação da personali-
(E) Cabe à todos na sociedade zelar pelo cumprimento
da nova lei para que ela possa funcionar. dade atinge os mais vulneráveis.

04. (Agente Técnico – FCC – 2013-adap.) Claro que não 08. (Agente de Vigilância e Recepção – VUNESP – 2013).
me estou referindo a essa vulgar comunicação festiva e O sinal indicativo de crase está correto em:
efervescente. A) Este cientista tem se dedicado à uma pesquisa na
O vocábulo a deverá receber o sinal indicativo de crase área de biotecnologia.
se o segmento grifado for substituído por: B) Os pais não podem ser omissos e devem se dedicar
A) leitura apressada e sem profundidade. à educação dos filhos.
B) cada um de nós neste formigueiro. C) Nossa síndica dedica-se integralmente à conservar as
C) exemplo de obras publicadas recentemente. instalações do prédio.
D) uma comunicação festiva e virtual. D) O bombeiro deve dedicar sua atenção à qualquer
E) respeito de autores reconhecidos pelo público. detalhe que envolva a segurança das pessoas.
E) É função da política é dedicar-se à todo problema
05. (Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária – VU- que comprometa o bem-estar do cidadão.
NESP – 2013).
O Instituto Nacional de Administração Prisional (INAP) 09. (TRF - 5ª REGIÃO - TÉCNICO JUDICIÁRIO - FCC/2012)
também desenvolve atividades lúdicas de apoio______ res-
O detetive Gervase Fen, que apareceu em 1944, é um ho-
socialização do indivíduo preso, com o objetivo de prepará-
mem de face corada, muito afeito ...... frases inteligentes e
-lo para o retorno______ sociedade. Dessa forma, quando em
liberdade, ele estará capacitado______ ter uma profissão e citações dos clássicos; sua esposa, Dolly, uma dama meiga e
uma vida digna. sossegada, fica sentada tricotando tranquilamente, impassí-
(Disponível em: www.metropolitana.com.br/blog/ vel ...... propensão de seu marido ...... investigar assassinatos.
qual_e_a_importancia_da_ressocializacao_de_presos. Aces- (Adaptado de P.D.James, op.cit.)
so em: 18.08.2012. Adaptado)
Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na
Assinale a alternativa que preenche, correta e respecti- ordem dada:
vamente, as lacunas do texto, de acordo com a norma-pa- (A) à - à - a
drão da língua portuguesa. (B) a - à - a
A) à … à … à (C) à - a - à
B) a … a … à (D) a - à - à
C) a … à … à (E) à - a – a
D) à … à ... a
E) a … à … a 10. (POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO ACRE – ALUNO
SOLDADO COMBATENTE – FUNCAB/2012) Em qual das op-
06. (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAU- ções abaixo o acento indicativo de crase foi corretamente
LO - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – VUNESP/2013)
indicado?
Assinale a alternativa que completa as lacunas do trecho a
A) O dia fora quente, mas à noite estava fria e escura.
seguir, empregando o sinal indicativo de crase de acordo
com a norma-padrão. B) Ninguém se referira à essa ideia antes.
Não nos sujeitamos ____ corrupção; tampouco cederemos C) Esta era à medida certa do quarto.
espaço ____ nenhuma ação que se proponha ____ prejudicar D) Ela fechou a porta e saiu às pressas.
nossas instituições. E) Os rapazes sempre gostaram de andar à cavalo.
(A) à … à … à
(B) a … à … à GABARITO
(C) à … a … a
(D) à … à … a 01. B 02. A 03. A 04. A 05. D
(E) a … a … à 06.C 07. E 08. B 09.B 10. D

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LÍNGUA PORTUGUESA

RESOLUÇÃO * que se proponha A prejudicar (objeto indireto, no


caso, oração subordinada com função de objeto indireto.
1-) limitar-se _aos _aspectos jurídicos ou policiais. Não há acento indicativo de crase porque temos um verbo
Raro ler __a__respeito (antes de palavra masculina no infinitivo – “prejudicar”).
não há crase)
de reintegração desses_à_ vida. (reintegrar a + a 7-)
vida = à) A) Tendências agressivas começam à ser relacionadas
o nome de um médico ou clínica __a_quem tentar en- com as dificuldades para lidar com as frustrações de seus
caminhar um drogado da nossa própria família? (antes de desejos. (antes de verbo no infinitivo não há crase)
pronome indefinido/relativo) B) A agressividade impulsiva deve-se à perturbações
nos mecanismos biológicos de controle emocional. (se
2-) correu _à (= para a ) cartomante para consultá-la so- o “a” está no singular e antecede palavra no plural, não há
bre a verdadeira causa do procedimento de Camilo. Vimos crase)
que _a__cartomante (objeto direto)restituiu-lhe ___a___ C) A violência urbana é comparada à uma enfermidade.
confiança (objeto direto), e que o rapaz repreendeu-a por (artigo indefinido)
ter feito o que fez. D) Condições de risco aliadas à exemplo de impunida-
3-) de alimentam a violência crescente nas cidades. (palavra
(A) A população, de um modo geral, está à espera (dá masculina)
para substituir por “esperando”) de que E) Um ambiente desfavorável à formação da personali-
(B) A nova lei chega para obrigar os motoristas à repen- dade atinge os mais vulneráveis. = correta (regência nomi-
sarem (antes de verbo) nal: desfavorável a?)
(C) A partir de agora os motoristas estarão sujeitos à
punições (generalizando, palavra no plural) 8-)
(D) À ninguém (pronome indefinido) A) Este cientista tem se dedicado à uma pesquisa na
(E) Cabe à todos (pronome indefinido)
área de biotecnologia. (artigo indefinido)
B) Os pais não podem ser omissos e devem se dedicar à
4-) Claro que não me estou referindo à leitura apressa-
educação dos filhos. = correta (regência verbal: dedicar a )
da e sem profundidade.
C) Nossa síndica dedica-se integralmente à conservar as
a cada um de nós neste formigueiro. (antes de prono-
instalações do prédio. (verbo no infinitivo)
me indefinido)
D) O bombeiro deve dedicar sua atenção à qualquer
a exemplo de obras publicadas recentemente. (palavra
detalhe que envolva a segurança das pessoas. (pronome
masculina)
a uma comunicação festiva e virtual. (artigo indefinido) indefinido)
a respeito de autores reconhecidos pelo público. (pa- E) É função da política é dedicar-se à todo problema
lavra masculina) que comprometa o bem-estar do cidadão. (pronome in-
definido)
5-) O Instituto Nacional de Administração Prisional
(INAP) também desenvolve atividades lúdicas de apoio___à__ 9-) Afeito a frases (generalizando, já que o “a” está no
ressocialização do indivíduo preso, com o objetivo de prepa- singular e “frases”, no plural)
rá--lo para o retorno___à__ sociedade. Dessa forma, quando Impassível à propensão (regência nominal: pede pre-
em liberdade, ele estará capacitado__a___ ter uma profissão posição)
e uma vida digna. A investigar (antes de verbo no infinitivo não há acen-
- Apoio a ? Regência nominal pede preposição; to indicativo de crase)
- retorno a? regência nominal pede preposição; Sequência: a / à / a.
- antes de verbo no infinitivo não há crase.
10-)
6-) Vamos por partes! A) O dia fora quente, mas à noite = mas a noite (artigo e
- Quem se sujeita, sujeita-se A algo ou A alguém, por- substantivo. Diferente de: Estudo à noite = período do dia)
tanto: pede preposição; B) Ninguém se referira à essa ideia antes.= a essa (antes
- quem cede, cede algo A alguém, então teremos obje- de pronome demonstrativo)
to direto e indireto; C) Esta era à medida certa do quarto. = a medida (artigo
- quem se propõe, propõe-se A alguma coisa. e substantivo, no caso. Diferente da conjunção proporcio-
Vejamos: nal: À medida que lia, mais aprendia)
Não nos sujeitamos À corrupção; tampouco cederemos D) Ela fechou a porta e saiu às pressas. = correta (advér-
espaço A nenhuma ação que se proponha A prejudicar bio de modo = apressadamente)
nossas instituições. E) Os rapazes sempre gostaram de andar à cavalo. =
* Sujeitar A + A corrupção; palavra masculina
* ceder espaço (objeto direto) A nenhuma ação (objeto
indireto. Não há acento indicativo de crase, pois “nenhu-
ma” é pronome indefinido);

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LÍNGUA PORTUGUESA

Ponto de Interrogação
PONTUAÇÃO. Usa-se nas interrogações diretas e indiretas livres.
“- Então? Que é isso? Desertaram ambos?” (Artur Aze-
vedo)

Os sinais de pontuação são marcações gráficas que Reticências


servem para compor a coesão e a coerência textual, além 1- Indica que palavras foram suprimidas.
de ressaltar especificidades semânticas e pragmáticas. Ve- - Comprei lápis, canetas, cadernos...
jamos as principais funções dos sinais de pontuação co-
nhecidos pelo uso da língua portuguesa. 2- Indica interrupção violenta da frase.
“- Não... quero dizer... é verdad... Ah!”
Ponto
1- Indica o término do discurso ou de parte dele. 3- Indica interrupções de hesitação ou dúvida
- Façamos o que for preciso para tirá-la da situação em - Este mal... pega doutor?
que se encontra.
- Gostaria de comprar pão, queijo, manteiga e leite. 4- Indica que o sentido vai além do que foi dito
- Acordei. Olhei em volta. Não reconheci onde estava. - Deixa, depois, o coração falar...

2- Usa-se nas abreviações - V. Exª. - Sr. Vírgula


Ponto e Vírgula ( ; )
1- Separa várias partes do discurso, que têm a mesma Não se usa vírgula
importância. *separando termos que, do ponto de vista sintático, li-
- “Os pobres dão pelo pão o trabalho; os ricos dão pelo gam-se diretamente entre si:
pão a fazenda; os de espíritos generosos dão pelo pão a vida;
os de nenhum espírito dão pelo pão a alma...” (VIEIRA) - entre sujeito e predicado.
Todos os alunos da sala foram advertidos.
2- Separa partes de frases que já estão separadas por
Sujeito predicado
vírgulas.
- Alguns quiseram verão, praia e calor; outros, monta-
- entre o verbo e seus objetos.
nhas, frio e cobertor.
O trabalho custou sacrifício aos realiza-
dores.
3- Separa itens de uma enumeração, exposição de mo-
V.T.D.I. O.D. O.I.
tivos, decreto de lei, etc.
- Ir ao supermercado;
Usa-se a vírgula:
- Pegar as crianças na escola;
- Caminhada na praia; - Para marcar intercalação:
- Reunião com amigos. a) do adjunto adverbial: O café, em razão da sua abun-
dância, vem caindo de preço.
Dois pontos b) da conjunção: Os cerrados são secos e áridos. Estão
1- Antes de uma citação produzindo, todavia, altas quantidades de alimentos.
- Vejamos como Afrânio Coutinho trata este assunto: c) das expressões explicativas ou corretivas: As indús-
2- Antes de um aposto trias não querem abrir mão de suas vantagens, isto é, não
- Três coisas não me agradam: chuva pela manhã, frio à querem abrir mão dos lucros altos.
tarde e calor à noite. - Para marcar inversão:
3- Antes de uma explicação ou esclarecimento a) do adjunto adverbial (colocado no início da oração):
- Lá estava a deplorável família: triste, cabisbaixa, viven- Depois das sete horas, todo o comércio está de portas fe-
do a rotina de sempre. chadas.
b) dos objetos pleonásticos antepostos ao verbo: Aos
4- Em frases de estilo direto pesquisadores, não lhes destinaram verba alguma.
Maria perguntou: c) do nome de lugar anteposto às datas: Recife, 15 de
- Por que você não toma uma decisão? maio de 1982.
- Para separar entre si elementos coordenados (dispos-
Ponto de Exclamação tos em enumeração):
1- Usa-se para indicar entonação de surpresa, cólera, Era um garoto de 15 anos, alto, magro.
susto, súplica, etc. A ventania levou árvores, e telhados, e pontes, e animais.
- Sim! Claro que eu quero me casar com você!
2- Depois de interjeições ou vocativos - Para marcar elipse (omissão) do verbo:
- Ai! Que susto! Nós queremos comer pizza; e vocês, churrasco.
- João! Há quanto tempo! - Para isolar:

97
LÍNGUA PORTUGUESA

- o aposto: São Paulo, considerada a metrópole brasilei- (D) Atualmente, várias áreas contribuem para o apri-
ra, possui um trânsito caótico. moramento do desportista.
- o vocativo: Ora, Thiago, não diga bobagem. (E) Eis alguns esportes que a Ciência do Esporte ajuda:
judô, natação e canoagem.
Fontes:
http://www.infoescola.com/portugues/pontuacao/ 04. (BANPARÁ/PA – TÉCNICO BANCÁRIO – ESPP/2012)
http://www.brasilescola.com/gramatica/uso-da-virgu- Assinale a alternativa em que a pontuação está correta.
la.htm a) Meu grande amigo Pedro, esteve aqui ontem!
b) Foi solicitado, pelo diretor o comprovante da tran-
Questões sobre Pontuação sação.
c) Maria, você trouxe os documentos?
01. (Agente Policial – Vunesp – 2013). Assinale a alter- d) O garoto de óculos leu, em voz alta o poema.
nativa em que a pontuação está corretamente empregada, e) Na noite de ontem o vigia percebeu, uma movimen-
de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa. tação estranha.
(A) Diante da testemunha, o homem abriu a bolsa e,
embora, experimentasse, a sensação de violar uma intimi- 05. (Papiloscopista Policial – Vunesp – 2013 – adap.).
dade, procurou a esmo entre as coisinhas, tentando en- Assinale a alternativa em que a frase mantém-se correta
contrar algo que pudesse ajudar a revelar quem era a sua após o acréscimo das vírgulas.
dona. (A) Se a criança se perder, quem encontrá-la, verá na
(B) Diante, da testemunha o homem abriu a bolsa e, pulseira instruções para que envie, uma mensagem eletrô-
embora experimentasse a sensação, de violar uma intimi- nica ao grupo ou acione o código na internet.
dade, procurou a esmo entre as coisinhas, tentando en- (B) Um geolocalizador também, avisará, os pais de
contrar algo que pudesse ajudar a revelar quem era a sua onde o código foi acionado.
dona. (C) Assim que o código é digitado, familiares cadastra-
(C) Diante da testemunha, o homem abriu a bolsa e, dos, recebem automaticamente, uma mensagem dizendo
embora experimentasse a sensação de violar uma intimida- que a criança foi encontrada.
de, procurou a esmo entre as coisinhas, tentando encontrar (D) De fabricação chinesa, a nova pulseirinha, chega
primeiro às, areias do Guarujá.
algo que pudesse ajudar a revelar quem era a sua dona.
(E) O sistema permite, ainda, cadastrar o nome e o te-
(D) Diante da testemunha, o homem, abriu a bolsa e,
lefone de quem a encontrou e informar um ponto de re-
embora experimentasse a sensação de violar uma intimi-
ferência
dade, procurou a esmo entre as coisinhas, tentando, en-
contrar algo que pudesse ajudar a revelar quem era a sua
06. (DNIT – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – ESAF/2013)
dona.
Para que o fragmento abaixo seja coerente e gramatical-
(E) Diante da testemunha, o homem abriu a bolsa e, mente correto, é necessário inserir sinais de pontuação.
embora, experimentasse a sensação de violar uma intimi- Assinale a posição em que não deve ser usado o sinal de
dade, procurou a esmo entre as coisinhas, tentando, en- ponto, e sim a vírgula, para que sejam respeitadas as regras
contrar algo que pudesse ajudar a revelar quem era a sua gramaticais. Desconsidere os ajustes nas letras iniciais mi-
dona. núsculas.
O projeto Escola de Bicicleta está distribuindo bicicletas
02. (CNJ – TÉCNICO JUDICIÁRIO – CESPE/2013 - ADAP- de bambu para 4600 alunos da rede pública de São Pau-
TADA) Jogadores de futebol de diversos times entraram em lo(A) o programa desenvolve ainda oficinas e cursos para as
campo em prol do programa “Pai Presente”, nos jogos do crianças utilizarem a bicicleta de forma segura e correta(B)
Campeonato Nacional em apoio à campanha que visa 4 re- os alunos ajudam a traçar ciclorrotas e participam de ati-
duzir o número de pessoas que não possuem o nome do pai vidades sobre cidadania e reciclagem(C) as escolas partici-
em sua certidão de nascimento. (...) pantes se tornam também centros de descarte de garrafas
A oração subordinada “que não possuem o nome do PET(D) destinadas depois para reciclagem(E) o programa
pai em sua certidão de nascimento” não é antecedida por possibilitará o retorno das bicicletas pela saúde das crian-
vírgula porque tem natureza restritiva. ças e transformação das comunidades em lugares melhores
( ) Certo ( ) Errado para se viver.
(Adaptado de Vida Simples, abril de 2012, edição 117)
03.(BNDES – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – BN- a) A
DES/2012) Em que período a vírgula pode ser retirada, b) B
mantendo-se o sentido e a obediência à norma-padrão? c) C
(A) Quando o técnico chegou, a equipe começou o d) D
treino. e) E
(B) Antônio, quer saber as últimas novidades dos es-
portes? 07. (DETRAN - OFICIAL ESTADUAL DE TRÂNSITO – VU-
(C) As Olimpíadas de 2016 ocorrerão no Rio, que se NESP/2013) Assinale a alternativa correta quanto ao uso da
prepara para o evento. pontuação.

98
LÍNGUA PORTUGUESA

(A) Segundo alguns psicólogos, é possível, em certas (D) Diante da testemunha, o homem , (X) abriu a bolsa
circunstâncias, ceder à frustração para que a raiva seja ali- e, embora experimentasse a sensação de violar uma inti-
viada. midade, procurou a esmo entre as coisinhas, tentando , (X)
(B) Dirigir pode aumentar, nosso nível de estresse, por- encontrar algo que pudesse ajudar a revelar quem era a
que você está junto; com os outros motoristas cujos com- sua dona.
portamentos, são desconhecidos. (E) Diante da testemunha, o homem abriu a bolsa e,
(C) Os motoristas, devem saber, que os carros podem embora , (X) experimentasse a sensação de violar uma in-
ser uma extensão de nossa personalidade. timidade, procurou a esmo entre as coisinhas, tentando ,
(D) A ira de trânsito pode ocasionar, acidentes e; au- (X) encontrar algo que pudesse ajudar a revelar quem era
mentar os níveis de estresse em alguns motoristas.
a sua dona.
(E) Os congestionamentos e o número de motoristas
na rua, são as principais causas da ira de trânsito.
2-) A oração restringe o grupo que participará da cam-
08. (ACADEMIA DE POLÍCIA DO ESTADO DE MINAS panha (apenas os que não têm o nome do pai na certidão
GERAIS – TÉCNICO ASSISTENTE DA POLÍCIA CIVIL - FU- de nascimento). Se colocarmos uma vírgula, a oração tor-
MARC/2013) “Paciência, minha filha, este é apenas um ciclo nar-se-á “explicativa”, generalizando a informação, o que
econômico e a nossa geração foi escolhida para este vexame, dará a entender que TODAS as pessoa não têm o nome do
você aí desse tamanho pedindo esmola e eu aqui sem nada pai na certidão.
para te dizer, agora afasta que abriu o sinal.” RESPOSTA: “CERTO”.
No período acima, as vírgulas foram empregadas em
“Paciência, minha filha, este é [...]”, para separar 3-)
(A) aposto. (A) Quando o técnico chegou, a equipe começou o
(B) vocativo. treino. = mantê-la (termo deslocado)
(C) adjunto adverbial. (B) Antônio, quer saber as últimas novidades dos es-
(D) expressão explicativa.
portes? = mantê-la (vocativo)
09. (INFRAERO – CADASTRO RESERVA OPERACIONAL (C) As Olimpíadas de 2016 ocorrerão no Rio, que se
PROFISSIONAL DE TRÁFEGO AÉREO – FCC/2011) O perío- prepara para o evento.
do corretamente pontuado é: = mantê-la (explicação)
(A) Os filmes que, mostram a luta pela sobrevivência (D) Atualmente, várias áreas contribuem para o apri-
em condições hostis nem sempre conseguem agradar, aos moramento do desportista.
espectadores. = pode retirá-la (advérbio de tempo)
(B) Várias experiências de prisioneiros, semelhantes en- (E) Eis alguns esportes que a Ciência do Esporte ajuda:
tre si, podem ser reunidas e fazer parte de uma mesma judô, natação e canoagem.
história ficcional. = mantê-la (enumeração)
(C) A história de heroísmo e de determinação que nem
sempre, é convincente, se passa em um cenário marcado, 4-) Assinalei com (X) a pontuação inadequada ou fal-
pelo frio. tante:
(D) Caminhar por um extenso território gelado, é correr
a) Meu grande amigo Pedro, (X) esteve aqui ontem!
riscos iminentes que comprometem, a sobrevivência.
(E) Para os fugitivos que se propunham, a alcançar a b) Foi solicitado, (X) pelo diretor o comprovante da
liberdade, nada poderia parecer, realmente intransponível. transação.
c) Maria, você trouxe os documentos?
GABARITO d) O garoto de óculos leu, em voz alta (X) o poema.
e) Na noite de ontem (X) o vigia percebeu, (X) uma mo-
01. C 02. C 03. D 04. C 05. E vimentação estranha.
06. D 07. A 08. B 09.B
5-) Assinalei com (X) onde estão as pontuações inade-
RESOLUÇÃO quadas
(A) Se a criança se perder, quem encontrá-la , (X) verá
1- Assinalei com um (X) as pontuações inadequadas na pulseira instruções para que envie , (X) uma mensagem
(A) Diante da testemunha, o homem abriu a bolsa e, eletrônica ao grupo ou acione o código na internet.
embora, (X) experimentasse , (X) a sensação de violar uma
(B) Um geolocalizador também , (X) avisará , (X) os
intimidade, procurou a esmo entre as coisinhas, tentando
pais de onde o código foi acionado.
encontrar algo que pudesse ajudar a revelar quem era a
sua dona. (C) Assim que o código é digitado, familiares cadastra-
(B) Diante , (X) da testemunha o homem abriu a bolsa dos , (X) recebem ( , ) automaticamente, uma mensagem
e, embora experimentasse a sensação , (X) de violar uma dizendo que a criança foi encontrada.
intimidade, procurou a esmo entre as coisinhas, tentando (D) De fabricação chinesa, a nova pulseirinha , (X) che-
encontrar algo que pudesse ajudar a revelar quem era a ga primeiro às , (X) areias do Guarujá.
sua dona.

99
LÍNGUA PORTUGUESA

6-)
O projeto Escola de Bicicleta está distribuindo bicicletas ESTRUTURAÇÃO DO TEXTO E DOS
de bambu para 4600 alunos da rede pública de São Pau- PARÁGRAFOS.
lo(A). O programa desenvolve ainda oficinas e cursos para
as crianças utilizarem a bicicleta de forma segura e corre-
ta(B). Os alunos ajudam a traçar ciclorrotas e participam de
atividades sobre cidadania e reciclagem(C). As escolas parti- “CARO CANDIDATO, O TÓPICO ACIMA FOI
cipantes se tornam também centros de descarte de garrafas ABORDADO NO DECORRER DA MATÉRIA”
PET(D), destinadas depois para reciclagem(E). O programa
possibilitará o retorno das bicicletas pela saúde das crian-
ças e transformação das comunidades em lugares melhores INFORMAÇÕES LITERAIS
para se viver. E INFERÊNCIAS.
A vírgula deve ser colocada após a palavra “PET”, posi-
ção (D), pois antecipa um termo explicativo.

7-) Fiz as indicações (X) das pontuações inadequadas: “CARO CANDIDATO, O TÓPICO ACIMA FOI
(A) Segundo alguns psicólogos, é possível, em certas ABORDADO NO DECORRER DA MATÉRIA”
circunstâncias, ceder à frustração para que a raiva seja ali-
viada.
(B) Dirigir pode aumentar, (X) nosso nível de estresse, ESTRUTURAÇÃO DO TEXTO: RECURSOS DE
porque você está junto; (X) com os outros motoristas cujos COESÃO.
comportamentos, (X) são desconhecidos.
(C) Os motoristas, (X) devem saber, (X) que os carros
podem ser uma extensão de nossa personalidade.
(D) A ira de trânsito pode ocasionar, (X) acidentes e; (X) Primeiramente, o que nos faz produzir um texto é a ca-
aumentar os níveis de estresse em alguns motoristas. pacidade que temos de pensar. Por meio do pensamento,
(E) Os congestionamentos e o número de motoristas elaboramos todas as informações que recebemos e orien-
na rua, (X) são as principais causas da ira de trânsito. tamos as ações que interferem na realidade e organização
de nossos escritos. O que lemos é produto de um pensa-
8-) Paciência, minha filha, este é... = é o termo usado mento transformado em texto.
para se dirigir ao interlocutor, ou seja, é um vocativo. Logo, como cada um de nós tem seu modo de pen-
sar, quando escrevemos sempre procuramos uma maneira
9-) Fiz as marcações (X) onde as pontuações estão ina- organizada do leitor compreender as nossas ideias. A fina-
dequadas ou faltantes: lidade da escrita é direcionar totalmente o que você quer
(A) Os filmes que,(X) mostram a luta pela sobrevivência dizer, por meio da comunicação.
em condições hostis nem sempre conseguem agradar, (X) Para isso, os elementos que compõem o texto se sub-
aos espectadores. dividem em: introdução, desenvolvimento e conclusão. To-
(B) Várias experiências de prisioneiros, semelhantes en- dos eles devem ser organizados de maneira equilibrada.
tre si, podem ser reunidas e fazer parte de uma mesma
história ficcional. Introdução
(C) A história de heroísmo e de determinação (X) que
nem sempre, (X) é convincente, se passa em um cenário Caracterizada pela entrada no assunto e a argumen-
marcado, (X) pelo frio. tação inicial. A ideia central do texto é apresentada nessa
(D) Caminhar por um extenso território gelado, (X) é etapa. Entretanto, essa apresentação deve ser direta, sem
correr riscos iminentes (X) que comprometem, (X) a sobre- rodeios. O seu tamanho raramente excede a 1/5 de todo o
vivência. texto. Porém, em textos mais curtos, essa proporção não é
(E) Para os fugitivos que se propunham, (X) a alcançar equivalente. Neles, a introdução pode ser o próprio título.
a liberdade, nada poderia parecer, (X) realmente intrans- Já nos textos mais longos, em que o assunto é exposto
ponível. em várias páginas, ela pode ter o tamanho de um capítulo
ou de uma parte precedida por subtítulo. Nessa situação,
pode ter vários parágrafos. Em redações mais comuns, que
INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS: VARIEDADE DE em média têm de 25 a 80 linhas, a introdução será o pri-
TEXTOS E ADEQUAÇÃO DE LINGUAGEM. meiro parágrafo.

Desenvolvimento

“CARO CANDIDATO, O TÓPICO ACIMA FOI A maior parte do texto está inserida no desenvolvi-
ABORDADO NO DECORRER DA MATÉRIA” mento. Ele é responsável por estabelecer uma ligação entre
a introdução e a conclusão. É nessa etapa que são elabo-

100
LÍNGUA PORTUGUESA

radas as ideias, os dados e os argumentos que sustentam Em relação à abertura para novas discussões, a con-
e dão base às explicações e posições do autor. É carac- clusão não pode ter esse formato, exceto pelos seguintes
terizado por uma “ponte” formada pela organização das fatores:
ideias em uma sequência que permite formar uma relação
equilibrada entre os dois lados. → Para não influenciar a conclusão do leitor sobre te-
O autor do texto revela sua capacidade de discutir um mas polêmicos, o autor deixa a conclusão em aberto.
determinado tema no desenvolvimento. Nessa parte, ele → Para estimular o leitor a ler uma possível continuida-
se torna capaz de defender seus pontos de vista, além de de do texto, ou autor não fecha a discussão de propósito.
dirigir a atenção do leitor para a conclusão. As conclusões → Por apenas apresentar dados e informações sobre
são fundamentadas a partir daqui. o tema a ser desenvolvido, o autor não deseja concluir o
Para que o desenvolvimento cumpra seu objetivo, o assunto.
escritor já deve ter uma ideia clara de como vai ser a con- → Para que o leitor tire suas próprias conclusões, o au-
clusão. Por isso a importância do planejamento de texto. tor enumera algumas perguntas no final do texto.
Em média, ocupa 3/5 do texto, no mínimo. Já nos tex-
tos mais longos, pode estar inserido em capítulos ou tre- A maioria dessas falhas pode ser evitada se antes o au-
chos destacados por subtítulos. Deverá se apresentar no tor fizer um esboço de todas as suas ideias. Essa técnica
é um roteiro, em que estão presentes os planejamentos.
formato de parágrafos medianos e curtos.
Nele devem estar indicadas as melhores sequências a se-
Os principais erros cometidos no desenvolvimento são
rem utilizadas na redação. O roteiro deve ser o mais enxuto
o desvio e a desconexão da argumentação. O primeiro está
possível.
relacionado ao autor tomar um argumento secundário que Fonte: http://producao-de-textos.info/mos/view/Carac-
se distancia da discussão inicial, ou quando se concentra ter%C3%ADsticas_e_Estruturas_do_Texto/
em apenas um aspecto do tema e esquece o seu todo. O
segundo caso acontece quando quem redige tem muitas Não basta conhecer o conteúdo das partes de um tra-
ideias ou informações sobre o que está sendo discutido, balho: introdução, desenvolvimento e conclusão. Além de
não conseguindo estruturá-las. Surge também a dificul- saber o que se deve (e o que não se deve) escrever em
dade de organizar seus pensamentos e definir uma linha cada parte constituinte do texto, é preciso saber escrever
lógica de raciocínio. obedecendo às normas de coerência e coesão. Antes de
mais nada, é necessário definir os termos: coerência diz res-
Conclusão peito à articulação do texto, à compatibilidade das ideias,
à lógica do raciocínio, a seu conteúdo. Coesão refere-se à
Considerada como a parte mais importante do texto, expressão linguística, ao nível gramatical, às estruturas fra-
é o ponto de chegada de todas as argumentações elabo- sais e ao emprego do vocabulário.
radas. As ideias e os dados utilizados convergem para essa
parte, em que a exposição ou discussão se fecha. Coerência e coesão relacionam-se com o processo de
Em uma estrutura normal, ela não deve deixar uma produção e compreensão do texto. A coesão contribui para
brecha para uma possível continuidade do assunto; ou a coerência, mas nem sempre um texto coerente apresenta
seja, possui atributos de síntese. A discussão não deve ser coesão. Pode ocorrer que o texto sem coerência apresente
encerrada com argumentos repetitivos, sendo evitados na coesão, ou que um texto tenha coesão sem coerência. Em
medida do possível. Alguns exemplos: “Portanto, como já outras palavras: um texto pode ser gramaticalmente bem
dissemos antes...”, “Concluindo...”, “Em conclusão...”. construído, com frases bem estruturadas, vocabulário cor-
Sua proporção em relação à totalidade do texto deve reto, mas apresentar ideias sem nexo, sem uma sequência
ser equivalente ao da introdução: de 1/5. Essa é uma das lógica: há coesão, mas não coerência. Por outro lado, um
características de textos bem redigidos. texto pode apresentar ideias coerentes e bem encadeadas,
sem que no plano da expressão as estruturas frasais sejam
Os seguintes erros aparecem quando as conclusões fi-
gramaticalmente aceitáveis: há coerência, mas não coesão.
cam muito longas:
A coerência textual subjaz ao texto e é responsável pela
hierarquização dos elementos textuais, ou seja, ela tem ori-
→ O problema aparece quando não ocorre uma ex- gem nas estruturas profundas, no conhecimento do mundo
ploração devida do desenvolvimento. Logo, acontece uma de cada pessoa, aliada à competência linguística. Deduz-se
invasão das ideias de desenvolvimento na conclusão. que é difícil ensinar coerência textual, intimamente ligada
→ Outro fator consequente da insuficiência de funda- à visão de mundo, à origem das ideias no pensamento. A
mentação do desenvolvimento está na conclusão precisar coesão, porém, refere-se à expressão linguística, aos pro-
de maiores explicações, ficando bastante vazia. cessos sintáticos e gramaticais do texto.
→ Enrolar e “encher linguiça” são muito comuns no O seguinte resumo caracteriza coerência e coesão:
texto em que o autor fica girando em torno de ideias re-
dundantes ou paralelas. Coerência: rede de sintonia entre as partes e o todo de
→ Uso de frases vazias que, por vezes, são perfeita- um texto. Conjunto de unidades sistematizadas numa ade-
mente dispensáveis. quada relação semântica, que se manifesta na compatibi-
→ Quando não tem clareza de qual é a melhor con- lidade entre as ideias. (Na linguagem popular: “dizer coisa
clusão, o autor acaba se perdendo na argumentação final. com coisa” ou “uma coisa bate com outra”).

101
LÍNGUA PORTUGUESA

Coesão: conjunto de elementos posicionados ao longo mentos linguísticos. Muitas vezes, quem redige conhece o
do texto, numa linha de sequência e com os quais se es- significado de determinada palavra, mas não sabe empre-
tabelece um vínculo ou conexão sequencial. Se o vínculo gá-la adequadamente, isso ocorre frequentemente com o
coesivo faz-se via gramática, fala-se em coesão gramatical. emprego dos conectivos (preposições e conjunções). Não
Se se faz por meio do vocabulário, tem-se a coesão lexical. basta saber que as preposições ligam nomes ou sintagmas
nominais no interior das frases e que as conjunções ligam
Coerência frases dentro do período; é necessário empregar adequa-
- assenta-se no plano cognitivo, da inteligibilidade do damente tanto umas como outras. É bem verdade que, na
texto; maioria das vezes, o emprego inadequado dos conectivos
- situa-se na subjacência do texto; estabelece conexão remete aos problemas de regência verbal e nominal.
conceitual; Exemplos:
- relaciona-se com a macroestrutura; trabalha com o
todo, com o aspecto global do texto; “Estar inteirada com os fatos” significa participação, in-
- estabelece relações de conteúdo entre palavras e fra- teração.
ses. “Estar inteirada dos fatos” significa ter conhecimento
dos fatos, estar informada.
Coesão
- assenta-se no plano gramatical e no nível frasal;
“Ir de encontro” significa divergir, não concordar.
- situa-se na superfície do texto, estabelece conexão
sequencial; “Ir ao encontro” quer dizer concordar.
- relaciona-se com a microestrutura, trabalha com as
partes componentes do texto; “Ameaça de liberdade de expressão e transmissão de
- Estabelece relações entre os vocábulos no interior das ideias” significa a liberdade não é ameaça;
frases. “Ameaça à liberdade de expressão e transmissão de
ideias”, isto é, a liberdade fica ameaçada.
Coerência e coesão são responsáveis pela inteligibili-
dade ou compreensão do texto. Um texto bem redigido Quanto à regência verbal, convém sempre consul-
tem parágrafos bem estruturados e articulados pelo enca- tar um dicionário de verbos, pois muitos deles admitem
deamento das ideias neles contidas. As estruturas frasais duas ou três regências diferentes; cada uma, porém, tem
devem ser coerentes e gramaticalmente corretas, no que um significado específico. Lembre-se, a propósito, de que
diz respeito à sintaxe. O vocabulário precisa ser adequado as dúvidas sobre o emprego da crase decorrem do fato
e essa adequação só se consegue pelo conhecimento dos de considerar-se crase como sinal de acentuação apenas,
significados possíveis de cada palavra. Talvez os erros mais quando o problema refere-se à regência nominal e verbal.
comuns de redação sejam devidos à impropriedade do vo- Exemplos:
cabulário e ao mau emprego dos conectivos (conjunções,
que têm por função ligar uma frase ou período a outro). Eis O verbo assistir admite duas regências:
alguns exemplos de impropriedade do vocabulário, colhi- assistir o/a (transitivo direto) significa dar ou prestar
dos em redações sobre censura e os meios de comunica- assistência (O médico assiste o doente):
ção e outras. Assistir ao (transitivo indireto): ser espectador (Assisti
ao jogo da seleção).
“Nosso direito é frisado na Constituição.”
Nosso direito é assegurado pela Constituição. = correta Pedir o =n(transitivo direto) significa solicitar, pleitear
(Pedi o jornal do dia).
“Estabelecer os limites as quais a programação deveria
Pedir que =,contém uma ordem (A professora pediu
estar exposta.”
que fizessem silêncio).
Estabelecer os limites aos quais a programação deveria
Pedir para = pedir permissão (Pediu para sair da clas-
estar sujeita. = correta
se); significa também pedir em favor de alguém (A Diretora
“A censura deveria punir as notícias sensacionalistas.” pediu ajuda para os alunos carentes) em favor dos alunos,
A censura deveria proibir (ou coibir) as notícias sensa- pedir algo a alguém (para si): (Pediu ao colega para ajudá
cionalistas ou punir os meios de comunicação que veiculam -lo); pode significar ainda exigir, reclamar (Os professores
tais notícias. = correta pedem aumento de salário).

“Retomada das rédeas da programação.” O mau emprego dos pronomes relativos também pode
Retomada das rédeas dos meios de comunicação, no levar à falta de coesão gramatical. Frequentemente, em-
que diz respeito à programação. = correta prega-se no qual ou ao qual em lugar do que, com prejuízo
da clareza do texto; outras vezes, o emprego é desnecessá-
O emprego de vocabulário inadequado prejudica mui- rio ou inadequado.
tas vezes a compreensão das ideias. É importante, ao redi- “Pela manhã o carteiro chegou com um envelope para
gir, empregar palavras cujo significado seja conhecido pelo mim no qual estava sem remetente”. (Chegou com um en-
enunciador, e cujo emprego faça parte de seus conheci- velope que (o qual) estava sem remetente).

102
LÍNGUA PORTUGUESA

“Encontrei apenas belas palavras o qual não duvido da


sensibilidade...” SIGNIFICAÇÃO CONTEXTUAL DE PALAVRAS
Encontrei belas palavras e não duvido da sensibilidade E EXPRESSÕES.
delas (palavras cheias de sensibilidade).

Para evitar a falta de coerência e coesão na articulação


das frases, aconselha-se levar em conta as seguintes suges- Consideremos as seguintes frases:
tões para o emprego correto dos articuladores sintáticos Paula tem uma mão para cozinhar que dá inveja!
(conjunções, preposições, locuções prepositivas e locuções Vamos! Coloque logo a mão na massa!
conjuntivas). As crianças estão com as mãos sujas.
- Para dar ideia de oposição ou contradição, a articu- Passaram a mão na minha bolsa e nem percebi.
lação sintática faz-se por meio de conjunções adversativas:
mas, porém, todavia, contudo, no entanto, entretanto. Po- Chegamos à conclusão de que se trata de palavras
dem também ser empregadas as conjunções concessivas idênticas no que se refere à grafia, mas será que possuem
e locuções prepositivas para introduzir a ideia de oposição o mesmo significado?
Existe uma parte da gramática normativa denominada
aliada à concessão: embora, ou muito embora, apesar de,
Semântica. Ela trabalha a questão dos diferentes significa-
ainda que, conquanto, posto que, a despeito de, não obs-
dos que uma mesma palavra apresenta de acordo com o
tante. contexto em que se insere.
- A articulação sintática de causa pode ser feita por Tomando como exemplo as frases já mencionadas,
meio de conjunções e locuções conjuntivas: pois, porque, analisaremos os vocábulos de mesma grafia, de acordo
como, por isso que, visto que, uma vez que, já que. Também com seu sentido denotativo, isto é, aquele retratado pelo
podem ser empregadas as preposições e locuções preposi- dicionário.
tivas: por, por causa de, em vista de, em virtude de, devido a, Na primeira, a palavra “mão” significa habilidade, efi-
em consequência de, por motivo de, por razões de. ciência diante do ato praticado. Nas outras que seguem o
- O principal articulador sintático de condição é o “se”: significado é de: participação, interação mediante a uma
Se o time ganhar esse jogo, será campeão. Pode-se também tarefa realizada; mão como parte do corpo humano e por
expressar condição pelo emprego dos conectivos: caso, último simboliza o roubo, visto de maneira pejorativa.
contanto que, desde que, a menos que, a não ser que. Reportando-nos ao conceito de Polissemia, logo per-
- O emprego da preposição “para” é a maneira mais cebemos que o prefixo “poli” significa multiplicidade de
comum de expressar finalidade. “É necessário baixar as ta- algo. Possibilidades de várias interpretações levando-se em
xas de juros para que a economia se estabilize” ou para a consideração as situações de aplicabilidade.
economia estabilizar-se. “Teresa vai estudar bastante para Há uma infinidade de outros exemplos em que pode-
fazer boa prova.” Há outros articuladores que expressam mos verificar a ocorrência da polissemia, como por exem-
plo:
finalidade: a fim de, com o propósito de, na finalidade de,
O rapaz é um tremendo gato.
com a intenção de, com o objetivo de, com o fito de, com o O gato do vizinho é peralta.
intuito de. Precisei fazer um gato para que a energia voltasse.
- A ideia de conclusão pode ser introduzida por meio Pedro costuma fazer alguns “bicos” para garantir sua
dos articuladores: assim, desse modo, então, logo, portanto, sobrevivência
pois, por isso, por conseguinte, de modo que, em vista disso. O passarinho foi atingido no bico.
Para introduzir mais um argumento a favor de determinada
conclusão emprega- Polissemia e homonímia
-se ainda. Os articuladores aliás, além do mais, além
disso, além de tudo, introduzem um argumento decisivo, A confusão entre polissemia e homonímia é bastante
cabal, apresentado como um acréscimo, para justificar de comum. Quando a mesma palavra apresenta vários signifi-
forma incontestável o argumento contrário. cados, estamos na presença da polissemia. Por outro lado,
- Para introduzir esclarecimentos, retificações ou de- quando duas ou mais palavras com origens e significados
senvolvimento do que foi dito empregam-se os articu- distintos têm a mesma grafia e fonologia, temos uma ho-
ladores: isto é, quer dizer, ou seja, em outras palavras. A monímia.
conjunção aditiva “e” anuncia não a repetição, mas o de- A palavra “manga” é um caso de homonímia. Ela pode
senvolvimento do discurso, pois acrescenta uma informa- significar uma fruta ou uma parte de uma camisa. Não é
polissemia porque os diferentes significados para a palavra
ção nova, um dado novo, e se não acrescentar nada, é pura
manga têm origens diferentes, e por isso alguns estudiosos
repetição e deve ser evitada.
mencionam que a palavra manga deveria ter mais do que
- Alguns articuladores servem para estabelecer uma uma entrada no dicionário.
gradação entre os correspondentes de determinada escala. “Letra” é uma palavra polissêmica. Letra pode significar
No alto dessa escala acham-se: mesmo, até, até mesmo; no o elemento básico do alfabeto, o texto de uma canção ou
plano mais baixo: ao menos, pelo menos, no mínimo. a caligrafia de um determinado indivíduo. Neste caso, os
diferentes significados estão interligados porque remetem
para o mesmo conceito, o da escrita.

103
LÍNGUA PORTUGUESA

Polissemia e ambiguidade - Conotação: verifica-se quando utilizamos a palavra


com o seu significado secundário, com o sentido amplo (ou
Polissemia e ambiguidade têm um grande impacto na simbólico); usada de modo criativo, figurado, numa lingua-
interpretação. Na língua portuguesa, um enunciado pode gem rica e expressiva. Veja este exemplo:
ser ambíguo, ou seja, apresenta mais de uma interpreta- Seria aconselhável cortar as asas deste menino, antes
ção. Essa ambiguidade pode ocorrer devido à colocação que seja tarde demais.
específica de uma palavra (por exemplo, um advérbio) em Já neste caso o termo (asas) é empregado de forma
uma frase. Vejamos a seguinte frase: Pessoas que têm uma figurada, fazendo alusão à ideia de restrição e/ou controle
alimentação equilibrada frequentemente são felizes. Neste de ações; disciplina, limitação de conduta e comportamen-
caso podem existir duas interpretações diferentes. As pes- to.
soas têm alimentação equilibrada porque são felizes ou são
felizes porque têm uma alimentação equilibrada. Fonte:
De igual forma, quando uma palavra é polissêmica, ela http://www.tecnolegis.com/estudo-dirigido/oficial-de-
pode induzir uma pessoa a fazer mais do que uma interpre- justica-tjm-sp/lingua-portuguesa-sentido-proprio-e-figu-
tação. Para fazer a interpretação correta é muito importan- rado-das-palavras.html
te saber qual o contexto em que a frase é proferida.
Na língua portuguesa, uma PALAVRA (do latim parabo- Questões sobre Denotação e Conotação
la, que por sua vez deriva do grego parabolé) pode ser de-
finida como sendo um conjunto de letras ou sons de uma 1-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAU-
língua, juntamente com a ideia associada a este conjunto. LO - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – VUNESP/2013) O
sentido de marmóreo (adjetivo) equivale ao da expressão
Sentido Próprio e Figurado das Palavras de mármore. Assinale a alternativa contendo as expressões
com sentidos equivalentes, respectivamente, aos das pala-
Pela própria definição acima destacada podemos per- vras ígneo e pétreo.
ceber que a palavra é composta por duas partes, uma delas (A) De corda; de plástico.
relacionada a sua forma escrita e os seus sons (denominada (B) De fogo; de madeira.
significante) e a outra relacionada ao que ela (palavra) ex- (C) De madeira; de pedra.
pressa, ao conceito que ela traz (denominada significado). (D) De fogo; de pedra.
Em relação ao seu SIGNIFICADO as palavras subdivi- (E) De plástico; de cinza.
dem-se assim:
- Sentido Próprio - é o sentido literal, ou seja, o senti- 2-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAU-
do comum que costumamos dar a uma palavra. LO - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – VUNESP/2013
- Sentido Figurado - é o sentido “simbólico”, “figura- - ADAPTADO) Para responder à questão, considere a se-
do”, que podemos dar a uma palavra. guinte passagem: Sem querer estereotipar, mas já estereoti-
Vamos analisar a palavra cobra utilizada em diferentes pando: trata-se de um ser cujas interações sociais terminam,
contextos: 99% das vezes, diante da pergunta “débito ou crédito?”.
1. A cobra picou o menino. (cobra = réptil peçonhento)
2. A sogra dele é uma cobra. (cobra = pessoa desagra- Nesse contexto, o verbo estereotipar tem sentido de
dável, que adota condutas pouco apreciáveis) (A) considerar ao acaso, sem premeditação.
3. O cara é cobra em Física! (cobra = pessoa que conhe- (B) aceitar uma ideia mesmo sem estar convencido
ce muito sobre alguma coisa, “expert”) dela.
No item 1 aplica-se o termo cobra em seu sentido co- (C) adotar como referência de qualidade.
mum (ou literal); nos itens 2 e 3 o termo cobra é aplicado (D) julgar de acordo com normas legais.
em sentido figurado. (E) classificar segundo ideias preconcebidas.
Podemos então concluir que um mesmo significante
(parte concreta) pode ter vários significados (conceitos). 3-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAU-
LO - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – VUNESP/2013 -
Denotação e Conotação ADAPTADA) Para responder a esta questão, considere as
palavras destacadas nas seguintes passagens do texto:
- Denotação: verifica-se quando utilizamos a palavra Desde o surgimento da ideia de hipertexto...
com o seu significado primitivo e original, com o sentido ... informações ligadas especialmente à pesquisa aca-
do dicionário; usada de modo automatizado; linguagem dêmica,
comum. Veja este exemplo: Cortaram as asas da ave para ... uma “máquina poética”, algo que funcionasse por
que não voasse mais. analogia e associação...
Aqui a palavra em destaque é utilizada em seu sentido Quando o cientista Vannevar Bush [...] concebeu a ideia
próprio, comum, usual, literal. de hipertexto...
... 20 anos depois de seu artigo fundador...
MINHA DICA - Procure associar Denotação com Di-
cionário: trata-se de definição literal, quando o termo é uti- As palavras destacadas que expressam ideia de tempo
lizado em seu sentido dicionarístico. são:

104
LÍNGUA PORTUGUESA

(A) algo, especialmente e Quando. 7-) (UFTM/MG – AUXILIAR DE BIBLIOTECA – VU-


(B) Desde, especialmente e algo. NESP/2013 - ADAPTADA) Leia o texto para responder à
(C) especialmente, Quando e depois. questão.
(D) Desde, Quando e depois.
(E) Desde, algo e depois. RIO DE JANEIRO – A Prefeitura do Rio está lançando a
Operação Lixo Zero, que vai multar quem emporcalhar a ci-
4-) (TRF - 5ª REGIÃO - TÉCNICO JUDICIÁRIO - FCC/2012) dade. Em primeira instância, a campanha é educativa. Equi-
A importância de Rodolfo Coelho Cavalcante para o mo- pes da Companhia Municipal de Limpeza Urbana estão per-
vimento cordelista pode ser comparada à de outros dois correndo as ruas para flagrar maus cidadãos jogando coisas
grandes nomes... onde não devem e alertá-los para o que os espera. Em breve,
Sem qualquer outra alteração da frase acima e sem com guardas municipais, policiais militares e 600 fiscais em
prejuízo da correção, o elemento grifado pode ser subs- ação, as multas começarão a chegar para quem tratar a via
tituído por: pública como a casa da sogra.
(A) contrastada. Imagina-se que, quando essa lei começar para valer, os
recordistas de multas serão os cerca de 300 jovens golpistas
(B) confrontada.
que, nas últimas semanas, se habituaram a tomar as ruas,
(C) ombreada.
pichar monumentos, vandalizar prédios públicos, quebrar
(D) rivalizada.
orelhões, arrancar postes, apedrejar vitrines, depredar ban-
(E) equiparada. cos, saquear lojas e, por uma estranha compulsão, destruir
5-) (PREFEITURA DE SERTÃOZINHO – AGENTE COMU- lixeiras, jogar o lixo no asfalto e armar barricadas de fogo
NITÁRIO DE SAÚDE – VUNESP/2012) No verso – Não te com ele.
abras com teu amigo – o verbo em destaque foi emprega- É verdade que, no seu “bullying” político, eles não estão
do em sentido figurado. nem aí para a cidade, que é de todos – e que, por algum
Assinale a alternativa em que esse mesmo verbo “abrir” motivo, parecem querer levar ao colapso.
continua sendo empregado em sentido figurado. Pois, já que a lei não permite prendê-los por vandalis-
(A) Ao abrir a porta, não havia ninguém. mo, saque, formação de quadrilha, desacato à autoridade,
(B) Ele não pôde abrir a lata porque não tinha um abri- resistência à prisão e nem mesmo por ataque aos órgãos
dor. públicos, talvez seja possível enquadrá-los por sujar a rua.
(C) Para aprender, é preciso abrir a mente. (Ruy Castro, Por sujar a rua. Folha de S.Paulo, 21.08.2013.
(D) Pela manhã, quando abri os olhos, já estava em Adaptado)
casa.
(E) Os ladrões abriram o cofre com um maçarico. Na oração – ... parecem querer levar ao colapso. – (3.º
parágrafo), o termo em destaque é sinônimo de
6-) (SABESP/SP – ATENDENTE A CLIENTES 01 – (A) progresso.
FCC/2014 - ADAPTADA) Atenção: Para responder à ques- (B) descaso.
tão, considere o texto abaixo. (C) vitória.
(D) tédio.
A marca da solidão (E) ruína.

Deitado de bruços, sobre as pedras quentes do chão de 8-) (BNDES – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – BN-
paralelepípedos, o menino espia. Tem os braços dobrados e a DES/2012) Considere o emprego do verbo levar no trecho:
testa pousada sobre eles, seu rosto formando uma tenda de “Uma competição não dura apenas alguns minutos. Leva
anos”. A frase em que esse verbo está usado com o mesmo
penumbra na tarde quente.
sentido é:
Observa as ranhuras entre uma pedra e outra. Há, den-
(A) O menino leva o material adequado para a escola.
tro de cada uma delas, um diminuto caminho de terra, com
(B) João levou uma surra da mãe.
pedrinhas e tufos minúsculos de musgos, formando peque- (C) A enchente leva todo o lixo rua abaixo.
nas plantas, ínfimos bonsais só visíveis aos olhos de quem é (D) O trabalho feito com empenho leva ao sucesso.
capaz de parar de viver para, apenas, ver. Quando se tem a (E) O atleta levou apenas dez segundos para terminar
marca da solidão na alma, o mundo cabe numa fresta. a prova.
(SEIXAS, Heloísa. Contos mais que mínimos. Rio de Ja-
neiro: Tinta negra bazar, 2010. p. 47) RESOLUÇÃO

No primeiro parágrafo, a palavra utilizada em sentido 1-)


figurado é Questão que pode ser resolvida usando a lógica ou as-
(A) menino. sociação de palavras! Veja: a ignição do carro lembra-nos
(B) chão. fogo, combustão... Pedra, petrificado. Encontrou a respos-
(C) testa. ta?
(D) penumbra.
(E) tenda. RESPOSTA: “D”.

105
LÍNGUA PORTUGUESA

2-) - Antônimos
Classificar conforme regras conhecidas, mas não con- São palavras de significação oposta: ordem - anarquia;
firmadas se verdadeiras. soberba - humildade; louvar - censurar; mal - bem.
Observação: A antonímia pode originar-se de um pre-
RESPOSTA: “E”. fixo de sentido oposto ou negativo: bendizer e maldizer;
simpático e antipático; progredir e regredir; concórdia e dis-
3-) córdia; ativo e inativo; esperar e desesperar; comunista e an-
As palavras que nos dão a noção, ideia de tempo são: ticomunista; simétrico e assimétrico.
desde, quando e depois.
O que são Homônimos e Parônimos:
RESPOSTA: “D”. - Homônimos
a) Homógrafos: são palavras iguais na escrita e diferen-
4-) tes na pronúncia:
Ao participar de um concurso, não temos acesso a di-
rego (subst.) e rego (verbo);
cionários para que verifiquemos o significado das palavras,
colher (verbo) e colher (subst.);
por isso, caso não saibamos o que significam, devemos
jogo (subst.) e jogo (verbo);
analisá-las dentro do contexto em que se encontram. No
exercício acima, a que se “encaixa” é “equiparada”. denúncia (subst.) e denuncia (verbo);
providência (subst.) e providencia (verbo).
RESPOSTA: “E”. b) Homófonos: são palavras iguais na pronúncia e di-
5-) ferentes na escrita:
Em todas as alternativas o verbo “abrir” está emprega- acender (atear) e ascender (subir);
do em seu sentido denotativo. No item C, conotativo (“abrir concertar (harmonizar) e consertar (reparar);
a mente” = aberto a mudanças, novas ideias). cela (compartimento) e sela (arreio);
censo (recenseamento) e senso ( juízo);
RESPOSTA: “C”. paço (palácio) e passo (andar).

6-) c) Homógrafos e homófonos simultaneamente: São


Novamente, responderemos com frase do texto: seu palavras iguais na escrita e na pronúncia:
rosto formando uma tenda. caminho (subst.) e caminho (verbo);
cedo (verbo) e cedo (adv.);
RESPOSTA: “E”. livre (adj.) e livre (verbo).

7-) - Parônimos
Pela leitura do texto, compreende-se que a intenção do São palavras parecidas na escrita e na pronúncia: coro
autor ao utilizar a expressão” levar ao colapso” refere-se à e couro; cesta e sesta; eminente e iminente; osso e ouço; sede
queda, ao fim, à ruína da cidade. e cede; comprimento e cumprimento; tetânico e titânico; au-
tuar e atuar; degradar e degredar; infligir e infringir; deferir
RESPOSTA: “E”. e diferir; suar e soar.
8-)
No enunciado, o verbo “levar” está empregado com o http://www.coladaweb.com/portugues/sinonimos,-an-
sentido de “duração/tempo”
tonimos,-homonimos-e-paronimos
(A) O menino leva o material adequado para a escola.
= carrega
Questões sobre Significação das Palavras
(B) João levou uma surra da mãe. = apanhou
(C) A enchente leva todo o lixo rua abaixo. = arrasta
(D) O trabalho feito com empenho leva ao sucesso. = 01. Assinale a alternativa que preenche corretamente
direciona as lacunas da frase abaixo:
(E) O atleta levou apenas dez segundos para terminar a Da mesma forma que os italianos e japoneses _________
prova = duração/tempo para o Brasil no século passado, hoje os brasileiros ________
para a Europa e para o Japão, à busca de uma vida melhor;
RESPOSTA: “E”. internamente, __________ para o Sul, pelo mesmo motivo.
a) imigraram - emigram - migram
- Sinônimos b) migraram - imigram - emigram
São palavras de sentido igual ou aproximado: alfabeto c) emigraram - migram - imigram.
- abecedário; brado, grito - clamor; extinguir, apagar - abolir. d) emigraram - imigram - migram.
Observação: A contribuição greco-latina é responsável e) imigraram - migram – emigram
pela existência de numerosos pares de sinônimos: adver-
sário e antagonista; translúcido e diáfano; semicírculo e he- Agente de Apoio – Microinformática – VUNESP – 2013
miciclo; contraveneno e antídoto; moral e ética; colóquio e - Leia o texto para responder às questões de números 02
diálogo; transformação e metamorfose; oposição e antítese. e 03.

106
LÍNGUA PORTUGUESA

Alunos de colégio fazem robôs com sucata eletrônica De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa,
está correto o que se afirma em
Você comprou um smartphone e acha que aquele seu A) I, II e III.
celular antigo é imprestável? Não se engane: o que é lixo B) III, apenas.
para alguns pode ser matéria-prima para outros. O CMID C) I e III, apenas.
– Centro Marista de Inclusão Digital –, que funciona junto D) I, apenas.
ao Colégio Marista de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, E) I e II, apenas.
ensina os alunos do colégio a fazer robôs a partir de lixo
eletrônico. 05. Leia as frases abaixo:
Os alunos da turma avançada de robótica, por exemplo, 1 - Assisti ao ________ do balé Bolshoi;
constroem carros com sensores de movimento que respon- 2 - Daqui ______ pouco vão dizer que ______ vida em
dem à aproximação das pessoas. A fonte de energia vem de Marte.
baterias de celular. “Tirando alguns sensores, que precisa- 3 - As _________ da câmara são verdadeiros programas
mos comprar, é tudo reciclagem”, comentou o instrutor de de humor.
robótica do CMID, Leandro Schneider. Esses alunos também 4 - ___________ dias que não falo com Alfredo.
aprendem a consertar computadores antigos. “O nosso pro-
jeto só funciona por causa do lixo eletrônico. Se tivéssemos Escolha a alternativa que oferece a sequência correta
que comprar tudo, não seria viável”, completou. de vocábulos para as lacunas existentes:
Em uma época em que celebridades do mundo digital a) concerto – há – a – cessões – há;
fazem campanha a favor do ensino de programação nas es- b) conserto – a – há – sessões – há;
colas, é inspirador o relato de Dionatan Gabriel, aluno da c) concerto – a – há – seções – a;
turma avançada de robótica do CMID que, aos 16 anos, já d) concerto – a – há – sessões – há;
sabe qual será sua profissão. “Quero ser programador. No e) conserto – há – a – sessões – a .
início das aulas, eu achava meio chato, mas depois fui me
interessando”, disse. 06. (Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária – VU-
(Giordano Tronco, www.techtudo.com.br, 07.07.2013. NESP – 2013-adap.). Considere o seguinte trecho para res-
Adaptado) ponder à questão.
Adolescentes vivendo em famílias que não lhes trans-
02. A palavra em destaque no trecho –“Tirando alguns mitiram valores sociais altruísticos, formação moral e não
sensores, que precisamos comprar, é tudo reciclagem”... – lhes impuseram limites de disciplina.
pode ser substituída, sem alteração do sentido da mensa- O sentido contrário (antônimo) de altruísticos, nesse
gem, pela seguinte expressão: trecho, é:
A) Pelo menos A) de desprendimento.
B) A contar de B) de responsabilidade.
C) Em substituição a C) de abnegação.
D) Com exceção de D) de amor.
E) No que se refere a E) de egoísmo.

03. Assinale a alternativa que apresenta um antônimo 07. Assinale o único exemplo cuja lacuna deve ser
para o termo destacado em – …“No início das aulas, eu preenchida com a primeira alternativa da série dada nos
achava meio chato, mas depois fui me interessando”, disse. parênteses:
A) Estimulante. A) Estou aqui _______ de ajudar os flagelados das en-
B) Cansativo. chentes. (afim- a fim).
C) Irritante. B) A bandeira está ________. (arreada - arriada).
D) Confuso. C) Serão punidos os que ________ o regulamento. (in-
E) Improdutivo. flingirem - infringirem).
D) São sempre valiosos os ________ dos mais velhos.
04. (Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária – VU- (concelhos - conselhos).
NESP – 2013). Analise as afirmações a seguir. E) Moro ________ cem metros da praça principal. (a cer-
I. Em – Há sete anos, Fransley Lapavani Silva está preso ca de - acerca de).
por homicídio. – o termo em destaque pode ser substituí-
do, sem alteração do sentido do texto, por “faz”. 08. Assinale a alternativa correta, considerando que à
II. A frase – Todo preso deseja a libertação. – pode ser direita de cada palavra há um sinônimo.
reescrita da seguinte forma – Todo preso aspira à liberta- a) emergir = vir à tona; imergir = mergulhar
ção. b) emigrar = entrar (no país); imigrar = sair (do país)
III. No trecho – ... estou sendo olhado de forma dife- c) delatar = expandir; dilatar = denunciar
rente aqui no presídio devido ao bom comportamento. – d) deferir = diferenciar; diferir = conceder
pode-se substituir a expressão em destaque por “em razão e) dispensa = cômodo; despensa = desobrigação
do”, sem alterar o sentido do texto.

107
LÍNGUA PORTUGUESA

GABARITO B) A bandeira está arriada . (arrear = colocar


arreio no cavalo)
01. A 02. D 03. A 04. A C) Serão punidos os que infringirem o regulamen-
05. D 06. E 07. E 08. A to. (inflingirem = aplicarem a pena)
D) São sempre valiosos os conselhos dos mais ve-
RESOLUÇÃO lhos; (concelhos= Porção territorial ou parte administrativa
de um distrito).
1-) Da mesma forma que os italianos e japoneses E) Moro a cerca de cem metros da praça principal.
imigraram para o Brasil no século passado, hoje os bra- (acerca de = Acerca de é sinônimo de “a respeito de”.).
sileiros emigram para a Europa e para o Japão, à busca
de uma vida melhor; internamente, migram para o
Sul, pelo mesmo motivo. 8-)
b) emigrar = entrar (no país); imigrar = sair (do país) =
2-) “Com exceção de alguns sensores, que precisamos significados invertidos
comprar, é tudo reciclagem”... c) delatar = expandir; dilatar = denunciar = signifi-
cados invertidos
3-) antônimo para o termo destacado : “No início das d) deferir = diferenciar; diferir = conceder = signifi-
aulas, eu achava meio chato, mas depois fui me interes- cados invertidos
sando” e) dispensa = cômodo; despensa = desobrigação =
“No início das aulas, eu achava meio estimulante, mas significados invertidos
depois fui me interessando”
EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES
4-)
I. Em – Há sete anos, Fransley Lapavani Silva está preso
1-) (FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC/
por homicídio. – o termo em destaque pode ser substituí-
do, sem alteração do sentido do texto, por “faz”. = correta SP – ADMINISTRADOR - VUNESP/2013) Assinale a al-
II. A frase – Todo preso deseja a libertação. – pode ser ternativa correta quanto à concordância, de acordo
reescrita da seguinte forma – Todo preso aspira à liberta- com a norma-padrão da língua portuguesa.
ção. = correta (A) A má distribuição de riquezas e a desigualdade
III. No trecho – ... estou sendo olhado de forma dife- social está no centro dos debates atuais.
rente aqui no presídio devido ao bom comportamento. – (B) Políticos, economistas e teóricos diverge em re-
pode-se substituir a expressão em destaque por “em razão lação aos efeitos da desigualdade social.
do”, sem alterar o sentido do texto. = correta (C) A diferença entre a renda dos mais ricos e a dos
mais pobres é um fenômeno crescente.
5-) (D) A má distribuição de riquezas tem sido muito
1 - Assisti ao concerto do balé Bolshoi; criticado por alguns teóricos.
2 - Daqui a pouco vão dizer que há (= existe) (E) Os debates relacionado à distribuição de rique-
vida em Marte.
zas não são de exclusividade dos economistas.
3 – As sessões da câmara são verdadeiros pro-
gramas de humor.
4- Há dias que não falo com Alfredo. (= Realizei a correção nos itens:
tempo passado) (A) A má distribuição de riquezas e a desigualdade so-
cial está = estão
6-) Adolescentes vivendo em famílias que não lhes (B) Políticos, economistas e teóricos diverge = diver-
transmitiram valores sociais altruísticos, formação moral e gem
não lhes impuseram limites de disciplina. (C) A diferença entre a renda dos mais ricos e a dos
O sentido contrário (antônimo) de altruísticos, nesse mais pobres é um fenômeno crescente.
trecho, é de egoísmo (D) A má distribuição de riquezas tem sido muito criti-
Altruísmo é um tipo de comportamento encontrado cado = criticada
nos seres humanos e outros seres vivos, em que as ações (E) Os debates relacionado = relacionados
de um indivíduo beneficiam outros. É sinônimo de filan-
tropia. No sentido comum do termo, é muitas vezes per-
RESPOSTA: “C”.
cebida, também, como sinônimo de solidariedade. Esse
conceito opõe-se, portanto, ao egoísmo, que são as incli-
nações específica e exclusivamente individuais (pessoais ou 2-) (COREN/SP – ADVOGADO – VUNESP/2013) Se-
coletivas). guindo a norma-padrão da língua portuguesa, a frase
– Um levantamento mostrou que os adolescentes ame-
7-) ricanos consomem em média 357 calorias diárias dessa
A) Estou aqui a fim de de ajudar os flagelados das fonte. – recebe o acréscimo correto das vírgulas em:
enchentes. (afim = O adjetivo “afim” é empregado para in- (A) Um levantamento mostrou, que os adolescentes
dicar que uma coisa tem afinidade com a outra. Há pessoas americanos consomem em média 357 calorias, diárias
que têm temperamentos afins, ou seja, parecidos) dessa fonte.

108
LÍNGUA PORTUGUESA

(B) Um levantamento mostrou que, os adolescentes c) Não se compara aos vexames dos homens-placa a
americanos consomem, em média 357 calorias diárias exposição pública a que se submetem os guardadores de
dessa fonte. carros.
(C) Um levantamento mostrou que os adolescentes d) Ao se revogarem (revogar) o emprego de carros
americanos consomem, em média, 357 calorias diárias -placa na propaganda imobiliária, poupou-se a todos uma
dessa fonte. demonstração de mau gosto.
(D) Um levantamento, mostrou que os adolescentes e) Não sensibilizavam (sensibilizava) aos possíveis in-
americanos, consomem em média 357 calorias diárias teressados em apartamentos de luxo a visão grotesca da-
dessa fonte. queles velhos carros-placa.
(E) Um levantamento mostrou que os adolescentes
americanos, consomem em média 357 calorias diárias, RESPOSTA: “C”.
dessa fonte.
4-) (TRE/PA- ANALISTA JUDICIÁRIO – FGV/2011)
Assinale a palavra que tenha sido acentuada seguindo a
Assinalei com um “X” onde há pontuação inadequada
mesma regra que distribuídos.
ou faltante:
(A) sócio
(A) Um levantamento mostrou, (X) que os adolescentes (B) sofrê-lo
americanos consomem (X) em média (X) 357 calorias, (X) (C) lúcidos
diárias dessa fonte. (D) constituí
(B) Um levantamento mostrou que, (X) os adolescentes (E) órfãos
americanos consomem, em média (X) 357 calorias diárias
dessa fonte. Distribuímos = regra do hiato
(C) Um levantamento mostrou que os adolescentes (A) sócio = paroxítona terminada em ditongo
americanos consomem, em média, 357 calorias diárias des- (B) sofrê-lo = oxítona (não se considera o pronome
sa fonte. oblíquo. Nunca!)
(D) Um levantamento, (X) mostrou que os adolescentes (C) lúcidos = proparoxítona
americanos, (X) consomem (X) em média (X) 357 calorias (D) constituí = regra do hiato (diferente de “constitui”
diárias dessa fonte. – oxítona: cons-ti-tui)
(E) Um levantamento mostrou que os adolescentes (E) órfãos = paroxítona terminada em “ão”
americanos, (X) consomem (X) em média (X) 357 calorias
diárias, (X) dessa fonte. RESPOSTA: “D”.

RESPOSTA: “C”. 5-) (TRT/PE – ANALISTA JUDICIÁRIO – FCC/2012)


A concordância verbal está plenamente observada na
3-) (TRT/RO E AC – ANALISTA JUDICIÁRIO – frase:
FCC/2011) Estão plenamente observadas as normas de (A) Provocam muitas polêmicas, entre crentes e
concordância verbal na frase: materialistas, o posicionamento de alguns religiosos e
a) Destinam-se aos homens-placa um lugar visível parlamentares acerca da educação religiosa nas escolas
nas ruas e nas praças, ao passo que lhes é suprimida a públicas.
visibilidade social. (B) Sempre deverão haver bons motivos, junto
àqueles que são contra a obrigatoriedade do ensino
b) As duas tábuas em que se comprimem o famige-
religioso, para se reservar essa prática a setores da ini-
rado homem-placa carregam ditos que soam irônicos,
ciativa privada.
como “compro ouro”.
(C) Um dos argumentos trazidos pelo autor do tex-
c) Não se compara aos vexames dos homens-placa to, contra os que votam a favor do ensino religioso na
a exposição pública a que se submetem os guardadores escola pública, consistem nos altos custos econômicos
de carros. que acarretarão tal medida.
d) Ao se revogarem o emprego de carros-placa na (D) O número de templos em atividade na cidade
propaganda imobiliária, poupou-se a todos uma de- de São Paulo vêm gradativamente aumentando, em
monstração de mau gosto. proporção maior do que ocorrem com o número de es-
e) Não sensibilizavam aos possíveis interessados colas públicas.
em apartamentos de luxo a visão grotesca daqueles ve- (E) Tanto a Lei de Diretrizes e Bases da Educação
lhos carros-placa. como a regulação natural do mercado sinalizam para
as inconveniências que adviriam da adoção do ensino
Fiz as correções entre parênteses: religioso nas escolas públicas.
a) Destinam-se (destina-se) aos homens-placa um lu-
gar visível nas ruas e nas praças, ao passo que lhes é supri- (A) Provocam = provoca (o posicionamento)
mida a visibilidade social. (B) Sempre deverão haver bons motivos = deverá haver
b) As duas tábuas em que se comprimem (comprime) (C) Um dos argumentos trazidos pelo autor do texto,
o famigerado homem-placa carregam ditos que soam irô- contra os que votam a favor do ensino religioso na escola
nicos, como “compro ouro”. pública, consistem = consiste.

109
LÍNGUA PORTUGUESA

(D) O número de templos em atividade na cidade de (D) As instituições fundamentais de um regime de-
São Paulo vêm gradativamente aumentando, em propor- mocrático não pode estar subordinado às ordens indis-
ção maior do que ocorrem = ocorre criminadas de um único poder central.
(E) Tanto a Lei de Diretrizes e Bases da Educação como (E) O interesse de todos os cidadãos estão voltados
a regulação natural do mercado sinalizam para as inconve- para o momento eleitoral, que expõem as diferentes
niências que adviriam da adoção do ensino religioso nas opiniões existentes na sociedade.
escolas públicas.
Fiz os acertos entre parênteses:
RESPOSTA: “E”. (A) A sociedade deve reconhecer os princípios e va-
lores que determinam as escolhas dos governantes, para
6-) (TRE/PA- ANALISTA JUDICIÁRIO – FGV/2011) conferir legitimidade a suas decisões.
Segundo o Manual de Redação da Presidência da Repú- (B) A confiança dos cidadãos em seus dirigentes de-
blica, NÃO se deve usar Vossa Excelência para vem (deve) ser embasados (embasada) na percepção dos
(A) embaixadores. valores e princípios que regem a prática política.
(B) conselheiros dos Tribunais de Contas estaduais. (C) Eleições livres e diretas é (são) garantia de um ver-
(C) prefeitos municipais. dadeiro regime democrático, em que se respeita (respei-
(D) presidentes das Câmaras de Vereadores. tam) tanto as liberdades individuais quanto as coletivas.
(E) vereadores. (D) As instituições fundamentais de um regime demo-
crático não pode (podem) estar subordinado (subordina-
(...) O uso do pronome de tratamento Vossa Senhoria das) às ordens indiscriminadas de um único poder central.
(abreviado V. Sa.) para vereadores está correto, sim. Numa (E) O interesse de todos os cidadãos estão (está) vol-
Câmara de Vereadores só se usa Vossa Excelência para o seu tados (voltado) para o momento eleitoral, que expõem (ex-
presidente, de acordo com o Manual de Redação da Presi- põe) as diferentes opiniões existentes na sociedade.
dência da República (1991).
(Fonte: http://www.linguabrasil.com.br/nao-tropece-de- RESPOSTA: “A”.
tail.php?id=393)
9-) (TRE/AL – ANALISTA JUDICIÁRIO – FCC/2010)
RESPOSTA: “E”. A frase que admite transposição para a voz passiva é:
(A) O cúmulo da ilusão é também o cúmulo do sa-
7-) (TRE/AL – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2010) grado.
... valores e princípios que sejam percebidos pela so- (B) O conceito de espetáculo unifica e explica uma
ciedade como tais. grande diversidade de fenômenos.
Transpondo para a voz ativa a frase acima, o verbo (C) O espetáculo é ao mesmo tempo parte da so-
passará a ser, corretamente, ciedade, a própria sociedade e seu instrumento de uni-
(A) perceba. ficação.
(B) foi percebido. (D) As imagens fluem desligadas de cada aspecto
(C) tenham percebido. da vida (...).
(D) devam perceber. (E) Por ser algo separado, ele é o foco do olhar ilu-
(E) estava percebendo. dido e da falsa consciência.

... valores e princípios que sejam percebidos pela so- (A) O cúmulo da ilusão é também o cúmulo do sagra-
ciedade como tais = dois verbos na voz passiva, então te- do.
remos um na ativa: que a sociedade perceba os valores e (B) O conceito de espetáculo unifica e explica uma
princípios... grande diversidade de fenômenos.
- Uma grande diversidade de fenômenos é unificada e
RESPOSTA: “A” explicada pelo conceito...
(C) O espetáculo é ao mesmo tempo parte da socieda-
8-) (TRE/AL – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2010) de, a própria sociedade e seu instrumento de unificação.
A concordância verbal e nominal está inteiramente cor- (D) As imagens fluem desligadas de cada aspecto da
reta na frase: vida (...).
(A) A sociedade deve reconhecer os princípios e (E) Por ser algo separado, ele é o foco do olhar iludido
valores que determinam as escolhas dos governantes, e da falsa consciência.
para conferir legitimidade a suas decisões.
(B) A confiança dos cidadãos em seus dirigentes RESPOSTA: “B”.
devem ser embasados na percepção dos valores e prin-
cípios que regem a prática política. 10-) (MPE/AM - AGENTE DE APOIO ADMINISTRA-
(C) Eleições livres e diretas é garantia de um verda- TIVO - FCC/2013) “Quando a gente entra nas serrarias,
deiro regime democrático, em que se respeita tanto as vê dezenas de caminhões parados”, revelou o analista
liberdades individuais quanto as coletivas. ambiental Geraldo Motta.

110
LÍNGUA PORTUGUESA

Substituindo-se Quando por Se, os verbos subli- 13-) (TRE/AP - TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2011)
nhados devem sofrer as seguintes alterações: Entre as frases que seguem, a única correta é:
(A) entrar − vira a) Ele se esqueceu de que?
(B) entrava − tinha visto b) Era tão ruím aquele texto, que não deu para dis-
(C) entrasse − veria tribui-lo entre os presentes.
(D) entraria − veria c) Embora devessemos, não fomos excessivos nas
(E) entrava − teria visto críticas.
d) O juíz nunca negou-se a atender às reivindica-
Se a gente entrasse (verbo no singular) na serraria, ve- ções dos funcionários.
ria = entrasse / veria. e) Não sei por que ele mereceria minha conside-
ração.
RESPOSTA: “C”.
(A) Ele se esqueceu de que? = quê?
11-) (TRE/AL – ANALISTA JUDICIÁRIO – FCC/2010) (B) Era tão ruím (ruim) aquele texto, que não deu para
A pontuação está inteiramente adequada na frase: distribui-lo (distribuí-lo) entre os presentes.
a) Será preciso, talvez, redefinir a infância já que as (C) Embora devêssemos (devêssemos) , não fomos ex-
crianças de hoje, ao que tudo indica nada mais têm a cessivos nas críticas.
ver com as de ontem. (D) O juíz ( juiz) nunca (se) negou a atender às reivindi-
b) Será preciso, talvez redefinir a infância: já que cações dos funcionários.
(E) Não sei por que ele mereceria minha consideração.
as crianças, de hoje, ao que tudo indica nada têm a ver,
com as de ontem.
RESPOSTA: “E”.
c) Será preciso, talvez: redefinir a infância, já que
as crianças de hoje ao que tudo indica, nada têm a ver
14-) (FUNDAÇÃO CASA/SP - AGENTE ADMINIS-
com as de ontem. TRATIVO - VUNESP/2011 - ADAPTADA) Observe as fra-
d) Será preciso, talvez redefinir a infância? - já que ses do texto:
as crianças de hoje ao que tudo indica, nada têm a ver I, Cerca de 75 por cento dos países obtêm nota ne-
com as de ontem. gativa...
e) Será preciso, talvez, redefinir a infância, já que II,... à Venezuela, de Chávez, que obtém a pior clas-
as crianças de hoje, ao que tudo indica, nada têm a ver sificação do continente americano (2,0)...
com as de ontem. Assim como ocorre com o verbo “obter” nas frases
I e II, a concordância segue as mesmas regras, na ordem
Devido à igualdade textual entre os itens, a apresenta- dos exemplos, em:
ção da alternativa correta indica quais são as inadequações (A) Todas as pessoas têm boas perspectivas para o
nas demais. próximo ano. Será que alguém tem opinião diferente
da maioria?
RESPOSTA: “E”. (B) Vem muita gente prestigiar as nossas festas ju-
ninas. Vêm pessoas de muito longe para brincar de qua-
12-) (POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO ACRE – drilha.
ALUNO SOLDADO COMBATENTE – FUNCAB/2012) (C) Pouca gente quis voltar mais cedo para casa.
No trecho: “O crescimento econômico, se associado à Quase todos quiseram ficar até o nascer do sol na praia.
ampliação do emprego, PODE melhorar o quadro aqui (D) Existem pessoas bem intencionadas por aqui,
sumariamente descrito.”, se passarmos o verbo desta- mas também existem umas que não merecem nossa
cado para o futuro do pretérito do indicativo, teremos atenção.
a forma: (E) Aqueles que não atrapalham muito ajudam.
A) puder.
B) poderia. Em I, obtêm está no plural; em II, no singular. Vamos
C) pôde. aos itens:
(A) Todas as pessoas têm (plural) ... Será que alguém
D) poderá.
tem (singular)
E) pudesse.
(B) Vem (singular) muita gente... Vêm pessoas (plural)
(C) Pouca gente quis (singular)... Quase todos quise-
Conjugando o verbo “poder” no futuro do pretérito do
ram (plural)
Indicativo: eu poderia, tu poderias, ele poderia, nós pode- (D) Existem (plural) pessoas ... mas também existem
ríamos, vós poderíeis, eles poderiam. O sujeito da oração é umas (plural)
crescimento econômico (singular), portanto, terceira pes- (E) Aqueles que não atrapalham muito ajudam (ambas
soa do singular (ele) = poderia. as formas estão no plural)

RESPOSTA: “B”. RESPOSTA: “A”.

111
LÍNGUA PORTUGUESA

15-) (CETESB/SP - ANALISTA ADMINISTRATIVO - 17-) (TJ/SP – AGENTE DE FISCALIZAÇÃO JUDICIÁ-


RECURSOS HUMANOS - VUNESP/2013 - ADAPTADA) RIA – VUNESP/2010) Assinale a alternativa que preen-
Considere as orações: … sabíamos respeitar os mais che adequadamente e de acordo com a norma culta a
velhos! / E quando eles falavam nós calávamos a boca! lacuna da frase: Quando um candidato trêmulo ______ eu
Alterando apenas o tempo dos verbos destacados lhe faria a pergunta mais deliciosa de todas.
para o tempo presente, sem qualquer outro ajuste, (A) entrasse
tem-se, de acordo com a norma-padrão da língua por- (B) entraria
tuguesa: (C) entrava
(A) … soubemos respeitar os mais velhos! / E quan- (D) entrar
do eles falaram nós calamos a boca! (E) entrou
(B) … saberíamos respeitar os mais velhos! / E quan-
do eles falassem nós calaríamos a boca! O verbo “faria” está no futuro do pretérito, ou seja, in-
(C) … soubéssemos respeitar os mais velhos! / E dica que é uma ação que, para acontecer, depende de ou-
quando eles falassem nós calaríamos a boca! tra. Exemplo: Quando um candidato entrasse, eu faria / Se
(D) … saberemos respeitar os mais velhos! / E quan- ele entrar, eu farei / Caso ele entre, eu faço...
do eles falarem nós calaremos a boca!
(E) … sabemos respeitar os mais velhos! / E quando RESPOSTA: “A”.
eles falam nós calamos a boca!
18-) (TJ/SP – AGENTE DE FISCALIZAÇÃO JUDICIÁ-
No presente: nós sabemos / eles falam. RIA – VUNESP/2010 - ADAPTADA)
Assinale a alternativa de concordância que pode ser
RESPOSTA: “E”. considerada correta como variante da frase do texto –
A maioria considera aceitável que um convidado che-
16-) (UNESP/SP - ASSISTENTE TÉCNICO ADMINIS- gue mais de duas horas ...
TRATIVO - VUNESP/2012) A correlação entre as formas (A) A maioria dos cariocas consideram aceitável
verbais está correta em: que um convidado chegue mais de duas horas...
(A) Se o consumo desnecessário vier a crescer, o (B) A maioria dos cariocas considera aceitáveis que
planeta não resistiu. um convidado chegue mais de duas horas...
(B) Se todas as partes do mundo estiverem com alto (C) As maiorias dos cariocas considera aceitáveis
poder de consumo, o planeta em breve sofrerá um co- que um convidado chegue mais de duas horas...
lapso. (D) As maiorias dos cariocas consideram aceitáveis
(C) Caso todo prazer, como o da comida, o da bebi- que um convidado chegue mais de duas horas...
da, o do jogo, o do sexo e o do consumo não conheces- (E) As maiorias dos cariocas consideram aceitável
se distorções patológicas, não haverá vícios. que um convidado cheguem mais de duas horas...
(D) Se os meios tecnológicos não tivessem se tor-
nado tão eficientes, talvez as coisas não ficaram tão Fiz as indicações:
baratas. (A) A maioria dos cariocas consideram (ou considera,
(E) Se as pessoas não se propuserem a consumir tanto faz) aceitável que um convidado chegue mais de
conscientemente, a oferta de produtos supérfluos cres- duas horas...
cia. (B) A maioria dos cariocas considera (ok) aceitáveis
(aceitável) que um convidado chegue mais de duas horas...
Fiz as correções necessárias: (C) As (A) maiorias (maioria) dos cariocas considera (ok)
(A) Se o consumo desnecessário vier a crescer, o plane- aceitáveis (aceitável) que um convidado chegue mais de
ta não resistiu = resistirá duas horas...
(B) Se todas as partes do mundo estiverem com alto (D) As (A) maiorias (maioria) dos cariocas consideram
poder de consumo, o planeta em breve sofrerá um colapso. (ok) aceitáveis (aceitável) que um convidado chegue mais
(C) Caso todo prazer, como o da comida, o da bebida, de duas horas...
o do jogo, o do sexo e o do consumo não conhecesse dis- (E) As (A) maiorias (maioria) dos cariocas consideram
torções patológicas, não haverá = haveria (ok) aceitável que um convidado cheguem (chegue) mais
(D) Se os meios tecnológicos não tivessem se tornado de duas horas...
tão eficientes, talvez as coisas não ficaram = ficariam (ou
teriam ficado) RESPOSTA: “A”.
(E) Se as pessoas não se propuserem a consumir cons-
cientemente, a oferta de produtos supérfluos crescia =
crescerá

RESPOSTA: “B”.

112
LÍNGUA PORTUGUESA

19-) (TJ/SP – AGENTE DE FISCALIZAÇÃO JUDICIÁ- (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
RIA – VUNESP/2010) Assinale a alternativa em que as - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – VUNESP/2013 -
palavras são acentuadas graficamente pelos mesmos ADAPTADO) Leia o texto, para responder às questões
motivos que justificam, respectivamente, as acentua- de números 21 e 22.
ções de: década, relógios, suíços. Veja, aí estão eles, a bailar seu diabólico “pas de
(A) flexíveis, cartório, tênis. deux” (*): sentado, ao fundo do restaurante, o cliente
(B) inferência, provável, saída. paulista acena, assovia, agita os braços num agônico
(C) óbvio, após, países. polichinelo; encostado à parede, marmóreo e impas-
(D) islâmico, cenário, propôs. sível, o garçom carioca o ignora com redobrada aten-
(E) república, empresária, graúda. ção. O paulista estrebucha: “Amigô?!”, “Chefê?!”, “Par-
ceirô?!”; o garçom boceja, tira um fiapo do ombro, olha
Década = proparoxítona / relógios = paroxítona termi- pro lustre.
nada em ditongo / suíços = regra do hiato Eu disse “cliente paulista”, percebo a redundância:
(A) flexíveis e cartório = paroxítonas terminadas em o paulista é sempre cliente. Sem querer estereotipar,
ditongo / tênis = paroxítona terminada em “i” (seguida mas já estereotipando: trata-se de um ser cujas inte-
de “s”) rações sociais terminam, 99% das vezes, diante da per-
(B) inferência = paroxítona terminada em ditongo / gunta “débito ou crédito?”.[...] Como pode ele entender
provável = paroxítona terminada em “l” / saída = regra do que o fato de estar pagando não garantirá a atenção do
hiato garçom carioca? Como pode o ignóbil paulista, nascido
(C) óbvio = paroxítona terminada em ditongo / após e criado na crua batalha entre burgueses e proletários,
= oxítona terminada em “o” + “s” / países = regra do hiato compreender o discreto charme da aristocracia?
(D) islâmico = proparoxítona / cenário = paroxítona Sim, meu caro paulista: o garçom carioca é antes
terminada em ditongo / propôs = oxítona terminada em de tudo um nobre. Um antigo membro da corte que
“o” + “s” esconde, por trás da carapinha entediada, do descaso
(E) república = proparoxítona / empresária = paroxíto- e da gravata borboleta, saudades do imperador. [...]
na terminada em ditongo / graúda = regra do hiato Se deixou de bajular os príncipes e princesas do século
19, passou a servir reis e rainhas do 20: levou gim tô-
RESPOSTA: “E”. nicas para Vinicius e caipirinhas para Sinatra, uísques
para Tom e leites para Nelson, recebeu gordas gorjetas
20-) (POLÍCIA CIVIL/SP – AGENTE POLICIAL - VU- de Orson Welles e autógrafos de Rockfeller; ainda hoje
NESP/2013) De acordo com a norma- padrão da fala de futebol com Roberto Carlos e ouve conselhos de
língua portuguesa, o acento indicativo de crase está João Gilberto. Continua tão nobre quanto sempre foi,
corretamente empregado em: seu orgulho permanece intacto.
(A) A população, de um modo geral, está à espera Até que chega esse paulista, esse homem bidimen-
de que, com o novo texto, a lei seca possa coibir os aci- sional e sem poesia, de camisa polo, meia soquete e
dentes. sapatênis, achando que o jacarezinho de sua Lacoste é
(B) A nova lei chega para obrigar os motoristas à um crachá universal, capaz de abrir todas as portas. Ah,
repensarem a sua postura. paulishhhhta otááário, nenhum emblema preencherá o
(C) A partir de agora os motoristas estarão sujeitos vazio que carregas no peito - pensa o garçom, antes de
à punições muito mais severas. conduzi-lo à última mesa do restaurante, a caminho do
(D) À ninguém é dado o direito de colocar em risco banheiro, e ali esquecê-lo para todo o sempre.
a vida dos demais motoristas e de pedestres. Veja, veja como ele se debate, como se debaterá
(E) Cabe à todos na sociedade zelar pelo cumpri- amanhã, depois de amanhã e até a Quarta-Feira de Cin-
mento da nova lei para que ela possa funcionar. zas, maldizendo a Guanabara, saudoso das várzeas do
Tietê, onde a desigualdade é tão mais organizada: “Ô,
(A) A população, de um modo geral, está à espera (dá companheirô, faz meia hora que eu cheguei, dava pra
para substituir por “esperando”) de que ver um cardápio?!”. Acalme-se, conterrâneo.
(B) A nova lei chega para obrigar os motoristas à re- Acostume-se com sua existência plebeia. O garçom
pensarem (antes de verbo) carioca não está aí para servi-lo, você é que foi ao res-
(C) A partir de agora os motoristas estarão sujeitos à taurante para homenageá-lo.
punições (generalizando, palavra no plural) (Antonio Prata, Cliente paulista, garçom carioca. Folha
(D) À ninguém (pronome indefinido) de S.Paulo, 06.02.2013)
(E) Cabe à todos (pronome indefinido)
(*) Um tipo de coreografia, de dança.
RESPOSTA: “A”.

113
LÍNGUA PORTUGUESA

21-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
PAULO - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – VU- - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – VUNESP/2013 -
NESP/2013) Assinale a alternativa contendo passagem ADAPTADO) Para responder às questões de números 24
em que o autor simula dialogar com o leitor. e 25, considere a seguinte passagem: Sem querer este-
(A) Acalme-se, conterrâneo. Acostume-se com sua reotipar, mas já estereotipando: trata-se de um ser cujas
existência plebeia. interações sociais terminam, 99% das vezes, diante da
(B) Ô, companheiro, faz meia hora que eu cheguei... pergunta “débito ou crédito?”.
(C) Veja, aí estão eles, a bailar seu diabólico “pas de
deux”. 24-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO
(D) Sim, meu caro paulista... PAULO - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – VU-
(E) Ah, paulishhhhta otááário... NESP/2013) Nesse contexto, o verbo estereotipar tem
sentido de
Em “meu caro paulista”, o autor está dirigindo-se a nós, (A) considerar ao acaso, sem premeditação.
leitores. (B) aceitar uma ideia mesmo sem estar convencido
dela.
RESPOSTA: “D”. (C) adotar como referência de qualidade.
(D) julgar de acordo com normas legais.
22-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO (E) classificar segundo ideias preconcebidas.
PAULO - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – VU-
NESP/2013) O contexto em que se encontra a passa- Classificar conforme regras conhecidas, mas não con-
gem – Se deixou de bajular os príncipes e princesas do firmadas se verdadeiras.
século 19, passou a servir reis e rainhas do 20 (2.º pará-
grafo) – leva a concluir, corretamente, que a menção a RESPOSTA: “E”.
(A) príncipes e princesas constitui uma referência
em sentido não literal. 25-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO
(B) reis e rainhas constitui uma referência em sen- PAULO - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – VU-
tido não literal. NESP/2013) Nessa passagem, a palavra cujas tem sen-
(C) príncipes, princesas, reis e rainhas constitui uma tido de
referência em sentido não literal. (A) lugar, referindo-se ao ambiente em que ocorre a
(D) príncipes, princesas, reis e rainhas constitui uma pergunta mencionada.
referência em sentido literal. (B) posse, referindo-se às interações sociais do pau-
(E) reis e rainhas constitui uma referência em sen- lista.
tido literal. (C) dúvida, pois a decisão entre débito ou crédito
ainda não foi tomada.
Pela leitura do texto infere-se que os “reis e rainhas” (D) tempo, referindo-se ao momento em que ter-
do século 20 são as personalidades da mídia, os “famosos” minam as interações sociais.
e “famosas”. Quanto a príncipes e princesas do século 19, (E) condição em que se deve dar a transação finan-
esses eram da corte, literalmente. ceira mencionada.

RESPOSTA: “B”. O pronome “cujo” geralmente nos dá o sentido de pos-


se: O livros cujas folhas (lê-se: as folhas dos livros).
23-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO
PAULO - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – VU- RESPOSTA: “B”.
NESP/2013) O sentido de marmóreo (adjetivo) equiva-
le ao da expressão de mármore. Assinale a alternativa 26-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO
contendo as expressões com sentidos equivalentes, res- PAULO - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – VU-
pectivamente, aos das palavras ígneo e pétreo. NESP/2013) Assinale a alternativa em que a oração
(A) De corda; de plástico. destacada expressa finalidade, em relação à outra que
(B) De fogo; de madeira. compõe o período.
(C) De madeira; de pedra. (A) Se deixou de bajular os príncipes e princesas do
(D) De fogo; de pedra. século 19, passou a servir reis e rainhas do 20...
(E) De plástico; de cinza. (B) Pensa o garçom, antes de conduzi-lo à última
mesa do restaurante...
Questão que pode ser resolvida usando a lógica ou as- (C) Você é que foi ao restaurante para homenageá
sociação de palavras! Veja: a ignição do carro lembra-nos -lo.
fogo, combustão... Pedra, petrificado. Encontrou a respos- (D) ... nenhum emblema preencherá o vazio que
ta? carregas no peito ...
(E) O garçom boceja, tira um fiapo do ombro...
RESPOSTA: “D”.

114
LÍNGUA PORTUGUESA

Vamos às análises: (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO


A - Se deixou de bajular os príncipes e princesas do - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – VUNESP/2013 -
século 19 = a conjunção inicial é condicional. ADAPTADA) Para responder a esta questão, considere
B - antes de conduzi-lo à última mesa do restaurante = as palavras destacadas nas seguintes passagens do tex-
conjunção temporal (dá-nos noção de tempo) to:
C - para homenageá-lo = nessa oração temos a noção Desde o surgimento da ideia de hipertexto...
do motivo (qual a finalidade) da ação de “ter ido ao restau- ... informações ligadas especialmente à pesquisa
rante”, segundo o texto acadêmica,
D - que carregas no peito – o “que” funciona como ... uma “máquina poética”, algo que funcionasse
pronome relativo (podemos substituí-lo por “o qual” car- por analogia e associação...
regas no peito) Quando o cientista Vannevar Bush [...] concebeu a
E - tira um fiapo do ombro – temos aqui uma oração ideia de hipertexto...
assindética (sem conjunção “final”) ... 20 anos depois de seu artigo fundador...

RESPOSTA: “C”. 29-) As palavras destacadas que expressam ideia de


tempo são:
27-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO (A) algo, especialmente e Quando.
(B) Desde, especialmente e algo.
PAULO - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – VU-
(C) especialmente, Quando e depois.
NESP/2011) Em – A falta de modos dos homens da Casa
(D) Desde, Quando e depois.
de Windsor é proverbial, mas o príncipe Edward dizen-
(E) Desde, algo e depois.
do bobagens para estranhos no Quirguistão incomo-
dou a embaixadora americana. As palavras que nos dão a noção, ideia de tempo são:
A conjunção destacada pode ser substituída por desde, quando e depois.
A) portanto. (B) como. (C) no entanto. (D)
porque. (E) ou. RESPOSTA: “D”.
O “mas” é uma conjunção adversativa, dando a ideia de 30- (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO
oposição entre as informações apresentadas pelas orações, PAULO - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – VU-
o que acontece no enunciado da questão. Em “A”, temos NESP/2013) Assinale a alternativa contendo frase com
uma conclusiva; “B”, comparativa; “C”, adversativa; “D”, ex- redação de acordo com a norma-padrão de concordân-
plicativa; “E”, alternativa. cia.
(A) Pensava na necessidade de ser substituído de
RESPOSTA: “C”. imediato os métodos existentes.
(B) Substitui-se os métodos de recuperação de in-
28-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO formações que se ligava especialmente à pesquisa aca-
PAULO - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – VU- dêmica.
NESP/2013) Assinale a alternativa contendo palavra (C) No hipertexto, a textualidade funciona por se-
formada por prefixo. quências fixas que se estabeleceram previamente.
(A) Máquina. (D) O inventor pensava em textos que já deveria es-
(B) Brilhantismo. tar disponíveis em rede.
(C) Hipertexto. (E) Era procurado por ele máquinas com as quais
(D) Textualidade. pudesse capturar o brilhantismo anárquico da imagi-
(E) Arquivamento. nação humana.

Coloquei entre parênteses a correção:


A – Máquina = sem acréscimo de afixos (prefixo ou su-
(A) Pensava na necessidade de ser substituído (serem
fixo)
substituídos) de imediato os métodos existentes.
B - Brilhantismo. = acréscimo de sufixo (ismo)
(B) Substitui-se (substituem-se) os métodos de recupe-
C – Hipertexto = acréscimo de prefixo (hiper) ração de informações que se ligava (ligavam) especialmen-
D – Textualidade = acréscimo de sufixo (idade) te à pesquisa acadêmica.
E – Arquivamento = acréscimo de sufixo (mento) (C) No hipertexto, a textualidade funciona por sequên-
cias fixas que se estabeleceram previamente.
RESPOSTA: “C”. (D) O inventor pensava em textos que já deveria (deve-
riam) estar disponíveis em rede.
(E) Era procurado (eram procuradas) por ele máquinas
com as quais pudesse capturar o brilhantismo anárquico da
imaginação humana.

RESPOSTA: “C”.

115
LÍNGUA PORTUGUESA

31-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO (C) Vão pagar horas-extras aos que se disporem a
PAULO - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – VU- trabalhar no feriado.
NESP/2013) Assinale a alternativa com as palavras (D) Ficarão surpresos quando o verem com a toga...
acentuadas segundo as regras de acentuação, respec- (E) Se você quer a promoção, é necessário que a re-
tivamente, de intercâmbio e antropológico. quera a seu superior.
(A) Distúrbio e acórdão. Realizei a correção entre parênteses:
(B) Máquina e jiló. (A) Enviaram o texto, para que o revíssemos antes da
(C) Alvará e Vândalo. impressão definitiva.
(D) Consciência e características. (B) Não haverá prova do crime se o réu se manter
(E) Órgão e órfãs. (mantiver) em silêncio.
(C) Vão pagar horas-extras aos que se disporem (dispu-
Para que saibamos qual alternativa assinalar, primeiro serem) a trabalhar no feriado.
temos que classificar as palavras do enunciado quanto à (D) Ficarão surpresos quando o verem (virem) com a
posição de sua sílaba tônica: toga...
Intercâmbio = paroxítona terminada em ditongo; An- (E) Se você quer a promoção, é necessário que a reque-
tropológico = proparoxítona (todas são acentuadas). Ago- ra (requeira) a seu superior.
ra, vamos à análise dos itens apresentados:
(A) Distúrbio = paroxítona terminada em ditongo; RESPOSTA: “A”.
acórdão = paroxítona terminada em “ão”
(B) Máquina = proparoxítona; jiló = oxítona terminada 34-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO
em “o” PAULO - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – VU-
(C) Alvará = oxítona terminada em “a”; Vândalo = pro- NESP/2013) Assinale a alternativa que completa as la-
paroxítona cunas do trecho a seguir, empregando o sinal indicativo
(D) Consciência = paroxítona terminada em ditongo; de crase de acordo com a norma-padrão.
características = proparoxítona Não nos sujeitamos ____ corrupção; tampouco cede-
remos espaço ____ nenhuma ação que se proponha ____
(E) Órgão e órfãs = ambas: paroxítona terminada em
prejudicar nossas instituições.
“ão” e “ã”, respectivamente.
(A) à … à … à
(B) a … à … à
RESPOSTA: “D”.
(C) à … a … a
(D) à … à … a
32-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO
(E) a … a … à
PAULO - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – VU-
NESP/2013) Na passagem – Nesse contexto, governos e
Vamos por partes!
empresas estão fechando o cerco contra a corrupção e a - Quem se sujeita, sujeita-se A algo ou A alguém, por-
fraude, valendo-se dos mais variados mecanismos... – a tanto: pede preposição;
oração destacada expressa, em relação à anterior, sen- - quem cede, cede algo A alguém, então teremos ob-
tido que responde à pergunta: jeto direto e indireto;
(A) “Quando?” - quem se propõe, propõe-se A alguma coisa.
(B) “Por quê?” Vejamos:
(C) “Como?” Não nos sujeitamos À corrupção; tampouco cedere-
(D) “Para quê?” mos espaço A nenhuma ação que se proponha A prejudicar
(E) “Onde?” nossas instituições.
* Sujeitar A + A corrupção;
Questão que envolve conhecimento de coesão e coe- * ceder espaço (objeto direto) A nenhuma ação (objeto
rência. Se perguntássemos à primeira oração “COMO o indireto. Não há acento indicativo de crase, pois “nenhu-
governo está fechando o cerco contra a corrupção?”, ob- ma” é pronome indefinido);
teríamos a resposta apresentada pela oração em destaque. * que se proponha A prejudicar (objeto indireto, no
caso, oração subordinada com função de objeto indireto.
RESPOSTA: “C”. Não há acento indicativo de crase porque temos um verbo
no infinitivo – “prejudicar”).
33-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO
PAULO - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – VU- RESPOSTA: “C”.
NESP/2013) Assinale a alternativa em que todos os ver-
bos estão empregados de acordo com a norma-padrão. 35-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO
(A) Enviaram o texto, para que o revíssemos antes PAULO – ADVOGADO - VUNESP/2013) Analise a propa-
da impressão definitiva. ganda do programa 5inco Minutos.
(B) Não haverá prova do crime se o réu se manter
em silêncio.

116
LÍNGUA PORTUGUESA

Sublinhei os sujeitos das orações para facilitar a per-


cepção da concordância verbal:
Falha no Facebook expõe dados de 6 milhões de usuá-
rios.
Números de telefone e e-mails de parte dos usuários
do site estavam disponíveis
“expõe” e “estavam disponíveis”.

RESPOSTA: “B”.

(TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAU-


LO – ADVOGADO - VUNESP/2013 - ADAPTADA) Leia o
texto para responder às questões de números 37 e 38.
Metrópoles desenvolvidas arcam com parte do cus-
Em norma-padrão da língua portuguesa, a frase da to do transporte público. Fazem-no não só por populis-
propaganda, adaptada, assume a seguinte redação: mo dos políticos locais mas também para imprimir mais
(A) 5INCO MINUTOS: às vezes, dura mais, mas não eficiência ao sistema. E, se a discussão se dá em termos
matem-na porisso. de definir o nível ideal de subsídio, a gratuidade deixa
(B) 5INCO MINUTOS: as vezes, dura mais, mas não de ser um delírio para tornar-se a posição mais extrema
matem-na por isso. num leque de possibilidades.
(C) 5INCO MINUTOS: às vezes, dura mais, mas não Sou contra a tarifa zero, porque ela traz uma ou-
a matem por isso. tra classe de problemas que já foi bem analisada pelo
(D) 5INCO MINUTOS: as vezes, dura mais, mas não pessoal da teoria dos jogos: se não houver pagamento
lhe matem por isso. individual, aumenta a tendência de as pessoas usarem
(E) 5INCO MINUTOS: às vezes, dura mais, mas não ônibus até para andar de uma esquina a outra, o que é
a matem porisso. ruim para o sistema e para a saúde.
Para complicar mais, vale lembrar que a discus-
A questão envolve colocação pronominal e ortografia. são surge no contexto de prefeituras com orçamentos
Comecemos pela mais fácil: ortografia! A palavra “por isso” apertados e áreas ainda mais prioritárias como educa-
é escrita separadamente. Assim, já descartamos duas alter- ção e saúde para atender.
nativas (“A” e “E”). Quanto à colocação pronominal, temos (Hélio Schwartsman, Tarifa zero, um delírio? Folha de
a presença do advérbio “não”, que sabemos ser um “ímã” S.Paulo, 21.06.2013. Adaptado)
para o pronome oblíquo, fazendo-nos aplicar a regra da
próclise (pronome antes do verbo). Então, a forma correta 37-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO
é “mas não A matem” (por que A e não LHE? Porque quem PAULO – ADVOGADO - VUNESP/2013) A ideia central do
mata, mata algo ou alguém, objeto direto. O “lhe” é usado texto pode ser sintetizada da seguinte forma, em confor-
para objeto indireto. Se não tivéssemos a conjunção “mas”
midade com a norma-padrão da língua portuguesa:
nem o advérbio “não”, a forma “matem-na” estaria correta,
(A) Daqui à pouco teremos à passagem gratuita.
já que, após vírgula, o ideal é que utilizemos ênclise – pro-
(B) Não existe condições de se implantar a passagem
nome oblíquo após o verbo).
gratuita.
RESPOSTA: “C”. (C) É necessário a implementação da passagem gra-
tuita.
36-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO (D) O povo prefere mais passagem paga que gratuita.
PAULO – ADVOGADO - VUNESP/2013) Falha no Face- (E) A passagem barata é preferível à gratuita.
book ______________ dados de 6 milhões de usuários. Nú-
meros de telefone e e-mails de parte dos usuários do Fiz as correções entre parênteses:
site ______________ para download a partir da ferramenta (A) Daqui à (a) pouco teremos à (a) passagem gratuita.
“Baixe uma cópia dos seus dados”, presente na seção (B) Não existe (existem) condições de se implantar a pas-
“Geral” da categoria “Privacidade”, sem o consenti- sagem gratuita.
mento dos cadastrados da rede social. (C) É necessário (necessária) a implementação da passa-
(http://veja.abril.com.br, 21.06.2013. Adaptado) gem gratuita.
(D) O povo prefere mais passagem paga que (paga à)
Em norma-padrão da língua portuguesa, as lacunas gratuita.
do texto devem ser preenchidas, respectivamente, com (E) A passagem barata é preferível à gratuita.
(A) expõe … estava disponível O verbo “preferir” pede preposição: Prefiro água a vinho
(B) expõe … estavam disponíveis (e não: “do que vinho”)
(C) expõem … estavam disponível
(D) expõem … estava disponível RESPOSTA: “E”.
(E) expõem … estava disponíveis

117
LÍNGUA PORTUGUESA

38-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO comia, eu pensava: Deus do céu, como caqui é bom!
PAULO – ADVOGADO - VUNESP/2013) Na passagem – ... Caqui é maravilhoso! O que tenho feito eu desta curta
e ausência de candidatos para preenchê-las. –, substituin- vida, tão afastado dos caquis?!
do-se o verbo preencher por concorrer e atendendo-se à Meus amigos e amigas e parentes queridos são
norma-padrão, obtém-se: como os caquis: nunca os encontro. Quando os encon-
(A) … e ausência de candidatos para concorrer a elas. tro, relembro como é prazeroso vê-los, mas depois que
(B) … e ausência de candidatos para concorrer à elas. vão embora me esqueço da revelação. Por que não os
(C) … e ausência de candidatos para concorrer-lhes. vejo sempre, toda semana, todos os dias desta curta
(D) … e ausência de candidatos para concorrê-las. vida?
(E) … e ausência de candidatos para lhes concorrer. Já sei: devem ficar escondidos de mim, guardados
numa caixa, lá em Sorocaba.
Vamos por exclusão: “à elas” está errada, já que não te- (Antônio Prata, Apolpando. Folha de S.Paulo,
mos acento indicativo de crase antes de pronome pessoal; 29.05.2013)
quando temos um verbo no infinitivo, podemos usar a cons-
trução: verbo + preposição + pronome pessoal. Por exemplo: 40-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO
Dar a eles (ao invés de “dar-lhes”). PAULO – ADVOGADO - VUNESP/2013) A oração – …
nunca os encontro. (2.º parágrafo) – assume, em voz
RESPOSTA: “A”. passiva, a seguinte redação:
(A) … eu nunca encontro eles.
39-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO (B) … eles nunca têm sido encontrados por mim.
PAULO – ADVOGADO - VUNESP/2013) A Polícia Militar (C) … nunca se encontram eles.
prendeu, nesta semana, um homem de 37 anos, acusado (D) … eu nunca os tenho encontrado.
de ____________ de drogas e ____________ à avó de 74 anos de (E) … eles nunca são encontrados por mim.
idade. Ele foi preso em __________ com uma pequena quan-
tidade de drogas no bairro Irapuá II, em Floriano, após “Traduzindo” a oração destacada: “eu nunca encontro
várias denúncias de vizinhos. De acordo com o Coman- eles” (Observação: colocação pronominal feita dessa for-
dante do 3.º BPM, o acusado era conhecido na região pela ma apenas para esclarecer a voz verbal!). Ao passarmos da
voz ativa para a voz passiva, teremos a seguinte construção:
atuação no crime.
“eles nunca são encontrados por mim”.
(www.cidadeverde.com/floriano. Acesso em
23.06.2013. Adaptado)
RESPOSTA: “E”.
De acordo com a norma-padrão da língua portu-
41-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO
guesa, as lacunas do texto devem ser preenchidas, res-
PAULO – ADVOGADO - VUNESP/2013) Considerando o
pectivamente, com:
contexto, assinale a alternativa em que há termos em-
(A) tráfico … mal-tratos … flagrante pregados em sentido figurado.
(B) tráfego … maltratos … fragrante (A) Outro dia, meu pai veio me visitar… (1.º pará-
(C) tráfego … maus-trato … flagrante grafo)
(D) tráfico … maus-tratos … flagrante (B) … e trouxe uma caixa de caquis, lá de Sorocaba.
(E) tráfico … mau-trato … fragrante (1.º parágrafo)
(C) … devem ficar escondidos de mim, guardados
Questão de ortografia. Vamos às exclusões: Polícia tra- numa caixa… (último parágrafo)
balha com criminosos pegos em “flagrante”, no “flagra”; (D) Enquanto comia, eu pensava… (1.º parágrafo)
“fragrante” relaciona-se a aroma, fragrância. Assim, já des- (E) … botei numa tigela na varanda e comemos um
cartamos os itens “B” e “E”. “Tráfego” tem relação com trân- por um… (1.º parágrafo)
sito, transitar, trafegar. “Tráfico” é o que consideramos ile-
gal, praticado por traficante. Descartamos o item “C” tam- Sublinhei os termos que estão relacionados (os prono-
bém. Sobrou-nos “Maus-tratos”/mal-tratos. O tratamento mes e verbos retomam os seguintes substantivos abaixo):
dado à avó foi ruim, mau (adjetivo). Sendo assim, o correto Meus amigos e amigas e parentes queridos são como
é “maus-tratos”. os caquis...
Quando os encontro, relembro como é prazeroso vê-
RESPOSTA:”D”. -los...
devem ficar escondidos de mim, guardados numa cai-
(TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAU- xa, lá em Sorocaba...
LO – ADVOGADO - VUNESP/2013 - ADAPTADA) Leia o Através da leitura acima, percebemos que o autor re-
texto para responder às questões de números 40 e 41. fere-se aos amigos, amigas e parentes. Ao dizer que ficam
Outro dia, meu pai veio me visitar e trouxe uma cai- guardados em caixas, obviamente, está utilizando uma lin-
xa de caquis, lá de Sorocaba. Eu os lavei, botei numa guagem conotativa, figurada.
tigela na varanda e comemos um por um, num silêncio
reverencial, nos olhando de vez em quando. Enquanto RESPOSTA: “C”.

118
LEGISLAÇÃO

CAPÍTULO VII - Da Administração Pública...................................................................................................................................................... 01


A Lei Orgânica do Município de Alvorada...................................................................................................................................................... 14
Lei Municipal nº 730/1994 - Regime Jurídico dos Servidores Públicos Municipais....................................................................... 32
LEGISLAÇÃO

b) Princípio da impessoalidade: Por força dos interes-


CAPÍTULO VII - DA ADMINISTRAÇÃO ses que representa, a administração pública está proibida
PÚBLICA. de promover discriminações gratuitas. Discriminar é tratar
alguém de forma diferente dos demais, privilegiando ou
prejudicando. Segundo este princípio, a administração pú-
blica deve tratar igualmente todos aqueles que se encon-
1) Princípios da Administração Pública trem na mesma situação jurídica (princípio da isonomia ou
Os valores éticos inerentes ao Estado, os quais permi- igualdade). Por exemplo, a licitação reflete a impessoalida-
tem que ele consolide o bem comum e garanta a preser- de no que tange à contratação de serviços. O princípio da
vação dos interesses da coletividade, se encontram exte- impessoalidade correlaciona-se ao princípio da finalidade,
riorizados em princípios e regras. Estes, por sua vez, são pelo qual o alvo a ser alcançado pela administração públi-
estabelecidos na Constituição Federal e em legislações in- ca é somente o interesse público. Com efeito, o interesse
fraconstitucionais, a exemplo das que serão estudadas nes- particular não pode influenciar no tratamento das pessoas,
te tópico, quais sejam: Decreto n° 1.171/94, Lei n° 8.112/90 já que deve-se buscar somente a preservação do interesse
e Lei n° 8.429/92. coletivo.
Todas as diretivas de leis específicas sobre a ética no c) Princípio da moralidade: A posição deste princí-
setor público partem da Constituição Federal, que estabe- pio no artigo 37 da CF representa o reconhecimento de
lece alguns princípios fundamentais para a ética no setor uma espécie de moralidade administrativa, intimamente
público. Em outras palavras, é o texto constitucional do ar- relacionada ao poder público. A administração pública não
tigo 37, especialmente o caput, que permite a compreen- atua como um particular, de modo que enquanto o des-
são de boa parte do conteúdo das leis específicas, porque cumprimento dos preceitos morais por parte deste parti-
possui um caráter amplo ao preconizar os princípios fun- cular não é punido pelo Direito (a priori), o ordenamento
damentais da administração pública. Estabelece a Consti- jurídico adota tratamento rigoroso do comportamento
tuição Federal: imoral por parte dos representantes do Estado. O princípio
da moralidade deve se fazer presente não só para com os
Artigo 37, CF. A administração pública direta e indireta administrados, mas também no âmbito interno. Está indis-
de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito sociavelmente ligado à noção de bom administrador, que
Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legali- não somente deve ser conhecedor da lei, mas também dos
dade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, princípios éticos regentes da função administrativa. TODO
também, ao seguinte: [...] ATO IMORAL SERÁ DIRETAMENTE ILEGAL OU AO MENOS
IMPESSOAL, daí a intrínseca ligação com os dois princípios
São princípios da administração pública, nesta ordem: anteriores.
Legalidade d) Princípio da publicidade: A administração pública
Impessoalidade é obrigada a manter transparência em relação a todos seus
Moralidade atos e a todas informações armazenadas nos seus ban-
Publicidade cos de dados. Daí a publicação em órgãos da imprensa e
Eficiência a afixação de portarias. Por exemplo, a própria expressão
Para memorizar: veja que as iniciais das palavras for- concurso público (art. 37, II, CF) remonta ao ideário de que
mam o vocábulo LIMPE, que remete à limpeza esperada da todos devem tomar conhecimento do processo seletivo de
Administração Pública. É de fundamental importância um servidores do Estado. Diante disso, como será visto, se ne-
olhar atento ao significado de cada um destes princípios, gar indevidamente a fornecer informações ao administrado
posto que eles estruturam todas as regras éticas prescritas caracteriza ato de improbidade administrativa.
no Código de Ética e na Lei de Improbidade Administrativa, No mais, prevê o §1º do artigo 37, CF, evitando que
tomando como base os ensinamentos de Carvalho Filho1 e o princípio da publicidade seja deturpado em propaganda
Spitzcovsky2: político-eleitoral:
a) Princípio da legalidade: Para o particular, legali-
dade significa a permissão de fazer tudo o que a lei não Artigo 37, §1º, CF. A publicidade dos atos, programas,
proíbe. Contudo, como a administração pública representa obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter
os interesses da coletividade, ela se sujeita a uma relação caráter educativo, informativo ou de orientação social,
de subordinação, pela qual só poderá fazer o que a lei ex- dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que
pressamente determina (assim, na esfera estatal, é preciso caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servido-
lei anterior editando a matéria para que seja preservado o res públicos.
princípio da legalidade). A origem deste princípio está na
criação do Estado de Direito, no sentido de que o próprio Somente pela publicidade os indivíduos controlarão
Estado deve respeitar as leis que dita. a legalidade e a eficiência dos atos administrativos. Os
1 CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de direito admi- instrumentos para proteção são o direito de petição e as
nistrativo. 23. ed. Rio de Janeiro: Lumen juris, 2010. certidões (art. 5°, XXXIV, CF), além do habeas data e - resi-
2 SPITZCOVSKY, Celso. Direito Administrativo. 13. ed. São dualmente - do mandado de segurança. Neste viés, ainda,
Paulo: Método, 2011. prevê o artigo 37, CF em seu §3º: 

1
LEGISLAÇÃO

Artigo 37, §3º, CF. A lei disciplinará as formas de par- Em relação à necessidade de motivação dos atos ad-
ticipação do usuário na administração pública direta e ministrativos vinculados (aqueles em que a lei aponta um
indireta, regulando especialmente: único comportamento possível) e dos atos discricionários
I -  as reclamações relativas à prestação dos serviços (aqueles que a lei, dentro dos limites nela previstos, aponta
públicos em geral, asseguradas a manutenção de serviços de um ou mais comportamentos possíveis, de acordo com um
atendimento ao usuário e a avaliação periódica, externa e juízo de conveniência e oportunidade), a doutrina é unís-
interna, da qualidade dos serviços; sona na determinação da obrigatoriedade de motivação
II -  o acesso dos usuários a registros administrativos e com relação aos atos administrativos vinculados; todavia,
a informações sobre atos de governo, observado o disposto diverge quanto à referida necessidade quanto aos atos dis-
no art. 5º, X e XXXIII; cricionários.
III -  a disciplina da representação contra o exercício ne- Meirelles4 entende que o ato discricionário, editado sob
gligente ou abusivo de cargo, emprego ou função na admi- os limites da Lei, confere ao administrador uma margem de
nistração pública. liberdade para fazer um juízo de conveniência e oportuni-
dade, não sendo necessária a motivação. No entanto, se
e) Princípio da eficiência: A administração pública houver tal fundamentação, o ato deverá condicionar-se a
deve manter o ampliar a qualidade de seus serviços com
esta, em razão da necessidade de observância da Teoria
controle de gastos. Isso envolve eficiência ao contratar pes-
dos Motivos Determinantes. O entendimento majoritário
soas (o concurso público seleciona os mais qualificados ao
da doutrina, porém, é de que, mesmo no ato discricionário,
exercício do cargo), ao manter tais pessoas em seus cargos
é necessária a motivação para que se saiba qual o caminho
(pois é possível exonerar um servidor público por ineficiên-
cia) e ao controlar gastos (limitando o teto de remunera- adotado pelo administrador. Gasparini5, com respaldo no
ção), por exemplo. O núcleo deste princípio é a procura art. 50 da Lei n. 9.784/98, aponta inclusive a superação de
por produtividade e economicidade. Alcança os serviços tais discussões doutrinárias, pois o referido artigo exige a
públicos e os serviços administrativos internos, se referindo motivação para todos os atos nele elencados, compreen-
diretamente à conduta dos agentes. dendo entre estes, tanto os atos discricionários quanto os
Além destes cinco princípios administrativo-constitu- vinculados.
cionais diretamente selecionados pelo constituinte, podem
ser apontados como princípios de natureza ética relaciona- 2) Regras mínimas sobre direitos e deveres dos ser-
dos à função pública a probidade e a motivação: vidores
a) Princípio da probidade:  um princípio constitucio- O artigo 37 da Constituição Federal estabelece os prin-
nal incluído dentro dos princípios específicos da licitação, cípios da administração pública estudados no tópico ante-
é o dever de todo o administrador público, o dever de ho- rior, aos quais estão sujeitos servidores de quaisquer dos
nestidade e fidelidade com o Estado, com a população, no Poderes em qualquer das esferas federativas, e, em seus
desempenho de suas funções. Possui contornos mais defi- incisos, regras mínimas sobre o serviço público:
nidos do que a moralidade. Diógenes Gasparini3 alerta que
alguns autores tratam veem como distintos os princípios Artigo 37, I, CF. Os cargos, empregos e funções públicas
da moralidade e da probidade administrativa, mas não há  são acessíveis aos brasileiros que preencham os requisi-
características que permitam tratar os mesmos como pro- tos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na
cedimentos distintos, sendo no máximo possível afirmar forma da lei.
que a probidade administrativa é um aspecto particular da
moralidade administrativa. Aprofundando a questão, tem-se o artigo 5º da Lei nº
b) Princípio da motivação: É a obrigação conferida ao 8.112/1990, que prevê:
administrador de motivar todos os atos que edita, gerais
ou de efeitos concretos. É considerado, entre os demais Artigo 5º, Lei nº 8.112/1990. São requisitos básicos para
princípios, um dos mais importantes, uma vez que sem a
investidura em cargo público:
motivação não há o devido processo legal, uma vez que a
I - a nacionalidade brasileira;
fundamentação surge como meio interpretativo da decisão
II - o gozo dos direitos políticos;
que levou à prática do ato impugnado, sendo verdadeiro
III - a quitação com as obrigações militares e eleitorais;
meio de viabilização do controle da legalidade dos atos da
Administração. IV - o nível de escolaridade exigido para o exercício do
Motivar significa mencionar o dispositivo legal aplicá- cargo;
vel ao caso concreto e relacionar os fatos que concreta- V - a idade mínima de dezoito anos;
mente levaram à aplicação daquele dispositivo legal. Todos VI - aptidão física e mental.
os atos administrativos devem ser motivados para que o § 1º As atribuições do cargo podem justificar a exigência
Judiciário possa controlar o mérito do ato administrativo de outros requisitos estabelecidos em lei. [...]
quanto à sua legalidade. Para efetuar esse controle, devem 4 MEIRELLES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro.
ser observados os motivos dos atos administrativos. São Paulo: Malheiros, 1993.
3 GASPARINI, Diógenes. Direito Administrativo. 9ª ed. São Pau- 5 GASPARINI, Diógenes. Direito Administrativo. 9ª ed. São Pau-
lo: Saraiva, 2004. lo: Saraiva, 2004.

2
LEGISLAÇÃO

§ 3º As universidades e instituições de pesquisa cientí- O edital delimita questões como valor da taxa de ins-
fica e tecnológica federais poderão prover seus cargos com crição, casos de isenção, número de vagas e prazo de vali-
professores, técnicos e cientistas estrangeiros, de acordo com dade. Havendo candidatos aprovados na vigência do prazo
as normas e os procedimentos desta Lei. do concurso, ele deve ser chamado para assumir eventual
vaga e não ser realizado novo concurso.
Destaca-se a exceção ao inciso I do artigo 5° da Lei nº Destaca-se que o §2º do artigo 37, CF, prevê:
8.112/1990 e do inciso I do artigo 37, CF, prevista no arti-
go 207 da Constituição, permitindo que estrangeiros as- Artigo 37, §2º, CF. A não-observância do disposto nos in-
sumam cargos no ramo da pesquisa, ciência e tecnologia. cisos II e III implicará a nulidade do ato e a punição da
autoridade responsável, nos termos da lei.
Artigo 37, II, CF. A investidura em cargo ou emprego pú-
blico depende de aprovação prévia em concurso público Com efeito, há tratamento rigoroso da responsabiliza-
de provas ou de provas e títulos, de acordo com a na- ção daquele que viola as diretrizes mínimas sobre o ingres-
tureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma
so no serviço público, que em regra se dá por concurso de
prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em
provas ou de provas e títulos.
comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração.
Artigo 37, V, CF. As funções de confiança, exercidas ex-
Preconiza o artigo 10 da Lei nº 8.112/1990:
clusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e
Artigo 10, Lei nº 8.112/90. A nomeação para cargo de os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores
carreira ou cargo isolado de provimento efetivo depende de de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos
prévia habilitação em concurso público de provas ou de pro- previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de di-
vas e títulos, obedecidos a ordem de classificação e o prazo reção, chefia e assessoramento.
de sua validade.
Parágrafo único. Os demais requisitos para o ingresso Observa-se o seguinte quadro comparativo6:
e o desenvolvimento do servidor na carreira, mediante pro-
moção, serão estabelecidos pela lei que fixar as diretrizes do Função de Confiança Cargo em Comissão
sistema de carreira na Administração Pública Federal e seus
regulamentos. Exercidas exclusivamente Qualquer pessoa, obser-
por servidores ocupantes vado o percentual mínimo
No concurso de provas o candidato é avaliado ape- de cargo efetivo. reservado ao servidor de
nas pelo seu desempenho nas provas, ao passo que nos carreira.
concursos de provas e títulos o seu currículo em toda sua Com concurso público, já Sem concurso público,
atividade profissional também é considerado. Cargo em que somente pode exercê- ressalvado o percentual
comissão é o cargo de confiança, que não exige concurso -la o servidor de cargo mínimo reservado ao servi-
público, sendo exceção à regra geral. efetivo, mas a função em dor de carreira.
si não prescindível de con-
Artigo 37, III, CF. O prazo de validade do concurso públi- curso público.
co será de até dois anos, prorrogável uma vez, por igual Somente são conferidas É atribuído posto (lugar)
período. atribuições e responsabi- num dos quadros da
lidade Administração Pública,
Artigo 37, IV, CF. Durante o prazo improrrogável pre- conferida atribuições e
visto no edital de convocação, aquele aprovado em concur- responsabilidade àquele
so público de provas ou de provas e títulos será convocado que irá ocupá-lo
com prioridade sobre novos concursados para assumir car-
go ou emprego, na carreira. Destinam-se apenas às Destinam-se apenas às
atribuições de direção, atribuições de direção,
Prevê o artigo 12 da Lei nº 8.112/1990: chefia e assessoramento chefia e assessoramento
De livre nomeação e exo- De livre nomeação e exo-
Artigo 12, Lei nº 8.112/1990. O concurso público terá neração no que se refere neração
validade de até 2 (dois) anos, podendo ser prorrogado uma à função e não em relação
única vez, por igual período. ao cargo efetivo.
§1º O prazo de validade do concurso e as condições de
sua realização serão fixados em edital, que será publicado Artigo 37, VI, CF. É garantido ao servidor público civil o
no Diário Oficial da União e em jornal diário de grande direito à livre associação sindical.
circulação.
§ 2º Não se abrirá novo concurso enquanto houver
candidato aprovado em concurso anterior com prazo de 6 http://direitoemquadrinhos.blogspot.com.br/2011/03/quadro-
validade não expirado. -comparativo-funcao-de-confianca.html

3
LEGISLAÇÃO

A liberdade de associação é garantida aos servidores Artigo 37, X, CF. A remuneração dos servidores públi-
públicos tal como é garantida a todos na condição de di- cos e o subsídio de que trata o § 4º do art. 39 somente
reito individual e de direito social. poderão ser fixados ou alterados por lei específica, ob-
servada a iniciativa privativa em cada caso, assegurada re-
Artigo 37, VII, CF. O direito de greve será exercido nos visão geral anual, sempre na mesma data e sem distinção
termos e nos limites definidos em lei específica. de índices.

O Supremo Tribunal Federal decidiu que os servidores Artigo 37, XV, CF. O subsídio e os vencimentos dos
públicos possuem o direito de greve, devendo se atentar ocupantes de cargos e empregos públicos são irredutí-
pela preservação da sociedade quando exercê-lo. Enquan- veis, ressalvado o disposto nos incisos XI e XIV deste artigo
to não for elaborada uma legislação específica para os fun- e nos arts. 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I.
cionários públicos, deverá ser obedecida a lei geral de gre-
ve para os funcionários privados, qual seja a Lei n° 7.783/89 Artigo 37, §10, CF. É vedada a percepção simultânea
(Mandado de Injunção nº 20). de proventos de aposentadoria decorrentes do art.
40 ou dos arts. 42 e 142 com a remuneração de cargo,
Artigo 37, VIII, CF. A lei reservará percentual dos car- emprego ou função pública, ressalvados os cargos acu-
gos e empregos públicos para as pessoas portadoras de muláveis na forma desta Constituição, os cargos eletivos e
deficiência e definirá os critérios de sua admissão. os cargos em comissão declarados em lei de livre nomea-
ção e exoneração.
Neste sentido, o §2º do artigo 5º da Lei nº 8.112/1990:
Sobre a questão, disciplina a Lei nº 8.112/1990 nos ar-
Artigo 5º, Lei nº 8.112/90. Às pessoas portadoras de de- tigos 40 e 41:
ficiência é assegurado o direito de se inscrever em concurso
público para provimento de cargo cujas atribuições sejam Art. 40. Vencimento é a retribuição pecuniária pelo
compatíveis com a deficiência de que são portadoras; para exercício de cargo público, com valor fixado em lei.
tais pessoas serão reservadas até 20% (vinte por cento) das
vagas oferecidas no concurso. Art. 41. Remuneração é o vencimento do cargo efetivo,
acrescido das vantagens pecuniárias permanentes estabele-
Prossegue o artigo 37, CF: cidas em lei.
§ 1º A remuneração do servidor investido em função
Artigo 37, IX, CF. A lei estabelecerá os casos de contra- ou cargo em comissão será paga na forma prevista no art.
tação por tempo determinado para atender a necessidade 62.
temporária de excepcional interesse público. § 2º O servidor investido em cargo em comissão de
órgão ou entidade diversa da de sua lotação receberá a
A Lei nº 8.745/1993 regulamenta este inciso da Cons- remuneração de acordo com o estabelecido no § 1º do art.
tituição, definindo a natureza da relação estabelecida en- 93.
tre o servidor contratado e a Administração Pública, para § 3º O vencimento do cargo efetivo, acrescido das
atender à “necessidade temporária de excepcional interes- vantagens de caráter permanente, é irredutível.
se público”. § 4º É assegurada a isonomia de vencimentos para
“Em se tratando de relação subordinada, isto é, de rela- cargos de atribuições iguais ou assemelhadas do mesmo
ção que comporta dependência jurídica do servidor peran- Poder, ou entre servidores dos três Poderes, ressalvadas as
te o Estado, duas opções se ofereciam: ou a relação seria vantagens de caráter individual e as relativas à natureza ou
trabalhista, agindo o Estado iure gestionis, sem usar das ao local de trabalho.
prerrogativas de Poder Público, ou institucional, estatutária, § 5º Nenhum servidor receberá remuneração inferior
preponderando o ius imperii do Estado. Melhor dizendo: ao salário mínimo.
o sistema preconizado pela Carta Política de 1988 é o do
contrato, que tanto pode ser trabalhista (inserindo-se na Ainda, o artigo 37 da Constituição:
esfera do Direito Privado) quanto administrativo (situando-
-se no campo do Direito Público). [...] Uma solução inter- Artigo 37, XI, CF. A remuneração e o subsídio dos
mediária não deixa, entretanto, de ser legítima. Pode-se, ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da
com certeza, abonar um sistema híbrido, eclético, no qual administração direta, autárquica e fundacional, dos
coexistam normas trabalhistas e estatutárias, pondo-se em membros de qualquer dos Poderes da União, dos Esta-
contiguidade os vínculos privado e administrativo, no sen- dos, do Distrito Federal e dos Municípios, dos detentores
tido de atender às exigências do Estado moderno, que pro- de mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os
cura alcançar os seus objetivos com a mesma eficácia dos proventos, pensões ou outra espécie remuneratória, per-
empreendimentos não-governamentais”7. cebidos cumulativamente ou não, incluídas as vantagens
7 VOGEL NETO, Gustavo Adolpho. Contratação de servidores
pessoais ou de qualquer outra natureza, não poderão
para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público. exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/revista/Rev_39/Arti- gos/Art_Gustavo.htm>. Acesso em: 23 dez. 2014.

4
LEGISLAÇÃO

do Supremo Tribunal Federal, aplicando-se como limite, Artigo 37, XIV, CF. Os acréscimos pecuniários percebi-
nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados e dos por servidor público não serão computados nem acu-
no Distrito Federal, o subsídio mensal do Governador no mulados para fins de concessão de acréscimos ulteriores.
âmbito do Poder Executivo, o subsídio dos Deputados Es-
taduais e Distritais no âmbito do Poder Legislativo e o A preocupação do constituinte, ao implantar tal pre-
subsídio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, li- ceito, foi de que não eclodisse no sistema remuneratório
mitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por dos servidores, ou seja, evitar que se utilize uma vantagem
cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do como base de cálculo de um outro benefício. Dessa forma,
Supremo Tribunal Federal, no âmbito do Poder Judiciário, qualquer gratificação que venha a ser concedida ao servi-
aplicável este limite aos membros do Ministério Público, dor só pode ter como base de cálculo o próprio vencimen-
aos Procuradores e aos Defensores Públicos. to básico. É inaceitável que se leve em consideração outra
vantagem até então percebida.
Artigo 37, XII, CF. Os vencimentos dos cargos do Poder
Legislativo e do Poder Judiciário não poderão ser superio- Artigo 37, XVI, CF. É vedada a acumulação remune-
res aos pagos pelo Poder Executivo. rada de cargos públicos, exceto, quando houver com-
patibilidade de horários, observado em qualquer caso o
Prevê a Lei nº 8.112/1990 em seu artigo 42: disposto no inciso XI: a)   a de dois cargos de professor;
b)   a de um cargo de professor com outro, técnico ou
Artigo 42, Lei nº 8.112/90. Nenhum servidor poderá per-
científico; c)  a de dois cargos ou empregos privativos
ceber, mensalmente, a título de remuneração, importância
de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas.
superior à soma dos valores percebidos como remuneração,
em espécie, a qualquer título, no âmbito dos respectivos Po-
deres, pelos Ministros de Estado, por membros do Congresso Artigo 37, XVII, CF. A proibição de acumular estende-se
Nacional e Ministros do Supremo Tribunal Federal. Parágra- a empregos e funções e abrange autarquias, fundações,
fo único. Excluem-se do teto de remuneração as vantagens empresas públicas, sociedades de economia mista, suas
previstas nos incisos II a VII do art. 61. subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou indire-
tamente, pelo poder público.
Com efeito, os §§ 11 e 12 do artigo 37, CF tecem apro-
fundamentos sobre o mencionado inciso XI: Segundo Carvalho Filho8, “o fundamento da proibição
é impedir que o cúmulo de funções públicas faça com que
Artigo 37, § 11, CF. Não serão computadas, para efei- o servidor não execute qualquer delas com a necessária efi-
to dos limites remuneratórios de que trata o inciso XI do ciência. Além disso, porém, pode-se observar que o Cons-
caput deste artigo, as parcelas de caráter indenizatório tituinte quis também impedir a cumulação de ganhos em
previstas em lei. detrimento da boa execução de tarefas públicas. [...] Nota-
-se que a vedação se refere à acumulação remunerada. Em
Artigo 37, § 12, CF. Para os fins do disposto no inciso consequência, se a acumulação só encerra a percepção de
XI do caput deste artigo, fica facultado aos Estados e ao vencimentos por uma das fontes, não incide a regra cons-
Distrito Federal fixar, em seu âmbito, mediante emenda às titucional proibitiva”.
respectivas Constituições e Lei Orgânica, como limite úni- A Lei nº 8.112/1990 regulamenta intensamente a ques-
co, o subsídio mensal dos Desembargadores do respec- tão:
tivo Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e
vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal dos Artigo 118, Lei nº 8.112/1990.  Ressalvados os casos pre-
Ministros do Supremo Tribunal Federal, não se aplicando o vistos na Constituição, é vedada a acumulação remunera-
disposto neste parágrafo aos subsídios dos Deputados Esta- da de cargos públicos.
duais e Distritais e dos Vereadores. §  1o  A proibição de acumular estende-se a cargos,
empregos e funções em autarquias, fundações públicas,
Por seu turno, o artigo 37 quanto à vinculação ou equi-
empresas públicas, sociedades de economia mista da
paração salarial:
União, do Distrito Federal, dos Estados, dos Territórios e
dos Municípios.
Artigo 37, XIII, CF. É vedada a vinculação ou equipara-
§  2o   A acumulação de cargos, ainda que lícita, fica
ção de quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de
remuneração de pessoal do serviço público. condicionada à comprovação da compatibilidade de ho-
rários.
Os padrões de vencimentos são fixados por conselho § 3o  Considera-se acumulação proibida a percepção de
de política de administração e remuneração de pessoal, vencimento de cargo ou emprego público efetivo com pro-
integrado por servidores designados pelos respectivos ventos da inatividade, salvo quando os cargos de que decor-
Poderes (artigo 39, caput e § 1º), sem qualquer garantia ram essas remunerações forem acumuláveis na atividade.
constitucional de tratamento igualitário aos cargos que se 8 CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de direito admi-
mostrem similares. nistrativo. 23. ed. Rio de Janeiro: Lumen juris, 2010.

5
LEGISLAÇÃO

Art. 119, Lei nº 8.112/1990.  O servidor não poderá atividade financeira, com o intuito de obter recursos indis-
exercer mais de um cargo em comissão, exceto no caso pensáveis às necessidades cuja satisfação se comprometeu
previsto no parágrafo único do art. 9o, nem ser remunerado quando estabeleceu o “pacto” constitucional de 1988. [...]
pela participação em órgão de deliberação coletiva.  A importância da Administração Tributária foi reconheci-
Parágrafo único.  O disposto neste artigo não se aplica da expressamente pelo constituinte que acrescentou, no
à remuneração devida pela participação em conselhos de artigo 37 da Carta Magna, o inciso XVIII, estabelecendo a
administração e fiscal das empresas públicas e sociedades de sua precedência e de seus servidores sobre os demais se-
economia mista, suas subsidiárias e controladas, bem como tores da Administração Pública, dentro de suas áreas de
quaisquer empresas ou entidades em que a União, direta ou competência”10.
indiretamente, detenha participação no capital social, obser-
vado o que, a respeito, dispuser legislação específica. Artigo 37, XIX, CF. Somente por lei específica pode-
rá ser criada autarquia e autorizada a instituição de
Art. 120, Lei nº 8.112/1990.  O servidor vinculado ao empresa pública, de sociedade de economia mista e de
regime desta Lei, que acumular licitamente dois cargos efeti- fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso,
vos, quando investido em cargo de provimento em comissão, definir as áreas de sua atuação.
ficará afastado de ambos os cargos efetivos, salvo na hipóte-
se em que houver compatibilidade de horário e local com o Artigo 37, XX, CF. Depende de autorização legislati-
exercício de um deles, declarada pelas autoridades máximas va, em cada caso, a criação de subsidiárias das entidades
dos órgãos ou entidades envolvidos. mencionadas no inciso anterior, assim como a participação
de qualquer delas em empresa privada.
“Os artigos 118 a 120 da Lei nº 8.112/90 ao tratarem da
acumulação de cargos e funções públicas, regulamentam, Órgãos da administração indireta somente podem
no âmbito do serviço público federal a vedação genérica ser criados por lei específica e a criação de subsidiárias
constante do art. 37, incisos VXI e XVII, da Constituição da destes dependem de autorização legislativa (o Estado cria
República. De fato, a acumulação ilícita de cargos públicos e controla diretamente determinada empresa pública ou
constitui uma das infrações mais comuns praticadas por sociedade de economia mista, e estas, por sua vez, pas-
servidores públicos, o que se constata observando o eleva- sam a gerir uma nova empresa, denominada subsidiária.
do número de processos administrativos instaurados com Ex.: Transpetro, subsidiária da Petrobrás). “Abrimos um
esse objeto. O sistema adotado pela Lei nº 8.112/90 é rela- parêntese para observar que quase todos os autores que
tivamente brando, quando cotejado com outros estatutos abordam o assunto afirmam categoricamente que, a des-
de alguns Estados, visto que propicia ao servidor incurso peito da referência no texto constitucional a ‘subsidiárias
nessa ilicitude diversas oportunidades para regularizar sua das entidades mencionadas no inciso anterior’, somente
situação e escapar da pena de demissão. Também prevê a empresas públicas e sociedades de economia mista podem
lei em comentário, um processo administrativo simplifica- ter subsidiárias, pois a relação de controle que existe entre
do (processo disciplinar de rito sumário) para a apuração a pessoa jurídica matriz e a subsidiária seria própria de pes-
dessa infração – art. 133” 9. soas com estrutura empresarial, e inadequada a autarquias
e fundações públicas. OUSAMOS DISCORDAR. Parece-nos
Artigo 37, XVIII, CF. A administração fazendária e que, se o legislador de um ente federado pretendesse, por
seus servidores fiscais terão, dentro de suas áreas de com- exemplo, autorizar a criação de uma subsidiária de uma
petência e jurisdição, precedência sobre os demais setores fundação pública, NÃO haveria base constitucional para
administrativos, na forma da lei. considerar inválida sua autorização”11.
Ainda sobre a questão do funcionamento da adminis-
Artigo 37, XXII, CF. As administrações tributárias da tração indireta e de suas subsidiárias, destaca-se o previsto
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, nos §§ 8º e 9º do artigo 37, CF:
atividades essenciais ao funcionamento do Estado, exercidas
por servidores de carreiras específicas, terão recursos prio- Artigo 37, §8º, CF. A autonomia gerencial, orçamen-
ritários para a realização de suas atividades e atuarão tária e financeira dos órgãos e entidades da administração
de forma integrada, inclusive com o compartilhamento de direta e indireta poderá ser ampliada mediante contrato,
cadastros e de informações fiscais, na forma da lei ou con- a ser firmado entre seus administradores e o poder público,
vênio. que tenha por objeto a fixação de metas de desempenho
para o órgão ou entidade, cabendo à lei dispor sobre:
“O Estado tem como finalidade essencial a garantia I -  o prazo de duração do contrato;
do bem-estar de seus cidadãos, seja através dos serviços II -  os controles e critérios de avaliação de desempenho,
públicos que disponibiliza, seja através de investimentos direitos, obrigações e responsabilidade dos dirigentes;
na área social (educação, saúde, segurança pública). Para III -  a remuneração do pessoal.
atingir esses objetivos primários, deve desenvolver uma 10 http://www.sindsefaz.org.br/parecer_administracao_tributaria_
9 MORGATO, Almir. O Regime Disciplinar dos Servidores Pú- sao_paulo.htm
blicos da União. Disponível em: <http://www.canaldosconcursos.com.br/ 11 ALEXANDRINO, Marcelo. Direito Administrativo Descom-
artigos/almirmorgado_artigo1.pdf>. Acesso em: 11 ago. 2013. plicado. São Paulo: GEN, 2014.

6
LEGISLAÇÃO

Artigo 37, § 9º, CF. O disposto no inciso XI aplica-se às Prescrição é um instituto que visa regular a perda do
empresas públicas e às sociedades de economia mista direito de acionar judicialmente. No caso, o prazo é de 5
e suas subsidiárias, que receberem recursos da União, dos anos para as infrações mais graves, 2 para as de gravidade
Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios para paga- intermediária (pena de suspensão) e 180 dias para as me-
mento de despesas de pessoal ou de custeio em geral. nos graves (pena de advertência), contados da data em que
o fato se tornou conhecido pela administração pública. Se
Continua o artigo 37, CF: a infração disciplinar for crime, valerão os prazos prescri-
cionais do direito penal, mais longos, logo, menos favorá-
Artigo 37, XXI, CF. Ressalvados os casos especificados veis ao servidor. Interrupção da prescrição significa parar a
na legislação, as obras, serviços, compras e alienações serão contagem do prazo para que, retornando, comece do zero.
contratados mediante processo de licitação pública que Da abertura da sindicância ou processo administrativo dis-
assegure igualdade de condições a todos os concorrentes, ciplinar até a decisão final proferida por autoridade com-
com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, petente não corre a prescrição. Proferida a decisão, o prazo
mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da começa a contar do zero. Passado o prazo, não caberá mais
lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação propor ação disciplinar.
técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumpri-
mento das obrigações. Artigo 37, §7º, CF. A lei disporá sobre os requisitos e as
restrições ao ocupante de cargo ou emprego da adminis-
A Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, regulamenta tração direta e indireta que possibilite o acesso a informa-
o art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal, institui nor- ções privilegiadas.
mas para licitações e contratos da Administração Pública
e dá outras providências. Licitação nada mais é que o con- A Lei nº 12.813, de 16 de maio de 2013 dispõe sobre
junto de procedimentos administrativos (administrativos o conflito de interesses no exercício de cargo ou emprego
porque parte da administração pública) para as compras do Poder Executivo federal e impedimentos posteriores ao
ou serviços contratados pelos governos Federal, Estadual exercício do cargo ou emprego; e revoga dispositivos da
ou Municipal, ou seja todos os entes federativos. De forma Lei nº 9.986, de 18 de julho de 2000, e das Medidas Provi-
mais simples, podemos dizer que o governo deve comprar sórias nºs 2.216-37, de 31 de agosto de 2001, e 2.225-45,
e contratar serviços seguindo regras de lei, assim a licita- de 4 de setembro de 2001.
ção é um processo formal onde há a competição entre os Neste sentido, conforme seu artigo 1º:
interessados.
Artigo 1º, Lei nº 12.813/2013. As situações que configu-
Artigo 37, §5º, CF. A lei estabelecerá os prazos de pres- ram conflito de interesses envolvendo ocupantes de cargo ou
crição para ilícitos praticados por qualquer agente, servidor emprego no âmbito do Poder Executivo federal, os requisitos
ou não, que causem prejuízos ao erário, ressalvadas as res- e restrições a ocupantes de cargo ou emprego que tenham
pectivas ações de ressarcimento. acesso a informações privilegiadas, os impedimentos poste-
riores ao exercício do cargo ou emprego e as competências
A prescrição dos ilícitos praticados por servidor encon- para fiscalização, avaliação e prevenção de conflitos de inte-
tra disciplina específica no artigo 142 da Lei nº 8.112/1990: resses regulam-se pelo disposto nesta Lei.

Art. 142, Lei nº 8.112/1990.  A ação disciplinar pres- 3) Atos de improbidade administrativa


creverá: A Lei n° 8.429/1992 trata da improbidade administra-
I - em 5 (cinco) anos, quanto às infrações puníveis com tiva, que é uma espécie qualificada de imoralidade, sinôni-
demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade e mo de desonestidade administrativa. A improbidade é uma
destituição de cargo em comissão; lesão ao princípio da moralidade, que deve ser respeita-
II - em 2 (dois) anos, quanto à suspensão; do estritamente pelo servidor público. O agente ímprobo
III - em 180 (cento e oitenta) dias, quanto á advertência. sempre será um violador do princípio da moralidade, pelo
§ 1o  O prazo de prescrição começa a correr da data em qual “a Administração Pública deve agir com boa-fé, since-
que o fato se tornou conhecido. ridade, probidade, lhaneza, lealdade e ética”12.
§  2o  Os prazos de prescrição previstos na lei penal A atual Lei de Improbidade Administrativa foi criada
aplicam-se às infrações disciplinares capituladas também devido ao amplo apelo popular contra certas vicissitudes
como crime. do serviço público que se intensificavam com a ineficácia
§  3o  A abertura de sindicância ou a instauração de do diploma então vigente, o Decreto-Lei nº 3240/41. De-
processo disciplinar interrompe a prescrição, até a decisão correu, assim, da necessidade de acabar com os atos aten-
final proferida por autoridade competente. tatórios à moralidade administrativa e causadores de pre-
§  4o  Interrompido o curso da prescrição, o prazo juízo ao erário público ou ensejadores de enriquecimento
começará a correr a partir do dia em que cessar a ilícito, infelizmente tão comuns no Brasil.
interrupção. 12 LENZA, Pedro. Curso de direito constitucional esquematiza-
do. 15. ed. São Paulo: Saraiva, 2011.

7
LEGISLAÇÃO

Com o advento da Lei nº 8.429/1992, os agentes públi- b) Ato de improbidade administrativa que importe
cos passaram a ser responsabilizados na esfera civil pelos lesão ao erário (artigo 10, Lei nº 8.429/1992)
atos de improbidade administrativa descritos nos artigos O grupo intermediário de atos de improbidade admi-
9º, 10 e 11, ficando sujeitos às penas do art. 12. A exis- nistrativa se caracteriza pelos elementos: causar dano ao
tência de esferas distintas de responsabilidade (civil, penal erário ou aos cofres públicos + gerando perda patrimo-
e administrativa) impede falar-se em bis in idem, já que, nial ou dilapidação do patrimônio público. Assim como
o artigo anterior, o caput descreve a fórmula genérica e
ontologicamente, não se trata de punições idênticas, em-
os incisos algumas atitudes específicas que exemplificam
bora baseadas no mesmo fato, mas de responsabilização o seu conteúdo14.
em esferas distintas do Direito. Perda patrimonial é o gênero, do qual são espécies:
Destaca-se um conceito mais amplo de agente públi- desvio, que é o direcionamento indevido; apropriação, que
co previsto pela lei nº 8.429/1992 em seus artigos 1º e 2º é a transferência indevida para a própria propriedade; mal-
porque o agente público pode ser ou não um servidor pú- baratamento, que significa desperdício; e dilapidação, que
blico. Ele poderá estar vinculado a qualquer instituição ou se refere a destruição15.
órgão que desempenhe diretamente o interesse do Estado. O objeto da tutela é a preservação do patrimônio pú-
Assim, estão incluídos todos os integrantes da administra- blico, em todos seus bens e valores. O pressuposto exigível
ção direta, indireta e fundacional, conforme o preâmbulo é a ocorrência de dano ao patrimônio dos sujeitos passivos.
da legislação. Pode até mesmo ser uma entidade privada Este artigo admite expressamente a variante cul-
posa, o que muitos entendem ser inconstitucional. O
que desempenhe tais fins, desde que a verba de criação
STJ, no REsp n° 939.142/RJ, apontou alguns aspectos
ou custeio tenha sido ou seja pública em mais de 50% da inconstitucionalidade do artigo. Contudo, “a
do patrimônio ou receita anual. Caso a verba pública que jurisprudência do STJ consolidou a tese de que é
tenha auxiliado uma entidade privada a qual o Estado não indispensável a existência de dolo nas condutas descritas
tenha concorrido para criação ou custeio, também have- nos artigos 9º e 11 e ao menos de culpa nas hipóteses do
rá sujeição às penalidades da lei. Em caso de custeio/cria- artigo 10, nas quais o dano ao erário precisa ser compro-
ção pelo Estado que seja inferior a 50% do patrimônio ou vado. De acordo com o ministro Castro Meira, a conduta
receita anual, a legislação ainda se aplica. Entretanto, nes- culposa ocorre quando o agente não pretende atingir o
tes dois casos, a sanção patrimonial se limitará ao que o resultado danoso, mas atua com negligência, imprudência
ilícito repercutiu sobre a contribuição dos cofres públicos. ou imperícia (REsp n° 1.127.143)”16. Para Carvalho Filho17,
não há inconstitucionalidade na modalidade culposa, lem-
Significa que se o prejuízo causado for maior que a efetiva
brando que é possível dosar a pena conforme o agente aja
contribuição por parte do poder público, o ressarcimento com dolo ou culpa.
terá que ser buscado por outra via que não a ação de im- O ponto central é lembrar que neste artigo não se exi-
probidade administrativa. ge que o sujeito ativo tenha percebido vantagens indevi-
A legislação em estudo, por sua vez, divide os atos de das, basta o dano ao erário. Se tiver recebido vantagem
improbidade administrativa em três categorias: indevida, incide no artigo anterior. Exceto pela não per-
a) Ato de improbidade administrativa que importe cepção da vantagem indevida, os tipos exemplificados se
enriquecimento ilícito (artigo 9º, Lei nº 8.429/1992) aproximam muito dos previstos nos incisos do art. 9°.
O grupo mais grave de atos de improbidade adminis- c) Ato de improbidade administrativa que atente
trativa se caracteriza pelos elementos: enriquecimento + contra os princípios da administração pública (artigo
11, Lei nº 8.429/1992)
ilícito + resultante de uma vantagem patrimonial indevi-
Nos termos do artigo 11 da Lei nº 8.429/1992, “cons-
da + em razão do exercício de cargo, mandato, emprego, titui ato de improbidade administrativa que atenta contra
função ou outra atividade nas entidades do artigo 1° da os princípios da administração pública qualquer ação ou
Lei nº 8.429/1992. omissão que viole os deveres de honestidade, imparciali-
O enriquecimento deve ser ilícito, afinal, o Estado não dade, legalidade, e lealdade às instituições [...]”. O grupo
se opõe que o indivíduo enriqueça, desde que obedeça aos mais ameno de atos de improbidade administrativa se
ditames morais, notadamente no desempenho de função caracteriza pela simples violação a princípios da admi-
de interesse estatal. nistração pública, ou seja, aplica-se a qualquer atitude do
Exige-se que o sujeito obtenha vantagem patrimo- sujeito ativo que viole os ditames éticos do serviço público.
nial ilícita. Contudo, é dispensável que efetivamente tenha Isto é, o legislador pretende a preservação dos princípios
ocorrido dano aos cofres públicos (por exemplo, quando gerais da administração pública18.
um policial recebe propina pratica ato de improbidade ad- 14 Ibid.
ministrativa, mas não atinge diretamente os cofres públi- 15 CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de direito admi-
cos). nistrativo. 23. ed. Rio de Janeiro: Lumen juris, 2010.
Como fica difícil imaginar que alguém possa se enri- 16 BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Improbidade ad-
ministrativa: desonestidade na gestão dos recursos públicos. Disponí-
quecer ilicitamente por negligência, imprudência ou im- vel em: <http://www.stj.gov.br/portal_stj/publicacao/engine.wsp?tmp.
perícia, todas as condutas configuram atos dolosos (com area=398&tmp.texto=103422>. Acesso em: 26 mar. 2013.
intenção). Não cabe prática por omissão.13 17 CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de direito admi-
13 SPITZCOVSKY, Celso. Direito Administrativo. 13. ed. São nistrativo. 23. ed. Rio de Janeiro: Lumen juris, 2010.
Paulo: Método, 2011. 18 SPITZCOVSKY, Celso. Direito Administrativo. 13. ed. São

8
LEGISLAÇÃO

O objeto de tutela são os princípios constitucionais. Carvalho Filho20 tece considerações a respeito de algu-
Basta a vulneração em si dos princípios, sendo dispensáveis mas das sanções:
o enriquecimento ilícito e o dano ao erário. Somente é pos- - Perda de bens e valores: “tal punição só incide sobre
sível a prática de algum destes atos com dolo (intenção), os bens acrescidos após a prática do ato de improbidade.
embora caiba a prática por ação ou omissão. Se alcançasse anteriores, ocorreria confisco, o que restaria
Será preciso utilizar razoabilidade e proporcionalidade sem escora constitucional. Além disso, o acréscimo deve
para não permitir a caracterização de abuso de poder, dian- derivar de origem ilícita”.
te do conteúdo aberto do dispositivo. Na verdade, trata- - Ressarcimento integral do dano: há quem entenda
-se de tipo subsidiário, ou seja, que se aplica quando o ato que engloba dano moral. Cabe acréscimo de correção mo-
de improbidade administrativa não tiver gerado obtenção netária e juros de mora.
de vantagem - Perda de função pública: “se o agente é titular de
Com efeito, os atos de improbidade administrativa não mandato, a perda se processa pelo instrumento de cassa-
são crimes de responsabilidade. Trata-se de punição na ção. Sendo servidor estatutário, sujeitar-se-á à demissão
esfera cível, não criminal. Por isso, caso o ato configure
do serviço público. Havendo contrato de trabalho (servido-
simultaneamente um ato de improbidade administrativa
desta lei e um crime previsto na legislação penal, o que res trabalhistas e temporários), a perda da função pública
é comum no caso do artigo 9°, responderá o agente por se consubstancia pela rescisão do contrato com culpa do
ambos, nas duas esferas. empregado. No caso de exercer apenas uma função públi-
Em suma, a lei encontra-se estruturada da seguinte ca, fora de tais situações, a perda se dará pela revogação
forma: inicialmente, trata das vítimas possíveis (sujeito pas- da designação”. Lembra-se que determinadas autoridades
sivo) e daqueles que podem praticar os atos de improbida- se sujeitam a procedimento especial para perda da função
de administrativa (sujeito ativo); ainda, aborda a reparação pública, ponto em que não se aplica a Lei de Improbidade
do dano ao lesionado e o ressarcimento ao patrimônio pú- Administrativa.
blico; após, traz a tipologia dos atos de improbidade ad- - Multa: a lei indica inflexibilidade no limite máximo,
ministrativa, isto é, enumera condutas de tal natureza; se- mas flexibilidade dentro deste limite, podendo os julga-
guindo-se à definição das sanções aplicáveis; e, finalmente, dos nesta margem optar pela mais adequada. Há ainda
descreve os procedimentos administrativo e judicial. variabilidade na base de cálculo, conforme o tipo de ato
No caso do art. 9°, categoria mais grave, o agente ob-
de improbidade (a base será o valor do enriquecimento ou
tém um enriquecimento ilícito (vantagem econômica inde-
o valor do dano ou o valor da remuneração do agente). A
vida) e pode ainda causar dano ao erário, por isso, deverá
não só reparar eventual dano causado mas também co- natureza da multa é de sanção civil, não possuindo caráter
locar nos cofres públicos tudo o que adquiriu indevida- indenizatório, mas punitivo.
mente. Ou seja, poderá pagar somente o que enriqueceu - Proibição de receber benefícios: não se incluem as
indevidamente ou este valor acrescido do valor do prejuízo imunidades genéricas e o agente punido deve ser ao me-
causado aos cofres públicos (quanto o Estado perdeu ou nos sócio majoritário da instituição vitimada.
deixou de ganhar). No caso do artigo 10, não haverá en- - Proibição de contratar: o agente punido não pode
riquecimento ilícito, mas sempre existirá dano ao erário, o participar de processos licitatórios.
qual será reparado (eventualmente, ocorrerá o enriqueci-
mento ilícito, devendo o valor adquirido ser tomado pelo 4) Responsabilidade civil do Estado e de seus ser-
Estado). Já no artigo 11, o máximo que pode ocorrer é o vidores
dano ao erário, com o devido ressarcimento. Além disso, O instituto da responsabilidade civil é parte integran-
em todos os casos há perda da função pública. Nas três te do direito obrigacional, uma vez que a principal conse-
categorias, são estabelecidas sanções de suspensão dos
quência da prática de um ato ilícito é a obrigação que gera
direitos políticos, multa e vedação de contratação ou per-
cepção de vantagem, graduadas conforme a gravidade do para o seu auto de reparar o dano, mediante o pagamen-
ato. É o que se depreende da leitura do artigo 12 da Lei nº to de indenização que se refere às perdas e danos. Afinal,
8.929/1992 como §4º do artigo 37, CF, que prevê: “Os atos quem pratica um ato ou incorre em omissão que gere dano
de improbidade administrativa importarão a suspensão deve suportar as consequências jurídicas decorrentes, res-
dos direitos políticos, a perda da função pública, a in- taurando-se o equilíbrio social.21
disponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, A responsabilidade civil, assim, difere-se da penal, po-
na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação dendo recair sobre os herdeiros do autor do ilícito até os
penal cabível”. limites da herança, embora existam reflexos na ação que
A única sanção que se encontra prevista na Lei nº apure a responsabilidade civil conforme o resultado na es-
8.429/1992 mas não na Constituição Federal é a de mul- fera penal (por exemplo, uma absolvição por negativa de
ta. (art. 37, §4°, CF). Não há nenhuma inconstitucionalidade autoria impede a condenação na esfera cível, ao passo que
disto, pois nada impediria que o legislador infraconstitu- uma absolvição por falta de provas não o faz).
cional ampliasse a relação mínima de penalidades da Cons-
tituição, pois esta não limitou tal possibilidade e porque a nistrativo. 23. ed. Rio de Janeiro: Lumen juris, 2010.
lei é o instrumento adequado para tanto19. 20 Ibid.
Paulo: Método, 2011. 21 GONÇALVES, Carlos Roberto. Responsabilidade Civil. 9. ed.
19 CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de direito admi- São Paulo: Saraiva, 2005.

9
LEGISLAÇÃO

A responsabilidade civil do Estado acompanha o racio- zação civil do Estado, mas somente aquele que é causado
cínio de que a principal consequência da prática de um ato por um agente público no exercício de suas funções e que
ilícito é a obrigação que gera para o seu auto de reparar o exceda as expectativas do lesado quanto à atuação do Es-
dano, mediante o pagamento de indenização que se re- tado.
fere às perdas e danos. Todos os cidadãos se sujeitam às É preciso lembrar que não é o Estado em si que viola os
regras da responsabilidade civil, tanto podendo buscar o direitos humanos, porque o Estado é uma ficção formada
ressarcimento do dano que sofreu quanto respondendo por um grupo de pessoas que desempenham as atividades
por aqueles danos que causar. Da mesma forma, o Estado estatais diversas. Assim, viola direitos humanos não o Estado
tem o dever de indenizar os membros da sociedade pelos em si, mas o agente que o representa, fazendo com que o
danos que seus agentes causem durante a prestação do próprio Estado seja responsabilizado por isso civilmente,
serviço, inclusive se tais danos caracterizarem uma violação pagando pela indenização (reparação dos danos materiais
aos direitos humanos reconhecidos. e morais). Sem prejuízo, com relação a eles, caberá ação de
Trata-se de responsabilidade extracontratual porque regresso se agiram com dolo ou culpa.
não depende de ajuste prévio, basta a caracterização de Prevê o artigo 37, §6° da Constituição Federal:
elementos genéricos pré-determinados, que perpassam
pela leitura concomitante do Código Civil (artigos 186, 187
Artigo 37, §6º, CF. As pessoas jurídicas de direito públi-
e 927) com a Constituição Federal (artigo 37, §6°).
co e as de direito privado prestadoras de serviços públicos
Genericamente, os elementos da responsabilidade civil
responderão pelos danos que seus agentes, nessa quali-
se encontram no art. 186 do Código Civil:
dade, causarem a terceiros, assegurado o direito de re-
Artigo 186, CC. Aquele que, por ação ou omissão vo- gresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
luntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar
dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato Este artigo deixa clara a formação de uma relação jurí-
ilícito. dica autônoma entre o Estado e o agente público que cau-
sou o dano no desempenho de suas funções. Nesta rela-
Este é o artigo central do instituto da responsabilidade ção, a responsabilidade civil será subjetiva, ou seja, caberá
civil, que tem como elementos: ação ou omissão voluntária ao Estado provar a culpa do agente pelo dano causado, ao
(agir como não se deve ou deixar de agir como se deve), qual foi anteriormente condenado a reparar. Direito de re-
culpa ou dolo do agente (dolo é a vontade de cometer uma gresso é justamente o direito de acionar o causador direto
violação de direito e culpa é a falta de diligência), nexo do dano para obter de volta aquilo que pagou à vítima,
causal (relação de causa e efeito entre a ação/omissão e considerada a existência de uma relação obrigacional que
o dano causado) e dano (dano é o prejuízo sofrido pelo se forma entre a vítima e a instituição que o agente com-
agente, que pode ser individual ou coletivo, moral ou ma- põe.
terial, econômico e não econômico). Assim, o Estado responde pelos danos que seu agen-
1) Dano - somente é indenizável o dano certo, espe- te causar aos membros da sociedade, mas se este agen-
cial e anormal. Certo é o dano real, existente. Especial é te agiu com dolo ou culpa deverá ressarcir o Estado do
o dano específico, individualizado, que atinge determina- que foi pago à vítima. O agente causará danos ao praticar
da ou determinadas pessoas. Anormal é o dano que ul- condutas incompatíveis com o comportamento ético dele
trapassa os problemas comuns da vida em sociedade (por esperado.22
exemplo, infelizmente os assaltos são comuns e o Estado A responsabilidade civil do servidor exige prévio pro-
não responde por todo assalto que ocorra, a não ser que cesso administrativo disciplinar no qual seja assegurado
na circunstância específica possuía o dever de impedir o contraditório e ampla defesa. Trata-se de responsabilida-
assalto, como no caso de uma viatura presente no local - de civil subjetiva ou com culpa. Havendo ação ou omis-
muito embora o direito à segurança pessoal seja um direito são com culpa do servidor que gere dano ao erário (Ad-
humano reconhecido).
ministração) ou a terceiro (administrado), o servidor terá o
2) Agentes públicos - é toda pessoa que trabalhe den-
dever de indenizar.
tro da administração pública, tenha ingressado ou não por
Não obstante, agentes públicos que pratiquem atos
concurso, possua cargo, emprego ou função. Envolve os
violadores de direitos humanos se sujeitam à responsabi-
agentes políticos, os servidores públicos em geral (funcio-
nários, empregados ou temporários) e os particulares em lidade penal e à responsabilidade administrativa, todas
colaboração (por exemplo, jurado ou mesário). autônomas uma com relação à outra e à já mencionada
3) Dano causado quando o agente estava agindo nesta responsabilidade civil. Neste sentido, o artigo 125 da Lei
qualidade - é preciso que o agente esteja lançando mão nº 8.112/90:
das prerrogativas do cargo, não agindo como um particu-
lar. Artigo 125, Lei nº 8.112/1990. As sanções civis, penais
Sem estes três requisitos, não será possível acionar o e administrativas poderão cumular-se, sendo independentes
Estado para responsabilizá-lo civilmente pelo dano, por entre si.
mais relevante que tenha sido a esfera de direitos atingida. 22 SPITZCOVSKY, Celso. Direito Administrativo. 13. ed. São
Assim, não é qualquer dano que permite a responsabili- Paulo: Método, 2011.

10
LEGISLAÇÃO

No caso da responsabilidade civil, o Estado é direta- Artigo 38, CF.  Ao servidor público da administração
mente acionado e responde pelos atos de seus servido- direta, autárquica e fundacional, no exercício de mandato
res que violem direitos humanos, cabendo eventualmente eletivo, aplicam-se as seguintes disposições:
ação de regresso contra ele. Contudo, nos casos da res- I - tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou
ponsabilidade penal e da responsabilidade administrativa distrital, ficará afastado de seu cargo, emprego ou função;
aciona-se o agente público que praticou o ato. II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do
São inúmeros os exemplos de crimes que podem ser cargo, emprego ou função, sendo-lhe facultado optar pela
praticados pelo agente público no exercício de sua função sua remuneração;
que violam direitos humanos. A título de exemplo, pecula- III - investido no mandato de Vereador, havendo compa-
to, consistente em apropriação ou desvio de dinheiro pú- tibilidade de horários, perceberá as vantagens de seu cargo,
blico (art. 312, CP), que viola o bem comum e o interesse emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo
da coletividade; concussão, que é a exigência de vantagem eletivo, e, não havendo compatibilidade, será aplicada a
indevida (art. 316, CP), expondo a vítima a uma situação de norma do inciso anterior;
constrangimento e medo que viola diretamente sua digni- IV - em qualquer caso que exija o afastamento para o
dade; tortura, a mais cruel forma de tratamento humano, exercício de mandato eletivo, seu tempo de serviço será
cuja pena é agravada quando praticada por funcionário contado para todos os efeitos legais, exceto para promo-
público (art. 1º, §4º, I, Lei nº 9.455/97); etc. ção por merecimento;
Quanto à responsabilidade administrativa, menciona- V - para efeito de benefício previdenciário, no caso
-se, a título de exemplo, as penalidades cabíveis descritas de afastamento, os valores serão determinados como se no
no art. 127 da Lei nº 8.112/90, que serão aplicadas pelo exercício estivesse.
funcionário que violar a ética do serviço público, como ad-
vertência, suspensão e demissão. 6) Regime de remuneração e previdência dos servi-
dores públicos
Evidencia-se a independência entre as esferas civil, pe-
Regulamenta-se o regime de remuneração e previdên-
nal e administrativa no que tange à responsabilização do
cia dos servidores públicos nos artigo 39 e 40 da Consti-
agente público que cometa ato ilícito.
tuição Federal:
Tomadas as exigências de características dos danos aci-
ma colacionadas, notadamente a anormalidade, considera-
Artigo 39, CF. A União, os Estados, o Distrito Federal e os
-se que para o Estado ser responsabilizado por um dano,
Municípios instituirão conselho de política de administra-
ele deve exceder expectativas cotidianas, isto é, não cabe ção e remuneração de pessoal, integrado por servidores
exigir do Estado uma excepcional vigilância da sociedade designados pelos respectivos Poderes. (Redação dada pela
e a plena cobertura de todas as fatalidades que possam Emenda Constitucional nº 19, de 1998 e aplicação suspensa
acontecer em território nacional. pela ADIN nº 2.135-4, destacando-se a redação anterior: “A
Diante de tal premissa, entende-se que a responsa- União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios institui-
bilidade civil do Estado será objetiva apenas no caso de rão, no âmbito de sua competência, regime jurídico único e
ações, mas subjetiva no caso de omissões. Em outras pa- planos de carreira para os servidores da administração pú-
lavras, verifica-se se o Estado se omitiu tendo plenas con- blica direta, das autarquias e das fundações públicas”).
dições de não ter se omitido, isto é, ter deixado de agir § 1º A fixação dos padrões de vencimento e dos demais
quando tinha plenas condições de fazê-lo, acarretando em componentes do sistema remuneratório observará:
prejuízo dentro de sua previsibilidade. I -  a natureza, o grau de responsabilidade e a complexi-
São casos nos quais se reconheceu a responsabilida- dade dos cargos componentes de cada carreira;
de omissiva do Estado: morte de filho menor em creche II -  os requisitos para a investidura;
municipal, buracos não sinalizados na via pública, tentativa III -  as peculiaridades dos cargos.
de assalto a usuário do metrô resultando em morte, danos § 2º A União, os Estados e o Distrito Federal manterão
provocados por enchentes e escoamento de águas pluviais escolas de governo para a formação e o aperfeiçoamento
quando o Estado sabia da problemática e não tomou pro- dos servidores públicos, constituindo-se a participação
vidência para evitá-las, morte de detento em prisão, incên- nos cursos um dos requisitos para a promoção na carreira,
dio em casa de shows fiscalizada com negligência, etc. facultada, para isso, a celebração de convênios ou contratos
Logo, não é sempre que o Estado será responsabili- entre os entes federados.
zado. Há excludentes da responsabilidade estatal, nota- § 3º Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo
damente: a) caso fortuito (fato de terceiro) ou força maior público o disposto no art. 7º, IV, VII, VIII, IX, XII, XIII,
(fato da natureza) fora dos alcances da previsibilidade do XV,XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX, podendo a lei estabe-
dano; b) culpa exclusiva da vítima. lecer requisitos diferenciados de admissão quando a nature-
za do cargo o exigir.
5) Exercício de mandato eletivo por servidores pú- § 4º O membro de Poder, o detentor de mandato
blicos eletivo, os Ministros de Estado e os Secretários Estaduais e
A questão do exercício de mandato eletivo pelo servi- Municipais serão remunerados exclusivamente por subsídio
dor público encontra previsão constitucional em seu artigo fixado em parcela única, vedado o acréscimo de qualquer
38, que notadamente estabelece quais tipos de mandatos gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representa-
geram incompatibilidade ao serviço público e regulamenta ção ou outra espécie remuneratória, obedecido, em qualquer
a questão remuneratória: caso, o disposto no art. 37, X e XI.

11
LEGISLAÇÃO

§ 5º Lei da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos § 4º É vedada a adoção de requisitos e critérios dife-
Municípios poderá estabelecer a relação entre a maior e a renciados para a concessão de aposentadoria aos abran-
menor remuneração dos servidores públicos, obedecido, em gidos pelo regime de que trata este artigo, ressalvados, nos
qualquer caso, o disposto no art. 37, XI. termos definidos em leis complementares, os casos de ser-
§ 6º Os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário vidores:
publicarão anualmente os valores do subsídio e da I -  portadores de deficiência;
remuneração dos cargos e empregos públicos. II -  que exerçam atividades de risco;
§ 7º Lei da União, dos Estados, do Distrito Federal III -  cujas atividades sejam exercidas sob condições es-
e dos Municípios disciplinará a aplicação de recursos peciais que prejudiquem a saúde ou a integridade física.
orçamentários provenientes da economia com despesas § 5º Os requisitos de idade e de tempo de contribuição
correntes em cada órgão, autarquia e fundação, para serão reduzidos em cinco anos, em relação ao disposto no §
aplicação no desenvolvimento de programas de qualidade 1º, III, a, para o professor que comprove exclusivamente
e produtividade, treinamento e desenvolvimento, tempo de efetivo exercício das funções de magistério na
modernização, reaparelhamento e racionalização do educação infantil e no ensino fundamental e médio.
serviço público, inclusive sob a forma de adicional ou § 6º Ressalvadas as aposentadorias decorrentes dos car-
prêmio de produtividade. gos acumuláveis na forma desta Constituição, é vedada
§ 8º A remuneração dos servidores públicos a percepção de mais de uma aposentadoria à conta do
organizados em carreira poderá ser fixada nos termos do § regime de previdência previsto neste artigo.
4º. § 7º Lei disporá sobre a concessão do benefício de
pensão por morte, que será igual:
Artigo 40, CF.  Aos servidores titulares de cargos efetivos I - ao valor da totalidade dos proventos do servidor fa-
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, lecido, até o limite máximo estabelecido para os benefícios
incluídas suas autarquias e fundações, é assegurado regi- do regime geral de previdência social de que trata o art. 201,
me de previdência de caráter contributivo e solidário, acrescido de setenta por cento da parcela excedente a este
mediante contribuição do respectivo ente público, dos limite, caso aposentado à data do óbito; ou
servidores ativos e inativos e dos pensionistas, obser- II - ao valor da totalidade da remuneração do servidor
vados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e no cargo efetivo em que se deu o falecimento, até o limite
atuarial e o disposto neste artigo.
máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de
§ 1º Os servidores abrangidos pelo regime de
previdência social de que trata o art. 201, acrescido de se-
previdência de que trata este artigo serão aposentados,
tenta por cento da parcela excedente a este limite, caso em
calculados os seus proventos a partir dos valores fixados
atividade na data do óbito.
na forma dos §§ 3º e 17:
§ 8º É assegurado o reajustamento dos benefícios para
I - por invalidez permanente, sendo os proventos pro-
preservar-lhes, em caráter permanente, o valor real, confor-
porcionais ao tempo de contribuição, exceto se decor-
me critérios estabelecidos em lei.
rente de acidente em serviço, moléstia profissional ou
doença grave, contagiosa ou incurável, na forma da lei; § 9º O tempo de contribuição federal, estadual ou mu-
II - compulsoriamente, com proventos proporcionais nicipal será contado para efeito de aposentadoria e o
ao tempo de contribuição, aos 70 (setenta) anos de idade, tempo de serviço correspondente para efeito de dispo-
ou aos 75 (setenta e cinco) anos de idade, na forma de lei nibilidade.
complementar; § 10. A lei não poderá estabelecer qualquer forma de
III - voluntariamente, desde que cumprido tempo mí- contagem de tempo de contribuição fictício.
nimo de dez anos de efetivo exercício no serviço público § 11. Aplica-se o limite fixado no art. 37, XI, à soma
e cinco anos no cargo efetivo em que se dará a aposenta- total dos proventos de inatividade, inclusive quando de-
doria, observadas as seguintes condições: correntes da acumulação de cargos ou empregos públicos,
a)   sessenta anos de idade e trinta e cinco de bem como de outras atividades sujeitas a contribuição para
contribuição, se homem, e cinquenta e cinco anos de idade o regime geral de previdência social, e ao montante resul-
e trinta de contribuição, se mulher; tante da adição de proventos de inatividade com remunera-
b)  sessenta e cinco anos de idade, se homem, e ses- ção de cargo acumulável na forma desta Constituição, cargo
senta anos de idade, se mulher, com proventos propor- em comissão declarado em lei de livre nomeação e exonera-
cionais ao tempo de contribuição. ção, e de cargo eletivo.
§ 2º Os proventos de aposentadoria e as pensões, § 12. Além do disposto neste artigo, o regime de
por ocasião de sua concessão, não poderão exceder a previdência dos servidores públicos titulares de cargo
remuneração do respectivo servidor, no cargo efetivo em efetivo observará, no que couber, os requisitos e critérios
que se deu a aposentadoria ou que serviu de referência fixados para o regime geral de previdência social.
para a concessão da pensão. § 13. Ao servidor ocupante, exclusivamente, de cargo
§ 3º Para o cálculo dos proventos de aposentadoria, em comissão declarado em lei de livre nomeação e exone-
por ocasião da sua concessão, serão consideradas as ração bem como de outro cargo temporário ou de emprego
remunerações utilizadas como base para as contribuições público, aplica-se o regime geral de previdência social.
do servidor aos regimes de previdência de que tratam este § 14. A União, os Estados, o Distrito Federal e os
artigo e o art. 201, na forma da lei. Municípios, desde que instituam regime de previdência

12
LEGISLAÇÃO

complementar para os seus respectivos servidores III -  mediante procedimento de avaliação periódica
titulares de cargo efetivo, poderão fixar, para o valor das de desempenho, na forma de lei complementar, assegurada
aposentadorias e pensões a serem concedidas pelo regime ampla defesa.
de que trata este artigo, o limite máximo estabelecido § 2º Invalidada por sentença judicial a demissão do
para os benefícios do regime geral de previdência social servidor estável, será ele reintegrado, e o eventual ocupan-
de que trata o art. 201. te da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem, sem
§ 15. O regime de previdência complementar de que direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou posto
trata o § 14 será instituído por lei de iniciativa do respectivo em disponibilidade com remuneração proporcional ao tem-
Poder Executivo, observado o disposto no art. 202 e seus pa- po de serviço.
rágrafos, no que couber, por intermédio de entidades fecha- § 3º Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade,
das de previdência complementar, de natureza pública, que o servidor estável ficará em disponibilidade, com remune-
oferecerão aos respectivos participantes planos de benefícios ração proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado
somente na modalidade de contribuição definida. aproveitamento em outro cargo.
§ 16. Somente mediante sua prévia e expressa opção, § 4º Como condição para a aquisição da estabilidade,
o disposto nos §§ 14 e 15 poderá ser aplicado ao servidor é obrigatória a avaliação especial de desempenho por co-
que tiver ingressado no serviço público até a data da missão instituída para essa finalidade.
publicação do ato de instituição do correspondente regime
de previdência complementar. Art. 20, Lei nº 8.112/1990. Ao entrar em exercício, o ser-
§ 17. Todos os valores de remuneração considerados vidor nomeado para cargo de provimento efetivo ficará su-
para o cálculo do benefício previsto no § 3° serão jeito a estágio probatório por período de 24 (vinte e quatro)
devidamente atualizados, na forma da lei. meses, durante o qual a sua aptidão e capacidade serão ob-
§ 18. Incidirá contribuição sobre os proventos de jeto de avaliação para o desempenho do cargo, observados
aposentadorias e pensões concedidas pelo regime de que os seguinte fatores:
trata este artigo que superem o limite máximo estabeleci- I - assiduidade;
do para os benefícios do regime geral de previdência social II - disciplina;
de que trata o art. 201, com percentual igual ao estabelecido III - capacidade de iniciativa;
para os servidores titulares de cargos efetivos. IV - produtividade;
§ 19. O servidor de que trata este artigo que tenha V - responsabilidade.
completado as exigências para aposentadoria voluntária § 1º 4 (quatro) meses antes de findo o período do
estabelecidas no § 1º, III, a, e que opte por permanecer em estágio probatório, será submetida à homologação da
atividade fará jus a um abono de permanência equivalente autoridade competente a avaliação do desempenho do
ao valor da sua contribuição previdenciária até completar servidor, realizada por comissão constituída para essa
as exigências para aposentadoria compulsória contidas no finalidade, de acordo com o que dispuser a lei ou o
§ 1º, II. regulamento da respectiva carreira ou cargo, sem prejuízo
§ 20. Fica vedada a existência de mais de um regime da continuidade de apuração dos fatores enumerados nos
próprio de previdência social para os servidores titula- incisos I a V do caput deste artigo.
res de cargos efetivos, e de mais de uma unidade gesto- § 2º O servidor não aprovado no estágio probatório
ra do respectivo regime em cada ente estatal, ressalvado o será exonerado ou, se estável, reconduzido ao cargo
disposto no art. 142, § 3º, X. anteriormente ocupado, observado o disposto no parágrafo
§ 21. A contribuição prevista no § 18 deste artigo único do art. 29.
incidirá apenas sobre as parcelas de proventos de apo- § 3º O servidor em estágio probatório poderá exercer
sentadoria e de pensão que superem o dobro do limite quaisquer cargos de provimento em comissão ou funções
máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de de direção, chefia ou assessoramento no órgão ou entidade
previdência social de que trata o art. 201 desta Constituição, de lotação, e somente poderá ser cedido a outro órgão
quando o beneficiário, na forma da lei, for portador de doen- ou entidade para ocupar cargos de Natureza Especial,
ça incapacitante. cargos de provimento em comissão do Grupo-Direção e
Assessoramento Superiores - DAS, de níveis 6, 5 e 4, ou
7) Estágio probatório e perda do cargo equivalentes.
Estabelece a Constituição Federal em seu artigo 41, a § 4º Ao servidor em estágio probatório somente
ser lido em conjunto com o artigo 20 da Lei nº 8.112/1990: poderão ser concedidas as licenças e os afastamentos
previstos nos arts. 81, incisos I a IV, 94, 95 e 96, bem assim
Artigo 41, CF.  São estáveis após três anos de efetivo afastamento para participar de curso de formação decorren-
exercício os servidores nomeados para cargo de provi- te de aprovação em concurso para outro cargo na Adminis-
mento efetivo em virtude de concurso público. tração Pública Federal.
§ 1º O servidor público estável só perderá o cargo: § 5º O estágio probatório ficará suspenso durante as
I -  em virtude de sentença judicial transitada em jul- licenças e os afastamentos previstos nos arts. 83, 84, § 1o,
gado; 86 e 96, bem assim na hipótese de participação em curso de
II -  mediante processo administrativo em que lhe formação, e será retomado a partir do término do impedi-
seja assegurada ampla defesa; mento.

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LEGISLAÇÃO

O estágio probatório pode ser definido como um lapso TÍTULO I - DA ORGANIZAÇÃO MUNICIPAL
de tempo no qual a aptidão e capacidade do servidor serão CAPÍTULO I - DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
avaliadas de acordo com critérios de assiduidade, discipli-
na, capacidade de iniciativa, produtividade e responsabili- Art. 1º O Município de Alvorada, parte integrante da
dade. O servidor não aprovado no estágio probatório será República Federativa do Brasil e do Estado do Rio Grande
exonerado ou, se estável, reconduzido ao cargo anterior- do Sul, organiza-se autônomo em tudo que respeite a lei
mente ocupado. Não existe vedação para um servidor em local, regendo-se por esta Lei Orgânica e demais Leis que
estágio probatório exercer quaisquer cargos de provimen- adotar, respeitados os princípios estabelecidos nas Consti-
to em comissão ou funções de direção, chefia ou assesso- tuições Federal e Estadual.
ramento no órgão ou entidade de lotação. Parágrafo único. Todo poder emana do Povo, que o
Desde a Emenda Constitucional nº 19 de 1998, a disci- exerce por meio de seus representantes, ou diretamente,
plina do estágio probatório mudou, notadamente aumen- nos termos previsto nas Constituições Federal, Estadual e
tando o prazo de 2 anos para 3 anos. Tendo em vista que a nesta Lei Orgânica.
norma constitucional prevalece sobre a lei federal, mesmo
que ela não tenha sido atualizada, deve-se seguir o dispos- Art. 2º São poderes do Município, independentes, o
to no artigo 41 da Constituição Federal. Legislativo e o Executivo.
Uma vez adquirida a aprovação no estágio probató- § 1º É vedada a delegação de atribuições entre os
rio, o servidor público somente poderá ser exonerado nos Poderes.
casos do §1º do artigo 40 da Constituição Federal, notada- § 2º O cidadão investido na função de um deles não
mente: em virtude de sentença judicial transitada em jul- pode exercer a de outro.
gado; mediante processo administrativo em que lhe seja
assegurada ampla defesa; ou mediante procedimento Art. 3º É mantido o atual território do Município cujos
de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei limites só podem ser alterados nos termos da Legislação
complementar, assegurada ampla defesa (sendo esta lei Estadual.
complementar ainda inexistente no âmbito federal. Parágrafo único. A sede do Município dá-lhe o nome
e tem categoria de cidade.
8) Dos militares
Prevê o artigo 42, CF:
Art. 4º São símbolos do Município de Alvorada: a
bandeira, o brasão e outros estabelecidos em lei.
Art. 42. Os membros das Polícias Militares e Corpos de
Bombeiros Militares, instituições organizadas com base na
Art. 5º A autonomia do Município se expressa:
hierarquia e disciplina, são militares dos Estados, do Dis-
I - pela eleição direta dos Vereadores, que compõem o
trito Federal e dos Territórios.
Poder Legislativo Municipal;
§ 1º Aplicam-se aos militares dos Estados, do Distrito
Federal e dos Territórios, além do que vier a ser fixado em II - pela eleição direta do Prefeito e Vice-Prefeito, que
lei, as disposições do art. 14, § 8º; do art. 40, § 9º; e do art. compõem o Poder Executivo Municipal;
142, §§ 2º e 3º, cabendo a lei estadual específica dispor sobre III - pela Administração dos serviços públicos locais,
as matérias do art. 142, § 3º, inciso X, sendo as patentes dos IV - pela decretação e aplicação de seus tributos e
oficiais conferidas pelos respectivos governadores. receitas.
§ 2º Aos pensionistas dos militares dos Estados, do
Distrito Federal e dos Territórios aplica-se o que for fixado Art. 6º É considerada data magna do município de
em lei específica do respectivo ente estatal. Alvorada, o dia 17 de setembro.

CAPÍTULO II - DA COMPETÊNCIA
A LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE
Art. 7º Compete ao Município, no exercício de sua
ALVORADA.
autonomia:
I - organizar-se administrativamente, observadas as
legislações Federal e Estadual;
LEI ORGÂNICA MUNICIPAL, DE 03/04/1990 II - decretar suas leis, expedir decretos e atos relativos
aos assuntos de interesse local;
Nós Vereadores, representantes do povo do Município III - administrar seus bens adquiri-los e aliená-los, acei-
de Alvorada e através deste, afirmando o propósito de as- tar doações, legados e heranças e dispor de sua aplicação;
segurar, na plenitude do Estado Democrático, a autonomia IV - desapropriar, por necessidade ou utilidade pública,
municipal e os princípios constitucionais da República Fe- ou por interesse social, nos casos previstos em lei;
derativa do Brasil e do Estado do Rio Grande do Sul, pro- V - conceder e permitir os serviços públicos locais e os
mulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte LEI ORGÂ- que lhe sejam concernentes;
NICA: VI - organizar os quadros e estabelecer o regime
jurídico de seus servidores;

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LEGISLAÇÃO

VII - elaborar o Plano Diretor de Desenvolvimento Art. 9º Compete, ainda, ao Município, concorrentemente
Urbano, estabelecendo normas de edificações, de com a União ou o Estado, ou supletivamente a eles:
loteamentos, de condomínios, de zoneamento, bem como I - promover programas de construção de moradias e
diretrizes urbanísticas convenientes à ordenação de seus a melhoria das condições habitacionais e de saneamento
territórios; básico;
VIII - estabelecer normas de prevenção e controle II -  zelar pela saúde, higiene, segurança e assistência
de incêndio, de ruído, da poluição do meio ambiente, do públicas;
espaço aéreo e das águas; III - estimular o melhor aproveitamento da terra, bem
IX - conceder e permitir os serviços de transportes como as defesas contra as formas de exaustão do solo;
coletivos, táxis e outros, fixando suas tarifas, itinerários, IV - abrir e conservar estradas e caminhos e determinar
pontos de estacionamento e paradas; a execução de serviços públicos;
X - regulamentar a utilização dos logradouros públicos V - promover a defesa sanitária vegetal e animal, a
e sinalizar as faixas de rolamento e zonas de silêncio; extinção de insetos e pragas nocivas ao homem e ao meio
XI - disciplinar os serviços de carga e descarga e a ambiente;
fixação de VI - proteger os documentos, as obras e outros bens
tonelagem máxima permitida: de valor histórico, artístico e cultural, os monumentos, as
XII - estabelecer servidões administrativas necessárias paisagens notáveis e os sítios arqueológicos;
a realização de seus serviços; VII - impedir a evasão, a destruição e a descaracterização
XIII - disciplinar e fiscalizar a limpeza dos logradouros de obras de arte ou outros bens de valor histórico, artístico
públicos, remover e dar destino final dos resíduos sólidos ou cultural;
residenciais, industriais, hospitalares e de laboratórios; VIII - amparar a maternidade, a infância, a velhice e
XIV - licenciar estabelecimentos industriais, comerciais, os desvalidos coordenando e orientando os serviços no
de prestação de serviços e outros; cassar os alvarás de âmbito do Município;
licença ou localização dos que se tornarem nocivos ou IX - estimular a educação e a prática desportiva;
inconvenientes à saúde, à higiene, ao bem-estar público e X - proteger a juventude contra toda a exploração,
aos bons costumes; bem como contra os fatores que possam conduzi-la ao
XV - fixar os feriados municipais, bem como o horário abandono físico, moral e intelectual;
de funcionamento de estabelecimentos comerciais, XI - tomar as medidas necessárias para restringir a
industriais, de prestação de serviços e outros; mortalidade e a morbidez infantis, bem como medidas que
XVI - legislar sobre o serviço funcionário e cemitérios, impeçam a propagação de doenças transmissíveis;
fiscalizando os que pertencem a entidades particulares; XII - incentivar o comércio, a indústria, a agricultura, o
XVII - interditar edificações em ruínas ou em condições turismo e outras atividades que visem o desenvolvimento
de insalubridade e fazer demolir construções que ameacem econômico;
a segurança coletiva; XIII - fiscalizar a produção, a conservação, o comércio
XVIII - regulamentar qualquer meio de publicidade e e o transporte dos gêneros alimentícios destinados ao
Propaganda; espetáculos e os divertimentos públicos; abastecimento público;
XX - legislar sobre apreensão e depósito de semoventes, XIV - regulamentar e exercer outras atribuições não
mercadorias e móveis em geral, no caso transgressão de vedadas pelas Constituições Federal e Estadual.
leis e demais atos municipais, bem como sobre a forma e
condições de venda das coisas e bens apreendidos; Art. 10. Ao Município compete, suplementarmente:
XXI - legislar sobre serviços públicos e regulamentar os I - organizar serviços de previdência municipal;
processos de instalação, distribuição e consumo de água, II - criar e organizar guarda municipal destinada à
luz e energia elétrica e todos os demais serviços de caráter proteção de seus bens, serviços e instalações.
e uso coletivo;
CAPÍTULO III - DO PODER LEGISLATIVO
Art. 8º  O Município pode celebrar convênios com
a União, Estado e Municípios, mediante autorização da Art. 11. O Poder Legislativo do Município é exercido
Câmara Municipal, para execução de suas leis, serviços pela Câmara Municipal, composta por 17 (dezessete)
e decisões, bem como para executar encargos análogos vereadores, representantes do povo, eleitos no município
dessas esferas. (ADIN tornou o artigo parcialmente sem em pleito direto e secreto, funcionado de acordo com seu
efeito) Regimento.  (NR)  (redação dada pela Emenda nº 001, de
§ 1º Os convênios podem visar à realização de obras 14.12.2010).
ou à exploração de serviços públicos de interesse comum;
§ 2º Pode, ainda, o Município, através de convênios ou Art. 12. A Câmara Municipal de Vereadores reúne-se,
consórcios com outros Municípios, criar entidades inter- independentemente de convocação, no dia 1º de março de
municipais para a realização de obras, atividades ou servi- cada ano para abertura da sessão legislativa, funcionando
ços específicos de interesse comum, devendo os mesmos ordinariamente até 15 de julho e de 1º de agosto até 20
serem aprovados por lei dos Municípios que deles partici- de dezembro. (NR)  (redação estabelecida pelo art. 1º da
pem. Emenda nº 001, de 27.06.2013)

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Art. 13. No primeiro ano de cada legislatura , cuja a Parágrafo único. Sempre que o prefeito manifestar
duração coincidirá com a do mandato dos Vereadores, a propósito de expor assuntos de interesse público, a Câmara
Câmara reúne-se no dia 1o de janeiro para dar posses aos o receberá em sessão previamente designada.
Vereadores, Prefeitos e Vice-Prefeito, bem como para ele-
ger sua Mesa, a Comissão Representativa e as Comissões Art. 21 - A Câmara Municipal, a requerimento por
Permanentes, além das Lideranças de Bancada, en-trando maioria de seus membros, pode convocar Secretários Mu-
após, em recesso. nicipais, titulares de autarquias ou de instituições de que
Parágrafo único. No término de cada sessão participe o Município, para comparecerem a fim de prestar
Legislativa Ordinária, exceto a última da legislatura, são informações sobre assunto previamente designado cons-
eleitas as Mesa e as Comissões para sessão subsequente. tante da convocação.
§ 1º A falta de comparecimento do Secretário Muni-
Art. 14. A convocação extraordinária da Câmara cabe cipal ou titular equivalente, sem justificativa razoável, será
ao seu Presidente, a um terço de seus membros, à Comissão considerada desacato à Câmara, importando crime de res-
Representativa ou ao Prefeito. ponsabilidade a recusa ou o não comparecimento no prazo
§ 1º Nas sessões legislativas extraordinárias a Câmara de trinta (30) dias, bem como a prestação de informação
somente pode deliberar sobre a matéria da convocação. falsa. Se o secretário ou titular for Vereador licenciado, o
§ 2º Para as reuniões extraordinárias a convocação dos não comparecimento nas condições mencionadas caracte-
Vereadores será pessoal. rizará procedimento incompatível com a dignidade da Câ-
mara, para instauração do respectivo inquérito na forma da
Art. 15. Na composição da Mesa e das Comissões Lei Federal, e consequente cassação de mandato.
será assegurada tanto quanto possível, apresentação § 2º  Três (03) dias úteis antes do comparecimento,
proporcional dos partidos. deverá ser enviada à Câmara, exposição em torno das
informações solicitadas.
Art. 16. A Câmara Municipal funciona com a presença, § 3º Independentemente de convocação, quando o
no mínimo da maioria absoluta de seus membros e as Secretário ou titular desejarem prestar esclarecimento ou
deliberações são tomadas por maioria de votos dos solicitar providências legislativas a qualquer comissão, esta
presentes, salvo os casos previstos nesta Lei Orgânica e designará dia e hora para ouvi-lo.
no Regimento Interno.
§ 1º Quando se tratar de votação de Leis Complemen-
Art. 22. A Câmara pode criar Comissão Parlamentar de
tares, o número mínimo prescrito é de dois terços de seus
Inquérito sobre o fato determinado, nos termos do Regi-
membros.
mento Interno, a requerimento de, no mínimo, um terço de
§ 2º O Presidente da Câmara vota somente quando
seus membros.
houver empate, quando a matéria exigir a presença de dois
terços e nas votações secretas.
Art. 23. Aplicam-se aos Vereadores eleitos na forma da
Lei, as regras da Constituição Federal sobre inviolabilidade,
Art. 17. No grande expediente das sessões Plenárias
imunidade, perda de mandato, licença e impedimento.
Ordinárias será reservado um espaço e tempo para
pronunciamentos populares, através de entidade
legitimamente constituída, a ser disciplinado por Resolu- Art. 24. É vedado ao Vereador:
ção. I - desde a expedição do diploma:
a) celebrar contrato com pessoa jurídica de direito
Art. 18. As sessões da Câmara são públicas e o voto é público, autarquia, empresa pública, sociedade de economia
aberto. mista ou empresa concessionária de serviço público, salvo
Parágrafo único. O voto é secreto somente nos casos quando o contrato obedecer as cláusulas uniformes;
previstos nesta Lei Orgânica e no Regimento Interno. b) aceitar ou exercer cargo, função ou emprego
remunerado, inclusive os de que seja demissível «ad
Art. 19. A prestação de contas do Município, referente nutum» nas entidades referidas na alínea anterior, salvo
à gestão financeira de cada exercício, será encaminhada mediante aprovação em concurso público.
ao Tribunal de Contas do Estado até 31 de março do ano II - desde a posse, ser diretor, proprietário ou sócio de
seguinte. empresa beneficiado com privilégio, isenção ou favor, em.
Parágrafo único.  As contas do Município ficarão à virtude de contrato com a administração pública municipal.
disposição de qualquer contribuinte, a partir da data da Parágrafo único. Durante o prazo a que se refere
remessa das mesma ao Tribunal de Contas do Estado, pelo o art. 28, inciso II desta Lei Orgânica não se aplica a alínea b
prazo de 60 (sessenta) dias. deste artigo. (AC) (parágrafo incluído pela Emenda nº 001,
de 25.07.2011).
Art. 20. Anualmente, dentro de noventa (90) dias do
início da sessão legislativa, a Câmara receberá o Prefeito, Art. 25. Perderá o mandato o Vereador que:
em sessão especial, que informará, através de relatório, o I - infringir qualquer das disposições estabelecidas no
estado em que se encontram os assuntos municipais. artigo anterior;

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II - utilizar-se do mandato para a prática de atos de Art. 30. Compete à Câmara Municipal, com a sanção
corrupção, improbidade administrativa ou atentatória às do Prefeito:
instituições vigentes; I -  legislar sobre as matérias da competência do
III - proceder de modo incompatível com a dignidade Município;
da Câmara ou faltar com o decoro na sua conduta pública; II - votar:
IV - faltar a um décimo das sessões ordinárias e/ou a) o Plano Plurianual;
extraordinárias, salvo doença comprovada, licença ou b) as diretrizes orçamentárias;
missão autorizada pela edilidade; c) os orçamentos anuais;
V - fixar residência fora do município; d) as metas prioritárias;
VI - perder ou tiver suspenso os direitos políticos; e) o plano de auxílio e subvenções.
VII- nos casos previstos nesta Lei Orgânica, decretar a III - decretar Leis;
Justiça Eleitoral; IV - legislar sobre tributos Municipais, bem como
VIII - sofrer condenação criminal em sentença autorizar isenções, anistia fiscais e remissão de dividas;
V - legislar sobre a criação e extinção de cargos e
transitada em julgado.
funções do Município, bem como fixar e alterar vencimentos
Parágrafo único. É objeto de disposições regimentais
e outras vantagens pecuniárias;
o rito a ser seguido nos casos deste artigo, respeitada a
VI - votar Leis que disponham sobre a aquisição e
Legislação Federal.
alienação de bens imóveis;
VIl - legislar sobre a concessão e permissão de serviços
Art. 26. O Vereador investido no cargo de Secretário públicos do Município;
Municipal ou Diretoria equivalente não perde o mandato, VIII - legislar sobre a concessão e permissão de uso de
deste que se afaste do exercício de vereança. próprios municipais;
IX - dispor sobre a divisão territorial do Município,
Art. 27. Nos casos do artigo anterior e nos de licença respeitada a Legislação Estadual;
legítimo impedimento e vaga por morte ou renúncia, o X - criar, alterar, reformar ou extinguir órgãos públicos
Vereador será substituído pelo suplente, convocado nos do Município;
termos da Lei. XI - deliberar sobre empréstimos e operações de
crédito, bem como a forma e os meios de seu pagamento;
Art. 28. O Vereador poderá licenciar-se: XII - transferir, temporária , ou definitivamente, a sede
I - por motivo de doença; do Município, quando o interesse público o exigir;
II - para tratar, sem remuneração, de interesse particular, XIII - cancelar, nos termos da Lei, a dívida ativa do
desde que o afastamento não ultrapasse trinta e seis meses Município, autorizar a suspensão de sua cobrança e a
por legislatura; (NR) (inciso alterado pela Emenda nº 001, revelação de ônus e juros;
de 25.07.2011). XIV - delimitar o perímetro urbano, autorizar a alteração
III - para desempenhar missões temporárias, de caráter de denominação de próprios, vias e logradouros públicos;
cultural ou de interesse do município. XV - votar o Plano Diretor e legislar sobre o
§ 1º Ao Vereador licenciado nos termos dos incisos I e planejamento e controle do parcelamento, uso e ocupação
II, a Câmara poderá determinar o pagamento, no valor que do solo.
estabelecer e na forma que especificar, de auxílio-doença
ou de auxílio-especial. Art. 31.  É da competência exclusiva da Câmara
§ 2º O auxílio que trata o parágrafo anterior poderá ser Municipal:
I - eleger sua Mesa, bem como destituí-la na forma
cálculo da remuneração dos Vereadores.
regimental, elaborar seu Regimento Interno e dispor sobre
§ 3º A licença para tratar de interesse particular não
assuntos de sua competência privada e de sua economia
será inferior a sete dias e o Vereador não poderá reas-
interna;
sumir o exercício do mandato antes do término da li-
II - dar posse ao Prefeito, Vice-Prefeito, conhecer de
cença.  (NR)  (Redação alterada pela Emenda nº 002, de suas renúncias ou afastá-los definitivamente do cargo;
15.09.2011) III - conceder licença ao Prefeito e ao Vice-Prefeito
§ 4º Independentemente de requerimento, considerar- para afastamento do cargo;
se-á como licença o não comparecimento às reuniões de IV -  autorizar o Prefeito e o Vice-Prefeito a se afas-
Vereadores privado de sua liberdade, temporariamente, em tarem do Município, por necessidade, por mais de cin-
virtude de processo criminal em curso. co (05) dias;  (ADIN nº 70005289145 declarou o inciso
inconstitucional)
Art. 29.  A remuneração dos Vereadores será fixada V -  zelar pela conservação de sua competência,
antes do pleito de cada legislatura. sustando os atos normativos do Poder Executivo que
Parágrafo único. Se a remuneração não for fixada no exorbitem o poder regulamentador, ou se mostrem
prazo previsto no «caput» deste artigo, o valor da mesma contrários ao interesse público;
corresponderá à remuneração da legislatura anterior, VI - exercer a fiscalização da administração financeira
corrigida monetariamente. e orçamentária do Município, com auxílio do Tribunal de
Contas do Estado e julgar as contas do Prefeito;

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VII - apreciar os relatórios do Prefeito sobre a execução Art. 35. Em qualquer dos casos do artigo anterior, a
orçamentária, operações de crédito, divida pública e proposta será discutida e votada em duas sessões dentro
aplicações das Leis relativas ao planejamento urbano, de sessenta (60) dias, a contar de sua apresentação ou
à concessão ou permissão dos serviços públicos, ao recebimento, e ter-se-á por aprovada quando obtiver, em
desenvolvimento de convênios, à situação dos bens imó- ambas as votações, dois terços dos votos dos membros da
veis do Município, ao número de servidores públicos e ao Câmara Municipal.
preenchimento de cargos, empregos e funções bem como
a apreciação dos relatórios da Mesa da Câmara; Art. 36. A Emenda à Lei Orgânica será promulgada
VIII - emendar a Lei Orgânica ou reformá-Ia; pela Mesa da Câmara e o respectivo número de ordem.
IX - representar por dois terços de seus membros, para
efeito de intervenção do Município; Art. 37. A iniciativa de Leis Municipais, salvo nos casos
X - fixar a remuneração de seus membros e do Prefeito de competência exclusiva, cabe a qualquer Vereador, ao
e Vice-Prefeito; Prefeito e ao eleitorado, que a exercerá em forma de moção
XI - julgar o Prefeito, Vice - Prefeito e Vereadores nos articulada, subscrita, no mínimo, por cinco por cento (5%)
casos previstos em Lei; do eleitorado do Município.
XII - solicitar informações por escrito ao Executivo,
fiscalizar e controlar diretamente seus atos, incluídos os da Art. 38. As leis complementares somente serão
administração indireta, fundações, empresas públicas e de aprovadas se obtiverem a maioria absoluta dos votos dos
economia mista; membros da Câmara Municipal, observados os demais
XIII - solicitar informações a os órgãos estaduais, nos termos de votação das leis ordinárias.
termos do art. 12 da Constituição Estadual; Parágrafo único. Serão leis complementares, dentre
XIV - suspender a execução, no todo ou em parte, de de outras previstas nesta Lei Orgânica:
qualquer ato, resolução ou regulamento Municipal, que I - Código Tributário do Município;
haja sido, pelo Poder Judiciário, declarado infringente II - Código de Obras;
à Constituição, à Lei Orgânica e as Leis; III - Plano de Desenvolvimento Urbano Integrado;
XV - criar Comissão Parlamentar de Inquérito; IV - Código de Posturas;
XVI - propor ao Prefeito a execução de qualquer obra
V - Lei instituidora do regime jurídico único dos
ou medida que interessem a coletividade ou ao serviço
servidores municipais;
público;
VI - Lei Orgânica instituidora da guarda municipal;
XVII - conceder título de Cidadão Honorário ou
VII - Lei de criação de cargos, funções ou empregos
Conferir homenagem a pessoas que, reconhecidamente,
públicos;
tenha prestado relevantes serviços ao Município ou nele
VIII - Referendo e plebiscito.
se destacado pela atuação exemplar na vida pública e
particular.
Art. 39. No início ou em qualquer fase da tramitação
Art. 32. A comissão representativa funciona no recesso de projeto de lei de iniciativa exclusiva do Prefeito, este
da Câmara, constituída por, no mínimo, um terço (1/3) dos poderá solicitar à Câmara Municipal que aprecie no prazo
Vereadores, e tem suas atribuições previstas no Regimento de quarenta e cinco (45) dias a contar do pedido, em
Interno ou no ato que resultar sua criação. regime de urgência.
§ 1º Se a Câmara Municipal não se manifestar sobre o
Art. 33. O processo legislativo compreende a projeto, no prazo estabelecido no “caput” deste artigo, será
elaboração de: este incluído na Ordem do Dia, sobrestando-se a delibera-
I - emendas à Lei Orgânica; ção sobre os demais assuntos, para que se ultime a votação
II - Leis Complementares; sob pena de responsabilidade.
III - Leis Ordinárias; § 2º Os prazos deste artigo e seus parágrafos não cor-
IV - Leis Delegadas; rerão nos períodos de recesso da Câmara Municipal.
V - decretos legislativos.
Art. 40. Esgotados os prazos regimentais das
Art. 34. A Lei Orgânica pode ser emendada mediante comissões, sem manifestação e a requerimento de
proposta: vereador, os projetos de lei, decorridos 30 (trinta) dias de
I - de Vereadores; seu recebimento, serão incluídos na Ordem do Dia, mesmo
II - do Prefeito; sem parecer.
III - dos eleitores do Município. Parágrafo único. O projeto somente poderá ser retirado
§ 1º No caso do item I, a proposta deverá ser subscrita, da Ordem do Dia a requerimento do autor, aprovado pelo
no mínimo, por um terço dos membros da Câmara plenário ou a pedido das Lideranças. (NR) (redação dada
Municipal. pela Emenda nº 001, de 24.11.1999)
§ 2º No caso do item III, a proposta deverá ser subs-
crita, no mínimo, por cinco por cento dos eleitores do Mu- Art. 41. O projeto de lei com parecer contrário de
nicípio. todas às Comissões é tido como rejeitado.

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Art. 42. A matéria constante de projeto de lei rejeitado Art. 48. Vagando os cargos de Prefeito e Vice-Prefeito,
ou não sancionado, assim como a de proposta de emenda à far-se-á eleição noventa (90) dias depois de aberta a última
Lei Orgânica, rejeitada ou havida por prejudicada, somente vaga.
poderá constituir objeto de novo projeto, na mesma sessão Parágrafo único. Ocorrendo a vacância após cumpri-
legislativa, mediante proposta da maioria absoluta dos dos 3/4 (três quartos) do mandato do Prefeito, a eleição
membros da Câmara. para ambos os cargos será feita trinta (30) dias depois da
última vaga, pela Câmara Municipal de Vereadores.
Art. 43. Os projetos de lei aprovados pela Câmara
Municipal serão enviados ao Prefeito que, aquiescendo, os Art. 49. Compete privativamente ao Prefeito:
sancionará. I - representar o Município em juízo ou fora dele;
§ 1º Se o Prefeito julgar o projeto, no todo ou em parte, II - nomear e exonerar os secretários municipais, os
inconstitucional ou contrário ao interesse público, vetá-lo- diretores de autarquias e departamentos, além de titulares
-á, total ou parcialmente, dentro de quinze (15) dias úteis, de instituições de que participe o Município, na forma da
contados daquele em que recebeu, comunicando os moti- lei;
vos do veto ao Presidente da Câmara, dentro de 48 horas. III - iniciar o processo legislativo na forma e nos casos
§ 2º Vetado o projeto e devolvido à Câmara, será ele previstos esta lei;
submetido, dentro de trinta (30) dias, contados da data de IV - sancionar e fazer publicar leis, bem como expedir
seu recebimento, com ou sem parecer, à discussão única, decretos e regulamentos para a sua fiel execução;
considerando-se aprovado se, em votação secreta, obtiver V - vetar projetos de lei, total ou parcialmente
o voto favorável da maioria absoluta da Câmara, caso em VI - dispor sobre a organização e o funcionamento da
que será promulgado e enviado ao Prefeito. Administração Municipal, na forma da lei;
§ 3º O veto parcial somente abrangerá texto integral VII - declarar de utilidade e de necessidade pública,
do artigo, parágrafo, inciso e alínea; ou o interesse social de bens para fins de desapropriação
§ 4º O silêncio do Prefeito, decorrido o prazo que trata ou servidão administrativa e promover as respectivas ações
o parágrafo primeiro, importa em sanção, cabendo ao Pre- desapropriatórias;
sidente da Câmara promulgá-lo. VIII - expedir atos próprios de sua atividade
§ 5º Esgotado, sem deliberação, o prazo estabelecido administrativa;
no § 2º, o veto será apreciado na forma do § 1º do art. 39. IX - contratar a prestação de serviços e obras,
§ 6º Não sendo a lei promulgada dentro de quarenta observado o processo licitatório;
e oito (48) horas pelo Prefeito, nos casos dos §§ 2º e 4º X - planejar e promover a execução dos serviços
deste artigo, o Presidente da Câmara a promulgará em públicos municipais;
igual prazo. XI - prover os cargos públicos e expedir os demais atos
referentes à situação funcional dos servidores;
Art. 44. Nos casos do art. 33, incisos V e VI, considerar- XII - enviar ao Poder Legislativo o plano plurianual, o
-se-á com a votação da redação final, encerrada a elabora- projeto e lei de diretrizes orçamentárias e as propostas de
ção do Decreto e da Resolução, cabendo ao Presidente da orçamentos previstos esta Lei;
Câmara a sua promulgação. XIII - prestar, anualmente, ao Poder Legislativo, dentro
de sessenta ias (60), após a abertura do ano legislativo, as
CAPÍTULO IV - DO PODER EXECUTIVO contas referentes ao exercício anterior e remetê-las, em
prazo igual, ao Tribunal de Contas do Estado;
Art. 45. O Poder Executivo é exercido pelo Prefeito, XIV - Prestar à Câmara Municipal, dentro de dez (10)
auxiliado pelos secretários do Município. dias, as informações solicitadas, sobre fatos relacionados
ao Poder Executivo e obre a matéria legislativa em
Art. 46. O Prefeito e o Vice-Prefeito tomarão posse tramitação na Câmara, ou sujeita fiscalização do Poder
na Sessão solene de instalação da Câmara Municipal, após Legislativo; (ADIN declarou inconstitucionalidade do prazo)
a posse dos Vereadores, e prestarão o compromisso de XV - colocar à disposição da Câmara Municipal, dentro
manter, defender e cumprir a Constituição, observar as leis de quinze (15) dias de sua requisição, as quantias que
e administrar o Município, visando ao bem geral dos Mu- devam ser despendidas, de uma só vez, e, até o dia vinte
nícipes. e cinco (25) de cada mês, a parcela correspondente ao
Parágrafo único. Se o Prefeito ou Vice-Prefeito não duodécimo de sua votação orçamentária;
tomar posse, decorridos dez (10) dias da data fixada, salvo XVI - resolver sobre requerimentos, reclamações ou
motivo de força maior, o cargo será declarado vago. representações que lhe forem dirigidos em matéria da
competência do Executivo Municipal;
Art. 47. O Vice-Prefeito substituirá o Prefeito em seus XVII -  oficializar, obedecidas as normas urbanísticas
impedimentos e ausências e suceder-lhe-á no caso de vaga. aplicáveis, às ias e logradouros públicos;
Parágrafo único. Em caso de impedimento do Prefeito XVIII - solicitar o auxílio da Policia do Estado para a
e do Vice-Prefeito, ou vacância dos respectivos cargos, garantia de cumprimento de seus atos;
serão sucessivamente chamados ao exercício da Chefia do XIX -  aprovar projetos de edificações e planos de
Executivo Municipal o Presidente, o Vice-Presidente e o Io loteamento, armamento e zoneamento urbano ou para fins
Secretário da Câmara Municipal. urbanos;

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XX - revogar atos administrativos por razões de V - praticar os atos pertinentes às atribuições que lhes
interesse público e anulá-los por vício de legalidade, forem delegadas pelo Prefeito.
observado o devido processo legal; Parágrafo único. Os decretos, atos e regulamentos
XXI - administrar os bens e as rendas municipais, referentes aos serviços autônomos serão atribuídos pelo
promover o lançamento, a fiscalização e a arrecadação de Secretário de Administração.
tributos;
XXII - providenciar sobre o ensino público; Art. 54. Aplica-se aos titulares de autarquias e de
XXIII - propor ao Poder Legislativo o arrendamento, instituições de que participe o Município, o disposto
o aforamento ou a alienação de próprios municipais, bem nos artigos 51 e 52, no que couber.
como a aquisição de outros;
XXIV - propor a divisão administrativa do Município de CAPÍTULO V - DOS SERVIDORES MUNICIPAIS
acordo com alei;
XXV - publicar, até trinta (30) dias após o encerramento Art. 55. Todo e qualquer cidadão, no gozo de suas
de cada bimestre, relatório resumido da execução prerrogativas constitucionais, desde que preencha as
orçamentária; exigências da lei e não tenha completado ainda cinquenta
XXVI - enviar à Câmara Municipal de Alvorada anos de idade, poderá prestar concurso para preenchimento
cópia dos balancetes e relatório resumido da execução de cargo da Administração Pública Municipal.
orçamentária até 30 (trinta) dias após o encerramento de Parágrafo único. As disposições deste artigo são
cada bimestre. (AC) (acrescentado pela Emenda nº 002, de aplicáveis a concurso para preenchimento de qualquer
24.11.1999) cargo ou função pública municipal.

Art. 50. O Vice-Prefeito, além das atribuições que lhe Art. 56. A investidura em cargo público municipal,
são próprias, poderá exercer outras estabelecidas em lei. bem como a admissão de empresas na administração
indireta e empresas subsidiárias, dependerão de aprovação
Art. 51. Importam crimes de responsabilidades os prévia em concurso público de provas e títulos, ressalvadas
atos do Prefeito ou do Vice-Prefeito que atentem contra as nomeações para cargos em comissão, na forma que a lei
a Constituição Federal, Constituição Estadual, a esta Lei Or- estabelecer.
gânica, e, especialmente, contra: § 1º As provas deverão examinar, com rigor e caráter
I - o livre exercício dos poderes constituídos; eliminatório, os conhecimentos específicos exigidos do
II - o exercício dos direitos individuais, políticos e candidato para o exercício do cargo.
sociais; § 2º Os pontos atribuídos aos títulos não poderão
III - a probidade na administração; somar mais de vinte e cinco por cento do total dos pontos
IV - a Lei Orçamentária; do concurso.
V - o cumprimento das Leis e das decisões judiciais.
Parágrafo único. O processo e julgamento do Prefeito Art. 57. Quando da realização de concurso público
e do Vice-Prefeito, obedecerão, no que couber, ao disposto para a administração municipal, cinco por cento das vagas
no  art. 86 da Constituição Federal e especialmente o deverão ser destinadas a deficientes físicos.
disposto no Decreto nº 201, de 27 de fevereiro 1967.
Art. 58. Através de Junta Médica, julgar-se-á a
Art. 52. Os Secretários do Município, de livre nomeação capacidade para a realização do trabalho destinado ou
e demissão pelo Prefeito, são escolhidos dentre brasileiros, pretendido pelo deficiente.
maiores de 18 (dezoito) anos, no gozo dos direitos políticos
e estão sujeitos, desde a posse, às mesmas incompatibi- Art. 59. Antes do aproveitamento do candidato
lidades e proibições estabelecidas para os Vereadores no aprovado em concurso público anterior, não será admitido
que couber. qualquer outro de concurso posterior, para o mesmo cargo
ou função pública.
Art. 53. Além, das atribuições fixadas em Lei Ordinária,
compete aos Secretários do Município: Art. 60. É obrigatória a fixação de quadro de lotação
I - orientar, coordenar e executar as atividades dos mínima de cargos e funções, sem o que não será permitida
órgãos e entidades da administração municipal, na área de a nomeação de servidores.
sua competência;
II - referendar os atos e decretos do Prefeito e expedir Art. 61. Os cargos em comissão, criados por lei em
instruções para a execução das leis, decretos e regulamentos número e com remuneração certos e com atribuições
relativos aos assuntos de suas Secretarias; definidas de chefia, assistência ou assessoramento, são
III - apresentar ao Prefeito relatório anual dos serviços de livre nomeação e exoneração, observados os requisitos
realizados por suas Secretarias; gerais de provimento.
IV - comparecer à Câmara Municipal nos casos § 1º Os cargos em comissão não serão organizados
previstos nesta Lei Orgânica; em carreira.

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LEGISLAÇÃO

§ 2º A lei poderá estabelecer, a par dos gerais, requisitos IV - em qualquer caso que exija o afastamento para o
específicos de escolaridade, habilitação profissional, saúde exercício de mandato eletivo, seu tempo de serviço será
e outros para a investidura de cargo em comissão. contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção
§ 3º Aos cargos em comissão são assegurados o por merecimento;
disposto no art. 7º, IV, VI, VII, VIII e XVII da Constituição V - para efeito de benefício previdenciário, no caso de
Federal. afastamento, os valores serão determinados como se no
§ 4º - É vedada a nomeação, para cargo de provimen- exercício estivesse.
to em comissão do município, do cônjuge ou de parente
em linha reta, colateral ou por adoção, até o 2º (segundo) Art. 67. Lei Municipal regulamentará os direitos dos
grau, de detentor do cargo de Prefeito, de Vice-Prefeito, de servidores do Município, especialmente:
Secretário Municipal ou de Vereador, no exercício do man- I - gratificação por tempo de serviço;
dato ou de cargo de agente político. (NR) (redação dada II - licença-prêmio por quinquênio; (NR) (redação dada
pela Emenda nº 001, de 31.06.2007) pela Emenda nº 001, de 26.11.1997)
III -  data-base unificada para todas as categorias de
servidores;
Art. 62. O município instituirá regime jurídico único
IV - auxílio-creche, com recursos próprios ou
e planos de carreira para os servidores da administração
conveniados, aos filhos dos servidores municipais.
pública direta da autarquias e das funções públicas.
§ 1º A lei assegurará, aos servidores da administração Art. 68. O Município manterá entidade de previdência
direta, isonomia de vencimentos para cargos de atribuições e assistência à saúde de seus servidores, própria ou conve-
iguais ou assemelhados do mesmo Poder ou entre niada com as do Estado e União, mediante contribuições
servidores dos Poderes Executivo e Legislativo ressalvadas nos termos da lei.
as vantagens de caráter individual e as relativas à natureza
ou ao local de trabalho. Art. 69. O servidor será aposentado na forma definida
§ 2º Aplica-se a esses servidores o disposto no art. 7º, na  Constituição Federal e a concessão de pensão a seus
IV, VI, VII, VIII, IX, XII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII, XXIII e dependentes será regulada em lei específica.
X Constituição Federal.
§ 3º Aplica-se na duração da jornada de trabalho, o Art. 70. O Município responderá pelos danos que
disposto pelo art. 29 da Constituição Estadual. seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, sendo
obrigatório o uso de ação regressiva contra o responsável
Art. 63. São estáveis, após dois anos de exercício, nos casos de dolo ou culpa, na forma da Constituição Fe-
os servidores nomeados por concurso. (Vide A Emenda deral.
Constitucional nº 019/98, que estabeleceu que o prazo
para o servidor alcançar a estabilidade é de 03 (três) Art. 71. É vedada, a quantos prestem serviços ao
anos, após avaliação em estágio probatório) Município, atividade político-partidária nas horas e locais
de trabalho.
Art. 64. Os servidores estáveis perderão o cargo
em virtude de sentença judicial ou mediante processo Art. 72. É garantido ao servidor público municipal o
administrativo, em que lhe seja assegurada a ampla defesa.* direito à associação sindical.
Parágrafo único. Invalidada, por sentença, a demissão,
o servidor será reintegrado e quem lhe ocupava o lugar, Art. 73. É vedada:
I - a remuneração dos cargos, de atribuições iguais ou
exonerado, ou se detinha outro cargo, a este reconduzido
assemelhadas, do Poder Legislativo, superior a dos cargos
sem direito à indenização.
do Poder Executivo, ressalvadas as vantagens de caráter
individual e as relativas a natureza ou ao local de trabalho;
Art. 65. O tempo de serviço público federal, estadual II - a participação de servidores no produto da
ou de outros municípios é computado integralmente para arrecadação de tributos e multas, inclusive de dívida ativa;
efeitos de aposentadoria e disponibilidade. III - a acumulação remunerada de cargos públicos,
exceto quando houver compatibilidade de horários:
Art. 66. Ao servidor em exercício de mandato eletivo a) a de dois cargos de professor;
aplicam-se as seguintes disposições: b) a de cargo de professor com outro técnico-científico;
I - tratando-se de mandato eletivo federal ou estadual, c) a de dois cargos privativos de médico.
ficará afastado de seu cargo, emprego ou função; Parágrafo único. A proibição de acumular estende-
II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do se a cargos, funções ou empregos em autarquias e outras
cargo, emprego ou função, sendo-lhe facultado optar pela instituições de que faça parte o Município.
remuneração;
III - investido no mandato de Vereador, havendo CAPÍTULO VI - DA ESTRUTURA ADMINISTRATIVA
compatibilidade de horários, perceberá as vantagens de seu
cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração Art. 74. A administração municipal é constituída dos
do cargo eletivo e, não havendo compatibilidade, será órgãos integrados na estrutura administrativa da Prefeitura
aplicada a norma do inciso anterior; e de entidades dotadas de personalidade jurídica própria.

21
LEGISLAÇÃO

§ 1º Os órgãos da administração direta que compõem negar ou retardar a sua expedição. No mesmo prazo deve-
a estrutura administrativa da Prefeitura se organizam rão atender as requisições judiciais se outro não for fixado
e se coordenam, atendendo aos princípios técnicos pelo Juiz.
recomendáveis ao bom desempenho de suas atribuições. Parágrafo único. As certidões relativas ao Poder
§ 2º As entidades dotadas de personalidade jurídica Executivo serão fornecidas pelo Secretário ou Diretor de
própria, que compõem a Administração indireta do Administração da Prefeitura, exceto as declaratórias do
Município, se classificam em: efetivo exercício do Prefeito, que serão fornecidas pelo
I - autarquia o serviço autônomo, criado por lei, com Presidente da Câmara.
personalidade jurídica, patrimônio e receita próprios, para
executar atividades típicas da administração pública, que CAPÍTULO VIII - DOS BENS MUNICIPAIS
requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão admi-
nistrativa e financeira descentralizadas; Art. 77. Cabe ao Prefeito a administração dos bens do
II - empresa pública a entidade de personalidade Município, respeitada a competência da Câmara Municipal
jurídica de direito privado, com patrimônio e capital do quanto àqueles utilizados em seus serviços.
Município, criada por lei, para exploração de atividade
Art. 78. Todos os bens municipais deverão ser
econômica que o Município seja levado a exercer, por força
cadastrados, com a identificação respectiva, numerando-se
de contingência ou conveniência administrativa, podendo
os móveis segundo o que for estabelecido em regulamento,
revestir-se de qualquer das formas admitidas em direito; os quais ficarão sob a responsabilidade do chefe da
III - sociedade de economia mista entidade dotada Secretaria ou Diretoria a que forem distribuídos.
de personalidade jurídica de direito privado, criada por
lei, para exploração de atividades econômicas, sob forma Art. 79. Os bens patrimoniais do Município deverão
de sociedade anônima, cujas ações com direito a voto ser classificados:
pertençam, em sua maioria, ao Município ou à entidade da I - pela sua natureza;
administração indireta; II - em relação a cada serviço.
IV - fundação pública a entidade dotada de Parágrafo único. Deverá ser feita, anualmente, a
personalidade jurídica de direito privado, criada em conferência da escrituração patrimonial com os bens
virtude de autorização legislativa, para desenvolvimento existentes e, na prestação de contas de cada exercício, será
de atividades que não exijam execução por órgão ou incluído o inventário de todos os bens municipais.
entidades de direito público, com autonomia administrativa,
patrimônio próprio gerido pelos respectivos órgãos de Art. 80. A alienação de bens municipais, subordinada
direção, e, funcionamento custeado por recursos do à existência de interesse público devidamente justificado,
Município e de outras fontes. será sempre precedida de avaliação e obedecerá às
§ 3º A entidade de que trata o inciso IV do § 2º adquire seguintes normas:
personalidade jurídica com a inscrição da escritura pública I - quando imóveis, dependerá de autorização legisla-
de sua constituição no Registro Civil das Pessoas Jurídicas, tiva e concorrência pública, dispensada esta nos casos de
não se lhe aplicando as demais disposições do Código Civil doação e permuta;
concernentes as fundações. II - quando móveis, dependerá apenas da concorrência
pública, dispensada esta nos casos de doação, que será
CAPÍTULO VII - DA PUBLICIDADE E CERTIDÕES permitida exclusiva, mente para fins assistenciais ou,
quando houver interesse público relevante, justificado pelo
Art. 75. A publicidade das leis e atos municipais far- executivo.
Parágrafo único. Aplica-se o disposto no inciso II
se-á em órgão de imprensa local, e na falta deste, por afíxa-
deste artigo para alienação de bens móveis cuja avaliação
ção na sede da Prefeitura ou Câmara Municipal, conforme
ultrapasse a 50 URPs.
o caso. (Vide LM 869/1997) 
§ 1º A escolha do órgão de imprensa para a divulgação Art. 81. O Município, preferentemente à venda ou
das leis e atos administrativos far-se-á através de licitação, doação de seus bens móveis, outorgará a concessão de
em que se levarão em conta não só as condições de preço, direito real de uso, mediante prévia autorização legislativa
como as circunstâncias de preferência, horário, tiragem e e concorrência pública.
distribuição. § 1º A concorrência poderá ser dispensada, por lei,
§ 2º Nenhum ato produzirá efeito antes de sua quando o uso se destinar à concessionária de serviço pú-
publicação. blico, a entidades assistenciais, ou quando houver relevan-
§ 3º A publicação dos atos não normativos, pela te interesse público, devidamente justificado.
imprensa, poderá ser resumida. § 2º A venda aos proprietários de imóveis lindeiros e
áreas urbanas remanescentes e inaproveitáveis para edifi-
Art. 76 A Prefeitura e a Câmara Municipal são obriga- cações, resultantes de obras públicas, dependerá apenas
das a fornecer a qualquer interessado, no prazo máximo de de prévia avaliação e autorização legislativa, dispensada a
quinze (15) dias, certidões dos atos, contratos e decisões, licitação. As áreas resultantes de modificações de alinha-
desde que requeridas para fim de direito determinado, sob mento serão alienadas nas mesmas condições, quer sejam
pena de responsabilidade da autoridade ou servidor que aproveitáveis ou não.

22
LEGISLAÇÃO

Art. 82. A aquisição de bens imóveis, por compra ou § 1º O sistema tributário a que se refere o «caput»
permuta, dependerá de prévia autorização e avaliação deste artigo compreende os seguintes tributos:
legislativa. I - imposto sobre:
a) propriedade predial e territorial urbana;
Art. 83. É proibida a doação ou venda de qualquer fra- b) transmissão «inter vivos”, a qualquer título por ato
ção dos parques, praças, jardins ou largos públicos, salvo oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e
concessão de uso de pequenos espaços destinados ao pe- de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem
queno comércio. como cessão de direitos a sua aquisição;
c) venda a varejo de combustíveis líquidos e gasosos,
Art. 84. O uso de bens municipais, por terceiros, só exceto óleo diesel e gás liquefeito de petróleo para uso
poderá ser feito mediante concessão, ou permissão a título doméstico;
precário e por tempo terminado, conforme o interesse d) serviço de qualquer natureza, exceto os de
público o exigir. competência estadual, definidos em lei complementar
§ 1º A concessão de uso de bens públicos, de uso federal.
especial e dominicais, dependerá de lei e concorrência e II - taxas;
será feita mediante contrato, sob pena de nulidade do ato, III - contribuições de melhoria.
ressalvada a hipótese do art. 81, desta Lei Orgânica. § 2º O imposto previsto no inciso I, «a» do parágrafo
§ 2º A concessão administrativa de bens públicos de anterior será progressivo, nos termos de lei municipal, de
uso comum somente poderá ser outorgada para finalidades forma a assegurar o cumprimento da função social da
escolares, de assistência social ou turística, mediante propriedade.
autorização legislativa. § 3º Na cobrança de tributos municipais aplicam-se as
§ 3º A permissão de uso, que poderá incidir sobre regras contidas no art. 156 §§ 2º e 3º da Constituição Fe-
qualquer bem público, será feita, a título precário, por ato deral.
unilateral do Prefeito, através de decreto. § 4º É obrigatória a inscrição no Cadastro Fiscal de to-
dos os bens imóveis localizados na zona urbana do Municí-
Art. 85. A utilização dos bens públicos de uso especial, pio, constituindo-se em fator gerador dos impostos predial
como mercados, matadouros, estações, recintos de e territorial.
espetáculos e campos de esporte, serão feitos na forma da
lei e regulamentos respectivos. Art. 90. Pertence ainda ao Município a participação no
produto da arrecadação dos impostos e taxas da União e
CAPÍTULO IX - DOS CONSELHOS MUNICIPAIS do Estado, previstos nas Constituições Federal e Estadual, e
outros recursos que lhe sejam conferidos.
Art. 86. Os Conselhos Municipais são órgãos
governamentais que têm por finalidade auxiliar a Art. 91 - Ao Município é vedado:
administração na orientação, planejamento, interpretação I - contrair empréstimo externo sem prévia autorização
e julgamento de matéria de sua competência. do Senado Federal;
Parágrafo único. Os Conselhos poderão ser II - instituir ou aumentar impostos sem que a lei o
deliberativos mediante aprovação da Câmara estabeleça;
Municipal.  (NR)  (redação dada pela Emenda nº 002, de III - conceder anistia, remissão, isenção, benefícios e
20.11.1991). incentivos fiscais, bem como de dilatação de prazos de
pagamentos de tributos, sem prévia autorização da Câmara
Art. 87.  A lei especificará as atribuições de cada Municipal.
Conselho, sua organização, composição, funcionamento,
forma de nomeação de titular e suplente e prazo de CAPÍTULO II - DA ORDEM ECONÔMICA
duração de mandato.
Art. 92. Na organização de sua economia, em
Art. 88 Os Conselhos Municipais são compostos por cumprimento ao que estabelecem a Constituição Federal e
um numero ímpar de membros, observando, quando for o a Constituição Estadual, o Município zelará pelos seguintes
caso, a representatividade da administração, das entidades princípios:
públicas classistas e da sociedade civil organizada. I -  promoção de bem-estar do homem com fim
essencial da produção e do desenvolvimento econômico;
TÍTULO II - DO SISTEMA TRIBUTÁRIO, ECONÔMI- II -  valorização econômica e social do trabalho e do
CO, DE ORÇAMENTO E FINANÇAS PÚBLICAS trabalhador, associada a uma política de expansão das
CAPÍTULO I - DO SISTEMA TRIBUTÁRIO oportunidades de emprego e da humanização do processo
social de produção, com a defesa dos interesses do povo;
Art. 89. O sistema tributário no Município é regulado III - democratização do acesso à propriedade dos
pelo disposto na Constituição Federal, na Constituição Es- meios de produção,
tadual, nesta Lei Orgânica e em leis complementares e or- IV -  planifícação do desenvolvimento, determinante
dinárias. para o setor público e indicativo para o setor privado;

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LEGISLAÇÃO

V - integração e descentralização das opções públicas Art. 100. O Município, no desempenho de sua
setoriais; organização econômica, planejará e executará políticas
VI - condenação de atos de exploração do homem voltadas para a agricultura, o abastecimento e a
pelo homem e de exploração predatória da natureza, industrialização, especialmente quanto:
considerando-se juridicamente ilícito e moralmente I - ao desenvolvimento da propriedade em todas as
indefensável qualquer ganho individual ou social auferido suas potencialidades, e a partir da vocação e da capacidade
com base neles; do uso do solo, levando em conta a proteção ao meio
VII - integração das ações do Município com as da ambiente;
União e do Estado, no sentido de garantir a segurança II - ao fomento à produção agropecuária e a de
social, destinadas a tornar efetivos os direitos ao trabalho, alimentos de consumo interno;
educação, à cultura, ao desporto, ao lazer, à saúde, à III - ao incentivo ao cooperativismo, ao sindicalismo e
habitação e assistência social; ao associativismo;
VIII - estímulo à participação da comunidade através IV - à implantação de cinturões verdes;
de organizações representativas dela; V - ao estímulo à criação de centrais de compras para
IX - preferência aos projetos de cunho comunitário nos abastecimento de microempresas, microprodutores rurais
financiamentos públicos e incentivos fiscais. e empresas de pequeno porte, com vistas à diminuição de
preço final das mercadorias e produtos na venda ao con-
Art. 93. A intervenção do Município no domínio sumidor;
econômico dar-se-á por meios previstos em lei, para orientar VI - ao incentivo, à ampliação e à conservação da rede
e estimular a produção, corrigir distorções da atividade de estradas vicinais;
econômica e prevenir abusos do poder econômico. VII - à implantação de distritos industriais, criando
Parágrafo único. No caso de ameaça ou efetiva incentivos que visem o favorecimento para a instalação de
paralisação de serviço ou atividade essencial, pode o indústrias que não acarretem danos ao meio ambiente.
Município intervir, tendo em vista o direito da população
ao serviço ou atividade, respeitada as legislações Federal e Art. 101. O Município não pode fazer uso de
Estadual e os direitos dos trabalhadores. estabelecimento gráfico, jornal, estação de rádio, televisão,
serviço de auto-falante ou qualquer outro meio de comu-
nicação de sua propriedade, para propaganda político-par-
Art. 94. O Município combaterá a miséria, o
tidária ou fins estranhos à administração.
analfabetismo, o desemprego, a propriedade improdutiva,
a marginalização do indivíduo, a economia predatória e
CAPÍTULOIII - DO ORÇAMENTO E DAS FINANÇAS
todas as formas de degradação da condição humana.
PÚBLICAS
Art. 95. Lei Municipal definirá normas de incentivos às
Art. 102. A receita e a despesa públicas obedecerão às
formas associativas e cooperativas, as pequenas e micro
seguintes leis de iniciativa do Poder Executivo:
unidades econômicas e às empresas que estabelecerem
I - do Plano Plurianual;
participação dos trabalhadores nos lucros e na sua gestão. II - de diretrizes orçamentárias;
III - dos orçamentos anuais.
Art. 96. O Município organizará sistemas e programas § 1º A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá
de prevenção e socorro nos casos de calamidade pública as diretrizes, objetivos e metas da administração pública
em que a população tenha ameaçados seus recursos, municipal para as despesas de capital e outras delas
meios de abastecimento e de sobrevivência. decorrentes e para as relativas aos programas de duração
continuada.
Art. 97.  Os planos de desenvolvimento econômico § 2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as
do Município terão o objetivo de promover a melhoria da metas e prioridades da administração pública municipal,
qualidade de vida da população, a distribuição equitativa incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro
da riqueza, o estímulo à permanência do homem no campo subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária
e o desenvolvimento social e econômico sustentável. anual e disporá sobre as alterações na legislação tributária.
§ 3º O Poder Executivo publicará, até trinta (30) dias
Art. 98. Os investimentos do Município atenderão, em após o encerramento de cada bimestre, relatório da
caráter prioritário as necessidades básicas da população, execução orçamentária.
e deverão estar compatibilizados com o plano de § 4º Os planos e programas serão elaborados em con-
desenvolvimento econômico. sonância com o plano plurianual e apreciadas pelo Poder
Legislativo Municipal.
Art. 99. O Plano Plurianual do Município e seu orçamento § 5º A lei orçamentária compreenderá:
anual contemplarão expressamente recursos destinados ao I -  o orçamento fiscal referente aos poderes do
desenvolvimento de uma política habitacional de interesse Município, órgãos e entidades da administração direta e
social, compatível com os programas estaduais desta área. indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo
Poder Público Municipal;

24
LEGISLAÇÃO

II - o orçamento de investimentos das empresas § 2º Os créditos especiais e extraordinários terão
em que o Município, direta ou indiretamente, detenha a vigência no exercício financeiro em que forem autorizados,
maioria do capital social com direito a voto; salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos
III - o orçamento da seguridade social. quatro (04) meses daquele exercício, caso em que, reaber-
§ 6º O projeto de lei orçamentária será acompanhado tos nos limites de seus saldos, serão incorporados ao orça-
de demonstrativo de efeito sobre as receitas e despesas, mento do exercício financeiro subsequente.
decorrentes de isenções, anistias, remissões, subsídios e
benefícios de natureza financeira e tributária. Art. 105. Os recursos correspondentes às dotações
§ 7º A lei orçamentária anual não conterá dispositivo orçamentárias, compreendidos os créditos suplementares
estranho à previsão da receita e à fixação de despesa, não e especiais, destinados ao Poder Legislativo, ser-lhe-ão
se incluindo na proibição a autorização para abertura de entregues até o dia vinte e cinco (25) de cada mês.
créditos suplementares e contratação de operações de
créditos, inclusive por antecipação de receita, nos termos Art. 106. A despesa com pessoal ativo e inativo não
da lei. poderá exceder os limites estabelecidos em lei.
§ 8º A abertura de créditos suplementares, prevista no Parágrafo único. A concessão de qualquer vantagem
parágrafo anterior, não poderá ultrapassar trinta por cento ou aumento de remuneração, a criação de cargos ou
(30%) da receita prevista para o período. alterações de estrutura de carreira, bem como a demissão
de pessoal, a qualquer título, pelos órgãos e entidades
Art. 103.  Os recursos que, em decorrência de veto da administração direta e indireta, inclusive fundações
emenda ou rejeição de projeto de lei orçamentária anual, instituídas e mantidas pelo Poder Público, só poderão ser
ficarem sem despesas correspondentes, poderão ser feitas:
utilizados, conforme o caso mediante créditos especiais ou I -  se houver prévia dotação orçamentária suficiente
suplementares, com prévia autorização legislativa. para atender às projeções de despesa de pessoal e aos
acréscimos dela decorrentes;
Art. 104. São vedados: II - se houver autorização específica na lei de diretrizes
I - o início de programas ou projetos não incluídos na orçamentárias, ressalvadas as empresas públicas e as
lei orçamentária anual; sociedades de economia mista.
II - a realização de despesas ou assunção de
obrigações diretas que excedam os créditos orçamentários Art. 107.  A lei fixará o limite máximo e a relação de
ou adicionais; valores entre a maior e menor remuneração dos servidores
III - a realização de operações de crédito que excedam públicos municipais, observados, como limite máximo no
o montante das despesas de capital, ressalvadas as Município, os valores percebidos como remuneração, em
autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais espécie, pelo Prefeito.
com finalidade precisa, aprovados pelo Poder Legislativo
Municipal por maioria absoluta; Art. 108. A contratação de pessoas, físicas ou jurídicas
IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo para a execução de serviços de cobrança de créditos do
ou despesas, ressalvadas a destinação de recursos para a Município junto a terceiros, depende de prévia autorização
manutenção e desenvolvimento do ensino e a prestação do Poder Legislativo Municipal.
de garantias às operações de crédito por antecipação de
receita;. Art. 109. As despesas com publicidade dos Poderes
V - a abertura de crédito suplementar ou especial sem do Município deverão ser objeto de dotação orçamentária
prévia autorização legislativa e sem indicação dos recursos específica.
correspondentes;
VI - a transposição, o remanejamento ou a transferência Art. 110. Os projetos de lei sobre o plano plurianual,
de recursos de uma categoria de programação para outra, diretrizes orçamentárias e orçamentos anuais serão
ou de um órgão para outro, sem prévia autorização enviados pelo Prefeito ao Poder Legislativo nos seguintes
legislativa; prazos:
VII - a concessão ou utilização de créditos ilimitados; I - o projeto de lei do plano plurianual, até 30 de junho
VIII - a utilização sem autorização legislativa especifica, do primeiro ano do mandato do Prefeito; (NR) (inciso alte-
de recursos do Município para suprir necessidades ou rado pela Emenda nº 001, de 30.03.2001)
cobrir déficit de empresas ou qualquer entidade de que o II - o projeto das diretrizes orçamentárias, anualmente,
Município participe; até 30 de julho; (NR) (inciso alterado pela Emenda nº 002,
IX - a instituição de fundos de qualquer natureza, sem de 26.06.2001)
prévia autorização legislativa, exceto os previstos nesta Lei III - os projetos de lei dos orçamentos anuais, até 15 de
Orgânica. outubro de cada ano.
§ 1º Nenhum investimento cuja execução ultrapasse
um exercício financeiro, poderá ser iniciado sem prévia in- Art. 111. Os projetos de lei de que trata o artigo
clusão no plano plurianual ou sem lei que autorize a inclu- anterior, após a apreciação pelo Poder Legislativo, deverão
são, sob pena de crime de responsabilidade. ser encaminhados para sanção nos seguintes prazos:

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LEGISLAÇÃO

I - o projeto de lei do plano plurianual, até 15 de agosto Art. 118. Compete ao Município:
do primeiro ano do mandato do Prefeito, e o projeto de I - promover programas em conjunto com a União e o
lei das diretrizes orçamentárias, até 15 de setembro de Estado, ou isoladamente, visando à melhoria das condições
cada ano; (NR)  (inciso alterado pela Emenda nº 001, de do saneamento básico;
30.03.2001) II - fiscalizar, nos distritos industriais, seus efluentes;
II - os projetos de lei dos orçamentos anuais, até 15 de a)  os efluentes serão tratados e reciclados pelas
dezembro de cada ano. (NR) (inciso alterado pela Emenda empresas que o produzirem.
nº 002, de 26.06.2001) b) o Município deverá fiscalizar as empresas que não
Parágrafo único. Não atendidos os prazos atenderem às normas exigidas, aplicando a elas sanções
estabelecidos no presente artigo, os projetos nele previstos previstas em lei.
serão promulgados como lei.
Art. 119. É garantia inalienável do cidadão, no setor de
Art. 112. Caso o Prefeito não envie o projeto do saneamento básico:
orçamento anual no prazo legal, o Poder Legislativo adotará I -  abastecimento de água em quantidade suficiente
como projeto de lei orçamentária a lei do orçamento para assegurar adequada higiene e conforto, com qualidade
em vigor, com a correção das respectivas rubricas pelos compatível com os padrões de potabilidade;
índices oficiais da inflação verificadas nos doze (12) meses II - a coleta, disposição, tratamento de esgotos cloacais,
imediatamente anteriores a 15 de outubro. dos resíduos sólidos domiciliares e a drenagem das águas
pluviais, na perspectiva de prevenir ações danosas à saúde
TÍTULO III - DEFESA DO CIDADÃO, SAÚDE, MEIO e ao ambiente;
AMBIENTE E ORDEM SOCIAL III - controle de vetores, sob a ótica de proteção à
CAPÍTULO I - DA SAÚDE E DO SANEAMENTO saúde pública, com utilização de métodos específicos para
cada vetor e que não causem prejuízos ao homem, a outras
Art. 113. A saúde é um direito de todos e dever do espécies ou ao meio ambiente.
Poder Público, cabendo ao Município, supletivamente com
a União e o Estado, prover as condições indispensáveis à Art. 120. O serviço público de água e esgoto é
sua promoção, proteção e recuperação. atribuição precípua do Município, constituindo-se em dever
§ 1º O dever do Município de garantir a saúde consiste
do mesmo sua extensão progressiva a toda a população.
na formulação e execução de políticas econômicas e sociais
que visem à eliminação de riscos de doenças e outros agra-
Art. 121. A conservação e proteção das águas
vos, e no estabelecimento de condições especificas que as-
superficiais e subterrâneas, será tarefa do Município em
segurem acesso universal às ações e serviços públicos de
ação conjunta com o Estado, devendo ser previsto no Plano
saúde.
Diretor do Município, zoneamento de áreas de preservação
§ 2º O dever do Município não exclui o inerente a cada
pessoa, família e sociedade. daqueles mananciais utilizáveis para abastecimento às
populações.
Art. 114. As ações e serviços de saúde integram uma Parágrafo único. As águas subterrâneas, reservas
rede regionalizada e hierarquizada e constitui o sistema estratégicas para desenvolvimento econômico e social
único de saúde no âmbito do Município, organizado de e valioso para o suprimento de águas às populações,
acordo com o mesmo. deverão ter programa permanente de uso, de conservação
e proteção contra a poluição e super exploração.
Art. 115. O Poder Executivo deverá proporcionar
à população todas as condições para o perfeito Art. 122. A lei definirá a participação de entidades civis
estabelecimento da assistência preventiva. e outras na elaboração do plano municipal de saneamento.

Art. 116. Compete ao Município o controle do Art. 123. O Município adotará a coleta seletiva e a
transporte, do armazenamento, do manuseio e destino reciclagem de materiais como forma de tratamento dos
final de produtos tóxicos e radioativos, bem como de resíduos sólidos domiciliares e de limpeza urbana, sendo
equipamentos que geram radiação ionizante ou utilizam que o material residual deverá ser acondicionado de
material radioativo. maneira a minimizar o impacto ambiental.

Art. 117. O saneamento básico é serviço essencial e Art. 124. É vedada ao Município a destinação de
atividade preventiva das ações de saúde e meio ambiente resíduos sólidos urbanos em locais não apropriados para
e tem abrangência regional. tal, sendo estes definidos em lei.
§ 1º É dever do Município a extensão progressiva
do saneamento básico a toda a população urbana e Art. 125. O lixo hospitalar ou assemelhado é de
rural, como condição fundamental da qualidade de vida, responsabilidade de quem o produz, devendo ter
proteção ambiental e do desenvolvimento social. tratamento diferenciado.
§ 2º  A lei disporá sobre o controle da fiscalização, § 1º E de responsabilidade do Poder Público o reco-
o processamento, a destinação do lixo e dos resíduos lhimento, destinação final e incineração, exceto quando o
urbanos e industriais. produtor o fizer.

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LEGISLAÇÃO

§ 2º É de responsabilidade do produtor a armazenagem, Art. 128. O poder público, através da Secretária
até a coleta, em material e local adequados. Municipal da Saúde e Assistência Social, atuará na
fiscalização da emissão de gases tóxicos por parte das
Art. 126. Respeitados os critérios técnicos do órgão indústrias do Município e veículos automotores em trânsito,
ambiental do Estado e legislação pertinente, serão penalizando os infratores conforme lei.
proibidos os depósitos de materiais orgânicos e inorgânicos
de origem domiciliar e, principalmente, os de origem Art. 129. Cabe ao Município proteger espaço de
hospitalar, em áreas próximas das zonas habitadas, no valor ambiental paisagístico, natural e cultural, através da
perímetro mínimo de um (01) quilômetro, defeso em todos criação e administração de área de proteção ambiental,
os casos, o uso de locais de solo permeável que permitam áreas especiais, em especial as margens e a várzea do Rio
a infiltração dos chorumes, decorrentes da deterioração Gravataí bem como a Lagoa do Cocão, as margens e a vár-
daqueles elementos nos lençóis freáticos. zea do Arroio Feijó, em especial a área denominada Casca-
ta do Rincão. (NR) (redação dada pela Emenda nº 001, de
02.03.1995)
CAPÍTULO II - DO MEIO AMBIENTE
Art. 130. O poder público normatizará a utilização
Art. 127.  Todos têm direito ao meio ambiente de agrotóxicos ou equivalentes nas lavouras, atuando
ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo conjuntamente com o Estado e a União na fiscalização da
e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder produção e comercialização.
Público Municipal e à coletividade o dever de defendê-los
e preservá-lo para as presentes e futuras gerações. CAPÍTULO III - DEFESA DO CIDADÃO E ORDEM
§ 1º Para assegurar a efetividade desse direito, incum- SOCIAL
be ao Poder Público:
I - preservar e restaurar os processos ecológicos Art. 131.  O Município promoverá ação sistêmica de
essenciais e prover o manejo ecológico das espécies e proteção ao cidadão, de modo a garantir a segurança, a
ecossistemas; saúde e a defesa de seus interesses econômicos e sociais,
II - definir a diversidade e a integridade do patrimônio conforme legislação complementar e ordinária.
genético do Pais e fiscalizar as entidades dedicadas à § 1º Na proteção dos interesses sociais da cidadania, o
pesquisa e manipulação de material genético; Município coibirá, em seu território e dentro de sua com-
III -  definir espaços territoriais e seus componentes petência administrativa, quaisquer práticas discriminató-
a serem especialmente protegidos, sendo a alteração e rias, seja em razão de nascimento, idade, etnia, sexo, raça,
cor, estado civil, trabalho rural ou urbano, religião, filosofia
a supressão permitidas somente através de lei, vedada
ou convicção política, orientação sexual, deficiência física,
qualquer utilização que comprometa a integridade dos imunológica, sensorial ou mental, por ter cumprido pena
atributos que justifiquem sua proteção; ou por qualquer particularidade ou condição, observada
IV - exigir, na forma da lei, para instalação de obra a Constituição da República.
ou atividade potencialmente causadora de significativa § 2º No exercício do poder de polícia administrati-
degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto va para o cumprimento do disposto nesta Lei Orgânica o
ambiental, a que se dará publicidade; Município poderá impor penalidades de advertência, mul-
V - controlar a produção, a comercialização e o emprego ta, suspensão e cassação de alvará de licença de funcio-
de técnicas, métodos e substâncias que comportem risco namento de estabelecimentos de pessoa física ou jurídica
de vida, a qualidade de vida e ao meio ambiente; sediados no território municipal. (NR) (artigo com redação
VI - promover a educação ambiental em todos os níveis dada pela Emenda nº 002, de 11 de abril de 1995)
de ensino e a conscientização pública para a preservação
do meio ambiente; Art. 132.  A política econômica de consumo será
VII -  proteger a fauna e a flora, na forma da Lei, as planejada e executada pelo poder público, com a
práticas que coloquem em risco sua Função ecológica, participação de entidades representativas do consumidor e
provoquem a extinção de espécie ou submetam os animais dos trabalhadores dos setores de produção, industrialização,
a crueldades. comercialização, armazenamento, serviços e transportes,
atendendo, especialmente, os seguintes princípios:
§ 2º Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado
I - integrar-se a programas estaduais e federais de
a recuperar o meio ambiente degradado, de acordo com as
defesa do consumidor;
soluções técnicas exigida pelo órgão público competente, II - propiciar meios que possibilitem ao consumidor o
na forma da Lei. exercício do direito a informação à escolha e à defesa de
§ 3º As condutas e atividades consideradas lesivas seus interesses econômicos, bem como à sua segurança e
ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas a saúde;
físicas ou jurídicas, a sanções penais administrativas III - prestar atendimento e orientação ao consumidor
independentemente de obrigações de reparar os danos através de órgãos de execução especializada.
causados.
§ 4º A tutela do meio ambiente é exercida por todos os Art. 133. Os interesses da iniciativa privada não poderão
órgãos do Município. se sobrepor aos do poder público ou da coletividade.

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LEGISLAÇÃO

Art. 134. Em nível de segurança pública, o Município interesse da comunidade. A intervenção será realizada pelo
institucionalizará a adoção e a criação dos Conselhos Pró- Poder Executivo, por iniciativa própria e/ou por decisão da
Segurança Pública, defesa e segurança da comunidade e Câmara Municipal.
prevenção contra incêndio.
Art. 144. O Poder Público Municipal autorizará, na
Art. 135. O Município instalará hidrantes em todas concessão de incentivos fiscais, as formas cooperativadas.
as vilas e bairros, regulamentados ou não, obedecendo às
normas de segurança do Grupamento de Incêndio. Art. 145. Cargas de alto risco somente poderão ser
transportadas na zona urbana, após vistoria e licença da
Art. 136. O transporte coletivo é serviço púbico Secretaria da Saúde e observadas às devidas medidas de
essencial, sendo de competência do poder público segurança.
municipal o planejamento e a operação do sistema local. Parágrafo único.  Define-se como carga de alto
§ 1º A operacionalização dos serviços de transporte se risco aquela que, por sua natureza, possa causar direta
dará diretamente pelo poder público municipal ou indire- ou indiretamente danos ao meio ambiente e à saúde da
população.
tamente através de permissões, conforme lei especifica.
§ 2º  A fiscalização e controle dos serviços de
Art. 146. O Município deverá desenvolver uma política
transportes prestados pelas permissionárias competem ao
que vise a motivar o aproveitamento e a participação do
Poder Público Municipal. idoso, do menor e do deficiente na comunidade, bem como
promover programas de valorização do idoso perante seus
Art. 137. É dever do município assegurar a tarifa do familiares.
transporte compatível com o poder aquisitivo da popula-
ção, assegurando o equilíbrio financeiro, a qualidade e efi- Art. 147.  O Município, de forma autônoma ou em
ciência do sistema. conjunto com a União e o Estado, estabelecerá programas
destinados a facilitar o acesso da população de baixa renda
Art. 138. A lei disporá sobre os direitos e deveres dos à habitação, como condição essencial à qualidade de vida
usuários dos transportes coletivos. e ao desenvolvimento.
§ 1º Os programas de interesse social serão promovi-
Art. 139. Todos os usuário do transporte coletivo dos e executados com a colaboração da sociedade e obje-
pagarão tarifa real. tivarão prioritariamente:
§ 1º Política de isenção de tarifa somente será I - a regularização fundiária;
permitida mediante subsídio por parte de algum órgão, II - a dotação de infra-estrutura básica e de
seja municipal, estadual, federal ou privado. equipamentos sociais;
§ 2º É exceção ao que se refere o «caput» do artigo a III - a implantação de empreendimentos habitacionais.
passagem para estudantes, professores, deficientes físicos § 2º Serão destacados recursos no orçamento municipal
e acompanhantes e idosos maiores de sessenta (60) anos para prover, no mínimo, áreas de terras necessárias ao
e eleitores em dias de eleições gerais no país ou consultas desenvolvimento dos programas.
plebiscitárias. (NR) (redação dada pela Emenda nº 004, de § 3º O Município adotará todos os instrumentos
26.11.1997) decorrentes da legislação urbanística federal, que
concorram direta ou indiretamente para facilitar o acesso
Art. 140. Fica autorizado o Município a constituir fundo das famílias necessitadas à propriedade urbana.
municipal para formação de frota pública de transportes § 4º A lei estabelecerá os equipamentos mínimos
necessários à implantação de conjuntos habitacionais de
coletivos de passageiros.
interesse social.
Art. 141. Fica instituído o Conselho Municipal de
Art. 148.  O Município, a fim de facilitar o acesso à
Transporte urbano com a finalidade de: habitação, apoiará a construção de moradias populares
I - atuar como órgão de colaboração junto ao Poder realizadas pelos próprios interessados, por cooperativas
Público Municipal; habitacionais e através de outras modalidades alternativas.
II - propor, segundo critérios do Plano Diretor, percurso, Parágrafo único. O Município apoiará o
fluxo, cálculo tarifário e tarifa do transporte coletivo. desenvolvimento de pesquisas de materiais e sistemas
de construções alternativas e de padronização de
Art. 142. O Município deve igualmente ser o fiscalizador componentes, visando garantir a qualidade e o
do vale-transporte, passagem escolar e qualquer tipo de barateamento da construção.
subsídio definido em lei.
Art. 149. Na aprovação de qualquer projeto para a
Art. 143. Ao Município é dado o poder de intervir construção de conjuntos habitacionais e loteamentos, o
em empresas privadas de transporte coletivo, a partir do Município exigirá, do incorporador ou loteador, a edificação
momento em que as mesmas desrespeitem a política de de escolas, creches e postos de saúde, de acordo com a
transporte coletivo, junto ao plano viário, provoquem lei de loteamento e código de obras, com capacidade de
danos e prejuízos aos usuários ou pratiquem ato lesivo ao atender a demanda gerada pelo conjunto.

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LEGISLAÇÃO

Art. 150. Constituem parte integrante do zoneamento III - pluralismo de idéias e de concepção pedagógica e
de uso urbano e são consideradas prioritárias para fins de coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;
urbanização e regularização fundiária, as áreas ocupadas IV - gratuidade do ensino público nos estabelecimentos
por famílias de baixa renda, que não possuam outra oficiais,
propriedade. V - valorização dos profissionais do ensino;
Parágrafo único. Nos casos de áreas ocupadas sobre VI - gestão democrática do ensino público;
o sistema viário, destinadas as praças e escolas, e as de VII - garantia de padrão de qualidade;
preservação ecológica, deverá o Município reassentá- VII - criação de programas suplementares de material
los em outro local que ofereça as mesmas ou melhores didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à
condições de infra-estrutura básica. saúde, com o auxilio técnico e financeiro da União.

Art. 151. O direito à propriedade é inerente à natureza Art. 155. É dever do Município:
do homem, dependendo seus limites e seu uso da I - garantir o ensino fundamental, público, obrigatório
conveniência social. e gratuito, inclusive para os que não tiveram acesso a ele
§ 1º  O Município poderá, mediante lei específica, na idade própria;
para área incluída no Plano Diretor, exigir, nos termos da II - promover a progressiva extensão da obrigatoriedade
lei federal, do proprietário do solo urbano não edificado,
e gratuidade ao ensino médio;
sub-utilizado ou não utilizado, que promova seu adequado
III - oferecer ensino noturno regular adequado às
aproveitamento sob pena sucessivamente de:
condições do educando;
I - parcelamento ou edificação compulsória;
IV -  manter cursos profissionalizantes, abertos à
II - imposto sobre propriedade predial e territorial
urbana progressivo no tempo; comunidade em geral;
III - desapropriação, com pagamento mediante título V - prover meios para que, optativamente, seja oferecido
da dívida pública de emissão previamente aprovada pelo horário integral aos alunos de ensino fundamental;
Senado Federal, com prazo de resgate de até dez (10) VI - proporcionar atendimento educacional aos
anos, em parcelas anuais, iguais e sucessivas, assegurando portadores de deficiência e aos superdotados;
o valor real da indenização e os juros legais. VII - incentivar a publicação de obras e pesquisas no
§ 2º Poderá também o Município organizar fazendas campo da educação.
coletivas, orientadas ou administradas pelo Poder Público,
destinadas à formação de elementos aptos às atividades. Art. 156. O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é
direito público subjetivo.
Art. 152. O Município realizará uma política especial § 1º O não oferecimento de ensino obrigatório e
de prevenção, tratamento de reabilitação e integração gratuito ou a sua oferta irregular, pelo Poder Público,
dos deficientes e superdotados que incluirá entre outros importam responsabilidade da autoridade competente.
o seguinte: § 2º Compete ao Município, articulado com o Estado,
I -  criar mecanismos, mediante incentivos fiscais, que recensear os educandos para o ensino fundamental, fazen-
estimulem as empresas a absorver a mão-de-obra dos do-lhes a chamada anualmente.
deficientes; § 3º Transcorridos dez (10) dias úteis do pedido de
II -  ajudar a manter mediante incentivos financeiros vaga, incorra em responsabilidade administrativa a autori-
os centros regionais de habilitação e reabilitação física e dade municipal competente que não garantir, ao interessa-
profissional. do devidamente habilitado, o acesso à escola fundamental.
§ 4º A comprovação do cumprimento do dever de fre-
TÍTULO IV - DA EDUCAÇÃO, CULTURA, DESPORTO, quência obrigatória dos alunos do ensino fundamental será
CIÊNCIA, TURISMO feita por meio de instrumento apropriado, regulado em lei.
CAPÍTULO I - DA EDUCAÇÃO E CULTURA
Art. 157. É vedado às escolas públicas a cobrança de
Art. 153. A educação, direito de todos e dever do
taxas ou contribuições a qualquer título.
Município e da família, baseada na justiça social, na
democracia e no respeito aos direitos humanos, ao meio
Art. 158. Os recursos destinados às escolas públicas
ambiente e aos valores culturais, visa ao desenvolvimento
do educando como pessoa, à qualificação para o trabalho poderão ser dirigidos às escolas comunitárias, confessio-
e o exercício da cidadania. nais ou filantrópicas, definidas em lei municipal, que satis-
façam além de outras as seguintes condições:
Art. 154. O ensino será ministrado com base nos I - comprovem finalidade não lucrativa e apliquem seus
seguintes princípios: excedentes financeiros em educação;
I - igualdade de condições para o acesso e permanência II - assegurem a destinação de seu patrimônio a outra
na escola; escola comunitária, confessional ou filantrópica, ou ao
II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar Poder Público Municipal, no caso de encerramento de suas
o pensamento, a arte e o saber; atividades.

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LEGISLAÇÃO

Art. 159. Será fornecido ao Poder Legislativo Municipal, § 3º O órgão encarregado do atendimento ao excep-
semestralmente, relatório da execução financeira da cional regulará e organizará o trabalho das oficinas pro-
despesa em educação, discriminando os gastos mensais, tegidas para pessoas portadoras de deficiência, enquanto
em especial os aplicados na construção, reforma, estas não estiverem integradas no mercado de trabalho.
manutenção ou conservação das escolas, as fontes e
critérios de distribuição dos recursos e os estabelecimentos Art. 166. O Município manterá um sistema de
e instituições beneficiadas. bibliotecas escolares na rede pública municipal e exigirá a
existência de bibliotecas na rede escolar privada, cabendo-
Art. 160. Será obrigatório o atendimento odontológico -lhe fiscalizá-las.
aos estudantes das escolas municipais.
Art. 167. As escolas públicas municipais poderão
Art. 161. É facultado ao Município, mediante prever atividades de geração de renda como resultado da
autorização do Poder Legislativo, firmar convênios com natureza do ensino que ministram, na forma da lei.
entidades confessionais, filantrópicas ou comunitárias, Parágrafo único. Os recursos gerados pelas atividades
definidas em lei municipal, delegando os mesmos poderes previstas neste artigo serão aplicados na própria escola, em
para gerir e administrar escolas públicas municipais de benefício da educação de seus alunos.
ensino fundamental e pré-escola.
Art. 168. O município estimulará a cultura em suas
Art. 162. É assegurado o Plano de Carreira do múltiplas manifestações, garantindo o pleno e efetivo
Magistério Público Municipal, garantida a valorização da exercício dos respectivos direitos, bem como o acesso
qualificação e da titulação do profissional do magistério, a suas fontes em nível regional e nacional, apoiando e
independentemente do nível escolar em que atue, inclusive incentivando a produção, a valorização e a difusão das
mediante a fixação de piso salarial. manifestações culturais.
Parágrafo único. Na organização do sistema municipal Parágrafo único. É dever do Município proteger e
de ensino, serão considerados profissionais do magistério estimular as manifestações culturais dos diferentes grupos
público municipal os professores e os especialistas de étnicos formadores da sociedade alvoradense.
educação.
Art. 169. Constituem direitos culturais garantidos pelo
Art. 163. É assegurado aos pais, professores, alunos e Município:
servidores organizarem-se, em todos os estabelecimentos I - a liberdade de criação e expressão artística;
de ensino, através de associações, grêmios ou outras II - o acesso à educação artística e ao desenvolvimento
formas. da criatividade, principalmente nos estabelecimentos de
Parágrafo único. Será responsabilizada a autoridade ensino, nas escolas de arte, nos centros culturais e espaços
educacional que embaraçar ou impedir a organização ou o de associações de bairros;
funcionamento das entidades referidas neste artigo. III - o amplo acesso a todas as formas de expressão
cultural, das populares às eruditas e das regionais às
Art. 164. As escolas públicas municipais contarão com universais;
conselhos escolares, constituídos pela direção da escola e IV - o apoio e incentivo à produção, difusão e circulação
representantes dos segmentos da comunidade escolar, na dos bens culturais;
forma da lei. V -  o acesso ao patrimônio cultural do Município,
§ 1º Os diretores das escolas públicas municipais serão entendendo-se como tal o patrimônio natural e os bens
escolhidos mediante eleição, direta e uninominal, pela co- de natureza material e imaterial portadores de referências
munidade escolar, na forma da lei. à identidade, à ação e à memória dos diferentes grupos
§ 2º Os estabelecimentos públicos de ensino estarão à formadores da sociedade alvoradense, incluindo-se entre
disposição da comunidade, através de programações orga- esses bens:
nizadas em comum. a) os modos de fazer, criar e viver;
b) as criações artísticas, científicas e tecnológicas;
Art. 165. O Poder Público garantirá educação especial c) as obras, objetos, monumentos naturais e paisagens,
aos deficientes, em qualquer idade, bem como aos documentos, edificações e demais espaços públicos e
superdotados, nas modalidades que se lhes adequarem. privados destinados às manifestações políticas, artísticas e
§ 1º Assegurada a implementação de programas go- culturais;
vernamentais para a formação, qualificação e ocupação d) os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico,
dos deficientes e superdotados, garantindo aos mesmos a paisagístico, artístico, arqueológico, científico e ecológico.
prática da educação física, do lazer e do esporte, incluindo,
também, no currículo educacional. Art. 170. O Poder Público, com a colaboração
§ 2º O Poder Público poderá complementar o da comunidade, protegerá o patrimônio cultural, por
atendimento aos deficientes e aos superdotados, através meio de inventários, registros, vigilância, tombamentos,
de convênios com entidades que preencham os requisitos desapropriações e outras formas de acautelamento e
do art. 213 da Constituição Federal. preservação.

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LEGISLAÇÃO

§ 1º Os proprietários de bens de qualquer natureza CAPÍTULO III - DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA


tombados pelo Município receberão incentivos para pre-
servá-los e conservá-los, conforme definido em lei. Art. 178. Cabe ao Município, com vista a promover o
§ 2º Os danos e ameaças ao patrimônio cultural serão desenvolvimento da ciência e da tecnologia:
punidos, na forma da lei. I - proporcionar a formação e o aperfeiçoamento de
§ 3º As instituições públicas municipais ocuparão pre- recursos humanos para a ciência e tecnologia;
ferencialmente prédios tombados, desde que não haja II - incentivar e privilegiar a pesquisa tecnológica
ofensa à sua preservação. voltada ao aperfeiçoamento do uso e controle dos recursos
naturais e locais;
Art. 171. O Município e o Estado manterão, sob III - apoiar e estimular as empresas e entidades
orientação técnica do segundo, cadastro atualizado do
cooperativas, fundacionais ou autárquicas que investirem
patrimônio histórico e do acervo cultural, público e privado.
em pesquisa e desenvolvimento e na formação de recursos
Parágrafo único. O Plano Diretor do Município
humanos.
disporá, necessariamente, sobre a proteção do patrimônio
histórico e cultural. § 1º O disposto no inciso III fica condicionado à garan-
tia pelas referidas empresas e entidades, de permanência
CAPÍTULO II - DO DESPORTO E DO TURISMO no emprego aos trabalhadores, com a necessária capaci-
tação destes para o desempenho eventual de novas atri-
Art. 172. É dever do Município fomentar e amparar buições.
o desporto, o lazer e a recreação, como direitos de todos, § 2º O Município apoiará e estimulará preferencial-
mediante: mente as empresas e entidades cooperativas, fundacionais
I - a promoção prioritária do desporto educacional, em ou autárquicas, que mantenham investimentos nas áreas
termos de recursos humanos, financeiros e materiais em definidas pela política municipal de ciência e tecnologia e
suas atividades, meio e fim; aquelas que pratiquem sistemas de remuneração, assegu-
II - a dotação de instalações esportivas e recreativas rando ao empregado, desvinculado do salário, participação
para as instituições escolares públicas; nos ganhos econômicos resultantes da produtividade do
III - o incentivo à pesquisa no campo da educação seu trabalho.
física, do desporto, do lazer e do esporte ao deficiente
físico, sensorial e mental. Art. 179. O Município incentivará a criação do
Parágrafo único. Os estabelecimentos especializados laboratório central de pesquisas, com vista à realização de
em atividades de educação física, esportes e recreação estudos científicos.
ficam sujeitos a registro, supervisão e orientação normativa
do Município, na forma da lei. TÍTULO V - DISPOSIÇÃO FINAL
Art. 173. O Município, através do Conselho Municipal Art. 180. Esta Lei Orgânica e o Ato das Disposições
de Esportes congregará todas as modalidades esportivas, Transitórias, depois de assinado pelos vereadores, serão
sendo seu Diretor eleito de forma direta pelos clubes e promulgados simultaneamente pela Mesa da Câmara
entidades que dele participem.
Municipal e entrarão em vigor na data de sua publicação.
Art. 174. O Município, através do Conselho Municipal
de Esportes, promoverá anualmente, no dia primeiro (1º) de
maio, torneio envolvendo todas as modalidades esportivas, ATO DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS
em homenagem ao trabalhador.
Art. 1º O Município deverá, num prazo máximo de
Art. 175. As escolas de ensino fundamental manterão cinco (05) anos, contados a partir da promulgação desta Lei
entre seus quadros docentes, no mínimo, um (1) professor Orgânica, criar empresa municipal de transporte coletivo
de educação física. de passageiros.

Art. 176. 0 Município instituirá política municipal de Art. 2º O Município deverá, num prazo de cinco (05)
turismo e definirá diretrizes a observar nas ações públicas e anos, contados a partir da promulgação desta Lei Orgânica,
privadas, com vista a promover e incentivar o turismo como criar a Secretaria Municipal de Transportes.
fator de desenvolvimento social e econômico.
Art. 3º O Município deverá, num prazo de cinco (05)
Art. 177. Os recursos municipais destinados ao turismo anos, contados a partir da promulgação desta Lei Orgânica,
serão aplicados em projetos que dêem acesso ao lazer a criar a Secretaria Municipal de Cultura.
toda população.
Parágrafo único. As iniciativas previstas neste
artigo estender-se-ão aos pequenos proprietários rurais, Alvorada, 03 de abril de 1990.
localizados em regiões demarcadas em lei, como forma
de viabilizar alternativas econômicas que estimulem sua
permanência no meio rural.

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LEGISLAÇÃO

TÍTULO II - DO PROVIMENTO E DA VACÂNCIA


LEI MUNICIPAL Nº 730/1994 - REGIME CAPÍTULO I - DO PROVIMENTO
JURÍDICO DOS SERVIDORES PÚBLICOS
MUNICIPAIS. Art. 7º São requisitos básicos para ingresso no serviço
público municipal:
I - ser brasileiro;
II - ter idade mínima de dezoito anos;
LEI MUNICIPAL Nº 730, DE 08/12/1994 III - estar quite com as obrigações militares e eleitorais;
IV - gozar de boa saúde física e mental, comprovada
DISPÕE SOBRE O REGIME JURÍDICO DOS SERVIDO- mediante exame médico;
RES PÚBLICOS MUNICIPAIS E DÁ OUTRAS PROVIDÊN- V - ter atendido as condições prescritas em lei para o
CIAS. cargo.
VI - ter boa conduta. (AC) (acrescentado pelo art. 1º da
O Prefeito Municipal de Alvorada, no uso de suas atri- Lei Municipal nº 1.397, de 24.11.2003)
buições legais, faz saber que a Câmara Municipal aprovou e
é sancionada a seguinte Lei: Art. 8º Os cargos públicos serão providos por:
I - nomeação;
TÍTULO I - DISPOSIÇÕES PRELIMINARES II - recondução;
III - readaptação;
Art. 1º Esta Lei regulamenta o Regime Jurídico dos IV - reversão;
Servidores Públicos do Município de Alvorada, instituído V - reintegração;
pela Lei Municipal nº 588, de 19 de novembro de 1992. VI - aproveitamento;
Art. 2º Para os efeitos desta Lei, servidor público é VII - promoção.
pessoa legalmente investida em cargo público.
Art. 3º O servidor poderá ser cedido para ter o SEÇÃO II - DO CONCURSO PÚBLICO
exercício em outro órgão ou entidade dos Poderes da
União, dos Estados e dos Municípios, nas seguintes Art. 9º As normas gerais para a realização de concurso
hipóteses:  (NR)  (redação estabelecida pelo art. 1º da Lei serão estabelecidas em regulamento.
Municipal nº 2.871, de 18.03.2015)  Parágrafo único. Além das normas gerais, os concursos
I - para exercício de função de confiança; serão regidos por instruções especiais, que deverão ser ex-
II - em casos previstos em leis específicas; pedidas pelo órgão competente, com ampla publicidade.
III - para cumprimento de convênio.
Parágrafo único. A regulamentação das cedências se Art. 10. Os limites de idade para inscrição em concurso
dará através de Decreto, posteriormente a presente Lei. público será fixado em lei, de acordo com a natureza do
cargo.
Art. 4º A investidura em cargo público depende de Parágrafo único. O candidato deverá comprovar que
aprovação prévia em concurso público de provas ou de na data da abertura das inscrições atingiu a idade mínima.
provas e títulos, ressalvadas as nomeações para cargos
em comissão declarados em lei de livre nomeação e Art. 11. O prazo de validade do concurso será de até
exoneração. dois anos, prorrogável, uma vez, por igual prazo.
§ 1º A investidura em cargo de magistério municipal
será por concurso de provas e títulos; SEÇÃO III - DA NOMEAÇÃO
§ 2º Somente poderão ser criados cargos de provimento
em comissão para atender encargos de direção, chefia ou Art. 12. A nomeação será feita:
assessoramento. I - em comissão, quando tratar de cargo que, em
virtude de lei, assim deva ser provido;
Art. 5º  Função gratificada é a instituída por lei II - em caráter efetivo, nos demais casos.
para atender a encargos de direção, chefia imediata ou
assessoramento, sendo privativa de detentor de cargo de Art. 13. A nomeação em caráter efetivo obedecerá à
provimento efetivo ou servidor estável do Município, ob- ordem de classificação dos candidatos no concurso público.
servados os requisitos para o exercício.
SEÇÃO IV - DA POSSE E DO EXERCÍCIO
Art. 6º É vedado cometer ao servidor atribuições
diversas das de seu cargo, exceto encargos de direção, Art. 14. Posse é a aceitação expressa das atribuições,
chefia ou assessoramento e comissões legais. deveres e responsabilidades inerentes ao cargo público,
com o compromisso de bem servir, formalizada com a
assinatura de termo pela autoridade competente e pelo
compromisso.

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LEGISLAÇÃO

§ 1º A posse dar-se-á no prazo de até quinze dias § 3º Não poderá ser autorizado o levantamento da
contados da data de publicação do ato de nomeação, para caução antes de tomadas às contas do servidor.
os candidatos que se apresentarem em até 05 (cinco) dias § 4º O responsável por alcance ou desvio de material
após convocação, quando deverão prestar declaração de não ficará isento da ação administrativa e criminal, ainda
aceite do cargo ou fazer opção pela exclusão de seu nome que o valor da caução seja superior ao montante do
da lista ou ainda optarem por passar para o final da mesma. prejuízo causado.
A partir do aceite o prazo de 15 dias para a posse poderá
ser prorrogado por igual período. (NR) (redação estabele- SEÇÃO V - DA ESTABILIDADE
cida pelo art. 1º da Lei Municipal nº 1.397, de 24.11.2003)
§ 2º No ato da posse o servidor apresentará, Art. 20. Adquire a estabilidade, após dois anos de
obrigatoriamente, declaração sobre o exercício de outro efetivo exercício, o servidor nomeado por concurso público.
cargo, emprego ou função pública e, nos casos que a lei
indicar, declaração de bens e valores que constituem seu Art. 21. O servidor estável só perderá o cargo em
patrimônio.
virtude de sentença judicial transitada em julgado ou
mediante processo administrativo em que lhe seja
Art. 15. Exercício é o desempenho das atribuições do
assegurada ampla defesa.
cargo pelo servidor.
§ 1º É de cinco dias o prazo para o servidor entrar em
exercício, contados da data de posse. Art. 22. Ao entrar em exercício, o servidor nomeado
§ 2º Será tornado sem efeito o ato de nomeação, se para o cargo de provimento efetivo ficará sujeito a estágio
o empossado não entrar em exercício dentro do prazo probatório por período de 24 (vinte e quatro) meses,
ou, ainda, quando declarar não ser de seu interesse a durante o qual a sua aptidão e capacidade serão objeto
posse. (NR) (redação estabelecida pelo art. 1º da Lei Muni- de avaliação para o desempenho do cargo, observados os
cipal nº 1.397, de 24.11.2003) seguintes requisitos: (NR)  (redação estabelecida pela Lei
§ 3º O exercício deve ser dado pelo chefe da repartição Municipal nº 766, de 10.07.1995)
para qual o servidor for designado. I - Assiduidade;
§ 4º Quando não localizado o candidato, via II - Pontualidade;
correspondência ou telefone, deverá ser procedido III - Disciplina;
o chamamento por publicação em jornal de grande IV - Eficiência;
circulação, somente a partir da qual correrão a contar V - Responsabilidade;
quaisquer prazos. (AC)  (acrescentado pelo art. 1º da Lei VI - Relacionamento.
Municipal nº 1.397, de 24.11.2003) § 1º  Três meses antes de findo o período de
estágio probatório, será submetido à homologação da
Art. 16. Nos casos de reintegração, reversão e autoridade competente a avaliação do desempenho do
aproveitamento, o prazo de que se trata o § 1º do artigo servidor, realizada de acordo com o que dispuser a lei ou
anterior será contado da data da publicação do ato. regulamento, sem prejuízo da continuidade de apuração
dos quesitos enumerados nos incisos I a VI deste artigo.
Art. 17. A promoção, a readaptação e a recondução, § 2º  Verificado em qualquer fase do estágio, seu
não interrompem o exercício. resultado totalmente insatisfatório por três avaliações
consecutivas, será processada a exoneração do servidor,
Art. 18. O início, a interrupção e o reinício do exercício observado o disposto em regulamento.
serão registrados no assentamento individual do servidor. § 3º Sempre que se concluir pela exoneração do
Parágrafo único. Ao entrar em exercício o servidor
estagiário ser-lhe-á aberto vistas do processo, pelo prazo
apresentará, ao órgão de pessoal, os elementos necessários
de 05 (cinco) dias úteis para apresentar defesa.
ao assentamento individual.
§ 4º O servidor não aprovado no estágio probatório
será exonerado ou, se estável, reconduzido ao cargo
Art. 19. O servidor que, por prescrição legal, deva
prestar caução como garantia, não poderá entrar em anteriormente ocupado, observado o disposto no artigo
exercício sem prévia satisfação dessa exigência. 23 desta Lei.
§ 1º A caução poderá ser feita por uma das modalidades § 5º Os atuais servidores que se encontram em estágio
seguintes: probatório, serão avaliados, observados os quesitos da
I - depósito em moeda corrente; presente Lei, quando completarem 18 (dezoito) meses e 21
II - garantia hipotecária; (vinte e um) meses no desempenho do cargo, obedecendo
III - título de dívida pública; o que dispõe os parágrafos 1º, 3º e 4º.
IV - seguro fidelidade funcional, emitido por instituição [caput e §§ 1º e 2º: com alterações da Lei 766, de
legalmente autorizada. 10/07/1995]
§ 2º No caso de seguro, as contribuições referentes ao [§§ 3º, 4º e 5º: acrescentados pela Lei 766, de 10/07/1995]
prêmio serão descontadas do servidor segurado, em folha [Estágio probatório: Lei específica: 1.372/2003]
de pagamento.

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LEGISLAÇÃO

SEÇÃO VI - DA RECONDUÇÃO SEÇÃO IX - DA REINTEGRAÇÃO

Art. 23. Recondução é o retorno do servidor estável ao Art. 29. Reintegração é a investidura do servidor estável
cargo anteriormente ocupado. no cargo anteriormente ocupado, quando invalidada a sua
§ 1º A recondução decorrerá de: demissão por decisão judicial, com ressarcimento de todas
a) falta de capacidade e eficiência no exercício de outro as vantagens.
cargo de provimento efetivo; e, Parágrafo único. Reintegrado o servidor e não
b) reintegração do anterior ocupante; existindo vaga, aquele que houver ocupado o cargo
§ 2º A hipótese de recondução de que se trata a alínea será reconduzido ao cargo de origem, sem direito à
«a» do parágrafo anterior, será apurada nos termos dos indenização, aproveitamento em outro cargo ou posto em
parágrafos do art. 22 e somente poderá ocorrer no prazo disponibilidade.
de dois anos a contar do exercício em outro cargo.
§ 3º Inexistindo vaga, serão cometidas ao servidor as SEÇÃO X - DA DISPONIBILIDADE E DO APROVEI-
atribuições do cargo de origem, assegurados os direitos e TAMENTO
vantagens decorrentes, até o regular provimento.
Art. 30. Extinta o cargo ou declarada a sua
SEÇÃO VII - DA READAPTAÇÃO desnecessidade, o servidor estável ficará em disponibilidade
remunerada.
Art. 24. Readaptação é a investidura do servidor estável
em cargo de atribuições e responsabilidades compatíveis Art. 31. O retorno à atividade de servidor em
com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade físi- disponibilidade far-se-á mediante aproveitamento em
ca ou mental, verificada em inspeção médica. (NR) (reda- cargo equivalente por sua natureza e retribuição àquele de
ção estabelecida pelo art. 1º da Lei Municipal nº 1.397, de que era titular.
24.11.2003) Parágrafo único. No aproveitamento terá preferência
§ 1º A readaptação será efetivada em cargo de igual o que estiver há mais tempo em disponibilidade e, no caso
padrão de vencimento ou inferior; de empate, o que contar mais tempo de serviço público
§ 2º Realizando-se a readaptação em cargo de municipal.
padrão inferior, ficará assegurado ao servidor vencimento
correspondente ao cargo que ocupava; Art. 32. O aproveitamento de servidor que se encontre
§ 3º Inexistindo vaga serão cometidas ao servidor as em disponibilidade há mais de doze meses dependerá de
atribuições do cargo indicado, até o regular provimento. prévia comprovação de sua capacidade física e mental, por
junta médica oficial.
SEÇÃO VIII - DA REVERSÃO
Parágrafo único. Verificada a incapacidade definitiva,
o servidor em disponibilidade será aposentado.
Art. 25. Reversão é o retorno do servidor aposentado
por invalidez à atividade no serviço público municipal,
Art. 33. Será tornado sem efeito o aproveitamento
verificado, em processo, que não subsistem os motivos
e cassada a disponibilidade se o servidor não entrar em
determinantes da aposentadoria.
exercício no prazo legal, contado da data em que lhe for
§ 1º A reversão far-se-á a pedido ou de ofício,
dado ciência e da publicação do ato de aproveitamento,
condicionada sempre à existência de vaga.
salvo doença comprovada por inspeção médica.
§ 2º Em nenhum caso poderá efetuar-se a reversão
sem que, mediante inspeção médica, fique provada a
capacidade para o exercício do cargo. SEÇÃO XI - DA PROMOÇÃO
§ 3º Somente poderá ocorrer reversão para cargo
anteriormente ocupado ou, se transformado, no resultante Art. 34. As promoções obedecerão às regras
da transformação. estabelecidas na lei que dispuser sobre os planos de
carreira dos servidores municipais.
Art. 26. O servidor que, revertendo, não entrar em
exercício no prazo de trinta dias será considerado como em CAPÍTULO II - DA VACÂNCIA
abandono de cargo. (NR) (redação estabelecida pelo art. 1º
da Lei Municipal nº 1.397, de 24.11.2003) Art. 35. A vacância do cargo decorrerá de:
I - exoneração;
Art. 27. Não poderá reverter o servidor que contar II - demissão;
setenta anos de idade. III - readaptação;
IV - recondução;
Art. 28. A reversão dará direito à contagem do tempo V - aposentadoria;
em que o servidor esteve aposentado, exclusivamente para VI - falecimento;
nova aposentadoria. VII - promoção.

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LEGISLAÇÃO

Art. 36. Dar-se-á a exoneração: Art. 45.  A função gratificada poderá também ser
I - a pedido; criada em paralelo com o cargo em comissão, como
II - de ofício quando: forma alternativa de provimento da posição de confiança,
a) se tratar de cargo em comissão; hipótese em que o valor da mesma não poderá ser superior
b) de servidor não estável nas hipóteses do art. 22, a setenta por cento do vencimento do cargo em comissão.
desta Lei;
c) ocorrer posse de servidor não estável em outro Art. 46. A designação para o exercício da função
cargo acumulável, observando o disposto nos §§ 1º e 2º do gratificada, que nunca será cumulativa com o cargo
art. 144 desta Lei. em comissão, será feita por ato expresso da autoridade
competente.
Art. 37. A abertura de vaga ocorrerá na data da
Art. 47. O valor da função gratificada será percebido
publicação da Lei que criar ou do ato que formalizar
cumulativamente com o vencimento do cargo de
qualquer das hipóteses previstas no art. 35. provimento efetivo.
Art. 38. A vacância de função gratificada dar-se-á por Art. 48. O valor da função gratificada continuará sendo
dispensa, a pedido ou de ofício, ou por destituição. percebido pelo servidor que, sendo seu ocupante, estiver
Parágrafo único. A destituição será aplicada como ausente em virtude de férias, luto, casamento, licença à
penalidade, nos casos previstos nesta Lei. gestante ou paternidade, serviços obrigatórios por lei ou
atribuições decorrentes de seu cargo ou função.

TÍTULO III - DAS MUTAÇÕES FUNCIONAIS Art. 49. Será tornada sem efeito a designação do
CAPÍTULO I - DA SUBSTITUIÇÃO servidor que não entrar no exercício da função gratificada
no prazo de dois dias a contar do ato de investidura.
Art. 39. Dar-se-á substituição de titular de cargo
em comissão ou de função gratificada durante o seu Art. 50.  O provimento de função gratificada poderá
impedimento legal. recair também em servidor de outra entidade pública
§ 1º  Poderá ser organizada e publicada no mês de posto a disposição do Município sem prejuízo de seus
janeiro a relação de substitutos para o ano todo. vencimentos.
§ 2º Na falta dessa relação, a designação será feita em
Art. 51. É facultado ao servidor efetivo do Município,
cada caso.
quando indicado para exercício de cargo em comissão,
optar pelo provimento sob a forma de função gratificada
Art. 40. O substituto fará jus ao vencimento do cargo correspondente.
em comissão ou do valor da função gratificada, se a
substituição ocorrer por prazo superior a sete dias. Art. 52. A lei indicará os casos e condições em que os
cargos em comissão serão exercidos preferencialmente por
servidores ocupantes de cargos de provimento efetivo.
CAPÍTULO II - DA REMOÇÃO
TÍTULO IV - DO REGIME DE TRABALHO
Art. 41. A remoção é o deslocamento do servidor de CAPÍTULO - DE HORÁRIO E DO PONTO
uma para a outra repartição.
§ 1º A remoção poderá ocorrer: Art. 53. O Prefeito determinará, quando não
I - a pedido, atendida a conveniência do serviço; estabelecido em lei ou regulamento, o horário de
II - de ofício, no interesse da administração. expediente das repartições.

Art. 42. A remoção será feita por ato da autoridade Art. 54. O horário normal de trabalho de cargo ou
competente. função é o estabelecido na legislação específica, não
podendo ser superior a oito horas diárias e quarenta horas
semanais.
Art. 43. A remoção por permuta será precedida de
requerimento firmado por ambos os interessados. Art. 55.  Atendendo a conveniência ou a necessidade
do serviço, e mediante acordo escrito, poderá ser instituído
CAPÍTULO III - DO EXERCÍCIO DE FUNÇÃO DE sistema de compensação de horário, hipótese em que
CONFIANÇA a jornada diária poderá ser superior a oito horas, sendo
o excesso de horas compensado pela correspondente
Art. 44.  O exercício de função de confiança pelo diminuição em outro dia, observada sempre a jornada
servidor público efetivo, poderá ocorrer sob a forma de máxima semanal. Poderá ainda o servidor também mediante
função gratificada. acordo escrito ser convocado para prestar: (NR) (redação
estabelecida pela Lei Municipal nº 1.026, de 22.09.1999)

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LEGISLAÇÃO

I - Regime Especial de Trabalho podendo ser: CAPÍTULO II - DO SERVIÇO EXTRAORDINÁRIO


a) De tempo integral quando for prestado em 2 (dois)
turnos diários correspondendo à quarenta horas semanais Art. 57. A prestação de serviços extraordinário só
de trabalho. poderá ocorrer por expressa determinação da autoridade
b) Suplementar ou complementar quando for acrescido competente, mediante solicitação fundamentada do chefe
10 horas à jornada de trabalho não ultrapassando 40 horas da repartição, ou de ofício.
semanais. (NR) (redação estabelecida pela Lei Municipal nº § 1º O serviço extraordinário será remunerado por hora
1.082, de 02.05.2000) de trabalho que exceda o período normal, com acréscimo
§ 1º A convocação de funcionários para o Regime de cinquenta por cento em relação à hora normal em dias
Especial de Trabalho poderá ser por período de até 2 úteis e aos domingos e feriados com acréscimo de cem por
(dois) anos, prorrogando-se automaticamente, salvo cento em relação à hora normal.
manifestação em contrário do funcionário ou da § 2º Excetua-se do parágrafo anterior o servidor que
administração. (NR) (redação estabelecida pela Lei Munici-
ocupa cargo de vigia, o qual perceberá as horas excedentes
pal nº 1.082, de 02.05.2000)
com acréscimo de cinquenta por cento aos domingos e
§ 2º O funcionário enquanto convocado para o Regime
cem por cento nos feriados.
Especial de Trabalho, terá direito a uma gratificação sobre a
§ 3º Salvo casos excepcionais, devidamente justificados,
remuneração nas seguintes bases: (NR) (redação estabele-
cida pela Lei Municipal nº 1.082, de 02.05.2000) não poderá o trabalho em horário extraordinário exceder a
I - 33,3% para jornada original de 30 horas acrescida duas horas diárias.
de 10 horas;
II - 50% para jornada original de 20 horas, acrescida Art. 58. O serviço extraordinário, excepcionalmente,
de 10 horas; poderá ser realizado sob a forma de plantões para assegurar
III - 100% para jornada original de 20 horas, acrescida o funcionamento dos serviços municipais ininterruptos.
de 20 horas; Parágrafo único. O plantão extraordinário visa à
IV - 100% para jornada de 22 horas, acrescida de 22 substituição de plantonista titular legalmente afastado ou
horas. em falta ao serviço.
§ 3º O funcionário convocado para o Regime Especial
de Trabalho, não poderá perceber gratificação relativa a Art. 59. O exercício de cargo em comissão ou em
serviço extraordinário. função gratificada, exclui a remuneração por serviço ex-
§ 4º Não poderá perceber, mensalmente, a título de traordinário.
remuneração, importância superior a 11/12 avos dos Parágrafo único. Não se aplica o disposto no ca-
valores fixados como remuneração, em espécie a qualquer, put deste artigo, a hipótese de o valor da gratificação por
título, para Secretário Municipal, o funcionário convocado exercício de função gratificada (FG) ser de valor inferior a
para o regime especial de trabalho, conforme estabelece 2/3 (dois terços) do vencimento básico do cargo.
o art. 65 da Lei Municipal nº 730/94.
§ 5º A convocação de funcionários para o Regime CAPÍTULO III - DO REPOUSO SEMANAL
Especial de Trabalho será efetivada através de Portaria do
Prefeito e terá eficácia a partir da assinatura do termo de Art. 60. O servidor tem direito a repouso remunerado,
compromisso em que o funcionário declare vincular-se ao num dia de cada semana, preferencialmente aos domingos,
regime, obrigando-se a cumprir as condições prescritas bem como nos dias feriados civis e religiosos.
para o mesmo. § 1º A remuneração do dia de repouso corresponderá
a um dia normal de trabalho.
Art. 56. A frequência do servidor será controlada:
§ 2º Na hipótese de servidores com remuneração
I - pelo ponto;
por produção, peça ou tarefa, a remuneração do repouso
II - pela forma determinada em regulamento, quanto
corresponderá ao total da produção da semana, dividido
aos servidores não sujeitos ao ponto;
§ 1º Ponto é o registro, mecânico ou não, que assinala pelos dias úteis da mesma semana.
o comparecimento do servidor ao serviço e pelo qual se § 3º Consideram-se já remunerados os dias de repouso
verifica, diariamente, a sua entrada e saída; semanal do servidor mensalista ou quinzenalista, cujo ven-
§ 2º Salvo nos casos do inciso II deste artigo, é vedado cimento remunera trinta ou quinze dias, respectivamente.
dispensar o servidor do registro do ponto e abonar faltas
ao serviço. Art. 61. Perderá a remuneração do repouso o servidor
§ 3º As faltas injustificadas só poderão ser registradas que tiver faltado, sem motivo justificado, ao serviço durante
após a expressa cientificação do servidor e dada a oportu- a semana, mesmo que em apenas um turno.
nidade de recurso, primeiro a chefia imediata e, em última Parágrafo único.  São motivos justificados as
instância ao Prefeito, nos termos do art. 121 e seguintes da concessões, licenças e afastamentos previstos em lei,
Lei Municipal nº 730/94. (AC) (acrescentado pelo art. 1º da nas quais o servidor continua com direito ao vencimento
Lei Municipal nº 1.320, de 29.11.2002) normal, como se em exercício estivesse.

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LEGISLAÇÃO

Art. 62. Nos serviços públicos ininterruptos poderá Art. 69. Salvo por imposição legal, ou mandato
ser exigido o trabalho nos dias feriado civis e religiosos, judicial, nenhum desconto incidirá sobre a remuneração ou
hipóteses em que as horas trabalhadas serão pagas com provento.
acréscimo de cem por cento, salvo a concessão de outro Parágrafo único. Mediante autorização do servidor,
dia de folga compensatória. poderá haver consignação em folha de pagamento a
Parágrafo único. O servidor ocupante de cargo de favor de terceiros, a critério da administração e com
vigia terá direito a um (1) domingo por mês para repouso, reposição de custo, até o limite de quarenta por cento da
ficando a critério da administração conforme escala de remuneração. (NR) (redação estabelecida pelo art. 1º da Lei
serviço as demais folgas semanais, podendo recair em Municipal nº 1.940, de 06.06.2008)
qualquer dia da semana.
Art. 70. As reposições devidas à Fazenda Municipal
TÍTULO V - DOS DIREITOS E VANTAGENS poderão ser feitas em parcelas mensais, corrigidas
CAPÍTULO I - DO VENCIMENTO E DA REMUNERAÇÃO monetariamente, e mediante desconto em folha de
pagamento.
Art. 63. Vencimento é a retribuição para o servidor § 1º O valor de cada parcela não poderá exceder a
pelo efetivo exercício do cargo, correspondente ao valor vinte por cento da remuneração do servidor.
básico fixado em lei. § 2º O servidor será obrigado a repor de uma só vez,
a importância do prejuízo causado a Fazenda Municipal
Art. 64. Remuneração é o vencimento acrescido das em virtude de alcance, desfalque, ou omissão em efetuar o
vantagens pecuniárias, permanentes ou temporárias, recolhimento ou entradas nos prazos legais.
estabelecido em lei.
§ 1º (VETADO); Art. 71. O servidor em débito com o Erário, que
§ 2º (VETADO). demitido, exonerado ou que tiver sua disponibilidade
cassada, terá de repor a quantia de uma só vez.
Art. 65. Nenhum servidor poderá perceber, Parágrafo único. A não quitação do débito implicará
mensalmente, a título de remuneração, importância superior em sua inscrição em dívida ativa e cobrança judicial.
a 11/12 avos dos valores fixados como remuneração, em
espécie a qualquer título, para Secretário Municipal. CAPÍTULO II - DAS VANTAGENS

Art. 66. A maior remuneração atribuída a cargo público Art. 72. Além do vencimento, poderão ser pagas ao
não será superior a doze vezes o valor do menor padrão de servidor as seguintes vantagens:
vencimentos. I - indenizações;
Parágrafo único. Em qualquer hipótese, o total dos II - gratificações e adicionais;
valores percebidos como remuneração, em espécie, a III - auxílio para diferença de caixa.
qualquer título, por servidor público municipal, não poderá § 1º As indenizações não se incorporam ao vencimento
ser superior aos valores percebidos como remuneração, em ou provento para qualquer efeito.
espécie, pelo Prefeito. § 2º  As gratificações, os adicionais, os prêmios e os
auxílios incorporam-se ao vencimento, ou provento, nos
Art. 67. Excluem-se dos tetos de remuneração casos e condições indicados em lei.
estabelecidos nos artigos precedentes as vantagens
previstas nos arts. 81, incisos I a IV, e 93, a remuneração Art. 73. As vantagens pecuniárias não serão
por serviços extraordinários e o acréscimo de um terço por computadas nem acumuladas para efeito de concessão de
férias. quaisquer outros acréscimos pecuniários ulteriores, sob o
Parágrafo único. Em qualquer hipótese, o total dos mesmo título ou idêntico fundamento.
valores percebidos como remuneração, em espécie, a
qualquer título, por servidor público municipal, não poderá SEÇÃO I - DAS INDENIZAÇÕES
ser superior aos valores percebidos como remuneração, em
espécie, pelo Prefeito. Art. 74. Constituem indenizações ao servidor:
I - diárias;
Art. 68. O servidor perderá: II - ajuda de custo;
I - a remuneração dos dias que faltar ao serviço, bem III - transporte.
como dos dias de repouso da respectiva semana, sem
prejuízo da penalidade disciplinar cabível; SUBSEÇÃO I - DAS DIÁRIAS
II - a parcela da remuneração diária, proporcional aos
atrasos, ausências e saídas antecipadas, superior a dez Art. 75. O servidor público que deslocar-se do
minutos, sem prejuízo da penalidade cabível; Município, no interesse da Administração, no desempenho
III - metade da remuneração na hipótese prevista de suas atribuições, funções, missão de estudo ou em
no parágrafo único do art. 142. representação, por período de até 30 (trinta) dias, serão
concedidas, antecipadamente, diárias a título de indenização

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LEGISLAÇÃO

das despesas de estadia, translado e alimentação. (NR) (re- Art. 77-A. O servidor que perceber diárias deverá,
dação estabelecida pelo art. 1º da Lei Municipal nº 2.955, de obrigatoriamente, efetuar a prestação de contas, no prazo
16.12.2015) de 05 (cinco) dias úteis após o retorno ao Município, por
§ 1º  Entende-se por translado, para fins desta Lei, os meio de formulário próprio atestado pela chefia imediata,
deslocamentos realizados na localidade do evento, estudo devendo constar no processo de prestação de contas
ou missão. certificado ou atestado de frequência ou comparecimento
§ 2º Quando necessário e autorizado pelo Secretário e documento fiscal de despesas que comprove a presença
Municipal de Administração, desde que efetivamente ou participação do servidor beneficiário no local em que se
comprovado que o próprio servidor arcou com as despesas realizou o evento, curso ou atividade, conforme solicitação
com transporte, combustível, estacionamento ou pedágio, de diárias. (AC) (artigo acrescentado pelo art. 2º da Lei Mu-
este será ressarcido mediante apresentação dos respectivos nicipal nº 2.955, de 16.12.2015)
comprovantes que serão anexados ao relatório de viagem. § 1º Compete ao Secretário Municipal de Administração,
ou servidor por ele delegado, a aprovação da prestação de
contas dos servidores.
Art. 76. A diária será concedida por período de 24
§ 2º O servidor que receber diárias e, por qualquer
(vinte e quatro) horas de afastamento, sendo devida
motivo, não se afastar da sede do Município, deverá
em apenas 25% (vinte e cinco por cento) para cada um
restituí-las no prazo de 03 (três) dias contados da data de
quarto deste período, no valor equivalente a 1,5 UPR para recebimento.
deslocamentos para dentro do Estado e 3,5 UPR para § 3º Caso o servidor retorne ao Município em prazo
deslocamentos para fora do Estado, conforme quadro inferior ao previsto para seu afastamento, restituirá as
abaixo: (NR) (redação estabelecida pelo art. 1º da Lei Muni- diárias excedentes no prazo previsto no parágrafo primeiro
cipal nº 2.955, de 16.12.2015) deste artigo, contado da data de seu retorno.
§ 4º Os valores correspondentes a restituição das diárias
não utilizadas no prazo legal, serão objeto de desconto em
Valor para Dentro Valor para Fora folha de pagamento, podendo sujeitar-se a procedimento
Período disciplinar.
do Estado do Estado
24 horas 1,5 UPR 13,5 UPR SUBSEÇÃO II - DA AJUDA DE CUSTO
Acima de 12 Art. 78. A ajuda de custo destina-se a cobrir as despesas
0,75 UPR 11,75 UPR
horas de viagem e instalação do servidor que for designado para
Acima de 6 exercer missão ou estudo fora do Município, por tempo
0,5 UPR 1,15 UPR que justifique a mudança temporária de residência.
horas
Parágrafo único. A concessão da ajuda de custo ficará
Acima de 4 a critério da autoridade competente, que considerará os
0,3 UPR 10,8 UPR aspectos relacionados com a distância percorrida, o número
horas
de pessoas que acompanharão o servidor e a duração da
§ 1º Os valores das diárias serão corrigidos de acordo ausência.
com o reajuste aplicado à UPR, se houver.
§ 2º Não serão devidas diárias: Art. 79. A ajuda de custo não poderá exceder o dobro
I - para deslocamentos para a região metropolitana de do vencimento do servidor, salvo quando o deslocamento
Porto Alegre; for para o exterior, caso em que poderá ser até quatro
II - quando no custo da inscrição do evento estiver vezes o vencimento, desde que arbitrada justificadamente.
incluso transporte, alimentação e estadia;
SUBSEÇÃO III - DO TRANSPORTE
III - quando o deslocamento do servidor constituir
exigência permanente do cargo, salvo quando o
Art. 80. Conceder-se-á indenização de transporte
afastamento exigir pernoite.
ao servidor que realizar despesas com a utilização de
meio próprio de locomoção para a execução de serviços
Art. 77. As solicitações de diárias deverão ser
externos, por força das atribuições próprias do cargo, nos
encaminhadas para a Secretaria Municipal de Administração termos de lei específica.
através de formulário próprio, atestado pela chefia imediata
que requereu o afastamento do servidor, com no mínimo SEÇÃO II - DAS GRATIFICAÇÕES E ADICIONAIS
07 (sete) dias úteis de antecedência para fins de confecção
e pagamento das mesmas. (NR)  (redação estabelecida Art. 81.  Constituem gratificações e adicionais dos
pelo art. 1º da Lei Municipal nº 2.955, de 16.12.2015) servidores municipais:
Parágrafo único. Do requerimento constarão, I - gratificação natalina;
obrigatoriamente, a identificação do agente, o evento com II - adicional por tempo de serviço;
respectivos comprovantes ou convites, a localidade de III - adicional pelo exercício de atividades em condições
destinos, datas e horários de saída e regresso e o meio de penosas, insalubres ou perigosas;
transporte a ser utilizado. IV - adicional noturno.

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LEGISLAÇÃO

SUBSEÇÃO I - DA GRATIFICAÇÃO NATALINA Art. 90. Os adicionais de penosidade, insalubridade e


periculosidade não são acumuláveis, cabendo ao servidor
Art. 82. A gratificação natalina corresponde a um doze optar por um deles, quando for o caso.
avos da remuneração a que o servidor fizer jus no mês de
dezembro, por mês de exercício, no respectivo ano. Art. 91. O direito ao adicional de penosidade, insa-
§ 1º Os adicionais de insalubridade, periculosidade, lubridade ou periculosidade, cessa com a eliminação das
penosidade e noturno, as gratificações e o valor de fun- condições ou dos riscos que deram causa a sua concessão.
ção gratificada, serão computados na razão de 1/12 de seu
valor vigente em dezembro, por mês de exercício em que SUBSEÇÃO IV - DO ADICIONAL NOTURNO
o servidor percebeu a vantagem, no ano correspondente.
§ 2º A fração igual ou superior a quinze dias de exercício Art. 92. O servidor que prestar trabalho noturno fará
no mesmo mês será considerada como mês integral. jus a um adicional de 20% sobre o vencimento do cargo.
§ 3º A média física das horas extras prestadas durante § 1º Considera-se trabalho noturno, para efeito deste
o ano, serão integradas na gratificação natalina. artigo, o executado entre as 22 horas de um dia e 05 horas
do dia seguinte;
Art. 83.  A gratificação natalina será paga até o dia § 2º Nos horários mistos, assim entendidos os que
vinte do mês de dezembro de cada ano. abrangem diurnos e noturnos, o adicional será pago
Parágrafo único. Entre os meses de maio e novembro proporcionalmente às horas de trabalho noturno.
de cada ano, o Município pagará, como adiantamento § 3º A hora de trabalho noturno será computada como
da gratificação referida, uma única parcela no valor de cinquenta e dois minutos e trinta segundos. (AC) (acres-
correspondente à metade da remuneração percebida centado pelo art. 1º da Lei Municipal nº 1.397, de 24.11.2003)
no mês anterior ou duas parcelas, cada uma no valor
correspondente a 30% dessa remuneração. (NR)  (reda- SEÇÃO III - DO AUXÍLIO PARA DIFERENÇA DE CAI-
ção estabelecida pelo art. 1º da Lei Municipal nº 1.531, de XA
25.05.2005)
Art. 93. O servidor que, por força das atribuições
Art. 84. Em caso de exoneração ou falecimento do
próprias de seu cargo, pague ou receba em moeda corrente,
servidor do cargo efetivo ou em comissão, a gratificação
perceberá um auxílio para diferença de caixa, no montante
natalina, será devida proporcionalmente aos meses de
de dez por cento do vencimento.
efetivo exercício, calculada sobre a remuneração do mês
§ 1º O servidor que estiver respondendo legalmente
da exoneração ou falecimento. (NR) (redação estabelecida
pelo tesoureiro ou caixa, durante os impedimentos legais
pelo art. 1º da Lei Municipal nº 2.631, de 10.05.2013)
deste, fará jus ao pagamento do auxílio.
§ 2º O auxílio de que trata este artigo será pago
Art. 85.  A gratificação natalina não será considerada
para cálculo de qualquer vantagem pecuniária. enquanto o servidor estiver efetivamente executando
serviços de pagamentos ou recebimento e nas férias
SUBSEÇÃO II - DO ADICIONAL POR TEMPO DE complementares.
SERVIÇO
CAPÍTULO III - DAS FÉRIAS
Art. 86. (VETADO). [Vide Lei 471, de 04/09/1990] SEÇÃO I - DO DIREITO A FÉRIAS E DA SUA DURA-
ÇÃO
SUBSEÇÃO III - DOS ADICIONAIS DE PENOSIDADE,
INSALUBRIDADE E PERICULOSIDADE Art. 94. O servidor terá direito anualmente ao gozo
de 30 dias de férias, sem prejuízo da remuneração, sendo
Art. 87. Os servidores que executem atividades facultado ao secretário da pasta a concessão do gozo de
penosas, insalubres ou perigosas, fazem jus a um adicional férias em dois períodos de 15 dias. (NR) (redação estabe-
incidente sobre o valor do menor padrão de vencimentos lecida pelo art. 1º da Lei Municipal nº 2.711, de 04.12.2013)
do quadro de servidores do Município.
Parágrafo único. As atividades penosas, insalubres ou Art. 95. Após cada período de doze meses de vigência
perigosas serão definidas em lei própria. da relação entre o Município e o servidor, terá este direito
a férias, na seguinte proporção:
Art. 88. O exercício de atividade em condições de I - trinta dias corridos, quando houver falta ao serviço
insalubridade, assegura ao servidor a percepção de um de cinco vezes;
adicional respectivamente de trinta, vinte e dez por cento, II - vinte e quatro dias corridos, quando houver tido de
segundo a classificação nos graus máximo, médio e míni- seis a quatorze faltas;
mo. III - dezoito dias corridos, quando houver tido de
quinze a vinte e três faltas;
Art. 89. O adicional de periculosidade e de penosida- IV - doze dias corridos, quando houver tido vinte e
de, serão, respectivamente, de trinta e vinte por cento. quatro a trinta e duas faltas;

39
LEGISLAÇÃO

Parágrafo único. Não serão considerados faltas ao SEÇÃO III - DA REMUNERAÇÃO DAS FÉRIAS
serviço as concessões, licenças e afastamentos previstos
em lei, nos quais o servidor continua com o direito ao Art. 102. O servidor perceberá durante as férias a
vencimento normal, como se exercício estivesse. O servidor remuneração integral, acrescida de 1/3 (um terço).
que o período aquisitivo houver faltado ao serviço, por § 1º Os adicionais, exceto o por tempo de serviço que
prazo superior a 32 (trinta e duas) faltas, perderá o mesmo será computado sempre integralmente, as gratificações e o
o direito às férias. valor da função gratificada não percebidos durante todo o
período aquisitivo, serão computados proporcionalmente,
Art. 96. Não serão consideradas faltas ao serviço as observados os valores atuais;
concessões, licenças e afastamentos previstos em lei, nos § 2º O pagamento da remuneração das férias, será
quais o servidor continua com o direito ao vencimento dentro dos três dias anteriores ao início do gozo, sob a
normal, como se exercício estivesse. pena de nulidade de sua concessão;
§ 3º A média física das horas-extras prestadas no
Art. 97. O tempo de serviço anterior será somado ao período aquisitivo das férias será acrescida as mesmas.
posterior para fins de aquisição do período aquisitivo de
férias nos casos de licenças previstos nos incisos II, III e V Art. 103. Desde que requerido pelo servidor e a
do art. 105. critério da administração, tendo em conta a necessidade
dos serviços, poderá ser convertida 1/3 (um terço) do
Art. 98.  O servidor terá interrompido o cômputo período de férias a que tiver direito, em abono pecuniário.
de seu período aquisitivo para férias, nas seguintes
ocorrências: (NR) (redação estabelecida pelo art. 1º da Lei SEÇÃO IV - DOS EFEITOS NA EXONERAÇÃO E NO
Municipal nº 1.397, de 24.11.2003) FALECIMENTO
I - tiver gozado licenças para tratamento de saúde,
ou por motivo de doença mesmo em pessoas da família, Art. 104. No caso de exoneração ou falecimento do
sem remuneração, por mais de 6 (seis) meses, embora servidor do cargo efetivo, ou em comissão, será devido a
descontinuados; remuneração correspondente ao período de férias cujo di-
II - permanecer em gozo de licença, com percepção de reito tenha adquirido e ao incompleto, na proporção de uni
salários, por mais de 30 (trinta) dias; doze avos por mês de efetivo exercício, ou fração superior
III - licença para tratar de interesses particulares por a quatorze dias.
qualquer prazo e/ou qualquer espécie de licença prevista Parágrafo único. A indenização será calculada com
em lei. base na remuneração do mês em que for publicado o ato
Parágrafo único. Iniciar-se-á decurso de novo período exoneratório. (NR) (redação estabelecida pelo art. 1º da Lei
aquisitivo quando o servidor, após o implemento de Municipal nº 2.631, de 10.05.2013)
condição prevista neste artigo, retornar ao trabalho.
CAPÍTULO IV - DAS LICENÇAS
SEÇÃO II - DA CONCESSÃO E DO GOZO DE FÉRIAS SEÇÃO I - DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 99. É obrigatória a concessão e gozo de férias nos Art. 105. Conceder-se-á licença ao servidor:
doze meses subsequentes à data em o que o servidor tiver I - por motivo de doença em pessoa da família;
adquirido o direito. (NR) (caput com redação estabelecida II - para o serviço militar;
pelo art. 1º da Lei Municipal nº 2.711, de 04.12.2013) III - para concorrer a cargo eletivo;
Parágrafo único. As férias somente poderão se IV - para tratar de interesse particulares;
interrompidas por motivo de calamidade pública ou superior V - para desempenho de mandato classista;
interesse público devidamente justificado.  (NR)  (reda- VI - para acompanhar conjugue;
ção estabelecida pelo art. 1º da Lei Municipal nº 2.760, de VII - prêmio;
25.04.2014) VIII - para tratamento de saúde; (AC)  (acrescentado
pelo art. 1º da Lei Municipal nº 1.397, de 24.11.2003)
Art. 100. A concessão de férias, mencionado o IX - maternidade; (AC) (acrescentado pelo art. 1º da Lei
período de gozo, será informada, por escrito, ao servidor, Municipal nº 1.397, de 24.11.2003)
com antecedência de, no mínimo 30 dias, cabendo a este X - paternidade. (AC) (acrescentado pelo art. 1º da Lei
assinar a respectiva notificação. (NR) (redação estabelecida Municipal nº 1.397, de 24.11.2003)
pelo art. 1º da Lei Municipal nº 2.711, de 04.12.2013) § 1º O servidor não poderá permanecer em licença
da mesma espécie por período superior a vinte e quatro
Art. 101. Vencido o prazo mencionado no artigo 99, meses, salvo nos casos dos incisos II, III, e V.
sem que a Administração tenha concedido as férias, o § 2º A licença concedida dentro de sessenta dias do
Município pagará em dobro a respectiva remuneração. término de outra da mesma espécie será considerada
como prorrogação.

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LEGISLAÇÃO

SEÇÃO I - DA LICENÇA PARA TRATAMENTO DE Art. 105-E. O servidor em licença para tratamento de
SAÚDE saúde deverá abster-se de atividade remunerada ou não
(AC LM 1.397/2003) compatível com o seu estado, sob pena de suspensão
imediata da licença. (AC) (acrescentado pelo art. 1º da Lei
Art. 105-A. Será concedido ao servidor licença para Municipal nº 1.397, de 24.11.2003)
tratamento de saúde: (AC) (acrescentado pelo art. 1º da Lei
Municipal nº 1.397, de 24.11.2003) SEÇÃO II - DA LICENÇA POR MOTIVO DE DOENÇA
I - a pedido; EM PESSOA DA FAMÍLIA
II - «ex officio”.
§ 1º A concessão será precedida da indispensável Art. 106. O servidor poderá obter licença por motivo
inspeção médica pelo órgão de biometria, podendo esta de doença do cônjuge, da companheira ou companheiro,
ser realizada a domicílio quando o servidor residir no de ascendente, descendente e colateral consanguíneo, até
Município ou em localidades próximas ao mesmo e for o segundo grau, desde que prove ser indispensável a sua
impossível seu comparecimento. assistência e esta não possa ser prestada simultaneamen-
§ 2º A licença somente terá início na data do pedido, te, com o exercício do cargo. (NR)  (redação estabelecida
se o servidor se apresentar para exame nas vinte e quatro pelo art. 1º da Lei Municipal nº 1.397, de 24.11.2003)
horas subsequentes. § 1º Provar-se-á doença mediante inspeção médica
§ 3º O servidor não poderá recusar-se a inspeção procedida pelo órgão de biometria.
médica, sob pena de suspensão do pagamento de sua § 2º A licença, de que trata este artigo, será concedida:
retribuição pecuniária, até que se realize a inspeção. I - com a retribuição pecuniária total até noventa dias;
§ 4º Quando for negada a licença, as faltas correrão a II - com dois terços, quando superior a noventa dias e
exclusiva responsabilidade do servidor. não ultrapassar a cento e vinte dias
§ 5º O resultado da inspeção será comunicado ao a) com um terço, quando superior a cento e vinte dias
servidor imediatamente após sua realização, salvo se houver e não exceder de cento e oitenta dias,
a necessidade de exames suplementares, quando ficará à b) sem retribuição pecuniária quando exceder de cento
disposição do serviço médico pericial até a conclusão final. e oitenta dias até o máximo de trezentos e sessenta e cinco
§ 6º O Poder Público Municipal deverá prover ao órgão dias.
responsável pela biometria a estrutura necessária para
atender o disposto neste artigo, sem o que fica o servidor SEÇÃO IV - DAS LICENÇAS MATERNIDADE E PA-
desobrigado a proceder a referida inspeção biométrica. TERNIDADE
(AC LM 1.397/2003)
Art. 105-B. A inspeção será efetuada: (AC) (acrescen-
tado pelo art. 1º da Lei Municipal nº 1.397, de 24.11.2003) Art. 106-A. À servidora gestante será concedida
I - por um médico nos casos de licença até trinta dias e mediante inspeção médica, no período perinatal,
à servidora gestante; licença de cento e oitenta dias, assegurada a retribuição
II - por junta, constituída por três médicos, nos demais pecuniária. (NR) (caput com redação estabelecida pelo art.
casos. 1º da Lei Municipal nº 2.114, de 19.10.2009)
§ 1º Os casos patológicos, verificados antes ou depois
Art. 105-C. Nas licenças prolongadas, antes de se do parto e destes decorrentes, serão considerados objeto
completarem cento e oitenta dias, deverá o serviço médico de licença para tratamento de saúde. (AC)  (parágra-
pericial da Prefeitura, pronunciar-se sobre a natureza fo acrescentado pelo art. 1º da Lei Municipal nº 1.397, de
da doença indicando se o caso é de: (AC)(acrescentado 24.11.2003)
pelo art. 1º da Lei Municipal nº 1.397, de 24.11.2003) § 2º À servidora gestante, quando em serviço de
I - concessão de nova licença; natureza braçal, terá direito a desempenhar atribuições
II - retorno ao serviço, com ou sem limitação de tarefas; compatíveis com seu estado, a contar do quinto mês de
III - readaptação. gestação. (AC) (parágrafo acrescentado pelo art. 1º da Lei
Municipal nº 1.397, de 24.11.2003)
Art. 105-D. Quando o servidor se encontrar fora do
Município, legalmente afastado do exercício do cargo, Art. 106-B. Ao término da licença a que se refere o ca-
poderá ser acolhido laudo de outro serviço médico oficial put do artigo anterior, é assegurado à servidora lactante
até trinta dias, para fins de licença.  (AC)  (acrescentado o direito de comparecer ao serviço, com redução de duas
pelo art. 1º da Lei Municipal nº 1.397, de 24.11.2003) horas, quando seu regime de trabalho obedecer a dois
§ 1º Será, excepcionalmente, admitido atestado de turnos; e, com redução de uma hora, quando seu regime de
médico particular, quando ficar comprovada a inexistência trabalho obedecer a um turno único, durante dois meses,
de serviço médico oficial na localidade. desde que comprovada aquela condição pelo órgão de
§ 2º O atestado médico particular só produzirá efeito biometria. (AC) (acrescentado pelo art. 1º da Lei Municipal
depois de examinado pelo órgão competente e referendado nº 1.397, de 24.11.2003)
pelo serviço biométrico.

41
LEGISLAÇÃO

Art. 106-C. Ao servidor é concedida licença-paternida- § 4º O servidor deverá aguardar o deferimento ou
de por cinco dias consecutivos, mediante apresentação da não da licença no exercício do cargo, sob a pena de ser
Certidão de Nascimento. (AC) (acrescentado pelo art. 1º da considerada falta não justificada e com as penalidades
Lei Municipal nº 1.397, de 24.11.2003) previstas para o caso.
§ 5º O período que perdurar a licença de que
Art. 106-D. Ocorrendo o falecimento da gestante e trata o caput deste artigo, não será considerado para
a sobrevivência da criança, a licença-paternidade é dila- qualquer efeito, especialmente, vantagens pessoais e/ou
tada por mais trinta dias, deduzido destes o período de aposentadoria.
licença por luto, mediante apresentação da Certidão de
Óbito. (AC) (acrescentado pelo art. 1º da Lei Municipal nº SEÇÃO VI - DA LICENÇA PARA DESEMPENHO DE
1.397, de 24.11.2003) MANDATO CLASSISTA

Art. 106-E. No caso de adoção ou legitimação adotiva, Art. 110. É assegurado ao servidor o direito à licença
de crianças até doze anos de idade, será concedido à para o desempenho de mandato classista em sindicato,
servidora adotante, a partir da autorização judicial de confederação e federação da categoria. (NR)  (caput com
guarda e responsabilidade do adotando, o período de 180 redação estabelecida pelo art. 1º da Lei Municipal nº 2.796,
(cento e oitenta) dias de licença, independentemente da de 13.08.2014)
idade do adotado. (NR) (redação estabelecida pelo art. 1º § 1º Os servidores eleitos para o desempenho de
da Lei Municipal nº 2.727, de 26.12.2013) mandato classista do sindicato representativo da categoria
dos servidores municipais, caso percebam remuneração
SEÇÃO III - DA LICENÇA PARA O SERVIÇO MILITAR da Entidade, deverão optar por esta ou pela remuneração
do cargo em que se encontram licenciados. (NR)  (reda-
Art. 107. Ao servidor que for convocado para o ção estabelecida pelo art. 1º da Lei Municipal nº 2.796, de
serviço militar ou outros encargos de segurança nacional, 13.08.2014)
será concedida licença sem remuneração. § 2º Somente poderão ser licenciados servidores eleitos
§ 1º A licença será concedida à vista de documento para o cargo de direção ou representação nas referidas
entidades, até o máximo de 03 (três) por entidade. (NR) (re-
oficial que comprove a convocação;
dação estabelecida pelo art. 1º da Lei Municipal nº 2.773, de
§ 2º O servidor desincorporado em outro Estado da
16.06.2014)
federação deverá reassumir o exercício do cargo dentro do
§ 3º A licença terá duração igual a do mandato,
prazo de trinta dias; se a desincorporação ocorrer dentro
podendo ser prorrogada no caso de reeleição e por uma
do Estado o prazo será de quinze dias.
única vez.
SEÇÃO IV - DA LICENÇA PARA CONCORRER A CAR-
CAPÍTULO V - DO AFASTAMENTO PARA SERVIR A
GO ELETIVO
OUTRO ÓRGÃO OU ENTIDADE
Art. 108. Salvo prescrição diferente em lei federal, o Art. 111. O servidor estável poderá ser cedido para
servidor terá direito a licença, sem remuneração. ter o exercício em outro órgão ou entidade dos Poderes
§ 1º O servidor candidato a cargo eletivo no próprio da União, dos Estados e dos Municípios, nas seguintes
Município e que exerça cargo ou função de direção, chefia, hipóteses:
arrecadação ou fiscalização, dele será afastado, a partir do I - para exercício de função de confiança;
dia imediato ao registro de sua candidatura perante a Jus- II - em casos previstos em leis específicas;
tiça Eleitoral, até o dia seguinte ao do pleito. III - para cumprimento de convênio.

SEÇÃO V - DA LICENÇA PARA TRATAR DE INTE- SEÇÃO VII - DA LICENÇA PARA ACOMPANHAR
RESSES PARTICULARES CÔNJUGE

Art. 109. A critério da administração, poderá ser con- Art. 112. O servidor terá direito a licença, sem
cedida ao servidor estável licença para tratar de assuntos remuneração ou contagem de tempo de serviço, quando
particulares, pelo prazo de até dois anos consecutivos, o cônjuge ou companheiro, como tal registrado em seus
sem remuneração. assentamentos, for mandado servir fora do Município.
§ 1º A licença poderá ser interrompida a qualquer § 1º A licença será concedida mediante requerimento,
tempo, a pedido do servidor e no interesse do serviço. instruído com a prova do afastamento do cônjuge ou
§ 2º Não se concederá nova licença antes de decorridos companheiro, devendo ser renovada de dois em dois anos.
dois anos do término ou interrupção da anterior. § 2º Cessando o motivo da licença ou não requerida,
§ 3º A licença terá duração igual a do mandato, documentalmente, sua renovação, o servidor deverá
podendo ser prorrogada no caso de reeleição. (NR)(reda- reassumir suas funções, onde for designado pela Secretaria
ção estabelecida pelo art. 1º da Lei Municipal nº 2.103, de Municipal de Administração, no prazo de 30 (trinta) dias,
03.09.2009) sob a pena de ficar caracterizado o abandono de cargo.

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LEGISLAÇÃO

SEÇÃO VIII - DA LICENÇA-PRÊMIO Art. 119. O tempo de afastamento para exercício de


mandato eletivo será contado na forma das disposições
Art. 113.  (Este artigo foi revogado pelo art. 9º da Lei constitucionais ou legais específicas.
Municipal nº 2.309, de 17.12.2010).
Art. 120. É vedada a contagem acumulada de tempo
CAPÍTULO VI - DAS CONCESSÕES de serviço simultâneo.

Art. 114. Sem qualquer prejuízo, poderá o servidor CAPÍTULO VIII - DO DIREITO DE PETIÇÃO
ausentar-se do serviço:
I - por um dia, em cada doze meses de trabalho, para Art. 121. É assegurado ao servidor o direito de
doação de sangue; requerer, pedir reconsideração, recorrer e representar em
II - por um dia, para se alistar como eleitor; defesa de direito ou de interesse legítimo.
III - até 2 (dois) dias consecutivos, por motivo de: Parágrafo único. As petições, salvo determinação
a) falecimento de avô, sogro e sogra; expressa em lei ou regulamento, serão dirigidas ao Prefeito
IV - até 5 (cinco) dias consecutivos, por motivo de: Municipal e terão decisão final no prazo de trinta dias.
a) casamento;
b)  falecimento do cônjuge, companheiro, pais, Art. 122. O pedido de reconsideração deverá conter
madrasta ou padrasto, filhos ou enteados e irmãos. novos argumentos ou provas suscetíveis de reformar o
despacho, a decisão ou ato.
Parágrafo único. O pedido de reconsideração, que
CAPÍTULO VII - DO TEMPO DE SERVIÇO não poderá ser renovado, será submetido à autoridade
que houver protocolado o despacho, proferido a decisão
Art. 115. A apuração do tempo de serviço será feita ou praticado o ato.
em dias.
Parágrafo único. O número de dias será convertido Art. 123. Caberá recurso ao Prefeito, como última
em anos, considerados 365 dias. instância administrativa, sendo indelegável sua decisão.
Parágrafo único. Terá caráter de recurso o pedido de
Art. 116.  Além das ausências ao serviço previstas reconsideração quando o prolator do despacho, decisão
no art. 114, são consideradas como de efetivo exercício os ou ato houver sido o Prefeito.
afastamentos em virtude de:
I - férias; Art. 124. O prazo para interposição de pedido de
II - exercício de cargo em comissão, no Município; reconsideração ou de recurso, é de trinta dias, a contar
III - convocação para o serviço militar; da publicação ou da ciência, pelo interessado, da decisão
IV - júri e outros serviços obrigatórios por lei; recorrida.
V - licença: Parágrafo único. O pedido de reconsideração e o
a) à gestante, à adotante e à paternidade; recurso não terão efeito suspensivo e, se providos, seus
b) para tratamento de saúde, inclusive por acidente em efeitos retroagirão à data do ato impugnado.
serviço ou moléstia profissional;
c) licença para tratamento de saúde de pessoa da Art. 125. O direito de reclamação administrativa
família; prescreve, salvo disposição legal em contrário, em um ano
d) licença para desempenho de mandato classista de a contar do ato ou fato do qual se originar.
categoria, dentro do Município. § 1º O prazo prescricional terá início na data de
publicação do ato impugnado ou data da ciência, pelo
Art. 117. Contar-se-á apenas para efeito de interessado, quando o ato não for publicado;
aposentadoria e disponibilidade o tempo: § 2º O pedido de reconsideração e recurso interrompem
I - de serviço público federal, estadual e municipal, a prescrição administrativa.
inclusive o prestados às suas autarquias;
II - de licença para desempenho de mandato classista; Art. 126. A representação será dirigida ao chefe
da categoria, fora do Município; imediato do servidor que, se a solução não for de sua
III - de licença para concorrer a cargo eletivo; alçada, a encaminhará a quem de direito.
IV - em que o servidor esteve em disponibilidade Parágrafo único. Se não for dado andamento à
remunerada. representação, dentro do prazo de cinco dias, poderá
o servidor dirigi-la direta e sucessivamente às chefias
Art. 118. Para efeito de aposentadoria, será superiores.
computado também o tempo de serviço na atividade
privada, nos termos da legislação federal pertinente, desde Art. 127. É assegurado o direito de vistas do processo
que o servidor conte com mais de quinze anos de serviço ao servidor ou representante legal.
prestado ao Município.

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LEGISLAÇÃO

TÍTULO VI - DO REGIME DISCIPLINAR II -  retirar, sem prévia anuência da autoridade


CAPÍTULO I - DOS DEVERES competente, qualquer documento ou objeto da repartição;
III - recusar fé a documentos públicos;
Art. 128. São deveres do servidor: IV -  opor resistência injustificada ao andamento de
I - exercer com zelo e dedicação as atribuições do documento e processo, ou execução de serviço;
cargo; V - promover manifestação de apreço ou desapreço no
II - lealdade às instituições a que servir; recinto da repartição;
III - observância das normas legais e regulamentares; VI - cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos
IV - cumprimento às ordens superiores, exceto quando casos previstos em lei, o desempenho de encargo que seja
manifestamente ilegais; de sua competência ou de seu subordinado;
V - atender com presteza: VII - compelir ou aliciar outro servidor no sentido de
a) ao público em geral, prestando as informações re- filiação a associação profissional ou sindical, ou a partido
queridas, ressalvadas as protegidas por sigilo; político;
b) à expedição de certidões requeridas para defesa de VIII -  manter sob sua chefia imediata, cônjuge,
direito ou esclarecimento de situações de interesse pessoal; companheiro ou parente até segundo grau civil, salvo se
e decorrente de nomeação por concurso público;
c) às requisições para a defesa da Fazenda Pública. IX - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou
VI - levar ao conhecimento da autoridade superior as de outrem, em detrimento da dignidade da função pública;
irregularidades de que tiver ciência em razão do cargo; X - atuar como procurador ou intermediário, junto a
VII - zelar pela economia do material e conservação do repartições públicas, salvo quando se tratar de benefícios
patrimônio público; previdenciários ou assistenciais de parentes até segundo
VIII - guardar sigilo sobre assuntos da repartição; grau;
IX - manter conduta compatível com a moralidade XI - receber propina, comissão, presente ou vantagem
administrativa; de qualquer espécie, em razão de suas atribuições;
X - ser assíduo e pontual ao serviço; XII - aceitar comissão, emprego ou pensão de Estado
XI - tratar com urbanidade as pessoas; estrangeiro, sem licença prévia nos termos da lei;
XII - representar contra ilegalidade ou abuso do poder; XIII - praticar usura sob qualquer de suas formas;
XIV - proceder de forma desidiosa no desempenho
XIII - apresentar-se ao serviço em boas condições de
das funções;
asseio e convenientemente trajado ou com o uniforme que
XV - cometer a outro servidor atribuições estranhas às
for determinado;
do cargo que ocupa, exceto em situações de emergência e
XIV - observar as normas de segurança e medicina do
transitórias;
trabalho estabelecidas, bem como o uso obrigatório dos
XVI - utilizar papel ou recurso materiais da repartição
equipamentos de proteção individual (EPI) que lhe forem
em serviços ou atividades particulares; e
fornecidos;
XVII - exercer quaisquer atividades que sejam
XV - manter espírito de cooperação e solidariedade incompatíveis com o exercício do cargo ou função e com o
com os colegas de trabalho; horário de trabalho.
XVI - frequentar cursos e treinamentos instituídos para
seu aperfeiçoamento e especialização; Art. 130. É licito ao servidor criticar atos do Poder
XVII - apresentar relatórios ou resumos de suas Público do ponto de vista doutrinário ou da organização
atividades nas hipóteses e prazos previstos em lei ou do serviço, em trabalho assinado.
regulamento, ou quando determinado pela autoridade
competente; e CAPÍTULO III - DA ACUMULAÇÃO
XVIII -  sugerir providências tendentes à melhoria ou
aperfeiçoamento do serviço. Art. 131. É vedada a acumulação remunerada de
Parágrafo único. Será considerado como co-autor o cargos públicos.
superior hierárquico que, recebendo denúncia ou repre- § 1º Excetuam-se da regra deste artigo os casos
sentação a respeito de irregularidades no serviço ou falta previstos em Constituição Federal, mediante comprovação
cometida pelo servidor, seu subordinado, deixar de tomar escrita da compatibilidade de horários;
providências necessárias à sua apuração. § 2º A proibição de acumular estende-se a cargos,
empregos e funções em autarquias, fundações públicas,
CAPÍTULO II - DAS PROIBIÇÕES empresas públicas, sociedade de economia mista da
União, do Distrito Federal, dos Estados, dos Territórios e
Art. 129. É proibido ao servidor qualquer ação ou dos Municípios.
omissão capaz de comprometer a dignidade e o decoro da
função pública, ferir a disciplina e a hierarquia, prejudicar a CAPÍTULO IV - DAS RESPONSABILIDADES
eficiência do serviço ou causar dano à Administração Pú-
blica, especialmente: Art. 132. O servidor responde civil, penal e
I - ausentar-se do serviço durante o expediente, sem administrativamente pelo exercício irregular de suas
prévia autorização do chefe imediato; atribuições.

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LEGISLAÇÃO

Art. 133. A responsabilidade civil decorre do ato I - crime contra administração pública;
omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que resulte em II - abandono de cargo;
prejuízo ao Erário ou a terceiros. III - indisciplina ou insubordinação graves ou reiteradas;
§ 1º A indenização de prejuízo causado ao Erário IV - inassiduidade ou impontualidade habituais;
poderá ser liquidada na forma prevista no art. 70; V - improbidade administrativa;
§ 2º Tratando-se de dano causados a terceiros, VI - incontinência pública e conduta escandalosa;
responderá o servidor perante a Fazenda Pública, em ação VII - ofensa física contra qualquer pessoa, cometida
regressiva; em serviço, salvo em legítima defesa;
§ 3º A obrigação de reparar o dano estende-se a VIII - aplicação irregular de dinheiro público;
sucessores e contra eles será executada, até o limite do IX - revelação de segredo apropriado em razão do
valor da herança recebida. cargo;
X - lesão aos cofres públicos e dilapidação do
Art. 134. A responsabilidade penal abrange os crimes patrimônio município;
e contravenções imputados ao servidor, nessa qualidade. XI - corrupção;
XII - acumulação ilegal de cargos, empregos ou
Art. 135. A responsabilidade administrativa resulta de funções;
ato omissivo ou comissivo praticado no desempenho do XIII - transgressão do art. 129, incisos X a XVI.
cargo ou função.
Art. 144. A acumulação de que trata o inciso XII do
Art. 136. As sanções civis, penais e administrativas artigo anterior acarreta a demissão de um dos cargos,
poderão cumular-se, sendo independente entre si. empregos ou funções, dando-se ao servidor o prazo de
cinco dias para opção.
Art. 137. A responsabilidade civil ou administrativa do § 1º Se comprovado que a acumulação se deu por má
servidor será afastada no caso de absolvição criminal que fé, o servidor será demitido de ambos os cargos e obrigado
negue a exigência do fato ou a sua autoria. a devolver o que houver recebido dos cofres públicos.
§ 2º Na hipótese do parágrafo anterior, sendo um
CAPÍTULO V - DAS PENALIDADES dos cargos, empregos ou funções exercido na União,
nos Estados, no Distrito Federal ou em outro Município,
Art. 138. São penalidades disciplinares: a demissão será comunicada ao outro órgão ou entidade
I - advertência; onde ocorre acumulação.
II - suspensão;
III - demissão; Art. 145. A demissão nos casos dos incisos V, VIII e
IV - cassação de aposentadoria e disponibilidade; e X do art. 143 implica em indisponibilidade de bens e
V - destituição de cargo ou função de confiança. ressarcimento ao erário, sem prejuízo da ação penal cabível.

Art. 139. Na aplicação das penalidades serão Art. 146.  Configura abandono de cargo a ausência
consideradas a natureza e a gravidade da infração cometida, intencional, injustificada, ao serviço por mais de trinta
os danos que dela provierem para o serviço público, as dias consecutivos ou sessenta interpolados durante um
circunstâncias agravantes ou atenuantes e os antecedentes. ano. (NR) (redação estabelecida pelo art. 1º da Lei Munici-
pal nº 1.397, de 24.11.2003)
Art. 140. Não poderá ser aplicada mais de uma pena Parágrafo único. Para aferição do número de faltas, as
disciplinar pela mesma infração. horas serão convertidas em dias quando o servidor estiver
Parágrafo único. No caso de infrações simultâneas, sujeito a regime de plantões.
a maior absorve as demais, funcionando estas como
agravantes na gradação da penalidade. Art. 147. A demissão por inassiduidade ou impontua-
lidade somente será aplicada quando caracterizada a ha-
Art. 141. Observando o disposto nos artigos bitualidade de modo a representar séria violação dos de-
precedentes, a pena de advertência ou suspensão será veres e obrigações do servidor. (NR) (redação estabelecida
aplicada, a critério da autoridade competente, por escrito, pelo art. 1º da Lei Municipal nº 1.397, de 24.11.2003)
na inobservância de dever funcional previsto em lei,
regulamento ou norma interna e nos casos de violação de Art. 148. O ato de imposição de penalidade mencionará
proibição que não tipifique infração sujeita a penalidade sempre o fundamento legal.
de demissão.
Art. 149. Será cassada a aposentadoria e a
Art. 142. A pena de suspensão não poderá ultrapassar disponibilidade se ficar provado que o inativo:
sessenta dias. I - praticou, na atividade, falta punível com a pena de
demissão;
Art. 143. Será aplicada ao servidor a pena de demissão II - aceitou ilegalmente cargo ou função pública;
nos casos de: III - praticou usura, em qualquer das suas formas.

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LEGISLAÇÃO

Art. 150. A pena de destituição de função de confiança Art. 157. As irregularidades e faltas funcionais serão
será aplicada: apurada por meio de:
I -  quando se verificar falta de exação no seu I - sindicância, quando não houver dados suficientes
desempenho; para sua determinação ou para apontar o servidor faltoso;
II -  quando for verificado que, por negligência ou II - processo administrativo disciplinar, quando a
benevolência, o servidor contribuiu para que não se apu- gravidade da ação ou omissão torne o servidor passível de
rasse, no devido tempo, irregularidade no serviço. demissão, cassação da aposentadoria ou disponibilidade.
Parágrafo único. A aplicação da penalidade deste
artigo não implicará em perda do cargo efetivo. SEÇÃO II - DA SUSPENSÃO PREVENTIVA

Art. 151. O ato de aplicação da penalidade é de Art. 158. A autoridade competente poderá determinar
competência do Prefeito Municipal. a suspensão preventiva do servidor, até sessenta dias,
Parágrafo único.  Poderá ser delegada competência prorrogáveis por mais trinta se, fundamentadamente,
aos Secretários Municipais para aplicação da pena de houver necessidade de seu afastamento para apuração de
suspensão ou advertência. falta a ele imputada.

Art. 152. A demissão por infringência do art. 129, inci- Art. 159. O servidor terá direito:
sos X e XI, incompatibiliza o ex-servidor para nova investi- I - à remuneração e à contagem do tempo de serviço
dura em cargo ou função pública do Município, pelo prazo relativo ao período de suspensão preventiva, quando do
de cinco anos. processo não resultar punição ou esta se limitar à pena de
Parágrafo único. Não poderá retornar ao serviço advertência;
público municipal o servidor que for demitido por II - à remuneração e à contagem do tempo de serviço
infringência do art. 129, inc. I, VIII, X e XI. correspondente ao período de afastamento excedente ao
prazo de suspensão efetivamente aplicada.
Art. 153. A pena de destituição de função de confiança
implica na impossibilidade de ser investido em funções SEÇÃO III - DA SINDICÂNCIA
dessa natureza no período de dois anos a contar do ato
Art. 160. A sindicância será cometida a servidor,
de punição.
podendo este ser dispensado de suas atribuições normais
até a apresentação do relatório.
Art. 154. As penalidades aplicadas ao servidor serão
Parágrafo único. A critério da autoridade competen-
registradas em sua ficha funcional.
te, considerado o fato a ser apurado, a função sindicante
poderá ser atribuída a uma comissão de servidores, até o
Art. 155. A ação disciplinar prescreverá:
máximo de três.
I - em cinco anos, quanto às infrações puníveis com
demissão, cassação de aposentadoria e disponibilidade, ou Art. 161. O sindicante ou a comissão efetuará, de
destituição de função de confiança; forma sumária, as diligências necessárias ao esclarecimento
II - dois anos, quanto à suspensão; e da ocorrência e indicação do responsável, apresentando,
III - em cento e oitenta dias, quanto à advertência. no prazo máximo de dez dias úteis, relatório a respeito.
§ 1º A falta também prevista na lei penal como crime § 1º Preliminarmente, deverá ser ouvido o autor da
prescreverá juntamente com este; representação e o servidor implicado, se houver;
§ 2º O prazo de prescrição começa a correr da data § 2º Reunidos os elementos apurados, o sindicante
em que a autoridade tomar conhecimento da existência da ou comissão traduzirá no relatório as suas conclusões,
falta; indicando o possível culpado, qual a irregularidade ou
§ 3º A abertura de sindicância ou a instauração de transgressão e o seu enquadramento nas disposições
processo disciplinar interrompe a prescrição; estatutárias;
§ 4º Na hipótese do parágrafo anterior, todo o prazo
começa a correr novamente, no dia da interrupção. Art. 162. A autoridade, de posse do relatório,
acompanhado dos elementos que instruíram o processo,
Art. 156.  A autoridade que tiver ciência da decidirá, no prazo de cinco dias úteis:
irregularidade no serviço público é obrigada a promover I -  pela aplicação de penalidade de advertência ou
sua apuração imediata, mediante sindicância ou processo suspensão;
administrativo disciplinar. II - pela instauração de processo administrativo
§ 1º As denúncias sobre irregularidades serão objeto disciplinar; ou
de apuração, desde que contenham a identificação e o III - arquivamento do processo;
endereço do denunciante e sejam formuladas por escrito; § 1º Entendendo a autoridade competente que os fatos
§ 2º Quando o fato narrado, de modo evidente, não não estão devidamente elucidados, inclusive na indicação
configurar infração disciplinar ou ilícito penal, a denúncia do possível culpado, devolverá o processo ao sindicante ou
será arquivada, por falta de objeto. comissão, para ulteriores diligências, em prazo certo, não
superior a cinco dias úteis;

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LEGISLAÇÃO

§ 2º De posse do novo relatório e elementos § 2º Estando o indiciado ausente do Município,


complementares, a autoridade decidirá no prazo e termos conhecido seu endereço, será citado por via postal, em
deste artigo. carta registrada, juntando-se ao processo o comprovante
de registro e aviso de recebimento;
SEÇÃO IV - DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DIS- § 3º Achando-se o indiciado em lugar incerto e não
CIPLINAR sabido, será citado por edital, divulgado como os demais
atos oficiais do Município, com o prazo de quinze dias.
Art. 163. O processo administrativo disciplinar será
conduzido por comissão de três servidores estáveis, Art. 171. O indiciado poderá constituir procurador
designada pela autoridade competente que indicará, para fazer a sua defesa.
dentre eles, o seu presidente. Parágrafo único. Em caso de revelia, o presidente da
Parágrafo único. A comissão terá como secretário, comissão processante designará, de ofício, um defensor.
servidor designado pelo presidente, podendo a designação
recair em um dos seus membros. Art. 172. Na audiência marcada, a comissão promoverá
o interrogatório do indiciado, concedendo-lhe, em seguida,
o prazo de três dias, com vista do processo na repartição,
Art. 164. A comissão processante, sempre que
para oferecer alegações escritas, requerer provas e arrolar
necessário e expressamente determinado no ato de
testemunhas, até o máximo de cinco.
designação, dedicará todo o tempo aos trabalhos do
Parágrafo único. Havendo mais de um indiciado,
processo, ficando os membros da comissão, em tal caso,
o prazo será comum e de seis dias, contados a partir da
dispensados dos serviços normais da repartição. tomada de declarações do último deles.
Art. 165. O processo administrativo será contraditório, Art. 173. A comissão promoverá a tomada de
assegurada ampla defesa do acusado, com a utilização dos depoimentos, acareações, investigações e diligências
meios e recursos admitidos em direito. cabíveis, objetivando a coleta de prova, recorrendo,
quando necessário, a técnicos e peritos de modo a permitir
Art. 166. Quando o processo administrativo disciplinar a completa elucidação dos fatos.
resultar de prévia sindicância, o relatório desta integrará os
autos, como peça informativa da instrução. Art. 174. O indiciado tem o direito de, pessoalmente ou
Parágrafo único. Na hipótese do relatório da por intermédio de procurador, assistir aos atos probatórios
sindicância concluir pela prática de crime, a autoridade que se realizarem perante a comissão, requerendo as
competente oficiará à autoridade policial, para abertura medidas que julgarem convenientes.
de inquérito, independente da imediata instauração do § 1º O presidente da comissão poderá indeferir pedidos
processo administrativo disciplinar. considerados impertinentes, meramente protelatórios ou
de nenhum interesse para os esclarecimentos dos fatos;
Art. 167. O prazo para a conclusão do processo § 2º Será indeferido o pedido de prova pericial, quando
não excederá sessenta dias, contados da data do ato a comprovação do fato independer de conhecimento
que constituir a comissão, admitida a prorrogação por especial do perito.
mais trinta dias quando as circunstâncias o exigirem,
mediante autorização da autoridade que determinou a sua Art. 175. As testemunhas serão intimadas a depor
instauração. mediante mandado expedido pelo presidente da comissão,
devendo a segunda via, com o ciente do intimado, ser
Art. 168. As reuniões da comissão serão registradas anexada aos autos.
em atas que deverão detalhar as deliberações adotadas. Parágrafo único. Se a testemunha for servidor públi-
co, a expedição do mandato será imediatamente comuni-
cada ao chefe da repartição onde serve, com a indicação
Art. 169. Ao instalar os trabalhos da comissão, o
do dia e hora marcados para a inquirição.
Presidente determinará a autuação da portaria e demais
peças existentes e designará o dia, hora e local para a
Art. 176. O depoimento será prestado oralmente e
primeira audiência e a citação do indiciado. reduzido a termo, não sendo lícito a testemunha trazê-lo
por escrito.
Art. 170. A citação do indiciado deverá ser feita § 1º As testemunhas serão ouvidas separadamente,
pessoalmente e contra-recibo, com, pelo menos, quarenta com prévia intimação do indiciado ou de seu procurador;
e oito horas de antecedência em relação à audiência inicial § 2º Na hipótese de depoimentos contraditórios ou que
e conterá dia, hora e local e qualificação do indiciado e a se firmem, proceder-se-á a acareação entre os depoentes.
falta que lhe é imputada.
§ 1º Caso o indiciado se recuse a receber a citação, Art. 177. Concluída a inquirição de testemunhas, poderá
deverá o fato ser certificado, à vista de, no mínimo, duas a comissão processante, se julgar útil ao esclarecimento
testemunhas; dos fatos, reintegrar o indiciado.

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LEGISLAÇÃO

SEÇÃO V - DA REVISÃO DO PROCESSO


Art. 178. Ultimada a instrução do processo, o indiciado
será intimado por mandado pelo presidente da comissão, Art. 185. A revisão do processo administrativo
para apresentar defesa escrita, no prazo de dez dias, asse- disciplinar poderá ser requerida a qualquer tempo, uma
gurando-se-lhe vista no processo na repartição. única vez, quando:
Parágrafo único. O prazo de defesa será comum e de I - a decisão for contrária ao texto de lei ou à evidência
quinze dias se forem dois ou mais indiciados. dos autos;
II - a decisão se afundar em depoimentos, exames ou
Art. 179. Após o decurso do prazo, apresentada a documentos falsos ou viciados;
defesa ou não, a comissão apreciará todos os elementos III - forem aduzidas novas provas, suscetíveis de atestar
do processo, apresentando relatório, no qual constará em a inocência do interessado ou de autorizar diminuição da
relação a cada indiciado, separadamente, a irregularidade pena.
de que foi acusado, as provas que instruíram o processo e as Parágrafo único. A simples alegação de injustiça da
razões de defesa, propondo, justificadamente, a absolvição penalidade não constitui fundamento para a revisão do
ou punição do indiciado, e indicando a pena cabível e seu processo.
fundamento legal.
Parágrafo único. O relatório e todos os elementos Art. 186. No processo revisional, o ônus da prova cabe
dos autos serão remetidos à autoridade que determinou a ao requerente.
instauração do processo, dentro de dez dias, contados do
término do prazo para apresentação da defesa. Art. 187. O processo de revisão será realizado por
comissão designada segundo os moldes das comissões de
Art. 180. A comissão ficará à disposição da autoridade processo administrativo e correrá em apenso aos autos do
competente, até a decisão final do processo, para prestar processo originário.
esclarecimento ou providência julgada necessária.
Art. 188. As conclusões da comissão serão
Art. 181. Recebido os autos, a autoridade que encaminhadas à autoridade competente, dentro de trinta
determinou a instauração do processo: dias, devendo a decisão ser proferida, fundamentadamente,
I - dentro de cinco dias; dentro de dez dias.
a)  pedirá esclarecimentos ou providências que
entender necessários, à comissão processante, marcando- Art. 189. Julgada procedente a revisão, será tornada
-lhe prazo; insubsistente ou atenuada a penalidade imposta, restabe-
b) encaminhará os autos à autoridade superior, se lecendo-se os direitos decorrentes dessa decisão.
entender que a pena cabível escapa à sua competência;
II - despachará o processo dentro de dez dias, TÍTULO VII - DA SEGURIDADE SOCIAL DO SERVI-
acolhendo o seu despacho [...] se concluir diferentemente DOR
do proposto. CAPÍTULO I - DISPOSIÇÕES GERAIS
Parágrafo único. Nos casos do inciso I deste artigo, o
prazo para decisão final será contado, respectivamente, a Art. 190.  (Este artigo foi revogado pelo art. 20 da Lei
partir do retorno ou recebimento dos autos. Municipal nº 1.189, de 25.09.2001)

Art. 182.  Da decisão final, são admitidos os recursos Art. 191.  (Este artigo foi revogado pelo art. 20 da Lei
previstos nesta Lei. Municipal nº 1.189, de 25.09.2001)

Art. 183. As irregularidades processuais que não Art. 192.  (Este artigo foi revogado pelo art. 20 da Lei
constituam vícios substanciais insanáveis, suscetíveis Municipal nº 1.189, de 25.09.2001)
de influírem na apuração da verdade ou na decisão do
processo, não lhe determinarão a nulidade. CAPÍTULO II - DOS BENEFÍCIOS
SEÇÃO I - DA APOSENTADORIA
Art. 184. O servidor que estiver respondendo a
processo administrativo disciplinar só poderá ser exonerado Art. 193.  (Este artigo foi revogado pelo art. 20 da Lei
a pedido do cargo, ou aposentado voluntariamente, após a Municipal nº 1.189, de 25.09.2001)
conclusão do processo e o cumprimento das penalidades,
caso aplicada. Art. 194.  (Este artigo foi revogado pelo art. 20 da Lei
Parágrafo único. Excetuam-se o caso de processo Municipal nº 1.189, de 25.09.2001)
administrativo instaurado apenas para apurar abandono de
cargo, quando poderá haver exoneração a pedido, a juízo Art. 195.  (Este artigo foi revogado pelo art. 20 da Lei
da autoridade competente. Municipal nº 1.189, de 25.09.2001)

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LEGISLAÇÃO

Art. 196.  (Este artigo foi revogado pelo art. 20 da Lei SEÇÃO VI - DA LICENÇA POR ACIDENTES EM SER-
Municipal nº 1.189, de 25.09.2001) VIÇO

Art. 197.  (Este artigo foi revogado pelo art. 20 da Lei Art. 213.  (Este artigo foi revogado pelo art. 20 da Lei
Municipal nº 1.189, de 25.09.2001) Municipal nº 1.189, de 25.09.2001)

Art. 198.  (Este artigo foi revogado pelo art. 20 da Lei Art. 214.  (Este artigo foi revogado pelo art. 20 da Lei
Municipal nº 1.189, de 25.09.2001) Municipal nº 1.189, de 25.09.2001)

Art. 199.  (Este artigo foi revogado pelo art. 20 da Lei Art. 215.  (Este artigo foi revogado pelo art. 20 da Lei
Municipal nº 1.189, de 25.09.2001) Municipal nº 1.189, de 25.09.2001)

Art. 200.  (Este artigo foi revogado pelo art. 20 da Lei Art. 216.  (Este artigo foi revogado pelo art. 20 da Lei
Municipal nº 1.189, de 25.09.2001) Municipal nº 1.189, de 25.09.2001)

SEÇÃO II - DO AUXÍLIO-NATALIDADE SEÇÃO VII - DA PENSÃO POR MORTE


Art. 201.  (Este artigo foi revogado pelo art. 20 da Lei Art. 217.  (Este artigo foi revogado pelo art. 20 da Lei
Municipal nº 1.189, de 25.09.2001) Municipal nº 1.189, de 25.09.2001)
SEÇÃO III - DO SALÁRIO-FAMÍLIA Art. 218.  (Este artigo foi revogado pelo art. 20 da Lei
Municipal nº 1.189, de 25.09.2001)
Art. 202.  (Este artigo foi revogado pelo art. 20 da Lei
Municipal nº 1.189, de 25.09.2001) Art. 219.  (Este artigo foi revogado pelo art. 20 da Lei
Municipal nº 1.189, de 25.09.2001)
Art. 203.  (Este artigo foi revogado pelo art. 20 da Lei
Municipal nº 1.189, de 25.09.2001)
Art. 220.  (Este artigo foi revogado pelo art. 20 da Lei
Municipal nº 1.189, de 25.09.2001)
Art. 204.  (Este artigo foi revogado pelo art. 20 da Lei
Municipal nº 1.189, de 25.09.2001)
Art. 221.  (Este artigo foi revogado pelo art. 20 da Lei
Municipal nº 1.189, de 25.09.2001)
SEÇÃO IV - DA LICENÇA PARA TRATAMENTO DE
SAÚDE
Art. 222.  (Este artigo foi revogado pelo art. 20 da Lei
Art. 205.  (Este artigo foi revogado pelo art. 20 da Lei Municipal nº 1.189, de 25.09.2001)
Municipal nº 1.189, de 25.09.2001)
Art. 223.  (Este artigo foi revogado pelo art. 20 da Lei
Art. 206.  (Este artigo foi revogado pelo art. 20 da Lei Municipal nº 1.189, de 25.09.2001)
Municipal nº 1.189, de 25.09.2001)
Art. 224.  (Este artigo foi revogado pelo art. 20 da Lei
Art. 207.  (Este artigo foi revogado pelo art. 20 da Lei Municipal nº 1.189, de 25.09.2001)
Municipal nº 1.189, de 25.09.2001)
Art. 225.  (Este artigo foi revogado pelo art. 20 da Lei
Art. 208.  (Este artigo foi revogado pelo art. 20 da Lei Municipal nº 1.189, de 25.09.2001)
Municipal nº 1.189, de 25.09.2001)
SEÇÃO VIII - DO AUXÍLIO-FUNERAL
Art. 209.  (Este artigo foi revogado pelo art. 20 da Lei
Municipal nº 1.189, de 25.09.2001) Art. 226.  (Este artigo foi revogado pelo art. 20 da Lei
Municipal nº 1.189, de 25.09.2001)
SEÇÃO V - DA LICENÇA À GESTAÇÃO, ADOTANTE E
PATERNIDADE SEÇÃO IX - DO AUXÍLIO-RECLUSÃO

Art. 210.  (Este artigo foi revogado pelo art. 20 da Lei Art. 227.  (Este artigo foi revogado pelo art. 20 da Lei
Municipal nº 1.189, de 25.09.2001) Municipal nº 1.189, de 25.09.2001)

Art. 211.  (Este artigo foi revogado pelo art. 20 da Lei CAPÍTULO III - DA ASSISTÊNCIA À SAÚDE
Municipal nº 1.189, de 25.09.2001)
Art. 228.  (Este artigo foi revogado pelo art. 20 da Lei
Art. 212.  (Este artigo foi revogado pelo art. 20 da Lei Municipal nº 1.189, de 25.09.2001)
Municipal nº 1.189, de 25.09.2001)

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LEGISLAÇÃO

CAPÍTULO IV - DO CUSTEIO III - férias proporcionais, ao término do contrato,


acrescida de 1/3;
Art. 229.  (Este artigo foi revogado pelo art. 20 da Lei IV - inscrição em sistema oficial de previdência social, e
Municipal nº 1.189, de 25.09.2001) V - (Este inciso foi revogado pelo art. 1º da Lei Municipal
nº 975, de 01.04.1999)
Art. 230.  (Este artigo foi revogado pelo art. 20 da Lei
Municipal nº 1.189, de 25.09.2001) TÍTULO IX - DAS DISPOSIÇÕES GERAIS, TRANSITÓ-
RIAS E FINAIS
Art. 231.  (Este artigo foi revogado pelo art. 20 da Lei
Municipal nº 1.189, de 25.09.2001) Art. 237. O Dia do Servidor Público será comemorado
a vinte e oito de outubro, podendo ser decretado ponto
TÍTULO VIII - DA CONTRATAÇÃO TEMPORÁRIA facultativo pela autoridade competente.
EXCEPCIONAL INTERESSE PÚBLICO
Art. 238. Os prazos previstos nesta Lei serão contados
Art. 232. Para atender as necessidades temporárias em dias corridos, excluindo-se o do vencimento, ficando
de excepcional interesse público, poderão ser efetuadas prorrogado, para o primeiro dia útil seguinte, o prazo
contratações de pessoal por tempo determinado. vencido em dia em que não haja expediente.

Art. 233. Consideram-se como de necessidade Art. 239. Consideram-se da família do servidor, além


temporária de excepcional interesse público, as do cônjuge e filhos, quaisquer pessoas que vivam às suas
contratações que visam a: expensas e constem de seu assentamento individual.
I - atender a situações de calamidade pública; Parágrafo único.  Equipara-se ao cônjuge a
II - combater surtos epidêmicos; companheira ou companheiro com mais de cinco anos de
III -  atender outras situações de emergência que vida em comum ou por menor tempo, se da união houver
vierem a ser definida em lei específica. prole.
Art. 234. As contratações de que trata este capítulo
Art. 240. Do exercício de encargos ou serviços
terão dotação orçamentária específica e não poderão
diferentes dos definidos em lei ou regulamento, como
ultrapassar o prazo de doze meses, exceto em caso de
próprios de seu cargo ou função gratificada, não decorre
comprovada necessidade do serviço público, em que
nenhum direito ao servidor.
os mesmos poderão ser prorrogados uma única vez por
até 365 (trezentos e sessenta e cinco dias) mediante lei
CAPÍTULO II - DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS E
específica.  (NR)  (redação estabelecida pelo art. 1º da Lei
FINAIS
Municipal nº 1.592, de 09.11.2005)
Parágrafo único. As solicitações de contratações
temporárias de excepcional interesse público, deverão Art. 241. Os atuais servidores municipais, estatutários
fazer-se acompanhar do respectivo quadro de pessoal ou celetistas, admitidos mediante prévio concurso público,
do estabelecimento, secretaria, departamento, órgão ou ficam submetidos ao regime desta Lei.
repartição onde o contratado poderá vir a desempenhar § 1º Os empregos ocupados pelos servidores celetistas
suas funções. (AC)(parágrafo e inciso acrescentado pelo art. de que trata este artigo, ficam transformados em cargos,
1º da Lei Municipal nº 798, de 12.02.1996) na data da publicação desta Lei;
I - no caso de estabelecimento de ensino o prazo § 2º Os contratos individuais de trabalho se extinguem
máximo do contrato será de um ano letivo. automaticamente pela transformação do emprego em
cargo público, preservados todos os direitos adquiridos.
Art. 235. É vedado o desvio de função de pessoa
contratada, na forma deste título, bem como de sua Art. 242. (VETADO).
recontratação, antes de decorridos seis meses do término
do contrato anterior, sob a pena de nulidade do contrato Art. 243. Os contratos de trabalho dos servidores
e responsabilidade administrativa e civil da autoridade celetistas admitidos sem concurso público e não portadores
contratante. da estabilidade constitucional referida no artigo anterior,
serão rescindidos dentro do prazo de 180 (cento e oitenta)
Art. 236. Os contratos serão de natureza administrativa, dias a contar da vigência desta Lei. [Prorrogado até 30 de
ficando assegurados os seguintes direitos ao contratado: abril de 1996 o prazo previsto neste artigo, pela Lei 795, de
I - remuneração equivalente à percebida pelos 08.01.1996]
servidores de igual ou assemelhada função no quadro § 1º Durante o prazo de que trata este artigo, o Município
permanente do Município; promoverá a realização de concursos públicos para cargos
II - jornada de trabalho, serviço extraordinário, repouso iguais ou assemelhados aos empregos desempenhados
semanal remunerado, adicional noturno e gratificação pelos referidos servidores, para oportunizar o ingresso dos
natalina proporcional, nos termos desta Lei; mesmos no regime jurídico instituído por esta Lei.

50
LEGISLAÇÃO

§ 2º Os que lograrem aprovação e classificação de modo EXERCÍCIOS


a permitir o aproveitamento segundo as vagas existentes
e necessidades do serviço municipal, serão nomeados em 001 - (MPE/MG - Promotor de Justiça - MPE/2014)
cargos sob regime desta Lei, sendo os demais, inclusive os Assinale a afirmativa INCORRETA:
que não se submeterem ao concurso público, excluídos do A) O federalismo por agregação surge quando Estados
quadro de servidores do Município. soberanos cedem uma parcela de sua soberania para for-
mar um ente único.
Art. 244. O contratado pelo Município, sem prévio B) O federalismo dualista caracteriza-se pela sujeição
concurso, na forma de artigo anterior e, aprovado dos Estados federados à União.
em processo seletivo, por ocasião da nomeação, terá C) O federalismo centrípeto se caracteriza pelo fortale-
transformado seu emprego em cargo público aproveitando cimento do poder central decorrente da predominância de
o tempo de serviço para todos os efeitos. atribuições conferidas à União.
D) No federalismo atípico, constata-se a existência de
três esferas de competências: União, Estados e Municípios.
Art. 245. Os servidores que estão ao abrigo da Lei
R: B. O federalismo dualista é caracterizado por uma
Municipal nº 285/53 «Estatuto dos Servidores Públicos de
rígida separação de competências entre o ente central
Viamão» e, adotado pelo Município de Alvorada, conforme
(união) e os entes regionais (estados-membros). Sendo as-
Decreto-Lei nº 10/66, poderão optar pela permanência por
sim, não há uma relação mais intensa de submissão e sim
aquela legislação ou pela atual, no prazo de 60 dias, após de autonomia.
sua publicação.
002 - (TRT/23ª REGIÃO (MT) - Juiz Substituto - TRT
Art. 246. Os adicionais por tempo de serviço já conce- 23R/2014) Sobre a administração pública, assinale a alter-
didos aos servidores abrangidos por esta Lei ficam trans- nativa INCORRETA:
formados em anuênios. A) A administração pública direta e indireta de qual-
Parágrafo único. Na hipótese de o valor percebido quer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal
em decorrência de adicionais por tempo de serviço ser e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade,
superior ao resultante da transformação em anuênios, o moralidade, publicidade, eficiência e impessoalidade.
excesso será percebido como vantagem pessoal inalterável B) É garantido ao servidor público civil o direito à livre
no seu “quantum”. associação sindical.
C) A administração fazendária e seus servidores fiscais
Art. 247. Ficam ratificados todos os atos praticados, a terão, dentro de suas áreas de competência e jurisdição, pre-
partir da vigência da  Lei Municipal nº 588/92, desde que cedência sobre os demais setores administrativos, na forma
efetuados na forma desta Lei. da lei.
D) A proibição de acumulação remunerada de cargos
Art. 248. Fica estabelecida a criação de Creche públicos se estende a emprego e funções, não abrangen-
Municipal a fim de dar assistência aos filhos dos Servidores do, pois, sociedades de economia mista.
Municipais no prazo de um ano a contar da data de E) As funções de confiança, exercidas exclusivamente
promulgação da presente Lei. [Prorrogado até 30 de abril por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em
de 1996 o prazo previsto neste artigo, pela Lei 795, de comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira
08.01.1996] nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em
lei, destinam-se, apenas, às atribuições de direção, chefia e
Art. 249. O Município criará por lei, no prazo de assessoramento.
R: D. O artigo 37, caput da Constituição Federal cola-
180 (cento e oitenta) dias, uma Comissão de Proteção
ciona os cinco princípios descritos na alternativa “A” como
e Prevenção de Acidentes aos Servidores Municipais,
de necessária observância na Administração Pública em to-
bem como Plano de Cargos e Salários. (Vide  LM’
das suas esferas e em todos os seus Poderes. Já a alterna-
1.464/2004 e 2.857/2014)
tiva “B” repete previsão expressa do artigo 37, VI, CF; assim
[Comissão instituída pela Lei 814/96] como a alternativa “C” traz a previsão do artigo 37, XVIII,
[Prorrogado até 30 de abril de 1996 o prazo previsto CF; e a alternativa “E” repete o previsto no artigo 37, V, CF.
neste artigo, pela Lei 795, de 08.01.1996] Somente resta a alternativa “D”, que contraria o teor do
artigo 37, XVII, CF: “A proibição de acumular estende-se a
Art. 250. Esta Lei entrará em vigor no dia primeiro do empregos e funções e abrange autarquias, fundações, em-
mês seguinte a sua publicação, revogam-se as disposições presas públicas, sociedades de economia mista, suas subsi-
em contrário. diárias, e sociedades controladas, direta ou indiretamente,
Gabinete do Prefeito Municipal de Alvorada, aos oito pelo poder público”. Com efeito, as sociedades de econo-
dias do mês de dezembro de hum mil, novecentos e noventa mia mista não estão excluídas da proibição de acumulação
e quatro. remunerada de cargos, razão pela qual a alternativa é in-
correta.
José Arno Apollo do Amaral

51
LEGISLAÇÃO

003 - (OAB XIII - Primeira Fase - FGV/2014) José é ci- em decorrência do provimento, pelo Tribunal de Justiça, de
dadão do município W, onde está localizado o distrito de B. representação formulada para prover a execução de deci-
Após consultas informais, José verifica o desejo da popula- são judicial. Nesta hipótese, a decretação da intervenção
ção distrital de obter a emancipação do distrito em relação ao deu-se
município de origem. A) contrariamente à disciplina constitucional da maté-
De acordo com as normas constitucionais federais, ria, apenas no que se refere ao provimento de representa-
dentre outros requisitos para legitimar a criação de um ção pelo Tribunal de Justiça estadual
novo Município, são indispensáveis: B) em conformidade com a disciplina constitucional
A) lei estadual e referendo. da matéria.
B) lei municipal e plebiscito. C) em conformidade com a disciplina constitucional
C) lei municipal e referendo. da matéria, no que se refere ao pressuposto material para
D) lei estadual e plebiscito. a decretação da intervenção do Estado no Município, mas
R: D. Disciplina o artigo 18, §4º, CF: “§ 4º A criação, a in- não quanto ao procedimento adotado.
corporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, D) contrariamente à disciplina constitucional da maté-
far-se-ão por lei estadual, dentro do período determinado
ria, por não haver pressuposto material para a decretação
por Lei Complementar Federal, e dependerão de consulta
da intervenção do Estado no Município.
prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios
E) contrariamente à disciplina constitucional da maté-
envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade
Municipal, apresentados e publicados na forma da lei”. ria, apenas no que se refere à não apreciação do decreto de
intervenção pela Assembleia Legislativa.
004 - (Prefeitura de Cuiabá/MT - Procurador Muni- R: B. Na hipótese, se legitima a intervenção do Esta-
cipal - FCC/2014) Lei estadual que instituísse região me- do no Município: “Artigo 35, CF. O Estado não intervirá em
tropolitana, constituída por agrupamentos de Municípios seus Municípios, nem a União nos Municípios localizados
limítrofes, atribuindo a órgãos e entidades estaduais com- em Território Federal, exceto quando: [...] IV - o Tribunal
petências relativas à regulação e prestação dos serviços de de Justiça der provimento a representação para assegurar
interesse comum dos entes que integrassem referida re- a observância de princípios indicados na Constituição Es-
gião, seria tadual, ou para prover a execução de lei, de ordem ou de
A) inconstitucional, no que se refere à instituição de re- decisão judicial”. Aplica-se, em termos procedimentais, o
gião metropolitana para integração e execução de serviços §3º do artigo 36, CF, pelo qual se percebe que a medida
de interesse comum, pois este é objetivo de aglomerações respeitou a disciplina constitucional da matéria porque é
urbanas ou microrregiões. “dispensada a apreciação pelo Congresso Nacional ou
B) constitucional, desde que houvesse sido editada pela Assembleia Legislativa, o decreto limitar-se-á a
dentro de período determinado por lei complementar fe- suspender a execução do ato impugnado, se essa medi-
deral e previamente aprovada, mediante plebiscito, pelas da bastar ao restabelecimento da normalidade”.
populações dos Municípios diretamente envolvidos.
C) constitucional, desde que a criação da região me- 006 - (PC/SP - Escrivão de Polícia - VUNESP/2014)
tropolitana se desse por lei complementar. Prevê o art. 37 da Constituição Federal, de forma expressa,
D) inconstitucional, no que se refere à criação de re- que a administração pública direta e indireta de qualquer
giões metropolitanas, que é de competência da União. dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e
E) inconstitucional, no que se refere à atribuição a ór- dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, im-
gãos e entes estaduais de competências relativas à gestão pessoalidade, moralidade, publicidade e:
de serviços de interesse comum, que deve ser compartilha- A) razoabilidade
da entre Estados e Municípios integrantes da região me-
B) eficiência.
tropolitana.
C) proporcionalidade.
R: E. O Estado-membro tem legitimidade para instituir
D) unidade.
região metropolitana, conforme artigo 25, §3º, CF: “Os Esta-
dos poderão, mediante lei complementar, instituir regiões E) economicidade.
metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, R: B. Trata-se do teor do artigo 37, caput, CF: “A admi-
constituídas por agrupamentos de municípios limítrofes, nistração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes
para integrar a organização, o planejamento e a execu- da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios
ção de funções públicas de interesse comum”. Entretanto, obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade,
a criação desta região metropolitana deve ser apoiada pela moralidade, publicidade e eficiência”.
integração da gestão de interesses comuns, o que não é
possível com a mera atribuição exclusiva de competências 007 - (PC/SP - Delegado de Polícia - VUNESP/2014)
a órgãos estaduais, razão pela qual há inconstitucionalida- Compete privativamente à União legislar sobre
de. A) produção e consumo.
B) assistência jurídica e defensoria pública.
005 - (Prefeitura de Cuiabá/MT - Procurador Muni- C) trânsito e transporte.
cipal - FCC/2014) O Governador de determinado Estado D) direito tributário, financeiro, penitenciário, econômi-
decreta intervenção em Município situado em seu terri- co e urbanístico.
tório, sem apreciação do ato pela Assembleia Legislativa, E) educação, cultura, ensino e desporto.

52
LEGISLAÇÃO

R: C. A competência privativa legislativa da União está C) O prazo de validade do concurso público será de até
descrita no artigo 22 da Constituição e a previsão da alter- dois anos, prorrogável uma vez, por igual período.
nativa “C” é a do seu inciso XI. Sobre produção e consumo, D) A Constituição Federal não veda a acumulação re-
a competência é legislativa concorrente entre União, esta- munerada de cargos públicos.
dos e Distrito Federal (artigo 24, V, CF), assim como a de le- E) A lei estabelecerá os prazos de prescrição para ilí-
gislar sobre assistência jurídica e Defensoria Pública (artigo citos praticados por qualquer agente, servidor ou não,
24, XIII, CF), a de legislar sobre direito tributário, financeiro, que causem prejuízos ao erário, ressalvadas as respectivas
penitenciário, econômico e urbanístico (artigo 24, I, CF) e a ações de ressarcimento.
de legislar sobre educação, cultura, ensino e desporto (ar- R: D. A alternativa “A” colaciona a exigência do artigo
tigo 24, IX, CF). 37, II, CF; a alternativa “B” traz os clássicos princípios da Ad-
ministração Pública previstos no caput do artigo 37; em “C”
008 - (PC/SP - Delegado de Polícia - VUNESP/2014) percebe-se o prazo de validade de um concurso público
Nos termos da Constituição Federal, os Municípios pode- e sua possibilidade de prorrogação nos moldes exatos do
rão constituir guardas municipais destinadas artigo 37, III, CF; e “E” repete o teor do artigo 37, §5º, CF.
A) à execução de atividades de defesa civil. Por sua vez, a vedação de acumulações ao servidor público
B) ao patrulhamento ostensivo das vias públicas mu- está prevista no artigo 37, XVI, CF: “é vedada a acumula-
nicipais. ção remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver
C) às funções de polícia judiciária e à apuração de in- compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o
frações penais. disposto no inciso XI: a) a de dois cargos de professor; b) a
D) à proteção de seus bens, serviços e instalações. de um cargo de professor com outro técnico ou científico; c)
E) ao policiamento ostensivo e à preservação da ordem a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de
pública. saúde, com profissões regulamentadas”.
R: D. Nos termos do artigo 144, §8º, CF, a criação de
guardas municipais destina-se à “proteção de seus bens, 011 - (AGU - Administrador - IDECAN/2014) Com
serviços e instalações, conforme dispuser a lei”. relação à competência privativa da União para legislar, é
INCORRETO afirmar que compete privativamente à União
009 - (PC/SP - Delegado de Polícia - VUNESP/2014) legislar sobre
Os atos de improbidade administrativa importarão, nos A) registros públicos.
termos da Constituição Federal, dentre outros, B) comércio exterior e interestadual.
A) a prisão provisória, sem direito à fiança. C) organização do sistema nacional de emprego e con-
B) a indisponibilidade dos bens. dições para o exercício de profissões.
C) a impossibilidade de deixar o país. D) direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral,
D) a suspensão dos direitos civis. agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho.
E) o pagamento de multa ao fundo de proteção social. E) florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natu-
R: B. Nos moldes do artigo 37, §4º, CF, “os atos de reza, defesa do solo e dos recursos naturais, proteção do
improbidade administrativa importarão a suspensão dos meio ambiente e controle da poluição.
direitos políticos, a perda da função pública, a indisponi- R: E. A competência descrita em “E” é comum entre
bilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma União, Estados e Distrito Federal: “Art. 24. Compete à União,
e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente
cabível”. Dentre as alternativas, somente “B” descreve pre- sobre: [...] VI - florestas, caça, pesca, fauna, conservação da
visão do dispositivo retro. natureza, defesa do solo e dos recursos naturais, proteção
do meio ambiente e controle da poluição”. O artigo 22, CF
010 - (PC/SC - Agente de Polícia - ACAFE/2014) “A descreve nos incisos XXV, VIII, XVI e I competências privati-
administração pública pode ser definida objetivamente vas da União que constam, nesta ordem, as alternativas “A”,
como a atividade concreta e imediata que o Estado desen- “B”, “C” e “D”.
volve para a consecução dos interesses coletivos e subjeti-
vamente como o conjunto de órgãos e de pessoas jurídicas 012 - (AGU - Administrador - IDECAN/2014) Con-
aos quais a lei atribui o exercício da função administrativa siderando as regras constitucionais sobre a administração
do Estado”. (MORAES, Alexandre de, Direito Constitucional. pública, analise as afirmativas.
São Paulo: Atlas, 2007, 22. ed., p. 310) I. Os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e
Com base no que determina a Constituição Federal a do Poder Judiciário não poderão ser superiores aos pagos
respeito da administração pública é correto afirmar, exceto: pelo Poder Executivo.
A) A investidura em cargo ou emprego público depen- II. A remuneração e o subsídio dos ocupantes de car-
de de aprovação prévia em concurso público de provas e gos, funções e empregos públicos da administração direta,
títulos, de acordo com a natureza e complexidade do car- autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos
go, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão. Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
B) A Administração pública direta e indireta obedecerá Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos de-
aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, mais agentes políticos e os proventos, pensões ou outra
publicidade e eficiência. espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou

53
LEGISLAÇÃO

não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra R: A. A alternativa “A” traz competência descrita no ar-
natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em es- tigo 23, V, CF: “Art. 23. É competência comum da União,
pécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal. dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios: [...] V -
III. É vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação e à
espécies remuneratórias para o efeito de remuneração de ciência”. Todas as demais estão incorretas: “B” competência
pessoal do serviço público. concorrente entre todos os entes federados (artigo 24, III,
Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s): CF); “C” competência concorrente entre todos os entes fe-
A) I, II e III. derados (artigo 24, IV, CF); “D” competência concorrente
B) I, apenas. entre União, estados e DF (artigo 24, VII, CF); “E” compe-
C) I e II, apenas. tência concorrente entre União, estados e DF (artigo 24,
D) I e III, apenas. IX, CF).
E) II e III, apenas.
R: A. O item I traz o teor do artigo 37, XII, CF: “os ven- 014 - (DPE/DF - Analista - Assistência Judiciária -
cimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Ju- FGV/2014) Os membros da Comissão Parlamentar de In-
diciário não poderão ser superiores aos pagos pelo Poder quérito do Sistema Carcerário constataram a presença de
Executivo”. O item II corresponde ao artigo 37, XI, CF: “XI mulheres detidas em cadeia pública masculina em uma
- a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, unidade federativa brasileira. As detentas reclamavam da
funções e empregos públicos da administração direta, au- infraestrutura precária e confirmaram denúncias de que
tárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Po- uma menina de 16 anos ficou detida na mesma unidade
deres da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Mu- prisional estatal por 12 dias. Diante de tais circunstâncias
nicípios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais político-administrativas, havendo a intervenção federal
agentes políticos e os proventos, pensões ou outra espécie para assegurar a garantia dos direitos da pessoa humana,
remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, incluí- ela deverá ser decretada pelo Presidente da República:
das as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, A) espontaneamente, sem necessidade de controle po-
não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos lítico do Congresso Nacional.
Ministros do Supremo Tribunal Federal, aplicando-se como B) após requisição do Superior Tribunal de Justiça.
limite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados C) após prévia autorização do Congresso Nacional.
e no Distrito Federal, o subsídio mensal do Governador no D) após provimento, pelo Supremo Tribunal Federal, de
âmbito do Poder Executivo, o subsídio dos Deputados Es- representação do Procurador-Geral da República.
taduais e Distritais no âmbito do Poder Legislativo e o sub- E) após anuência do Judiciário, a se fazer por decisão
sídio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado de seu Órgão Especial, com chancela final do Legislativo do
a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do Estado.
subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo R: D. Prevê o artigo 36, CF: “A decretação da interven-
Tribunal Federal, no âmbito do Poder Judiciário, aplicável ção dependerá: [...] III - de provimento, pelo Supremo Tri-
este limite aos membros do Ministério Público, aos Procu- bunal Federal, de representação do Procurador-Geral da
radores e aos Defensores Públicos”. O item III refere-se ao República, na hipótese do artigo 34, VII, e no caso de re-
inciso XIII do artigo 37, CF: “é vedada a vinculação ou equi- cusa à execução de lei federal”. Por seu turno, prevê o re-
paração de quaisquer espécies remuneratórias para o efei- ferido artigo 34, VII, CF: “VII - assegurar a observância dos
to de remuneração de pessoal do serviço público”. Logo, as seguintes princípios constitucionais: a) forma republicana,
três afirmativas estão corretas. sistema representativo e regime democrático; b) direitos
da pessoa humana; c) autonomia municipal; d) prestação
013 - (SEAP/DF - Analista Direito - IADES/2014) de contas da administração pública, direta e indireta”. No
Acerca da organização do Estado, em consonância com a caso relatado no enunciado, há evidente desrespeito ao
Constituição Federal, assinale a alternativa correta. princípio da dignidade da pessoa humana.
A) É competência comum da União, dos estados, do
Distrito Federal e dos municípios proporcionar os meios de 015 - (TRT/18ª REGIÃO/GO - Juiz do Trabalho -
acesso à cultura, à educação e à ciência. FCC/2014) Certo Município editou lei municipal que dis-
B) É competência exclusiva da União proteger os docu- ciplinou o horário de funcionamento de farmácias e dro-
mentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico garias. O sindicato dos empregados do comércio da região
e cultural, os monumentos, as paisagens naturais notáveis pretende impugnar judicialmente a referida norma, sob o
e os sítios arqueológicos. argumento de que o Município não teria competência para
C) É competência exclusiva dos estados impedir a eva- legislar sobre a matéria, mesmo na ausência de lei fede-
são, a destruição e a descaracterização de obras de arte e ral e estadual sobre o tema. Considerando a Constituição
de outros bens de valor histórico, artístico ou cultural. Federal e a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, a
D) Compete, exclusivamente, à União legislar sobre a pretensão do sindicato
proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico, turísti- A) não encontra fundamento constitucional, uma vez
co e paisagístico. que cabe aos Municípios fixar o horário de funcionamen-
E) Compete, exclusivamente, aos estados legislar sobre to desses estabelecimentos, inserindo-se a matéria na sua
educação, cultura, ensino e desporto. competência para legislar sobre assuntos de interesse local.

54
LEGISLAÇÃO

B) não encontra fundamento constitucional, uma vez 017 - (TRT 19ª Região/AL - Analista Judiciário - Ofi-
que, apesar da matéria se inserir na competência residual cial de Justiça Avaliador - FCC/2014) Lei federal determi-
dos Estados, cabe aos Municípios suprir a ausência de lei nou a vinculação da remuneração dos empregados públi-
estadual para atender as suas peculiaridades locais. cos da Administração federal à variação da remuneração
C) encontra fundamento constitucional, uma vez que do Chefe do Poder Executivo. A vinculação determinada
a ausência de norma federal disciplinando a matéria não pela Lei é.
poderia ser suprida por lei estadual, nem por lei municipal. A) inconstitucional, uma vez que permitida apenas a
D) encontra fundamento constitucional, uma vez que, vinculação à variação da remuneração do Presidente do
inexistindo lei federal a respeito, apenas os Estados pode- Congresso Nacional.
riam legislar sobre a matéria para atender as suas peculia- B) inconstitucional, uma vez que permitida apenas a
ridades. vinculação à variação da remuneração do Presidente do
E) encontra fundamento constitucional, uma vez que Supremo Tribunal Federal.
a matéria insere-se na competência residual dos Estados C) inconstitucional, uma vez que vedada a vinculação
para legislar sobre as competências que não lhes sejam ve- ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para
dadas pela Constituição. o efeito de remuneração do pessoal do serviço público.
R: A. Nos termos do artigo 30, I, CF, “Compete aos Mu- D) constitucional, uma vez que a vinculação da remu-
nicípios: I - legislar sobre assuntos de interesse local”. A neração dos empregados públicos à variação da remune-
questão é que o Município tem autonomia para legislar ração do Chefe do Poder Executivo observou o princípio da
sobre temas de seu particularizado interesse e não de for- estrita legalidade.
ma privativa. A mera alegação de que se faz necessária a E) constitucional, uma vez que é vedada a vinculação
existência de lei delimitando o interesse local do Município ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para
apresenta-se apenas como outra possibilidade de atuação. o efeito de remuneração dos servidores titulares de cargos
Nada impede a elaboração de legislação definindo o que públicos, não se aplicando a restrição aos ocupantes de
seria de interesse do Município, mas em sua ausência, a empregos públicos.
Carta Constitucional conferiu-lhe autonomia para decidir o R: C. Nos termos do artigo 37, XIII, CF, “é vedada a vin-
que seria de seu interesse. culação ou equiparação de quaisquer espécies remunera-
tórias para o efeito de remuneração de pessoal do serviço
016 - (TRT 2ª Região/SP - Juiz do Trabalho - TRT público”, logo, inconstitucional a vinculação coma espécie
2R/2014) Em relação à organização político-administrativa remuneratória do Chefe do Poder Executivo.
do Estado brasileiro, aponte a alternativa correta:
A) Os Estados organizam-se e regem-se pelas Consti- 018 - (SEFAZ/RJ - Auditor Fiscal da Receita Federal
tuições e leis que adotarem, podendo, mediante lei com- - FCC/2014) Com o objetivo de instituir o imposto sobre
plementar, instituir regiões metropolitanas, aglomerações grandes fortunas, o governo edita medida provisória em
urbanas e microrregiões constituídas por agrupamentos de 12/04/2013, a qual, aprovada pelo Congresso Nacional, é
municípios limítrofes convertida em lei no dia 10/06/2013. Nesta situação hipo-
B) Cabe aos Municípios explorarem diretamente ou tética, o referido imposto sobre grandes fortunas
mediante concessão os serviços locais de gás canalizado, A) pode ser cobrado a partir de 12/04/2013, pois me-
na forma da lei, vedada a edição de medida provisória para dida provisória gera efeitos desde sua edição, os quais,
a sua regulamentação. posteriormente, poderão ser mantidos ou não, conforme
C) O número de Deputados à Assembleia Legislativa apreciação do Congresso Nacional.
corresponderá ao quádruplo da representação do Estado B) pode ser cobrado apenas a partir de 01/01/2014, em
na Câmara dos Deputados e, atingindo o número de 36 decorrência do princípio da anterioridade tributária.
(trinta e seis), será acrescido de tantos quantos forem os C) pode ser cobrado apenas a partir de 09/09/2013, em
Deputados Federais acima de 12 (doze). decorrência do princípio da anterioridade tributária nona-
D) O Município reger-se-á por lei orgânica votada em gesimal.
2 (dois) turnos, com interstício de 15 (quinze) dias, e apro- D) não pode ser cobrado por ser inconstitucional, na
vada por 2/3 (dois terços) dos membros da Câmara Muni- medida em que a Constituição da República expressamen-
cipal, que a promulgará. te veda a edição de medida provisória sobre matéria reser-
E) Compete à União legislar exclusivamente sobre pre- vada à lei complementar.
vidência social, proteção e defesa da saúde. E) não pode ser cobrado por ser inconstitucional, na
R: A. Desde logo, percebe-se o teor do artigo 25, ca- medida em que a Constituição da República proíbe a cria-
put e §3º, CF: “Os Estados organizam-se e regem-se pelas ção do imposto sobre grandes fortunas em respeito ao
Constituições e leis que adotarem, observados os princípios princípio da igualdade tributária.
desta Constituição [...] Os Estados poderão, mediante R: D. A vedação de medida provisória que verse sobre
lei complementar, instituir regiões metropolitanas, matéria que seria tratada por lei complementar se encontra
aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por no artigo 62, III, CF. Por seu turno, “compete à União insti-
agrupamentos de municípios limítrofes, para integrar tuir impostos sobre: [...] grandes fortunas, nos termos de lei
a organização, o planejamento e a execução de funções complementar” (artigo 163, VII, CF).
públicas de interesse comum”.

55
LEGISLAÇÃO

019 - (SEFAZ/RJ - Auditor Fiscal da Receita Federal - R: E. Por força dos interesses que representa, a adminis-
FCC/2014) Suponha que o Presidente da República esteja tração pública está proibida de promover discriminações
obstruindo o livre exercício das atividades do Congresso gratuitas. Logo, a administração pública deve tratar igual-
Nacional. Neste caso, mente todos aqueles que se encontrem na mesma situação
A) a União poderá sofrer intervenção federal mediante jurídica (princípio da isonomia ou igualdade).
requisição do Senado Federal.
B) a União poderá sofrer intervenção federal por solici- 022 - (TRF/2ª REGIÃO - Juiz Federal - TRF 2ª Re-
tação do Congresso Nacional. gião/2014) Concessionária de serviço público federal in-
C) o Presidente da República poderá ser submetido a surge-se contra série de obrigações previstas na legislação
julgamento, perante o Senado Federal, por crime de res- municipal, quer as tributárias, quer as que limitam a área de
ponsabilidade. construção e freiam seus investimentos. Assinale a opção
D) a União poderá sofrer intervenção federal mediante correta:
provimento, pelo Supremo Tribunal Federal, de representa- A) Por força da imunidade constitucional recíproca, não
ção do Procurador- Geral da República. podem ocorrer imposições tributárias à concessionária.
E) o Presidente da República poderá ser submetido a B) Há que se verificar, para aferir a licitude de tais obri-
julgamento, perante o Supremo Tribunal Federal, por crime gações, se elas são compatíveis com a lei federal.
de responsabilidade. C) Os serviços públicos federais são imunes à atuação
R: C. A União não poderá sofrer intervenção federal, legislativa dos municípios, inclusive no âmbito não tributá-
somente restando a possibilidade de julgamento por crime rio, em nome de regra constitucional que tutela a eficiência
de responsabilidade. Com efeito, “compete privativamente do pacto federativo.
ao Senado Federal: I - processar e julgar o Presidente e o D) Essas obrigações serão legítimas, ainda que possam
Vice-Presidente da República nos crimes de responsabili- se chocar com lei federal, desde que o objeto da legislação
dade, bem como os Ministros de Estado e os Comandantes municipal esteja dentre aqueles cuja competência seja mu-
da Marinha, do Exército e da Aeronáutica nos crimes da nicipal, constitucionalmente.
mesma natureza conexos com aqueles” (artigo 52, I, CF). E) Há que se ponderar, em cada caso concreto, quais são
as imposições razoáveis de serem cobradas de concessioná-
020 - (EMPLASA - Analista Jurídico - Direito - VU- rias de outros entes, e, assim, decidir o aparente conflito de
NESP/2014) As regiões metropolitanas poderão ser cons- normas.
tituídas pelos; Nos termos do artigo 30, I, CF, “Compete aos Municí-
A) Estados, por meio de lei complementar, a fim de in- pios: I - legislar sobre assuntos de interesse local”. O Muni-
tegrar a execução de funções públicas comuns. cípio tem autonomia para legislar sobre temas de seu par-
B) Municípios interessados e contíguos, por lei ordi- ticularizado interesse e não de forma privativa. A compe-
nária, a fim de realizar planejamento de funções públicas tência legislativa envolve questões tributárias, financeiras
comuns. e de política urbana. Inserindo-se a questão nesta autono-
C) Estados, por lei ordinária, em relação a Municípios mia, pode ser legislada, ainda que contrarie lei federal, que
contíguos e não limítrofes, para fim de planejamento. usualmente terá um caráter mais genérico. Vale ressaltar
D) Municípios limítrofes, mediante lei complementar que a Constituição não assegura tratamento diferencia-
federal, para fim de gestão associada de serviços públicos. do às suas empresas públicas, que devem se submeter ao
E) Estados, mediante convênios de cooperação, visan- mesmo regimento da ordem econômica que as empresas
do à gestão associada de serviços públicos. de direito privado.
R: A. Destaca-se o teor do artigo 25, §3º, CF, com grifos
que conduzem à percepção de que a alternativa “A” está 023 - (SEDS/MG - Agente de Segurança Penitenciá-
correta: “Os Estados poderão, mediante lei complemen- ria - IBFC/2014) A incorporação entre Estados:
tar, instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas A) Não é permitida pela Constituição Federal.
e microrregiões, constituídas por agrupamentos de muni- B) Depende exclusivamente da aprovação dos Deputa-
cípios limítrofes, para integrar a organização, o planeja- dos Estaduais dos Estados diretamente interessados.
mento e a execução de funções públicas de interesse C) Depende da aprovação da população diretamente
comum”. interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacio-
nal, por lei complementar.
021 - (TRF/4ª REGIÃO - Analista Judiciário - Oficial D) Depende da aprovação de todos os eleitores brasi-
de Justiça Avaliador Federal - FCC/2014) O princípio que leiros, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por
traduz a ideia de que a Administração tem que tratar a to- lei complementar.
dos os administrados sem discriminações, benéficas ou pe- R: C. É o que prevê a Constituição Federal: “Artigo 18,
culiares, denomina-se princípio da §3º, CF. Os Estados podem incorporar-se entre si, subdivi-
A) responsabilidade. dir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou
B) moralidade. formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante
C) publicidade. aprovação da população diretamente interessada, através
D) supremacia do interesse público. de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei comple-
E) impessoalidade. mentar”.

56
LEGISLAÇÃO

024 - (SEDS/MG - Agente de Segurança Penitenciá- to porque, nos termos do artigo 38, IV, CF, o servidor “em
ria - IBFC/2014) Considerando a disciplina constitucional, qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de
o prazo de validade do concurso público será: mandato eletivo, seu tempo de serviço será contado para
A) De até um ano, prorrogável duas vezes, por igual todos os efeitos legais, exceto para promoção por me-
período. recimento”; o item III está correto porque, nos termos do
B) De até dois anos, prorrogável uma vez, por igual pe- artigo 38, III, CF, o servidor “investido no mandato de Ve-
ríodo. reador, havendo compatibilidade de horários, perceberá as
C) Aquele previsto no edital, limitado a três anos, pror- vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo
rogável uma vez, por igual período. da remuneração do cargo eletivo, e, não havendo compa-
D) De até dois anos, sendo improrrogável. tibilidade, será aplicada a norma do inciso anterior”. Logo,
R: B. Nos termos constitucionais, “o prazo de validade apenas II está incorreta.
do concurso público será de até dois anos, prorrogável
uma vez, por igual período” (artigo 37, III, CF). 027 - (PGE/PI - Procurador do Estado Substituto
- CESPE/2014) Acerca das fontes normativas integrantes
025 - (SEDS/MG - Agente de Segurança Penitenciá- do ordenamento jurídico do Estado brasileiro, assinale a
ria - IBFC/2014) De acordo com a Constituição Federal, opção correta.
NÃO se aplicam aos servidores públicos: A) Conflitos entre leis ordinárias e leis complementares
A) Reconhecimento das convenções e acordos coleti- têm de ser resolvidos necessariamente em favor das leis
vos de trabalho. complementares.
B) Remuneração do trabalho noturno superior à do diur- B) Embora as leis orgânicas municipais estejam sujeitas
no. às constituições dos respectivos estados-membros, estas
C) Garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para últimas não têm o poder de disciplinar assunto considera-
os que percebem remuneração variável. do de interesse local.
D) Repouso semanal remunerado, preferencialmente C) Decreto autônomo do governador de um estado
aos domingos. federado deve ater-se aos limites do poder regulamentar.
R: A. Embora seja direito social o “reconhecimento das
D) Conflitos entre leis estaduais e leis municipais têm
convenções e acordos coletivos de trabalho” (artigo 7º,
de ser sanados necessariamente em favor das leis esta-
XXVI, CF), conforme entendimento cristalizado na Orien-
duais.
tação Jurisprudencial nº 5 da SDC do Tribunal Superior do
E) Todas as normas da CF são de observância obrigató-
Trabalho aos servidores públicos não foi assegurado o di-
ria para estados e municípios, devendo ser necessariamen-
reito ao reconhecimento de acordos e convenções coleti-
te observadas pelas respectivas leis fundamentais.
vos de trabalho, pelo que, por conseguinte, também não
R: B. Nos termos do artigo 30, I, CF, “Compete aos Mu-
lhes é facultada a via do dissídio coletivo, à falta de previ-
nicípios: I - legislar sobre assuntos de interesse local”. Trata-
são legal.
-se de competência legislativa dos municípios que se sub-
026 - (SEDS/MG - Agente de Segurança Penitenciá- metem à Constituição estadual, mas que não podem por
ria - IBFC/2014) Analise as seguintes afirmações, relativas ela serem regulamentadas. Por seu turno, “A” está incorreta
à disciplina constitucional sobre o servidor público que ve- porque não há hierarquia entre leis complementares e leis
nha a desempenhar mandato eletivo: ordinárias, tudo é uma questão de matéria reservada a casa
I. O servidor, investido no mandato de Prefeito, será qual; “C” está incorreta porque o decreto autônomo não se
afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe faculta- sujeita aos limites do poder regulamentar; “D” está incor-
do optar pela sua remuneração. reta porque conflitos entre leis estaduais e leis municipais
II. Em qualquer caso que exija o afastamento para o devem ser resolvidos em matéria de competência legislati-
exercício de mandato eletivo, seu tempo de serviço será va; “E” está incorreta porque a relação de compatibilidade
contado para todos os efeitos legais, inclusive para pro- não é absoluta.
moção.
III. O servidor, investido no mandato de Vereador, ha- 028 - (TRF/4ª REGIÃO - Juiz Substituto - TRF 4ª RE-
vendo compatibilidade de horários, perceberá as vanta- GIÃO/2014) Assinale a alternativa INCORRETA.
gens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da A) O Corregedor do Tribunal Superior Eleitoral é um
remuneração do cargo eletivo. Ministro do Superior Tribunal de Justiça.
Está INCORRETO o que se afirma em: B) Nos crimes de responsabilidade, o Ministro do Su-
A) I, apenas. premo Tribunal Federal é julgado pelo Senado Federal.
B) II, apenas. C) O Conselho Nacional de Justiça é presidido pelo
C) I e III, apenas. Presidente do Superior Tribunal de Justiça.
D) II e III, apenas. D) Incumbe ao Superior Tribunal de Justiça o julgamen-
R: B. O item I está correto porque, nos termos do artigo to, em matéria penal, dos Governadores dos Estados.
38, II, CF, o servidor “investido no mandato de Prefeito, será E) O Tribunal Superior Eleitoral é integrado por, no mí-
afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe facul- nimo, sete membros, dentre os quais três escolhidos entre
tado optar pela sua remuneração”; o item II está incorre- os Ministros do Supremo Tribunal Federal.

57
LEGISLAÇÃO

R: C. Nos termos do artigo 103-B, §1º, CF, “o Conselho o interventor, será submetido à apreciação do Congresso Na-
será presidido pelo Presidente do Supremo Tribunal Fede- cional ou da Assembleia Legislativa do Estado, no prazo de
ral e, nas suas ausências e impedimentos, pelo Vice-Presi- vinte e quatro horas”.
dente do Supremo Tribunal Federal”. 
031 - (TJ/PR - Outorga de Delegações de Notas e de
029 - (TRF/4ª REGIÃO - Juiz Substituto - TRF 4ª RE- Registro - Remoção - IBFC/2014) Assinale a alternativa
GIÃO/2014) Dadas as assertivas abaixo, assinale a alterna- correta:
tiva correta. A) A investidura em cargo ou emprego público não de-
É da competência privativa da União legislar sobre: pende de aprovação prévia em concurso público de provas
I. Registros públicos. ou de provas e títulos.
II. Processo civil e procedimentos em matéria proces- B) Um dos princípios que rege a Administração Pública
sual. é o da eficiência.
III. Direito Civil. C) Ao servidor público civil não é garantido o direito a
IV. Direito Financeiro. associação sindical.
V. Direito Urbanístico.
D) São estáveis após quatro anos de efetivo exercício
A) Está correta apenas a assertiva III.
os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo
B) Estão corretas apenas as assertivas I e II.
em virtude de concurso público.
C) Estão corretas apenas as assertivas I e III.
R: B. Nos termos do artigo 37, CF, “a administração pú-
D) Estão corretas apenas as assertivas III, IV e V.
E) Estão corretas todas as assertivas. blica direta e indireta de qualquer dos Poderes da União,
R: C. As hipóteses de competência privativa da União dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedece-
para legislar estão previstas no artigo 22, CF, sendo que a rá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralida-
competência para legislar sobre direito civil se encontra no de, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: [...]”.
inciso I e a para legislar sobre registros públicos se encon- “A” está incorreta porque a prévia aprovação em concurso
tra no inciso XXV. Por seu turno, a competência legislativa é exigida; “C” está incorreta porque o servidor público tem
é concorrente para legislar sobre direito financeiro e urba- direito à associação sindical; e “D” está incorreta porque a
nístico (artigo 24, I, CF) e sobre procedimentos em matéria estabilidade nestes moldes se adquire em 3 anos.
processual (artigo 24, XI, CF). Sendo assim, somente estão
corretas as assertivas I e III. 032 - (TJ/PR - Outorga de Delegações de Notas e de
Registro - Remoção - IBFC/2014) Sobre a intervenção é
030 - (TJ/PA - Juiz de Direito Substituto - VU- correto afirmar:
NESP/2014) Em relação à Intervenção Federal, com funda- A) A União poderá intervir nos Estados e no Distrito
mento no texto constitucional, é correto afirmar que Federal para assegurar a observância dos direitos da pes-
A) a resolução de intervenção, que especificará a am- soa humana.
plitude, o prazo e as condições de execução e que, se cou- B) Os Estados e o Distrito Federal podem intervir na
ber, nomeará o interventor, será submetido à apreciação do União para pôr termo a grave comprometimento da ordem
Senado Federal no prazo de vinte e quatro horas. pública.
B) o decreto de intervenção, que especificará a ampli- C) O Estado intervirá nos seus Municípios quando fo-
tude, o modo e as condições de execução e que, se cou- rem prestadas as contas na forma da lei.
ber, nomeará o interventor, será submetido à apreciação D) Cessada a intervenção, em nenhum caso as autori-
do Congresso Nacional no prazo de quarenta e oito horas. dades afastadas retornarão aos seus cargos.
C) a resolução de intervenção, que especificará a am- R: A. A União pode intervir em prol da dignidade da
plitude, o prazo e as condições de execução e que, se cou- pessoa humana, conforme artigo 34, VII, “b”, CF: A União
ber, nomeará o interventor, será submetido à apreciação
não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto
do Supremo Tribunal Federal no prazo de quarenta e oito
para: [...] VII - assegurar a observância dos seguintes prin-
horas.
cípios constitucionais: [...] b) direitos da pessoa humana”,
D) o decreto de intervenção, que especificará a ampli-
restando “A” correta. “B” está incorreta porque os Estados e
tude, o prazo e as condições de execução e que, se couber,
nomeará o interventor, será submetido à apreciação do Municípios não podem intervir na União; “C” está incorreta
Procurador-Geral da República e encaminhado ao Supre- porque se intervirá caso estas contas não sejam prestadas
mo Tribunal Federal, sucessivamente, no prazo de quarenta na forma da lei; “D” está incorreta porque cessada a inter-
e oito horas. venção as autoridades retornam aos cargos. 
E) o decreto de intervenção, que especificará a ampli-
tude, o prazo e as condições de execução e que, se couber, 033 - (TJ/PR - Outorga de Delegações de Notas e de
nomeará o interventor, será submetido à apreciação do Registro - Remoção - IBFC/2014) Assinale a alternativa
Congresso Nacional no prazo de vinte e quatro horas. incorreta:
R: E. Neste sentido, se depreende do artigo 36, §1º, CF: A) Os atos de improbidade administrativa importarão a
“O decreto de intervenção, que especificará a amplitude, o suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública,
prazo e as condições de execução e que, se couber, nomeará a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário.

58
LEGISLAÇÃO

B) O servidor público estável somente perderá o cargo B) apenas Fulano poderá cumular o emprego de advo-
em virtude de sentença judicial transitada em julgado; me- gado com o cargo de professor.
diante processo administrativo em que lhe seja assegurada C) apenas Beltrano poderá cumular o cargo de juiz com
a ampla defesa ou mediante procedimento de avaliação o de professor.
periódica de desempenho, na forma da lei complementar, D) Beltrano perderá o cargo de juiz, se assumir o de
assegurada a ampla defesa. professor, por não ter adquirido estabilidade.
C) Constitui crime de responsabilidade do Presidente E) nenhum dos dois poderá cumular suas funções
da Câmara Municipal o gasto de mais de 70% de sua recei- atuais com a de professor.
ta com folha de pagamento, incluído o gasto com o subsí- R: A. Nos termos constitucionais, “é vedada a acumulação
dio de seus Vereadores. remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver
D) É autorizada a criação de Tribunais, Conselhos ou compatibilidade de horários, observado em qualquer caso
órgãos de Contas Municipais. o disposto no inciso XI: a)  a de dois cargos de professor;
R: D. “A” está conforme o artigo 37, §4º, CF; “B” está b)  a de um cargo de professor com outro, técnico ou
conforme o artigo 41, §1º, CF; “C” está conforme o artigo científico; c)  a de dois cargos ou empregos privativos de
29-A, CF. Somente resta “D”, que está incorreta, porque o profissionais de saúde, com profissões regulamentadas”
artigo 31 prevê no §4º que “é vedada a criação de Tribunais, (artigo 37, XVI, CF). Tanto Fulano como Beltrano possuem
Conselhos ou órgãos de Contas Municipais”. condição de acumularem licitamente os cargos.

034 - (TCE/RS - Auditor Público Externo - Engenha-


ria Civil - Conhecimentos Básicos - FCC/2014) Na hipó-
tese de o Governador de determinado Estado da federação
editar medida provisória para regulamentar a exploração
dos serviços locais de gás canalizado, tal regulamentação
A) deverá, nos termos da Constituição da República,
contemplar as hipóteses de exploração do serviço direta-
mente pelo Estado ou mediante concessão.
B) será inconstitucional, uma vez que a edição de me-
dida provisória é competência exclusiva do Presidente da
República, não reconhecida aos chefes do Poder Executivo
dos demais entes da federação.
C) será compatível com a Constituição da República,
desde que presentes motivos de urgência e relevância para
a edição de medida provisória.
D) será inconstitucional, por se tratar de matéria reser-
vada à lei complementar, sendo vedada, portanto, a edição
de medida provisória para esse fim.
E) será inconstitucional, uma vez que é expressamente
vedada a edição de medida provisória para esse fim espe-
cífico.
R: E. Nos termos do artigo 25, §2º, CF, “cabe aos Estados
explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços
locais de gás canalizado, na forma da lei, vedada a edição
de medida provisória para a sua regulamentação”. Sendo
assim, a medida provisória seria inconstitucional.

035 - (TCE/RS - Auditor Público Externo - Engenha-


ria Civil - Conhecimentos Básicos - FCC/2014) Fulano e
Beltrano, colegas desde os tempos de faculdade, seguiram
carreiras distintas. Fulano, desde a graduação, é advoga-
do de empresa pública federal e Beltrano, há dois anos e
dois meses, é juiz vinculado a um Tribunal Regional Federal.
Ambos pretendem, agora, participar de concurso em que
há duas vagas para professor de Direito em uma Universi-
dade pública federal, para ministrar aulas no período no-
turno. Considerada a disciplina constitucional da matéria,
se Fulano e Beltrano vierem a ser aprovados no concurso,
A) ambos poderão cumular suas funções atuais com a
de professor.

59
LEGISLAÇÃO

ANOTAÇÕES

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LEGISLAÇÃO

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LEGISLAÇÃO

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INFORMÁTICA

Fundamentos da Computação: conceitos básicos de informática, componentes de hardware e software dos computa-
dores periféricos, dispositivos de entrada, saída e armazenamento de dados............................................................................... 01
Conceitos básicos LibreOffice 5: editor de texto (Writer); formatar, salvar e visualizar arquivos e documentos; alinhar,
configurar página e abrir arquivos; copiar, mover e localizar texto; destacar listas, personalizar documentos, Inserir sím-
bolos e imagens, Trabalhar com tabelas, trabalhar com colunas. ........................................................................................................ 24
Conceitos básicos planilhas eletrônicas (Calc); formatar a planilha, números e fórmulas, funções básicas, impressão e
gráficos. Trabalhando com arquivos e pastas, trabalhando com programas, gerenciando janelas, procurando informa-
ções. .............................................................................................................................................................................................................................. 49
Localizando as informações, Navegação com guias, Imprimindo e salvando informações, ..................................................... 79
Correio eletrônico: envio e recepção de mensagens com ou sem anexos......................................................................................115
INFORMÁTICA

MAINFRAMES
FUNDAMENTOS DA COMPUTAÇÃO:
CONCEITOS BÁSICOS DE INFORMÁTICA,
COMPONENTES DE HARDWARE E
SOFTWARE DOS COMPUTADORES
PERIFÉRICOS, DISPOSITIVOS DE ENTRADA,
SAÍDA E ARMAZENAMENTO DE DADOS.

HISTÓRICO

Os primeiros computadores construídos pelo homem


foram idealizados como máquinas para processar números
(o que conhecemos hoje como calculadoras), porém, tudo
era feito fisicamente.
Existia ainda um problema, porque as máquinas pro-
cessavam os números, faziam operações aritméticas, mas
depois não sabiam o que fazer com o resultado, ou seja,
eram simplesmente máquinas de calcular, não recebiam Os computadores podem ser classificados pelo porte.
instruções diferentes e nem possuíam uma memória. Até Basicamente, existem os de grande porte ― mainframes
então, os computadores eram utilizados para pouquíssi- ― e os de pequeno porte ― microcomputadores ― sen-
mas funções, como calcular impostos e outras operações. do estes últimos divididos em duas categorias: desktops ou
Os computadores de uso mais abrangente apareceram torres e portáteis (notebooks, laptops, handhelds e smar-
logo depois da Segunda Guerra Mundial. Os EUA desen- tphones).
volveram ― secretamente, durante o período ― o primei- Conceitualmente, todos eles realizam funções internas
ro grande computador que calculava trajetórias balísticas. idênticas, mas em escalas diferentes.
A partir daí, o computador começou a evoluir num ritmo Os mainframes se destacam por ter alto poder de pro-
cada vez mais acelerado, até chegar aos dias de hoje. cessamento, muita capacidade de memória e por controlar
atividades com grande volume de dados. Seu custo é bas-
tante elevado. São encontrados, geralmente, em bancos,
Código Binário, Bit e Byte grandes empresas e centros de pesquisa.

O sistema binário (ou código binário) é uma repre- CLASSIFICAÇÃO DOS COMPUTADORES
sentação numérica na qual qualquer unidade pode ser
demonstrada usando-se apenas dois dígitos: 0 e 1. Esta é A classificação de um computador pode ser feita de
a única linguagem que os computadores entendem. Cada diversas maneiras. Podem ser avaliados:
um dos dígitos utilizados no sistema binário é chamado de • Capacidade de processamento;
Binary Digit (Bit), em português, dígito binário e representa • Velocidade de processamento;
a menor unidade de informação do computador. • Capacidade de armazenamento das informações;
Os computadores geralmente operam com grupos de • Sofisticação do software disponível e compatibi-
bits. Um grupo de oito bits é denominado Byte. Este pode lidade;
ser usado na representação de caracteres, como uma letra • Tamanho da memória e tipo de CPU (Central Pro-
(A-Z), um número (0-9) ou outro símbolo qualquer (#, %, cessing Uni), Unidade Central de Processamento.
*,?, @), entre outros.
Assim como podemos medir distâncias, quilos, tama- TIPOS DE MICROCOMPUTADORES
nhos etc., também podemos medir o tamanho das infor-
mações e a velocidade de processamento dos computa- Os microcomputadores atendem a uma infinidade de
dores. A medida padrão utilizada é o byte e seus múltiplos, aplicações. São divididos em duas plataformas: PC (compu-
conforme demonstramos na tabela abaixo: tadores pessoais) e Macintosh (Apple).
Os dois padrões têm diversos modelos, configurações
e opcionais. Além disso, podemos dividir os microcompu-
tadores em desktops, que são os computadores de mesa,
com uma torre, teclado, mouse e monitor e portáteis, que
podem ser levados a qualquer lugar.

1
INFORMÁTICA

DESKTOPS Para tentarmos definir o que seja processamento de


dados temos de ver o que existe em comum em todas es-
São os computadores mais comuns. Geralmente dis- tas atividades. Ao analisarmos, podemos perceber que em
põem de teclado, mouse, monitor e gabinete separados todas elas são dadas certas informações iniciais, as quais
fisicamente e não são movidos de lugar frequentemente, chamamos de dados.
uma vez que têm todos os componentes ligados por cabos. E que estes dados foram sujeitos a certas transforma-
São compostos por: ções, com as quais foram obtidas as informações.
• Monitor (vídeo) O processamento de dados sempre envolve três fases
• Teclado essenciais: Entrada de Dados, Processamento e Saída da
• Mouse Informação.
• Gabinete: Placa-mãe, CPU (processador), memó- Para que um sistema de processamento de dados fun-
rias, drives, disco rígido (HD), modem, portas USB etc. cione ao contento, faz-se necessário que três elementos
funcionem em perfeita harmonia, são eles:
PORTÁTEIS
Hardware
Os computadores portáteis possuem todas as partes
integradas num só conjunto. Mouse, teclado, monitor e
Hardware é toda a parte física que compõe o sistema
gabinete em uma única peça. Os computadores portáteis
começaram a aparecer no início dos anos 80, nos Estados de processamento de dados: equipamentos e suprimentos
Unidos e hoje podem ser encontrados nos mais diferen- tais como: CPU, disquetes, formulários, impressoras.
tes formatos e tamanhos, destinados a diferentes tipos de
operações. Software

LAPTOPS É toda a parte lógica do sistema de processamento de


dados. Desde os dados que armazenamos no hardware,
Também chamados de notebooks, são computadores até os programas que os processam.
portáteis, leves e produzidos para serem transportados fa-
cilmente. Os laptops possuem tela, geralmente de Liquid Peopleware
Crystal Display (LCD), teclado, mouse (touchpad), disco
rígido, drive de CD/DVD e portas de conexão. Seu nome Esta é a parte humana do sistema: usuários (aqueles
vem da junção das palavras em inglês lap (colo) e top (em que usam a informática como um meio para a sua ativi-
cima), significando “computador que cabe no colo de qual- dade fim), programadores e analistas de sistemas (aqueles
quer pessoa”. que usam a informática como uma atividade fim).
Embora não pareça, a parte mais complexa de um sis-
NETBOOKS tema de processamento de dados é, sem dúvida o People-
ware, pois por mais moderna que sejam os equipamentos,
São computadores portáteis muito parecidos com o por mais fartos que sejam os suprimentos, e por mais inte-
notebook, porém, em tamanho reduzido, mais leves, mais ligente que se apresente o software, de nada adiantará se
baratos e não possuem drives de CD/ DVD. as pessoas (peopleware) não estiverem devidamente trei-
PDA nadas a fazer e usar a informática.
O alto e acelerado crescimento tecnológico vem apri-
É a abreviação do inglês Personal Digital Assistant e morando o hardware, seguido de perto pelo software.
também são conhecidos como palmtops. São computado-
Equipamentos que cabem na palma da mão, softwares que
res pequenos e, geralmente, não possuem teclado. Para a
transformam fantasia em realidade virtual não são mais
entrada de dados, sua tela é sensível ao toque. É um assis-
tente pessoal com boa quantidade de memória e diversos novidades. Entretanto ainda temos em nossas empresas
programas para uso específico. pessoas que sequer tocaram algum dia em um teclado de
computador.
SMARTPHONES Mesmo nas mais arrojadas organizações, o relaciona-
mento entre as pessoas dificulta o trâmite e consequente
São telefones celulares de última geração. Possuem processamento da informação, sucateando e subutilizando
alta capacidade de processamento, grande potencial de equipamentos e softwares. Isto pode ser vislumbrado, so-
armazenamento, acesso à Internet, reproduzem músicas, bretudo nas instituições públicas.
vídeos e têm outras funcionalidades.

Sistema de Processamento de Dados

Quando falamos em “Processamento de Dados” trata-


mos de uma grande variedade de atividades que ocorre
tanto nas organizações industriais e comerciais, quanto na
vida diária de cada um de nós.

2
INFORMÁTICA

POR DENTRO DO GABINETE O chipset é composto internamente de vários outros


pequenos chips, um para cada função que ele executa. Há
um chip controlador das interfaces IDE, outro controlador
das memórias, etc. Existem diversos modelos de chipsets,
cada um com recursos bem diferentes.
Devido à complexidade das motherboards, da sofisti-
cação dos sistemas operacionais e do crescente aumento
do clock, o chipset é o conjunto de CIs (circuitos integra-
dos) mais importante do microcomputador. Fazendo uma
analogia com uma orquestra, enquanto o processador é o
maestro, o chipset seria o resto!

• BIOS

Identificaremos as partes internas do computador, lo- O BIOS (Basic Input Output System), ou sistema básico
calizadas no gabinete ou torre: de entrada e saída, é a primeira camada de software do
micro, um pequeno programa que tem a função de “iniciar”
• Motherboard (placa-mãe) o microcomputador. Durante o processo de inicialização, o
• Processador BIOS é o responsável pelo reconhecimento dos componen-
• Memórias tes de hardware instalados, dar o boot, e prover informa-
• Fonte de Energia ções básicas para o funcionamento do sistema.
• Cabos O BIOS é a camada (vide diagrama 1.1) que viabiliza a
• Drivers utilização de Sistemas Operacionais diferentes (Linux, Unix,
• Portas de Entrada/Saída Hurd, BSD, Windows, etc.) no microcomputador. É no BIOS
que estão descritos os elementos necessários para ope-
MOTHERBOARD (PLACA-MÃE) racionalizar o Hardware, possibilitando aos diversos S.O.
acesso aos recursos independe de suas características es-
pecíficas.

É uma das partes mais importantes do computador. A


motherboard é uma placa de circuitos integrados que ser-
ve de suporte para todas as partes do computador.
Praticamente, tudo fica conectado à placa-mãe de al-
guma maneira, seja por cabos ou por meio de barramentos.
A placa mãe é desenvolvida para atender às caracte- O BIOS é gravado em um chip de memória do tipo
rísticas especificas de famílias de processadores, incluin- EPROM (Erased Programmable Read Only Memory). É um
do até a possibilidade de uso de processadores ainda não tipo de memória “não volátil”, isto é, desligando o com-
lançados, mas que apresentem as mesmas características putador não há a perda das informações (programas) nela
previstas na placa. contida. O BIOS é contem 2 programas: POST (Power On
A placa mãe é determinante quanto aos componentes Self Test) e SETUP para teste do sistema e configuração dos
que podem ser utilizados no micro e sobre as possibilida- parâmetros de inicialização, respectivamente, e de funções
des de upgrade, influenciando diretamente na performan- básicas para manipulação do hardware utilizadas pelo Sis-
ce do micro. tema Operacional.
Quando inicializamos o sistema, um programa chama-
Diversos componentes integram a placa-mãe, como: do POST conta a memória disponível, identifica dispositi-
• Chipset vos plug-and-play e realiza uma checagem geral dos com-
Denomina-se chipset os circuitos de apoio ao micro- ponentes instalados, verificando se existe algo de errado
computador que gerenciam praticamente todo o funciona- com algum componente. Após o término desses testes, é
mento da placa-mãe (controle de memória cache, DRAM, emitido um relatório com várias informações sobre o hard-
controle do buffer de dados, interface com a CPU, etc.). ware instalado no micro. Este relatório é uma maneira fácil
e rápida de verificar a configuração de um computador.

3
INFORMÁTICA

Para paralisar a imagem tempo suficiente para conseguir Estes pulsos elétricos em intervalos regulares são me-
ler as informações, basta pressionar a tecla “pause/break” didos pela sua frequência cuja unidade é dada em hertz
do teclado. (Hz). 1 MHz é igual a 1 milhão de ciclos por segundo. Nor-
Caso seja constatado algum problema durante o POST, malmente os processadores são referenciados pelo clock
serão emitidos sinais sonoros indicando o tipo de erro en- ou frequência de operação: Pentium IV 2.8 MHz.
contrado. Por isso, é fundamental a existência de um alto-
falante conectado à placa mãe. PROCESSADOR
Atualmente algumas motherboards já utilizam chips de
memória com tecnologia flash. Memórias que podem ser
atualizadas por software e também não perdem seus da-
dos quando o computador é desligado, sem necessidade
de alimentação permanente.
As BIOS mais conhecidas são: AMI, Award e Phoenix.
50% dos micros utilizam BIOS AMI.

• Memória CMOS

CMOS (Complementary Metal-Oxide Semicondutor)


é uma memória formada por circuitos integrados de bai-
xíssimo consumo de energia, onde ficam armazenadas as
informações do sistema (setup), acessados no momento
do BOOT. Estes dados são atribuídos na montagem do mi-
crocomputador refletindo sua configuração (tipo de win- O microprocessador, também conhecido como proces-
chester, números e tipo de drives, data e hora, configura- sador, consiste num circuito integrado construído para rea-
ções gerais, velocidade de memória, etc.) permanecendo lizar cálculos e operações. Ele é a parte principal do com-
armazenados na CMOS enquanto houver alimentação da putador, mas está longe de ser uma máquina completa por
bateria interna. Algumas alterações no hardware (troca e/ si só: para interagir com o usuário é necessário memória,
ou inclusão de novos componentes) podem implicar na al- dispositivos de entrada e saída, conversores de sinais, entre
teração de alguns desses parâmetros. outros.
Muitos desses itens estão diretamente relacionados É o processador quem determina a velocidade de pro-
com o processador e seu chipset e portanto é recomen- cessamento dos dados na máquina. Os primeiros modelos
dável usar os valores default sugerido pelo fabricante da comerciais começaram a surgir no início dos anos 80.
BIOS. Mudanças nesses parâmetros pode ocasionar o tra- • Clock Speed ou Clock Rate
vamento da máquina, intermitência na operação, mau fun- É a velocidade pela qual um microprocessador execu-
cionamento dos drives e até perda de dados do HD. ta instruções. Quanto mais rápido o clock, mais instruções
uma CPU pode executar por segundo.
• Slots para módulos de memória Usualmente, a taxa de clock é uma característica fixa do
Na época dos micros XT e 286, os chips de memória processador. Porém, alguns computadores têm uma “cha-
eram encaixados (ou até soldados) diretamente na placa ve” que permite 2 ou mais diferentes velocidades de clock.
mãe, um a um. O agrupamento dos chips de memória em Isto é útil porque programas desenvolvidos para trabalhar
módulos (pentes), inicialmente de 30 vias, e depois com 72 em uma máquina com alta velocidade de clock podem não
e 168 vias, permitiu maior versatilidade na composição dos trabalhar corretamente em uma máquina com velocidade
bancos de memória de acordo com as necessidades das de clock mais lenta, e vice versa. Além disso, alguns com-
aplicações e dos recursos financeiros disponíveis. ponentes de expansão podem não ser capazes de trabalhar
Durante o período de transição para uma nova tecnolo- a alta velocidade de clock.
gia é comum encontrar placas mãe com slots para mais de Assim como a velocidade de clock, a arquitetura inter-
um modelo. Atualmente as placas estão sendo produzidas na de um microprocessador tem influência na sua perfor-
apenas com módulos de 168 vias, mas algumas compor- mance. Dessa forma, 2 CPUs com a mesma velocidade de
tam memórias de mais de um tipo (não simultaneamente): clock não necessariamente trabalham igualmente. Enquan-
SDRAM, Rambus ou DDR-SDRAM. to um processador Intel 80286 requer 20 ciclos para multi-
plicar 2 números, um Intel 80486 (ou superior) pode fazer
• Clock o mesmo cálculo em um simples ciclo. Por essa razão, estes
Relógio interno baseado num cristal de Quartzo que novos processadores poderiam ser 20 vezes mais rápido
gera um pulso elétrico. A função do clock é sincronizar to- que os antigos mesmo se a velocidade de clock fosse a
dos os circuitos da placa mãe e também os circuitos inter- mesma. Além disso, alguns microprocessadores são supe-
nos do processador para que o sistema trabalhe harmoni- rescalar, o que significa que eles podem executar mais de
camente. uma instrução por ciclo.

4
INFORMÁTICA

Como as CPUs, os barramentos de expansão também efetivamente ao mesmo tempo, embora isto não aconteça
têm a sua velocidade de clock. Seria ideal que as velocida- o tempo todo. Basta uma instrução precisar de um dado
des de clock da CPU e dos barramentos fossem a mesma gerado por sua “concorrente” que a execução paralela tor-
para que um componente não deixe o outro mais lento. Na na-se inviável, tendo uma instrução que esperar pelo tér-
prática, a velocidade de clock dos barramentos é mais lenta mino da outra. Os modelos QUAD CORE possuem o núcleo
que a velocidade da CPU. quadruplicado.
• Overclock Esses são os processadores fabricados pela INTEL, em-
Overclock é o aumento da frequência do processador presa que foi pioneira nesse tipo de produto. Temos tam-
para que ele trabalhe mais rapidamente. bém alguns concorrentes famosos dessa marca, tais como
A frequência de operação dos computadores domésti- NEC, Cyrix e AMD; sendo que atualmente apenas essa últi-
cos é determinada por dois fatores: ma marca mantém-se fazendo frente aos lançamentos da
• A velocidade de operação da placa-mãe, conhecida INTEL no mercado. Por exemplo, um modelo muito popular
também como velocidade de barramento, que nos compu- de 386 foi o de 40 MHz, que nunca foi feito pela INTEL, cujo
tadores Pentium pode ser de 50, 60 e 66 MHz. 386 mais veloz era de 33 MHz, esse processador foi obra
• Um multiplicador de clock, criado a partir dos 486 da AMD. Desde o lançamento da linha Pentium, a AMD foi
que permite ao processador trabalhar internamente a uma obrigada a criar também novas denominações para seus
velocidade maior que a da placa-mãe. Vale lembrar que processadores, sendo lançados modelos como K5, K6-2,
os outros periféricos do computador (memória RAM, cache K7, Duron (fazendo concorrência direta à ideia do Celeron)
L2, placa de vídeo, etc.) continuam trabalhando na veloci- e os mais atuais como: Athlon, Turion, Opteron e Phenom.
dade de barramento.
Como exemplo, um computador Pentium 166 trabalha MEMÓRIAS
com velocidade de barramento de 66 MHz e multiplica-
dor de 2,5x. Fazendo o cálculo, 66 x 2,5 = 166, ou seja, o
processador trabalha a 166 MHz, mas se comunica com os
demais componentes do micro a 66 MHz.
Tendo um processador Pentium 166 (como o do exem-
plo acima), pode-se fazê-lo trabalhar a 200 MHz, simples-
mente aumentando o multiplicador de clock de 2,5x para
3x. Caso a placa-mãe permita, pode-se usar um barramen-
to de 75 ou até mesmo 83 MHz (algumas placas mais mo-
dernas suportam essa velocidade de barramento). Neste
caso, mantendo o multiplicador de clock de 2,5x, o Pentium
166 poderia trabalhar a 187 MHz (2,5 x 75) ou a 208 MHz
(2,5 x 83). As frequências de barramento e do multiplicador
podem ser alteradas simplesmente através de jumpers de
configuração da placa-mãe, o que torna indispensável o
manual da mesma. O aumento da velocidade de barramen- Vamos chamar de memória o que muitos autores de-
to da placa-mãe pode criar problemas caso algum perifé- nominam memória primária, que é a memória interna do
rico (como memória RAM, cache L2, etc.) não suporte essa computador, sem a qual ele não funciona.
velocidade. A memória é formada, geralmente, por chips e é uti-
Quando se faz um overclock, o processador passa a lizada para guardar a informação para o processador num
trabalhar a uma velocidade maior do que ele foi projetado, determinado momento, por exemplo, quando um progra-
fazendo com que haja um maior aquecimento do mesmo. ma está sendo executado.
Com isto, reduz-se a vida útil do processador de cerca de As memórias ROM (Read Only Memory - Memória So-
20 para 10 anos (o que não chega a ser um problema já mente de Leitura) e RAM (Random Access Memory - Me-
que os processadores rapidamente se tornam obsoletos). mória de Acesso Randômico) ficam localizadas junto à pla-
Esse aquecimento excessivo pode causar também frequen- ca-mãe. A ROM são chips soldados à placa-mãe, enquanto
tes “crashes” (travamento) do sistema operacional durante a RAM são “pentes” de memória.
o seu uso, obrigando o usuário a reiniciar a máquina.
Ao fazer o overclock, é indispensável a utilização de um
cooler (ventilador que fica sobre o processador para redu-
zir seu aquecimento) de qualidade e, em alguns casos, uma
pasta térmica especial que é passada diretamente sobre a
superfície do processador.
Atualmente fala-se muito em CORE, seja dual, duo ou
quad, essa denominação refere-se na verdade ao núcleo
do processador, onde fica a ULA (Unidade Aritmética e Ló-
gica). Nos modelos DUAL ou DUO, esse núcleo é duplica-
do, o que proporciona uma execução de duas instruções

5
INFORMÁTICA

FONTE DE ENERGIA Hoje, os tipos mais comuns são o disco rígido ou HD,
os drives de CD/DVD e o pen drive. Os computadores mais
antigos ainda apresentam drives de disquetes, que são
bem pouco usados devido à baixa capacidade de armaze-
namento. Todos os drives são ligados ao computador por
meio de cabos.

PORTAS DE ENTRADA/SAÍDA

É um aparelho que transforma a corrente de eletricida-


de alternada (que vem da rua), em corrente contínua, para
ser usada nos computadores. Sua função é alimentar todas
as partes do computador com energia elétrica apropriada
para seu funcionamento.
Fica ligada à placa-mãe e aos outros dispositivos por
meio de cabos coloridos com conectores nas pontas.

CABOS

São as portas do computador nas quais se conectam


todos os periféricos. São utilizadas para entrada e saída de
dados. Os computadores de hoje apresentam normalmen-
te as portas USB, VGA, FireWire, HDMI, Ethernet e Modem.

Veja alguns exemplos de dispositivos ligados ao com-


putador por meio dessas Portas: modem, monitor, pen dri-
ve, HD externo, scanner, impressora, microfone, Caixas de
som, mouse, teclado etc.

Podemos encontrar diferentes tipos de cabos dentro Obs.: são dignas de citação portas ainda bastante
do gabinete: podem ser de energia ou de dados e co- usadas, como as portas paralelas (impressoras e scan-
nectam dispositivos, como discos rígidos, drives de CDs e ners) e as portas PS/2(mouses e teclados).
DVDs, LEDs (luzes), botão liga/desliga, entre outros, à pla-
ca-mãe. MEMÓRIAS E DISPOSITIVOS
Os tipos de cabos encontrados dentro do PC são: IDE, DE ARMAZENAMENTO
SATA, SATA2, energia e som.
Memórias
DRIVERS
Memória ROM

São dispositivos de suporte para mídias - fixas ou re- No microcomputador também se encontram as me-
movíveis - de armazenamento de dados, nos quais a in- mórias definidas como dispositivos eletrônicos responsá-
formação é gravada por meio digital, ótico, magnético ou veis pelo armazenamento de informações e instruções uti-
mecânico. lizadas pelo computador.

6
INFORMÁTICA

Read Only Memory (ROM) é um tipo de memória em ser aumentada, de acordo com o tipo de equipamento ou
que os dados não se perdem quando o computador é des- das necessidades do usuário. O local onde os chips de me-
ligado. Este tipo de memória é ideal para guardar dados mória são instalados chama-se SLOT de memória.
da BIOS (Basic Input/Output System - Sistema Básico de A memória ganhou melhor desempenho com versões
Entrada/Saída) da placa-mãe e outros dispositivos. mais poderosas, como DRAM (Dynamic RAM - RAM dinâ-
mica), EDO (Extended Data Out - Saída Estendida Dados),
Os tipos de ROM usados atualmente são: entre outras, que proporcionam um aumento no desempe-
nho de 10% a 30% em comparação à RAM tradicional. Hoje,
• Electrically-Erasable Programmable Read-Only as memórias mais utilizadas são do tipo DDR2 e DDR3.
Memory (Eeprom)
É um tipo de PROM que pode ser apagada simples- Memória Cache
mente com uma carga elétrica, podendo ser, posterior-
mente, gravada com novos dados. Depois da NVRAM é o
tipo de memória ROM mais utilizado atualmente.

• Non-Volatile Random Access Memory (Nvram)

Também conhecida como flash RAM ou memória flash,


a NVRAM é um tipo de memória RAM que não perde os
dados quando desligada. Este tipo de memória é o mais
usado atualmente para armazenar os dados da BIOS, não
só da placa-mãe, mas de vários outros dispositivos, como
modems, gravadores de CD-ROM etc.
É justamente o fato do BIOS da placa-mãe ser gravado
em memória flash que permite realizarmos upgrades de
BIOS. Na verdade essa não é exatamente uma memória
ROM, já que pode ser reescrita, mas a substitui com van- A memória cache é um tipo de memória de acesso
tagens. rápido utilizada, exclusivamente, para armazenamento de
dados que provavelmente serão usados novamente.
• Programmable Read-Only Memory (Prom) Quando executamos algum programa, por exemplo,
É um tipo de memória ROM, fabricada em branco, sen- parte das instruções fica guardada nesta memória para
do programada posteriormente. Uma vez gravados os da- que, caso posteriormente seja necessário abrir o programa
dos, eles não podem ser alterados. Este tipo de memória é novamente, sua execução seja mais rápida.
usado em vários dispositivos, assim como em placas-mãe Atualmente, a memória cache já é estendida a outros
antigas. dispositivos, a fim de acelerar o processo de acesso aos
dados. Os processadores e os HDs, por exemplo, já utilizam
Memoria RAM este tipo de armazenamento.

DISPOSITIVOS DE ARMAZENAMENTO

Disco Rígido (HD)

Random Access Memory (RAM) - Memória de acesso


aleatório onde são armazenados dados em tempo de pro-
cessamento, isto é, enquanto o computador está ligado e,
também, todas as informações que estiverem sendo exe-
cutadas, pois essa memória é mantida por pulsos elétricos.
Todo conteúdo dela é apagado ao desligar-se a máquina,
por isso é chamada também de volátil.
O módulo de memória é um componente adicionado à
placa-mãe. É composto de uma série de pequenos circui-
tos integrados, chamados chip de RAM. A memória pode

7
INFORMÁTICA

O disco rígido é popularmente conhecido como HD 1. CD comercial


(Hard Disk Drive - HDD) e é comum ser chamado, também, (que já vem gravado com música ou dados)
de memória, mas ao contrário da memória RAM, quando o
computador é desligado, não perde as informações. 2. CD-R
O disco rígido é, na verdade, o único dispositivo para (que vem vazio e pode ser gravado uma única vez)
armazenamento de informações indispensável ao funcio-
namento do computador. É nele que ficam guardados to- 3. CD-RW
dos os dados e arquivos, incluindo o sistema operacional. (que pode ter seus dados apagados e regravados)
Geralmente é ligado à placa-mãe por meio de um cabo, Atualmente, a capacidade dos CDs é armazenar cerca
que pode ser padrão IDE, SATA ou SATA2. de 700 MB ou 80 minutos de música.

HD Externo DVD, DVD-R e DVD-RW

O Digital Vídeo Disc ou Digital Versatille Disc (DVD) é


hoje o formato mais comum para armazenamento de vídeo
digital. Foi inventado no final dos anos 90, mas só se popu-
larizou depois do ano 2000. Assim como o CD, é composto
por quatro camadas, com a diferença de que o feixe de
laser que lê e grava as informações é menor, possibilitando
uma espiral maior no disco, o que proporciona maior capa-
cidade de armazenamento.
Também possui as versões DVD-R e DVD-RW, sendo
R de gravação única e RW que possibilita a regravação de
dados. A capacidade dos DVDs é de 120 minutos de vídeo
ou 4,7 GB de dados, existindo ainda um tipo de DVD cha-
mado Dual Layer, que contém duas camadas de gravação,
cuja capacidade de armazenamento chega a 8,5 GB.
Os HDs externos são discos rígidos portáteis com alta
capacidade de armazenamento, chegando facilmente à Blu-Ray
casa dos Terabytes. Eles, normalmente, funcionam a partir
de qualquer entrada USB do computador. O Blu-Ray é o sucessor do DVD. Sua capacidade varia
entre 25 e 50 GB. O de maior capacidade contém duas
As grandes vantagens destes dispositivos são: camadas de gravação.
• Alta capacidade de armazenamento; Seu processo de fabricação segue os padrões do CD
• Facilidade de instalação; e DVD comuns, com a diferença de que o feixe de laser
• Mobilidade, ou seja, pode-se levá-lo para qual- usado para leitura é ainda menor que o do DVD, o que
quer lugar sem necessidade de abrir o computador. possibilita armazenagem maior de dados no disco.
O nome do disco refere-se à cor do feixe de luz do lei-
CD, CD-R e CD-RW tor ótico que, na verdade, para o olho humano, apresenta
uma cor violeta azulada. O “e” da palavra blue (azul) foi
O Compact Disc (CD) foi criado no começo da década retirado do nome por fins jurídicos, já que muitos países
de 80 e é hoje um dos meios mais populares de armazenar não permitem que se registre comercialmente uma palavra
dados digitalmente. comum. O Blu-Ray foi introduzido no mercado no ano de
Sua composição é geralmente formada por quatro ca- 2006.
madas:
• Uma camada de policarbonato (espécie de plásti- Pen Drive
co), onde ficam armazenados os dados
• Uma camada refletiva metálica, com a finalidade
de refletir o laser
• Uma camada de acrílico, para proteger os dados
• Uma camada superficial, onde são impressos os
rótulos
Na camada de gravação existe uma grande espiral que
tem um relevo de partes planas e partes baixas que repre-
sentam os bits. Um feixe de laser “lê” o relevo e converte a É um dispositivo de armazenamento de dados em me-
informação. Temos hoje, no mercado, três tipos principais mória flash e conecta-se ao computador por uma porta
de CDs: USB. Ele combina diversas tecnologias antigas com baixo
custo, baixo consumo de energia e tamanho reduzido, gra-
ças aos avanços nos microprocessadores. Funciona, ba-

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INFORMÁTICA

sicamente, como um HD externo e quando conectado ao É utilizado para selecionar operações dentro de uma
computador pode ser visualizado como um drive. O pen tela apresentada. Seu movimento controla a posição do
drive também é conhecido como thumbdrive (por ter o ta- cursor na tela e apenas clicando (pressionando) um dos
manho aproximado de um dedo polegar - thumb), flashdri- botões sobre o que você precisa, rapidamente a operação
ve (por usar uma memória flash) ou, ainda, disco removível. estará definida.
Ele tem a mesma função dos antigos disquetes e dos O mouse surgiu com o ambiente gráfico das famílias
CDs, ou seja, armazenar dados para serem transportados, Macintosh e Windows, tornando-se indispensável para a
porém, com uma capacidade maior, chegando a 256 GB. utilização do microcomputador.

Cartão de Memória Touchpad

Assim como o pen drive, o cartão de memória é um


tipo de dispositivo de armazenamento de dados com me-
mória flash, muito encontrado em máquinas fotográficas
digitais e aparelhos celulares smartphones. Existem alguns modelos diferentes de mouse para no-
Nas máquinas digitais registra as imagens capturadas tebooks, como o touchpad, que é um item de fábrica na
e nos telefones é utilizado para armazenar vídeos, fotos, maioria deles.
ringtones, endereços, números de telefone etc. É uma pequena superfície sensível ao toque e tem a
O cartão de memória funciona, basicamente, como o mesma funcionalidade do mouse. Para movimentar o cur-
pen drive, mas, ao contrário dele, nem sempre fica aparen- sor na tela, passa-se o dedo levemente sobre a área do
te no dispositivo e é bem mais compacto. touchpad.
Os formatos mais conhecidos são:
• Memory Stick Duo Teclado
• SD (Secure Digital Card)
• Mini SD
• Micro SD

OS PERIFÉRICOS
Os periféricos são partes extremamente importantes
dos computadores. São eles que, muitas vezes, definem
sua aplicação.

Entrada
São dispositivos que possuem a função de inserir da-
dos ao computador, por exemplo: teclado, scanner, cane-
ta óptica, leitor de código de barras, mesa digitalizadora, É o periférico mais conhecido e utilizado para entrada
mouse, microfone, joystick, CD-ROM, DVD-ROM, câmera de dados no computador.
fotográfica digital, câmera de vídeo, webcam etc. Acompanha o PC desde suas primeiras versões e foi
pouco alterado. Possui teclas representando letras, núme-
Mouse ros e símbolos, bem como teclas com funções específicas
(F1... F12, ESC etc.).

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INFORMÁTICA

Câmera Digital Scanner

Câmera fotográfica moderna que não usa mais filmes


fotográficos. As imagens são capturadas e gravadas numa
memória interna ou, ainda, mais comumente, em cartões É um dispositivo utilizado para interpretar e enviar à
de memória. memória do computador uma imagem desenhada, pintada
O formato de arquivo padrão para armazenar as fotos ou fotografada. Ele é formado por minúsculos sensores fo-
é o JPEG (.jpg) e elas podem ser transferidas ao compu- toelétricos, geralmente distribuídos de forma linear. Cada
tador por meio de um cabo ou, nos computadores mais linha da imagem é percorrida por um feixe de luz. Ao mes-
modernos, colocando-se o cartão de memória diretamente mo tempo, os sensores varrem (percorrem) esse espaço e
no leitor. armazenam a quantidade de luz refletida por cada um dos
pontos da linha.
Câmeras de Vídeo A princípio, essas informações são convertidas em car-
gas elétricas que, depois, ainda no scanner, são transforma-
das em valores numéricos. O computador decodifica esses
números, armazena-os e pode transformá-los novamente
em imagem. Após a imagem ser convertida para a tela,
pode ser gravada e impressa como qualquer outro arquivo.
Existem scanners que funcionam apenas em preto e
branco e outros, que reproduzem cores. No primeiro caso,
os sensores passam apenas uma vez por cada ponto da
imagem. Os aparelhos de fax possuem um scanner desse
As câmeras de vídeo, além de utilizadas no lazer, são tipo para captar o documento. Para capturar as cores é pre-
também aplicadas no trabalho de multimídia. As câmeras ciso varrer a imagem três vezes: uma registra o verde, outra
de vídeo digitais ligam-se ao microcomputador por meio o vermelho e outra o azul.
de cabos de conexão e permitem levar a ele as imagens em Há aparelhos que produzem imagens com maior ou
movimento e alterá-las utilizando um programa de edição menor definição. Isso é determinado pelo número de pon-
de imagens. Existe, ainda, a possibilidade de transmitir as tos por polegada (ppp) que os sensores fotoelétricos po-
imagens por meio de placas de captura de vídeo, que po- dem ler. As capacidades variam de 300 a 4800 ppp. Alguns
dem funcionar interna ou externamente no computador. modelos contam, ainda, com softwares de reconhecimento
de escrita, denominados OCR.
Hoje em dia, existem diversos tipos de utilização para
os scanners, que podem ser encontrados até nos caixas de
supermercados, para ler os códigos de barras dos produtos
vendidos.

Webcam

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INFORMÁTICA

É uma câmera de vídeo que capta imagens e as trans- • Matriz passiva: menor tempo de resposta nos mo-
fere instantaneamente para o computador. A maioria delas vimentos de vídeo
não tem alta resolução, já que as imagens têm a finalidade Além do CRT e do LCD, uma nova tecnologia esta ga-
de serem transmitidas a outro computador via Internet, ou nhando força no mercado, o LED. A principal diferença en-
seja, não podem gerar um arquivo muito grande, para que tre LED x LCD está diretamente ligado à tela. Em vez de
possam ser transmitidas mais rapidamente. células de cristal líquido, os LED possuem diodos emissores
Hoje, muitos sites e programas possuem chats (bate de luz (Light Emitting Diode) que fornecem o conjunto de
-papo) com suporte para webcam. Os participantes podem luzes básicas (verde, vermelho e azul). Eles não aquecem
conversar e visualizar a imagem um do outro enquanto para emitir luz e não precisam de uma luz branca por trás,
conversam. Nos laptops e notebooks mais modernos, a câ- o que permite iluminar apenas os pontos necessários na
mera já vem integrada ao computador. tela. Como resultado, ele consume até 40% menos energia.
A definição de cores também é superior, principalmen-
Saída te do preto, que possui fidelidade não encontrada em ne-
nhuma das demais tecnologias disponíveis no mercado.
São dispositivos utilizados para saída de dados do Sem todo o aparato que o LCD precisa por trás, o LED
computador, por exemplo: monitor, impressora, projetor, também pode ser mais fina, podendo chegar a apenas uma
caixa de som etc. polegada de espessura. Isso resultado num monitor de de-
sign mais agradável e bem mais leve.
Monitor Ainda é possível encontrar monitores CRT (que usavam
o tubo de cinescópio), mas os fabricantes, no entanto, não
É um dispositivo físico (semelhante a uma televisão) deram continuidade à produção dos equipamentos com
que tem a função de exibir a saída de dados. tubo de imagem.
A qualidade do que é mostrado na tela depende da Os primeiros monitores tinham um tamanho de, geral-
resolução do monitor, designada pelos pontos (pixels - Pic- mente, 13 ou 14 polegadas. Com profissionais trabalhando
ture Elements), que podem ser representados na sua su- com imagens, cores, movimentos e animações multimídia,
perfície. sentiu-se a necessidade de produzir telas maiores.
Todas as imagens que você vê na tela são compostas Hoje, os monitores são vendidos nos mais diferentes
de centenas (ou milhares) de pontos gráficos (ou pixels). formatos e tamanhos. As televisões mais modernas apre-
Quanto mais pixels, maior a resolução e mais detalhada
sentam uma entrada VGA ou HDMI, para que computado-
será a imagem na tela. Uma resolução de 640 x 480 signi-
res sejam conectados a elas.
fica 640 pixels por linha e 480 linhas na tela, resultando em
307.200 pixels.
Impressora Jato de Tinta
A placa gráfica permite que as informações saiam do
computador e sejam apresentadas no monitor. A placa de-
termina quantas cores você verá e qual a qualidade dos
gráficos e imagens apresentadas.
Os primeiros monitores eram monocromáticos, ou
seja, apresentavam apenas uma cor e suas tonalidades,
mostrando os textos em branco ou verde sobre um fun-
do preto. Depois, surgiram os policromáticos, trabalhando
com várias cores e suas tonalidades.
A tecnologia utilizada nos monitores também tem
acompanhado o mercado de informática. Procurou-se re-
duzir o consumo de energia e a emissão de radiação eletro- Atualmente, as impressoras a jato de tinta ou inkjet
magnética. Outras inovações, como controles digitais, tela (como também são chamadas), são as mais populares do
plana e recursos multimídia contribuíram nas mudanças. mercado. Silenciosas, elas oferecem qualidade de impres-
Nos desktops mais antigos, utilizava-se a Catodic Rays são e eficiência.
Tube (CRT), que usava o tubo de cinescópio (o mesmo prin- A impressora jato de tinta forma imagens lançando a
cípio da TV), em que um canhão dispara por trás o feixe de tinta diretamente sobre o papel, produzindo os caracteres
luz e a imagem é mostrada no vídeo. Uma grande evolu- como se fossem contínuos. Imprime sobre papéis espe-
ção foi o surgimento de uma tela especial, a Liquid Crystal ciais e transparências e são bastante versáteis. Possuem
Display (LCD) - Tela de Cristal Líquido. fontes (tipos de letras) internas e aceitam fontes via soft-
A tecnologia LCD troca o tubo de cinescópio por mi- ware. Também preparam documentos em preto e branco
núsculos cristais líquidos na formação dos feixes de luz até e possuem cartuchos de tinta independentes, um preto e
a montagem dos pixels. Com este recurso, pode-se aumen- outro colorido.
tar a área útil da tela.
Os monitores LCD permitem qualidade na visibilidade
da imagem - dependendo do tipo de tela ― que pode ser:
• Matriz ativa: maior contraste, nitidez e amplo cam-
po de visão

11
INFORMÁTICA

Impressora Laser Existe a plotter que imprime materiais coloridos com


largura de até três metros (são usadas em empresas que
imprimem grandes volumes e utilizam vários formatos de
papel).

Projetor

É um equipamento muito utilizado em apresentações


multimídia.
Antigamente, as informações de uma apresentação
eram impressas em transparências e ampliadas num retro-
projetor, mas, com o avanço tecnológico, os projetores têm
auxiliado muito nesta área.
As impressoras a laser apresentam elevada qualidade Quando conectados ao computador, esses equipa-
de impressão, aliada a uma velocidade muito superior. Uti- mentos reproduzem o que está na tela do computador em
lizam folhas avulsas e são bastante silenciosas. dimensões ampliadas, para que várias pessoas vejam ao
Possuem fontes internas e também aceitam fontes via mesmo tempo.
software (dependendo da quantidade de memória). Algu-
mas possuem um recurso que ajusta automaticamente as Entrada/Saída
configurações de cor, eliminando a falta de precisão na im- São dispositivos que possuem tanto a função de inse-
pressão colorida, podendo atingir uma resolução de 1.200 rir dados, quanto servir de saída de dados. Exemplos: pen
dpi (dots per inch - pontos por polegada). drive, modem, CD-RW, DVD-RW, tela sensível ao toque,
impressora multifuncional, etc.
Impressora a Cera IMPORTANTE: A impressora multifuncional pode ser
classificada como periférico de Entrada/Saída, pois sua
Categoria de impressora criada para ter cor no impres- principal característica é a de realizar os papeis de impres-
so com qualidade de laser, porém o custo elevado de ma- sora (Saída) e scanner (Entrada) no mesmo dispositivo.
nutenção aliado ao surgimento da laser colorida fizeram
essa tecnologia ser esquecida. A ideia aqui é usar uma su- BARRAMENTOS – CONCEITOS GERAIS
blimação de cera (aquela do lápis de cera) para fazer im-
pressão. Os barramentos, conhecidos como BUS em inglês, são
conjuntos de fios que normalmente estão presentes em to-
Plotters das as placas do computador.
Na verdade existe barramento em todas as placas de
produtos eletrônicos, porém em outros aparelhos os téc-
nicos referem-se aos barramentos simplesmente como o
“impresso da placa”.
Barramento é um conjunto de 50 a 100 fios que fazem
a comunicação entre todos os dispositivos do computador:
UCP, memória, dispositivos de entrada e saída e outros. Os
sinais típicos encontrados no barramento são: dados, clock,
endereços e controle.
Os dados trafegam por motivos claros de necessidade
de serem levados às mais diversas porções do computador.
Os endereços estão presentes para indicar a localiza-
ção para onde os dados vão ou vêm.
O clock trafega nos barramentos conhecidos como sín-
Outro dispositivo utilizado para impressão é a plotter, cronos, pois os dispositivos são obrigados a seguir uma
que é uma impressora destinada a imprimir desenhos em sincronia de tempo para se comunicarem.
grandes dimensões, com elevada qualidade e rigor, como O controle existe para informar aos dispositivos en-
plantas arquitetônicas, mapas cartográficos, projetos de volvidos na transmissão do barramento se a operação em
engenharia e grafismo, ou seja, a impressora plotter é des- curso é de escrita, leitura, reset ou outra qualquer. Alguns
tinada às artes gráficas, editoração eletrônica e áreas de sinais de controle são bastante comuns:
CAD/CAM. • Memory Write - Causa a escrita de dados do barra-
Vários modelos de impressora plotter têm resolução mento de dados no endereço especificado no barramento
de 300 dpi, mas alguns podem chegar a 1.200 pontos por de endereços.
polegada, permitindo imprimir, aproximadamente, 20 pá- • Memory Read - Causa dados de um dado endereço
ginas por minuto (no padrão de papel utilizado em impres- especificado pelo barramento de endereço a ser posto no
soras a laser). barramento de dados.

12
INFORMÁTICA

• I/O Write - Causa dados no barramento de dados se- Foi lançado em 1984 pela IBM para suportar o novo
rem enviados para uma porta de saída (dispositivo de I/O). PC-AT. Tornou-se, de imediato, o padrão de todos os PC-
• I/O Read - Causa a leitura de dados de um dispositivo compatíveis. Era um barramento único para todos os com-
de I/O, os quais serão colocados no barramento de dados. ponentes do computador, operando com largura de 16 bits
• Bus request - Indica que um módulo pede controle e com clock de 8 MHz.
do barramento do sistema.
• Reset - Inicializa todos os módulos PCI – Peripheral Components Interconnect

Todo barramento é implementado seguindo um con-


junto de regras de comunicação entre dispositivos conhe-
cido como BUS STANDARD, ou simplesmente PROTOCOLO
DE BARRAMENTO, que vem a ser um padrão que qualquer
dispositivo que queira ser compatível com este barramento
deva compreender e respeitar. Mas um ponto sempre é
certeza: todo dispositivo deve ser único no acesso ao bar-
ramento, porque os dados trafegam por toda a extensão
da placa-mãe ou de qualquer outra placa e uma mistura de
dados seria o caos para o funcionamento do computador.

Os barramentos têm como principais vantagens o fato


de ser o mesmo conjunto de fios que é usado para todos os
periféricos, o que barateia o projeto do computador. Outro PCI é um barramento síncrono de alta performance,
ponto positivo é a versatilidade, tendo em vista que toda indicado como mecanismo entre controladores altamen-
placa sempre tem alguns slots livres para a conexão de no- te integrados, plug-in placas, sistemas de processadores/
vas placas que expandem as possibilidades do sistema. memória.
A grande desvantagem dessa idéia é o surgimento de Foi o primeiro barramento a incorporar o conceito plu-
engarrafamentos pelo uso da mesma via por muitos perifé- g-and-play.
ricos, o que vem a prejudicar a vazão de dados (troughput). Seu lançamento foi em 1993, em conjunto com o pro-
Dispositivos conectados ao barramento cessador PENTIUM da Intel. Assim o novo processador
realmente foi revolucionário, pois chegou com uma série
• Ativos ou Mestres - dispositivos que comandam o de inovações e um novo barramento. O PCI foi definido
acesso ao barramento para leitura ou escrita de dados com o objetivo primário de estabelecer um padrão da in-
• Passivos ou Escravos - dispositivos que simplesmente dústria e uma arquitetura de barramento que ofereça baixo
obedecem à requisição do mestre. custo e permita diferenciações na implementação.
Exemplo:
- CPU ordena que o controlador de disco leia ou escre- Componente PCI ou PCI master
va um bloco de dados. Funciona como uma ponte entre processador e barra-
A CPU é o mestre e o controlador de disco é o escravo. mento PCI, no qual dispositivos add-in com interface PCI
estão conectados.
Barramentos Comerciais
- Add-in cards interface
Serão listados aqui alguns barramentos que foram e Possuem dispositivos que usam o protocolo PCI. São
alguns que ainda são bastante usados comercialmente. gerenciados pelo PCI master e são totalmente programá-
veis.
ISA – Industry Standard Architeture
AGP – Advanced Graphics Port

13
INFORMÁTICA

Esse barramento permite que uma placa controladora 1X consegue trabalhar com taxas de 250 MB por segundo,
gráfica AGP substitua a placa gráfica no barramento PCI. um valor bem maior que os 132 MB do padrão PCI. Esse
O Chip controlador AGP substitui o controlador de E/S do barramento trabalha com até 16X, o equivalente a 4000 MB
barramento PCI. O novo conjunto AGP continua com fun- por segundo. A tabela abaixo mostra os valores das taxas
ções herdadas do PCI. O conjunto faz a transferência de do PCI Express comparadas às taxas do padrão AGP:
dados entre memória, o processador e o controlador ISA,
tudo, simultaneamente. AGP PCI Express
Permite acesso direto mais rápido à memória. Pela por-
ta gráfica aceleradora, a placa tem acesso direto à RAM, AGP 1X: 266 MB por PCI Express 1X: 250 MB por
eliminando a necessidade de uma VRAM (vídeo RAM) na segundo segundo
própria placa para armazenar grandes arquivos de bits AGP 4X: 1064 MB por PCI Express 2X: 500 MB por
como mapas e textura. segundo segundo
O uso desse barramento iniciou-se através de placas- AGP 8X: 2128 MB por PCI Express 8X: 2000 MB por
mãe que usavam o chipset i440LX, da Intel, já que esse segundo segundo
chipset foi o primeiro a ter suporte ao AGP. A principal van-
tagem desse barramento é o uso de uma maior quantidade PCI Express 16X: 4000 MB por
 
de memória para armazenamento de texturas para objetos segundo
tridimensionais, além da alta velocidade no acesso a essas
texturas para aplicação na tela. É importante frisar que o padrão 1X foi pouco utilizado
O primeiro AGP (1X) trabalhava a 133 MHz, o que pro- e, devido a isso, há empresas que chamam o PC I Express
porciona uma velocidade 4 vezes maior que o PCI. Além 2X de PCI Express 1X.
disso, sua taxa de transferência chegava a 266 MB por se- Assim sendo, o padrão PCI Express 1X pode represen-
tar também taxas de transferência de dados de 500 MB por
gundo quando operando no esquema de velocidade X1, e
segundo.
a 532 MB quando no esquema de velocidade 2X. Existem
A Intel é uma das grandes precursoras de inovações
também as versões 4X, 8X e 16X. Geralmente, só se en-
tecnológicas.
contra um único slot nas placas-mãe, visto que o AGP só No início de 2001, em um evento próprio, a empresa
interessa às placas de vídeo. mostrou a necessidade de criação de uma tecnologia ca-
paz de substituir o padrão PCI: tratava-se do 3GIO (Third
PCI Express Generation I/O – 3ª geração de Entrada e Saída). Em agosto
desse mesmo ano, um grupo de empresas chamado de
PCI-SIG (composto por companhias como IBM, AMD
e Microsoft) aprovou as primeiras especificações do 3GIO.
Entre os quesitos levantados nessas especificações, es-
tão os que se seguem: suporte ao barramento PCI, pos-
sibilidade de uso de mais de uma lane, suporte a outros
tipos de conexão de plataformas, melhor gerenciamento
de energia, melhor proteção contra erros, entre outros.

Esse barramento é fortemente voltado para uso em


subsistemas de vídeo.

Interfaces – Barramentos Externos

Na busca de uma solução para algumas limitações dos Os barramentos circulam dentro do computador, co-
barramentos AGP e PCI, a indústria de tecnologia trabalha brem toda a extensão da placa-mãe e servem para co-
no barramento PCI Express, cujo nome inicial era 3GIO. Tra- nectar as placas menores especializadas em determinadas
ta-se de um padrão que proporciona altas taxas de transfe- tarefas do computador. Mas os dispositivos periféricos pre-
rência de dados entre o computador em si e um dispositivo, cisam comunicarem-se com a UCP, para isso, historicamen-
te foram desenvolvidas algumas soluções de conexão tais
por exemplo, entre a placa-mãe e uma placa de vídeo 3D.
como: serial, paralela, USB e Firewire. Passando ainda por
A tecnologia PCI Express conta com um recurso que
algumas soluções proprietárias, ou seja, que somente fun-
permite o uso de uma ou mais conexões seriais, também
cionavam com determinado periférico e de determinado
chamados de lanes para transferência de dados. Se um fabricante.
determinado dispositivo usa um caminho, então diz-se que
esse utiliza o barramento PCI Express 1X; se utiliza 4 lanes , Interface Serial
sua denominação é PCI Express 4X e assim por diante. Cada Conhecida por seu uso em mouse e modems, esta in-
lane pode ser bidirecional, ou seja, recebe e envia dados. terface no passado já conectou até impressoras. Sua carac-
Cada conexão usada no PCI Express trabalha com 8 bits por terística fundamental é que os bits trafegam em fila, um
vez, sendo 4 em cada direção. A freqüência usada é de 2,5 por vez, isso torna a comunicação mais lenta, porém o cabo
GHz, mas esse valor pode variar. Assim sendo, o PCI Express

14
INFORMÁTICA

do dispositivo pode ser mais longo, alguns chegam até a Como se percebe, o USB 2.0 consegue ser bem rápido,
10 metros de comprimento. Isso é útil para usar uma baru- afinal, 480 Mb/s correspondem a cerca de 60 megabytes
lhenta impressora matricial em uma sala separada daquela por segundo. No entanto, acredite, a evolução da tecno-
onde o trabalho acontece. logia acaba fazendo com que velocidades muito maiores
As velocidades de comunicação dessa interface variam sejam necessárias.
de 25 bps até 57.700 bps (modems mais recentes). Na par- Não é difícil entender o porquê: o número de conexões
te externa do gabinete, essas interfaces são representadas à internet de alta velocidade cresce rapidamente, o que faz
por conectores DB-9 ou DB-25 machos. com que as pessoas queiram consumir, por exemplo, ví-
deos, músicas, fotos e jogos em alta definição. Some a isso
ao fato de ser cada vez mais comum o surgimento de dis-
positivos como smartphones e câmeras digitais que aten-
dem a essas necessidades. A consequência não poderia ser
outra: grandes volumes de dados nas mãos de um número
cada vez maior de pessoas.
Com suas especificações finais anunciadas em novem-
bro de 2008, o USB 3.0 surgiu para dar conta desta e da
demanda que está por vir. É isso ou é perder espaço para
tecnologias como o  FireWire ou  Thunderbolt, por exem-
plo. Para isso, o USB 3.0 tem como principal característica
a capacidade de oferecer taxas de transferência de dados
de até 4,8 Gb/s (gigabits por segundo). Mas não é só isso...

Interface Paralela O que é USB 3.0?

Criada para ser uma opção ágil em relação à serial, essa Como você viu no tópico acima, o USB 3.0 surgiu por-
interface transmite um byte de cada vez. Devido aos 8 bits que o padrão precisou evoluir para atender novas neces-
em paralelo existe um RISCo de interferência na corrente sidades. Mas, no que consiste exatamente esta evolução?
elétrica dos condutores que formam o cabo. Por esse moti- O que o USB 3.0 tem de diferente do USB 2.0? A principal
vo os cabos de comunicação desta interface são mais cur- característica você já sabe: a velocidade de até 4,8 Gb/s (5
tos, normalmente funcionam muito bem até a distância de Gb/s, arredondando), que corresponde a cerca de 600 me-
1,5 metro, embora exista no mercado cabos paralelos de gabytes por segundo, dez vezes mais que a velocidade do
até 3 metros de comprimento. A velocidade de transmissão USB 2.0. Nada mal, não?
desta porta chega até a 1,2 MB por segundo.
Nos gabinetes dos computadores essa porta é encon-
trada na forma de conectores DB-25 fêmeas. Nas impres-
soras, normalmente, os conectores paralelos são conheci-
dos como interface centronics.

Símbolo para dispositivos USB 3.0

Mas o USB 3.0 também se destaca pelo fator “alimen-


tação elétrica”: o USB 2.0 fornece até 500 miliampéres, en-
quanto que o novo padrão pode suportar 900 miliampéres.
Isso significa que as portas USB 3.0 podem alimentar dis-
positivos que consomem mais energia (como determina-
dos HDs externos, por exemplo, cenário quase impossível
com o USB 2.0).
É claro que o USB 3.0 também possui as caracterís-
ticas que fizeram as versões anteriores tão bem aceitas,
USB – Universal Serial Bus como  Plug and Play  (plugar e usar), possibilidade de co-
nexão de mais de um dispositivo na mesma porta, hot-s-
A tecnologia USB surgiu no ano de 1994 e, desde en- wappable (capacidade de conectar e desconectar disposi-
tão, foi passando por várias revisões. As mais populares são tivos sem a necessidade de desligá-los) e compatibilidade
as versões 1.1 e 2.0, sendo esta última ainda bastante utili- com dispositivos nos padrões anteriores.
zada. A primeira é capaz de alcançar, no máximo, taxas de
transmissão de 12 Mb/s (megabits por segundo), enquanto
que a segunda pode oferecer até 480 Mb/s.

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INFORMÁTICA

Conectores USB 3.0 Conector USB 3.0 B

Outro aspecto no qual o padrão USB 3.0 difere do 2.0 Tal como acontece na versão anterior, o USB 3.0 tam-
diz respeito ao conector. Os conectores de ambos são bas- bém conta com conectores diferenciados para se adequar
tante parecidos, mas não são iguais. a determinados dispositivos. Um deles é o conector do tipo
B, utilizado em aparelhos de porte maior, como impresso-
Conector USB 3.0 A ras ou scanners, por exemplo.
Em relação ao tipo B do padrão USB 2.0, a porta USB
Como você verá mais adiante, os cabos da tecnologia 3.0 possui uma área de contatos adicional na parte supe-
USB 3.0 são compostos por nove fios, enquanto que os rior. Isso significa que nela podem ser conectados tantos
cabos USB 2.0 utilizam apenas 4. Isso acontece para que dispositivos  USB 2.0 (que aproveitam só a parte inferior)
o padrão novo possa suportar maiores taxas de transmis- quanto USB 3.0. No entanto, dispositivos 3.0 não poderão
são de dados. Assim, os conectores do USB 3.0 possuem ser conectados em portas B 2.0:
contatos para estes fios adicionais na parte do fundo. Caso
um dispositivo USB 2.0 seja utilizado, este usará apenas os
contatos da parte frontal do conector. As imagens a seguir
mostram um conector USB 3.0 do tipo A:

Conector USB 3.0 B - imagem por USB.org

Micro-USB 3.0

O conector micro-USB, utilizado em smartphones, por


exemplo, também sofreu modificações: no padrão USB 3.0
- com nome de micro-USB B -, passou a contar com uma
área de contatos adicional na lateral, o que de certa forma
diminui a sua praticidade, mas foi a solução encontrada
para dar conta dos contatos adicionais:

Estrutura interna de um conector USB 3.0 A

Conector micro-USB 3.0 B - imagem por USB.org


Conector USB 3.0 A
Para facilitar a diferenciação, fabricantes estão adotan-
Você deve ter percebido que é possível conectar dis- do a cor azul na parte interna dos conectores USB 3.0 e,
positivos USB 2.0 ou 1.1 em portas USB 3.0. Este último é algumas vezes, nos cabos destes. Note, no entanto, que é
compatível com as versões anteriores. Fabricantes também essa não é uma regra obrigatória, portanto, é sempre con-
podem fazer dispositivos USB 3.0 compatíveis com o pa- veniente prestar atenção nas especificações do produto
drão 2.0, mas neste caso a velocidade será a deste último. antes de adquiri-lo.
E é claro: se você quer interconectar dois dispositivos por
USB 3.0 e aproveitar a sua alta velocidade, o cabo precisa Sobre o funcionamento do USB 3.0
ser deste padrão.
Como você já sabe, cabos USB 3.0 trabalham com 9
fios, enquanto que o padrão anterior utiliza 4: VBus (VCC),
D+, D- e GND. O primeiro é o responsável pela alimentação
elétrica, o segundo e o terceiro são utilizados na transmis-
são de dados, enquanto que o quarto atua como “fio terra”.

16
INFORMÁTICA

No padrão USB 3.0, a necessidade de transmissão de Na teoria, isso significa que conexões 3.1 podem alcan-
dados em alta velocidade fez com que, no início, fosse consi- çar taxas de até 1,2 gigabyte por segundo! E não é exagero,
derado o uso de fibra óptica para este fim, mas tal caracterís- afinal, há aplicações que podem usufruir desta velocidade.
tica tornaria a tecnologia cara e de fabricação mais complexa. É o caso de monitores de vídeo que são conectados ao
A solução encontrada para dar viabilidade ao padrão foi a computador via porta USB, por exemplo.
adoção de mais fios. Além daqueles utilizados no USB 2.0, há Para conseguir taxas tão elevadas, o USB 3.1 não faz
também os seguintes: StdA_SSRX- e StdA_SSRX+ para rece- uso de nenhum artefato físico mais elaborado. O “segre-
bimento de dados, StdA_SSTX- e StdA_SSTX+ para envio, e do”, essencialmente, está no uso de um método de codi-
GND_DRAIN como “fio terra” para o sinal. ficação de dados mais eficiente e que, ao mesmo tempo,
O conector USB 3.0 B pode contar ainda com uma varia- não torna a tecnologia significantemente mais cara.
ção (USB 3.0 B Powered) que utiliza um contato a mais para Vale ressaltar que o USB 3.1 é compatível com conecto-
alimentação elétrica e outro associado a este que serve como res e cabos das especificações anteriores, assim como com
“fio terra”, permitindo o fornecimento de até 1000 miliampé- dispositivos baseados nestas versões.
res a um dispositivo. Merece destaque ainda o aspecto da alimentação
Quanto ao tamanho dos cabos, não há um limite defini- elétrica: o USB 3.1 poderá suportar até de 100 watts na
do, no entanto, testes efetuados por algumas entidades espe- transferência de energia, indicando que dispositivos mais
cialistas (como a empresa Cable Wholesale) recomendam, no exigentes poderão ser alimentados por portas do tipo. Mo-
máximo, até 3 metros para total aproveitamento da tecnolo- nitores de vídeo e HDs externos são exemplos: não seria
gia, mas esta medida pode variar de acordo com as técnicas ótimo ter um único cabo saindo destes dispositivos?
empregadas na fabricação. A indústria trabalha com a possiblidade de os primei-
No que se refere à transmissão de dados em si, o USB ros equipamentos baseados em USB 3.1 começarem a
3.0 faz esse trabalho de maneira bidirecional, ou seja, entre chegar ao mercado no final de 2014. Até lá, mais detalhes
dispositivos conectados, é possível o envio e o recebimento serão revelados.
simultâneo de dados. No USB 2.0, é possível apenas um tipo Novo conector “tipo C”: uso dos dois lados
de atividade por vez. Em dezembro de 2013, a USB.org anunciou outra no-
O USB 3.0 também consegue ser mais eficiente no con- vidade para a versão 3.1 da tecnologia: um conector cha-
trole do consumo de energia. Para isso, o host, isto é, a máqui- mado (até agora, pelos menos) de tipo C que permitirá que
na na qual os dispositivos são conectados, se comunica com você conecte um cabo à entrada a partir de qualquer lado.
os aparelhos de maneira assíncrona, aguardando estes indi- Sabe aquelas situações onde você encaixa um cabo ou
carem a necessidade de transmissão de dados. No USB 2.0, pendrive de um jeito, nota que o dispositivo não funcionou
há uma espécie de “pesquisa contínua”, onde o host necessita e somente então percebe que o conectou incorretamente?
enviar sinais constantemente para saber qual deles necessita Com o novo conector, este problema será coisa do passa-
trafegar informações. do: qualquer lado fará o dispositivo funcionar.
Ainda no que se refere ao consumo de energia, tanto o Trata-se de um plugue reversível, portanto, semelhan-
host quanto os dispositivos conectados podem entrar em um te aos conectores  Lightning  existentes nos produtos da
estado de economia em momentos de ociosidade. Além dis- Apple. Tal como estes, o conector tipo C deverá ter tam-
so, no USB 2.0, os dados transmitidos acabam indo do host bém dimensões reduzidas, o que facilitará a sua adoção em
para todos os dispositivos conectados. No USB 3.0, essa co- smartphones, tablets e outros dispositivos móveis.
municação ocorre somente com o dispositivo de destino. Tamanha evolução tem um preço: o conector tipo C
não será compatível com as portas dos padrões anteriores,
Como saber rapidamente se uma porta é USB 3.0 exceto pelo uso de adaptadores. É importante relembrar,
no entanto, que será possível utilizar os conectores já exis-
Em determinados equipamentos, especialmente laptops, tentes com o USB 3.1.
é comum encontrar, por exemplo, duas portas USB 2.0 e uma A USB.org promete liberar mais informações sobre esta
USB 3.0. Quando não houver nenhuma descrição identifican- novidade em meados de 2014.
do-as, como saber qual é qual? Pela cor existente no conector.
Pode haver exceções, é claro, mas pelo menos boa parte Firewire
dos fabricantes segue a recomendação de identificar os co-
nectores USB 3.0 com a sua parte plástica em azul, tal como O barramento firewire, também conhecido como IEEE
informado anteriormente. Nas portas USB 2.0, por sua vez, os 1394 ou como i.Link, é um barramento de grande volu-
conectores são pretos ou, menos frequentemente, brancos. me de transferência de dados entre computadores, peri-
féricos e alguns produtos eletrônicos de consumo. Foi de-
USB 3.1: até 10 Gb/s senvolvido inicialmente pela Apple como um barramento
serial de alta velocidade, mas eles estavam muito à frente
Em agosto de 2013, a USB.org anunciou as especifica- da realidade, ainda mais com, na época, a alternativa do
ções finais do  USB 3.1  (também chamado deSuperSpeed barramento USB que já possuía boa velocidade, era barato
USB 10 Gbps), uma variação do USB 3.0 que se propõe a e rapidamente integrado no mercado. Com isso, a Apple,
oferecer taxas de transferência de dados de até 10 Gb/s (ou mesmo incluindo esse tipo de conexão/portas no Mac por
seja, o dobro). algum tempo, a realidade “de fato”, era a não existência de

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INFORMÁTICA

utilidade para elas devido à falta de periféricos para seu que usam a tecnologia LCD, além de não ser raro encontrá
uso. Porém o desenvolvimento continuou, sendo focado -los em placas de vídeos (como não poderia deixar de ser).
principalmente pela área de vídeo, que poderia tirar gran- O conector desse padrão, cujo nome é D-Sub, é composto
des proveitos da maior velocidade que ele oferecia. por três “fileiras” de cinco pinos. Esses pinos são conecta-
dos a um cabo cujos fios transmitem, de maneira indepen-
Suas principais vantagens: dente, informações sobre as cores vermelha (red), verde
• São similares ao padrão USB; (green) e azul (blue) - isto é, o conhecido esquema RGB - e
• Conexões sem necessidade de desligamento/boot do sobre as frequências verticais e horizontais. Em relação a
micro (hot-plugable); estes últimos aspectos: frequência horizontal consiste no
• Capacidade de conectar muitos dispositivos (até 63 número de linhas da tela que o monitor consegue “preen-
por porta); cher” por segundo. Assim, se um monitor consegue varrer
• Permite até 1023 barramentos conectados entre si; 60 mil linhas, dizemos que sua frequência horizontal é de
• Transmite diferentes tipos de sinais digitais: 60 KHz. Frequência vertical, por sua vez, consiste no tempo
vídeo, áudio, MIDI, comandos de controle de disposi- em que o monitor leva para ir do canto superior esquerdo
tivo, etc; da tela para o canto inferior direito. Assim, se a frequên-
• Totalmente Digital (sem a necessidade de converso- cia horizontal indica a quantidade de vezes que o canhão
res analógico-digital, e portanto mais seguro e rápido); consegue varrer linhas por segundo, a frequência vertical
• Devido a ser digital, fisicamente é um cabo fino, flexí- indica a quantidade de vezes que a tela toda é percorrida
vel, barato e simples; por segundo. Se é percorrida, por exemplo, 56 vezes por
• Como é um barramento serial, permite conexão bem segundo, dizemos que a frequência vertical do monitor é
facilitada, ligando um dispositivo ao outro, sem a necessi- de 56 Hz.
dade de conexão ao micro (somente uma ponta é conec- É comum encontrar monitores cujo cabo VGA possui
tada no micro). pinos faltantes. Não se trata de um defeito: embora os co-
nectores VGA utilizem um encaixe com 15 pinos, nem to-
A distância do cabo é limitada a 4.5 metros antes de dos são usados.
haver distorções no sinal, porém, restringindo a velocida-
de do barramento podem-se alcançar maiores distâncias
de cabo (até 14 metros). Lembrando que esses valores são
para distâncias “ENTRE PERIFÉRICOS”, e SEM A UTILIZAÇÃO
DE TRANSCEIVERS (com transceivers a previsão é chegar a
até 70 metros usando fibra ótica).
O barramento firewire permite a utilização de dispo-
sitivos de diferentes velocidades (100, 200, 400, 800, 1200
Mb/s) no mesmo barramento.
O suporte a esse barramento está nativamente em
Macs, e em PCs através de placas de expansão específicas
ou integradas com placas de captura de vídeo ou de som.
Os principais usos que estão sendo direcionados a essa Conector e placa de vídeo com conexão VGA
interface, devido às características listadas, são na área de
multimídia, especialmente na conexão de dispositivos de Conector DVI (Digital Video Interface)
vídeo (placas de captura, câmeras, TVs digitais, setup bo- Os conectores DVI  são bem mais recentes e propor-
xes, home theather, etc). cionam qualidade de imagem superior, portanto, são con-
siderados substitutos do padrão VGA. Isso ocorre porque,
conforme indica seu nome, as informações das imagens
podem ser tratadas de maneira totalmente digital, o que
não ocorre com o padrão VGA.

INTERFACE DE VIDEO

Conector VGA (Video Graphics Array)

Os conectores VGA são bastante conhecidos, pois estão


presentes na maioria absoluta dos “grandalhões” monito-
res CRT (Cathode Ray Tube) e também em alguns modelos Conector DVI-D

18
INFORMÁTICA

Quando, por exemplo, um monitor LCD trabalha com Geralmente, equipamentos com Vídeo Composto fa-
conectores VGA, precisa converter o sinal que recebe para zem uso de três cabos, sendo dois para áudio (canal es-
digital. Esse processo faz com que a qualidade da imagem querdo e canal direito) e o terceiro para o vídeo, sendo este
diminua. Como o DVI trabalha diretamente com sinais di- o que realmente faz parte do padrão. Esse cabo é constituí-
gitais, não é necessário fazer a conversão, portanto, a qua- do de dois fios, um para a transmissão da imagem e outro
lidade da imagem é mantida. Por essa razão, a saída DVI que atua como “terra”.
é ótima para ser usada em monitores LCD, DVDs, TVs de O S-Video, por sua vez, tem seu cabo formado com
plasma, entre outros. três fios: um transmite imagem em preto e branco; outro
É necessário frisar que existe mais de um tipo de co- transmite imagens em cores; o terceiro atua como terra. É
nector DVI: essa distinção que faz com que o S-Video receba essa de-
DVI-A: é um tipo que utiliza sinal analógico, porém ofe- nominação, assim como é essa uma das características que
rece qualidade de imagem superior ao padrão VGA; faz esse padrão ser melhor que o Vídeo Composto.
DVI-D: é um tipo similar ao DVI-A, mas utiliza sinal digi- O conector do padrão S-Video usado atualmente é co-
tal. É também mais comum que seu similar, justamente por nhecido como Mini-Din de quatro pinos (é semelhante ao
ser usado em placas de vídeo; usado em mouses do tipo PS/2). Também é possível en-
DVI-I: esse padrão consegue trabalhar tanto com DVI contrar conexões S-Video de sete pinos, o que indica que o
-A como com DVI-D. É o tipo mais encontrado atualmente. dispositivo também pode contar com Vídeo Componente
Há ainda conectores DVI que trabalham com as espe- (visto adiante).
cificações Single Link e Dual Link. O primeiro suporta reso- Muitas placas de vídeo oferecem conexão VGA ou DVI
luções de até 1920x1080 e, o segundo, resoluções de até com S-Video. Dependendo do caso, é possível encontrar os
2048x1536, em ambos os casos usando uma frequência de três tipos na mesma placa. Assim, se você quiser assistir na
60 Hz. TV um vídeo armazenado em seu computador, basta usar
O cabo dos dispositivos que utilizam a tecnologia DVI a conexão S-Video, desde que a televisão seja compatível
é composto, basicamente, por quatro pares de fios trança- com esse conector, é claro.
dos, sendo um par para cada cor primária (vermelho, verde
e azul) e um para o sincronismo. Os conectores, por sua
vez, variam conforme o tipo do DVI, mas são parecidos en-
tre si, como mostra a imagem a seguir:

Atualmente, praticamente todas as  placas de vídeo  e Placa de vídeo com conectores S-Video, DVI e VGA
monitores são compatíveis com DVI. A tendência é a de Component Video (Vídeo Componente)
que o padrão VGA caia, cada vez mais, em desuso. O padrão Component Video é, na maioria das vezes,
usado em computadores para trabalhos profissionais - por
Conector S-Video (Separated Video) exemplo, para atividades de edição de vídeo. Seu uso mais
comum é em aparelhos de DVD e em televisores de alta
definição (HDTV - High-Definition Television), sendo um
dos preferidos para sistemas de home theater. Isso ocorre
justamente pelo fato de o Vídeo Componente oferecer ex-
celente qualidade de imagem.

Component Video
Padrão S-Video
Para entender o S-Video, é melhor compreender, pri- A conexão do Component Video é feita através de um
meiramente, outro padrão: o Compost Video, mais conhe- cabo com três fios, sendo que, geralmente, um é indicado
cido como Vídeo Composto. Esse tipo utiliza conectores do pela cor verde, outro é indicado pela cor azul e o terceiro
tipo RCA e é comumente encontrado em TVs, aparelhos de é indicado pela cor vermelha, em um esquema conhecido
DVD, filmadoras, entre outros. como  Y-Pb-Pr  (ou  Y-Cb-Cr). O primeiro (de cor verde), é

19
INFORMÁTICA

responsável pela transmissão do vídeo em preto e branco, • o consumo elevado de energia;


isto é, pela “estrutura” da imagem. Os demais conectores • seu efeito de cintilação (flicker); e
trabalham com os dados das cores e com o sincronismo. • a possibilidade de emitir radiação que está fora
Como dito anteriormente, o padrão S-Video é cada vez do espectro luminoso (raios x), danosa à saúde no caso de
mais comum em placas de vídeo. No entanto, alguns mo- longos períodos de exposição. Este último problema é mais
delos são  também  compatíveis com Vídeo Componente. frequentemente constatado em monitores e televisores an-
Nestes casos, o encaixe que fica na placa pode ser do tipo tigos e desregulados, já que atualmente a composição do
que aceita sete pinos (pode haver mais). Mas, para ter cer- vidro que reveste a tela dos monitores detém a emissão
teza dessa compatibilidade, é necessário consultar o ma- dessas radiações.
nual do dispositivo. • Distorção geométrica.
Para fazer a conexão de um dispositivo ao computador
usando o Component Video, é necessário utilizar um cabo LCD
especial (geralmente disponível em lojas especializadas):
uma de suas extremidades contém os conectores Y-Pb-Pr,
enquanto a outra possui um encaixe único, que deve ser
inserido na placa de vídeo.

MONITOR DE VÍDEO
O monitor é um dispositivo de saída do computador,
cuja função é transmitir informação ao utilizador através
da imagem.
Os monitores são classificados de acordo com a
tecnologia de amostragem de vídeo utilizada na for-
mação da  imagem. Atualmente, essas tecnologias são
três: CRT , LCD e plasma. À superfície do monitor sobre a
qual se projecta a imagem chamamos tela, ecrã ou écran.
Um monitor de cristal líquido.
Tecnologias
CRT LCD (Liquid Cristal Display, em inglês, sigla de tela de
cristal líquido) é um tipo mais moderno de monitor. Nele, a
tela é composta por cristais que são polarizados para gerar
as cores.

Tem como vantagens:
• O baixo consumo de energia;
• As dimensões e peso reduzidas;
• A não-emissão de radiações nocivas;
• A capacidade de formar uma imagem praticamen-
te perfeita, estável, sem cintilação, que cansa menos a vi-
são - desde que esteja operando na resolução nativa;
Monitor CRT da marca LG. As maiores desvantagens são:
CRT (Cathodic Ray Tube), em inglês, sigla de (Tubo de • o maior custo de fabricação (o que, porém, tende-
rá a impactar cada vez menos no custo final do produto, à
raios catódicos) é o monitor “tradicional”, em que a tela
medida que o mesmo se for popularizando);
é repetidamente atingida por um feixe de  elétrons, que
• o fato de que, ao trabalhar em uma resolução dife-
atuam no material fosforescente que a reveste, assim for-
rente daquela para a qual foi projetado, o monitor LCD uti-
mando as imagens. liza vários artifícios de composição de imagem que acabam
degradando a qualidade final da mesma; e
Este tipo de monitor tem como principais vantagens: • o “preto” que ele cria emite um pouco de luz, o
• longa vida útil; que confere ao preto um aspecto acinzentado ou azulado,
• baixo custo de fabricação; não apresentando desta forma um preto real similar aos
• grande banda dinâmica de cores e contrastes; e oferecidos nos monitores CRTs;
• grande versatilidade (uma vez que pode funcionar • o contraste não é muito bom como nos monitores
em diversas resoluções, sem que ocorram grandes distor- CRT ou de Plasma, assim a imagem fica com menos de-
ções na imagem). finição, este aspecto vem sendo atenuado com os novos
paineis com iluminação por  leds  e a fidelidade de cores
As maiores desvantagens deste tipo de monitor são: nos monitores que usam paineis do tipo TN (monitores co-
• suas dimensões (um monitor CRT de 20  polega- muns) são bem ruins, os monitores com paineis IPS, mais
das pode ter até 50 cm de profundidade e pesar mais de raros e bem mais caros, tem melhor fidelidade de cores,
20 kg); chegando mais proximo da qualidade de imagem dos CRTs;

20
INFORMÁTICA

• um fato não-divulgado pelos fabricantes: se o cris-


tal líquido da tela do monitor for danificado e ficar exposto
ao ar, pode emitir alguns compostos tóxicos, tais como o
óxido de zinco e o sulfeto de zinco; este será um problema
quando alguns dos monitores fabricados hoje em dia che-
garem ao fim de sua vida útil (estimada em 20 anos).
• ângulo de visão inferiores: Um monitor LCD, dife-
rente de um monitor CRT, apresenta limitação com relação
ao ângulo em que a imagem pode ser vista sem distorção.
Isto era mais sensível tempos atrás quando os monitores
LCDs eram de tecnologia passiva, mas atualmente apresen-
tam valores melhores em torno de 160º.
Apesar das desvantagens supra mencionadas, a venda
de monitores e televisores LCD vem crescendo bastante.

Principais características técnicas


Para a especificação de um monitor de vídeo, as carac-
terísticas técnicas mais relevantes são:
• Luminância; As portas são, por definição, locais onde se entra e sai.
• Tamanho da tela; Em termos de tecnologia informática não é excepção. As
• Tamanho do ponto; portas são tomadas existentes na face posterior da caixa
• Temperatura da cor; do computador, às quais se ligam dispositivos de entrada e
• Relação de contraste; de saída, e que são directamente ligados à motherboard .
• Interface (DVI ou VGA, usualmente); Estas portas ou canais de comunicação podem ser:
• Frequência de sincronismo horizontal; * Porta Dim
• Frequência de sincronismo vertical; * Porta PS/2
• Tempo de resposta; e * Porta série
• Frequência de atualização da imagem * Porta Paralela
* Porta USB
LED * Porta FireWire
Painéis LCD com retro iluminação LED, ou LED TVs, o
mesmo mecanismo básico de um LCD, mas com ilumina- Porta DIM
ção LED. Ao invés de uma única luz branca que incide sobre É uma porta em desuso, com 5 pinos, e a ela eram li-
toda a superfície da tela, encontra-se um painel com milha- gados os teclados dos computadores da geração da Intel
res de pequenas luzes coloridas que acendem de forma in- 80486, por exemplo. Como se tratava apenas de ligação
dependente. Em outras palavras, aplica-se uma tecnologia para teclados, existia só uma porta destas nas mother-
similar ao plasma a uma tela de LCD. boards. Nos equipamentos mais recentes, os teclados são
ligados às portas PS/2.
KIT MULTIMÍDIA
Multimídia nada mais é do que a combinação de textos,
sons e vídeos utilizados para apresentar informações de
maneira que, antes somente imaginávamos, praticamente
dando vida às suas apresentação comerciais e pessoais. A
multimídia mudou completamente a maneira como as pes-
soas utilizam seus computadores.
Kit multimídia nada mais é do que o conjunto que
compõem a parte física (hardwares) do computador rela-
cionados a áudio e som do sistema operacional. Porta PS/2
Podemos citar como exemplo de Kit Multimídia, uma Surgiram com os IBM PS/2 e nos respectivos teclados.
placa de som, um drive de CD-ROM, microfone e um par Também são designadas por mini-DIM de 6 pinos. Os te-
de caixas acústicas. clados e ratos dos computadores actuais são, na maior par-
te dos casos, ligados através destes conectores. Nas mo-
therboards actuais existem duas portas deste tipo.

Porta Série
A saída série de um computador geralmente está lo-
calizada na placa MULTI-IDE e é utilizada para diversos fins
como, por exemplo, ligar um fax modem externo, ligar um
rato série, uma plotter, uma impressora e outros periféri-

21
INFORMÁTICA

cos. As portas cujas fichas têm 9 ou 25 pinos são também A porta FireWire assenta no barramento com o mesmo
designadas de COM1 e COM2. As motherboards possuem nome, que representa um padrão de comunicações recen-
uma ou duas portas deste tipo. te e que tem várias características em comum como o USB,
mas traz a vantagem de ser muito mais rápido, permitindo
transferências a 400 Mbps e, pela norma IEEE 1394b, irá
permitir a transferência de dados a velocidades a partir de
800 Mbps.
As ligações FireWire são utilizadas para ligar discos
amovíveis, Flash drives (Pen-Disks), Câmaras digitais, tele-
visões, impressoras, scanners, dispositivos de som, etc. .
Assim como na ligação USB, os dispositivos FireWire
podem ser conectados e desconectados com o computa-
dor ligado.

FAX/MODEM

Porta Paralela
A porta paralela obedece à norma Centronics. Nas por-
tas paralelas o sinal eléctrico é enviado em simultâneo e,
como tal, tem um desempenho superior em relação às por-
tas série. No caso desta norma, são enviados 8 bits de cada
vez, o que faz com que a sua capacidade de transmisssão
atinja os 100 Kbps. Esta porta é utilizada para ligar impres-
soras e scanners e possui 25 pinos em duas filas.
Placa utilizada para conecção internet pela linha disca-
Porta USB (Universal Serial Bus) da (DIAL UP) geralmente opera com 56 Kbps(velocidade de
Desenvolvida por 7 empresas (Compaq, DEC, IBM, In- transmissão dos dados 56.000 bits por segundo( 1 byte = 8
tel, Microsoft, NEC e Northern Telecom), vai permitir co- bits).Usa interface PCI.
nectar periféricos por fora da caixa do computador, sem
a necessidade de instalar placas e reconfigurar o sistema. O SISTEMA OPERACIONAL E OS OUTROS SOFT-
Computadores equipados com USB vão permitir que os WARES
periféricos sejam automaticamente configurados assim
que estejam conectados fisicamente, sem a necessidade de Um sistema operacional (SO) é um programa (softwa-
reboot ou programas de setup. O número de acessórios re) que controla milhares de operações, faz a interface en-
ligados à porta USB pode chegar a 127, usando para isso tre o usuário e o computador e executa aplicações.
um periférico de expansão. Basicamente, o sistema operacional é executado quan-
A conexão é Plug & Play e pode ser feita com o com- do ligamos o computador. Atualmente, os computadores
putador ligado. O barramento USB promete acabar com os já são vendidos com o SO pré-instalado.
problemas de IRQs e DMAs. Os computadores destinados aos usuários individuais,
O padrão suportará acessórios como controles de mo- chamados de PCs (Personal Computer), vêm com o sistema
nitor, acessórios de áudio, telefones, modems, teclados, operacional projetado para pequenos trabalhos. Um SO
mouses, drives de CD ROM, joysticks, drives de fitas e dis- é projetado para controlar as operações dos programas,
quetes, acessórios de imagem como scanners e impresso- como navegadores, processadores de texto e programas
ras. A taxa de dados de 12 megabits/s da USB vai acomo- de e-mail.
dar uma série de periféricos avançados, incluindo produtos Com o desenvolvimento dos processadores, os com-
baseados em Vídeo MPEG-2, digitalizadores e interfaces putadores tornaram-se capazes de executar mais e mais
de baixo custo para ISDN (Integrated Services Digital Net- instruções por segundo. Estes avanços possibilitaram aos
work) e PBXs digital. sistemas operacionais executar várias tarefas ao mesmo
tempo. Quando um computador necessita permitir usuá-
rios simultâneos e trabalhos múltiplos, os profissionais da
tecnologia de informação (TI) procuram utilizar computa-
dores mais rápidos e que tenham sistemas operacionais
robustos, um pouco diferente daqueles que os usuários
comuns usam.

Os Arquivos
O gerenciador do sistema de arquivos é utilizado pelo
sistema operacional para organizar e controlar os arquivos.
Porta FireWire Um arquivo é uma coleção de dados gravados com um

22
INFORMÁTICA

nome lógico chamado “nomedoarquivo” (filename). Toda • Multitarefa: capacidade do sistema operacional
informação que o computador armazena está na forma de em executar mais de um programa ao mesmo tempo.
arquivos. • Multiprocessamento: permite que um computa-
Há muitos tipos de arquivos, incluindo arquivos de pro- dor tenha duas ou mais unidades centrais de processa-
gramas, dados, texto, imagens e assim por diante. A ma- mento (CPU) que compartilhem programas.
neira que um sistema operacional organiza as informações • Multithreading: capacidade de um programa
em arquivos é chamada sistema de arquivos. ser quebrado em pequenas partes podendo ser car-
A maioria dos sistemas operacionais usa um sistema de regadas conforme necessidade do sistema operacional.
arquivo hierárquico em que os arquivos são organizados Multithreading permite que os programas individuais
em diretórios sob a estrutura de uma árvore. O início do sejam multitarefa.
sistema de diretório é chamado diretório raiz.
Tipos de Sistemas Operacionais
Funções do Sistema Operacional Atualmente, quase todos os sistemas operacionais
são multiusuário, multitarefa e suportam multithreading.
Não importa o tamanho ou a complexidade do com- Os mais utilizados são o Microsoft Windows, Mac OSX e
putador: todos os sistemas operacionais executam as mes- o Linux.
mas funções básicas. O Windows é hoje o sistema operacional mais popu-
- Gerenciador de arquivos e diretórios (pastas): um sis- lar que existe e é projetado para funcionar em PCs e para
tema operacional cria uma estrutura de arquivos no disco ser usado em CPUs compatíveis com processadores Intel e
rígido (hard disk), de forma que os dados dos usuários pos- AMD. Quase todos os sistemas operacionais voltados
sam ser armazenados e recuperados. Quando um arquivo é ao consumidor doméstico utilizam interfaces gráficas para
armazenado, o sistema operacional o salva, atribuindo a ele realizar a ponte máquina-homem.
um nome e local, para usá-lo no futuro. As primeiras versões dos sistemas operacionais
- Gerenciador de aplicações: quando um usuário re- foram construídas para serem utilizadas por somente
quisita um programa (aplicação), o sistema operacional lo- uma pessoa em um único computador. Com o decor-
caliza-o e o carrega na memória RAM. rer do tempo, os fabricantes atenderam às necessidades
Quando muitos programas são carregados, é trabalho
dos usuários e permitiram que seus softwares operassem
do sistema operacional alocar recursos do computador e
múltiplas funções com (e para) múltiplos usuários.
gerenciar a memória.
Sistemas Proprietários e Sistemas Livres
Programas Utilitários do Sistema Operacional
O Windows, o UNIX e o Macintosh são sistemas
operacionais proprietários. Isto significa que é necessá-
Suporte para programas internos (vulto-in): os progra-
mas utilitários são os programas que o sistema operacional rio comprá-los ou pagar uma taxa por seu uso às com-
usa para se manter e se reparar. Estes programas ajudam panhias que registraram o produto em seu nome e cobram
a identificar problemas, encontram arquivos perdidos, re- pelo seu uso.
param arquivos danificados e criam cópias de segurança O Linux, por exemplo, pode ser distribuído livremen-
(backup). te e tem grande aceitação por parte dos profissionais
Controle do hardware: o sistema operacional está da área, uma vez que, por possuir o código aberto,
situado entre os programas e o BIOS (Basic Input/Output qualquer pessoa que entenda de programação pode
System - Sistema Básico de Entrada/Saída). contribuir com o processo de melhoria dele.
O BIOS faz o controle real do hardware. Todos os pro- Sistemas operacionais estão em constante evolução
gramas que necessitam de recursos do hardware devem, e hoje não são mais restritos aos computadores. Eles são
primeiramente, passar pelo sistema operacional que, por usados em PDAs, celulares, laptops etc.
sua vez, pode alcançar o hardware por meio do BIOS ou
dos drivers de dispositivos.
Todos os programas são escritos para um sistema ope-
racional específico, o que os torna únicos para cada um.
Explicando: um programa feito para funcionar no Windows
não funcionará no Linux e vice-versa.

Termos Básicos

Para compreender do que um sistema operacional é


capaz, é importante conhecer alguns termos básicos. Os
termos abaixo são usados frequentemente ao comparar ou
descrever sistemas operacionais:
• Multiusuário: dois ou mais usuários executando
programas e compartilhando, ao mesmo tempo, dispositi-
vos, como a impressora.

23
INFORMÁTICA

• Documento do Writer abre o LibreOffice Writer


CONCEITOS BÁSICOS LIBREOFFICE 5: EDITOR • Planilha do Calc abre o LibreOffice Calc
DE TEXTO (WRITER); FORMATAR, SALVAR • Apresentação do Impress abre o LibreOffice Im-
E VISUALIZAR ARQUIVOS E DOCUMENTOS; press
ALINHAR, CONFIGURAR PÁGINA E ABRIR • Desenho do Draw abre o LibreOffice Draw
• Banco de dados do Base abre o LibreOffice Base
ARQUIVOS; COPIAR, MOVER E LOCALIZAR
• Fórmula do Math abre o LibreOffice Math
TEXTO; DESTACAR LISTAS, PERSONALIZAR • O ícone Modelos abre a caixa de diálogo Modelos
DOCUMENTOS, INSERIR SÍMBOLOS E e documentos.
IMAGENS, TRABALHAR COM TABELAS, • O ícone Abrir Arquivos apresenta uma caixa de
TRABALHAR COM COLUNAS. diálogo para abrir arquivos.
O painel da direita contém miniaturas dos documentos
recém-abertos. Passe o mouse por cima da miniatura para
LIBREOFFICE 5 destacar o documento, exibir uma dica sobre o local onde
o documento reside e exibir um ícone em cima à direita
O LibreOffice é uma uma suíte de aplicativos livre para para excluir a miniatura do painel e da lista dos documen-
escritório disponível para Windows, Unix, Solaris, Linux e tos recentes. Clique na miniatura para abrir o documento
Mac OS X; sua interface limpa e suas poderosas ferramen- subjacente.
tas libertam sua criatividade e melhoram sua produtivida- Obs,.: Nem todos os arquivos mostrarão uma miniatura
de. LibreOffice incorpora várias aplicações que a tornam do seu conteúdo. No lugar, pode ser mostrado um ícone
a mais avançada suite office livre e de código aberto do grande que representa o tipo de arquivo.
mercado. O processador de textos Writer, a planilha Calc,
o editor de apresentações Impress, a aplicação de desenho Histórico
e fluxogramas Draw, o banco de dados Base e o editor de
equações Math são os componentes do LibreOffice. Uma empresa pequena e produtiva, chamada StarDi-
vision, da Alemanha, desenvolvia uma suíte de aplicativos
Libre de liberdade, agora e para sempre.
para escritório. A Sun, uma grande companhia de software,
O LibreOffice é um software livre e de código fonte
antevendo a briga pelas suítes de escritório, compra-a e
aberto. É desenvolvido de forma colaborativa por todo
absorve o trabalho da suíte, em 1999. Em 2000, a Sun li-
desenvolvedor interessado em desenvolver seus talentos
berou o código-fonte da suíte sob as licenças LGPL/SISSL,
e novas ideias. O software é testado e usado diariamente
com o nome comercial StarOffice 5.0. A comunidade Open
por uma ampla e dedicada comunidade de usuários. Você
Source lança, ainda em 2000, a primeira versão livre do pa-
também pode participar e influenciar seu desenvolvimento.
cote (suíte) OpenOffice.org.
No Brasil, houveram problemas com a marca OpenOf-
Janela Inicial
A Janela inicial aparece quando não houver documen- fice.org. Em 1998, uma empresa do Rio de Janeiro (BWS
tos abertos no LibreOffice. Ela é dividida em dois painéis. Informática) registrou a marca “Open Office” junto ao INPI.
Clique num dos ícones para abrir um novo documento ou Dado o sucesso da marca / suíte OpenOffice.org, a compa-
para abrir uma caixa de diálogo de arquivo. nhia carioca que havia registrado o nome Open Office per-
petrou uma campanha de ameaças de processos por uso
indevido da sua marca, obrigando a comunidade brasileira
a adotar um novo nome: BrOffice.org.

Surgimento da TDF (The Document Foundation)


Após algum tempo, nova reviravolta: a Sun é comprada
pela Oracle, a conhecida gigante do mundo dos Bancos de
Dados Corporativos. Com a aquisição da Sun, no que tange
a SL e suas especificidades, a comunidade internacional se
viu compelida a adotar uma nova marca para a sua suíte, ao
mesmo tempo aproveitando todo o código-fonte existente
do OpenOffice.org. Foi criada assim a OpenDocument Fou-
ndation, já contando com o aporte de importantes progra-
madores de companhias como a IBM, Canonical, BrOffice.
org, Collabora, FSF (Free Software Foundation), dentre mui-
tas outras, além, é claro, de toda ajuda desta e de outras
companhias em questões extradesenvolvimento, como,
por exemplo, questões jurídicas. Veja a relação completa de
Cada ícone de documento abre um novo documento entidades endossantes do TDF em http://www.document-
do tipo especificado. foundation.org/supporters/.

24
INFORMÁTICA

Espere-se que o LibreOffice.org difira bastante, no de- É norma ISO 26300 e ABNT NBR-26300.
correr do seu longo e necessário processo de desmembra- Extensões ODF
mento e bifurcação (fork), pelas razões aqui elencadas. A Um documento ODF pode ter as seguintes extensões:
interface do LibreOffice.org já recebe, por ora, inúmeras
sugestões de redesenho; o Projeto Renaissance, por exem- • odt: documentos de texto (text)
plo, que provê para o LibreOffice.org uma interface similar • ott: documentos de texto modelo (template text)
ao Ribbon, da suíte da Microsoft (Office 2007 em diante). • ods: planilhas eletrônicas (spreadsheets)
Dizer que a fundação BrOffice.org apoia a TDF é pou- • ots: planilhas eletrônicas - modelo (template
co preciso: o BrOffice.org, junto com a fundação respon- spreadsheets)
sável pela suíte OxigenOfice se fundem ao projeto TDF e • odp: apresentações (presentations)
passam a ser o mesmo software. Se você executar o ícone • otp: apresentações - modelo (template presenta-
do BrOffice.org e vir, ao invés do logo do próprio, o logo tions)
com a palavra “LibreOffice.org”, não se assuste, pois é uma • odg: desenhos vetoriais (draw)
questão meramente cosmética. Na verdade, são ambos o • otg: desenhos vetoriais - modelo (template draw)
mesmo software. • odf: equações (formulae)
Ao visitar o sítio http://www.documentfoundation.org/ • odb: banco de dados (database)
• odm: documentos mestre (document master)
ver-se-á o manifesto da fundação, que diz:
[TDF] É uma organização autônoma, independente e
Vantagens do ODF
meritocrática, criada pelos líderes da Comunidade Ope-
A adoção do padrão ODF é uma garantia de preserva-
nOffice.org (a fundação, não a Oracle).
ção de documentos eletrônicos sem restrição no tempo,
Continuamos o trabalho de dez (10) anos da Comuni- um item muito precioso na administração pública e priva-
dade OpenOffice.org; da de longo prazo. É só imaginar o que pode acontecer
Fomos criados com a crença de que a cultura gerada se documentos não puderem ser lidos após algum tempo,
em uma organização independente agrega que há de me- simplesmente porque a empresa proprietária do tipo de
lhor nos desenvolvedores e provê aos clientes o que há de arquivo resolveu mudar algo na criação ou na leitura de
melhor em software; seus formatos.
Somos abertos a quem quiser colaborar com as nossas Assim, daqui a 100 anos ou mais, certamente será pos-
atividades, dentro de nossos valores básicos; sível abrir documentos armazenados em ODF, o que pode
Aceitamos colaboração corporativa, por exemplo, para não ocorrer com arquivos binários e proprietários, que po-
nos ajudar no custeio de colaboradores dentro da comu- dem se transformar em verdadeiros hieróglifos, cujo códi-
nidade. go pode não ser acessível em alguns anos.
Pelos motivos aqui elencados, doravante adotaremos Paralelamente, o padrão ODF possibilita a concorrên-
LibreOffice.org para nos referimos ao pacote, salvo menção cia, pois permite adquirir software de mais de um fornece-
em contrário. dor, já que o formato não é propriedade de uma empresa.
Também possibilita que as pessoas tenham comunica-
Formato Open Document bilidade e interoperabilidade na troca de documentos. Ob-
O openDocument 1.0 foi publicado pelo grupo OASIS viamente, quando se usa um padrão aberto a sociedade é
(“Organization for the Advancement of Structured Informa- o maior beneficiário já que o texto digitado poderá ser lido
tion Standards”), como um padrão aberto e padronizado. por vários programas.
ODF significa Open Document Format (Formato de do- Vários governos estão aprovando a preferência pelo
cumento aberto) e é um conjunto de regras para a criação uso de formatos abertos para trocar informações e textos.
de diversos tipos de arquivos. O ODF é o formato escolhido para documentos pela Co-
O ODF surgiu quando a Sun Microsystemas comprou munidade Europeia.
Portanto, várias outras empresas e instituições estão
a Star Division, que fabricava a suíte Star Office, e iniciou o
adotando ou estudando adotar o formato ODF para escre-
projeto do OpenOffice. Na época, foi criado um subcomitê
ver documentos. Ou, pelo menos, suportar em seus pro-
na OASIS, que incluiu profissionais de software livre e de
gramas, evitando o favorecimento de qualquer fornecedor.
empresas privadas, para trabalhar com armazenamento de
É importante lembrar que os formatos de empresas
documentos, baseado na linguagem aberta XML (eXten- como a Microsoft ( .doc, docx, .xls, xlsx, .ppt, pptx) são fe-
sible Markup Language) e tem suporte em pacotes como chados, proprietários, e seguem unicamente os desejos e
OpenOffice / Br-Office.org, StarOffice, KOffice e IBM Wor- prioridades daquela empresa. E que, evidentemente, o mo-
kPlace. nopólio mundial de software é contrário ao padrão aberto.
Assim, qualquer empresa pode desenvolver produtos Assim, essas empresas tentam impedir que os governos,
com base nesse padrão e atualmente há mais de 40 aplica- instituições e quaisquer pessoas ou empresas adotem o
tivos que podem manipular o ODF. padrão ODF.
Como o ODF é um conjunto de especificações, para
cada situação é utilizada uma parte delas. Assim, se aplica Abrir um arquivo do Microsoft Office
a documentos de texto, gerando o formato odt, de cálculo Escolha Arquivo - Abrir. Selecione um arquivo do Mi-
(extensão ods) e de apresentações ( terminação odp). crosoft Office na caixa de diálogo do LibreOffice.

25
INFORMÁTICA

O arquivo do MS Office... ...será aberto no módulo melhor gerenciamento para tabelas, correções e melhorias
do LibreOffice para arquivos DOC, melhorias para formatação condicio-
MS Word, *.doc, *.docx = LibreOffice Writer nal, melhorias XSLX, melhorias na engine de Formula, no-
MS Excel, *.xls, *.xlsx = LibreOffice Calc vas funções de planilha, suporte para Time-Stamp Protocol
MS PowerPoint, *.ppt, *.pps, *.pptx = LibreOffice Im- em documentos PDF, suporte para  Adobe Swatch Exchan-
press ge (.ase), filtros de importação e adicionada algumas fun-
cionalidades básicas de edição de documentos no Android.
Salvar como arquivo do Microsoft Office
Escolha Arquivo - Salvar como.
Na caixa Tipo de arquivo, selecione um formato de ar-
quivo do Microsoft Office.
Sempre salvar documentos em formatos do Microsoft
Office
Selecione Ferramentas - Opções - Carregar / Salvar -
Geral.
Na área Formato de arquivo padrão e configurações
ODF, selecione primeiro o tipo de documento e depois se-
lecione o tipo de arquivo para salvar.
De agora em diante, ao salvar um documento, o Tipo
de arquivo será definido de acordo com sua escolha. Você
ainda poderá selecionar outro tipo de arquivo na caixa de
diálogo usada para salvar arquivos.

Converter vários arquivos do Microsoft Office em ar-


quivos com o formato do OpenDocument
O Assistente de conversão de documentos copiará e
converterá todos os arquivos do Microsoft Office existen-
tes em uma pasta em documentos do LibreOffice no for-
mato de arquivo do OpenDocument. Você pode especificar
a pasta a ser lida e a pasta em que os arquivos convertidos
serão salvos.
Escolha Arquivo - Assistentes - Conversor de docu-
mentos para iniciar o assistente.

As novidades do LibreOffice 5.0


Segundo a The Document Foundation, o ramo anterior
do LibreOffice, o 4.x, foi utilizado por 80 milhões de usuá- Além das melhores de performance e correções de
rios, de modo que qualquer nova versão lançada, é coloca bugs, essa suíte teve uma série de melhorias em cada soft-
uma enorme pressão sobre a equipe de desenvolvimento ware.
para oferecer a melhor experiência possível.
“LibreOffice 5.0 possui uma interface de usuário sig- Writer
nificativamente melhorada, com uma melhor gestão do Limite de parágrafos aumentado consideravelmente;
espaço da tela e uma aparência mais limpa. Além disso, Otimização da localização de botões para deixar mais
ele oferece uma melhor interoperabilidade com suítes de intuitivo;
escritório como o Microsoft Office e iWork da Apple, gra- Ajuste no sistema de importação de objetos (gráficos,
ças a filtros novos e melhorados para lidar com formatos imagens etc.);
que não são padrão. Outras melhorias foram adicionadas Melhorias no sistema de comentários.
para todos os módulos da suíte e construídas versões para
o Windows de 64 bits (Vista e posterior)”, diz o anúncio Calc
oficial. Informação mais precisa sobre o número de colunas e
Segundo a The Document Foundation, o Writer agora fileiras adicionadas;
é capaz de lidar melhor com Emojis, os estilos e formata- Adicionada diversas fórmulas extras;
ções agora são exibidos na barra lateral como pré-visuali- Gerador de números aleatórios adicionado;
zação e agora o sombreamento destacado são agora pre-
servados após a manipulação de documentos do Word, da Impress e Draw
Microsoft. Otimização no visual da seleção de telas;
Outra funcionalidade interessante é a capacidade de Agora suporta modelos 3D em qualquer janela, seja ele
editar imagens diretamente nos documentos, algo que um modelo estático ou modelo com animações (facilita a
pode ser extremamente útil. Além disso, também há um criação de apresentações).

26
INFORMÁTICA

Gerais
Ícones tiveram o visual atualizado;
Paleta de cores simplificada, para melhor diferenciação das cores;
Tela de apresentação melhorada;
Suporte para mais 11 línguas.

Versão para o novo MS Windows 10


Além de ser compatível com o software da Microsoft, o programa possui uma nova interface, que pretende gerenciar
melhor o espaço ocupado na tela pelos seus arquivos.

LIBREOFFICE WRITER
O Writer é um aplicativo de processamento de texto que lhe permite criar documentos, como cartas, currículos, li-
vros ou formulários online. Alternativa gratuita e open source ao tradicional pacote Microsoft Office. Surgido a partir de
um fork do OpenOffice, o LibreOffice traz soluções completas para edição de texto, criação de planilhas, apresentações de
slides, desenhos, base de dados e ainda fórmulas matemáticas.
O Writer do LibreOffice suporta os seguintes formatos: ODT, OTT, SXW, STW, DOC (Word), DOCX (Word 2007), RTF,
SDW, VOR, TXT, HTML, PDB, XML, PSW e UOT.

Formato Open Document


No Writer o formato padrão dos arquivos passou de sdw (formato do antigo StarWriter) para odt (Open document text),
que dota os arquivos de uma estrutura XML, permitindo uma maior interoperabilidade entre as várias aplicações.
Aliás, este foi um dos principais motivos pelos quais a Microsoft tem mantido o monopólio nas aplicações de escritório:
a compatibilidade ou a falta dela.
É importante notar que versões mais antigas do OpenOffice já abriam e gravavam arquivos com a terminação doc.
Entretanto, não havia compatibilidade de 100% e os documentos perdiam algumas formatações.
A proposta da Sun, da IBM e de outras empresas foi normalizar os tipos de documento, num formato conhecido por
todos, o odt.

Layout

O Writer aparece sob a forma de uma janela genérica de documento em branco, a tela de edição, que é composta por
vários elementos:
Barra de Título: Apresenta o nome do arquivo e o nome do programa que está sendo usado nesse momento. Usando-
se os 3 botões no canto superior direito pode-se minimizar, maximizar / restaurar ou fechar a janela do programa.
Barra de Menus: Apresenta os menus suspensos onde estão as listas de todos os comandos e funções disponíveis do
programa.
Barra de Formatação: Apresenta os atalhos que dão forma e cor aos textos e objetos.
Área para trabalho: Local para digitação de texto e inserção de imagens e sons.
Barra de Status: Apresenta o número de páginas / total de páginas, o valor percentual do Zoom

27
INFORMÁTICA

e a função inserir / sobrescrever está na parte inferior e central da tela.


Réguas: Permite efetuar medições e configurar tabulações e recuos.

Barra de menus

Arquivo
Esses comandos se aplicam ao documento atual, abre um novo documento ou fecha o aplicativo.

-Novo:
Cria um novo documento do LibreOffice.
Escolha Arquivo - Novo
Ícone Novo na Barra de ferramentas (o ícone mostra o tipo do novo documento)

Novo
Tecla Ctrl+N
Para criar um documento a partir de um modelo, escolha Novo - Modelos.
Um modelo é um arquivo que contém os elementos de design para um documento, incluindo estilos de formatação,
planos de fundo, quadros, figuras, campos, layout de página e texto.

Ícone Nome Função


Documento de texto Cria um novo documento de texto (LibreOffice Writer).
Planilha Cria um novo documento de planilha (LibreOffice Calc).
Cria um novo documento de apresentação (LibreOffice Impress). Se
Apresentação
ativado, será exibida a caixa de diálogo Assistente de apresentações.
Desenho Cria um novo documento de desenho (LibreOffice Draw).
Abre o Assistente de Bancos de dados para criar um arquivo de banco de
Banco de dados
dados.
Documento HTML Cria um novo documento HTML.
Documento de formulário XML Cria um novo documento XForms.
Documento mestre Cria um novo documento mestre.

28
INFORMÁTICA

Fórmula Cria um novo documento de fórmula (LibreOffice Math).


Abre a caixa de diálogo Etiquetas, para definir as opções para suas
Etiquetas etiquetas e, em seguida, cria um novo documento de texto para as etiquetas
(LibreOffice Writer).
Abre a caixa de diálogo Cartões de visita para definir as opções para
Cartões de visita os cartões de visita e, em seguida, criar um novo documento de texto
(LibreOffice Writer).
Modelos Criar um novo documento a partir de um modelo.

- Abrir
Abre ou importa um arquivo.
Escolha Arquivo - Abrir
Ctrl+O
Na Barra de ferramentas, clique em

Abrir arquivo
Locais: Mostra os locais favoritos. Por exemplo, os atalhos das pastas locais ou remotas.
Área de exibição: Mostra os arquivos e pastas existentes em que você está. Para abrir um arquivo, selecione-o e clique
em Abrir.
Para abrir mais de um documento ao mesmo tempo, cada um em sua própria janela, pressione a tecla Ctrl ao clicar nos
arquivos e, em seguida, clique em Abrir.
Para classificar os arquivos, clique em um cabeçalho de coluna. Para inverter a ordem de classificação, clique novamente.
Para excluir um arquivo, clique com o botão direito do mouse sobre ele e, em seguida, escolha Excluir.
Para renomear um arquivo, dê um clique com o botão direito do mouse sobre ele e, em seguida, escolha Renomear.

Nome do arquivo: Insira um nome de arquivo ou um caminho para o arquivo. Você também pode inserir um URL que
começa com o nome de protocolo ftp, http, ou https.
Caso deseje, utilize caracteres curinga na caixa Nome do arquivo para filtrar a lista de arquivos exibida.

Por exemplo, para listar todos os arquivos de texto em uma pasta, insira o caractere asterisco (*) com a extensão de
arquivo de texto (*.txt) e, em seguida, clique em Abrir. Utilize o caractere curinga ponto de interrogação (?) para representar
qualquer caractere, como em (??3*.txt), o que só exibe arquivos de texto com um ‘3’ como terceiro caractere no nome do
arquivo.
O LibreOffice possui uma função autocompletar que se ativa sozinha em alguns textos e caixas de listagem. Por exem-
plo, entre ~/a no campo da URL e a função autocompletar exibe o primeiro arquivo ou o primeiro diretório encontrado no
seu diretório de usuário que começa com a letra “a”.
Utilize a seta para baixo para rolar para outros arquivos e diretórios. Utilize a seta para a direita para exibir também um
subdiretório existente no campo da URL. A função autocompletar rápida está disponível se você pressionar a tecla End após
inserir parte da URL. Uma vez encontrado o documento ou diretório desejado, pressione Enter.
Versão: Se houver várias versões do arquivo selecionado, selecione a versão que deseja abrir. Você pode salvar e orga-
nizar várias versões de um documento, escolhendo Arquivo - Versões. As versões de um documento são abertas em modo
somente leitura.
Tipo de arquivo: Selecione o tipo de arquivo que deseja abrir ou selecione Todos os arquivos(*) para exibir uma lista de
todos os arquivos na pasta.
Abrir: Abre o(s) documento(s) selecionado(s).
Inserir: Se você tiver aberto a caixa de diálogo escolhendo Inserir - Arquivo, o botão Abrir será rotulado Inserir. Insere
no documento atual, na posição do cursor, o arquivo selecionado.
Somente leitura: Abre o arquivo no modo somente leitura.
Abrir documentos com modelos: O LibreOffice reconhece modelos localizados em qualquer uma das seguintes pastas:
• Pasta de modelos compartilhados
• Pasta de modelos do usuário em Documents and Settingsno diretório inicial do usuário
• Todas as pastas de modelos definidas em Ferramentas - Opções - LibreOffice - Caminhos
Ao utilizar Arquivo - Modelo - Salvar como modelo para salvar um modelo, o modelo será armazenado na sua pasta
de modelos do usuário. Ao abrir um documento baseado neste modelo, o documento será verificado para detectar uma
mudança do modelo, como descrito abaixo. O modelo é associado com o documento e pode ser chamado de “modelo
vinculado”.

29
INFORMÁTICA

Ao utilizar Arquivo - Salvar como e selecionar um filtro


de modelo para salvar um modelo em qualquer outra pas-
ta que não esteja na lista, então os documentos baseados
nesse modelo não serão verificados.
Ao abrir um documento criado a partir de um “modelo
vinculado” (definido acima), O LibreOffice verifica se o mo-
delo foi modificado desde a última vez que foi aberto. Se o
modelo tiver sido alterado, uma caixa de diálogo aparecerá
para você poder selecionar os estilos que devem ser apli-
cados ao documento.
Para aplicar os novos estilos do modelo ao documento,
clique em Sim.
Para manter os estilos que estão sendo usados no do-
cumento, clique em Não.
Se um documento tiver sido criado por meio de um
modelo que não possa ser encontrado, será mostrada uma
caixa de diálogo perguntando como proceder na próxima
vez em que o documento for aberto.
Para quebrar o vínculo entre o documento e o modelo
que está faltando, clique em Não; caso contrário, o LibreOf-
fice procurará o modelo na próxima vez que você abrir o
documento. Nome do arquivo: Insira um nome de arquivo ou um
caminho para o arquivo. Você também pode inserir um URL
- Documentos recentes • Tipo de arquivo: Selecione o formato de arquivo
Lista os arquivos abertos mais recentemente. Para abrir para o documento que você está salvando. Na área de exi-
um arquivo da lista, clique no nome dele. bição, serão exibidos somente os documentos com esse
tipo de arquivo.
- Assistentes • Salvar com senha: Protege o arquivo com uma se-
Guia você na criação de cartas comerciais e pessoais, nha que deve ser digitada para que o usuário possa abrir
fax, agendas, apresentações, etc. o arquivo.

- Fechar Salvar tudo: Salva todos os documentos do LibreOffice


Fecha o documento atual sem sair do programa. que foram modificados.
Escolha Arquivo - Fechar
O comando Fechar fecha todas as janelas abertas do - Recarregar
documento atual. Substitui o documento atual pela última versão salva.
Se foram efetuadas alterações no documento atual, Todos as alterações efetuadas após o último salvamen-
você será perguntado se deseja salvar as lterações. to serão perdidas.
Ao fechar a última janela de documento aberta, apare- Escolha Arquivo - Recarregar
cerá a Tela inicial.
- Versões
- Salvar Salva e organiza várias versões do documento atual no
Salva o documento atual. mesmo arquivo. Você também pode abrir, excluir e compa-
Escolha Arquivo - Salvar rar versões anteriores.
Ctrl+S Escolha Arquivo - Versões
Na Barra de ferramentas ou de tabela de dados, clique Novas versões - Define as opções para salvar uma nova
em versão do documento.
Salvar nova versão - Salva o estado atual do documen-
to como nova versão. Caso deseje, antes de salvar a nova
Salvar versão, insira também comentários na caixa de diálogo In-
serir comentário da versão.
Salvar como: Salva o documento atual em outro local Inserir comentário da versão - Insira um comentário
ou com um nome de arquivo ou tipo de arquivo diferente. aqui quando estiver salvando uma nova versão. Se você
Escolha Arquivo - Salvar como tiver clicado em Mostrar para abrir esta caixa de diálogo,
não poderá editar o comentário.
Salvar sempre uma versão ao fechar - Se você tiver fei-
to alterações no documento, o LibreOffice salvará automa-
ticamente uma nova versão quando você o fechar.

30
INFORMÁTICA

Se salvar o documento manualmente, e não alterar o


documento após salvar, não será criada uma nova versão.
Versões existentes - Lista as versões existentes do do-
cumento atual, a data e a hora em que elas foram criadas,
o autor e os comentários associados.

- Exportar
Salva o documento atual com outro nome e formato
em um local a especificar.
Escolha Arquivo – Exportar
- Exportar como PDF
Salva o arquivo atual no formato Portable Document
Format (PDF) versão 1.4. Um arquivo PDF pode ser visto e
impresso em qualquer plataforma com a formatação ori-
ginal intacta, desde que haja um software compatível ins-
talado.
Escolha Arquivo - Exportar como PDF

- Visualizar impressão
Exibe uma visualização da página impressa ou fecha a
visualização.
Menu Arquivo - Visualizar impressão
Utilize os ícones na barra Visualização de impressão
para folhear as páginas do documento ou para imprimir o
documento.
Você também pode pressionar as teclas Page Up e
Page Down para folhear as páginas.
Obs: Não é possível editar seu documento enquanto
estiver na visualização de impressão.

- Imprimir Editar
Imprime o documento atual, a seleção ou as páginas
que você especificar. Você também pode definir as opções Este menu contém comandos para editar o conteúdo
de impressão para o documento atual. Tais opções variam do documento atual.
de acordo com a impressora e com o sistema operacional
utilizado. - Desfazer
Escolha Arquivo - Imprimir Desfaz o último comando ou a última entrada digitada.
Ctrl+P Para selecionar o comando que deseja desfazer, clique na
Na Barra de ferramentas, clique em seta ao lado do ícone Desfazer na barra de ferramentas
Padrão.
- Configuração da impressora
Selecione a impressora padrão para o documento - Refazer
atual. Reverte a ação do último comando Desfazer. Para sele-
Escolha Arquivo - Imprimir - Configurações da impres- cionar a etapa Desfazer que deseja reverter, clique na seta
sora ao lado do ícone Refazer na barra de ferramentas Padrão.
Fecha todos os programas do LibreOffice e pede para
salvar as modificações. - Repetir
- Sair Repete o último comando. Esse comando está disponí-
Escolha Arquivo - Sair vel no Writer e no Calc.
Ctrl+Q
- Recortar
Remove e copia a seleção para a área de transferência.

- Copiar
Copia a seleção para a área de transferência.
Escolha Editar - Copiar
Ctrl+C

31
INFORMÁTICA

- Colar - Campos
Insere o conteúdo da área de transferência no local do Abre um caixa de diálogo na qual você pode editar as
cursor, e substitui qualquer texto ou objeto selecionado. propriedades de um campo. Clique antes de um campo e
Escolha Editar - Colar selecione este comando. Na caixa de diálogo, você pode
Ctrl+V usar as setas para ir para o próximo campo ou voltar para
o anterior.
- Colar especial
Insere o conteúdo da área de transferência no arquivo - Notas de rodapé
atual em um formato que você pode especificar. Edita a âncora de nota de rodapé ou de nota de fim
Escolha Editar - Colar especial selecionada. Clique na frente da nota de rodapé ou da nota
de fim e, em seguida, escolha este comando.
- Selecionar texto
Você pode ativar um cursor de seleção em um texto so- - Entrada de índice
mente leitura ou na Ajuda. Escolha Editar - Selecionar texto Edita a entrada de índice selecionada. Clique antes da
ou abra o menu de contexto de um documento somente entrada de índice ou na própria entrada e, em seguida, es-
leitura e escolha Selecionar texto. O cursor de seleção não colha este comando.
fica intermitente.
Use o ícone Editar arquivo para ativar ou desativar o - Entrada bibliográfica
modo de edição. Edita a entrada bibliográfica selecionada.

- Modo de seleção - Hiperlink


Escolha o modo de seleção do submenu: modo de se- Abre uma caixa de diálogo que permite que você crie
leção normal, ou modo de seleção por bloco. e edite hiperlinks.

- Selecionar tudo - Vínculos


Seleciona todo o conteúdo do arquivo, quadro ou ob- Permite a edição das propriedades de cada vínculo no
jeto de texto atual. documento atual, incluindo o caminho para o arquivo de
Escolha Editar - Selecionar tudo origem. Este comando não estará disponível se o docu-
Ctrl+A mento atual não contiver vínculos para outros arquivos.

- Alterações - Plug-in
Lista os comandos que estão disponíveis para rastrear Permite a edição de plug-ins no seu arquivo. Escolha
as alterações em seu arquivo. este comando para ativar ou desativar este recurso. Quan-
- Comparar documento do ativado, aparecerá uma marca de seleção ao lado do
Compara o documento atual com um documento que comando, e você verá comandos para editar o plug-in em
você seleciona. seu menu de contexto. Quando desativado, você verá co-
mandos para controlar o plug-in no menu de contexto.
- Localizar e substituir
Procura ou substitui textos ou formatos no documento - Mapa de imagem
atual. Permite que você anexe URLs a áreas específicas, deno-
Escolha Editar - Localizar e substituir minadas pontos de acesso, em uma figura ou em um grupo
Ctrl+H de figuras. Um Mapa de imagem é um grupo com um ou
Na Barra de ferramentas, clique em mais pontos de acesso.

- Autotexto - Objeto
Cria, edita ou insere Autotexto. Você pode armazenar Permite editar um objeto selecionado no arquivo, inse-
texto formatado, texto com figuras, tabelas e campos como rido com o comando Inserir - Objeto.
Autotexto. Para inserir Autotexto rapidamente, digite o ata-
lho do Autotexto no documento e pressione F3. Exibir
Escolha Editar – Autotexto Este menu contém comandos para controlar a exibição
Ctrl+F3 do documento na tela.

- Trocar banco de dados


Altera a fonte de dados do documento atual. Para
exibir corretamente o conteúdo dos campos inseridos, o
banco de dados que foi substituído deve conter nomes de
campos idênticos.

32
INFORMÁTICA

- Limites do texto
Mostra ou oculta os limites da área imprimível da pági-
na. As linhas de limite não são impressas.

- Sombreamentos de campos
Mostra ou oculta os sombreamentos de campos no
documento, incluindo espaços incondicionais, hifens per-
sonalizados, índices e notas de rodapé.

- Nomes de campos
Alterna a exibição entre o nome e o conteúdo do cam-
po. A presença de uma marca de seleção indica que os no-
mes dos campos são exibidos e a ausência dessa marca
indica que o conteúdo é exibido. O conteúdo de alguns
campos não pode ser exibido.

- Caracteres não-imprimíveis
Mostra os caracteres não imprimíveis no texto, como
marcas de parágrafo, quebras de linha, paradas de tabula-
ção e espaços.

- Parágrafos ocultos
Mostra ou oculta parágrafos ocultos. Esta opção afeta
somente a exibição de parágrafos ocultos. Ela não afeta a
impressão desses parágrafos.

- Fontes de dados
Lista os bancos de dados registrados para o LibreOffice
- Layout de impressão e permite que você gerencie o conteúdo deles.
Exibe a forma que terá o documento quando este for
impresso. - Navegador
Mostra ou oculta o Navegador. Você pode usá-lo para
- Layout da Web acessar rapidamente diferentes partes do documento e
Exibe o documento como seria visualizado em um na- para inserir elementos do documento atual ou de outros
vegador da Web. Esse recurso é útil ao criar documentos documentos abertos, bem como para organizar documen-
HTML. tos mestre. Para editar um item do Navegador, clique com
o botão direito do mouse no item e, em seguida, escolha
- Código-fonte HTML um comando do menu de contexto. Se preferir, você pode
Exibe o código fonte do documento HTML atual. Para encaixar o Navegador na borda do espaço de trabalho.
exibir o código fonte HTML de um novo documento, é ne-
cessário primeiro salvar o novo documento como um do- - Tela inteira
cumento HTML. Exibe ou oculta os menus e as barras de ferramentas no
Writer ou no Calc. Para sair do modo de tela inteira, clique
- Barra de status no botão Ativar/Desativar tela inteira.
Mostra ou oculta a barra de status na borda inferior
da janela. - Zoom
Reduz ou amplia a exibição de tela do LibreOffice.

- Status do método de entrada Inserir


Mostra ou oculta a janela de status do IME (Input Me- O menu Inserir contém os comandos necessários para
thod Engine). inserir novos elementos no seu documento. Isso inclui se-
ções, notas de rodapé, anotações, caracteres especiais, fi-
- Régua guras e objetos de outros aplicativos.
Mostra ou oculta a régua horizontal, que é utilizada
para ajustar as margens da página, paradas de tabulação,
recuos, bordas, células de tabela e para dispor objetos na
página. Para mostrar a régua vertical, escolha Ferramentas
- Opções - LibreOffice Writer - Exibir, e selecione a caixa
Régua vertical na área Réguas.

33
INFORMÁTICA

- Cabeçalho
Adiciona ou remove um cabeçalho do estilo de página
que você selecionar no submenu. O cabeçalho é adiciona-
do a todas as páginas que usam o mesmo estilo de página.
Em um novo documento, é listado apenas o estilo de pági-
na “Padrão”. Outros estilos de páginas serão adicionados à
lista depois que você aplicá-los ao documento.

- Rodapé
Adiciona ou remove um rodapé do estilo de página se-
lecionado no submenu. O rodapé é adicionado a todas as
páginas que usam o mesmo estilo. Em um novo documen-
to, somente o estilo de página “Padrão” é listado. Outros
estilos serão adicionados à lista depois que forem aplica-
dos ao documento.

- Nota de rodapé / Nota de fim


Insere uma nota de rodapé ou uma nota de fim no do-
cumento. A âncora para a nota será inserida na posição
atual do cursor. Você pode escolher entre numeração auto-
mática ou um símbolo personalizado.

- Legenda
Adiciona uma legenda numerada à figura, tabela, qua-
dro, quadro de texto ou objeto de desenho selecionado.
Você também pode acessar este comando clicando com o
botão direito do mouse no item ao qual deseja adicionar
a legenda.

- Marcador
- Quebra manual Insere um indicador na posição do cursor. Use o Na-
Insere uma quebra manual de linha, de coluna ou de vegador para saltar rapidamente para a posição indicada
página na posição atual em que se encontra o cursor. em outra hora. em um documento HTML, os indicadores
são convertidos em âncoras para você navegar através de
- Campos hyperlinks.
Insere um campo na posição atual do cursor. O sub-
menu lista os tipos de campos mais comuns. Para exibir - Referência
todos os campos disponíveis, escolha Outro. Esta é a posição em que você insere as referências ou
os campos referidos no documento atual. As referências
- Caractere especial são os campos referidos no mesmo documento ou em sub-
Insere caracteres especiais a partir das fontes instala- documentos de um documento mestre.
das.
- Anotação
- Marca de formatação Insere uma anotação.
Abe um submenu para inserir marcas especiais de for-
matação. Ative o CTL para mais comandos. - Script
Insere um script na posição atual do cursor em um do-
- Seção cumento HTML ou de texto.
Insere uma seção de texto no mesmo local em que o
cursor está posicionado no documento. Também é possível - Índices e índices gerais
selecionar um bloco de texto e, em seguida, escolher esse Abre um menu para inserir entradas de índice e inserir
comando para criar uma seção. Use as seções para inserir índices e tabelas.
blocos de texto de outros documentos, para aplicar layouts
de colunas personalizados ou para proteger ou ocultar os - Envelope
blocos de texto quando uma condição for atendida. Cria um envelope. Nas três guias, você pode especificar
o destinatário e o remetente, a posição e o formato de am-
- Hiperlink bos os endereços, o tamanho e a orientação do envelope.
Abre uma caixa de diálogo que permite que você crie
e edite hiperlinks.

34
INFORMÁTICA

- Quadro - Limpar formatação direta


Insere um quadro que você pode usar para criar um Remove a formatação direta e a formatação por estilos
layout com uma ou mais colunas de texto e objetos. de caracteres da seleção.

- Tabela - Caractere
Insere uma tabela no documento. Você também pode Muda a fonte e a formatação de fonte dos caracteres
clicar na seta, arrastar o mouse para selecionar o número selecionados.
de linhas e colunas a serem incluídas na tabela e, em segui-
da, clicar na última célula. - Parágrafo
Modifica o formato do parágrafo atual, por exemplo,
- Figura alinhamento e recuo.
Selecione a origem da figura que deseja inserir.
- Marcadores e numeração
- Objeto de desenho Adiciona marcadores ou numeração ao parágrafo atual
Insere um objeto no documento. Para vídeo e áudio e permite que você edite o formato da numeração ou dos
utilize Inserir - Multimídia - Áudio ou vídeo. marcadores.

- Quadro flutuante - Página


Insere um quadro flutuante no documento atual. Qua- Especifique os estilos de formatação e o layout do es-
dros flutuantes são utilizados em documentos HTML para tilo de página atual, incluindo margens da página, cabeça-
exibir conteúdo de outro arquivo. lhos, rodapés e o plano de fundo da página.

- Áudio ou vídeo - Alterar caixa


Insere um arquivo de vídeo ou áudio no documento. Altera a caixa dos caracteres selecionados. Se o cursor
estiver no meio de uma palavra e não houver texto selecio-
- Arquivo nado, então a palavra será a seleção.
Insere um arquivo de texto na posição atual do cursor.
- Guia fonético asiático
Formatar Permite que você adicione comentários sobre carac-
Contém comandos para formatar o layout e o conteú- teres asiáticos para serem usados como manual de pro-
do de seu documento. núncia.

- Colunas
Especifica o número de colunas e o layout de coluna
para um estilo de página, quadro ou seção.

- Seções
Altera as propriedades das seções definidas no docu-
mento. Para inserir uma seção, selecione o texto ou clique
no documento e, em seguida, escolha Inserir - Seção.

- Estilos e formatação
Use a janela Estilos e formatação para aplicar, criar, edi-
tar, adicionar e remover estilos de formatação. Clique duas
vezes para aplicar o estilo.

- Autocorreção
Formata automaticamente o arquivo de acordo com as
opções definidas em Ferramentas - Opções da autocorre-
ção.

- Ancorar
Define as opções de ancoramento para o objeto sele-
cionado.

- Quebra Automática
Define as opções de quebra automática de texto para
figuras, objetos e quadros.

35
INFORMÁTICA

- Alinhar (objetos) Colunas


Alinha os objetos selecionados em relação a outro. Insere colunas.

Linhas
- Alinhamento (objetos de texto) Insere linhas.
Define as opções de alinhamento para a seleção atual.
- Excluir
- Dispor Tabela
Altera a ordem de empilhamento do(s) objeto(s) sele- Exclui a tabela atual.
cionado(s).
Colunas
- Inverter Exclui as colunas selecionadas.
Inverte o objeto selecionado, horizontalmente ou ver-
ticalmente.
Linhas
Exclui as linhas selecionadas.
- Agrupar
Agrupa os objetos selecionados de forma que possam
ser movidos ou formatados como um único objeto. Selecionar
Tabela
- Objeto Seleciona a tabela atual.
Abre um submenu para editar propriedades do objeto
selecionado. Coluna
Seleciona a coluna atual.
- Quadro
Insere um quadro que você pode usar para criar um Linha
layout com uma ou mais colunas de texto e objetos. Seleciona a linha atual.

- Imagem Célula
Formata o tamanho, a posição e outras propriedades Seleciona a célula atual.
da figura selecionada.
Tabela - Mesclar células
Combina o conteúdo das células selecionadas da tabe-
la em uma única célula.

- Dividir células
Divide a célula ou grupo de células horizontalmente ou
verticalmente em um número especificado de células.

- Mesclar tabela
Combina duas tabelas consecutivas em uma única ta-
bela. As tabelas devem estar lado a lado, e não separadas
por um parágrafo vazio.

- Dividir tabela
Divide a tabela atual em duas tabelas separadas na
posição do cursor. Você também pode clicar com o botão
direito do mouse em uma célula da tabela para acessar este
comando.

- Autoformatação de tabela
Aplica automaticamente formatos à tabela atual, in-
cluindo fontes, sombreamento e bordas.

Autoajustar
Largura da coluna
- Inserir Abre a caixa de diálogo Largura da coluna para alterar
Tabela a largura de uma coluna.
Insere uma nova tabela.

36
INFORMÁTICA

- Largura de coluna ideal Propriedades da tabela


Ajusta automaticamente a largura das colunas para Especifica as propriedades da tabela selecionada,
coincidir com o conteúdo das células. A alteração da lar- como, por exemplo, nome, alinhamento, espaçamento, lar-
gura de uma coluna não afeta a largura das outras colunas gura da coluna, bordas e plano de fundo.
na tabela. A largura da tabela não pode exceder a largura
da página. Ferramentas
Contém ferramentas de verificação ortográfica, uma
- Distribuir colunas uniformemente galeria de objetos artísticos que podem ser adicionados ao
Ajusta a largura das colunas selecionadas para a largu- documento, bem como ferramentas para configurar menus
ra da coluna mais larga da seleção. A largura total da tabela e definir preferências do programa.
não pode exceder a largura da página.

Altura da linha
Abre a caixa de diálogo Altura da linha para alterar a
altura de uma linha.

- Altura de linha ideal


Ajusta automaticamente a altura das linhas para que
corresponda ao conteúdo das células. Esta é a definição
padrão para novas tabelas.

- Distribuir linhas uniformemente


Ajusta a altura das linhas selecionadas para a altura da
linha mais alta na seleção.

Permitir quebra de linha em páginas e colunas


Permite uma quebra de página na linha atual.

Repetir linhas de cabeçalho


Repete os cabeçalhos das tabelas nas páginas subse-
quentes quando a tabela se estende por uma ou mais pá-
ginas.

Converter
Texto em tabela
Abre uma caixa de diálogo para poder converter em
tabela o texto selecionado. - Verificação ortográfica
Verifica a ortografia manualmente.
Tabela para texto
Abre uma caixa de diálogo para converter a tabela - Idioma
atual em texto. Abre um submenu para escolher comandos específicos
do idioma.
Classificar
Classifica alfabeticamente ou numericamente os pará- - Contagem de palavras
grafos ou linhas de tabela selecionados. Você pode definir Conta as palavras e caracteres, com ou sem espaços,
até três chaves de classificação bem como combinar chaves na seleção atual, e em todo o documento. A contagem é
alfabéticas com numéricas. mantida atualizada enquanto digita, ou altera a seleção.

Fórmula - Numeração da estrutura de tópicos


Abre a Barra de fórmulas para inserir ou editar uma Especifica o formato de número e a hierarquia para a
fórmula. numeração de capítulos no documento atual.

Formato numérico - Numeração de linhas


Abre uma caixa de diálogo para especificar o formato Adiciona ou remove e formata números de linha no
de números na tabela. documento atual. Para desativar a numeração de linhas em
um parágrafo, clique no parágrafo, escolha Formatar - Pa-
Limites da tabela rágrafo, clique na guia Numeração e, em seguida, desmar-
Mostra ou oculta os limites em torno das células da ta- que a caixa de seleção Incluir este parágrafo na numeração
bela. Os limites só são visíveis na tela e não são impressos. de linhas

37
INFORMÁTICA

- Notas de rodapé Janela


Especifica as configurações de exibição de notas de ro-
dapé e notas de fim.

- Galeria
Abre a Galeria, onde você poderá selecionar figuras e
sons para inserir em seu documento.

- Banco de dados bibliográfico Contém comandos para manipulação e exibição de ja-


Insira, exclua, edite e organize arquivos no banco de nelas de documentos.
dados bibliográfico.
- Nova janela
- Assistente de Mala Direta Abre uma nova janela que exibe os conteúdos da jane-
Inicia o Assistente de Mala Direta para criar cartas-mo- la atual. Você pode agora ver diferentes partes do mesmo
delo ou enviar mensagens de e-mail a vários destinatários. documento ao mesmo tempo.

- Classificar - Fechar a janela


Classifica alfabeticamente ou numericamente os pará- Fecha a janela atual. Escolha Janela - Fechar janela,
grafos ou linhas de tabela selecionados. Você pode definir ou pressione Ctrl+F4. Na visualização de impressão do Li-
até três chaves de classificação bem como combinar chaves breOffice Writer e Calc, você pode fechar a janela ao clicar
alfabéticas com numéricas. no botão Fechar visualização.

- Calcular - Lista de documentos


Calcula a fórmula selecionada e copia o resultado para Lista os documentos abertos no momento atual. Sele-
a área de transferência. cione o nome de um documento na lista para alternar para
esse documento.
- Atualizar
Atualiza os itens do documento atual com conteúdo Ajuda
dinâmico, como campos e índices. O menu da Ajuda permite iniciar e controlar o sistema
de Ajuda do LibreOffice.
- Player de mídia
Abre a janela do Player de mídia, para poder visualizar
arquivos de vídeo e áudio e inseri-los no documento atual.

- Macros
Permite gravar, organizar e editar macros.

- Gerenciador de extensão
O Gerenciador de extensão adiciona, remove, desativa,
ativa e atualiza extensões do LibreOffice.

- Filtros XML
Abre a caixa de diálogo Configurações do filtro XML, Barras de ferramentas
onde você pode criar, editar, excluir e testar filtros para im- Barra de objetos de texto
portar e exportar arquivos XML. Contém comandos de formatação para o texto de um
objeto de desenho. A barra Objetos de texto aparece quan-
- Opções da Autocorreção do você faz um duplo clique dentro de um objeto de de-
Configura as opções para substituir texto automatica- senho.
mente ao digitar. - Nome da fonte
Permite que você selecione um nome de fonte na lista
- Personalizar ou digite um nome de fonte diretamente.
Personaliza menus, teclas de atalho, barras de ferra- Você pode inserir várias fontes, separadas por ponto
mentas e atribuições de macros do LibreOffice para even- -e-vírgulas. O LibreOffice usará cada fonte nomeada em
tos. sucessão se as fontes anteriores não estiverem disponíveis.

- Opções
Este comando abre uma caixa de diálogo para configu- Nome da fonte
ração personalizada do programa.

38
INFORMÁTICA

- Tamanho da fonte - Justificar


Permite que você escolha entre diferentes tamanhos Alinha os parágrafos selecionados às margens esquer-
de fonte na lista ou que digite um tamanho manualmente. da e direita da página. Se preferir, você pode especificar as
- Negrito opções de alinhamento para a última linha de um parágra-
Aplica o formato negrito ao texto selecionado. Se o fo, escolhendo Formatar - Parágrafo - Alinhamento.
cursor estiver sobre uma palavra, ela ficará toda em negri-
to. Se a seleção ou a palavra já estiver em negrito, a forma-
Justificado
tação será removida.
- Suporte a idiomas asiáticos
Negrito Esses comandos só podem ser acessados após ativar o
suporte para idiomas asiáticos em Ferramentas - Opções -
- Itálico Configurações de idioma - Idiomas.
Aplica o formato itálico ao texto selecionado. Se o cur-
sor estiver sobre uma palavra, ela ficará toda em itálico. Se - Texto escrito da esquerda para a direita
a seleção ou palavra já estiver em itálico, a formatação será Especifica a direção horizontal do texto.
removida.
Direção do texto da esquerda para a direita
Itálico
- Texto escrito de cima para baixo
- Sublinhado Especifica a direção vertical do texto.
Sublinha o texto selecionado ou remove o sublinhado
do texto selecionado.
Texto escrito de cima para baixo

Sublinhado - Selecionar tudo


Seleciona todo o conteúdo do arquivo, quadro ou ob-
- Sobrescrito jeto de texto atual.
Reduz o tamanho da fonte do texto selecionado e le-
vanta o texto acima da linha de base.
Selecionar tudo

Sobrescrito - Caractere
Muda a fonte e a formatação de fonte dos caracteres
- Subscrito selecionados.
Reduz o tamanho da fonte do texto selecionado e po-
siciona o texto abaixo da linha de base.
Caractere

Subscrito - Parágrafo
Aqui você pode definir recuos, espaçamento, alinha-
- Esquerda mento e espaçamento de linha para o parágrafo selecio-
Alinha o parágrafo selecionado em relação à margem nado.
esquerda da página.
Parágrafo

Alinhar à esquerda Adicionando e editando texto

- Centralizar Você pode adicionar texto ao documento das seguin-


Centraliza na página os parágrafos selecionados. tes maneiras:
• Digitando texto com o teclado
• Copiando e colando texto de outro documento
• Importando texto de outro arquivo
- Direita Digitando texto
Alinha os parágrafos selecionados em relação à mar-
gem direita da página. A maneira mais fácil de inserir texto no documento é
digitar o texto. Ao digitá-lo, a ferramenta AutoCorreção
Alinhar à direita corrige automaticamente possíveis erros de ortografia co-
muns, como “catra” em vez de “carta”.

39
INFORMÁTICA

Por padrão, a ferramenta Completar palavras coleta palavras longas enquanto você digita. Ao começar a digitar nova-
mente a mesma palavra, o
LibreOffice.org completa automaticamente a palavra. Para aceitar a palavra, pressione Enter ou continue digitando.

Dica – Para desativar as ferramentas de completar e substituir automaticamente procure na ajuda on-line os seguintes
termos:
• Função de AutoCorreção
• Função de AutoEntrada
• Completar palavras
• Reconhecimento de números
• Função de AutoFormatação

Selecionando texto

Você pode selecionar texto com o mouse ou com o teclado.

Selecionando texto com o mouse


• Para selecionar um trecho de texto, clique no início do trecho, mantenha pressionado o botão esquerdo do mouse e
arraste o mouse até o fim do texto.
Pode também clicar na frente do trecho, mover o mouse até o fim do texto, manter pressionada a tecla Shift e clicar
novamente.
• Para selecionar uma frase inteira, clique três vezes em qualquer lugar na frase.
• Para selecionar uma única palavra, clique duas vezes em qualquer lugar na palavra.
• Para acrescentar mais de um trecho a uma seleção, selecione o trecho, mantenha pressionada a tecla Ctrl e selecione
outro trecho de texto.

Selecionando texto com o teclado


• Para selecionar o documento inteiro, pressione Ctrl+A.
• Para selecionar uma única palavra em um dos lados do cursor, mantenha pressionadas as teclas Ctrl+Shift e pressione
a seta para a esquerda <- ou a seta para a direita ->.
• Para selecionar um único caractere em um dos lados do cursor, mantenha pressionada a tecla Shift e pressione a seta
para a esquerda <- ou a seta para a direita ->. Para selecionar mais de um caractere, mantenha pressionada a tecla Shift
enquanto pressiona a tecla de direção.

40
INFORMÁTICA

• Para selecionar o texto restante na linha à esquerda - Para localizar e substituir texto
do cursor, mantenha pressionada a tecla Shift e pressione
a tecla Home.
• Para selecionar o texto restante na linha à direita do
cursor, mantenha pressionada a tecla Shift e pressione a
tecla End.

Copiando, colando e excluindo texto


Você pode copiar texto de um lugar para outro no
mesmo documento ou de um documento para outro.

- Para copiar e colar texto


Etapas
1. Selecione o texto que deseja copiar e siga um destes
procedimentos:
• Escolha Editar – Copiar.
• Pressione Ctrl+C.
• Clique no ícone Copiar na barra Padrão.
• Clique com o botão direito do mouse no texto sele-
cionado e escolha Copiar.
O texto continua na área de transferência até você co- Etapas
piar outra seleção de texto ou item. 1. Escolha Editar – Localizar e substituir.
2. Clique ou mova o cursor para onde deseja colar o Abre-se a caixa de diálogo Localizar e substituir.
texto. Siga um destes procedimentos: 2. Na caixa Pesquisar por, digite o texto que você dese-
• Escolha Editar – Colar. ja localizar no documento.
• Pressione Ctrl+V. Pode selecionar também a palavra ou a frase que dese-
• Clique no ícone Colar na barra Padrão. ja procurar no documento de texto e escolher Editar - Lo-
• Clique com o botão direito do mouse onde deseja calizar e substituir. O texto selecionado é inserido automa-
colar o texto e escolha Colar. ticamente na caixa Procurar.
3. Na caixa Substituir por, insira a palavra ou a frase de
- Para excluir texto substituição.
Etapas 4. Clique em Localizar para iniciar a procura.
1. Selecione o texto que deseja excluir. 5. Quando o Writer localizar a primeira ocorrência da
2. Siga um destes procedimentos: palavra ou frase, siga um destes procedimentos:
• Escolha Editar - Recortar ou pressione Ctrl+X. • Para substituir a ocorrência do texto encontrada pela
O texto é excluído do documento e adicionado à área que você inseriu na caixa Substituir por, clique em Substi-
de transferência, para você colar o texto onde pretender. tuir.
• Pressione a tecla Delete ou Backspace. • Para substituir todas as ocorrências do texto encon-
Observação – Você pode usar essas teclas para tam- tradas pela que você inseriu na caixa Substituir por, clique
bém excluir caracteres individuais. em Substituir tudo.
Se desejar desfazer uma exclusão, escolha Editar - Des- • Para ignorar o texto encontrado e continuar a procu-
fazer ou pressione Ctrl+Z. ra, clique em
Localizar próxima.
-Para inserir um documento de texto 6. Clique em Fechar quando concluir a procura.
Você pode inserir o conteúdo de qualquer documento
de texto no documento do Writer, desde que o formato do Verificando ortografia
arquivo seja conhecido pelo LibreOffice.org.
Etapas O Writer pode verificar possíveis erros ortográficos en-
1. Clique no documento do Writer onde deseja inserir quanto você digita ou em um documento inteiro.
o texto.
2. Escolha Inserir – Arquivo. - Para verificar ortografia enquanto digita
3. Localize o arquivo que deseja inserir e clique em In- O Writer pode avisar sobre possíveis erros de ortogra-
serir. fia enquanto você digita.
Localizando e substituindo texto Para ativar e desativar esse recurso, clique no ícone Au-
Você pode usar o recurso Localizar e substituir no Li- toOrtografia e gramatica na barra de Ferramentas. Quando
breOffice.org Writer para procurar e substituir palavras em esse recurso está ativado, uma linha vermelha ondulada
um documento de texto. marca possíveis erros ortográficos.

41
INFORMÁTICA

1. Clique com o botão direito do mouse em uma palavra com um sublinhado ondulado em vermelho.
2. Siga um destes procedimentos:
• Escolha uma das palavras de substituição sugeridas no alto do menu de contexto.
A palavra incorreta é substituída pela palavra que você escolher.
• Escolha uma das palavras de substituição no submenu AutoCorreção.
A palavra incorreta é substituída pela palavra que você escolher.
As duas palavras são acrescentadas automaticamente à lista de substituição da ferramenta AutoCorreção. Na próxima
vez que cometer o mesmo erro ortográfico, o Writer fará a correção ortográfica automaticamente.
• Escolha Ortografia e gramatica para abrir a caixa de diálogo Ortografia e gramatica.
• Para adicionar a palavra a um dos dicionários, escolha Adicionar e clique no nome do dicionário.
Observação – O número de entradas em um dicionário definido pelo usuário é limitado, mas você pode criar quantos
dicionários definidos pelo usuário forem necessários.

- Para verificar a ortografia em um documento inteiro


Se não deseja verificar a ortografia enquanto digita, você pode usar a ferramenta Ortografia e gramatica para corrigir
erros manualmente. A ferramenta Ortografia e gramatica começa a partir da posição atual do cursor ou a partir do início
do texto selecionado.
Etapas
1. Clique no documento ou selecione o texto que deseja corrigir.
2. Escolha Ferramentas - Ortografia e gramatica.
3. Quando um possível erro de ortografia é localizado, a caixa de diálogo Ortografia e gramatica sugere uma correção.

4. Siga um destes procedimentos:


• Para aceitar uma correção, clique em Corrigir.
• Substitua a palavra incorreta na caixa no alto pela palavra correta e clique em Alterar.
• Para ignorar a palavra atual uma vez e continuar a Ortografia e gramatica, clique em Ignorar uma vez.

42
INFORMÁTICA

• Para ignorar a palavra atual no documento inteiro e continuar a Ortografia e gramatica, clique em Ignorar sempre.
Formatando texto
O Writer permite-lhe formatar o texto manualmente ou ao usar estilos. Com os dois métodos, você controla tamanho,
tipo de fonte, cor, alinhamento e espaçamento do texto. A principal diferença é que a formatação manual aplica-se apenas
ao texto selecionado, enquanto a formatação de estilo aplica-se toda vez que o estilo é usado no documento.

Formatando texto manualmente

Para uma formatação simples, como alterar o tamanho e a cor do texto, use os ícones na barra Formatação. Se desejar,
pode também usar os comandos de menu no menu Formato, assim como teclas de atalho.

Selecione o texto que deseja alterar e siga um destes procedimentos:


• Para alterar o tipo de fonte usado, selecione uma fonte diferente na caixa Nome da fonte.
• Para alterar o tamanho do texto, selecione um tamanho na caixa Tamanho da fonte.
• Para alterar o tipo de letra do texto, clique no ícone Negrito, Itálico ou Sublinhado.
Pode também usar as seguintes teclas de atalho: Ctrl+B para negrito, Ctrl+I para itálico ou Ctrl+U para sublinhado. Para
restaurar o tipo de letra padrão, selecione o texto novamente e clique no mesmo ícone, ou pressione as mesmas teclas de
atalho.
• Para alterar o alinhamento do texto, clique no ícone Alinhar à esquerda, Centralizar, Alinhar à direita ou Justificado.
• Para adicionar ou remover marcadores ou números de uma lista, clique no ícone Ativar/desativar numeração ou Ati-
var/desativar marcadores.
• Para alterar um recuo do texto, use os ícones de recuo.
• Para alterar a cor do texto, clique no ícone Cor da fonte.
• Para alterar a cor do plano de fundo do texto, clique no ícone Cor do plano de fundo ou no ícone Realce.
Dica – Consulte a ajuda on-line para obter informação sobre a diferença desses dois ícones.

Formatando texto com estilos


No Writer, a formatação padrão de caracteres, parágrafos, páginas, quadros e listas é feita com estilos. Um estilo é um
conjunto de opções de formatação, como tipo e tamanho da fonte. Um estilo define o aspecto geral do texto, assim como
o layout de um documento.
Você pode selecionar alguns estilos comuns, e todos os estilos aplicados, a partir da lista drop-down Aplicar estilo na
barra Formatar.

Uma maneira fácil de aplicar um estilo de formatação é com a janela Estilos e formatação. Para abrir a janela Estilos e
formatação, escolha Formatar – Estilos e formatação.

43
INFORMÁTICA

• Para visualizar o conteúdo de uma categoria, clique


no sinal de mais na frente do nome da categoria.
• Para exibir o conteúdo de uma única categoria no Na-
vegador, selecione a categoria e clique no ícone Exibição
do conteúdo.

Observação – Para exibir todo o conteúdo, clique nova-


mente no ícone Exibição do conteúdo.
• Para saltar rapidamente para o local no documento,
clique duas vezes em qualquer entrada na lista do Nave-
gador.
• Para editar propriedades de um objeto, clique no ob-
jeto com o botão direito do mouse.
Você pode encaixar o Navegador na borda de qualquer
janela do documento.
Para desanexar o Navegador da borda de uma janela,
clique duas vezes na área cinza do Navegador encaixado.
Para redimensionar o Navegador, arraste as bordas do Na-
vegador.
Dica – Em um documento de texto, você pode usar
o modo Exibição do conteúdo para títulos para arrastar
e soltar capítulos inteiros em outras posições dentro do
Usando o navegador documento. Para obter mais informações, consulte a ajuda
on-line sobre o Navegador.
O Navegador exibe as seguintes categorias de objetos
no documento: Usando tabelas em documentos do Writer
• Títulos Você pode usar tabelas para apresentar e organizar
• Folhas informações importantes em linhas e colunas, para as in-
• Tabelas formações serem lidas com facilidade. A interseção de uma
• Quadros de texto linha e uma coluna é chamada de célula.
• Gráficos - Para adicionar uma tabela a um documento do Writer
• Objetos OLE Etapas
• Seções 1. Escolha Tabela - Inserir – Tabela.
• Hyperlinks 2. Na área Tamanho, digite o número de linhas e colu-
• Referências nas para a tabela.
• Índices
• Notas

44
INFORMÁTICA

3. (Opcional) Para usar um layout de tabela predefinido, clique em AutoFormatar, selecione o formato desejado e clique
em OK.

4. Na caixa de diálogo Inserir tabela, especifique opções adicionais, como o nome da tabela, e clique em OK.

- Para adicionar uma linha ou coluna a uma tabela


Etapas
1. Clique em qualquer linha ou coluna da tabela.
2. Clique no ícone Inserir coluna ou Inserir linha na barra Tabela.

- Para excluir uma linha ou coluna de uma tabela


Etapas
1. Clique na linha ou coluna que deseja excluir.
2. Clique no ícone Excluir coluna ou Excluir linha na barra Tabela.

Cabeçalho e rodapé
Cabeçalhos e rodapés são áreas nas margens superior e inferior das páginas para adiciona textos ou figuras. Os ca-
beçalhos e rodapés são adicionados ao estilo de página atual. Todas as páginas que usarem o mesmo estilo receberão
automaticamente o cabeçalho ou rodapé adicionado. É possível inserir Campos, tais como números de páginas e títulos de
capítulos, nos cabeçalhos e rodapés de um documento de texto.
Obs.: O estilo de página para a página atual será exibido na Barra de status.
Para adicionar um cabeçalho a uma página, escolha Inserir - Cabeçalho e, em seguida, no submenu, selecione o estilo
de página para a página atual.
Para adicionar um rodapé a uma página, escolha Inserir - Rodapé e, em seguida, selecione o estilo de página para a
página atual no submenu.
Você também pode escolher Formatar - Página, clicar na guia Cabeçalho ou Rodapé, e selecionar Ativar cabeçalho ou
Ativar rodapé. Desmarque a caixa de seleção Mesmo conteúdo esquerda/direita se desejar definir cabeçalhos e rodapés
diferentes para páginas pares e ímpares.
Para utilizar diferentes cabeçalhos e rodapés documento, adicione-os a diferentes estilos de páginas e, em seguida,
aplique os estilos às páginas nas deseja exibir os cabeçalhos ou rodapés.

Marcadores e numeração
Para adicionar marcadores
Selecione o(s) parágrafo(s) ao(s) qual(is) deseja adicionar marcadores.
Na barra de Formatação, clique no ícone Ativar/desativar marcadores.

45
INFORMÁTICA

Clique no primeiro parágrafo do documento.


Escolha Formatar - Parágrafo - Fluxo de texto.
Em Quebras, ative Inserir. Ative Com estilo de página
Para remover marcadores, selecione os parágrafos com para poder definir o novo Número da página. Clique em
marcadores e, em seguida, clique no ícone Ativar/Desativar OK.
marcadores na barra Formatação.
Para formatar marcadores
Para alterar a formatação da lista com marcadores, es-
colha Formatar - Marcadores e numeração.

O novo número da página é um atributo do primeiro


parágrafo da página.

Para formatar o estilo dos números de página


Você deseja que os números da página sejam em nu-
merais romanos: i, ii, iii, iv e assim por diante.
Por exemplo, para mudar o símbolo do marcador, cli- Clique duas vezes imediatamente na frente do campo
que na guia Opções , clique no botão de seleção (...) perto de número da página. A caixa de diálogo Editar campos se
de Caractere, e selecione um caractere especial. Pode-se abrirá.
também clicar na guia Figura, e clicar num estilo de símbo- Selecione um formato de número e clique em OK.
lo na área Seleção. Utilizar diferentes estilos de número de página
Você precisa que algumas páginas apresentem o es-
Números de página tilo em numerais romanos e o restante das páginas, outro
No Writer, o número da página é um campo que pode estilo.
ser inserido no texto. No Writer, serão necessários vários estilos de página.
O primeiro estilo de página apresenta um rodapé com um
Para inserir números de página campo de número de página formatado em numerais ro-
Escolha Inserir - Campos - Número da página para in- manos. O estilo de página seguinte apresenta um rodapé
serir um número de página na posição atual do cursor. com um campo de número de página formatado em outro
Obs.: Se, em vez do número, aparecer o texto “Número estilo.
da página”, escolha Exibir - Nome de campos. Ambos estilos de página devem estar separados por
No entanto, esses campos mudarão de posição quan- uma quebra de página. No Writer, é possível inserir que-
do um texto for adicionado ou removido. Assim, é melhor bras de página automática ou manualmente.
inserir o campo de número da página em um cabeçalho ou Uma quebra de página automática aparece no final de
rodapé que se encontram na mesma posição e se repetem uma página quando o estilo de página possui um “próximo
em todas as páginas. estilo” diferente.
Escolha Inserir - Cabeçalho - (nome do estilo de pági- Por exemplo, o estilo de página da “Primeira página”
na) ou Inserir - Rodapé - (nome do estilo de rodapé) para apresenta “Padrão” como próximo estilo. Para comprovar
adicionar um cabeçalho ou um rodapé em todas as páginas essa possibilidade, pressione F11 para abrir a janela Estilos
com o estilo de página atual. e formatação, clique no ícone Estilos de página e clique
com o botão direito do mouse na entrada Primeira página.
Para iniciar com um número de página definido Escolha Modificar no menu de contexto. Na guia Organiza-
Agora você que ter um pouco mais de controle sobre o dor, pode ser visto o “próximo estilo”.
número da página. Você está editando um documento de A quebra de página manual pode ser aplicada com ou
texto que deve começar com o número de página 12. sem alterações dos estilos de página.

46
INFORMÁTICA

Se pressionar Ctrl+Enter, será aplicada a quebra de página sem alterações nos estilos de página.
Se escolher Inserir - Quebra manual, a quebra de página pode ser inserida com ou sem alterações no estilo ou com
alterações no número da página.
Dependendo do documento, é melhor: utilizar a quebra de página inserida manualmente entre os estilos de página, ou
utilizar uma mudança automática. Se for necessária apenas uma página de título com estilo diferente, o método automático
pode ser utilizado:

Para aplicar um estilo de página diferente na primeira página


Clique na primeira página do documento.
Escolha Formatar - Estilos e formatação.
Na janela Estilos e formatação, clique no ícone Estilos de página.
Clique duas vezes no estilo “Primeira página”.
A página de título apresentará o estilo “Primeira página” e as páginas seguintes apresentarão automaticamente o estilo
“Padrão”.
Você pode agora por exemplo, inserir um rodapé somente para o estilo de página “Padrão”, ou inserir rodapés em am-
bos estilos de página, mas com os campos de número de página formatados de modo diferente.

Para aplicar uma alteração de estilo de página inserida manualmente


Clique no início do primeiro parágrafo da página onde será aplicado um estilo de página diferente.
Escolha Inserir - Quebra manual. A caixa de diálogo Editar quebra se abrirá.
Na caixa de listagem Estilo, selecione um estilo de página. Você pode definir um novo número de página também.
Clique em OK.
O estilo de página selecionado será usado a partir do parágrafo atual até a próxima quebra de página com estilo. Você
pode precisar criar primeiro um novo estilo de página.

Gráfico em um documento de texto do Writer


Em um documento do Writer, você pode inserir um gráfico com valores provenientes de uma tabela do Writer.#Clique
dentro da tabela do Writer.
Selecione Inserir – Objeto – Gráfico.

Você verá uma visualização do gráfico e o Assistente de gráfico.


Siga as instruções no Assistente de gráfico para criar um gráfico.

Teclas de atalho do LibreOffice Writer


Você pode utilizar teclas de atalho para executar rapidamente tarefas comuns no LibreOffice. Esta seção relaciona as
teclas de atalho padrão do LibreOffice Writer.

47
INFORMÁTICA

Teclas de função para o LibreOffice Writer Shift+Enter - Quebra de linha sem mudança de pará-
Teclas de atalho - Efeito grafo
F2 - Barra de fórmulas Ctrl+Enter - Quebra manual de página
Ctrl+F2 - Insere campos Ctrl+Shift+Enter - Quebra de coluna em textos com
F3 - Completa o autotexto várias colunas
Ctrl+F3 - Edita o autotexto Alt+Enter - Insere um novo parágrafo sem numeração
F4 - Abre a exibição da fonte de dados numa lista. Não funciona se o cursor estiver no fim da lista.
Shift+F4 - Seleciona o próximo quadro Alt+Enter - Insere um novo parágrafo antes ou depois
F5 - Ativar/Desativar o Navegador de uma seção ou antes de uma tabela.
Ctrl+Shift+F5 - Ativar Navegador, vai para número da Seta para a esquerda - Move o cursor para a esquerda
página Shift+Seta para a esquerda - Move o cursor para a es-
F7 - Verificação ortográfica querda com seleção
Ctrl+F7 - Dicionário de sinônimos Ctrl+Seta para a esquerda - Vai para o início da palavra
F8 - Modo de extensão Ctrl+Shift+Seta para a esquerda - Seleciona à
Ctrl+F8 - Ativar/Desativar sombreamentos de campos
esquerda, uma palavra de cada vez
Shift+F8 - Modo de seleção adicional
Seta para a direita - Move o cursor para a direita
Ctrl+Shift+F8 - Modo de seleção por bloco
Shift+Seta para a direita - Move o cursor para a direita
F9 - Atualiza os campos
Ctrl+F9 - Mostra os campos com seleção
Shift+F9 - Calcula a tabela Ctrl+Seta para a direita - Vá para o início da próxima
Ctrl+Shift+F9 - Atualiza os campos e as listas de en- palavra
trada Ctrl+Shift+Seta para a direita - Seleciona à direita, uma
Ctrl+F10 - Ativar/Desativar caracteres não imprimíveis palavra de cada vez
F11 - Ativar/Desativar janela Estilos e formatação Seta para cima - Move o cursor uma linha acima
Shift+F11 - Cria um estilo Shift+Seta para cima - Seleciona linhas de baixo para
Ctrl+F11 - Define o foco para a caixa Aplicar estilos cima
Ctrl+Shift+F11 - Atualiza o estilo Ctrl+Seta para cima - Move o cursor para o começo do
F12 - Ativar numeração parágrafo anterior
Ctrl+F12 - Insere ou edita a tabela CtrlShift+Seta para cima - Seleciona até o começo do
Shift+F12 - Ativa marcadores parágrafo. Ao repetir, estende a seleção até o início do pa-
Ctrl+Shift+F12 - Desativa Numeração / Marcadores rágrafo anterior
Seta para baixo - Move o cursor uma linha para baixo
Teclas de atalho para o LibreOffice Writer Shift+Seta para baixo - Seleciona linhas de cima para
Teclas de atalho - Efeito baixo
Ctrl+A - Selecionar tudo Ctrl+Seta para baixo - Move o cursor para o final do
Ctrl+J - Justificar parágrafo.
Ctrl+D - Sublinhado duplo CtrlShift+Seta para baixo - Seleciona até o fim do pa-
Ctrl+E - Centralizado rágrafo. Ao repetir, estende a seleção até o fim do próximo
Ctrl+H - Localizar e substituir parágrafo
Ctrl+Shift+P - Sobrescrito Home - Vai até o início da linha
Ctrl+L - Alinhar à esquerda Home+Shift - Vai e seleciona até o início de uma linha
Ctrl+R - Alinhar à direita End - Vai até o fim da linha
Ctrl+Shift+B - Subscrito
End+Shift - Vai e seleciona até o fim da linha
Ctrl+Y - Refaz a última ação
Ctrl+Home - Vai para o início do documento
Ctrl+0 (zero) - Aplica o estilo de parágrafo Padrão
Ctrl+Home+Shift - Vai e seleciona o texto até o início
Ctrl+1 - Aplica o estilo de parágrafo Título 1
Ctrl+2 - Aplica o estilo de parágrafo Título 2 do documento
Ctrl+3 - Aplica o estilo de parágrafo Título 3 Ctrl+End - Vai para o fim do documento
Ctrl+4 - Aplica o estilo de parágrafo Título 4 Ctrl+End+Shift - Vai e seleciona o texto até o fim do
Ctrl+5 - Aplica o estilo de parágrafo Título 5 documento
Ctrl + tecla mais - Calcula o texto selecionado e copia Ctrl+PageUp - Alterna o cursor entre o texto e o ca-
o resultado para a área de transferência. beçalho
Ctrl+Hífen(-) - Hifens personalizados; hifenização defi- Ctrl+PageDown - Alterna o cursor entre o texto e o
nida pelo usuário. rodapé
Ctrl+Shift+sinal de menos (-) - Traço incondicional Insert - Ativa / Desativa modo de inserção
(não utilizado na hifenização) PageUp - Move uma página da tela para cima
Ctrl+sinal de multiplicação * (somente no teclado nu- Shift+PageUp - Move uma página da tela para cima
mérico) - Executar campo de macro com seleção
Ctrl+Shift+Espaço - Espaços incondicionais. Esses PageDown - Move uma página da tela para baixo
espaços não serão usados para hifenização nem serão ex- Shift+PageDown - Move uma página da tela para bai-
pandidos se o texto estiver justificado. xo com seleção

48
INFORMÁTICA

Ctrl+Del - Exclui o texto até o fim da palavra Linhas: Estão dispostas na posição horizontal e são
Ctrl+Backspace - Exclui o texto até o início da palavra numeradas. Portanto, a intersecção entre linhas e colunas
Em uma lista: exclui um parágrafo vazio na frente do gera milhões de células disponíveis.
parágrafo atual Cada planilha possui 1.048.576 linhas e as colunas vão
Ctrl+Del+Shift - Exclui o texto até o fim da frase até AMJ.
Ctrl+Shift+Backspace - Exclui o texto até o início da Valores: Um valor pode representar um dado numérico
frase ou textual entrado pelo usuário ou pode ser resultado de
Ctrl+Tab - Próxima sugestão com Completar palavra uma fórmula ou função.
automaticamente Fórmulas: A fórmula é uma expressão matemática dada
Ctrl+Shift+Tab - Utiliza a sugestão anterior com Com- ao computador (o usuário tem que montar a fórmula) para
pletar palavra automaticamente calcular um resultado, é a parte inteligente da planilha; sem
Ctrl+Alt+Shift+V - Cola o conteúdo da área de transfe- as fórmulas a planilha seria um amontoado de textos e nú-
rência como texto sem formatação. meros.
Ctrl + clique duplo ou Ctrl + Shift + F10 - Utilize esta Funções: São fórmulas pré-definidas para pouparem
combinação para encaixar ou desencaixar rapidamente a
tempo e trabalho na criação de uma equação.
janela do Navegador, a janela Estilos e Formatação ou ou-
Uma célula é identificada por uma referência que con-
tras janelas
siste na letra da coluna a célula seguida do número da li-
nha da célula. Por exemplo, a referência de uma célula na
CONCEITOS BÁSICOS PLANILHAS interseção da coluna A e da linha 2 é A2. Além disso, a
ELETRÔNICAS (CALC); FORMATAR A referência do intervalo de células nas colunas de A a C e
PLANILHA, NÚMEROS E FÓRMULAS, linhas 1 a 5 é A1:C5.
FUNÇÕES BÁSICAS, IMPRESSÃO E GRÁFICOS. Endereço ou Referência: Cada planilha é formada
TRABALHANDO COM ARQUIVOS E PASTAS, por linhas numeradas e por colunas ordenadas alfabetica-
TRABALHANDO COM PROGRAMAS, mente, que se cruzam delimitando as células. Quando se
GERENCIANDO JANELAS, PROCURANDO clica sobre uma delas, seleciona-se a célula.
INFORMAÇÕES. Célula: corresponde à unidade básica da planilha, ou
seja, cada retângulo da área de edição.
Célula Ativa: É a célula onde os dados serão digitados,
ou seja, onde está o cursor no instante da entrada de da-
LIBREOFFICE CALC dos.
Dá-se o nome Endereço ou Referência ao conjunto das
O LibreOffice Calc é um programa de planilha que você
coordenadas que uma célula ocupa em uma planilha. Por
pode usar para organizar e manipular dados que contêm
exemplo, a intersecção entre a coluna B e a linha 3 é exclu-
texto, números, valores de data e tempo, e mais, por exem-
plo para o orçamento doméstico. siva da casela B3, portanto é a sua referência ou endereço.
O Calc nos permite: A figura abaixo mostra a célula B3 ativa (ou atual, ou
• Aplicar fórmulas e funções a dados numéricos e selecionada), ou seja, o cursor está na intersecção da linha
efetuar cálculos 3 com a coluna B. (Notar que tanto a linha 3 como a coluna
• Aplicação de uma muitas formatações, como tipo, B destacam-se em alto relevo).
tamanho e coloração das fontes, impressão em colunas,
alinhamento automático etc ...,
• Utilização de figuras, gráficos e símbolos,
• Movimentação e duplicação dos dados e fórmulas
dentro das planilhas ou para outras planilhas,
• Armazenamento de textos em arquivos, o que
permite usá-los ou modificá-los no futuro.

Fundamentos da planilha
Uma planilha (“sheet”) é uma grande tabela, já prepa-
rada para efetuar cálculos, operações matemáticas, proje-
ções, análise de tendências, gráficos ou qualquer tipo de
operação que envolva números.
A célula ativa ou célula atual é a que está clicada, ou
Cada planilha se compõe de colunas e linhas, cuja in-
seja, é aquela na qual serão digitadas os dados nesse mo-
tersecção delimita as células:
mento.
Colunas: Estão dispostas na posição vertical e são iden-
Apenas uma célula pode ficar ativa de cada vez e a se-
tificadas da esquerda para a direita, começando com A até
Z. Depois de Z, são utilizadas 2 letras: AA até AZ, que são leção é representada pelas bordas da célula que ficam ne-
seguidas por BA até BZ, e assim por diante, até a última (IV), gritadas.
num total de 256 colunas. Para mudar a posição da célula ativa pode-se usar o
mouse ou as teclas de seta do teclado.

49
INFORMÁTICA

Observação - Você pode também incluir o nome do arquivo e o nome da folha em uma referência a uma célula ou
a um intervalo de células. Pode atribuir um nome a uma célula ou intervalo de células, para usar o nome em vez de uma
referência à coluna/número. Para obter detalhes, pesquise o termo eferências na ajuda on-line.

Layout

Barra de título
A barra de título, localizada no alto da tela, mostra o nome da planilha atual. Quando a planilha for recém criada, seu
nome é Sem título X, onde X é um número. Quando a planilha é salva pela primeira vez, você é solicitado a dar um nome
a sua escolha.

Barra de Menus
A Barra de Menus é composta por 9 menus, que são: Arquivo, Editar, Exibir, Inserir, Formatar, Tabela, Ferramentas, Janela
e Ajuda. Onde encontra-se todos os comandos do Calc.
Menu Arquivo: Este menu contém os comandos para Criar uma planilha, salva-la, abrir os documentos já salvos e os
mais recentes e por fim fechar a planilha.
Menu Editar: Responsável pelos comando de copiar, mover e excluir os dados, desfazer e refazer uma ação além de
localizar e substituir dados.
Menu Exibir: Esse menu é utilizado para estruturar a área de trabalho. A partir de suas opções, podem ser exibidas ou
ocultadas as barras do LibreOffice.Calc. Ainda podem ser trabalhadas a aparência e o tamanho da tela de trabalho.
Menu Inserir: É responsável pela inserção de elementos como linhas, colunas, comentários nas células, figuras, gráficos,
fórmulas músicas, vídeos entre outros.
Menu Formatar: É responsável pela formatação de fontes e números, alinhamento dados nas células inserção de bordas
nas células e alteração de cores tanto de fonte quanto de plano de fundo.
Menu Ferramentas: Possui comandos para proteger o documento impedindo que alterações sejam feitas, personaliza
menus e as teclas de atalho, além de possuir recurso Galeria, onde podemos selecionar figuras e sons do próprio LibreOffice
para inserir no documento.
Menu Dados: Seleciona um intervalo e Classifica as linhas selecionadas de acordo com as condições especificas além
de outras funções.
Menu Janela: É utilizado para Abrir uma nova janela, Fecha a janela atual, Dividir a janela atual e listar todas as janelas
do documento.
Menu Ajuda: Abre a página principal da Ajuda de OpenOffice.org.br para o aplicativo atual. Você pode percorrer as
páginas da Ajuda e procurar pelos termos do índice ou outro texto.
Você pode personalizar a Barra de menu conforme as suas necessidades, para isso, vá em Ferramentas → Personalizar...
e vá na guia Menu.

Barra de ferramentas
Três barras de ferramentas estão localizadas abaixo da Barra de menus, por padrão: A Barra de ferramentas padrão, a
Barra de ferramentas de formatação, e a Barra de fórmulas.
Na Barra de ferramentas padrão estão várias opções tais como, gráficos, impressão, ajuda, salvar, outros.
Na Barra de ferramentas de formatação existem opções para alinhamento, numeração, recuo, cor da fonte e o outros.

50
INFORMÁTICA

Barra de fórmulas

Apresentando a barra de fórmulas.


À direita da Caixa de nome estão os botões do Assistente de Funções, de Soma, e de Função.
Clicando no botão do Assistente de Funções abre-se uma caixa de diálogo onde pode-se pesquisar em uma lista de
funções disponíveis em várias categorias como data e hora, matemática, financeira, dados, texto e outras. Isso pode ser
muito útil porque também mostra como as funções são formatadas.
Clicando no botão Soma insere-se uma fórmula na célula selecionada que soma os valores numéricos das células acima
dela. Se não houver números acima da célula selecionada, a soma será feita pelos valores das células à esquerda.
Clicando no botão Função insere-se um sinal de igual (=) na célula selecionada e na Linha de Entrada de dados, ati-
vando a célula para aceitar fórmulas.
Quando você digita novos dados numa célula, os botões de Soma e de Função mudam para os botões Cancelar e
Aceitar.
O conteúdo da célula selecionada (dados, fórmula, ou função) são exibidos na Linha de Entrada de Dados, que é um
lembrete da Barra de Fórmulas. Você pode editar o seu conteúdo na própria Linha de Entrada de Dados. Para editá-la, cli-
que na Linha de Entrada de Dados e digite suas alterações. Para editar dentro da célula selecionada, clique duas vezes nela.

Células individuais
A seção principal da tela exibe as células na forma de uma tabela, onde cada célula fica na interseção de uma coluna
com uma linha. É nela que colocaremos valores, referências e formatos.
No alto de cada coluna, e à esquerda de cada linha, há uma célula cinza, contendo letras (colunas) e números (linhas).
Esses são os cabeçalhos das colunas e linhas. As colunas começam em A e seguem para a direita, e as linhas começam em
1 e seguem para baixo.
Os cabeçalhos das colunas e linhas formam a referência da célula que aparece na Caixa de Nome na Barra de Fórmulas.
Você pode desligar esses cabeçalhos em Exibir → Cabeçalhos de Linhas e Colunas.
Abas de folhas
Abaixo da tabela com as células estão as abas das folhas. Essas abas permitem que você acesse cada folha da planilha
individualmente, com a folha visível (ativa) estando na cor branca. Você pode escolher cores diferentes para cada folha.
Clicando em outra aba de folha exibe-se outra folha e sua aba fica branca. Você também pode selecionar várias folhas
de uma só vez, pressionando a tecla Ctrl ao mesmo tempo que clica nas abas.

Barra de estado
Na parte inferior da janela do Calc está a barra de estado, que mostra informações sobre a planilha e maneiras con-
venientes de alterar algumas das suas funcionalidades. A maioria dos campos é semelhante aos outros componentes do
LibreOffice.
Partes esquerda e direita da barra de estado, respectivamente:

51
INFORMÁTICA

Criando uma planilha


Para criar uma nova planilha a partir de qualquer pro-
grama do Libreoffice, escolha Arquivo - Novo – Planilha.
Movendo-se em uma folha
Você pode usar o mouse ou o teclado para mover-se
em uma folha do Calc ou para selecionar itens na folha. Se
selecionou um intervalo de células, o cursor permanece no
intervalo ao mover o cursor.
- Para mover-se em uma folha com o mouse
Etapa
Use a barra de rolagem horizontal ou vertical para mo-
ver para os lados ou para cima e para baixo em uma folha.
• Clique na seta na barra de rolagem horizontal ou ver-
tical.
• Clique no espaço vazio na barra de rolagem.
• Arraste a barra na barra de rolagem.
Dica – Para mover o cursor para uma célula específica,
clique na célula.
Digitando ou colando dados
- Para mover-se em uma folha com o teclado A maneira mais simples de adicionar dados a uma fo-
Etapa lha é digitar, ou copiar e colar dados de outra folha do Calc
Use as seguintes teclas e combinações de teclas para ou de outro programa.
mover-se em uma folha: - Para digitar ou colar dados em uma planilha
• Para mover uma célula para baixo em uma coluna, Etapas
pressione a tecla de seta para baixo ou Enter. 1. Clique na célula à qual deseja adicionar dados.
• Para mover uma célula para cima em uma coluna, 2. Digite os dados.
pressione a tecla de seta para cima. Se desejar colar dados da área de transferência na cé-
• Para mover uma célula para a direita, pressione a te- lula, escolha Editar - Colar.
cla de seta para a direita ou Tab. 3. Pressione Enter.
• Para mover uma célula para a esquerda, pressione a Você pode também pressionar uma tecla de direção
tecla de seta para a esquerda. para inserir os dados e mover a próxima célula na direção
Dica – Para mover para a última célula que contém da- da seta.
dos em uma coluna ou linha, mantenha pressionada a tecla Dica – Para digitar texto em mais de uma linha em uma
Ctrl enquanto pressiona uma tecla de direção. célula, pressione Ctrl+Return no fim de cada linha e, quan-
do concluir, pressione Return.
Selecionando células em uma folha - Para inserir rapidamente datas e números consecu-
Você pode usar o mouse ou o teclado para selecionar tivos
células em uma folha do Calc. O Calc oferece um recurso de preenchimento para
• Para selecionar um intervalo de células com o mouse, você inserir rapidamente uma série sucessiva de dados,
clique em uma célula e arraste o mouse para outra célula. como datas, dias, meses e números. O conteúdo de cada
• Para selecionar um intervalo de células com o teclado, célula sucessiva na série é incrementado por um. 1 é incre-
certifique-se de que o cursor esteja em uma célula, man- mentado para 2, segunda-feira é incrementada para tercei-
tenha pressionada a tecla Shift e pressione uma tecla de ra-feira, e assim por diante.
direção. Etapas
1. Clique em uma célula e digite o primeiro item da
série, por exemplo, segunda-feira. Pressione Return.
2. Clique na célula novamente para ver a alça de preen-
chimento — a caixa preta pequena no canto direito inferior
da célula.
3. Arraste a alça de preenchimento até realçar o inter-
valo de células no qual deseja inserir a série.
4. Solte o botão do mouse.
Os itens consecutivos na série são adicionados auto-
maticamente às células realçadas.

52
INFORMÁTICA

Dica – Para copiar sem alterar os valores em uma série, pressione a tecla Ctrl enquanto arrasta.

Editando e excluindo o conteúdo de células


Você pode editar o conteúdo de uma célula ou intervalo de células em uma folha.
- Para editar o conteúdo de células em uma folha
Etapas
1. Clique em uma célula ou selecione um intervalo de células.
Dica – Para selecionar um intervalo de células, clique em uma célula. Em seguida arraste o mouse até cobrir o intervalo
que deseja selecionar.
Para selecionar uma linha ou coluna inteira, clique no rótulo da linha ou coluna.
2. Para editar o conteúdo de uma única célula, clique duas vezes na célula, faça as alterações necessárias e pressione
Return.
Observação – Pode também clicar na célula, digitar as alterações na caixa de Linha de entrada da barra Fórmula e clicar
no ícone verde da marca de seleção.
No entanto, não pode inserir quebras de linha na caixa de Linha de entrada.
3. Para excluir o conteúdo da célula ou do intervalo de células, pressione a tecla Backspace ou Delete.
a. Na caixa de diálogo Excluir conteúdo, selecione as opções que deseja.
b. Clique em OK.

Formatando planilhas
O Calc permite-lhe formatar a folha manualmente ou ao usar estilos. A diferença principal é que a formatação manual
aplica-se apenas às células selecionadas. A formatação de estilo aplica-se toda vez que o estilo é usado no documento de
planilha.

Usando AutoFormatação
A maneira mais fácil de formatar um intervalo de células é usar o recurso AutoFormatação do Calc.

53
INFORMÁTICA

- Para aplicar formatação automática a um intervalo de células


Etapas
1. Selecione o intervalo de células que deseja formatar.
Selecione ao menos um intervalo de células 3 x 3.
2. Escolha Formatar - AutoFormatar.
Abre-se a caixa de diálogo AutoFormatação.
3. Na lista de formatos, clique no formato que deseja usar e clique em OK.

Formatando células manualmente


Para aplicar formatação simples ao conteúdo de uma célula, como alterar o tamanho do texto, use os ícones na barra
Formatar objeto.
- Para formatar células com a barra Formatar objeto
A barra Formatar objetos permite-lhe aplicar formatos rapidamente a células individuais ou intervalos de células.
Etapas
1. Selecione a célula ou o intervalo de células que deseja formatar.
2. Na barra Formatar objeto, clique no ícone que corresponde à formatação que deseja aplicar.
Observação – Pode também selecionar uma opção das caixas Nome da fonte ou Tamanho da fonte.

- Para aplicar formatação manual com a caixa de diálogo Formatar células


Se precisar de mais opções de formatação do que a barra Objeto fornece, use a caixa de diálogo Formatar células.

Etapas
1. Selecione a célula ou o intervalo de células que deseja formatar e escolha Formatar - Células.
Abre-se a caixa de diálogo Formatar células.
2. Clique em uma das guias e escolha as opções de formatação.

Guia Números
Altera a formatação de números nas células, como a alteração do número de casas decimais exibidas

Guia Fonte
Altera a fonte, o tamanho da fonte e o tipo de letra usado na célula

54
INFORMÁTICA

Guia Efeitos de fonte 3. Para alterar o layout de uma folha, clique em qual-
Altera a cor da fonte e os efeitos de sublinhado, tacha- quer lugar na folha.
do ou alto-relevo do texto a. Clique no ícone Estilos de página na parte superior
da janela Estilos e formatação.
Guia Alinhamento b. Clique duas vezes em um estilo na lista.
Altera o alinhamento do texto e a orientação do texto
no interior das células Usando fórmulas e funções
Você pode inserir fórmulas em uma planilha para efe-
Guia Bordas tuar cálculos.
Altera as opções de bordas das células Se a fórmula contiver referências a células, o resultado
será atualizado automaticamente toda vez que você alterar
Guia Plano de fundo o conteúdo das células. Você pode também usar uma das
Altera o preenchimento do plano de fundo das células várias fórmulas ou funções pré-definidas que o Calc ofere-
ce para efetuar cálculos.
Guia Proteção de célula
Protege o conteúdo das células no interior de folhas Criando fórmulas
protegidas. Uma fórmula começa com um sinal de igual (=) e pode
conter valores, referências a células, operadores, funções e
3. Clique em OK. constantes.
- Para criar uma fórmula
Formatando células e folhas com estilos Etapas
No Calc, a formatação padrão de células e folhas fa- 1. Clique na célula à qual deseja exibir o resultado da
z-se com estilos. Um estilo é um conjunto de opções de fórmula.
formatação que define o aspecto do conteúdo da célula, 2. Digite = e, a seguir, digite a fórmula.
assim como o layout de uma folha. Quando você altera a Por exemplo, se desejar adicionar o conteúdo da célu-
formatação de um estilo, as alterações são aplicadas toda la A1 ao conteúdo da célula A2, digite =A1+A2 em outra
vez que o estilo é usado na planilha. célula.
3. Pressione Return.

- Para aplicar formatação com a janela Estilos e forma-


tação
Etapas
1. Escolha Formatar - Estilos e formatação.
2. Para alterar a formatação de células, clique em uma
célula ou selecione um intervalo de células.
a. Clique no ícone Estilos de célula na parte superior da
janela Estilos e formatação.
b. Clique duas vezes em um estilo na lista.

55
INFORMÁTICA

Usando operadores
Você pode usar os seguintes operadores nas fórmulas:

Exemplo de Fórmulas do Calc

=A1+15
Exibe o resultado de adicionar 15 ao conteúdo da células A1
=A1*20%
Exibe 20 por cento do conteúdo da célula A1
=A1*A2
Exibe o resultado da multiplicação do conteúdo das células A1 e A2
Usando parênteses

O Calc segue a ordem de operações ao calcular uma fórmula. Multiplicação e divisão são feitas antes de adição e sub-
tração, independentemente de onde esses operadores aparecem na fórmula. Por exemplo, para a fórmula =2+5+5*2, o
Calc retorna o valor de 17 e não de 24.

Editando uma fórmula


Uma célula que contém uma fórmula exibe apenas o resultado da fórmula. A fórmula é exibida na caixa de Linha de
entrada.

- Para editar uma fórmula


Etapas
1. Clique em uma célula que contém uma fórmula.
A fórmula é exibida na caixa de Linha de entrada da barra Fórmula.

56
INFORMÁTICA

* Você também pode editar uma célula pressionado F2 ou dando um clique duplo na célula
2. Clique na caixa de Linha de entrada e efetue as alterações.
Para excluir parte da fórmula, pressione a tecla Delete ou Backspace.
3. Pressione Return ou clique no ícone na barra Fórmula para confirmar as alterações.
Para rejeitar as alterações feitas, pressione Esc ou clique no ícone na barra Fórmula.

Usando funções
O Calc é fornecido com várias fórmulas e funções predefinidas. Por exemplo, em vez de digitar =A2+A3+A4+A5, você
pode digitar =SUM(A2:A5) .

- Para usar uma função


Etapas
1. Clique na célula à qual deseja adicionar uma função.
2. Escolha Inserir – Função.
Abre-se a caixa de diálogo Assistente de função.
3. Na caixa Categoria, selecione a categoria que contém o tipo de função que você deseja usar.
4. Na lista Funções, clique na função que deseja usar.
5. Clique em Próximo.
6. Insira os valores necessários ou clique nas células que contêm os valores que você deseja.
7. Clique em OK.

Usando gráficos
Gráficos podem ajudar a visualizar padrões e tendências nos dados numéricos.
O LibreOffice fornece vários estilos de gráfico que você pode usar para representar os números.
Observação – Gráficos não se restringem a planilhas. Você pode também inserir um gráfico ao escolher Inserir - Objeto
- Gráfico nos outros programas do LibreOffice.

57
INFORMÁTICA

- Para criar um gráfico


Etapas
1. Selecione as células, inclusive os títulos, que contêm dados para o gráfico.
2. Escolha Inserir – Gráfico.
Abre-se a caixa de diálogo Assistente de Graficos. O intervalo de célula selecionado é exibido na caixa Intervalo.
Observação – Se desejar especificar um intervalo de célula diferente para os dados, clique no botão Encolher ao lado
da caixa de texto Intervalo e selecione as células. Clique no botão Encolher novamente quando concluir.
3. Clique em Próximo.
4. Na caixa Escolher tipo de gráfico, clique no tipo de gráfico que deseja criar.
5. Clique em Próximo.
6. Na caixa Escolher variante, clique na variante que deseja usar.
7. Clique em Próximo.
8. Na caixa Título do gráfico, digite o nome do gráfico.
9. Clique em Concluir.

Editando gráficos
Depois de criar um gráfico, poderá voltar e alterar, mover, redimensionar ou excluir o gráfico.
- Para redimensionar, mover ou excluir um gráfico
Etapa
Clique no gráfico e siga um destes procedimentos:
• Para redimensionar o gráfico, mova o ponteiro do mouse sobre uma das alças, pressione o botão do mouse e arraste
o mouse.
O Calc exibe uma linha pontilhada do novo tamanho do gráfico enquanto você arrasta.
• Para mover o gráfico, mova o ponteiro do mouse para dentro do gráfico, pressione o botão do mouse e arraste o
mouse para um novo lugar.

58
INFORMÁTICA

• Para excluir o gráfico, pressione a tecla Delete.

- Para alterar a aparência de um gráfico


Você pode usar os ícones na barra de ferramentas Padrão do gráfico para alterar a aparência do gráfico.
Etapas
1. Clique duas vezes em um gráfico para exibir a barra de ferramentas Padrão do gráfico.

A barra de ferramentas aparece ao lado da barra padrão do Calc ou Writer.

2. Use os ícones na barra de ferramentas para alterar as propriedades do gráfico.


3. Para modificar outras opções do gráfico você pode dar um clique duplo sobre o respectivo elemento ou acessar as
opções através do menu Inserir e Formatar.

Navegando dentro das planilhas


O Calc oferece várias maneiras para navegar dentro de uma planilha de uma célula para outra, e de uma folha para
outra. Você pode utilizar a maneira que preferir.
Indo para uma célula específica
Utilizando o mouse: posicione o ponteiro do mouse sobre a célula e clique.
Utilizando uma referência de célula: clique no pequeno triângulo preto invertido na Caixa de nome. A referência da
célula selecionada ficará destacada. Digite a referência da célula que desejar e pressione a tecla Enter. Ou, clique na Caixa de
nome, pressione a tecla backspace para apagar a referência da célula selecionada. Digite a referência de célula que desejar
e pressione Enter.
Utilizando o Navegador: para abrir o Navegador, clique nesse ícone na Barra de ferramentas padrão, ou pressione
a tecla F5, ou clique em Exibir → Navegador na Barra de menu, ou clique duas vezes no Número Sequencial das Folhas
na Barra de estado. Digite a referência da célula nos dois campos na parte superior, identificados como Coluna e Linha, e
pressione Enter.
Você pode embutir o Navegador em qualquer lado da janela principal do Calc, ou deixá-lo flutuando. (Para embutir ou
fazer flutuar o navegador, pressione e segure a tecla Ctrl e clique duas vezes em uma área vazia perto dos ícones dentro
da caixa de diálogo do Navegador.)

Figura 5: Apresentando o navegador.

O Navegador exibe listas de todos os objetos em um documento, agrupados em categorias. Se um indicador (sinal de
mais (+) ou seta) aparece próximo a uma categoria, pelo menos um objeto daquele tipo existe. Para abrir uma categoria e
visualizar a lista de itens, clique no indicador.
Para esconder a lista de categorias e exibir apenas os ícones, clique no ícone de Conteúdo. Clique neste ícone de
novo para exibir a lista.

59
INFORMÁTICA

Movendo-se de uma célula para outra Trabalhando com colunas e linhas


Em uma planilha, normalmente, uma célula possui uma Inserindo colunas e linhas
borda preta. Essa borda preta indica onde o foco está. Se Você pode inserir colunas e linhas individualmente ou
um grupo de células estiver selecionado, elas são desta- em grupos.
cadas com a cor azul, enquanto a célula que possui o foco Coluna ou linha única
terá uma borda preta. Utilizando o menu Inserir:
Utilizando o mouse: para mover o foco utilizando o Selecione a célula, coluna ou linha onde você quer in-
mouse, simplesmente coloque o ponteiro dele sobre a cé- serir a nova coluna ou linha.
lula que deseja e clique com o botão esquerdo. Isso muda Clique em Inserir → Colunas ou Inserir → Linhas.
o foco para a nova célula. Esse método é mais útil quando Utilizando o mouse:
duas células estão distantes uma da outra. Selecione a célula, coluna ou linha onde você quer in-
Utilizando as teclas de Tabulação e Enter serir a nova coluna ou linha.
Pressionando Enter ou Shift+Enter move-se o foco Clique com o botão direito do mouse no cabeçalho da
para baixo ou para cima, respectivamente. coluna ou da linha.
Pressionando Tab ou Shift+Tab move-se o foco para a Clique em Inserir Linhas ou Inserir Colunas.
esquerda ou para a direita, respectivamente. Múltiplas colunas ou linhas
Utilizando as teclas de seta Você pode inserir várias colunas ou linhas de uma só
Pressionando as teclas de seta do teclado move-se o vez, ao invés de inseri-las uma por uma.
foco na direção das teclas. Selecione o número de colunas ou de linhas pressio-
Utilizando as teclas Home, End, Page Up e Page Down nando e segurando o botão esquerdo do mouse na primei-
A tecla Home move o foco para o início de uma linha. ra e arraste o número necessário de identificadores.
A tecla End move o foco para a ultima célula à direita Proceda da mesma forma, como fosse inserir uma úni-
que contenha dados. ca linha ou coluna, descrito acima.
A tecla Page Down move uma tela completa para baixo
e a tecla Page Up move uma tela completa para cima.
Combinações da tecla Ctrl e da tecla Alt com as teclas
Home, End, Page Down, Page Up, e as teclas de seta mo-
vem o foco da célula selecionada de outras maneiras.

Localização e substituição de dados


Este recurso é muito útil quando há a necessidade de
serem localizados e substituídos dados em planilhas.
Para localizar e substituir escolha o menu Editar→Loca-
lizar e substituir ou pressione Ctrl + H; Você pode somente
localizar, ou localizar e substituir;

Inserindo 3 linhas abaixo da linha 1.

Apagando colunas e linhas


Colunas e linhas podem ser apagadas individualmente
ou em grupos.
Coluna ou linha única
Uma única coluna ou linha pode ser apagada utilizan-
do-se o mouse:
Selecione a coluna ou linha a ser apagada.
Clique com o botão direito do mouse no identificador
da coluna ou linha.
Selecione Excluir Colunas ou Excluir Linhas no menu
de contexto.

Múltiplas colunas e linhas


Você pode apagar várias colunas ou linhas de uma vez
ao invés de apagá-las uma por uma.
Selecione as colunas que deseja apagar, pressionando
o botão esquerdo do mouse na primeira e arraste o núme-
ro necessário de identificadores.

60
INFORMÁTICA

Proceda como fosse apagar uma única coluna ou linha


acima.

Excluir 3 linhas abaixo da linha 1. Apagando folhas


As folhas podem ser apagadas individualmente ou em
Trabalhando com folhas grupos.
Como qualquer outro elemento do Calc, as folhas po- Folha única: clique com o botão direito na aba da folha
dem ser inseridas, apagadas ou renomeadas. que quer apagar e clique em Excluir Planilha no menu de
contexto, ou clique em Editar → Planilha → Excluir na barra
Inserindo novas folhas de menu.
Há várias maneiras de inserir uma folha. A mais rápida, Múltiplas folhas: selecione-as como descrito anterior-
é clicar com o botão Adicionar folha. Isso insere uma nova mente, e clique com o botão direito do mouse sobre uma
folha naquele ponto, sem abrir a caixa de diálogo de Inserir das abas e escolha a opção Excluir Planilha no menu de
planilha. Utilize um dos outros métodos para inserir mais contexto, ou clique em Editar → Planilha → Excluir na barra
de uma planilha, para renomeá-las de uma só vez, ou para de menu.
inserir a folha em outro lugar da sequência. O primeiro
passo para esses métodos é selecionar a folha, próxima da Renomeando folhas
qual, a nova folha será inserida. Depois, utilize as seguintes O nome padrão para uma folha nova é PlanilhaX, onde
opções. X é um número. Apesar disso funcionar para pequenas
Clique em Inserir → Planilha na Barra de menu. planilhas com poucas folhas, pode tornar-se complicado
Clique com o botão direito do mouse e escolha a op- quando temos muitas folhas.
ção Inserir Planilha no menu de contexto. Para colocar um nome mais conveniente a uma folha,
Clique em um espaço vazio no final da fila de abas de você pode:
folhas. • Digitar o nome na caixa Nome, quando você criar a
folha, ou
• Clicar com o botão direito do mouse e escolher a
opção Renomear Planilha no menu de contexto e trocar o
nome atual por um de sua escolha.
• Clicar duas vezes na aba da folha para abrir a caixa de
diálogo Renomear Planilha.

Mesclando várias células


Um recurso útil do Calc é a possibilidade de mesclar
Criando uma nova planilha. várias células contíguas para formar um título de uma fo-
Veja na imagem a seguir, a caixa de diálogo Inserir lha de planilha, por exemplo. Para isso selecione as células
Planilha. Nela você pode escolher se as novas folhas serão contíguas a serem mescladas e vá em Formatar → Mesclar
inseridas antes ou depois da folha selecionada, e quantas células → Mesclar ou Formatar → Mesclar células → Mes-
folhas quer inserir. Se você for inserir apenas uma folha, clar e centralizar células, para centralizar e mesclar ou ainda
existe a opção de dar-lhe um nome. botão diretito do mouse/mesclar células.

61
INFORMÁTICA

Para visualizar a anotação, basta posicionar o ponteiro


do mouse em cima do triângulo vermelho. Você pode ain-
da clicar com o botão direito sobre a célula que possui a
anotação e clicar em Mostrar anotação para deixá-la sem-
pre a amostra ou clicar em Excluir anotação para excluí-la.

Formatando várias linhas de texto


Múltiplas linhas de texto podem ser inseridas em uma
única célula utilizando a quebra automática de texto, ou
quebras manuais de linha. Cada um desses métodos é útil
em diferentes situações.

Utilizando a quebra automática de texto


Para configurar a quebra automática no final da célula,
clique com o botão direito nela e selecione a opção Forma-
tar Células (ou clique em Formatar → Células na barra de
menu, ou pressione Ctrl+1). Na aba Alinhamento embaixo
de Propriedades, selecione Quebra automática de texto e
Ferramenta pincel de estilo clique em OK. O resultado é mostrado na figura abaixo.
Serve para copiar a formatação para outras células da
mesma planilha ou para outras planilhas.
Para copiar o estilo de uma célula clique uma ou duas
vezes no ícone . E clique na célula a ser formatada em
seguida.

Dividir células
Posicione o cursor na célula a ser dividida.
Escolha Formatar - Mesclar células - Dividir células.
Botão direito do mouse/dividir células.

Utilizando quebras manuais de linha


Para inserir uma quebra manual de linha enquanto di-
Inserir uma anotação (comentário) gita dentro de uma célula, pressione Ctrl+Enter. Quando
As células podem conter observações de outros usuá- for editar o texto, primeiro clique duas vezes na célula, de-
rios ou lembretes que ficam ocultos, isto é, não são im- pois um clique na posição onde você quer quebrar a linha.
pressos. Uma célula contendo uma anotação apresenta um Quando uma quebra manual de linha é inserida, a largura
pequeno triângulo vermelho no canto superior direito. da célula não é alterada.
Para inserir uma anotação clique com o botão direito
do mouse na célula que conterá a anotação e selecione a Encolhendo o texto para caber na célula
opção Inserir anotação ou pressione Ctrl + Alt + C. Em se- O tamanho da fonte pode ser ajustado automatica-
guida digite o texto e clique fora da caixa de texto quando mente para caber na célula. Para isso, clique com o botão
tiver terminado. direito na célula a ser formatada e clique em Formatar Cé-
lulas → na aba Alinhamento marque o campo Reduzir para
caber na célula.

62
INFORMÁTICA

Formatando a largura ideal da coluna para exibir todo o conteúdo da célula


A largura da coluna pode ser ajustada automaticamente para que consigamos visualizar todo o conteúdo da célula.
Para isso, clique com o botão direito na coluna a ser formatada e clique em Largura ideal da coluna e aceite clicando em OK.

Largura ideal de coluna.

Resultado da figura anterior.

Congelando linhas e colunas


O congelamento trava um certo número de linhas no alto, ou de colunas à esquerda de uma planilha, ou ambos. Assim,
quando se mover pela planilha, qualquer linha ou coluna congelada permanecerá à vista.
A Figura abaixo mostra algumas linhas e colunas congeladas. A linha horizontal mais forte entre as linhas 1 e 3 e entre
as colunas A e E, denotam áreas congeladas. As linhas de 4 a 6 foram roladas para fora da página. As três primeiras linhas
e colunas permaneceram porque estão congeladas.

Congelando células.
Congelando uma única coluna ou linha
Clique no cabeçalho da linha abaixo, ou da coluna à esquerda da qual quer congelar.
Clique em Janela → Congelar.
Uma linha escura aparece, indicando onde o ponto de congelamento foi colocado.
Congelando uma coluna ou linha
Clique em uma célula que esteja imediatamente abaixo da linha, ou na coluna imediatamente à direita da coluna que
quer congelar.
Clique em Janela → Congelar.
Duas linhas aparecem na tela, uma horizontal sobre essa célula e outra vertical à esquerda dela. Agora, quando você
rolar a tela, tudo o que estiver acima, ou à esquerda dessas linhas, permanecerá à vista.
Descongelando
Para descongelar as linhas ou colunas, clique em Janela → Congelar. A marca de verificação da opção Congelar desa-
parecerá.

Dividindo a tela
Outra maneira de alterar a visualização é dividir a janela, ou dividir a tela. A tela pode ser dividida, tanto na horizontal,
quanto na vertical, ou nas duas direções. É possível, além disso, ter até quatro porções da tela da planilha à vista, ao mesmo
tempo.

63
INFORMÁTICA

Por que fazer isso? Imagine que você tenha uma planilha grande, e uma das células tem um número que é utilizado em
outras células. Utilizando a técnica de divisão da tela, você pode alterar o valor da célula que contém o número e verificar
nas outras células as alterações sem perder tempo rolando a barra.

Dividindo células.

Dividindo a tela horizontalmente


Mova o ponteiro do mouse para dentro da barra de rolagem vertical, na lateral direita da tela, e posicione-o sobre o
pequeno botão no alto com um triângulo preto. Imediatamente acima deste botão aparecerá uma linha grossa preta.

Barra de divisão de tela na barra de rolagem vertical.

Mova o ponteiro do mouse sobre essa linha, e se transformará em uma linha com duas.
Pressione e segure o botão esquerdo do mouse. Uma linha cinza aparece cruzando a página na horizontal. Arraste o
mouse para baixo, e essa linha seguirá o movimento.
Solte o botão do mouse e a tela será dividida em duas partes, cada uma com sua própria barra de rolagem vertical. Você
pode rolar as partes inferior e superior independentemente.

Dividindo a tela verticalmente


Mova o ponteiro do mouse para dentro da barra de rolagem horizontal, na parte de baixo da tela, e posicione-o sobre
o pequeno botão à direita, com um triângulo preto. Imediatamente, à direita desse botão aparece uma linha preta grossa.

Barra de divisão de tela na barra de rolagem horizontal.

Mova o ponteiro do mouse sobre essa linha, e se transformará em uma linha com duas setas.
Pressione e segure o botão esquerdo do mouse, e uma linha cinza aparece cruzando a página na vertical. Arraste o
mouse para a esquerda, e essa linha seguirá o movimento.
Solte o botão do mouse e a tela será dividida em duas partes, cada uma com sua barra de rolagem horizontal. Você
pode rolar as partes direita e esquerda independentemente.

Removendo as divisões
Para remover as divisões, siga uma das seguintes instruções:
Clique duas vezes na linha divisória.
Clique na linha divisória e arraste-a de volta ao seu lugar no final das barras de rolagem.
Clique em Janela → Dividir para remover todas as linhas divisórias de uma só vez.

Sintaxe Universal de uma Planilha


Observe a seguinte fórmula para efeito de exemplos de sintaxe:
=B2*(SE(SOMA(C2:C6)>=3;$H$1;SOMA(A3^A5)*5));

64
INFORMÁTICA

repare que há parenteses, sinais de Operadores de Comparação (>, = <, etc.), além de ponto e vírgula e dois pontos.
Mesmo sendo possível o uso de fórmulas sofisticadas em planilhas, virtualmente qualquer tipo de planilha pode ser imple-
mentada utilizando-se das quatro operações básicas, por exemplo, seu orçamento mensal (receitas x despesas). As quatro
operações básicas são:
Somar ( + ), Subtrair ( - ); Multiplicar ( * ), Dividir ( / ).
Índice de Referenciação Absoluto ( $ )
Para exponenciação utiliza-se o circunflexo (^).
As tabelas abaixo representam de forma sucinta, a função de cada letra / símbolo / instrução para uma compreensão
básica do significado destes.

Operadores Aritméticos

Operadores de Comparação

Comandos / Instruções

Comportamento das teclas Convencionais / Especiais

As teclas TAB, Enter e Setas de Cursor, quando utilizadas em edição de dados, apresentam comportamento um pouco
diferente do convencional. TAB, por exemplo, confirma a edição atual e avança lateralmente para a próxima célula. Neste
caso, pode-se pensar na próxima célula como o próximo campo, que e o comportamento natural de TAB, além da possibi-
lidade de utilizá-la como tabuladora, claro.
Vemos abaixo uma pequena compilação do comportamento destas teclas:

65
INFORMÁTICA

Imprimindo
Imprimir no Calc é bem parecido com imprimir nos outros componentes do LibreOffice, mas alguns detalhes são dife-
rentes, especialmente quanto a preparação do documento para a impressão.
Utilizando intervalos de impressão
Intervalos de impressão possuem várias utilidades, incluindo imprimir apenas uma parte específica dos dados, ou im-
primir linhas ou colunas selecionadas de cada página.

Definindo um intervalo de impressão


Para definir um intervalo de impressão, ou alterar um intervalo de impressão existente:
Selecione o conjunto de células que correspondam ao intervalo de impressão.
Clique em Formatar → Intervalo de impressão → Definir.
As linhas de quebra de página são exibidas na tela.
Você pode verificar o intervalo de impressão utilizando Arquivo → Visualizar página. O LibreOffice exibirá apenas as
células no intervalo de impressão.

Aumentando o intervalo de impressão


Depois de definir um intervalo de impressão, é possível incluir mais células a ele. Isso permite a impressão de múltiplas
áreas separadas na mesma folha da planilha. Depois de definir um intervalo de impressão:
Selecione um conjunto de células a ser incluído ao intervalo de impressão.
Clique em Formatar → Intervalo de impressão → Adicionar. Isso adicionará as células extras ao intervalo de impressão.
As linhas de quebra de página não serão mais exibidas na tela.
O intervalo de impressão será impresso em uma página separada, mesmo que ambos os intervalos estejam na mesma
folha.

Removendo um intervalo de impressão


Pode ser necessário remover um intervalo de impressão definido anteriormente, por exemplo, se for necessário impri-
mir a página inteira mais tarde.
Clique em Formatar → Intervalo de impressão → Remover. Isso removera todos os intervalos de impressão definidos na
folha. Feito isso, as quebras de página padrão aparecerão na tela.

Editando um intervalo de impressão


A qualquer tempo, é possível editar diretamente um intervalo de impressão, por exemplo, removê-lo ou redimensionar
parte dele. Clique em Formatar → Intervalo de impressão → Editar.
Selecionando a ordem das páginas, detalhes e a escala
Para selecionar a ordem das páginas, detalhes e a escala da impressão:
Clique em Formatar → Pagina no menu principal

66
INFORMÁTICA

Selecione a aba Planilha


Faça as seleções necessárias e clique em OK.

Selecionando a ordem das páginas

Ordem das páginas


Quando uma folha será impressa em mais de uma página, é possível ajustar a ordem na qual as páginas serão impres-
sas. Isso é especialmente útil em documentos grandes; por exemplo, controlar a ordem de impressão pode economizar
tempo de organizar o documento de uma maneira determinada. As duas opções disponíveis são mostradas abaixo.

Ordem das páginas 2

Detalhes
Você pode especificar os detalhes que serão impressos. Os detalhes incluem:
Cabeçalhos das linhas e colunas
Grade da folha—imprime as bordas das células como uma grade
Comentários—imprime os comentários definidos na sua planilha, em uma página separada, junto com a referência de
célula correspondente
Objetos e imagens
Gráficos
Objetos de desenho
Fórmulas—imprime as fórmulas contidas nas células, ao invés dos resultados
Valores zero—imprime as células com valor zero
Lembre-se que, uma vez que as opções de impressão dos detalhes são partes das propriedades da página, elas tam-
bém serão parte das propriedades do estilo da página. Portanto, diferentes estilos de páginas podem ser configurados para
alterar as propriedades das folhas na planilha.

67
INFORMÁTICA

Escala
Utilize as opções de escala para controlar o número de páginas que serão impressas. Isso pode ser útil se uma grande
quantidade de dados precisa ser impressa de maneira compacta, ou se você desejar que o texto seja aumentado para fa-
cilitar a leitura.
Reduzir/Aumentar a impressão—redimensiona os dados na impressão tanto para mais, quanto para menos. Por exem-
plo, se uma folha for impressa, normalmente em quatro páginas (duas de altura e duas de largura), um redimensionamento
de 50% imprime-a em uma só página (tanto a altura, quanto a largura, são divididas na metade).
Ajustar intervalo(s) de impressão ao número de páginas—define, exatamente, quantas páginas, a impressão terá. Essa
opção apenas reduzirá o tamanho da impressão, mas não o aumentará. Para aumentar uma impressão, a opção Reduzir/
Aumentar deve ser utilizada.
Ajustar intervalo(s) de impressão para a largura/altura—define o tamanho da altura e da largura da impressão, em
páginas.

Imprimindo linhas ou colunas em todas as páginas


Se uma folha for impressa em várias páginas é possível configurá-la para que certas linhas ou colunas sejam repetidas
em cada página impressa. Por exemplo, se as duas linhas superiores de uma folha, assim como a coluna A, precisam ser
impressas em todas as páginas, faça o seguinte:
Clique em Formatar → Intervalo de impressão → Editar. Na caixa de diálogo Editar Intervalo de Impressão, digite as
linhas na caixa de texto abaixo de Linhas a serem repetidas. Por exemplo, para repetir as linhas de 1 a 4, digite $1:$4. Isso
altera automaticamente as Linhas a serem repetidas de, - nenhum - para – definido pelo usuário-.

Imprimindo linhas ou colunas


Para repetir, digite as colunas na caixa de texto abaixo de Colunas a serem repetidas. Por exemplo, para repetir a coluna
A, digite $A. Na lista de Colunas a serem repetidas, a palavra - nenhum - muda para - definido pelo usuário-.
Clique em OK.
Não é necessário selecionar todo o intervalo de linhas a serem repetidas; selecionar uma célula de cada linha também
funciona.

Assistente de Funções
Na criação de fórmulas podemos contar com o recurso de assistente de funções, situado na barra de fórmulas do Calc,
onde encontramos todas as funções disponíveis do programa e selecionamos as células que pertencerá determinada fun-
ção selecionada. Para acionar o assistente de funções execute os seguintes procedimentos:
Primeiramente deve-se selecione a célula a qual deverá conter a fórmula matemática e que posteriormente exibirá o
seu resultado, por exemplo, neste caso selecionaremos a célula F5.
Clique sobre o assistente de funções situado na barra de fórmulas. Veja a figura abaixo.

68
INFORMÁTICA

Em seguida surgira a guia Assistente de funções nesta guia encontra-se todas a fórmulas matemáticas disponíveis
do LibreOffice.org Calc. Para nosso exemplo criaremos uma função de multiplicação, para isso clique na aba Funções e
selecione MULT para a multiplicação e clique em Próximo. Veja na figura a seguir.

Assistente de Funções 2
Selecione as células farão parte da multiplicação, neste caso as células D5 e E5. Para selecionar a célula volte para a
planilha, se preferir clique em cima da opção Encolher figura 34, para diminuir o tamanho da caixa e em seguida selecione
a célula de D5 e depois clique no campo abaixo, ou então apenas digite o endereço da célula correspondente e clique
em OK e coloque o valor em formato Moeda.

Opção Encolher.
Repita esse procedimento com as células D6 e E6, D7 e E7, D8 e E8. Ao final a tabela estará conforme a figura abaixo.

Figura 35: Exemplo de tabela Controle de Estoque 3


Fórmulas mais utilizadas do Assistente de Fórmulas:

Nome da fórmula Operação Aritmética

SOMA Adição e Subtração

MULT Multiplicação

69
INFORMÁTICA

QUOCIENTE Divisão

POTÊNCIA Potenciação

RAIZ Raiz Quadrada

Retorna a Média de uma


MÉDIA
sequência de valores
Fórmulas mais utilizadas do Assistente de Fórmulas

Obs: a fórmula Quociente retorna apenas a parte in-


teira de uma divisão, ou seja o resultado de 9 dividido por
2 segundo essa função é 4 e não 4,5. Neste caso é reco- Tabela de Preços 1
mendado fazer a função usando os operadores aritméticos
conforme o exemplo abaixo. Primeiro foi digitado =soma(), depois foi pressionado e
arrastado sobre as células que farão parte da soma (B3:B7).
Nome da fórmula Operação Aritmética Não há a necessidade de fechar o parêntese, pois o Calc
Adição = D5+E 5 fará automaticamente este procedimento, mas é aconse-
lhável que você sempre faça isto, pois haverá funções que
Subtração = D5-E 5 se não fechar dará erro.
Após selecionar as células, basta pressionar a tecla En-
Multiplicação = D5*E 5 ter.
Agora vá para a célula D3. Digite =B3*C3. Pressione
Divisão = D5/E 5 a tecla Enter, que no caso você já sabe que irá calcular as
células.
Potenciação = D5^E 5
Selecione novamente a célula e observe que no can-
Raiz Quadrada Não há simbolo que represente to inferior esquerdo da célula há um pequeno quadrado
essa operação aritmética preto. Este é a Alça de Preenchimento. Coloque o cursor
usamos =RAIZ( o sobre o mesmo, o cursor irá mudar para uma pequena cruz.
endereço da célula desejada) Pressione e arraste para baixo até a célula D7. Veja a figura
mais adiante.
Fórmulas mais utilizadas da forma livre Para checar se as fórmulas calcularam corretamente,
basta selecionar uma célula que contenha o resultado e
Funções pressionar a tecla F2. Isto é bastante útil quando se quer
As funções agregam muitos recursos ao software de conhecer as células que originaram o resultado.
planilhas. Um software como o LibreOffice – Calc contém
muitas funções nativas e o usuário é livre para implementar Funções II
as suas próprias funções, há de se imaginar como sendo Vamos ver agora mais funções, bastando usar o molde
quase ilimitado o poder do usuário em estender a funcio- abaixo e não esquecendo de colocar os acentos nos nomes
nalidade da planilha eletrônica. Exemplo de função nativa é das funções.
a função SE, que contém a seguinte sintaxe: =SE(“Condição = Nome da Função (primeira célula a ser calculada: úl-
a Ser Testada”;Valor_Então;Valor_Senão). Decodificando, se tima célula a ser calculada ) Média Máxima
a “Condição a Ser Testada” for verdadeira, aloque na célula
atual o primeiro valor (Valor_Então); caso contrario, aloque
o segundo valor da função (Valor_Senão).

Funções I
Funções são na verdade uma maneira mais rápida de
obter resultados em células. Imagine você ter que somar
todos os valores das peças de um veículo dispostos um
abaixo do outro...
A1+B1+C1+D1+E1+F1...
Mínima
Existem vários tipos de funções, que vão desde as mais
simples até mais complexas. Iremos mostrar as mais co- Tabela de Preços 2
muns. Basicamente, todas elas oferecem o mesmo “molde”:
= Nome da Função (primeira célula a ser calculada: úl-
tima célula a ser calculada ) Veja a figura a seguir e depois
explicaremos o que está sendo feito:

70
INFORMÁTICA

Funções III
Usaremos agora a função SE. Como o nome já diz, a função SE será usada quando se deseja checar algo em uma célula.
Acompanhe o molde desta função: =SE (Testar; Valor_então; De outraforma_valor; ou se outra forma: = se (eu for de carro;
então vou; se não... não vou )
Na célula E3 é para descontar R$ 2,00 para produtos com a Quantidade maior que 20. Vamos juntar as informações
para resolver esta função:
Nome da função: SE
Condição: Quantidade > 20
Valor Verdadeiro: Se a condição for verdadeira, o que deverá ser descontado R$ 2, 00 Valor Falso: Se a condição for
falsa, não deverá receber desconto.
Então a nossa função deverá ficar assim:
= se (b3>20;d3-2;d 3)
Ou seja: Se a Quantidade for maior que 20, então desconte R$ 2,00, senão mostre o valor sem desconto.

Figura 59: Tabela Demonstrativa

Classificação e filtragem de dados


Por mais que a nossa planilha seja bem organizada, geralmente nos deparamos com algum problema em relação a
ordem e a busca dos dados na tabela. Pensando nisso veremos agora algumas funções que o LibreOffice.org Calc oferece
afim de resolver esses e outros problemas de classificação e filtragem de dados.

Classificação de dados
Classificar dados numa planilha nada mais é do que ordená-los de acordo com os nossos critérios. Para que os dados
possam ser classificados, é necessário que estejam dispostos em uma tabela e que tenha sido desenvolvida na forma de
banco de dados, ou seja que cada coluna tenha informações referentes há uma classe ou tipo, que deverá estar descrita no
rotulo de cada coluna.

Exemplo de tabela desenvolvida na forma de banco de dados

Classificando
A classificação pode ser feita através dos critérios de ordem crescente ou decrescente , lembro que isto vale tanto para
os numero quanto para letras deixando-as em ordem alfabética. Agora a partir da figura 64 que esta logo acima, iremos
realiza o procedimento de classificação de dados na ordem alfabética na coluna “Produto”.
Para classificar os dados é necessário, antes de tudo, selecionar corretamente toda a área de dados que será classificada.
Abra o menu Dados e clique no comando Classificar, note que será exibida a caixa Classificar.

71
INFORMÁTICA

Caixa classificar

No menu desdobrável Classificar por, selecionamos o rotulo da coluna que queremos efetuar a classificação, neste caso
selecione o rotulo “Produto”.
Em seguida clique na opção Crescente, para efetuar o classificação na ordem crescente das letras, mais conhecida como
ordem alfabética. 5- Por fim clique em OK.

Tabela classificada em ordem alfabética

Classificação por até três Critérios


Podemos também classificar os dados de uma tabela utilizando-se até de três campos, onde cada campo representa
uma informação diferente, um exemplo bem básico dessa função é quando queremos classificar os produtos em ordem
alfabética, esta que realizamos anteriormente e se caso apareça produtos com o mesmo nome o critério de classificação é
valor total ou qualquer outro campo. Para exemplificar esta função vamos utilizar a tabela abaixo.

Tabela exemplo para classificação por três critérios

72
INFORMÁTICA

Agora iremos classificar a tabela nos seguintes critérios: Marca, Modelo e Valor. Para realizar esta classificação devemos
seguir os procedimentos abaixo.
Para classificar os dados é necessário, antes de tudo, selecionar corretamente toda a área de dados que será classificada.
Abra o menu Dados e clique no comando Classificar, note que será exibida a caixa Classificar.

Classificação por três critérios.

No menu desdobrável Classificar por, selecione o rotulo “Marca”.


Em seguida clique na opção Crescente, para efetuar o classificação na ordem crescente.
Logo abaixo temos o campo Em seguida por, selecione o rotulo “Modelo”.
Em seguida clique na opção Crescente.
Logo abaixo temos outro campo Em seguida por, selecione o rotulo “Valor total”.
Em seguida clique na opção Crescente. 9- Por fim clique em OK.

O resultado final deverá estar semelhante ao da figura abaixo.

Tabela após classificação por três critérios.

73
INFORMÁTICA

Opções de Classificação
A partir da caixa classificar figura abaixo, podemos definir algumas opções de classificação dos dados.

Opções de classificação
Distinção entre maiúsculas e minúsculas: esta opção considera diferentes as palavras que contenha as mesmas letras
porém com a forma maiúsculas e minúsculas diferentes.
O intervalo contém rótulos de coluna/linh a: Omite da classificação a primeira linha ou a primeira coluna da seleção.
A opção Direção na parte inferior da caixa de diálogo define o nome e a função dessa caixa de seleção.
Incluir formatos: Preserva a formatação da célula atual.
Copiar resultados de classificação em: Copia a lista classificada no intervalo de células que você especificar. Ao ativar
esta opção
Ordem de classificação personalizada: Clique aqui e, em seguida, selecione a ordem de classificação personalizada que
deseja.
Idioma: Selecione o idioma para as regras de classificação.
Opções: Selecione uma opção de classificação para o idioma. Por exemplo, selecione a opção de “lista telefônica” para
o alemão a fim de incluir um caractere especial “trema” na classificação.
Direção: De cima para baixo (Classificação de linhas), Classifica as linhas por valores nas colunas ativas do intervalo sele-
cionado. Esquerda à direita (Classificar colunas), Classifica as colunas por valores nas linhas ativas do intervalo selecionado.

Filtragem de dados
A filtragem de dados nada mais é do que visualizar apenas os dados desejados de uma tabela. Existem três métodos
de filtragem: o Autofiltro, Fitro padrão e o Filtro avançado. Suas principais diferenças são:
Autofiltro: Uma das utilizações para a função Auto-filtro é a de rapidamente restringir a exibição de registros com en-
tradas idênticas em um campo de dados.
Filtro padrão: Na caixa de diálogo Filtro, você também pode definir intervalos que contenham os valores em determina-
dos campos de dados. É possível utilizar o filtro padrão para conectar até três condições com um operador lógico E ou OU.
Filtro avançado: excede a restrição de três condições e permite um total de até oito condições de filtro. Com os filtros
avançados, você insere as condições diretamente na planilha.

Aplicando o Autofiltro
O Autofiltro é o tipo de filtragem mais simples e rápida de ser aplicada. Para uma maior compreensão desta função
aplicar o autofiltro na tabela da figura 67 página 44 deste modulo. Nesta tabela execute os seguintes procedimentos:
Selecione qualquer célula da tabela desde que seja abaixo da linha do cabeçalhos.
Abra o menu Dados e posicione o mouse sobre Filtro.
Clique sobre o comando Autofiltro.
Note que foram inseridos botões de seta, que ao clica-los abra-se uma lista dos dados pertencentes a coluna, cuja a
filtragem pode ser aplicada.

74
INFORMÁTICA

Para filtrar os dados, basta clicar sobre a seta da coluna que contenha os dados que servirá base para a filtragem. Por
exemplo agora faremos a seguinte filtragem, para que só os carros Volkswagen sejam exibidos. Então clique sobre a seta
do cabeçalho “Marca” e na lista de dados que aparece, selecione a marca Volkswagen.


Lista de dados

Tabela após filtragem de dados


Note que ao final desse procedimento a tabela ocultará a linhas que não pertence a filtragem e destacará a seta do
cabeçalho utilizada como base da filtragem. Caso queira realizar outra filtragem basta desfazer a filtragem anterior e repetir
este procedimento em outro cabeçalho.

Filtro padrão
O filtro padrão é uma especialização do autofiltro, ele possui algumas funcionalidades a mais, é muito utilizado quando
é necessário obedecer um critério de filtragem muito especifico.
Para melhor exemplificar este procedimento iremos realizar a seguinte filtragem na tabela da figura 67, onde só deve-
rão conter os carros da Marca: “Fiat”, acima do Ano: 2005 e com o valor inferior a 29.000 mil reais.
Para criar um filtro padrão basta executar os procedimentos a seguir:
Selecione qualquer célula da tabela desde que seja abaixo da linha do cabeçalhos.
Abra o menu Dados e posicione o mouse sobre Filtro.
Clique sobre o comando Filtro padrão.
Na caixa Nome do campo é onde define qual critério deverá ser comparado. Em nosso exemplo estamos comparando
a “Marca”, portanto devemo seleciona-la.

75
INFORMÁTICA

Na caixa seguinte definimos a condição ( maior, menor, igual e etc), neste caso selecione o operador “ = ” (igual).
A caixa Valor serve como valor de comparação, ou seja todas as células do campo
“Marca” por exemplo vão ser comparados segundo a condição estabelecida com esse “Valor” que precisa ser necessa-
riamente numérico e conforme for o resultado este campo será ou não exibido.

A caixa Operador serve para adicionar mais condições na filtragem, através dos operadores ( “E” e “OU”), podendo
conter no máximo três condicionais.
Preencha a Caixa Filtro padrão conforme a figura 74 logo abaixo para ver este exemplo na pratica.

Se a tabela e a filtragem estiver conforme citadas acima o resultado será igual ao da figura 75 logo abaixo.

Resultado da filtragem

Para Desfazer a filtragem, selecione a tabela, clique em Dados, vá em filtros e clique sobre Remover filtro.

Filtro Avançado
A filtragem avançada nada mais é do que definir os critérios em um determinado campo da planilha. Para uma boa
compreensão dessa função Iremos repetir a filtragem utilizada no filtro padrão que era a seguinte: de acordo com a tabela
da figura 67, realizar uma filtragem onde só deverão conter os carros da Marca: “Fiat”, acima do Ano: 2005 e com o valor
inferior a 29.000 mil reais, para realizaremos os seguintes passos:
Copie os cabeçalhos de coluna dos intervalos de planilha a serem filtrados para uma área vazia da planilha e, em segui-
da, insira os critérios para o filtro em uma linha abaixo dos cabeçalhos. Os dados dispostos horizontalmente em uma linha
serão sempre conectados logicamente com E e dados dispostos verticalmente em uma coluna serão sempre conectados
logicamente com OU.

Cópia dos cabeçalhos da planilha

Uma vez que você criou uma matriz de filtro, selecione os intervalos de planilha a serem filtrados. Abra a caixa de diá-
logo Filtro avançado escolhendo Dados - Filtro - Filtro avançado e defina as condições do filtro.

76
INFORMÁTICA

Intervalo de critérios de filtragem

Em seguida, clique em OK e você verá que somente as linhas da planilha original nas quais o conteúdo satisfez os cri-
térios da pesquisa estarão visíveis. Todas as outras linhas estarão temporariamente ocultas e poderão reaparecer através do
comando Formatar - Linha – Mostrar ou então desfaça a filtragem.

Resultado da filtragem avançada

Teclas de atalho para planilhas


Navegar em planilhas
Teclas de atalho/Efeito
Ctrl+Home / Move o cursor para a primeira célula na planilha (A1).
Ctrl+End / Move o cursor para a última célula que contém dados na planilha.
Home / Move o cursor para a primeira célula da linha atual.
End / Move o cursor para a última célula da linha atual.
Shift+Home / Seleciona todas as células desde a atual até a primeira célula da linha.
Shift+End / Seleciona todas as células desde a atual até a última célula da linha.
Shift+Page Up / Seleciona as células desde a atual até uma página acima na coluna ou extende a seleção existente uma
página para cima.
Shift+Page Down / Seleciona as células desde a atual até uma página abaixo na coluna ou estende a seleção existente
uma página para baixo.
Ctrl+Seta para a esquerda / Move o cursor para o canto esquerdo do intervalo de dados atual. Se a coluna à esquerda
da célula que contém o cursor estiver vazia, o cursor se moverá para a esquerda da próxima coluna que contenha dados.
Ctrl+Seta para a direita / Move o cursor para o canto direito do intervalo de dados atual. Se a coluna à direita da célula
que contém o cursor estiver vazia, o cursor se moverá para a direita da próxima coluna que contenha dados.
Ctrl+Seta para cima / Move o cursor para o canto superior do intervalo de dados atual. Se a linha acima da célula que
contém o cursor estiver vazia, o cursor se moverá para cima da próxima linha que contenha dados.
Ctrl+Seta para cima / Move o cursor para o canto inferior do intervalo de dados atual. Se a linha abaixo da célula que
contém o cursor estiver vazia, o cursor se moverá para baixo da próxima linha que contenha dados.
Ctrl+Shift+Seta / Seleciona todas as células contendo dados da célula atual até o fim do intervalo contínuo das células
de dados, na direção da seta pressionada. Um intervalo de células retangular será selecionado se esse grupo de teclas for
usado para selecionar linhas e colunas ao mesmo tempo.
Ctrl+Page Up / Move uma planilha para a esquerda.
Na visualização de impressão: Move para a página de impressão anterior.
Ctrl+Page Down / Move uma planilha para a direita.
Na visualização de impressão: Move para a página de impressão seguinte.

77
INFORMÁTICA

Alt+Page Up / Move uma tela para a esquerda. Shift+F5 / Rastreia dependentes.


Alt+Page Down / Move uma página de tela para a di- Shift+F7 / Rastreia precedentes.
reita. Shift+Ctrl+F5 / Move o cursor da Linha de entrada para
Shift+Ctrl+Page Up / Adiciona a planilha anterior à se- a caixa Área da planilha.
leção de planilhas atual. Se todas as planilhas de um do- F7 / Verifica a ortografia na planilha atual.
cumento de planilha forem selecionadas, esta combinação Ctrl+F7 / Abre o Dicionário de sinônimos se a célula
de teclas de atalho somente selecionará a planilha anterior. atual contiver texto.
Torna atual a planilha anterior. F8 / Ativa ou desativa o modo de seleção adicional.
Shift+Ctrl+Page Down / Adiciona a próxima planilha à Nesse modo, você pode usar as teclas de seta para esten-
seleção de planilhas atual. Se todas as planilhas de um do- der a seleção. Você também pode clicar em outra célula
cumento de planilha forem selecionadas, esta combinação para estender a seleção.
de teclas de atalho somente selecionará a próxima planilha. Ctrl+F8 / Realça células que contém valores.
Torna atual a próxima planilha. F9 / Recalcula as fórmulas modificadas na planilha
Ctrl+ * onde (*) é o sinal de multiplicação no teclado atual.
numérico Ctrl+Shift+F9 / Recalcula todas as fórmulas em todas
Seleciona o intervalo de dados que contém o cursor. as planilhas.
Um intervalo é um intervalo de células contíguas que con- Ctrl+F9 / Atualiza o gráfico selecionado.
tém dados e é delimitado por linhas e colunas vazias. F11 Abre a janela Estilos e formatação para você apli-
Ctrl+ / onde (/) é o sinal de divisão no teclado numé- car um estilo de formatação ao conteúdo da célula ou à
rico planilha atual.
Seleciona o intervalo de fórmulas de matriz que con- Shift+F11 / Cria um modelo de documento.
tém o cursor. Shift+Ctrl+F11 / Atualiza os modelos.
Ctrl+tecla de adição / Insere células (como no menu F12 / Agrupa o intervalo de dados selecionado.
Inserir - Células) Ctrl+F12 / Desagrupa o intervalo de dados seleciona-
Ctrl+tecla de subtração / Exclui células (tal como no do.
menu Editar - Excluir células) Alt+Seta para baixo / Aumenta a altura da linha atual
Enter ( num intervalo selecionado) / Move o cursor uma (somente no Modo de compatibilidade legada do OpenOf-
célula para baixo no intervalo selecionado. Para especificar fice.org).
a direção do movimento do cursor, selecione Ferramentas Alt+Seta para cima / Diminui a altura da linha atual (so-
- Opções - LibreOffice Calc - Geral. mente no Modo de compatibilidade legada do OpenOffice.
Ctrl+ ` / Exibe ou oculta as fórmulas em vez dos valores org).
em todas as células. Alt+Seta para a direita / Aumenta a largura da coluna
A tecla ` está ao lado da tecla “1” na maioria dos tecla- atual.
dos em Inglês. Se seu teclado não possui essa tecla, você Alt+Seta para a esquerda / Diminui a largura da coluna
pode atribuir uma outra tecla: Selecione Ferramentas - Per- atual.
sonalizar, clique na guia Teclado. Selecione a categoria “Exi- Alt+Shift+Tecla de seta / Otimiza a largura da coluna
bir” e a função “Exibir fórmula”. ou o tamanho da linha com base na célula atual.

Teclas de função utilizadas em planilhas Formatar células com as teclas de atalho


Teclas de atalho / Efeito Os formatos de célula a seguir podem ser aplicados
Ctrl+F1 / Exibe a anotação anexada na célula atual com o teclado:
F2 / Troca para o modo de edição e coloca o cursor Teclas de atalho / Efeito
no final do conteúdo da célula atual. Pressione novamente Ctrl+1 (não use o teclado numérico) / Abre a caixa de
para sair do modo de edição. diálogo Formatar células
Se o cursor estiver em uma caixa de entrada de uma Ctrl+Shift+1 (não use o teclado numérico) / Duas casas
caixa de diálogo que possui o botão Encolher, a caixa de decimais, separador de milhar
diálogo ficará oculta e a caixa de entrada permanecerá vi- Ctrl+Shift+2 (não use o teclado numérico) / Formato
sível. Pressione F2 novamente para mostrar a caixa de diá- exponencial padrão
logo inteira. Ctrl+Shift+3 (não use o teclado numérico) / Formato
de data padrão
Ctrl+F2 / Abre o Assistente de funções. Ctrl+Shift+4 (não use o teclado numérico) / Formato
Shift+Ctrl+F2 / Move o cursor para a Linha de entrada monetário padrão
onde você pode inserir uma fórmula para a célula atual. Ctrl+Shift+5 (não use o teclado numérico) / Formato
Ctrl+F3 / Abre a caixa de diálogo Definir nomes. de porcentagem padrão (duas casas decimais)
F4 / Mostra ou oculta o Explorador de Banco de dados. Ctrl+Shift+6 (não use o teclado numérico) / Formato
Shift+F4 / Reorganiza as referências relativas ou ab- padrão
solutas (por exemplo, A1, $A$1, $A1, A$1) no campo de
entrada.
F5 / Mostra ou oculta o Navegador.

78
INFORMÁTICA

Topologia
LOCALIZANDO AS INFORMAÇÕES, • Estrela: Um computador central controla a rede;
NAVEGAÇÃO COM GUIAS, IMPRIMINDO E • Anel: Computadores conectados em forma circular;
SALVANDO INFORMAÇÕES, • Barramento: Conecta todos os nós em uma linha e
pode preservar a rede se um computador falhar.

As estruturas formadas pelos meios de conexão entre-


REDES DE COMPUTADORES gam ao usuário o serviço de comunicação que ele necessi-
ta. Esta estrutura pode ser formada por:
As redes de computadores são interconexões de • Cabo Coaxial: Utiliza cabos rígidos de cobre e na
sistemas de comunicação de dados que podem compartilhar atualidade é utilizada em parceria com a fibra óptica para
recursos de hardware e de software, assim, rede é um distribuição de TV a cabo;
mecanismo através do qual computadores podem se • Onda de Rádio: Também conhecida por Wireless,
comunicar e/ou compartilhar hardware e software; substitui o uso dos pares metálicos e das fibras, utilizando
A tecnologia hoje disponível permite que usuários se o ar como meio de propagação dos dados;
liguem a um computador central, a qualquer distância, • Fibra Óptica: Baseada na introdução do uso da fibra
através de sistemas de comunicação de dados. óptica, substituindo o par metálico;
Um sistema de comunicação de dados consiste • Par Metálico: Constituída pela rede de telefonia, po-
em estações, canais, equipamentos de comunicação e rém trafegando dados, voz e imagem;
programas específicos que unem os vários elementos do • Satélite: O equipamento funciona como receptor, re-
sistema, basicamente estações, a um computador central. petidor e regenerador do sinal que se encontra no espaço,
Estação é qualquer tipo de dispositivo capaz de se de modo que reenvia à terra um sinal enviado de um ponto
comunicar com outro, através de um meio de transmissão, a outro que faz uso do satélite para conexão;
incluindo computadores, terminais, dispositivos periféricos, • Rede Elétrica: Faz uso dos cabos de cobre da rede de
telefones, transmissores e receptores de imagem, entre energia para a transmissão de voz, dados e imagens.
outros.
Dispositivos
Os elementos básicos de uma rede são:
• Host: Equipamento conectado na rede; • Modem
• Nó ou Processamento: Ponto de conexão e
comunicação de hosts;
• Transporte ou Transmissão: Faz interligação dos nós
através da transmissão em longas distâncias;
• Acesso: Elemento que faz a interligação do usuário
ao nó;

Tipos de Rede

Quanto ao alcance: Converte um sinal analógico em digital e vice-versa;


• Rede Local (LAN – Local Area Network);
Rede de abrangência local e que geralmente não • Hub
ultrapassa o prédio onde a mesma se encontra, ou seja,
rede formada por um grupo de computadores conectados
entre si dentro de certa área;
• Rede Metropolitana (MAN – Metropolitan Area
Network);
Rede de abrangência maior e que geralmente não
ultrapassa a área de uma cidade;
• Rede de Longa Distância (WAN – Wide Area Network);
Rede de longa distância e que em sua maioria não
ultrapassa a área do país; Equipamento de rede indicado para conexão de pou-
• Rede Global (GAN – Global Area Network) cos terminais;
Denominadas de redes globais pois abrangem máquinas
em conexão em qualquer área do globo.
Quanto à conexão:
• Internet: Rede internacional de computadores.
• Intranet: Rede interna de uma empresa.
• Extranet: Conexão de redes, que utilizam como meio
a internet.

79
INFORMÁTICA

• Switch Com esses avanços, em 1972 é criado o correio eletrô-


nico, o E-mail, permitindo a troca de mensagens entre as
máquinas que compunham aquela rede de pesquisa, assim
no ano seguinte a rede se torna internacional.
Na década de 80, a Fundação Nacional de Ciência do
Brasil conectou sua grande rede à ARPANET, gerando aqui-
lo que conhecemos hoje como internet, auxiliando portan-
to o processo de pesquisa em tecnologia e outras áreas a
nível mundial, além de alimentar as forças armadas brasi-
leiras de informação de todos os tipos, até que em 1990
Equipamento de rede que divide uma rede de compu- caísse no domínio público.
tadores de modo a não torná-la lenta; Com esta popularidade e o surgimento de softwares
de navegação de interface amigável, no fim da década de
• Bridge 90, pessoas que não tinham conhecimentos profundos de
informática começaram a utilizar a rede internacional.

Acesso à Internet
O ISP, Internet Service Provider, ou Provedor de Serviço
de Internet, oferece principalmente serviço de acesso à In-
ternet, adicionando serviços como e-mail, hospedagem de
sites ou blogs, ou seja, são instituições que se conectam
Dispositivo de rede que liga uma ou mais redes que se à Internet com o objetivo de fornecer serviços à ela
encontram com certa distância; relacionados, e em função do serviço classificam-se em:
• Provedores de Backbone: São instituições que cons-
• Roteador troem e administram backbones de longo alcance, ou seja,
estrutura física de conexão, com o objetivo de fornecer
acesso à Internet para redes locais;
• Provedores de Acesso: São instituições que se conec-
tam à Internet via um ou mais acessos dedicados e disponi-
bilizam acesso à terceiros a partir de suas instalações;
• Provedores de Informação: São instituições que dis-
Equipamento que permite a comunicação entre com-
ponibilizam informação através da Internet.
putadores e redes que se encontram distantes;
Endereço Eletrônico ou URL
INTERNET
“Imagine que fosse descoberto um continente tão Para se localizar um recurso na rede mundial, deve-se
vasto que suas dimensões não tivessem fim. Imagine conhecer o seu endereço.
um mundo novo, com tantos recursos que a ganância Este endereço, que é único, também é considerado sua
do futuro não seria capaz de esgotar; com tantas oportu- URL (Uniform Resource Locator), ou Localizador de Recur-
nidades que os empreendedores seriam poucos para apro- sos Universal. Boa parte dos endereços apresenta-se assim:
veitá-las; e com um tipo peculiar de imóvel que se www.xxxx.com.br
expandiria com o desenvolvimento.” Onde:
John P. Barlow www = protocolo da World Wide Web
Os Estados Unidos temiam que em um ataque nuclear xxx = domínio
ficassem sem comunicação entre a Casa Branca e o Pentá- com = comercial
gono. br = brasil
Este meio de comunicação “infalível”, até o fim da dé-
cada de 60, ficou em poder exclusivo do governo conec- WWW = World Wide Web ou Grande Teia Mundial
tando bases militares, em quatro localidades.
Nos anos 70, seu uso foi liberado para instituições É um serviço disponível na Internet que possui um con-
norte-americanas de pesquisa que desejassem aprimorar junto de documentos espalhados por toda rede e disponi-
a tecnologia, logo vinte e três computadores foram conec- bilizados a qualquer um.
tados, porém o padrão de conversação entre as máquinas Estes documentos são escritos em hipertexto, que uti-
se tornou impróprio pela quantidade de equipamentos. liza uma linguagem especial, chamada HTML.
Era necessário criar um modelo padrão e univer-
sal para que as máquinas continuassem trocando da- Domínio
dos, surgiu então o Protocolo Padrão TCP/IP, que permi- Designa o dono do endereço eletrônico em ques-
tiria portanto que mais outras máquinas fossem inseridas tão, e onde os hipertextos deste empreendimento estão
àquela rede. localizados. Quanto ao tipo do domínio, existem:

80
INFORMÁTICA

.com = Instituição comercial ou provedor de serviço redes é organizada em camadas ou níveis, cada uma cons-
.edu = Instituição acadêmica truída sobre sua predecessora. O número de camadas, o
.gov = Instituição governamental nome, o conteúdo e a função de cada camada diferem de
.mil = Instituição militar norte-americana uma rede para outra. No entanto, em todas as redes, o pro-
.net = Provedor de serviços em redes pósito de cada camada é oferecer certos serviços às cama-
.org = Organização sem fins lucrativos das superiores, protegendo essas camadas dos detalhes de
como os serviços oferecidos são de fato implementados.
HTTP, Hyper Texto Transfer Protocol ou Protocolo de A camada n em uma máquina estabelece uma con-
Trasferência em Hipertexto versão com a camada n em outra máquina. As regras e
É um protocolo ou língua específica da internet, res- convenções utilizadas nesta conversação são chamadas
ponsável pela comunicação entre computadores. coletivamente de protocolo da camada n, conforme ilus-
Um hipertexto é um texto em formato digital, e trado na Figura abaixo para uma rede com sete camadas.
pode levar a outros, fazendo o uso de elementos espe- As entidades que compõem as camadas correspondentes
ciais (palavras, frases, ícones, gráficos) ou ainda um Mapa em máquinas diferentes são chamadas de processos par-
Sensitivo o qual leva a outros conjuntos de informação na ceiros. Em outras palavras, são os processos parceiros que
forma de blocos de textos, imagens ou sons. se comunicam utilizando o protocolo.
Assim, um link ou hiperlink, quando acionado com o Na verdade, nenhum dado é transferido diretamente
mouse, remete o usuário à outra parte do documento ou da camada n em uma máquina para a camada n em outra
outro documento. máquina. Em vez disso, cada camada passa dados e infor-
mações de controle para a camada imediatamente abaixo,
Home Page até que o nível mais baixo seja alcançado. Abaixo do nível
Sendo assim, home page designa a página inicial, prin- 1 está o meio físico de comunicação, através do qual a co-
cipal do site ou web page. municação ocorre. Na Figura abaixo, a comunicação virtual
É muito comum os usuários confundirem um Blog ou é mostrada através de linhas pontilhadas e a comunicação
Perfil no Orkut com uma Home Page, porém são coisas dis- física através de linhas sólidas.
tintas, aonde um Blog é um diário e um Perfil no Orkut é
um Profile, ou seja um hipertexto que possui informações
de um usuário dentro de uma comunidade virtual.

HTML, Hyper Text Markut language ou Linguagem de


Marcação de Hipertexto
É a linguagem com a qual se cria as páginas para a
web.
Suas principais características são:
• Portabilidade (Os documentos escritos em HTML de-
vem ter aparência semelhante nas diversas plataformas de
trabalho);
• Flexibilidade (O usuário deve ter a liberdade de “cus-
tomizar” diversos elementos do documento, como o tama-
nho padrão da letra, as cores, etc);
• Tamanho Reduzido (Os documentos devem ter
um tamanho reduzido, a fim de economizar tempo na
transmissão através da Internet, evitando longos perío- Entre cada par de camadas adjacentes há uma interfa-
dos de espera e congestionamento na rede). ce. A interface define quais operações primitivas e serviços
a camada inferior oferece à camada superior. Quando os
Browser ou Navegador projetistas decidem quantas camadas incluir em uma rede
É o programa específico para visualizar as páginas da e o que cada camada deve fazer, uma das considerações
web. mais importantes é definir interfaces limpas entre as cama-
O Browser lê e interpreta os documentos escritos em das. Isso requer, por sua vez, que cada camada desempe-
HTML, apresentando as páginas formatadas para os nhe um conjunto específico de funções bem compreendi-
usuários. das. Além de minimizar a quantidade de informações que
deve ser passada de camada em camada, interfaces bem
ARQUITETURAS DE REDES definidas também tornam fácil a troca da implementação
As modernas redes de computadores são projetadas de uma camada por outra implementação completamente
de forma altamente estruturada. Nas seções seguintes exa- diferente (por exemplo, trocar todas as linhas telefônicas
minaremos com algum detalhe a técnica de estruturação. por canais de satélite), pois tudo o que é exigido da nova
implementação é que ela ofereça à camada superior exa-
HIERARQUIAS DE PROTOCOLOS tamente os mesmos serviços que a implementação antiga
Para reduzir a complexidade de projeto, a maioria das oferecia.

81
INFORMÁTICA

O conjunto de camadas e protocolos é chamado de Classes de endereços IP


arquitetura de rede. A especificação de arquitetura deve Neste ponto, você já sabe que os endereços IP podem
conter informações suficientes para que um implementa- ser utilizados tanto para identificar o seu computador den-
dor possa escrever o programa ou construir o hardware de tro de uma rede, quanto para identificá-lo na internet.
cada camada de tal forma que obedeça corretamente ao Se na rede da empresa onde você trabalha o seu com-
protocolo apropriado. Nem os detalhes de implementação putador tem, como exemplo, IP 172.31.100.10, uma má-
nem a especificação das interfaces são parte da arquitetura, quina em outra rede pode ter este mesmo número, afinal,
pois esses detalhes estão escondidos dentro da máquina e ambas as redes são distintas e não se comunicam, sequer
não são visíveis externamente. Não é nem mesmo neces- sabem da existência da outra. Mas, como a internet é uma
sário que as interfaces em todas as máquinas em uma rede rede global, cada dispositivo conectado nela precisa ter um
sejam as mesmas, desde que cada máquina possa usar cor- endereço único. O mesmo vale para uma rede local: nesta,
retamente todos os protocolos. cada dispositivo conectado deve receber um endereço úni-
co. Se duas ou mais máquinas tiverem o mesmo IP, tem-se
O endereço IP então um problema chamado “conflito de IP”, que dificulta
Quando você quer enviar uma carta a alguém, você... a comunicação destes dispositivos e pode inclusive atrapa-
Ok, você não envia mais cartas; prefere e-mail ou deixar um lhar toda a rede.
recado no Facebook. Vamos então melhorar este exemplo: Para que seja possível termos tanto IPs para uso em re-
quando você quer enviar um presente a alguém, você ob- des locais quanto para utilização na internet, contamos com
tém o endereço da pessoa e contrata os Correios ou uma um esquema de distribuição estabelecido pelas entidades
transportadora para entregar. É graças ao endereço que é IANA (Internet Assigned Numbers Authority) e ICANN (In-
possível encontrar exatamente a pessoa a ser presenteada. ternet Corporation for Assigned Names and Numbers) que,
Também é graças ao seu endereço - único para cada resi- basicamente, divide os endereços em três classes principais
dência ou estabelecimento - que você recebe suas contas e mais duas complementares. São elas:
de água, aquele produto que você comprou em uma loja Classe A: 0.0.0.0 até 127.255.255.255 - permite até 128
on-line, enfim. redes, cada uma com até 16.777.214 dispositivos conecta-
Na internet, o princípio é o mesmo. Para que o seu dos;
computador seja encontrado e possa fazer parte da rede Classe B: 128.0.0.0 até 191.255.255.255 - permite até
mundial de computadores, necessita ter um endereço úni- 16.384 redes, cada uma com até 65.536 dispositivos;
co. O mesmo vale para websites: este fica em um servidor,
Classe C: 192.0.0.0 até 223.255.255.255 - permite até
que por sua vez precisa ter um endereço para ser localiza-
2.097.152 redes, cada uma com até 254 dispositivos;
do na internet. Isto é feito pelo endereço IP (IP Address),
Classe D: 224.0.0.0 até 239.255.255.255 - multicast;
recurso que também é utilizado para redes locais, como a
Classe E: 240.0.0.0 até 255.255.255.255 - multicast re-
existente na empresa que você trabalha, por exemplo.
servado.
O endereço IP é uma sequência de números composta
As três primeiras classes são assim divididas para aten-
de 32 bits. Esse valor consiste em um conjunto de quatro
der às seguintes necessidades:
sequências de 8 bits. Cada uma destas é separada por um
ponto e recebe o nome de octeto ou simplesmente byte, já
que um byte é formado por 8 bits. O número 172.31.110.10
é um exemplo. Repare que cada octeto é formado por nú- - Os endereços IP da classe A são usados em locais
meros que podem ir de 0 a 255, não mais do que isso. onde são necessárias poucas redes, mas uma grande quan-
tidade de máquinas nelas. Para isso, o primeiro byte é utili-
zado como identificador da rede e os demais servem como
identificador dos dispositivos conectados (PCs, impresso-
ras, etc);
- Os endereços IP da classe B são usados nos casos
onde a quantidade de redes é equivalente ou semelhante
à quantidade de dispositivos. Para isso, usam-se os dois
primeiros bytes do endereço IP para identificar a rede e os
restantes para identificar os dispositivos;
A divisão de um IP em quatro partes facilita a organi- - Os endereços IP da classe C são usados em locais que
zação da rede, da mesma forma que a divisão do seu en- requerem grande quantidade de redes, mas com poucos
dereço em cidade, bairro, CEP, número, etc, torna possível dispositivos em cada uma. Assim, os três primeiros bytes
a organização das casas da região onde você mora. Neste são usados para identificar a rede e o último é utilizado
sentido, os dois primeiros octetos de um endereço IP po- para identificar as máquinas.
dem ser utilizados para identificar a rede, por exemplo. Em Quanto às classes D e E, elas existem por motivos es-
uma escola que tem, por exemplo, uma rede para alunos peciais: a primeira é usada para a propagação de pacotes
e outra para professores, pode-se ter 172.31.x.x para uma especiais para a comunicação entre os computadores, en-
rede e 172.32.x.x para a outra, sendo que os dois últimos quanto que a segunda está reservada para aplicações futu-
octetos são usados na identificação de computadores. ras ou experimentais.

82
INFORMÁTICA

Vale frisar que há vários blocos de endereços reserva-


dos para fins especiais. Por exemplo, quando o endereço Identifica-
Identifica- Máscara de
começa com 127, geralmente indica uma rede “falsa”, isto Classe Endereço IP dor do com-
dor da rede sub-rede
é, inexistente, utilizada para testes. No caso do endereço putador
127.0.0.1, este sempre se refere à própria máquina, ou seja, A 10.2.68.12 10 2.68.12 255.0.0.0
ao próprio host, razão esta que o leva a ser chamado de
localhost. Já o endereço 255.255.255.255 é utilizado para B 172.31.101.25 172.31 101.25 255.255.0.0
propagar mensagens para todos os hosts de uma rede de C 192.168.0.10 192.168.0 10 255.255.255.0
maneira simultânea.
Você percebe então que podemos ter redes com más-
Endereços IP privados cara 255.0.0.0, 255.255.0.0 e 255.255.255.0, cada uma indi-
Há conjuntos de endereços das classes A, B e C que são cando uma classe. Mas, como já informado, ainda pode ha-
privados. Isto significa que eles não podem ser utilizados ver situações onde há desperdício. Por exemplo, suponha
na internet, sendo reservados para aplicações locais. São, que uma faculdade tenha que criar uma rede para cada um
essencialmente, estes: de seus cinco cursos. Cada curso possui 20 computadores.
-Classe A: 10.0.0.0 à 10.255.255.255; A solução seria então criar cinco redes classe C? Pode ser
-Classe B: 172.16.0.0 à 172.31.255.255; melhor do que utilizar classes B, mas ainda haverá desper-
-Classe C: 192.168.0.0 à 192.168.255.255. dício. Uma forma de contornar este problema é criar uma
Suponha então que você tenha que gerenciar uma rede rede classe C dividida em cinco sub-redes. Para isso, as
com cerca de 50 computadores. Você pode alocar para es- máscaras novamente entram em ação.
tas máquinas endereços de 192.168.0.1 até 192.168.0.50, Nós utilizamos números de 0 a 255 nos octetos, mas
por exemplo. Todas elas precisam de acesso à internet. O estes, na verdade, representam bytes (linguagem binária).
que fazer? Adicionar mais um IP para cada uma delas? Não. 255 em binário é 11111111. O número zero, por sua vez,
Na verdade, basta conectá-las a um servidor ou equipa- é 00000000. Assim, a máscara de um endereço classe C,
mento de rede - como um roteador - que receba a cone- 255.255.255.0, é:
xão à internet e a compartilhe com todos os dispositivos 11111111.11111111.11111111.00000000
conectados a ele. Com isso, somente este equipamento Perceba então que, aqui, temos uma máscara forma-
precisará de um endereço IP para acesso à rede mundial da por 24 bits 1: 11111111 + 11111111 + 11111111. Para
de computadores. criarmos as nossas sub-redes, temos que ter um esquema
com 25, 26 ou mais bits, conforme a necessidade e as pos-
Máscara de sub-rede sibilidades. Em outras palavras, precisamos trocar alguns
As classes IP ajudam na organização deste tipo de en- zeros do último octeto por 1.
dereçamento, mas podem também representar desperdí- Suponha que trocamos os três primeiros bits do últi-
cio. Uma solução bastante interessante para isso atende mo octeto (sempre trocamos da esquerda para a direita),
pelo nome de máscara de sub-rede, recurso onde parte resultando em:
dos números que um octeto destinado a identificar dis- 11111111.11111111.11111111.11100000
positivos conectados (hosts) é “trocado” para aumentar a Se fizermos o número 2 elevado pela quantidade de
capacidade da rede. Para compreender melhor, vamos en- bits “trocados”, teremos a quantidade possível de sub-re-
xergar as classes A, B e C da seguinte forma: des. Em nosso caso, temos 2^3 = 8. Temos então a possi-
- A: N.H.H.H; bilidade de criar até oito sub-redes. Sobrou cinco bits para
- B: N.N.H.H;
o endereçamento dos host. Fazemos a mesma conta: 2^5
- C: N.N.N.H.
= 32. Assim, temos 32 dispositivos em cada sub-rede (esta-
N significa Network (rede) e H indica Host. Com o
mos fazendo estes cálculos sem considerar limitações que
uso de máscaras, podemos fazer uma rede do N.N.H.H se
possam impedir o uso de todos os hosts e sub-redes).
“transformar” em N.N.N.H. Em outras palavras, as máscaras
11100000 corresponde a 224, logo, a máscara resultan-
de sub-rede permitem determinar quantos octetos e bits
te é 255.255.255.224.
são destinados para a identificação da rede e quantos são
Perceba que esse esquema de “trocar” bits pode ser
utilizados para identificar os dispositivos.
empregado também em endereços classes A e B, conforme
Para isso, utiliza-se, basicamente, o seguinte esquema:
se um octeto é usado para identificação da rede, este re- a necessidade. Vale ressaltar também que não é possível
ceberá a máscara de sub-rede 255. Mas, se um octeto é utilizar 0.0.0.0 ou 255.255.255.255 como máscara.
aplicado para os dispositivos, seu valor na máscara de sub IP estático e IP dinâmico
-rede será 0 (zero). A tabela a seguir mostra um exemplo IP estático (ou fixo) é um endereço IP dado permanen-
desta relação: temente a um dispositivo, ou seja, seu número não muda,
exceto se tal ação for executada manualmente. Como
exemplo, há casos de assinaturas de acesso à internet via
ADSL onde o provedor atribui um IP estático aos seus as-
sinantes. Assim, sempre que um cliente se conectar, usará
o mesmo IP.

83
INFORMÁTICA

O IP dinâmico, por sua vez, é um endereço que é dado


a um computador quando este se conecta à rede, mas que
muda toda vez que há conexão. Por exemplo, suponha que
você conectou seu computador à internet hoje. Quando
você conectá-lo amanhã, lhe será dado outro IP. Para en-
tender melhor, imagine a seguinte situação: uma empresa
tem 80 computadores ligados em rede. Usando IPs dinâ-
micos, a empresa disponibiliza 90 endereços IP para tais
máquinas. Como nenhum IP é fixo, um computador rece-
berá, quando se conectar, um endereço IP destes 90 que
não estiver sendo utilizado. É mais ou menos assim que os
provedores de internet trabalham. O IPv6 não consiste, necessariamente, apenas no au-
O método mais utilizado na distribuição de IPs dinâ- mento da quantidade de octetos. Um endereço do tipo
micos é o protocolo DHCP (Dynamic Host Configuration pode ser, por exemplo:
Protocol). FEDC:2D9D:DC28:7654:3210:FC57:D4C8:1FFF

IP nos sites Finalizando


Você já sabe que os sites na Web também necessitam Com o surgimento do IPv6, tem-se a impressão de que
de um IP. Mas, se você digitar em seu navegador www.in- a especificação tratada neste texto, o IPv4, vai sumir do
fowester.com, por exemplo, como é que o seu computador mapa. Isso até deve acontecer, mas vai demorar bastante.
sabe qual o IP deste site ao ponto de conseguir encontrá Durante essa fase, que podemos considerar de transição,
-lo? o que veremos é a “convivência” entre ambos os padrões.
Quando você digitar um endereço qualquer de um site, Não por menos, praticamente todos os sistemas operacio-
um servidor de DNS (Domain Name System) é consultado. nais atuais e a maioria dos dispositivos de rede estão aptos
Ele é quem informa qual IP está associado a cada site. O sis- a lidar tanto com um quanto com o outro. Por isso, se você
tema DNS possui uma hierarquia interessante, semelhante é ou pretende ser um profissional que trabalha com redes
a uma árvore (termo conhecido por programadores). Se, ou simplesmente quer conhecer mais o assunto, procure se
por exemplo, o site www.infowester.com é requisitado, o aprofundar nas duas especificações.
sistema envia a solicitação a um servidor responsável por A esta altura, você também deve estar querendo des-
terminações “.com”. Esse servidor localizará qual o IP do cobrir qual o seu IP. Cada sistema operacional tem uma
endereço e responderá à solicitação. Se o site solicitado forma de mostrar isso. Se você é usuário de Windows, por
termina com “.br”, um servidor responsável por esta termi- exemplo, pode fazê-lo digitando cmd em um campo do
nação é consultado e assim por diante. Menu Iniciar e, na janela que surgir, informar ipconfig /all
e apertar Enter. Em ambientes Linux, o comando é ifconfig.
IPv6
O mundo está cada vez mais conectado. Se, em um
passado não muito distante, você conectava apenas o PC
da sua casa à internet, hoje o faz com o celular, com o seu
notebook em um serviço de acesso Wi-Fi no aeroporto e
assim por diante. Somando este aspecto ao fato de cada
vez mais pessoas acessarem a internet no mundo inteiro,
nos deparamos com um grande problema: o número de
IPs disponíveis deixa de ser suficiente para toda as (futuras)
aplicações.
A solução para este grande problema (grande mesmo,
afinal, a internet não pode parar de crescer!) atende pelo
nome de IPv6, uma nova especificação capaz de suportar
até - respire fundo - 340.282.366.920.938.463.463.374.607. Perceba, no entanto, que se você estiver conectado a
431.768.211.456 de endereços, um número absurdamente partir de uma rede local - tal como uma rede wireless -
alto! visualizará o IP que esta disponibiliza à sua conexão. Para
saber o endereço IP do acesso à internet em uso pela rede,
você pode visitar sites como whatsmyip.org.

Provedor
O provedor é uma empresa prestadora de serviços que
oferece acesso à Internet. Para acessar a Internet, é neces-
sário conectar-se com um computador que já esteja na In-
ternet (no caso, o provedor) e esse computador deve per-
mitir que seus usuários também tenham acesso a Internet.

84
INFORMÁTICA

No Brasil, a maioria dos provedores está conectada Identificação de endereços de um site


à Embratel, que por sua vez, está conectada com outros Exemplo: http://www.pelotas.com.br
computadores fora do Brasil. Esta conexão chama-se link, http:// -> (Hiper Text Tranfer Protocol) protocolo de
que é a conexão física que interliga o provedor de acesso comunicação
com a Embratel. Neste caso, a Embratel é conhecida como WWW -> (World Wide Web) Grande rede mundial
backbone, ou seja, é a “espinha dorsal” da Internet no Bra- pelotas -> empresa ou organização que mantém o site
sil. Pode-se imaginar o backbone como se fosse uma ave- .com -> tipo de organização
nida de três pistas e os links como se fossem as ruas que ......br -> identifica o país
estão interligadas nesta avenida.
Tanto o link como o backbone possui uma velocidade Tipos de Organizações:
de transmissão, ou seja, com qual velocidade ele transmite .edu -> instituições educacionais. Exemplo: michigam.
os dados. Esta velocidade é dada em bps (bits por segun- edu
do). Deve ser feito um contrato com o provedor de acesso,
.com -> instituções comerciais. Exemplo: microsoft.
que fornecerá um nome de usuário, uma senha de acesso
com
e um endereço eletrônico na Internet.
.gov -> governamental. Exemplo: fazenda.gov
.mil -> instalação militar. Exemplo: af.mil
URL - Uniform Resource Locator
Tudo na Internet tem um endereço, ou seja, uma iden- .net -> computadores com funções de administrar re-
tificação de onde está localizado o computador e quais re- des. Exemplo: embratel.net
cursos este computador oferece. Por exemplo, a URL: .org -> organizações não governamentais. Exemplo:
http://www.novaconcursos.com.br care.org
Será mais bem explicado adiante.
Home Page
Como descobrir um endereço na Internet? Pela definição técnica temos que uma Home Page é
um arquivo ASCII (no formato HTML) acessado de compu-
Para que possamos entender melhor, vamos exempli- tadores rodando um Navegador (Browser), que permite o
ficar. acesso às informações em um ambiente gráfico e multimí-
Você estuda em uma universidade e precisa fazer algu- dia. Todo em hipertexto, facilitando a busca de informações
mas pesquisas para um trabalho. Onde procurar as infor- dentro das Home Pages.
mações que preciso? O endereço de Home Pages tem o seguinte formato:
Para isso, existem na Internet os “famosos” sites de http://www.endereço.com/página.html
procura, que são sites que possuem um enorme banco de Por exemplo, a página principal da Pronag:
dados (que contém o cadastro de milhares de Home Pa- http://www.pronag.com.br/index.html
ges), que permitem a procura por um determinado assun-
to. Caso a palavra ou o assunto que foi procurado exista PLUG-INS
em alguma dessas páginas, será listado toda esta relação Os plug-ins são programas que expandem a capacida-
de páginas encontradas. de do Browser em recursos específicos - permitindo, por
A pesquisa pode ser realizada com uma palavra, refe- exemplo, que você toque arquivos de som ou veja filmes
rente ao assunto desejado. Por exemplo, você quer pesqui- em vídeo dentro de uma Home Page. As empresas de soft-
sar sobre amortecedores, caso não encontre nada como ware vêm desenvolvendo plug-ins a uma velocidade im-
amortecedores, procure como autopeças, e assim suces- pressionante. Maiores informações e endereços sobre plu-
sivamente.
g-ins são encontradas na página:
http://www.yahoo.com/Computers_and_Internet/Soft-
Barra de endereços
ware/Internet/World_Wide_Web/Browsers/Plug_Ins/Indi-
ces/
Atualmente existem vários tipos de plug-ins. Abaixo te-
A Barra de Endereços possibilita que se possa navegar mos uma relação de alguns deles:
em páginas da internet, bastando para isto digitar o ende- - 3D e Animação (Arquivos VRML, MPEG, QuickTime,
reço da página. etc.).
Alguns sites interessantes: - Áudio/Vídeo (Arquivos WAV, MID, AVI, etc.).
• www.diariopopular.com.br (Jornal Diário Popular) - Visualizadores de Imagens (Arquivos JPG, GIF, BMP,
• www.ufpel.tche.br (Ufpel) PCX, etc.).
• www.cefetrs.tche.br (Cefet) - Negócios e Utilitários
• www.servidor.gov.br (Informações sobre servidor pú- - Apresentações
blico)
• www.siapenet.gog.br (contracheque) FTP - Transferência de Arquivos
• www.pelotas.com.br (Site Oficial de Pelotas) Permite copiar arquivos de um computador da Internet
• www.mec.gov.br (Ministério da Educação) para o seu computador.

85
INFORMÁTICA

Os programas disponíveis na Internet podem ser: O WWW não dispunha de gráficos em seus primór-
• Freeware: Programa livre que pode ser distribuí- dios, apenas de hipertexto. Entretanto, em 1993, o projeto
do e utilizado livremente, não requer nenhuma taxa para WWW ganhou força extra com a inserção de um visualiza-
sua utilização, e não é considerado “pirataria” a cópia deste dor (também conhecido como browser) de páginas capaz
programa. não apenas de formatar texto, mas também de exibir grá-
• Shareware: Programa demonstração que pode ser ficos, som e vídeo. Este browser chamava-se Mosaic e foi
utilizado por um determinado prazo ou que contém alguns desenvolvido dentro da NCSA, por um time chefiado por
limites, para ser utilizado apenas como um teste do progra- Mark Andreesen. O sucesso do Mosaic foi espetacular.
ma. Se o usuário gostar ele compra, caso contrário, não usa Depois disto, várias outras companhias passaram a
mais o programa. Na maioria das vezes, esses programas produzir browsers que deveriam fazer concorrência ao
exibem, de tempos em tempos, uma mensagem avisando Mosaic. Mark Andreesen partiu para a criação da Netscape
que ele deve ser registrado. Outros tipos de shareware têm Communications, criadora do browser Netscape.
tempo de uso limitado. Depois de expirado este tempo de Surgiram ainda o Cello, o AIR Mosaic, o SPRY Mosaic,
teste, é necessário que seja feito a compra deste programa. o Microsoft Internet Explorer, o Mozilla Firefox e muitos
outros browsers.
Navegar nas páginas
Consiste percorrer as páginas na internet a partir de
Busca e pesquisa na web
um documento normal e de links das próprias páginas.

Como salvar documentos, arquivos e sites Os sites de busca servem para procurar por um deter-
Clique no menu Arquivo e na opção Salvar como. minado assunto ou informação na internet.
Alguns sites interessantes:
Como copiar e colar para um editor de textos • www.google.com.br
Selecionar o conteúdo ou figura da página. Clicar com • http://br.altavista.com
o botão direito do mouse e escolha a opção Copiar. • http://cade.search.yahoo.com
• http://br.bing.com/

Como fazer a pesquisa

Digite na barra de endereço o endereço do site de pes-


quisa. Por exemplo:
www.google.com.br

Abra o editor de texto clique em colar

Navegadores
O navegador de WWW é a ferramenta mais importante
para o usuário de Internet. É com ele que se podem vi-
sitar museus, ler revistas eletrônicas, fazer compras e até
participar de novelas interativas. As informações na Web
são organizadas na forma de páginas de hipertexto, cada
um com seu endereço próprio, conhecido como URL. Para
começar a navegar, é preciso digitar um desses endereços
no campo chamado Endereço no navegador. O software
estabelece a conexão e traz, para a tela, a página corres-
pondente. Em pesquisar pode-se escolher onde será feita a pes-
O navegador não precisa de nenhuma configuração quisa.
especial para exibir uma página da Web, mas é necessário
ajustar alguns parâmetros para que ele seja capaz de enviar
e receber algumas mensagens de correio eletrônico e aces-
sar grupos de discussão (news).
O World Wide Web foi inicialmente desenvolvido no
Centro de Pesquisas da CERN (Conseil Europeen pour la
Recherche Nucleaire), Suíça. Originalmente, o WWW era
um meio para físicos da CERN trocar experiências sobre
suas pesquisas através da exibição de páginas de texto. Fi- Os sites de pesquisa em geral não fazem distinção na
cou claro, desde o início, o imenso potencial que o WWW pesquisa com letras maiúsculas e minúsculas e nem pala-
possuía para diversos tipos de aplicações, inclusive não vras com ou sem acento.
científicas.

86
INFORMÁTICA

Opções de pesquisa O resultado da pesquisa


O resultado da pesquisa é visualizado da seguinte for-
ma:

Web: pesquisa em todos os sites


Imagens: pesquisa por imagens anexadas nas páginas.
Exemplo do resultado se uma pesquisa.

INTRANET
A Intranet ou Internet Corporativa é a implantação de
uma Internet restrita apenas a utilização interna de uma
empresa. As intranets ou Webs corporativas, são redes de
comunicação internas baseadas na tecnologia usada na In-
Grupos: pesquisa nos grupos de discussão da Usenet. ternet. Como um jornal editado internamente, e que pode
Exemplo: ser acessado apenas pelos funcionários da empresa.
A intranet cumpre o papel de conectar entre si filiais e
departamentos, mesclando (com segurança) as suas infor-
mações particulares dentro da estrutura de comunicações
da empresa.
O grande sucesso da Internet, é particularmente da
World Wide Web (WWW) que influenciou muita coisa na
evolução da informática nos últimos anos.
Em primeiro lugar, o uso do hipertexto (documentos
Diretórios: pesquisa o conteúdo da internet organiza- interligados através de vínculos, ou links) e a enorme fa-
dos por assunto em categorias. Exemplo: cilidade de se criar, interligar e disponibilizar documentos
multimídia (texto, gráficos, animações, etc.), democratiza-
ram o acesso à informação através de redes de computa-
dores. Em segundo lugar, criou-se uma gigantesca base de
usuários, já familiarizados com conhecimentos básicos de
informática e de navegação na Internet. Finalmente, surgi-
ram muitas ferramentas de software de custo zero ou pe-
queno, que permitem a qualquer organização ou empresa,
Como escolher palavra-chave sem muito esforço, “entrar na rede” e começar a acessar e
colocar informação. O resultado inevitável foi a impressio-
• Busca com uma palavra: retorna páginas que in- nante explosão na informação disponível na Internet, que
cluam a palavra digitada. segundo consta, está dobrando de tamanho a cada mês.
• “Busca entre aspas”: a pesquisa só retorna páginas Assim, não demorou muito a surgir um novo conceito,
que incluam todos os seus termos de busca, ou seja, toda a que tem interessado um número cada vez maior de em-
sequência de termos que foram digitadas. presas, hospitais, faculdades e outras organizações interes-
• Busca com sinal de mais (+): a pesquisa retorna sadas em integrar informações e usuários: a intranet. Seu
páginas que incluam todas advento e disseminação promete operar uma revolução
• as palavras aleatoriamente na página. tão profunda para a vida organizacional quanto o apare-
• Busca com sinal de menos (-): as palavras que fi- cimento das primeiras redes locais de computadores, no
cam antes do sinal de final da década de 80.
• menos são excluídas da pesquisa.
• Resultado de um cálculo: pode ser efetuado um O que é Intranet?
cálculo em um site de pesquisa. O termo “intranet” começou a ser usado em meados de
1995 por fornecedores de produtos de rede para se refe-
Por exemplo: 3+4 rirem ao uso dentro das empresas privadas de tecnologias
projetadas para a comunicação por computador entre em-
presas. Em outras palavras, uma intranet consiste em uma
rede privativa de computadores que se baseia nos padrões
Irá retornar: de comunicação de dados da Internet pública, baseadas na

87
INFORMÁTICA

tecnologia usada na Internet (páginas HTML, e-mail, FTP, que caracteriza a arquitetura da intranet: cliente-servidor).
etc.) que vêm, atualmente fazendo muito sucesso. Entre A vantagem da intranet é que esses programas são ati-
as razões para este sucesso, estão o custo de implantação vados através da WWW, permitindo grande flexibilidade.
relativamente baixo e a facilidade de uso propiciada pelos Determinadas linguagens, como Java, assumiram grande
programas de navegação na Web, os browsers. importância no desenvolvimento de softwares aplicativos
que obedeçam aos três conceitos anteriores.
Objetivo de construir uma Intranet
Organizações constroem uma intranet porque ela é Como montar uma Intranet
uma ferramenta ágil e competitiva. Poderosa o suficiente Basicamente a montagem de uma intranet consiste em
para economizar tempo, diminuir as desvantagens da dis- usar as estruturas de redes locais existentes na maioria das
tância e alavancar sobre o seu maior patrimônio de capital- empresas, e em instalar um servidor Web.
funcionários com conhecimentos das operações e produ- Servidor Web - É a máquina que faz o papel de repo-
tos da empresa. sitório das informações contidas na intranet. É lá que os
clientes vão buscar as páginas HTML, mensagens de e-mail
Aplicações da Intranet ou qualquer outro tipo de arquivo.
Já é ponto pacífico que apoiarmos a estrutura de comu-
nicações corporativas em uma intranet dá para simplificar o Protocolos - São os diferentes idiomas de comunicação
trabalho, pois estamos virtualmente todos na mesma sala. utilizados. O servidor deve abrigar quatro protocolos. O pri-
De qualquer modo, é cedo para se afirmar onde a intranet meiro é o HTTP, responsável pela comunicação do browser
vai ser mais efetiva para unir (no sentido operacional) os com o servidor, em seguida vem o SMTP ligado ao envio
diversos profissionais de uma empresa. Mas em algumas de mensagens pelo e-mail, e o FTP usado na transferência
áreas já se vislumbram benefícios, por exemplo: de arquivos. Independentemente das aplicações utilizadas
• Marketing e Vendas - Informações sobre produ- na intranet, todas as máquinas nela ligadas devem falar um
tos, listas de preços, promoções, planejamento de eventos; idioma comum: o TCP/IP, protocolo da Internet.
• Desenvolvimento de Produtos - OT (Orientação
de Trabalho), planejamentos, listas de responsabilidades Identificação do Servidor e das Estações - Depois de
definidos os protocolos, o sistema já sabe onde achar as
de membros das equipes, situações de projetos;
informações e como requisitá-las. Falta apenas saber o
• Apoio ao Funcionário - Perguntas e respostas, sis-
nome de quem pede e de quem solicita. Para isso existem
temas de melhoria contínua (Sistema de Sugestões), ma-
dois programas: o DNS que identifica o servidor e o DHCP
nuais de qualidade;
(Dinamic Host Configuration Protocol) que atribui nome às
• Recursos Humanos - Treinamentos, cursos, apos-
estações clientes.
tilas, políticas da companhia, organograma, oportunidades
Estações da Rede - Nas estações da rede, os funcio-
de trabalho, programas de desenvolvimento pessoal, be- nários acessam as informações colocadas à sua disposição
nefícios. no servidor. Para isso usam o Web browser, software que
Para acessar as informações disponíveis na Web corpo- permite folhear os documentos.
rativa, o funcionário praticamente não precisa ser treinado.
Afinal, o esforço de operação desses programas se resume Comparando Intranet com Internet
quase somente em clicar nos links que remetem às novas Na verdade as diferenças entre uma intranet e a In-
páginas. No entanto, a simplicidade de uma intranet termi- ternet, é uma questão de semântica e de escala. Ambas
na aí. Projetar e implantar uma rede desse tipo é uma tarefa utilizam as mesmas técnicas e ferramentas, os mesmos
complexa e exige a presença de profissionais especializa- protocolos de rede e os mesmos produtos servidores. O
dos. Essa dificuldade aumenta com o tamanho da intranet, conteúdo na Internet, por definição, fica disponível em es-
sua diversidade de funções e a quantidade de informações cala mundial e inclui tudo, desde uma home-page de al-
nela armazenadas. guém com seis anos de idade até as previsões do tempo.
A intranet é baseada em quatro conceitos: A maior parte dos dados de uma empresa não se destina
• Conectividade - A base de conexão dos computa- ao consumo externo, na verdade, alguns dados, tais como
dores ligados através de uma rede, e que podem transferir as cifras das vendas, clientes e correspondências legais, de-
qualquer tipo de informação digital entre si; vem ser protegidos com cuidado. E, do ponto de vista da
• Heterogeneidade - Diferentes tipos de computa- escala, a Internet é global, uma intranet está contida den-
dores e sistemas operacionais podem ser conectados de tro de um pequeno grupo, departamento ou organização
forma transparente; corporativa. No extremo, há uma intranet global, mas ela
• Navegação - É possível passar de um documento a ainda conserva a natureza privada de uma Internet menor.
outro através de referências ou vínculos de hipertexto, que A Internet e a Web ficaram famosas, com justa razão,
facilitam o acesso não linear aos documentos; por serem uma mistura caótica de informações úteis e ir-
• Execução Distribuída - Determinadas tarefas de relevantes, o meteórico aumento da popularidade de sites
acesso ou manipulação na intranet só podem ocorrer gra- da Web dedicados a índices e mecanismos de busca é uma
ças à execução de programas aplicativos, que podem es- medida da necessidade de uma abordagem organizada.
tar no servidor, ou nos microcomputadores que acessam a Uma intranet aproveita a utilidade da Internet e da Web
rede (também chamados de clientes, daí surgiu à expressão num ambiente controlado e seguro.

88
INFORMÁTICA

Vantagens e Desvantagens da Intranet


Alguns dos benefícios são:
• Redução de custos de impressão, papel, distribuição
de software, e-mail e processamento de pedidos;
• Redução de despesas com telefonemas e pessoal no
suporte telefônico;
• Maior facilidade e rapidez no acesso as informações
técnicas e de marketing;
• Maior rapidez e facilidade no acesso a localizações
remotas;
• Incrementando o acesso a informações da concor-
rência;
• Uma base de pesquisa mais compreensiva;
• Facilidade de acesso a consumidores (clientes) e par-
ceiros (revendas);
• Aumento da precisão e redução de tempo no acesso Segurança da Intranet
à informação; Três tecnologias fornecem segurança ao armazena-
• Uma única interface amigável e consistente para mento e à troca de dados em uma rede: autenticação, con-
aprender e usar; trole de acesso e criptografia.
• Informação e treinamento imediato (Just in Time); Autenticação - É o processo que consiste em verificar
• As informações disponíveis são visualizadas com cla- se um usuário é realmente quem alega ser. Os documen-
reza; tos e dados podem ser protegidos através da solicitação
• Redução de tempo na pesquisa a informações; de uma combinação de nome do usuário/senha, ou da ve-
• Compartilhamento e reutilização de ferramentas e rificação do endereço IP do solicitante, ou de ambas. Os
informação; usuários autenticados têm o acesso autorizado ou negado
• Redução no tempo de configuração e atualização dos a recursos específicos de uma intranet, com base em uma
sistemas; ACL (Access Control List) mantida no servidor Web;
• Simplificação e/ou redução das licenças de software
e outros; Criptografia - É a conversão dos dados para um for-
• Redução de custos de documentação; mato que pode ser lido por alguém que tenha uma chave
• Redução de custos de suporte; secreta de descriptografia. Um método de criptografia am-
• Redução de redundância na criação e manutenção plamente utilizado para a segurança de transações Web é a
de páginas; tecnologia de chave pública, que constitui a base do HTTPS
• Redução de custos de arquivamento; - um protocolo Web seguro;
• Compartilhamento de recursos e habilidade.
Firewall - Você pode proporcionar uma comunicação
segura entre uma intranet e a Internet através de servi-
Alguns dos empecilhos são: dores proxy, que são programas que residem no firewall
• Aplicativos de Colaboração - Os aplicativos de cola- e permitem (ou não) a transmissão de pacotes com base
boração, não são tão poderosos quanto os oferecidos pe- no serviço que está sendo solicitado. Um proxy HTTP, por
los programas para grupos de trabalho tradicionais. É ne- exemplo, pode permitir que navegadores Webs internos
cessário configurar e manter aplicativos separados, como da empresa acessem servidores Web externos, mas não o
e-mail e servidores Web, em vez de usar um sistema unifi- contrário.
cado, como faria com um pacote de software para grupo Dispositivos para realização de Cópias de Segurança
de trabalho; Os dispositivos para a realização de cópias de seguran-
• Número Limitado de Ferramentas - Há um número ça do(s) servidor(es) constituem uma das peças de especial
limitado de ferramentas para conectar um servidor Web a importância. Por exemplo, unidades de disco amovíveis
bancos de dados ou outros aplicativos back-end. As intra- com grande capacidade de armazenamento, tapes...
nets exigem uma rede TCP/IP, ao contrário de outras solu- Queremos ainda referir que para o funcionamento de
ções de software para grupo de trabalho que funcionam uma rede existem outros conceitos como topologias/con-
com os protocolos de transmissão de redes local existentes; figurações (rede linear, rede em estrela, rede em anel, rede
• Ausência de Replicação Embutida – As intranets não em árvore, rede em malha …), métodos de acesso, tipos
apresentam nenhuma replicação embutida para usuários de cabos, protocolos de comunicação, velocidade de trans-
remotos. A HMTL não é poderosa o suficiente para desen- missão …
volver aplicativos cliente/servidor.
Como a Intranet é ligada à Internet EXTRANET
A Extranet de uma empresa é a porção de sua rede de
computadores que faz uso da Internet para partilhar com
segurança parte do seu sistema de informação.

89
INFORMÁTICA

A Extranet de uma empresa é a porção de sua rede de Para pesquisar. Insira um termo na barra de endereços
computadores que faz uso da Internet para partilhar com e toque ou clique em Ir para pesquisar a Internet com o
segurança parte do seu sistema de informação. mecanismo de pesquisa padrão.
Tomado o termo em seu sentido mais amplo, o concei- Para obter sugestões. Não sabe para onde deseja ir?
to confunde-se com Intranet. Uma Extranet também pode Digite uma palavra na barra de endereços para ver suges-
ser vista como uma parte da empresa que é estendida a tões de sites, aplicativos e pesquisa enquanto digita. Basta
usuários externos (“rede extra-empresa”), tais como repre- tocar ou clicar em uma das sugestões acima da barra de
sentantes e clientes. Outro uso comum do termo Extranet endereços.
ocorre na designação da “parte privada” de um site, onde
somente “usuários registrados” podem navegar, previa-
mente autenticados por sua senha (login).

Empresa estendida
O acesso à intranet de uma empresa através de um
Portal (internet) estabelecido na web de forma que pessoas
e funcionários de uma empresa consigam ter acesso à in-
tranet através de redes externas ao ambiente da empresa.
Uma extranet é uma intranet que pode ser acessada via
Web por clientes ou outros usuários autorizados. Uma in-
tranet é uma rede restrita à empresa que utiliza as mesmas
tecnologias presentes na Internet, como e-mail, webpages,
servidor FTP etc.
A ideia de uma extranet é melhorar a comunicação en-
tre os funcionários e parceiros além de acumular uma base Multitarefas com guias e janelas
de conhecimento que possa ajudar os funcionários a criar Com as guias, você pode ter muitos sites abertos em
novas soluções. uma só janela do navegador, para que seja mais fácil abrir,
Exemplificando uma rede de conexões privadas, basea- fechar e alternar os sites. A barra de guias mostra todas
da na Internet, utilizada entre departamentos de uma em- as guias ou janelas que estão abertas no Internet Explorer.
presa ou parceiros externos, na cadeia de abastecimento, Para ver a barra de guias, passe o dedo de baixo para cima
trocando informações sobre compras, vendas, fabricação, (ou clique) na tela.
distribuição, contabilidade entre outros.

Internet Explorer1
O Internet Explorer facilita o acesso a sites e ajuda a ver
com o máximo de qualidade todo o conteúdo incrível que
você pode encontrar. Depois de aprender alguns gestos
e truques comuns, você poderá usar seu novo navegador
com todo o conforto e aproveitar ao máximo seus sites
favoritos.

Noções básicas sobre navegação


Mãos à obra. Para abrir o Internet  Explorer,  toque ou
clique no bloco Internet Explorer na tela Inicial.
Uma barra de endereços, três formas de usar
A barra de endereços é o seu ponto de partida para
navegar pela Internet. Ela combina barra de endereços e Abrindo e alternando as guias
caixa de pesquisa para que você possa navegar, pesquisar Abra uma nova guia tocando ou clicando no botão
ou receber sugestões em um só local. Ela permanece fora Nova guia . Em seguida, insira uma URL ou um termo de
do caminho quando não está em uso para dar mais espaço pesquisa ou selecione um de seus sites favoritos ou mais
para os sites. Para que a barra de endereços apareça, passe visitados.
o dedo de baixo para cima na tela ou clique na barra na Alterne várias guias abertas tocando ou clicando nelas
parte inferior da tela se estiver usando um mouse. Há três na barra de guias. Você pode ter até 100 guias abertas em
maneiras de utilizá-la: uma só janela. Feche as guias tocando ou clicando em Fe-
char no canto de cada guia.
Para navegar. Insira uma URL na barra de endereços
para ir diretamente para um site. Ou toque, ou clique, na
barra de endereços para ver os sites que mais visita (os
sites mais frequentes).
1 Fonte: Ajuda do Internet Explorer

90
INFORMÁTICA

As home pages são os sites que se abrem sempre que


você inicia uma nova sessão de navegação no Internet Ex-
plorer. Você pode escolher vários sites, como seus sites de
notícias ou blogs favoritos, a serem carregados na abertura
do navegador. Dessa maneira, os sites que você visita com
mais frequência estarão prontos e esperando por você.
Passe o dedo da borda direita da tela e toque em Con-
figurações.

(Se você estiver usando um mouse, aponte para o can-


to inferior direito da tela, mova o ponteiro do mouse para
cima e clique em Configurações.)
Toque ou clique em Opções e, em Home pages, toque
ou clique em Gerenciar.
Usando várias janelas de navegação Insira a URL de um site que gostaria de definir como
Também é possível abrir várias janelas no Internet Ex- home page ou toque ou clique em Adicionar site atual se
plorer  11 e exibir duas delas lado a lado. Para abrir uma estiver em um site que gostaria de transformar em home
nova janela, pressione e segure o bloco Internet  Explorer page.
(ou clique nele com o botão direito do mouse) na tela Ini-
cial e, em seguida, toque ou clique em Abrir nova janela. Para salvar seus sites favoritos
Duas janelas podem ser exibidas lado a lado na tela. Salvar um site como favorito é uma forma simples de
Abra uma janela e arraste-a de cima para baixo, para o lado memorizar os sites de que você gosta e que deseja visitar
direito ou esquerdo da tela. Em seguida, arraste a outra sempre. (Se você tiver feito a atualização para o Windo-
janela a partir do lado esquerdo da tela. ws 8.1 a partir do Windows 8 e entrado usando sua conta
Dica da Microsoft, todos os favoritos já existentes terão sido im-
Você pode manter a barra de endereços e as guias en- portados automaticamente.)
caixadas na parte inferior da tela para abrir sites e fazer Vá até um site que deseja adicionar.
pesquisas rapidamente. Abra o botão Configurações, to- Passe o dedo de baixo para cima (ou clique) para exibir
que ou clique em Opções e, em Aparência, altere Sempre os comandos de aplicativos. Em seguida, toque ou clique
mostrar a barra de endereços e as guias para Ativado. no botão Favoritos  para mostrar a barra de favoritos.
Personalizando sua navegação Toque ou clique em Adicionar a favoritos e, em se-
Depois de ter aprendido as noções básicas sobre o uso guida, toque ou clique em Adicionar.
do navegador, você poderá alterar suas home pages, adi-
cionar sites favoritos e fixar sites à tela Inicial.
Para escolher suas home pages

Para fixar um site na tela Inicial


A fixação de um site cria um bloco na tela Inicial, o
que fornece acesso com touch ao site em questão. Alguns
sites fixados mostrarão notificações quando houver novo
conteúdo disponível. Você pode fixar quantos sites quiser e
organizá-los em grupos na tela Inicial.

91
INFORMÁTICA

Para exibir os comandos de aplicativos, passe o dedo Um artigo da Internet com o modo de exibição de lei-
de baixo para cima (ou clique). tura ativado
Toque ou clique no botão Favoritos , toque ou clique
no botão Fixar site  e, em seguida, toque ou clique em Para personalizar as configurações do modo de exibi-
Fixar na Tela Inicial. ção de leitura
Passe o dedo da borda direita da tela e toque em Con-
Dica figurações.
Você pode alternar rapidamente os favoritos e as guias
tocando ou clicando no botão Favoritos ou no botão (Se você estiver usando um mouse, aponte para o can-
Guias nos comandos de aplicativos. to inferior direito da tela, mova o ponteiro do mouse para
cima e clique em Configurações.)
Lendo, salvando e compartilhando conteúdo da In- Toque ou clique em Opções e, em Modo de exibição de
ternet leitura, escolha um estilo de fonte e um tamanho de texto.
Ao examinar seu conteúdo online favorito, procure Estas são algumas opções de estilo que você pode se-
pelo ícone Modo de exibição de leitura na barra de en- lecionar.
dereços. O Modo de exibição de leitura retira quaisquer
itens desnecessários, como anúncios, para que as matérias
sejam destacadas. Toque ou clique no ícone para abrir a
página no modo de exibição de leitura. Quando quiser re-
tornar à navegação, basta tocar ou clicar no ícone nova-
mente.

Um artigo da Internet com o modo de exibição de lei-


tura desativado

92
INFORMÁTICA

FIREFOX2
Firefox é um navegador web de código aberto e mul-
tiplataforma com versões para Windows, OS X (Mac), Linux
e Android, em variantes de 32 e 64 bits, dependendo da
plataforma. O Firefox possui suporte para extensões, nave-
gação por abas, alerta contra sites maliciosos, suporte para
sincronização de informações, gerenciador de senhas, blo-
queador de janelas pop-up, pesquisa integrada, corretor
ortográfico, gerenciador de download, leitor de feeds RSS
e outros recursos.
Para salvar páginas na Lista de Leitura Além de ser multiplataforma, o Firefox também supor-
Quando você tiver um artigo ou outro conteúdo que ta diferentes linguagens, incluindo o português do Brasil
deseje ler mais tarde, basta compartilhá-lo com sua Lista (Pt Br).
de Leitura em vez de enviá-lo por email para você mesmo Surgido de um projeto criado por Dave Hyatt e Blake
ou de deixar mais guias de navegação abertas. A Lista de Ross em 2002, somente dois anos depois a plataforma de
Leitura é a sua biblioteca pessoal de conteúdo. Você pode navegação pela internet se desmembrou de outras ferra-
adicionar artigos, vídeos ou outros tipos de conteúdo a ela mentas e se tornou um browser independente. No começo,
diretamente do Internet  Explorer, sem sair da página em o Firefox se popularizou apenas entre o nicho de adeptos
que você está. do “software livre”, e mesmo assim já alcançou dezenas de
Passe o dedo desde a borda direita da tela e toque em milhões de downloads.
Compartilhar. Não demorou muito para que o navegador começasse
(Se usar um mouse, aponte para o canto superior direi- a receber melhorias relevantes e o seu potencial fosse ob-
to da tela, mova o ponteiro do mouse para baixo e clique servado por outros perfis de internautas. E foi basicamente
em Compartilhar.) assim que o produto da Fundação Mozilla ganhou seu es-
Toque ou clique em Lista de Leitura e, em seguida, em paço e quase desbancou a hegemonia do Internet Explorer.
Adicionar. O link para o conteúdo será armazenado na Lista Seu sistema de abas permite que o usuário navegue
de Leitura. em diversos sites sem a necessidade de abrir várias instân-
cias do programa. A função de navegação privativa é muito
Ajudando a proteger sua privacidade útil, pois com ela, o Mozilla Firefox não memoriza histórico,
Interagir em redes sociais, fazer compras, estudar, dados fornecidos a páginas e ao campo de pesquisa, lista
compartilhar e trabalhar: você provavelmente faz tudo isso de downloads, cookies e arquivos temporários. Serão pre-
diariamente na Internet, o que pode disponibilizar suas in- servados apenas arquivos salvos por downloads e novos
formações pessoais para outras pessoas. O Internet Explo- favoritos. Além dessas opções, o navegador continua com
rer ajuda você a se proteger melhor com uma segurança as funções básicas de qualquer outro aplicativo semelhan-
reforçada e mais controle sobre sua privacidade. Estas são te: gerenciador de favoritos, suporte a complementos e
algumas das maneiras pela quais você pode proteger me- sincronização de dados na nuvem.
lhor a sua privacidade durante a navegação:
Use a Navegação InPrivate. Os navegadores armaze- Principais características
nam informações como o seu histórico de pesquisa para · Navegação em abas;
ajudar a melhorar sua experiência. Quando você usa uma · A mesma janela pode conter diversas páginas. Abrin-
guia InPrivate, pode navegar normalmente, mas os dados do os links em segundo plano
como senhas, o histórico de pesquisa e o histórico de pá- Eles já estarão carregados quando você for ler;
ginas da Internet são excluídos quando o navegador é fe- · Bloqueador de popups:
chado. Para abrir uma nova guia InPrivate, passe o dedo · O Firefox já vem com um bloqueador embutido de
de baixo para cima na tela (ou clique nela) para mostrar popups;
os comandos de aplicativos, ou toque ou clique no botão · Pesquisa inteligente;
Ferramentas de guia e em Nova guia InPrivate. · O campo de pesquisa pelo Google fica na direita na
Use a Proteção contra Rastreamento e o recurso Do barra de ferramentas e abre direto a página com os resul-
Not Track para ajudar a proteger sua privacidade. O ras- tados, poupando o tempo de acesso à página de pesquisa
treamento refere-se à maneira como os sites, os provedo- antes de ter que digitar as palavras chaves. O novo localiza-
res de conteúdo terceiros, os anunciantes, etc. aprendem dor de palavras na página busca pelo texto na medida em
a forma como você interage com eles. Isso pode incluir o que você as digita, agilizando a busca;
rastreamento das páginas que você visita, os links em que · Favoritos RSS;
você clica e os produtos que você adquire ou analisa. No · A integração do RSS nos favoritos permite que você
Internet Explorer, você pode usar a Proteção contra Ras- fique sabendo das atualizações e últimas notícias dos seus
treamento e o recurso Do Not Track para ajudar a limitar sites preferidos cadastrados. Essa função é disponibilizada
as informações que podem ser coletadas por terceiros so- a partir do Firefox 2;
bre a sua navegação e para expressar suas preferências de · Downloads sem perturbação;
privacidade para os sites que visita. 2 Fonte: Ajuda do Firefox

93
INFORMÁTICA

· Os arquivos recebidos são salvos automaticamente na


área de trabalho, onde são fáceis de achar. Menos interrup-
ções significam downloads mais rápidos. Claro, essa função
pode ser personalizada sem problemas;
· Você decide como deve ser seu navegador;
· O Firefox é o navegador mais personalizável que exis-
te. Coloque novos botões nas barras de ferramentas, ins-
tale extensões que adiciona novas funções, adicione temas
que modificam o visual do Firefox e coloque mais mecanis-
mos nos campos de pesquisa.

O Firefox pode se tornar o navegador mais adequado


para a sua necessidade:
· Fácil utilização;
· Simples e intuitivo, mas repleto de recursos. O Firefox Uma nova maneira de pesquisar, ainda mais inteligente
tem todas as funções que você está acostumado - favori- - Sugestões de pesquisa aparecerão conforme você
tos, histórico, tela inteira, zoom de texto para tornar as pá- digita
ginas mais fáceis de ler, e diversas outras funcionalidades - Escolha o site certo para cada pesquisa
intuitivas; - Use a estrela para adicionar Favoritos
· Compacto;
· A maioria das distribuições está em torno dos 5MB.
Você leva apenas alguns minutos para copiar o Firefox para
o seu computador em uma conexão discada e segunda em
uma conexão banda larga. A configuração é simples e in-
tuitiva. Logo você estará navegando com essa ferramenta.

Principais novidades
Tudo começa pelo novo e intuitivo menu
- As opções que você mais acessa, todas no mesmo
lugar
- Pensado para facilitar o acesso
- Converse por vídeo com qualquer pessoa diretamen-
te do Firefox

Seus sites favoritos estão mais perto do que nunca


- Adicione e visualize seus Favoritos rapidamente
- Salve qualquer site com apenas um clique

Conheça o Firefox Hello


- Converse por vídeo com qualquer pessoa, em qual-
quer lugar
- É grátis! Não é preciso ter conta ou baixar comple-
mentos.
- Escolha como você quer pesquisar
Como funcionam as sugestões de sites?
O Firefox exibe links de sites como miniaturas ou lo-
gotipos na página Nova Aba. Quando usar o Firefox pela
primeira vez, verá links para sites da Mozilla. Esses sites
serão eventualmente substituídos por sites visitados com
mais frequência.

94
INFORMÁTICA

Personalizar a página Nova aba


O comportamento padrão do Firefox é exibir os sites
em destaque em uma nova aba. Aprenda como personali-
zar, fixar, remover e reorganizar esses sites.

Fixar

Ocultar ou exibir Sugestões na Nova Aba

Você pode determinar sua página Nova Aba para exibir Clique no ícone no canto superior esquerdo da suges-
seus sites mais visitados ou até mesmo nada. Para acessar tão para fixá-la naquela posição na página.
estes controles clique no ícone da engrenagem no canto Dica: Configure o Firefox Sync para sincronizar suas Su-
superior direito da nova aba. gestões fixadas entre os seus outros computadores.

Exibir seus sites principais Remover


Clique no ícone de engrenagem na página Nova Aba e
marque Exibir os sites mais visitados.

Mostrar uma Nova Aba em branco


Para remover todos os sites da página Nova Aba, sele-
cione Exibir página em branco.

Clique no “X” no canto superior direito do site para ex-


cluí-lo da página.
Nota: Se acidentalmente remover um site, pode recu-
perá-lo clicando em Desfazer no topo da página. Se muitos
sites foram removidos clique em Restaurar tudo.

Reorganizar

Clique e arraste uma Sugestão para dentro da posição


Desativar os controles da Nova Aba que desejar. Ela será “fixada” nesse novo local.
Para ocultar tudo na sua página Nova Aba, incluindo os Adicionar um dos seus favoritos
controles da Nova Aba (ou para escolher a página que abre Você também pode abrir a biblioteca de favoritos e ar-
em uma nova aba) você pode instalar o complemento New rastá-los para a página Nova Aba.
Tab Override (browser.newtab.url replacement). Antes de iniciar, configure o Firefox para lembrar o his-
tórico.
Clique no botão favoritos e depois em Exibir todos
os favoritos para abrir a janela da Biblioteca.

95
INFORMÁTICA

Arraste um favorito para dentro da posição que você Conecte dispositivos adicionais ao Sync
quiser. Tudo que precisa fazer é entrar e deixar o Sync fazer o
resto. Para entrar você precisa do endereço de e-mail e a
senha que usou no começo da configuração do sync.
Clique no botão de menu    , e, em seguida, clique
em Entrar no Sync.
Clique no botão Começar para abrir a página Crie uma
conta Firefox.
Clique no link Already have an account? Sign in na par-
te inferior da página.

Como faço para configurar o Sync no meu compu-


tador?
O Sync permite compartilhar seus dados e preferên-
cias (como favoritos, histórico, senhas, abas abertas, Lista
de Leitura e complementos instalados) com todos os seus
dispositivos. Aprenda como configurar o Firefox Sync.
Importante:  O  Sync  requer a versão mais recente do Insira o e-mail e a senha que você usou para criar sua
Firefox. Certifique-se de que você atualizou o Firefox em nova conta do Sync.
quaisquer computadores ou dispositivos Android. Depois que você tiver entrado, o Firefox Sync começará
Configurar o Sync requer duas partes: A criação de a sincronização de suas informações através dos seus dis-
uma conta no seu dispositivo principal e entrar nesta conta positivos conectados.
usando outros dispositivos. Aqui estão os passos em de-
talhes: Remover um dispositivo do Sync
- Crie uma conta do Sync Clique no botão   para expandir o Menu.
Clique no botão de menu   e depois em Entrar no Clique no nome da sua conta no Sync (geralmente seu
Sync. A página de acesso será aberta em uma nova aba. endereço de e-mail) para abrir as preferências do Sync.
Clique em Desconectar. Seu dispositivo não será mais
sincronizado.

Crie favoritos para salvar suas páginas favoritas


Os favoritos são atalhos para as páginas da web que
você mais gosta.
Como eu crio um favorito?
Nota:  Se não visualizar uma seção do Sync no menu, Fácil — é só clicar na estrela!
você ainda está usando uma versão antiga do Sync.  Para criar um favorito, clique no ícone da estrela na
Clique no botão Começar. Barra de ferramentas. A estrela ficará azul e seu favorito
Preencha o formulário para criar uma conta e clique será adicionado na pasta “Não organizados”. Pronto!
em Sign Up. Anote o endereço de e-mail e a senha usada,
você precisará disso mais tarde para entrar.
Verifique nas suas mensagens se recebeu o link de
verificação e clique nele para confirmar seu endereço de
e-mail. Você já está pronto para começar a usar!

Dica: Quer adicionar todas as abas de uma só vez?


Clique com o botão direito do mouse em qualquer aba e
selecione Adicionar todas as abas.... Dê um nome a pasta
e escolha onde quer guardá-la. Clique adicionar favoritos
para finalizar.

96
INFORMÁTICA

Como eu mudo o nome ou onde fica guardado um


favorito?
Para editar os detalhes do seu favorito, clique nova-
mente na estrela e a caixa Propriedades do favorito apa-
recerá.

Por padrão, os favoritos que você cria estarão localiza-


dos na pasta “Não organizados”. Selecione-a na barra late-
ral da janela “Biblioteca” para exibir os favoritos que você
Na janela Propriedades do favorito você pode modifi- adicionou. Dê um clique duplo em um favorito para abri-lo.
car qualquer um dos seguintes detalhes: Enquanto a janela da Biblioteca está aberta, você tam-
Nome: O nome que o Firefox exibe para os favoritos bém pode arrastar favoritos para outras pastas como a
em menus. “Menu Favoritos”, que exibe seus favoritos no menu aberto
Pasta: Escolha em que pasta guardar seu favorito sele- pelo botão Favoritos. Se você adicionar favoritos à pasta
cionando uma do menu deslizante (por exemplo, o Menu “Barra de favoritos”, eles aparecerão nela (embaixo da Bar-
Favoritos ou a Barra dos favoritos). Nesse menu, você tam- ra de navegação).
bém pode clicar em Selecionar... para exibir uma lista de
todas as pastas de favoritos.
Tags: Você pode usar tags para ajudá-lo a pesquisar e
organizar seus favoritos. Quando você terminar suas modi-
ficações, clique em Concluir para fechar a caixa.

Onde posso encontrar meus favoritos?


A forma mais fácil de encontrar um site para o qual
você criou um favorito é digitar seu nome na Barra de En-
dereços. Enquanto você digita, uma lista de sites que já
você visitou, adicionou aos favoritos ou colocou tags apa-
recerá. Sites com favoritos terão uma estrela amarela ao
seu lado. Apenas clique em um deles e você será levado até
lá instantaneamente.
Como eu ativo a Barra de favoritos?
Se você gostaria de usar a Barra de Favoritos, faça o
seginte:
Clique no botão e escolhe Personalizar.
Clique na lista Exibir/ocultar barras e no final selecione
Barra dos favoritos.
Clique no botão verde Sair da personalização.

Removendo apenas uma página dos Favoritos


Como eu organizo os meus favoritos? Acesse a página que deseja remover nos Favoritos.
Na Biblioteca, você pode ver e organizar todos os seus Clique no ícone da estrela à direita da sua barra de pes-
favoritos. quisa.
Clique no botão favoritos e depois em Exibir todos Na janela Editar este favorito, clique Remover Favorito.
os favoritos para abrir a janela da Biblioteca.

97
INFORMÁTICA

Adicionando favoritos em pastas


Clique no botão favoritos e depois em Exibir todos
os favoritos para abrir a janela da Biblioteca.
Clique na pasta que contém atualmente o favorito que
você deseja mover.
Arraste o favorito sobre a pasta e solte o botão para
mover o favorito para a pasta.

Ordenando por nome


Clique no botão favoritos e depois em Exibir todos
Removendo mais de uma página ou pasta dos Favo- os favoritos para abrir a janela da Biblioteca.
ritos Clique com o botão direito do mouse na pasta que de-
Clique no botão favoritos e depois em Exibir todos seja ordenar e selecione Ordenar pelo nome. Os Favoritos
os favoritos para abrir a janela da Biblioteca. serão colocados em ordem alfabética.
No painel esquerdo da janela do gerenciador, clique na
pasta que deseja visualizar. Seu conteúdo será mostrado
no painel direito.
No painel direito, selecione os itens que deseja remo-
ver.
Com os itens a serem removidos selecionado, clique no
botão Organizar e selecione Excluir.

As alterações efetuadas na janela Biblioteca será refle-


Criando novas pastas tido na barra lateral, no menu e no botão de favoritos.
Reorganizando manualmente
Clique no botão favoritos e depois em Exibir todos Clique no botão favoritos e depois em Exibir todos
os favoritos para abrir a janela da Biblioteca. os favoritos para abrir a janela da Biblioteca.
Clique com o botão direito do mouse na pasta que irá Clique na pasta que contém o favorito que você deseja
conter a nova pasta, então selecione Nova pasta.... mover para expandi-la.
Clique no favorito que você quer mover e arraste-o
para a posição desejada.

Na janela de nova pasta, digite o nome e (opcional-


mente) uma descrição para a pasta que você deseja criar.
Para mover um favorito para uma pasta diferente, ar-
raste-o para cima da pasta.

98
INFORMÁTICA

As alterações efetuadas na janela Biblioteca serão re-


fletidas na barra lateral, no menu e no botão de favoritos.

Ordenar visualizações na janela Biblioteca


Para ver os seus favoritos em várias ordens de classifi-
cação, use a janela Biblioteca:
Clique no botão favoritos e depois em Exibir todos
os favoritos para abrir a janela da Biblioteca.
No painel esquerdo, clique na pasta que deseja visuali-
zar. O conteúdo será exibido no painel da direita.
Clique no botão Exibir, selecione Ordenar e depois
escolha uma ordem de classificação.
A ordem de classificação na janela Biblioteca é apenas Feche a janela about:preferences. Quaisquer alterações
para visualização, e não vai ser refletido na barra lateral, no feitas serão salvas automaticamente.
menu ou no botão de favoritos.
Definindo a Página Inicial Sugestões de pesquisa no Firefox
Veja como abrir automaticamente qualquer página Muitos mecanismos de pesquisa (incluindo Yahoo,
web na inicialização do Firefox ou clicando no botão Pági- Google, Bing e outros) fornecem sugestões de pesquisa,
na inicial . as quais são baseadas em pesquisas populares que outras
Abra a página web que deseja definir como sua página pessoas fazem e que estão relacionadas com uma pala-
inicial. vra ou palavras que você inserir. Quando as Sugestões de
Clique e arraste a aba para cima do botão Página Inicial Pesquisa estão ativadas, o texto que você digita em um
. campo de pesquisa é enviado para o mecanismo de busca,
o qual analisa as palavras e exibe uma lista de pesquisas
relacionadas.

Clique em Sim para definir esta página como sua pá-


gina inicial.

Dica: Mais opções de configuração da página inicial es-


tão disponíveis na janela Opções . Como as sugestões de pesquisa funcionam
Se você ver uma sugestão de pesquisa que correspon-
Clique no botão menu e depois em Opções, na ja- de ao que você está procurando, clique nela para ver re-
nela que foi aberta vá para o painel Geral. sultados para aquele termo de pesquisa. Isso pode poupar
A partir do menu drop-down, selecione Abrir página tempo e ajudar você a encontrar o que está procurando
em branco na inicialização ou Restaurar janelas e abas an- com menos digitação.
teriores. Ativar as sugestões de pesquisa enviará as palavras-
Clicando em Usar as páginas abertas, as páginas que chave que você digita num campo de busca para o me-
estiverem abertas serão configuradas como páginas ini- canismo de pesquisa padrão - a menos que pareça que
ciais, abrindo cada página em uma aba separada. você está digitando uma URL ou hostname. Os campos de
pesquisa incluem:
Para restaurar as configurações da página inicial, siga - a barra de pesquisa
os seguintes passos: - páginas iniciais (como mostrado na imagem acima)
Clique no botão , depois em Opções - a barra de endereço (onde as Sugestões de Pesquisa
Selecione o painel Geral. podem ser desativadas separadamente)
Clique no botão Restaurar o padrão localizado logo
abaixo do campo Página Inicial.

99
INFORMÁTICA

O mecanismo de pesquisa padrão pode coletar essas


informações de acordo com os termos da política de pri-
vacidade deles, e os usuários preocupados sobre essas in-
formações sendo coletadas podem desejar não ativar as
sugestões de pesquisa. As sugestões de pesquisa estão de-
sativadas por padrão no modo de Navegação Privada. Você
deve ativá-las explicitamente em uma janela de navegação
privativa para ativá-las nesse modo.

Ativando ou desativando as sugestões de pesquisa


As sugestões de pesquisa podem ser ativadas ou de-
sativadas a qualquer momento marcando ou desmarcando
a caixa Fornecer sugestões de pesquisa na seção Pesquisar
das opções do Firefox:

Pressione Enter para pesquisar usando o seu mecanis-


mo de pesquisa padrão, ou selecione outro mecanismo de
pesquisa clicando no logotipo.
Mecanismos de pesquisa disponíveis
O Firefox vem com os seguintes mecanismos de pes-
quisa por padrão:
- Google para pesquisar na web através do Google
Nota: O padrão de busca do Google é criptografado
para evitar espionagem.
Para ver sugestões de pesquisa na barra de endereços, - Yahoo para pesquisar na web através do Yahoo
marque a opção Mostrar sugestões de pesquisa na barra - Bing para pesquisar na web através do Microsoft Bing
de localização. - BuscaPé para procurar comparações de preços, pro-
dutos e serviços no site BuscaPé.
Usando a Barra de Pesquisa - DuckDuckGo como mecanismo de pesquisa para
Basta digitar na barra de Pesquisa na sua barra de fer- para usuários que não querem ser rastreados.
ramentas ou na página de Nova Aba. - Mercado Livre para procurar por itens à venda ou em
leilão no Mercado Livre
- Twitter para procurar pessoas no Twitter
- Wikipédia (pt) para pesquisar na enciclopédia online
gratuita Wikipédia Portuguesa.

Gerenciador de Downloads

A Biblioteca e o painel de downloads controlam os ar-


quivos baixado pelo Firefox. Aprenda a gerenciar seus ar-
quivos e configurar as definições de download.

Como faço para acessar meus downloads?


Você pode acessar seus downloads facilmente clicando
Enquanto você digita na busca da barra de ferramen- no icone download (a seta para baixo na barra de ferra-
tas, o seu mecanismo de pesquisa padrão mostra suges- mentas). A seta vai aparecer azul para que você saiba
tões para ajudá-lo a procurar mais rápido. Essas sugestões que existem arquivos baixados.
são baseadas em pesquisas populares ou em suas pesqui-
sas anteriores (se estiver ativado). Durante um download, o icone de download muda
para um timer que mostra o progresso do seu download.
O timer volta a ser uma seta quando o download for con-
cluído.

100
INFORMÁTICA

Como posso gerenciar meus arquivos baixados?


No painel Downloads e na sua Biblioteca, existe um
botão icone a direita de cada arquivo que muda de acordo
com o progresso atual do download.

Clique no icone download para abrir o painel de down-


loads. O painel Downloads exibe os últimos três arquivos
baixados, juntamente com o tempo, tamanho e fonte do
download:

Pausar: Você pode pausar qualquer download em


progresso clicando com o botão direito no arquivo e se-
lecionando Pausar. Isto pode ser útil, por exemplo, se você
precisa abrir um pequeno download que começou depois
de um download grande. A Pausa de downloads lhe dá a
opção de decidir qual dos seus downloads são mais impor-
tantes.Quando você quiser continuar o download desses
arquivos, clique com o botão direito no arquivo e selecione
Continue.
Para ver todos os seus downloads, acesse a Biblioteca Cancelar : Se depois de iniciar o download você de-
clicando em Exibir todos os downloads na parte inferior do cidir que não precisa mais do arquivo, cancelar o download
painel de Downloads. é simples: apenas clique no botão X ao lado do arquivo.
Este botão se transformará em um símbolo de atualização,
clique novamente para reiniciar o download.
Abrir o arquivo: Quando o download acabar, você pode
dar um clique no arquivo para abrir-lo.
Abrir pasta : Uma vez que o arquivo tenha concluído
o download, o ícone à direita da entrada do arquivo torna-
se uma pasta. Clique no ícone da pasta para abrir a pasta
que contém esse arquivo.
Remover arquivo da lista: Se você não quiser manter o
registro de um determinado download, simplesmente cli-
que com o botão direito no arquivo, então selecione Excluir
da lista. Isto irá remover a arquivo da lista, mas não vai
apagar o arquivo em si.
Repetir um download : Se por qualquer razão um
download não completar, clique no botão a direita do ar-
quivo - um simbolo de atualizar - para reiniciar.
Limpar downloads: Clique no botão Limpar Downloads
A Biblioteca mostra essas informações para todos os no topo da janela da Biblioteca para limpar todo o histórico
seus arquivos baixados, a menos que você tenha removido de itens baixados.
eles do seu histórico.
Como deixar o Firefox em tela inteira
Tela inteira é um recurso do Firefox que permite que
ele ocupe a tela toda, ótimo para aquelas telinhas aperta-
das de netbooks, aproveitando o máximo da sua HDTV ou
só porque quer!
Ative o modo Tela inteira
Maior é melhor! Preencha sua tela com o Firefox.
Clique no botão menu no lado direito da barra de
ferramentas e selecione Tela inteira.

101
INFORMÁTICA

Histórico de navegação e downloads: Histórico de na-


vegação é a lista de sites que você visitou que são exibidos
no menu Histórico, a lista do Histórico na janela Biblioteca
e a lista de endereços da função de completar automati-
Desative o modo Tela inteira camente da Barra de endereços. Histórico dos downloads
Traga o meu computador de volta! Encolha o Firefox é a lista de arquivos que foram baixados por você e são
para seu tamanho normal. exibidos na janela Downloads.
Mova o mouse para o topo da tela para fazer a barra de Dados memorizados de formulários e Barra de Pesqui-
ferramentas reaparecer sa: O histórico de dados memorizados de formulários inclui
Clique no botão menu no lado direito da barra de os itens que você preencheu em formulários de páginas
ferramentas e selecione Tela inteira. web para a funcionalidade de Preenchimento Automático
Atalhos de teclado de Formulários. O histórico da Barra de Pesquisa inclui os
Para aqueles de boa memória. Use a tela inteira através itens que você pesquisou na Barra de Pesquisa do Firefox.
do teclado. Cookies: Cookies armazenam informações sobre os
websites que você visita, tais como o estado da sua auten-
Atalho para alternar o modo Tela inteira: Pressione a ticação e preferências do site. Também incluem informa-
tecla F11. ções e preferências do site armazenadas por plugins como
Nota: Em computadores com teclado compacto (como o Adobe Flash. Cookies podem também ser usados por
netbooks e laptops), pode ser necessário usar a combina- terceiros para rastreá-lo entre páginas.
ção de teclas fn + F11. Nota: Para poder limpar cookies criados pelo Flash
você precisa estar usando a versão mais recente do plugin.
Histórico Cache: O cache armazena arquivos temporariamente,
Toda vez que você navega na internet o Firefox guarda tais como páginas web e outras mídias online, que o Firefox
várias informações suas, como por exemplo: sites que você baixou da Internet para tornar o carregamento das páginas
visitou, arquivos que você baixou, logins ativos, dados de e sites que você já visitou mais rápido.
formulários, entre outros. Toda essa informação é chamada Logins ativos: Caso você tenha se logado em um web-
de histórico. No entanto, se estiver usando um computador site que usa autenticação HTTP desde a vez mais recente
público ou compartilha um computador com alguém, você que você abriu o Firefox, este site é considerado “ativo”. Ao
pode não querer que outras pessoas vejam esses dados. limpar estes registros você sai destes sites.
Dados offline de sites: Se você permitir, um website
Que coisas estão incluídas no meu histórico? pode guardar informações em seu computador para que
você possa continuar a utilizá-lo mesmo sem estar conec-
tado à Internet.
Preferências de sites: Preferências de sites, incluindo
o nível de zoom salvo para cada página específica, codi-
ficação de caracteres e as permissões de páginas (como
excessões para bloqueadores de anúncios) estão descritas
em janela de Propriedades da Página.

102
INFORMÁTICA

Como limpo meu histórico?


Clique no botão de menu , selecione Histórico e, em
seguida, Limpar dados de navegação….
Selecione o quanto do histórico você deseja limpar:
Clique no menu suspenso ao lado de Intervalo de tem-
po a limpar para escolher quanto de seu histórico o Firefox
limpará.

Marque a opção Limpar histórico quando o Firefox fe-


char.

Em seguida, clique na seta ao lado de Detalhes para


selecionar exatamente quais informações você quer que
sejam limpas.

Para especificar que tipos de histórico devem ser lim-


pos, clique no botão Configurar..., ao lado de Limpar histó-
rico quando o Firefox fechar.
Na janela Configurações para a limpeza do histórico,
marque os itens que você quer que sejam limpos automa-
ticamente sempre que você sair do Firefox.

Finalmente, clique no botão Limpar agora. A janela


será fechada e os itens selecionados serão limpos.
Como faço para o Firefox limpar meu histórico auto-
maticamente?
Se você precisa limpar seu histórico sempre que usar
o Firefox, você pode configurá-lo para que isso seja feito
automaticamente assim que você sair, assim você não es-
quece.
Clique no botão , depois em Opções Após selecionar os itens a serem limpos, clique em OK
Selecione o painel Privacidade. para fechar a janela Configurações para a limpeza do his-
Defina O Firefox irá: para Usar minhas configurações. tórico.
Feche a janela about:preferences. Quaisquer alterações
feitas serão salvas automaticamente.
Como faço para remover um único site do meu histó-
rico?
Clique no botão , depois em Histórico, em seguida,
clique no link no final da lista Exibir todo o histórico, para
abrir a janela da Biblioteca.
Use o campo Localizar no histórico no canto superior
direito e pressione a tecla Enter para procurar pelo site que
você deseja remover do histórico.

103
INFORMÁTICA

Nos resultados da busca, clique com o botão direito no Imprimindo uma página web
site que você deseja remover, e selecione Limpar tudo so-
bre este site. Ou simplesmente selecione o site que deseja Clique no menu e depois em Imprimir.
excluir e pressione a tecla ‘Delete’.
Todos os dados de histórico (histórico de navegação e
downloads, cookies, cache, logins ativos, senhas, dados de
formulários, exceções para cookies, imagens, pop-ups) do
site serão removidos.

Na janela de impressão que foi aberta, ajuste as con-


figurações do que você está prestes a imprimir, se for ne-
Finalmente, feche a janela Biblioteca. cessário.
Clique em OK para iniciar a impressão.
O leitor de PDF Janela de configurações de impressão
O visualizador de PDF integrado de maneira nativa ao
navegador. Isto significa que agora não é mais necessário
ter que instalar um plugin externo no Mozilla Firefox para
fazê-lo visualizar um documento neste formato. Este visua-
lizador, inclusive, funciona da mesma forma como ocorre
no Google Chrome, que também suporta a visualização de
arquivos PDF nativamente.
Agora, sempre que você clicar em um documento PDF
no navegador, ele será aberto diretamente na tela. Os con-
troles são exibidos na parte superior, com os quais você
pode salvar ou imprimir o documento, bem como usar re-
cursos como zoom, ou ir diretamente para uma página es-
pecífica. Também é possível alternar para o modo de apre-
sentação e exibir o PDF em tela cheia.
Durante os testes realizados, conseguimos abrir vários
PDFs em diversas abas sem nenhum problema, já que não
houve travamentos. O segredo por trás do leitor é que ele
converte os PDFs para o HTML 5.

Seção Impressoras:

Clique no menu drop-down ao lado de Name para mu-


dar qual a impressora imprimirá a página que você está
vendo.
Nota: A impressora padrão é a do Windows. Quando
uma página da web é impressa com a impressora selecio-
nada, ela se torna a impressora padrão do Firefox.
Cique em Propiedades... para mudar o tamanho do pa-
pel, qualidade de impressão e outras configurações espe-
cíficas da impressora.

104
INFORMÁTICA

Seção Intervalo de impressão - Especifique quais pági- Formato e Opções


nas da página web atual será impressa:
Selecione Tudo para imprimir tudo.
Selecione Páginas e coloque o intervalo de páginas
que você quer imprimir. Por exemplo, selecionando “de 1 a
1” imprimirá somente a primeira página.
Selecione Seleção para imprimir somente a parte da
página que você selecionou.
Seção Cópias - Especifique quantas cópias você quer
imprimir.
Se colocar mais do que 1 no campo Número de cópias,
você também pode escolher se quer agrupá-las. Por exem-
plo, se você escolheu fazer 2 cópias e selecionou Juntar,
elas serão impressas na ordem 1, 2, 3, 1, 2, 3. Caso contrá-
rio, elas serão impressas na ordem 1, 1, 2, 2, 3, 3.
Nota: As seguintes configurações são salvas como pre-
ferências do Firefox em uma base por impressora.
SeçãoImprimir bordas - Se você está vendo uma pá-
gina web com bordas, poderá selecionar como as bordas
serão impressas:

Na aba Formato e Opções você pode alterar:


Formato:
Selecione Retrato para a maioria dos documentos e
páginas web.
Selecione Paisagem para páginas e imagens largas.
Escala: Para tentar uma página web em menos folhas
impressas, você pode ajustar a escala. Reduzir para caber
ajusta automaticamente a escala.
Opções: Selecione Imprimir cores e imagens de fundo
para que o Firefox imprima as páginas com cor e imagens
de fundo como elas são mostradas na tela, caso contrário,
Firefox imprimirá com o fundo branco.
Margens e Cabeçalho/ Rodapé

Como apresentado na tela irá imprimir da mesma for-


ma que você vê a página web no Firefox.
O campo selecionado irá imprimir somente o conteúdo
dentro da última borda que você clicou.
Cada campo separadamente irá imprimir o conteúdo
de todas as bordas, mas em páginas separadas.
Mudando a configuração da página
Para alterar a orientação da página, alterar se as cores
e imagens de fundo são impressas, as margens da página,
o que incluir no cabeçalho e rodapé das páginas impressas,
na parte superior da janela do Firefox, clique no botão Fi-
refox, veja mais em Imprimir... (menu Arquivo no Windows
XP) e selecione Configurar página.... A janela de configura-
ção de página irá aparecer.
Nota: As seguintes configurações são salvas como pre-
ferências do Firefox em uma base por impressora.

105
INFORMÁTICA

Na aba Margens e Cabeçalhos/Rodapé você pode al-


terar:
Margens: Você pode colocar a largura da margem se-
paradamente para cima, baixo, esquerda e direita.
Cabeçalho e Rodapé: Use os menus dropdown para
selecionar o que irá aparecer na página impressa. O valor
do dropdown superior esquerdo aparece no canto superior
esquerdo da página; o valor do dropdown superior central
aparece na parte superior central da página, e assim por
diante. Você pode escolher entre:
--em branco--: Nada será impresso.
Título: Imprime o título das páginas web.
Endereço: Imprime o endereço das páginas web.
Data/Hora: Imprime a data e hora em que a página foi
impressa.
Página #: Imprime o número da página. Use as seguintes opções para convidar seus amigos:
Página # de #: Imprime o número da página e o total
de páginas.
Personalizar...: Coloque seu próprio texto de cabeçalho
ou rodapé. Isso pode ser usado pra mostrar o nome da
empresa ou organização no alto ou na parte de baixo de
toda página impressa.
Clique em OK para concluir as alterações e fechar a
janela de configuração de páginas.

Visualizar impressão
Para ver como a página web que você quer imprimir
ficará quando impressa, na parte superior da janela do Fire-
fox, clique no botão Firefox, veja mais em Imprimir...(menu
Arquivo no Windows XP), e selecione Visualizar impressão.
A janela de pré-visualização permite mudar algumas
das opções descritas acima. Acesse a janela de impressão
clicando em Imprimir..., ou a janela de configuração de pá- Copie e cole o link para a sua ferramenta de mensa-
gina clicando em Configurar página.... Clique nas setas ao gens preferida clicando em Copiar Link.
lado do campo Página: para trocar as páginas do docu- Envie o link por e-mail para o seu amigo clicando no
mento. As setas duplas mudam para a primeira ou última botão Enviar link por E-mail. Isso abrirá sua aplicação de
página, as setas únicas vão para a próxima página ou a e-mail padrão.
anterior. Você também pode ajustar a escala e o formato
(veja acima). Compartilhar no Facebook.
Quando seu amigo se juntar à conversa, você verá um
alerta.
Para encerrar a chamada, clique em .
Se juntar a uma conversa
Clique em Fechar para sair da visualização da impres-
são. Recebeu um convite? Se juntar a uma conversa é fácil!
Firefox Hello - conversas por vídeo e voz online Apenas clique no link do seu convite e clique no botão na
O Firefox Hello lhe deixa navergar e discutir páginas página para entrar na conversa.
web com seus amigos diretamente no navegador. Tudo
que você precisa é uma webcam (opcional), um microfone, Controlar suas notificações
e a versão mais recente do Firefox para ligar para os ami- Você pode desligar as notificações no Firefox se você
gos que estão em navegadores suportados pelo WebRTC preferir não ser notificado quando um amigo se juntar:
como Firefox, Chrome, ou Opera.
Nota: O Firefox Hello não está disponível na Navega- Clique no botão do Hello .
ção Privada. Clique na engrenagem na parte de baixo do painel e
Iniciar uma conversa escolha Desligar notificações.
Clique no botão Hello .
Clique em Navegar nessa página com um amigo.

106
INFORMÁTICA

Navegação Privativa Dica: Janelas de navegação privativas tem uma másca-


Quando navega na web, o Firefox lembra de varias in- ra roxa no topo.
formação para você - como os sites visitados. No entan-
to, pode haver momentos em que não deseja que outros
usuários tenham acesso a tais informações, como quando
estiver comprando um presente de aniversário. A navega-
ção privativa permite que navegue na internet sem salvar
informações sobre os sites e páginas visitadas.
A navegação privativa também inclui Proteção contra
rastreamento na navegação privada, a qual impede que
seja rastreado enquanto navega.
Mostraremos a você como funciona. O que a navegação privativa não salva?
Importante: A navegação privativa não o torna anôni- Páginas visitadas: Nenhuma página será adicionada à
mo na Internet. Seu provedor de acesso a internet ou os lista de sites no histórico, lista de história da janela da Bi-
próprios sites ainda podem rastrear as páginas visitadas. blioteca, ou na lista de endereços da Awesome Bar.
Além disso, a navegação privativa não o protege de key- Entradas em formulário e na barra de pesquisa: Nada
loggers ou spywares que podem estar alojados em seu digitado em caixas de texto em páginas web ou na barra de
computador busca será salvo para o autocomplete.
Senhas: Nenhuma senha será salva.
Como abrir uma nova janela privativa? Lista de arquivos baixados: os arquivos que você baixar
Existem duas maneiras de se abrir uma nova Janela Pri- não serão listados na Janela de Downloads depois de de-
vativa. sativar a Navegação Privativa.
Abrir uma nova Janela Privativa vazia Cookies: Cookies armazenam informações sobre os si-
Clique no botão de menu e depois em Nova janela tes que você visita como preferências, status de login, e os
privativa. dados utilizados por plugins, como o Adobe Flash. Cookies
também podem ser utilizados por terceiros para rastreá-lo
através dos sites.
Conteúdo web em Cache e Conteúdo Web off-line e
de dados do usuário ‘: Nenhum arquivo temporário da In-
ternet (cache) ou arquivos armazenados para o uso off-line
serão salvo.
Nota:
Favoritos criados ao usar a Navegação Privativa serão
salvos.
Todos os arquivos que você baixar para o seu compu-
tador durante o uso de navegação privada serão salvos.
O Firefox Hello não está disponível na navegação pri-
vativa.
Posso definir o Firefox para sempre usar a navegação
privativa?
O Firefox está definido para lembrar o histórico por
padrão, mas você pode alterar essa configuração de pri-
vacidade no Firefox Opções (clique no menu Firefox ,
escolha Opções e selecione o painel Privacidade). Quando
Abrir um link em nova janela privativa alterar a configuração do histórico para nunca lembrar o
Clique com o botão direito do mouse e escolha Abrir histórico, isto equivale a estar sempre no modo de nave-
link em uma nova janela privativa no menu contextual. gação privativa.
Importante: Quando o firefox está definido para nunca
lembrar o histórico você não verá uma máscara roxa na
parte superior de cada janela, mesmo que esteja efetiva-
mente no modo de navegação privativa. Para restaurar a
navegação normal, vá para o painel privacidade Opções e
defina o Firefox para lembrar o histórico.
Outras formas de controlar as informações que o Fire-
fox salva
Você sempre pode remover a navegação recente, as
pesquisas e histórico de download depois de visitar um
site.

107
INFORMÁTICA

Como saber se a minha conexão com um site é se-


gura?
O botão de Identidade do Site (um cadeado) aparece
na sua barra de endereço quando você visita um site segu-
ro. Você pode descobrir rapidamente se a conexão para o Para sites usando certificados VE, o botão de identida-
site que estar visualizando é criptografado. Isso deve lhe de do site exibe tanto um cadeado verde e o nome legal
ajudar a evitar sites maliciosos que estão tentando obter da companhia ou organização do website, então você sabe
sua informação pessoal. quem está operando ele. Por exemplo, isto mostra que o
mozilla.org é de propriedade da Fundação Mozilla.
Cadeado verde com um triângulo cinza de alerta
Um cadeado verde com um triângulo cinza de alerta
indica que o site é seguro; no entanto, o firefox bloqueou
o conteúdo inseguro e, assim, o site pode não necessaria-
O botão de Identidade do Site estar na barra de ende- mente exibir ou funcionar inteiramente correto.
reço à esquerda do endereço web. Mais comumente, quan-
do visualizando um site seguro, o botão de Identidade do Cadeado cinza com um triângulo amarelo de alerta
Site será um cadeado verde. Um cadeado cinza com um triângulo amarelo de alerta
indica que a conexão entre o Firefox e o website é apenas
parcialmente criptografada e não impede espionagem.

No entanto, em algumas circunstâncias raras, ele tam-


bém pode ser um cadeado verde com um triângulo de
alerta cinza, um cadeado cinza com um triângulo de alerta
amarelo, ou um cadeado cinza com uma linha vermelha. Nota: Não envie qualquer tipo de informação sensível
(informação bancária, dados de cartão de crédito, Números
de Seguridade Social, etc.) para sites onde o botão de iden-
tidade do site tem o ícone de triângulo de alerta amarelo.
Nota: Clicando no botão à esquerda da barra de en- Cadeado cinza com um traço vermelho
dereço nos traz o Centro de Controle, o qual lhe permite Um cadeado cinza com um traço vermelho indica que
visualizar mais informações detalhadas sobre o estado de a conexão entre o Firefox e o website é apenas parcial-
segurança da conexão e alterar algumas configurações de mente criptografada e não previne contra espionagem ou
segurança e privacidade. Aviso: Você nunca deve enviar ataque man-in-the-middle.
qualquer tipo de informação sensível (informação bancá-
ria, dados de cartão de crédito, Números de Seguridade
Social, etc.) para um site sem o ícone de cadeado na barra
de endereço - neste caso não é verificado que você está se
comunicando com o site pretendido nem que seus dados Esse ícone não aparecerá a menos que você manual-
estão seguros contra espionagem! mente desativou o bloqueio de conteúdo misto.
Nota: Não envie qualquer tipo de informação sensível
Cadeado verde (informação bancária, dados de cartão de crédito, números
Um cadeado verde (com ou sem um nome de organi- de seguridade social, etc.) para sites onde o botão de iden-
zação) indica que: tidade do site tem o ícone de um cadeado cinza com uma
Você está realmente conectado ao website cujjo en- listra vermelha.
dereço é exibido na barra de endereço; a conexão não foi
interceptada. Configurações de segurança e senhas
A conexão entre o Firefox e o website é criptografada Este artigo explica as configurações disponíveis no pai-
para evitar espionagem. nel Segurança da janela Opções do Firefox.
O painel Segurança contém Opções relacionadas à sua
segurança ao navegar na internet.

Um cadeado verde mais o nome da empresa ou or-


ganização, também em verde, significa que o website está
usando um Certificado de Validação Avançada. Um certi-
ficado de Validação Avançada é um tipo especial de cer-
tificado do site que requer um processo de verificação de
identidade significativamente mais rigoroso do que outros
tipos de certificados.

108
INFORMÁTICA

Configurações de Segurança Existem três tipos de complementos:


Alertar se sites tentarem instalar extensões ou temas
O Firefox sempre pedirá a sua confirmação para a ins- - Extensões
talação de complementos. Para evitar que tentativas de Extensões adicionam novas funcionalidades ao Firefox
instalação não requisitadas resultem em instalações aci- ou modificam as já existentes. Existem extensões que per-
dentais, o Firefox exibe um aviso quando um site tentar ins- mitem bloquear anúncios, baixar vídeos de sites, integrar
talar um complemento e bloqueia a tentativa de instalação. o Firefox com sites, como o Facebook ou o Twitter, e até
Para permitir que sites específicos instalem complementos, mesmo adicionar recursos de outros navegadores.
você deve clicar em Exceções…, digitar o endereço do site
e clicar em Permitir. Desmarque essa opção para desativar - Aparência
esse aviso para todos os sites. Existem dois tipos de complementos de aparência:
Bloquear sites avaliados como focos de ataques: Mar- temas completos, que mudam a aparência de botões e
que isso se você quer que o Firefox verifique se o site que menus, e temas de fundo, que decoram a barra de menu e
você está visitando pode ser uma tentativa de interfirir nas faixa de abas com uma imagem de fundo
funções normais do computador ou mandar dados pes-
soais sobre você sem autorização através da Internet. - Plugins
A ausência deste aviso não garante que o site seja con- Plugins permitem adicionar suporte para todos os tipos
fiável. de conteúdo da Internet. Estes geralmente incluem forma-
Bloquear sites avaliados como falsos: Marque isso se tos patenteados como o Flash, QuickTime e Silverlight que
você quer que o Firefox verifique ativamente se o site que são usados para vídeo, áudio, jogos on-line, apresentações
você está visitando pode ser uma tentativa de enganar e muito mais. Plugins são criados e distribuídos por outras
você fazendo com que passe suas informações pessoais empresas.
(isto é frequentemente chamado de “phishing”).
Para visualizar quais complementos estão instalados:
Logins Clique no botão escolha complementos. A aba com-
Memorizar logins de sites: I Firefox pode salvar com plementos irá abrir.
segurança senhas que você digita em formulários web para Selecione o painel Extensões, Aparência ou Plugins.
facilitar seu acesso aos websites. Desmarque essa opção Como faço para encontrar e instalar complementos?
para impedir o Firefox de memorizar suas senhas. No en- Aqui está um resumo para você começar:
tanto, mesmo com isso marcado, você ainda será questio- Clique no botão de menu e selecione Complemen-
nado se deseja salvar ou não as senhas para um site quan- tos para abrir a aba do gerenciador de complementos.
do você visitá-lo pela primeira vez. Se você selecionar Nun- No gerenciador de complementos, selecione o painel
ca para este site, aquele site será adicionado à uma lista de Get Add-ons.
exceções. Para acessar essa lista ou para remover sites dela,
clique no botão Exceções…. Para ver mais informações sobre um complemento ou
Usar uma senha mestra: O Firefox pode proteger infor- tema, clique nele. Você pode em seguida clicar no botão
mações sensíveis, como senhas salvas e certificados, crip- verde Adicionar ao Firefox para instalá-lo.
tografando eles usando uma senha mestra. Se você criar Você também pode pesquisar por complementos es-
uma senha mestra, cada vez que você iniciar o Firefox, será pecíficos usando a caixa de busca na parte superior. Po-
solicitado que você digite a senha na primeira vez que for dendo então instalar qualquer complemento que encon-
necessário acessar um certificado ou uma senha salva. Você trar, com o botão Instalar.
pode definir, alterar, ou remover a senha mestra marcando
ou desmarcando essa opção ou clicando no botão Modifi-
car senha mestra…. Se uma senha mestra já estiver defini-
da, você precisará digitá-la para alterar ou remover a senha
mestra.
Você pode gerenciar senhas salvas e excluir senhas in-
dividuais clicando no botão Logins salvos….

Encontrar e instalar complementos para adicionar


funcionalidades ao Firefox
Complementos são como os aplicativos que você ins-
tala para adicionar sinos e assobios para o Firefox. Você
pode obter complementos para comparar preços, verificar
o tempo, mudar o visual do Firefox, ouvir música, ou mes-
mo atualizar o seu perfil no Facebook. Este artigo aborda
os diferentes tipos de complementos disponíveis e como
encontrar e instalá-los.

109
INFORMÁTICA

Como desinstalar plugins


Geralmente os plugins vem com seus próprios desins-
taladores. Se precisar de ajuda para desinstalar alguns dos
plugins mais populares, vá para lista de artigos de plugins e
selecione o artigo do respectivo plugin que você quer de-
sinstalar.

Configurações de Conteúdo

O Firefox irá fazer o download do complemento e pode


pedir que você confirme a sua instalação.
Clique em Reiniciar agora se ele aparecer. Seus abas
serão salvas e restauradas após a reinicialização.
Algumas extensões colocam um botão na barra de fer-
ramentas após a instalação..

Como desativar extensões e temas


Ao desativar um complemento ele deixará de funcio-
nar sem ser removido:
Clique no botão de menu   e selecione Complemen-
tos para abrir a aba do gerenciador de complementos.
No gerenciador de complementos, selecione o pai-
nel Extensões ou Aparência.
Selecione o complemento que deseja desativar.
Clique no botão Desativar. DRM Content
Se surgir uma mensagem em pop-up, clique em  Rei- Reproduzir conteúdo DRM: Por padrão, o Firefox per-
niciar agora. As suas abas serão salvas e restauradas ao mite a reprodução de conteúdo de áudio e vídeo protegi-
reiniciar. do por Gerencimento de Direitos Digitais (DRM). Ao des-
Para reativar um complemento, encontre-o na lista de marcar esta opção essa funcionalidade será desligada.
complementos e clique em Ativar, será solicitado reiniciar
o Firefox. Notificações
O Firefox lhe permite escolher quais websites tem
Como desativar plugins permissão para lhe enviar notificações. Clique em  Esco-
Ao desativar um plugin ele irá deixar de funcionar sem lher para fazer alterações na lista de sites permitidos.
ser removido: Não me perturbe: Selecione esta opção para suspen-
Clique no botão de menu   e selecione Complemen- der temporariamente todas as notificações até você fechar
tos para abrir a aba do gerenciador de complementos. e reiniciar o Firefox.
No gerenciador de complementos, selecione o pai-
nel Plugins. Pop-ups
Selecione o plugin que deseja desativar. Bloquear janelas popup: Por padrão, o Firefox bloqueia
Selecione Nunca Ativar no menu de seleção. janelas popup inconvenientes em sites da web. Desmarque
Para reativar um plugin, encontre-o na sua lista de plu- essa opção para desativar o Bloqueador de Popups. Alguns
gins e clique em Sempre ativo no menu de seleção. sites utilizam popups com funções importantes. Para per-
mitir que sites específicos utilizem popups, clique em Exce-
Como remover extensões e temas ções…, digite o domínio do site e clique em Permitir. Para
Clique no botão de menu   e selecione Complemen- excluir um site da lista de sites permitidos, selecione-o e
tos para abrir a aba do gerenciador de complementos. clique em Excluir o site. Para limpar a lista completamente,
No gerenciador de complementos, selecione o pai- clique em Excluir tudo.
nel Extensões ou Aparência.
Selecione o complemento que você deseja remover. Fontes e cores
Clique no botão Excluir. Fonte padrão e Tamanho: Normalmente as páginas da
Se surgir uma mensagem em pop-up, clique em  Rei- web são exibidas na fonte e tamanho especificados aqui.
niciar agora. As suas abas serão salvas e restauradas ao Entretanto, páginas da web podem definir fontes diferen-
reiniciar. tes, que serão exibidos a não ser que você especifique o

110
INFORMÁTICA

contrário na janela Fontes. Clique no botãoAvançado… para vel.


acessar mais opções de fontes.
Diálogo de fontes Use atalhos do mouse para executar tarefas comuns
Na lista  Fontes padrão para, escolha um grupo de no Firefox
caracteres/idioma. Por exemplo, para configurar o grupo Esta é uma lista dos atalhos do mouse mais comuns no
de fontes padrão dos idiomas ocidentais (latinos), clique Mozilla Firefox.
em Latin.. Para um grupo de caracteres/idioma que não es-
teja na lista, clique em Outros Sistemas de Escrita. Comando Atalho
Escolha se a fonte proporcional deverá ser com serifa
(como “Times New Roman”) ou sem serifa (como “Arial”), Voltar Shift + Rolar para baixo
e então especifique o tamanho padrão da fonte propor- Avançar Shift + Rolar para cima
cional. Aumentar Zoom Ctrl + Rolar para cima
Especifique as fontes utilizadas para fontes com seri-
Diminuir Zoom Ctrl + Rolar para baixo
fa, sem serifa e monoespaçada (largura fixa). Você também
pode especificar o tamanho para as fontes monoespaça- Clicar com botão do
Fechar Aba
das. meio na Aba
Você também pode especificar o tamanho mínimo de Clicar com botão do
Abrir link em uma nova Aba
fonte que pode ser exibido na tela. Isso pode ser útil em meio no link
sites que utilizam tamanhos de fonte muito pequenos e clicar com o botão do
pouco legíveis. Nova aba
meio na barra de abas
Páginas podem usar outras fontes: Por padrão, o Fi-
refox exibe as fontes especificadas pelo autor da página. Ctrl + Clicar com botão
Desative essa opção para forçar todos os sites a usar as Abrir em nova Aba em segun- esquerdo no link
fontes padrão. do plano* Clicar com botão do
Codificação de texto para conteudo legado: A codifica- meio no link
ção de caracteres selecionada nessa caixa será a codifica- Ctrl + Shift + Botão es-
Abrir em nova Aba em pri-
ção padrão utilizada para exibir páginas que não especifi- querdo
meiro plano*
quem uma codificação. Shift + Botão do meio
Diálogo de cores Shift  + Clicar com bo-
Cores padrão: Aqui você pode modificar as cores pa- Abrir em uma Nova Janela
tão esquerdo no link
drão de texto e fundo que serão utilizadas nas páginas em
Duplicar Aba ou Favoritos Ctrl + Arrastar Aba
que essas cores não foram especificadas por seu autor. Cli-
que nas amostras de cores para modificá-las. Recarregar (ignorar cache) Shift + Botão recarregar
Usar cores do sistema: Marque essa opção para usar as Salvar como... Alt + Botão esquerdo
cores de fonte e fundo definidas pelo seu Sistema Opera-
cional em vez das cores definidas acima. * Os atalhos para abrir Abas em primeiro e segun-
Aparência padrão dos links: Aqui você pode modificar do plano serão trocadas se a opção  Ao abrir um link em
as cores padrão dos links das páginas. Clique nas amostras uma nova Aba, carregá-la em primeiro plano estiver ativa
de cores para modificá-las. no Painel de configurações geral..
Sublinhar: Por padrão, o Firefox sublinha os links das
páginas. Desmarque essa opção para modificar esse com- Atalhos de teclado
portamento. Note que vários sites especificam seus pró- Navegação
prios estilos de links e nesses sites essa  opção  não tem
efeito.
Páginas podem usar outras cores: Por padrão, o Firefox Comando Atalho
exibe as cores especificadas pelo autor da página. Desa- Alt + ←
tive essa opção para forçar todos os sites a usar as cores Voltar
Backspace
padrão.
Idiomas Alt + →
Avançar
Algumas páginas oferecem mais de um idioma para Shift + Backspace
exibição. Clique no botão  Selecionar…para especificar o Página inicial Alt + Home
idioma ou idiomas de sua preferência.
Idiomas: Para adicionar um idioma à lista de idiomas Abrir arquivo Ctrl + O
clique emSelecione um idioma para adicionar…, clique so-
bre o idioma escolhido e clique no botãoAdicionar. Exclua F5
Atualizar a página
um idioma da lista selecionando-o e clicando no botão Ex- Ctrl + R
cluir. Você também pode reordenar os idiomas usando os Ctrl + F5
Atualizar a página (ignorar o cache)
botões Para cima e Para baixo para determinar a ordem de Ctrl + Shift + R
preferência no caso de haver mais de um idioma disponí-

111
INFORMÁTICA

1.    As setas são ferramentas bem conhecidas por to-


Parar o carregamento Esc dos que já utilizaram um navegador. Elas permitem avançar
ou voltar nas páginas em exibição, sem maiores detalhes.
Página atual Ao manter o botão pressionado sobre elas, você fará com
que o histórico inteiro apareça na janela.
Comando Atalho 2.    Reenviar dados, atualizar ou recarregar a página.
Todos são sinônimos desta função, ideal para conferir no-
Ir uma tela para baixo Page Down vamente o link em que você se encontra, o que serve para
Ir uma tela para cima Page Up situações bem específicas – links de download perdidos,
Ir para o final da página End imagens que não abriram, erros na diagramação da página.
3.   O ícone remete à palavra home (casa) e leva o na-
Ir para o início da página Home vegador à página inicial do programa. Mais tarde ensinare-
Ir para o próximo frame F6 mos você a modificar esta página para qualquer endereço
Ir para o frame anterior Shift + F6 de sua preferência.
4.   A estrela adiciona a página em exibição aos favo-
Imprimir Ctrl + P
ritos, que nada mais são do que sites que você quer ter a
Salvar página como Ctrl + S disposição de um modo mais rápido e fácil de encontrar.
Mais zoom Ctrl + + 5.   Abre uma nova aba de navegação, o que permite
visitar outros sites sem precisar de duas janelas diferentes.
Menos zoom Ctrl + -
6.   A barra de endereços é o local em que se encontra
tamanho normal Ctrl + 0 o link da página visitada. A função adicional dessa parte no
Chrome é que ao digitar palavras-chave na lacuna, o me-
Editando canismo de busca do Google é automaticamente ativado e
exibe os resultados em questão de poucos segundos.
Comando Atalho 7. Simplesmente ativa o link que você digitar na la-
cuna à esquerda.
Copiar Ctrl + C 8. Abre as opções especiais para a página aberta no
Recortar Ctrl + X navegador. Falaremos um pouco mais sobre elas em se-
Apagar Del guida.
9. Abre as funções gerais do navegador, que serão me-
Colar Ctrl + V lhor detalhadas nos próximos parágrafos.
Colar (como texto simples) Ctrl + Shift + V
Refazer Ctrl + Y Para Iniciantes
Selecionar tudo Ctrl + A
Se você nunca utilizou um navegador ou ainda tem dú-
Desfazer Ctrl + Z vidas básicas sobre essa categoria de programas, continue
lendo este parágrafo. Do contrário, pule para o próximo e
GOOGLE CHROME poupe seu tempo. Aqui falaremos um pouco mais sobre os
O Chrome é o mais novo dos grandes navegadores e conceitos e ações mais básicas do programa.
já conquistou legiões de adeptos no mundo todo. O pro- Com o Google Chrome, você acessa os sites da mesma
grama apresenta excelente qualidade em seu desenvolvi- forma que seus semelhantes – IE, Firefox, Opera. Ao exe-
mento, como quase tudo o que leva a marca Google. O cutar o programa, tudo o que você precisa fazer é digitar
browser não deve nada para os gigantes Firefox e Internet o endereço do local que quer visitar. Para acessar o portal
Explorer e mostra que não está de brincadeira no mundo Baixaki, por exemplo, basta escrever baixaki.com.br (hoje é
dos softwares. possível dispensar o famoso “www”, inserido automatica-
Confira nas linhas abaixo um pouco mais sobre o ótimo mente pelo programa.)
Google Chrome. No entanto nem sempre sabemos exatamente o link
que queremos acessar. Para isso, digite o nome ou as pa-
Funções visíveis lavras-chave do que você procura na mesma lacuna. Desta
Antes de detalhar melhor os aspectos mais complica- forma o Chrome acessa o site de buscas do Google e exibe
dos do navegador, vamos conferir todas as funções dis- os resultados rapidamente. No exemplo utilizamos apenas
poníveis logo em sua janela inicial. Observe a numeração a palavra “Baixaki”.
na imagem abaixo e acompanhe sua explicação logo em
seguida:

112
INFORMÁTICA

Abas

A segunda tarefa importante para quem quer usar o


Chrome é lidar com suas abas. Elas são ferramentas muito Configuração
úteis e facilitam a navegação. Como citado anteriormente,
basta clicar no botão com um “+” para abrir uma nova guia. Antes de continuar com as outras funções do Google
Outra forma de abri-las é clicar em qualquer link ao Chrome é legal deixar o programa com a sua cara. Para
pressionar a rodinha do mouse, o que torna tudo ainda isso, vamos às configurações. Vá até o canto direito da tela
mais rápido. Também é possível utilizar o botão direito so- e procure o ícone com uma chave de boca. Clique nele e
bre o novo endereço e escolher a opção “Abrir link em uma selecione “Opções”.
nova guia”.

Liberdade

É muito fácil manipular as abas no Google Chrome. É


possível arrastá-las e mudar sua ordem, além de arrancar
a aba da janela e desta forma abrir outra independente.
Basta segurar a aba com o botão esquerdo do mouse para
testar suas funções. Clicar nelas com a rodinha do mouse
faz com que fechem automaticamente.

O botão direito abre o menu de contexto da aba, em


que é possível abrir uma nova, recarregar a atual, fechar Básicas
a guia ou cancelar todas as outras. No teclado você pode Inicialização: aqui é possível definir a página inicial do
abrir uma nova aba com o comando Ctrl + T ou simples- navegador. Basta selecionar a melhor opção para você e
mente apertando o F1. configurar as páginas que deseja abrir.
Página inicial: caso esta tenha sido a sua escolha na aba
Fechei sem querer! anterior, defina qual será a página inicial do Chrome. Tam-
bém é possível escolher se o atalho para a home (aquele
Quem nunca fechou uma aba importante acidental- em formato de casinha) aparecerá na janela do navegador.
mente em um momento de distração? Pensando nisso, Pesquisa padrão: como o próprio nome já deixa claro,
o Chrome conta com a função “Reabrir guia fechada” no aqui você escolhe o site de pesquisas utilizado ao digitar
menu de contexto (botão direito do mouse). Basta selecio- na lacuna do programa. O botão “Gerenciar” mostra a lista
ná-la para que a última página retorne ao navegador. de mecanismos.
Navegador padrão: aqui você pode definir o aplicativo
como seu navegador padrão. Se você optar por isso, sem-
pre que algum software ou link for executado, o Chrome
será automaticamente utilizado pelo sistema.

113
INFORMÁTICA

Coisas pessoais

Senhas: define basicamente se o programa salvará ou


não as senhas que você digitar durante a navegação. A op-
ção “Mostrar senhas salvas” exibe uma tabela com tudo o
que já foi inserido por você.
Preenchimento automático de formulário: define se os
formulários da internet (cadastros e aberturas de contas) Logo em seguida uma pequena aba aparecerá embai-
serão sugeridos automaticamente após a primeira digita- xo da janela, mostrando o progresso do download. Você
ção. pode clicar no canto dela e conferir algumas funções es-
Dados de navegação: durante o uso do computador, o peciais para a situação. Além disso, ao selecionar a função
Chrome salva os dados da sua navegação para encontrar “Mostrar todos os downloads” (Ctrl + J), uma nova aba é
sites, links e conteúdos com mais facilidade. O botão “Lim- exibida com ainda mais detalhes sobre os arquivos que
par dados de navegação” apaga esse conteúdo, enquanto você está baixando
a função “Importar dados” coleta informações de outros
navegadores.
Temas: é possível modificar as cores e todo o visual do
navegador. Para isso, clique em “Obter temas” e aplique
um de sua preferência. Para retornar ao normal, selecione
“Redefinir para o tema padrão”.

Pesquise dentro dos sites

Outra ferramenta muito prática do navegador é a pos-


sibilidade de realizar pesquisas diretamente dentro de al-
guns sites, como o próprio portal Baixaki. Depois de usar a
busca normalmente no nosso site pela primeira vez, tudo o
Configurações avançadas que você precisa fazer é digitar baixaki e teclar o TAB para
Rede: configura um Proxy para a sua rede. (Indicado que a busca desejada seja feita diretamente na lacuna do
para usuários avançados) Chrome.
Privacidade: aqui há diversas funções de privacidade,
que podem ser marcadas ou desmarcadas de acordo com
suas preferências.
Downloads: esta é a opção mais importante da aba. Em
“Local de download” é possível escolher a pasta em que os
arquivos baixados serão salvos. Você também pode definir Navegação anônima
que o navegador pergunte o local para cada novo down-
load. Se você quer entrar em alguns sites sem deixar rastros
ou históricos de navegação no computador, utilize a nave-
Downloads gação anônima. Basta clicar no menu com o desenho da
Todos os navegadores mais famosos da atualidade chave de boca e escolher a função “Nova janela anônima”,
contam com pequenos gerenciadores de download, o que que também pode ser aberta com o comando Ctrl + Shift
facilita a vida de quem baixa várias coisas ao mesmo tem- + N.
po. Com o Google Chrome não é diferente. Ao clicar em
um link de download, muitas vezes o programa pergunta-
rá se você deseja mesmo baixar o arquivo, como ilustrado
abaixo:

Gerenciador de tarefas

114
INFORMÁTICA

Uma das funções mais úteis do Chrome é o pequeno Estrutura e Funcionalidade do e-mail
gerenciador de tarefas incluso no programa. Clique com o
botão direito no topo da página (como indicado na figura) Como no primeiro e-mail criado por Tomlinson, todos
e selecione a função “Gerenciador de tarefas”. os endereços eletrônicos seguem uma estrutura padrão,
nome do usuário + @ + host, onde:
» Nome do Usuário – é o nome de login escolhido pelo
usuário na hora de fazer seu e-mail. Exemplo: sergiodecas-
tro.
» @ - é o símbolo, definido por Tomlinson, que separa
o nome do usuário do seu provedor.
» Host – é o nome do provedor onde foi criado o ende-
reço eletrônico. Exemplo: click21.com.br .
» Provedor – é o host, um computador dedicado ao
serviço 24 horas por dia.
Desta forma, uma nova janela aparecerá em sua tela.
Vejamos um exemplo real: sergiodecastro@click21.
Ela controla todas as abas e funções executadas pelo na-
com.br
vegador. Caso uma das guias apresente problemas você
pode fechá-la individualmente, sem comprometer todo o A caixa postal é composta pelos seguintes itens:
programa. A função é muito útil e evita diversas dores de » Caixa de Entrada – Onde ficam armazenadas as men-
cabeça. sagens recebidas.
» Caixa de Saída – Armazena as mensagens ainda não
enviadas.
» E-mails Enviados – Como o nome diz, ficam os e-mails
que foram enviados.
» Rascunho – Guarda as mensagens que você ainda
não terminou de redigir.
» Lixeira – Armazena as mensagens excluídas.

Ao redigir mensagem, os seguintes campos estão pre-


sentes:
» Para – é o campo onde será inserido o endereço do
CORREIO ELETRÔNICO: ENVIO E RECEPÇÃO destinatário.
DE MENSAGENS COM OU SEM ANEXOS » Cc – este campo é utilizado para mandar cópias da
mesma mensagem, ao usar este campo os endereços apa-
recerão para todos os destinatários.
» Cco – sua funcionalidade é igual ao campo anterior,
CORREIO ELETRÔNICO no entanto os endereços só aparecerão para os respectivos
donos.
O correio eletrônico3 se parece muito com o correio » Assunto – campo destinado ao assunto da mensa-
tradicional. Todo usuário tem um endereço próprio e uma gem.
caixa postal, o carteiro é a Internet. Você escreve sua men- » Anexos – são dados que são anexados à mensagem
(imagens, programas, música, arquivos de texto, etc.).
sagem, diz pra quem quer mandar e a Internet cuida do
» Corpo da Mensagem – espaço onde será redigida a
resto. Mas por que o e-mail se popularizou tão depressa?
mensagem.
A primeira coisa é pelo custo. Você não paga nada por uma
comunicação via e-mail, apenas os custos de conexão com Alguns nomes podem mudar de servidor para servidor,
a Internet. Outro fator é a rapidez, enquanto o correio tra- porém representando as mesmas funções. Além dos destes
dicional levaria dias para entregar uma mensagem, o ele- campos tem ainda os botões para EVIAR, ENCAMINHAR e
trônico faz isso quase que instantaneamente e não utiliza EXCLUIR as mensagens, este botões bem como suas fun-
papel. Por último, a mensagem vai direto ao destinatário, cionalidades veremos em detalhes, mais à frente.
não precisa passa de mão-em-mão (funcionário do correio, Para receber seus e-mails você não precisa estar co-
carteiro, etc.), fica na sua caixa postal onde somente o dono nectado à Internet, pois o e-mail funciona com provedores.
tem acesso e, apesar de cada pessoa ter seu endereço pró- Mesmo você não estado com seu computador ligado, seus
prio, você pode acessar seu e-mail de qualquer computa- e-mail são recebidos e armazenados na sua caixa postal,
dor conectado à Internet. Bem, o e-mail mesclou a faci- localizada no seu provedor. Quando você acessa sua caixa
lidade de uso do correio convencional com a velocidade postal, pode ler seus e-mail on-line (diretamente na Inter-
do telefone, se tornando um dos melhores e mais utilizado net, pelo WebMail) ou baixar todos para seu computador
meio de comunicação. através de programas de correio eletrônico. Um programa
3 Fonte: http://juliobattisti.com.br/tutoriais/sergiocastro/correioeletronico- muito conhecido é o Outlook Express, o qual detalhar mais
ewebmail001.asp à frente.

115
INFORMÁTICA

A sua caixa postal é identificada pelo seu endereço de 1. Acesse a página do provedor (www.ibestmail.com.br)
e-mail e qualquer pessoa que souber esse endereço, pode ou qualquer outro de sua preferência.
enviar mensagens para você. Também é possível enviar 2. Clique no link “Não tem uma conta? Crie uma!”, será
mensagens para várias pessoas ao mesmo tempo, para isto aberto um formulário, preencha-o observando todos os
basta usar os campos “Cc” e “Cco” descritos acima. campos. Os campos do formulário têm suas particularida-
Atualmente, devido à grande facilidade de uso, a maio- des de provedor para provedor, no entanto todos trazem
ria das pessoas acessa seu e-mail diretamente na Internet a mesma ideia, colher informações do usuário. Este será a
através do navegador. Este tipo de correio é chamado de primeira parte do seu e-mail e é igual a este em qualquer
WebMail. O WebMail é responsável pela grande populari- cadastro, no exemplo temos “@outlook.com”. A junção do
zação do e-mail, pois mesmo as pessoas que não tem com- nome de usuário com o nome do provedor é que será seu
putador, podem acessar sua caixa postal de qualquer lugar endereço eletrônico. No exemplo ficaria o seguinte: seuno-
(um cyber, casa de um amigo, etc.). Para ter um endereço me@outlook.com.
eletrônico basta querer e acessar a Internet, é claro. Existe 3. Após preencher todo o formulário clique no botão
quase que uma guerra por usuários. Os provedores, tam-
“Criar conta”, pronto seu cadastro estará efetivado.
bém, disputam quem oferece maior espaço em suas caixas
Pelo fato de ser gratuito e ter muitos usuários é comum
postais. Há pouco tempo encontrar um e-mail com mais
que muitos nomes já tenham sido cadastrados por outros
de 10 Mb, grátis, não era fácil. Lembro que, quando a Em-
bratel ofereceu o Click21 com 30 Mb, achei que era muito usuários, neste caso será exibida uma mensagem lhe in-
espaço, mas logo o iBest ofereceu 120 Mb e não parou por formando do problema. Isso acontece porque dentro de
ai, a “guerra” continuo culminando com o anúncio de que um mesmo provedor não pode ter dois nomes de usuários
o Google iria oferecer 1 Gb (1024 Mb). A última campanha iguais. A solução é procurar outro nome que ainda esteja
do GMail, e-mail do Google, é de aumentar sua caixa postal livre, alguns provedores mostram sugestões como: seuno-
constantemente, a última vez que acessei estava em 2663 me2005; seunome28, etc. Se ocorrer isso com você (o que é
Mb. bem provável que acontecerá) escolha uma das sugestões
ou informe outro nome (não desista, você vai conseguir),
WebMail finalize seu cadastro que seu e-mail vai está pronto para
ser usado.
O WebMail, como descrito acima, é uma aplicação
acessada diretamente na Internet, sem a necessidade de » Entendendo a Interface do WebMail
usar programa de correio eletrônico. Praticamente todos A interface é a parte gráfica do aplicativo de e-mail que
os e-mails possuem aplicações para acesso direto na In- nos liga do mundo externo aos comandos do programa.
ternet. É grande o número de provedores que oferecem Estes conhecimentos vão lhe servir para qualquer WebMail
correio eletrônico gratuitamente, logo abaixo segue uma que você tiver e também para o Outlook, que é um progra-
lista dos mais populares. ma de gerenciamento de e-mails, vamos ver este programa
» Outlook (antigo Hotmail) – http://www.outlook.com mais adiante.
» GMail – http://www.gmail.com 1. Chegou e-mail? – Este botão serve para atualizar sua
» Bol (Brasil on line) – http://www.bol.com.br caixa de entrar, verificando se há novas mensagens no ser-
» iG Mail – http://www.ig.com.br vidor.
» Yahoo – http://www.yahoo.com.br 2. Escrever – Ao clicar neste botão a janela de edição
de e-mail será aberta. A janela de edição é o espaço no
Para criar seu e-mail basta visitar o endereço acima e qual você vai redigir, responder e encaminhar mensagens.
seguir as instruções do site. Outro importante fator a ser
Semelhante à função novo e-mail do Outlook.
observado é o tamanho máximo permitido por anexo, este
3. Contatos – Abre a seção de contatos. Aqui os seus
foi outro fator que aumentou muito de tamanho, há pouco
tempo a maioria dos provedores permitiam em torno de 2 endereços de e-mail são previamente guardados para uti-
Mb, mas atualmente a maioria já oferecem em média 25 lização futura, nesta seção também é possível criar grupos
Mb. Além de caixa postal os provedores costumam ofere- para facilitar o gerenciamento dos seus contatos.
cer serviços de agenda e contatos. 4. Configurações – Este botão abre (como o próprio
Todos os WebMail acima são ótimos, então fica a crité- nome já diz) a janela de configurações. Nesta janela podem
rio de cada um escolher o seu, ou até mesmo os seus, eu, ser feitas diversas configurações, tais como: mudar senha,
por exemplo, procuro aqueles que oferecem uma interface definir número de e-mail por página, assinatura, resposta
com o menor propaganda possível. automática, etc.
» Criando seu e-mail 5. Ajuda – Abre, em outra janela do navegador, uma
Fazer sua conta de e-mail é uma tarefa extremamente seção com vários tópicos de ajuda.
simples, eu escolhi o Outlook.com, pois a interface des- 6. Sair – Este botão é muito importante, pois é através
te WebMail não tem propagandas e isso ajudar muito os dele que você vai fechar sua caixa postal, muito recomen-
entendimentos, no entanto você pode acessar qualquer dado quando o uso de seu e-mail ocorrer em computado-
dos endereços informados acima ou ainda qualquer outro res de terceiros.
que você conheça. O processo de cadastro é muito sim- 7. Espaço – Esta seção é apenas informativa, exibe seu
ples, basta preencher um formulário e depois você terá sua endereço de e-mail; quantidade total de sua caixa posta;
conta de e-mail pronta para ser usada. Vamos aos passos: parte utilizada em porcentagem e um pequeno gráfico.

116
INFORMÁTICA

8. Seção atual – Mostra o nome da seção na qual você OUTLOOK


está, no exemplo a Caixa de Entrada.
9. Número de Mensagens – Exibe o intervalo de men- O Microsoft Outlook é um software de automação de
sagens que estão na tela e também o total da seção sele- escritório e cliente de correio electrónico que faz parte do
cionada. pack Microsoft Office. Mas não é apenas um gerenciador
10. Caixa de Comandos – Neste menu suspenso estão de e-mails, o Outlook possui funcionalidades de grupos
todos os comandos relacionados com as mensagens exi- de discussão com base em padrões avançados de internet,
bidas. Para usar estes comandos, selecione uma ou mais além de possuir calendário integral e gerenciamento de ta-
mensagens o comando desejado e clique no botão “OK”. O refas e de contatos. Além disso, possui capacidades de co-
botão “Bloquear”, bloqueia o endereço de e-mail da men- laboração em tempo de execução e em tempo de criação
sagem, útil para bloquear e-mails indesejados. Já o botão robustos e integrados.
“Contas externas” abre uma seção para configurar outras
contas de e-mails que enviarão as mensagens a sua caixa Configurando uma conta4
postal. Para o correto funcionamento desta opção é preciso Em muitos casos, o Outlook pode configurar a sua
que a conta a ser acessada tenha serviço POP3 e SMTP. conta para você apenas com um endereço de email e uma
11. Lista de Páginas – Este menu suspenso exibe a lista senha. Ao iniciar o Outlook pela primeira vez, o Assistente
de página, que aumenta conforme a quantidade de e-mails Automático de Conta é iniciado.
na seção. Para acessar selecione a página desejada e clique
no botão “OK”. Veja que todos os comandos estão dispo- Para configurar uma conta automaticamente
níveis também na parte inferior, isto para facilitar o uso de Abra o Outlook e, quando o Assistente Automático de
sua caixa postal. Conta for aberto, escolha Avançar.
12. Pastas do Sistema – Exibe as pastas padrões de um Observação : Se o Assistente não abrir ou se você qui-
correio eletrônico. Caixa de Entrada; Mensagens Enviadas; ser adicionar uma outra conta de email, na barra de ferra-
Rascunho e Lixeira. Um detalhe importante é o estilo do mentas, escolha a guia Arquivo.
nome, quando está normal significa que todas as mensa-
gens foram abertas, porém quando estão em negrito, acu-
sam que há uma ou mais mensagens que não foram lidas,
o número entre parêntese indica a quantidade. Este detalhe
funciona para todas as pastas e mensagens do correio.
13. Painel de Visualização – Espaço destinado a exibir
as mensagens. Por padrão, ao abrir sua caixa postal, é exi-
bido o conteúdo da Caixa de Entrada, mas este painel exibe
também as mensagens das diversas pastas existentes na
sua caixa postal. A observação feita no item anterior, sobre
negrito, também é válida para esta seção. Observe as caixas
de seleção localizadas do lado esquerdo de cada mensa-
gem, é através delas que as mensagens são selecionadas. A
seleção de todos os itens ao mesmo tempo, também pode Na página Contas de Email, escolha Avançar > Adicio-
ser feito pela caixa de seleção do lado esquerdo do título nar Conta.
da coluna “Remetente”. O título das colunas, além de no-
meá-las, também serve para classificar as mensagens que
por padrão estão classificadas através da coluna “Data”,
para usar outra coluna na classificação basta clicar sobre
nome dela.
14. Gerenciador de Pastas – Nesta seção é possível adi-
cionar, renomear e apagar as suas pastas. As pastas são
um modo de organizar seu conteúdo, armazenando suas
mensagens por temas. Quando seu e-mail é criado não
existem pastas nesta seção, isso deve ser feito pelo usuário
de acordo com suas necessidades.
15. Contas Externas – Este item é um link que abrirá a
seção onde pode ser feita uma configuração que permitirá
você acessar outras caixas postais diretamente da sua. O
próximo link, como o nome já diz, abre a janela de confi-
guração dos e-mails bloqueados e mais abaixo o link para
baixar um plug-in que lhe permite fazer uma configuração
automática do Outlook Express. Estes dois primeiros links
são os mesmos apresentados no item 10.
4 Fonte: Ajuda do MSOutlook

117
INFORMÁTICA

Na página Configuração Automática de Conta, insira Excluir uma conta de email


o seu nome, endereço de email e senha e escolha Avançar. Para excluir uma conta de email
Observação : Se você receber uma mensagem de erro No painel direito da guia Arquivo, selecione Configura-
após escolher Avançar, verifique novamente seu endereço ções de Conta > Configurações de Conta.
de email e senha. Se ambos estiverem corretos, escolha
Configuração manual ou tipos de servidor adicionais..
Escolha Concluir.

A configuração automática não funcionou


Se a instalação não tiver sido concluída, o Outlook
pode solicitar que você tente novamente usando uma co-
nexão não criptografada com o servidor de email. Se isso
não funcionar, escolha Configuração manual ou tipos de
servidor adicionais.
Observações: Se estiver usando o Outlook 2016, você
não poderá usar o tipo de configuração manual para as
contas do Exchange. Contate o seu administrador se hou-
ver falha na configuração automática de conta. Ele infor-
mará a você o nome do Exchange Server para seu email e
o ajudará a configurar o Outlook.
Se você atualizar para o Outlook 2016 a partir de uma
versão anterior e receber mensagens de erro informando
que não é possível fazer logon ou iniciar o Outlook, é por-
que o serviço Descoberta Automática do Exchange não foi
configurado ou não está funcionando corretamente.
Para configurar uma conta manualmente
Escolha Configuração manual ou tipos de servidor adi-
cionais > Avançar. Na lista de contas de email, selecione a conta que de-
seja excluir e escolha Remover.

Selecione o tipo de conta desejado e escolha Avançar.


Preencha as seguintes informações:
Seu Nome, Endereço de Email, Tipo de Conta, Servidor
de Entrada de Emails, Servidor de Saída de Emails, Nome
de Usuário e Senha. Obs.: Microsoft Exchange Server é uma aplicação ser-
Escolha Testar Configurações da Conta para verificar as vidora de e-mails de propriedade da Microsoft Corp e que
informações inseridas. pode ser instalado somente em plataformas da família
Observação : Se o teste falhar, escolha Mais Configura- Windows Server.
ções. O administrador poderá solicitar que você faça outras
alterações, incluindo inserir portas específicas para o ser- Criar uma mensagem de email
vidor de entrada (POP3 ou IMAP) ou o servidor de saída Clique em Novo Email, ou pressione Ctrl + N.
(SMTP).
Escolha Avançar > Concluir.

118
INFORMÁTICA

No grupo Refinar na faixa de opções, escolha se você


está procurando pela pessoa que enviou a mensagem ou
pelo assunto.
Você pode filtrar ainda mais os resultados da pesquisa
ao selecionar:
Com Anexos – para localizar somente emails com ane-
xos
Categorizado – para localizar emails que tenham sido
atribuídos a uma categoria específica
Se várias contas de email configuradas no Microsoft Esta Semana – para pesquisar quando o email foi re-
Outlook, o botão de aparece e a conta que enviará a men- cebido. Há vários períodos de tempo para escolher (Hoje,
sagem é mostrada. Para alterar a conta, clique em de. Ontem, Mês Passado, etc.)
Na caixa Assunto, digite o assunto da mensagem. Enviado para  – para localizar emails enviados a você,
Insira os endereços de email dos destinatários ou os não enviados diretamente a você ou enviados por outro
nomes na caixa Para, Cc ou Cco. Separe vários destinatários destinatário
com um ponto e vírgula. Sinalizado – para localizar emails sinalizados por você
Para selecionar os nomes dos destinatários em uma lis- apenas
ta no Catálogo de Endereços, clique em Para, Cc ou Cco e Importante  – para localizar somente emails rotulados
clique nos nomes desejados. como importantes
Não vejo a caixa Cco. Como posso ativá-lo?
Para exibir a caixa Cco para esta e todas as mensagens QUESTÕES GERAIS
futuras, clique em Opções e, no grupo Mostrar Campos,
clique em Cco. 1- Com relação ao sistema operacional Windows, assi-
Clique em Anexar arquivo para adicionar um anexo. nale a opção correta.
Ou clique em Anexar Item para anexar itens do Outlook, (A) A desinstalação de um aplicativo no Windows deve
como mensagens de email, tarefas, contatos ou itens de ser feita a partir de opção equivalente do Painel de Con-
calendário. trole, de modo a garantir a correta remoção dos arquivos
relacionados ao aplicativo, sem prejuízo ao sistema opera-
cional.
(B) O acionamento simultâneo das teclas CTRL, ALT e
DELETE constitui ferramenta poderosa de acesso direto aos
diretórios de programas instalados na máquina em uso.
(C) O Windows oferece acesso facilitado a usuários de
um computador, pois bastam o nome do usuário e a senha
Dica :  Se você não gostar a fonte ou o estilo do seu da máquina para se ter acesso às contas dos demais usuá-
email, você pode alterar sua aparência. Também é uma boa rios possivelmente cadastrados nessa máquina.
ideia Verificar a ortografia em sua mensagem antes de en- (D) O Windows oferece um conjunto de acessórios
viar. disponíveis por meio da instalação do pacote Office, entre
Após terminar de redigir sua mensagem, clique em En- eles, calculadora, bloco de notas, WordPad e Paint.
viar. (E) O comando Fazer Logoff, disponível a partir do bo-
Observação : Se você não consegue encontrar o botão tão Iniciar do Windows, oferece a opção de se encerrar o
Enviar, talvez você precise configurar uma conta de email. Windows, dar saída no usuário correntemente em uso na
máquina e, em seguida, desligar o computador.
Pesquisar email
Da  Caixa de Entrada, ou de qualquer outra pasta de Comentários: Para desinstalar um programa de forma
email, localize a caixa Pesquisar na parte superior de suas segura deve-se acessar Painel de Controle / Adicionar ou
mensagens. remover programas
Para encontrar uma palavra que você sabe que está Resposta – Letra A
em uma mensagem ou uma mensagem de uma pessoa em
particular, digite a palavra ou o nome da pessoa na cai-
xa  Pesquisar. Mensagens que contenham a palavra ou o 2- Nos sistemas operacionais como o Windows, as in-
nome que você especificou serão exibidas com o texto de formações estão contidas em arquivos de vários formatos,
pesquisa destacado nos resultados. que são armazenados no disco fixo ou em outros tipos de
mídias removíveis do computador, organizados em:
Restrinja os resultados de pesquisa (A) telas.
No grupo  Escopo  na faixa de opções, escolha onde (B) pastas.
você deseja pesquisar: Todas as Caixas de Correio, Caixa de (C) janelas.
Correio Atual, Pasta Atual, Subpasta ou Todos os Itens do (D) imagens.
Outlook. (E) programas.

119
INFORMÁTICA

Comentários: O Windows Explorer, mostra de forma Comentários: temos que D1=SOMA(A1:C1). Quando
bem clara a organização por meio de PASTAS, que nada copiamos uma célula que contém uma fórmula e colamos
mais são do que compartimentos que ajudam a organizar em outra célula, a fórmula mudará ajustando-se à nova po-
os arquivos em endereços específicos, como se fosse um sição. Veja como saber como ficará a nova fórmula ao ser
sistema de armário e gavetas. copiada de D1 para D3:
Resposta: Letra B  

3- Um item selecionado do Windows XP pode ser ex-


cluído permanentemente, sem colocá-Lo na Lixeira, pres-
sionando-se simultaneamente as teclas
(A) Ctrl + Delete.
(B) Shift + End.
(C) Shift + Delete.
(D) Ctrl + End.
(E) Ctrl + X.
Agora é só substituir os valores: A fórmula diz para so-
Comentário: Quando desejamos excluir permanente- mar todas as células de A3 até C3(dois pontos significam
mente um arquivo ou pasta no Windows sem enviar antes ‘até’), sendo assim teremos que somar A3,  , B3, C3 obten-
para a lixeira, basta pressionarmos a tecla Shift em conjun- do-se o resultado 448.
to com a tecla Delete. O Windows exibirá uma mensagem Resposta: C.
do tipo “Você tem certeza que deseja excluir permanente-
mente este arquivo?” ao invés de “Você tem certeza que
deseja enviar este arquivo para a lixeira?”. 6- “O correio eletrônico é um método que permite
Resposta: C compor, enviar e receber mensagens através de sistemas
eletrônicos de comunicação”. São softwares gerenciadores
de email, EXCETO:
4- Qual a técnica que permite reduzir o tamanho de A) Mozilla Thunderbird.
arquivos, sem que haja perda de informação? B) Yahoo Messenger.
(A) Compactação C) Outlook Express.
(B) Deleção D) IncrediMail.
(C) Criptografia E) Microsoft Office Outlook 2003.
(D) Minimização
(E) Encolhimento adaptativo Comentários: Podemos citar vários gerenciadores de
e-mail (eletronic mail ou correio eletrônico), mas devemos
Comentários: A compactação de arquivos é uma téc- memorizar que os sistemas que trabalham o correio eletrô-
nica amplamente utilizada. Alguns arquivos compactados nico podem funcionar por meio de um software instalado
podem conter extensões ZIP, TAR, GZ, RAR e alguns exem- em nosso computador local ou por meio de um programa
plos de programas compactadores são o WinZip, WinRar, que funciona dentro de um navegador, via acesso por In-
SolusZip, etc. ternet. Este programa da Internet, que não precisa ser ins-
Resposta: A talado, e é chamado de WEBMAIL, enquanto o software
local é o gerenciador de e-mail citado pela questão.
Principais Vantagens do Gerenciador de e-mail:
5- A figura a seguir foi extraída do MS-Excel: • Pode ler e escrever mensagens mesmo quando
está desconectado da Internet;
• Permite armazenar as mensagens localmente (no
computador local);
• Permite utilizar várias caixas de e-mail ao mesmo
tempo;
Maiores Desvantagens:
• Ocupam espaço em disco;
• Compatibilidade com os servidores de e-mail
  (nem sempre são compatíveis).
Se o conteúdo da célula D1 for copiado (Ctrl+C) e co- A seguir, uma lista de gerenciadores de e-mail (em ne-
lado (Ctrl+V) na célula D3, seu valor será: grito os mais conhecidos e utilizados atualmente):
(A) 7 Microsoft Office Outlook
(B) 56 Microsoft Outlook Express;
(C) 448 Mozilla Thunderbird;
(D) 511 IcrediMail
(E) uma mensagem de erro

120
INFORMÁTICA

Eudora (B) As opções Copiar e Colar, que podem ser obtidas


Pegasus Mail ao se acionar simultaneamente as teclas CTRL + C e CTRL
Apple Mail (Apple) + V,respectivamente, estão disponíveis no menu Editar de
Kmail (Linux) todos os aplicativos da suíte MS Office.
Windows Mail (C) A opção Salvar Como, disponível no menu das apli-
A questão cita o Yahoo Mail, mas este é um WEBMAIL, cações do MS Office, permite que o usuário salve o docu-
ou seja, não é instalado no computador local. Logo, é o mento correntemente aberto com outro nome. Nesse caso,
gabarito da questão. a versão antiga do documento é apagada e só a nova ver-
Resposta: B. são permanece armazenada no computador.
7- Sobre os conceitos de utilização da Internet e cor- (D) O menu Exibir permite a visualização do documen-
reio eletrônico, analise: to aberto correntemente, por exemplo, no formato do MS
I. A URL digitada na barra de Endereço é usada pe- Word para ser aberto no MS PowerPoint.
los navegadores da Web (Internet Explorer, Mozilla e Goo- (E) Uma das vantagens de se utilizar o MS Word é a ela-
gle Chrome) para localizar recursos e páginas da Internet boração de apresentações de slides que utilizem conteúdo
(Exemplo: http://www.google.com.br). e imagens de maneira estruturada e organizada.
II. Download significa descarregar ou baixar; é a trans-
ferência de dados de um servidor ou computador remoto Comentários: O menu editar geralmente contém os co-
para um computador local. mandos universais dos programas da Microsoft como é o
III. Upload é a transferência de dados de um computa- caso dos atalhos CTRL + C, CTRL + V, CTRL + X, além do
dor local para um servidor ou computador remoto. localizar.
IV. Anexar um arquivo em mensagem de e-mail signifi- Em relação às outras letras:
ca movê-lo definitivamente da máquina local, para envio a Letra A – Incorreto – A extensão .xls abre o aplicativo
um destinatário, com endereço eletrônico. Excel e não o Access
Estão corretas apenas as afirmativas: Letra C – Incorreto – A opção salvar como, cria uma
A) I, II, III, IV cópia do arquivo corrente e não apaga a sua versão antiga.
B) I, II Letra D – Incorreto – O menu exibir mostra formas de
C) I, II, III exibição do documento dentro do contexto de cada pro-
D) I, II, IV grama e não de um programa para o outro como é o caso
E) I, III, IV da afirmativa.
Comentários: O URL é o endereço (único) de um recur- Letra E – Incorreto – O Ms Word não faz apresentação
so na Internet. A questão parece diferenciar um recurso de de slides e sim o Ms Power Point.
página, mas na verdade uma página é um recurso (o mais
Resposta: B
conhecido, creio) da Web. Item verdadeiro.
É comum confundir os itens II e III, por isso memorize:
9- Com relação a conceitos de Internet e intranet, assi-
down = baixo = baixar para sua máquina, descarregar. II e
nale a opção correta.
III são verdadeiros.
(A) Domínio é o nome dado a um servidor que controla
a entrada e a saída de conteúdo em uma rede, como ocorre
na Internet.
(B) A intranet só pode ser acessada por usuários da
Internet que possuam uma conexão http, ao digitarem na
barra de endereços do navegador: http://intranet.com.
(C) Um modem ADSL não pode ser utilizado em uma
rede local, pois sua função é conectar um computador à
rede de telefonia fixa.
(D) O modelo cliente/servidor, em que uma máquina
denominada cliente requisita serviços a outra, denominada
servidor, ainda é o atual paradigma de acesso à Internet.
No item IV encontramos o item falso da questão, o que (E) Um servidor de páginas web é a máquina que ar-
nos leva ao gabarito – letra C. Anexar um arquivo em men- mazena os nomes dos usuários que possuem permissão de
sagem de e-mail significa copiar e não mover! acesso a uma quantidade restrita de páginas da Internet.
Resposta: C. Comentários: O modelo cliente/servidor é questiona-
do em termos de internet pois não é tão robusto quanto
8- A respeito dos modos de utilização de aplicativos do redes P2P pois, enquanto no primeiro modelo uma queda
ambiente MS Office, assinale a opção correta. do servidor central impede o acesso aos usuários clientes,
(A) Ao se clicar no nome de um documento gravado no segundo mesmo que um servidor “caia” outros servi-
com a extensão .xls a partir do Meu Computador, o Win- dores ainda darão acesso ao mesmo conteúdo permitindo
dows ativa o MS Access para a abertura do documento em que o download continue. Ex: programas torrent, Emule,
tela. Limeware, etc.

121
INFORMÁTICA

Em relação às outras letras: (C) No Windows Explorer, o item Meus Locais de Rede
letra A – Incorreto – Domínio é um nome que serve oferece um histórico de páginas visitadas na Internet para
para localizar e identificar conjuntos de computadores na acesso direto a elas.
Internet e corresponde ao endereço que digitamos no na- (D) Quando um arquivo estiver aberto no Windows e
vegador. a opção Renomear for acionada no Windows Explorer com
letra B – Incorreto – A intranet é acessada da mesma o botão direito do mouse,será salva uma nova versão do
forma que a internet, contudo, o ambiente de acesso a rede arquivo e a anterior continuará aberta com o nome antigo.
é restrito a uma rede local e não a internet como um todo. (E) Para se encontrar arquivos armazenados na estrutu-
letra C – Incorreto – O modem ADSL conecta o compu- ra de diretórios do Windows, deve-se utilizar o sítio de bus-
tador a internet, como o acesso a intranet se faz da mesma ca Google, pois é ele que dá acesso a todos os diretórios de
forma só que de maneira local, o acesso via ADSL pode sim máquinas ligadas à Internet.
acessar redes locais.
letra E – Incorreto – Um servidor é um sistema de com-
Comentários: Na opção Modos de Exibição, os arqui-
putação que fornece serviços a uma rede de computado-
vos são mostrados de várias formas como Listas, Miniatu-
res. E não necessariamente armazena nomes de usuários e/
ou restringe acessos. ras e Detalhes.
Resposta: D Resposta: B
10- Com relação à Internet, assinale a opção correta.
(A) A URL é o endereço físico de uma máquina na Inter- Atenção: Para responder às questões de números
net, pois, por esse endereço, determina-se a cidade onde 12 e 13, considere integralmente o texto abaixo:
está localizada tal máquina. Todos os textos produzidos no editor de textos padrão
(B) O SMTP é um serviço que permite a vários usuários deverão ser publicados em rede interna de uso exclusivo do
se conectarem a uma mesma máquina simultaneamente, órgão, com tecnologia semelhante à usada na rede mundial
como no caso de salas de bate-papo. de computadores.
(C) O servidor Pop é o responsável pelo envio e recebi- Antes da impressão e/ou da publicação os textos deve-
mento de arquivos na Internet. rão ser verificados para que não contenham erros. Alguns
(D) Quando se digita o endereço de uma página web, artigos digitados deverão conter a imagem dos resultados
o termo http significa o protocolo de acesso a páginas em obtidos em planilhas eletrônicas, ou seja, linhas, colunas, va-
formato HTML, por exemplo. lores e totais.
(E) O protocolo FTP é utilizado quando um usuário de Todo trabalho produzido deverá ser salvo e cuidados de-
correio eletrônico envia uma mensagem com anexo para vem ser tomados para a recuperação em caso de perda e
outro destinatário de correio eletrônico.
também para evitar o acesso por pessoas não autorizadas às
Comentários: Os itens apresentados nessa questão es-
informações guardadas.
tão relacionados a protocolos de acesso. Segue abaixo os
protocolos mais comuns: Os funcionários serão estimulados a realizar pesquisas
- HTTP(Hypertext Transfer Protocol) – Protocole de car- na internet visando o atendimento do nível de qualidade da
regamento de páginas de Hipertexto –  HTML informação prestada à sociedade, pelo órgão.
- IP (Internet Protocol) – Identificação lógica de uma O ambiente operacional de computação disponível para
máquina na rede realizar estas operações envolve o uso do MS-Windows, do
- POP (Post Office Protocol) – Protocolo de recebimen- MS-Office, das ferramentas Internet Explorer e de correio
to de emails direto no PC via gerenciador de emails eletrônico, em português e em suas versões padrões mais
- SMTP (Simple Mail Transfer Protocol) – Protocolo pa- utilizadas atualmente.
drão de envio de emails Observação: Entenda-se por mídia removível disquetes,
- IMAP(Internet Message Access Protocol) – Semelhan- CD’s e DVD’s graváveis, Pen Drives (mídia removível acopla-
te ao POP, no entanto, possui mais recursos e dá ao usuário da em portas do tipo USB) e outras funcionalmente seme-
a possibilidade de armazenamento e acesso a suas mensa- lhantes.
gens de email direto no servidor.
- FTP(File Transfer Protocol) – Protocolo para transfe- 12- As células que contêm cálculos feitos na planilha
rência de arquivos eletrônica,
Resposta: D (A) quando “coladas” no editor de textos, apresentarão
resultados diferentes do original.
11- Quanto ao Windows Explorer, assinale a opção cor-
(B) não podem ser “coladas” no editor de textos.
reta.
(A) O Windows Explorer é utilizado para gerenciar pas- (C) somente podem ser copiadas para o editor de tex-
tas e arquivos e por seu intermédio não é possível acessar o tos dentro de um limite máximo de dez linhas e cinco co-
Painel de Controle, o qual só pode ser acessado pelo botão lunas.
Iniciar do Windows. (D) só podem ser copiadas para o editor de texto uma
(B) Para se obter a listagem completa dos arquivos sal- a uma.
vos em um diretório, exibindo-se tamanho, tipo e data de (E) quando integralmente selecionadas, copiadas e
modificação, deve-se selecionar Detalhes nas opções de “coladas” no editor de textos, serão exibidas na forma de
Modos de Exibição. tabela.

122
INFORMÁTICA

Comentários: Sempre que se copia células de uma pla-


nilha eletrônica e cola-se no Word, estas se apresentam
como uma tabela simples, onde as fórmulas são esqueci-
das e só os números são colados.
Resposta: E

13- O envio do arquivo que contém o texto, por meio


do correio eletrônico, deve considerar as operações de
(A) anexação de arquivos e de inserção dos endereços
eletrônicos dos destinatários no campo “Cco”. Resposta: “C”
(B) de desanexação de arquivos e de inserção dos en-
dereços eletrônicos dos destinatários no campo “Para”. Comentários:
(C) de anexação de arquivos e de inserção dos endere- Temos 3 itens com a formatação taxado aplicada: c, d,
ços eletrônicos dos destinatários no campo “Cc”. e. Entretanto, temos que observar que na questão os itens
(D) de desanexação de arquivos e de inserção dos en- d, e, além de receberem taxado, também ficaram em caixa
dereços eletrônicos dos destinatários no campo “Cco”. alta. O único que recebe apenas o taxada, sem alterar outras
(E) de anexação de arquivos e de inserção dos endere- formatações foi o item c.
ços eletrônicos dos destinatários no campo “Para”.
  16. (Caixa Econômica Federal - Técnico Bancário
Comentários: Claro que, para se enviar arquivos pelo Novo - CESGRANRIO/2012) O envio e o recebimento
correio eletrônico deve-se recorrer ao uso de anexação, ou de um arquivo de textos ou de imagens na internet, en-
seja, anexar o arquivo à mensagem. Quando colocamos tre um servidor e um cliente, constituem, em relação ao
os endereços dos destinatários no campo Cco, ou seja, no cliente, respectivamente, um
campo “com cópia oculta”, um destinatário não ficará sa- (A) download e um upload
bendo quem mais recebeu aquela mensagem, o que aten- (B) downgrade e um upgrade
de a segurança solicitada no enunciado. (C) downfile e um upfile
Resposta: A (D) upgrade e um downgrade
14. (Caixa Econômica Federal - Técnico Bancário (E) upload e um download
Novo - CESGRANRIO/2012) Usado para o manuseio
de arquivos em lotes, também denominados scripts, o Resposta: “E”.
shell de comando é um programa que fornece comuni-
cação entre o usuário e o sistema operacional de forma Comentários:
direta e independente. Nos sistemas operacionais Win-  Up – Cima / Down – baixo  / Load – Carregar;
dows XP, esse programa pode ser acessado por meio de Upload – Carregar para cima (enviar).
um comando da pasta Acessórios denominado Download – Carregar para baixo (receber ou “baixar”)
(A) Prompt de Comando 17- (TJ/SP – Escrevente Téc. Jud. – Vunesp/2011)
(B) Comandos de Sistema Assinale a alternativa que contém os nomes dos menus
(C) Agendador de Tarefas do programa Microsoft Word XP, em sua configuração
(D) Acesso Independente padrão, que, respectivamente, permitem aos usuários:
(E) Acesso Direto (I) numerar as páginas do documento, (II) contar as pa-
lavras de um parágrafo e (III) adicionar um cabeçalho
Resposta: “A” ao texto em edição.
a) Janela, Ferramentas e Inserir.
Comentários b) Inserir, Ferramentas e Exibir.
Prompt de Comando é um recurso do Windows que ofe- c) Formatar, Editar e Janela.
rece um ponto de entrada para a digitação de comandos do d) Arquivo, Exibir e Formatar.
MSDOS (Microsoft Disk Operating System) e outros coman- e) Arquivo, Ferramentas e Tabela.
dos do computador. O mais importante é o fato de que, ao Resposta: “B”
digitar comandos, você pode executar tarefas no computa- Comentário:
dor sem usar a interface gráfica do Windows. O Prompt de • Ação numerar - “INSERIR”
Comando é normalmente usado apenas por usuários avan- • Ação contar paginas - “FERRAMENTAS”
çados. • Ação adicionar cabeçalho - “EXIBIR”

15. (Caixa Econômica Federal - Técnico Bancário


Novo - CESGRANRIO/2012) Seja o texto a seguir di-
gitado no aplicativo Word. Aplicativos para edição de
textos. Aplicando-se a esse texto o efeito de fonte Ta-
chado, o resultado obtido será

123
INFORMÁTICA

18- (TJ/SP – Escrevente Téc. Jud. – Vunesp/2011) Resposta: “D”

Comentário:
Passo 1
A célula A1 contém a fórmula =B$1+C1

a) 3, 0 e 7.
b) 5, 0 e 7. Passo 2
c) 5, 1 e 2. que foi propagada pela alça de preenchimento para A2
d) 7, 5 e 2. e A3
e) 8, 3 e 4.

Resposta: “C”

Comentário:
Expressão =MÉDIA(A1:A3)
São somadas as celular A1, A2 e A3, sendo uma média é
dividido por 3 (pois tem 3 células): (8+3+4)/3 = 5
Expressão =MENOR(B1:B3;2)
Da célula B1 até a B3, deve mostrar o 2º menor número,
que seria o número 1. Para facilitar coloque esses números
em ordem crescente.
Expressão =MAIOR(C1:C3;3)
Da célula C1 até a C3, deve mostrar o 3º maior número, Click na imagem para melhor visualizar
que seria o número 2. Para facilitar coloque esses números
em ordem decrescente. Passo 3
Assim, a célula com interrogação (A3) apresenta, após a
19- (SPPREV – Técnico – Vunesp/2011 – II) propagação, o resultado

a) 1
b) 2
c) 3 20- (SPPREV – Técnico – Vunesp/2011 - II) No Po-
d) 4 werPoint 2007, a inserção de um novo comentário pode
e) 5 ser feita na guia
a) Geral.

124
INFORMÁTICA

b) Inserir.
c) Animações.
d) Apresentação de slides.
e) Revisão.
Resposta: “E”
Comentário:

Você pode usar a régua para definir tabulações manuais


no lado esquerdo, no meio e no lado direito do documento.
Obs.: Se a régua horizontal localizada no topo do do-
cumento não estiver sendo exibida, clique no botão Exibir
Régua no topo da barra de rolagem vertical.
21- (SPPREV – Técnico – Vunesp/2011 - II) No âmbi- É possível definir tabulações rapidamente clicando no
to das URLs, considere o exemplo: protocolo://xxx.yyy. seletor de tabulação na extremidade esquerda da régua até
zzz.br. O domínio de topo (ou TLD, conforme sigla em que ela exiba o tipo de tabulação que você deseja. Em se-
inglês) utilizado para classificar o tipo de instituição, no guida, clique na régua no local desejado.
exemplo dado acima, é o Uma tabulação Direita define a extremidade do texto
a) protocolo. à direita. Conforme você digita, o texto é movido para a es-
b) xxx. querda.
c) zzz. Uma tabulação Decimal alinha números ao redor de
d) yyy. um ponto decimal. Independentemente do numero de dígi-
e) br. tos, o ponto decimal ficará na mesma posição.
Uma tabulação Barra não posiciona o texto. Ela insere
Resposta: “C” uma barra vertical na posição de tabulação.
Comentários:
a) protocolo. protocolo HTTP
b) xxx. o nome do domínio 23. (TJ/SP – Escrevente Téc. Jud. – Vunesp/2012)
c) zzz. o tipo de domínio Uma planilha do Microsoft Excel, na sua configuração
d) yyy. subdomínios padrão, possui os seguintes valores nas células: B1=4,
e) br. indicação do país ao qual pertence o domínio B2=1 e B3=3. A fórmula =ARRED(MÍNIMO(SOMA
(B1:B3)/3;2,7);2) inserida na célula B5 apresentará o se-
22. (TJ/SP – Escrevente Téc. Jud. – Vunesp/2012) guinte resultado:
Analise a régua horizontal do Microsoft Word, na sua (A) 2
configuração padrão, exibida na figura. (B) 1,66
(C) 2,667
(D) 2,7
(E) 2,67
Resposta: E
Comentário:

Assinale a alternativa que contém apenas os indica-


dores de tabulação.
(A) II, III, IV e V.
(B) III e VI.
(C) I, IV e V.
(D) III, IV e V.
(E) I, II e VI.
Resposta: D
Comentário:

125
INFORMÁTICA

24. (TJ/SP – Escrevente Téc. Jud. – Vunesp/2012) O


arquivo zaSetup_en se encontra
(A) no disquete.
(B) no DVD.
(C) em Meus documentos.
(D) no Desktop.
(E) na raiz do disco rígido.
Resposta: E

Comentário:
No Windows Explorer, você pode ver a hierarquia das
pastas em seu computador e todos os arquivos e pastas loca-
lizados em cada pasta selecionada. Ele é especialmente útil
para copiar e mover arquivos.
Ele é composto de uma janela dividida em dois painéis:
O painel da esquerda é uma árvore de pastas hierarquiza-
da que mostra todas as unidades de disco, a Lixeira, a área
de trabalho ou Desktop (também tratada como uma pasta);
O painel da direita exibe o conteúdo do item selecionado à
esquerda e funciona de maneira idêntica às janelas do Meu
Computador (no Meu Computador, como padrão ele traz a
janela sem divisão, as é possível dividi-la também clicando
no ícone Pastas na Barra de Ferramentas)

25. (TJ/SP – Escrevente Téc. Jud. – Vunesp/2012) Ao


se clicar em , localizado abaixo do menu Favori-

tos, será fechado


(A) o Meu computador.
(B) o Disco Local (C:).
Nesta questão, foram colocadas várias funções, destrin- (C) o painel Pastas.
chadas no exemplo acima (arredondamento, mínimo e so- (D) Meus documentos.
matório) em uma única questão. A função ARRED é para (E) o painel de arquivos.
arredondamento e pertence a mesma família de INT(parte
inteira) e TRUNCAR (parte do valor sem arredondamento). Resposta: C
A resposta está no item 2 que indica a quantidade de casas
decimais. Sendo duas casas decimais, não poderia ser letra Comentário:
A, C ou D. A função SOMA efetua a soma das três células
(B1:B3->B1 até B3). A função MÍNIMO descobre o menor
entre os dois valores informados (2,66666 - dízima periódi-
ca - e 2,7). A função ARRED arredonda o número com duas
casas decimais.
Considere a figura que mostra o Windows Explorer
do Microsoft Windows XP, em sua configuração origi-
nal, e responda às questões de números 24 e 25.

Este botão, contido na barra de ferramentas, exibe/


oculta o painel PASTAS.

126
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Auxiliar administrativo

Documentação e Redação Oficial: Tipos de documentos oficiais e tipos de correspondência - Conceituação. (Ata, Ates-
tado; Certidão, Circular, Comunicado, Convite, Convocação, Edital, Memorando, Ofício, Ordem de Serviço, Portaria,
Requerimento); Objetivos. Características textuais. Adequação lingüística. .................................................................................... 01
Arquivo e protocolo: arquivo e sua documentação; organização de um arquivo; técnicas e métodos de arquivamento;
arquivo corrente e protocolo; modelos de arquivos e tipos de pastas; arquivamento de registros informatizados........ 23
Qualidade no atendimento: comunicação telefônica e formas de atendimento............................................................................ 42
Noções de Administração: Funções essenciais da organização: administrativa, operações e pessoal................................... 46
Folha de Pagamento............................................................................................................................................................................................... 46
Funções administrativas, planejamento........................................................................................................................................................... 48
Organização: Conceitos. Finalidade e utilidades.......................................................................................................................................... 48
Recepção: informações, classificação, registro e distribuição de documentos................................................................................ 48
Expedição de correspondência: registro e encaminhamento................................................................................................................. 49
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Auxiliar administrativo

descabidos também as citações em língua estrangeira e os


DOCUMENTAÇÃO E REDAÇÃO OFICIAL: TIPOS latinismos, tão ao gosto da linguagem forense. Os manuais
DE DOCUMENTOS OFICIAIS E TIPOS DE COR- de Redação Oficial, que vários órgãos têm feito publicar,
RESPONDÊNCIA - CONCEITUAÇÃO. (ATA, ATES- são unânimes em desaconselhar a utilização de certas for-
TADO; CERTIDÃO, CIRCULAR, COMUNICADO, mas sacramentais, protocolares e de anacronismos que
CONVITE, CONVOCAÇÃO, EDITAL, MEMORAN- ainda se leem em documentos oficiais, como: “No dia 20
de maio, do ano de 2011 do nascimento de Nosso Senhor
DO, OFÍCIO, ORDEM DE SERVIÇO, PORTARIA,
Jesus Cristo”, que permanecem nos registros cartorários
REQUERIMENTO); OBJETIVOS. CARACTERÍSTI- antigos.
CAS TEXTUAIS. ADEQUAÇÃO LINGUÍSTICA. Não cabem também, nos textos oficiais, coloquialis-
mos, neologismos, regionalismos, bordões da fala e da lin-
guagem oral, bem como as abreviações e imagens sígnicas
comuns na comunicação eletrônica.
Conceito Diferentemente dos textos escolares, epistolares, jor-
nalísticos ou artísticos, a Redação Oficial não visa ao efeito
Entendese por Redação Oficial o conjunto de normas estético nem à originalidade. Ao contrário, impõe unifor-
e práticas que devem reger a emissão dos atos normati- midade, sobriedade, clareza, objetividade, no sentido de
vos e comunicações do poder público, entre seus diversos se obter a maior compreensão possível com o mínimo de
organismos ou nas relações dos órgãos públicos com as recursos expressivos necessários. Portarias lavradas sob
entidades e os cidadãos. forma poética, sentenças e despachos escritos em versos
A Redação Oficial inscrevese na confluência de dois rimados pertencem ao “folclore” jurídicoadministrativo e
universos distintos: a forma regese pelas ciências da lin- são práticas inaceitáveis nos textos oficiais. São também
guagem (morfologia, sintaxe, semântica, estilística etc.); o inaceitáveis nos textos oficiais os vícios de linguagem, pro-
conteúdo submetese aos princípios jurídicoadministrati- vocados por descuido ou ignorância, que constituem des-
vos impostos à União, aos Estados e aos Municípios, nas vios das normas da línguapadrão. Enumeramse, a seguir,
esferas dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. alguns desses vícios:
Pertencente ao campo da linguagem escrita, a Redação
Oficial deve ter as qualidades e características exigidas do - Barbarismos: São desvios:
texto escrito destinado à comunicação impessoal, objetiva, - da ortografia: “ advinhar” em vez de adivinhar; “exces-
clara, correta e eficaz. são” em vez de exceção.
Por ser “oficial”, expressão verbal dos atos do poder - da pronúncia: “rúbrica” em vez de rubrica.
público, essa modalidade de redação ou de texto subordi- - da morfologia: “interviu” em vez de interveio.
nase aos princípios constitucionais e administrativos apli- - da semântica: desapercebido (sem recursos) em vez
cáveis a todos os atos da administração pública, conforme de despercebido (não percebido, sem ser notado).
estabelece o artigo 37 da Constituição Federal: - pela utilização de estrangeirismos: galicismo (do fran-
cês): “miseenscène” em vez de encenação; anglicismo (do
“A administração pública direta e indireta de qualquer inglês): “delivery” em vez de entrega em domicílio.
dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impes- - Arcaísmos: Utilização de palavras ou expressões
soalidade, moralidade, publicidade e eficiência ( ... )”. anacrônicas, fora de uso. Ex.: “asinha” em vez de ligeira,
depressa.
A forma e o conteúdo da Redação Oficial devem con-
vergir na produção dos textos dessa natureza, razão pela - Neologismos: Palavras novas que, apesar de forma-
qual, muitas vezes, não há como separar uma do outro. das de acordo com o sistema morfológico da língua, ainda
Indicamse, a seguir, alguns pressupostos de como devem não foram incorporadas pelo idioma. Ex.: “imexível” em vez
ser redigidos os textos oficiais. de imóvel, que não se pode mexer; “talqualmente” em vez
Padrão culto do idioma de igualmente.

A redação oficial deve observar o padrão culto do idio- - Solecismos: São os erros de sintaxe e podem ser:
ma quanto ao léxico (seleção vocabular), à sintaxe (estrutura - de concordância: “sobrou” muitas vagas em vez de
gramatical das orações) e à morfologia (ortografia, acentua- sobraram.
ção gráfica etc.). - de regência: os comerciantes visam apenas “o
Por padrão culto do idioma devese entender a língua lucro” em vez de ao lucro.
referendada pelos bons gramáticos e pelo uso nas situa- - de colocação: “não tratavase” de um problema sério
ções formais de comunicação. Devemse excluir da Redagão em vez de não se tratava.
Oficial a erudição minuciosa e os preciosismos vocabulares
que criam entraves inúteis à compreensão do significado. - Ambiguidade: Duplo sentido não intencional. Ex.:
Não faz sentido usar “perfunctório” em lugar de “superfi- O desconhecido faloume de sua mãe. (Mãe de quem? Do
cial” ou “doesto” em vez de “acusação” ou “calúnia”. São desconhecido? Do interlocutor?)

1
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Auxiliar administrativo

- Cacófato: Som desagradável, resultante da junção Se nos trabalhos artísticos, jornalísticos e escolares o
de duas ou mais palavras da cadeia da frase. Ex.: Darei um estilo individual é estimulado e serve como diferencial das
prêmio por cada eleitor que votar em mim (por cada e qualidades autorais, a função pública impõe a despersona-
porcada). lização do sujeito, do agente público que emite a comuni-
cação. São inadmissíveis, portanto, as marcas individualiza-
- Pleonasmo: Informação desnecessariamente redun- doras, as ousadias estilísticas, a linguagem metafórica ou a
dante. Exemplos: As pessoas pobres, que não têm dinheiro, elíptica e alusiva. A Redação Oficial prima pela denotação,
vivem na miséria; Os moralistas, que se preocupam com a pela sintaxe clara e pela economia vocabular, ainda que
moral, vivem vigiando as outras pessoas. essa regularidade imponha certa “monotonia burocrática”
ao discurso.
A Redação Oficial supõe, como receptor, um operador Reafirmase que a intermediação entre o emissor e o
linguístico dotado de um repertório vocabular e de uma receptor nas Redações Oficiais é o código linguístico, den-
articulação verbal minimamente compatíveis com o regis- tro do padrão culto do idioma; uma linguagem “neutra”,
tro médio da linguagem. Nesse sentido, deve ser um texto referendada pelas gramáticas, dicionários e pelo uso em
situações formais, acima das diferenças individuais, regio-
neutro, sem facilitações que intentem suprir as deficiências
nais, de classes sociais e de níveis de escolaridade.
cognitivas de leitores precariamente alfabetizados.
Como exceção, citamse as campanhas e comunicados
Formalidade e Padronização
destinados a públicos específicos, que fazem uma aproxi-
mação com o registro linguístico do públicoalvo. Mas esse As comunicações oficiais impõem um tratamento poli-
é um campo que refoge aos objetivos deste material, para do e respeitoso. Na tradição iberoamericana, afeita a títulos
se inserir nos domínios e técnicas da propaganda e da per- e a tratamentos reverentes, a autoridade pública revela sua
suasão. posição hierárquica por meio de formas e de pronomes de
Se o texto oficial não pode e não deve baixar ao ní- tratamento sacramentais. “Excelentíssimo”, “Ilustríssimo”,
vel de compreensão de leitores precariamente equipados “Meritíssimo”, “Reverendíssimo” são vocativos que, em al-
quanto à linguagem, fica evidente o falo de que a alfabe- gumas instâncias do poder, tornaramse inevitáveis. Enten-
tização e a capacidade de apreensão de enunciados são da-se que essa solenidade tem por consideração o cargo, a
condições inerentes à cidadania. Ninguém é verdadeira- função pública, e não a pessoa de seu exercente.
mente cidadão se não consegue ler e compreender o que Vale lembrar que os pronomes de tratamento são
leu. O domínio do idioma é equipamento indispensável à obrigatoriamente regidos pela terceira pessoa. São erros
vida em sociedade. muito comuns construções como “Vossa Excelência sois
bondoso(a)”; o correto é “Vossa Excelência é bondoso(a)”.
Impessoalidade e Objetividade A utilização da segunda pessoa do plural (vós), com
que os textos oficiais procuravam revestirse de um tom so-
Ainda que possam ser subscritos por um ente público lene e cerimonioso no passado, é hoje incomum, anacrô-
(funcionário, servidor etc.), os textos oficiais são expressão nica e pedante, salvo em algumas peças oratórias envol-
do poder público e é em nome dele que o emissor se co- vendo tribunais ou juizes, herdeiras, no Brasil, da tradição
munica, sempre nos termos da lei e sobre atos nela funda- retórica de Rui Barbosa e seus seguidores.
mentados. Outro aspecto das formalidades requeridas na Reda-
Não cabe na Redação Oficial, portanto, a presença do ção Oficial é a necessidade prática de padronização dos
“eu” enunciador, de suas impressões subjetivas, sentimen- expedientes. Assim, as prescrições quanto à diagramação,
tos ou opiniões. Mesmo quando o agente público manifes- espaçamento, caracteres tipográficos etc., os modelos ine-
tase em primeira pessoa, em formas verbais comuns como: vitáveis de ofício, requerimento, memorando, aviso e ou-
tros, além de facilitar a legibilidade, servem para agilizar o
declaro, resolvo, determino, nomeio, exonero etc., é nos
andamento burocrático, os despachos e o arquivamento.
termos da lei que ele o faz e é em função do cargo que
É também por essa razão que quase todos os órgãos
exerce que se identifica e se manifesta.
públicos editam manuais com os modelos dos expedientes
O que interessa é aquilo que se comunica, é o con-
que integram sua rotina burocrática. A Presidência da
teúdo, o objeto da informação. A impessoalidade contribui República, a Câmara dos Deputados, o Senado, os Tribunais
para a necessária padronização, reduzindo a variabilidade Superiores, enfim, os poderes Executivo, Legislativo e
da linguagem a certos padrões, sem o que cada texto seria Judiciário têm os próprios ritos na elaboração dos textos e
suscetível de inúmeras interpretações. documentos que lhes são pertinentes.
Por isso, a Redação Oficial não admite adjetivação. O
adjetivo, ao qualificar, exprime opinião e evidencia um juí- Concisão e Clareza
zo de valor pessoal do emissor. São inaceitáveis também a
pontuação expressiva, que amplia a significação (! ... ), ou Houve um tempo em que escrever bem era escrever
o emprego de interjeições (Oh! Ah!), que funcionam como “difícil”. Períodos longos, subordinações sucessivas, vocá-
índices do envolvimento emocional do redator com aquilo bulos raros, inversões sintáticas, adjetivação intensiva, enu-
que está escrevendo. merações, gradações, repetições enfáticas já foram consi-

2
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Auxiliar administrativo

derados virtudes estilísticas. Atualmente, a velocidade que Concordância verbal:


se impõe a tudo o que se faz, inclusive ao escrever e ao Vossa Senhoria falou muito bem.
ler, tornou esses recursos quase sempre obsoletos. Hoje, a Vossa Excelência vai esclarecer o tema.
concisão, a economia vocabular, a precisão lexical, ou seja, Vossa Majestade sabe que respeitamos sua opinião.
a eficácia do discurso, são pressupostos não só da Re-
dação Oficial, mas da própria literatura. Basta observar o Concordância pronominal:
estilo “enxuto” de Graciliano Ramos, de Carios Drummond Pronomes de tratamento concordam com pronomes
de Andrade, de João Cabral de Melo Neto, de Dalton Tre- possessivos na terceira pessoa.
visan, mestres da linguagem altamente concentrada. Vossa Excelência escolheu seu candidato. (e não “vos-
Não têm mais sentido os imensos “prolegômenos” e so...”).
“exórdios” que se repetiam como ladainhas nos textos ofi-
ciais, como o exemplo risível e caricato que segue: Concordância nominal:
Os adjetivos devem concordar com o sexo da pessoa a
“Preliminarmente, antes de mais nada, indispensável que se refere o pronome de tratamento.
se faz que nos valhamos do ensejo para congratularmonos Vossa Excelência ficou confuso. (para homem)
com Vossa Excelência pela oportunidade da medida pro- Vossa Excelência ficou confusa. (para mulher)
posta à apreciação de seus nobres pares. Mas, quem sou Vossa Senhoria está ocupado. (para homem)
eu, humilde servidor público, para abordar questões de Vossa Senhoria está ocupada. (para mulher)
tamanha complexidade, a respeito das quais divergem os
hermeneutas e exegetas. Sua Excelência - de quem se fala (ele/ela).
Entrementes, numa análise ainda que perfunctória das Vossa Excelência - com quem se fala (você)
causas primeiras, que fundamentaram a proposição tem-
pestivamente encaminhada por Vossa Excelência, indispen- Emprego dos Pronomes de Tratamento
sável se faz uma abordagem preliminar dos antecedentes
imediatos, posto que estes antecedentes necessariamente As normas a seguir fazem parte do Manual de Redação
antecedem os consequentes”. da Presidência da República.

Observe que absolutamente nada foi dito ou infor- Vossa Excelência: É o tratamento empregado para as
mado. seguintes autoridades:
- Do Poder Executivo - Presidente da República; Vice-
As Comunicações Oficiais -presidenIe da República; Ministros de Estado; Governa-
dores e vicegovernadores de Estado e do Distrito Federal;
A redação das comunicações oficiais obedece a pre- Oficiais generais das Forças Armadas; Embaixadores; Se-
ceitos de objetividade, concisão, clareza, impessoalidade, cretáriosexecutivos de Ministérios e demais ocupantes de
formalidade, padronização e correção gramatical. cargos de natureza especial; Secretários de Estado dos Go-
Além dessas, há outras características comuns à co- vernos Estaduais; Prefeitos Municipais.
municação oficial, como o emprego de pronomes de - Do Poder Legislativo - Deputados Federais e Sena-
tratamento, o tipo de fecho (encerramento) de uma cor- dores; Ministro do Tribunal de Contas da União; Deputados
respondência e a forma de identificação do signatário, Estaduais e Distritais; Conselheiros dos Tribunais de Contas
conforme define o Manual de Redação da Presidência da Estaduais; Presidentes das Câmaras Legislativas Municipais.
República. Outros órgãos e instituições do poder público - Do Poder Judiciário - Ministros dos Tribunais Supe-
também possuem manual de redação próprio, como a Câ- riores; Membros de Tribunais; Juizes; Auditores da Justiça
mara dos Deputados, o Senado Federal, o Ministério das Militar.
Relações Exteriores, diversos governos estaduais, órgãos
do Judiciário etc. Vocativos

Pronomes de Tratamento O vocativo a ser empregado em comunicações dirigi-


das aos chefes de poder é Excelentíssimo Senhor, seguido
A regra diz que toda comunicação oficial deve ser for- do cargo respectivo: Excelentíssimo Senhor Presidente da
mal e polida, isto é, ajustada não apenas às normas gra- República; Excelentíssimo Senhor Presidente do Congresso
maticais, como também às normas de educação e corte- Nacional; Excelentíssimo Senhor Presidente do Supremo
sia. Para isso, é fundamental o emprego de pronomes de Tribunal Federal.
tratamento, que devem ser utilizados de forma correta, de As demais autoridades devem ser tratadas com o vo-
acordo com o destinatário e as regras gramaticais. cativo Senhor ou Senhora, seguido do respectivo cargo:
Embora os pronomes de tratamento se refiram à se- Senhor Senador / Senhora Senadora; Senhor Juiz/ Senhora
gunda pessoa (Vossa Excelência, Vossa Senhoria), a concor- Juiza; Senhor Ministro / Senhora Ministra; Senhor Governa-
dância é feita em terceira pessoa. dor / Senhora Governadora.

3
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Auxiliar administrativo

Endereçamento Vossa Eminência ou Vossa Eminência Reverendíssima:


São os pronomes empregados em comunicações dirigidas
De acordo com o Manual de Redação da Presidência, a cardeais. Os vocativos correspondentes são: Eminentís-
no envelope, o endereçamento das comunicações dirigi- simo Senhor Cardeal, ou Eminentíssimo e Reverendíssimo
das às autoridades tratadas por Vossa Excelência, deve ter Senhor Cardeal.
a seguinte forma:
Nas comunicações oficiais para as demais autoridades
A Sua Excelência o Senhor eclesiásticas são usados: Vossa Excelência Reverendíssima
Fulano de Tal (para arcebispos e bispos); Vossa Reverendíssima ou Vos-
Ministro de Estado da Justiça sa Senhoria Reverendíssima (para monsenhores, cônegos
e superiores religiosos); Vossa Reverência (para sacerdotes,
70064900 Brasília. DF
clérigos e demais religiosos).
A Sua Excelência o Senhor Fechos para Comunicações
Senador Fulano de Tal
Senado Federal De acordo com o Manual da Presidência, o fecho das
70165900 Brasília. DF comunicações oficiais “possui, além da finalidade óbvia de
arrematar o texto, a de saudar o destinatário”, ou seja, o
A Sua Excelência o Senhor fecho é a maneira de quem expede a comunicação despe-
Fulano de Tal dirse de seu destinatário.
Juiz de Direito da l0ª Vara Cível Até 1991, quando foi publicada a primeira edição do
Rua ABC, nº 123 atual Manual de Redação da Presidência da República, havia
01010000 São Paulo. SP 15 padrões de fechos para comunicações oficiais. O Manual
simplificou a lista e reduziu-os a apenas dois para todas as
Conforme o Manual de Redação da Presidência, “em modalidades de comunicação oficial. São eles:
comunicações oficiais, está abolido o uso do tratamento
digníssimo (DD) às autoridades na lista anterior. A dignida- Respeitosamente: para autoridades superiores, inclu-
de é pressuposto para que se ocupe qualquer cargo públi- sive o presidente da República.
co, sendo desnecessária sua repetida evocação”. Atenciosamente: para autoridades de mesma hierar-
quia ou de hierarquia inferior.
Vossa Senhoria: É o pronome de tratamento empregado
“Ficam excluídas dessa fórmula as comunicações diri-
para as demais autoridades e para particulares. O vocativo gidas a autoridades estrangeiras, que atenderem a rito e
adequado é: Senhor Fulano de Tal / Senhora Fulana de Tal. tradição próprios, devidamente disciplinados no Manual de
Redação do Ministério das Relações Exteriores”, diz o Ma-
No envelope, deve constar do endereçamento: nual de Redação da Presidência da República.
Ao Senhor A utilização dos fechos “Respeitosamente” e “Atencio-
Fulano de Tal samente” é recomendada para os mesmos casos pelo Ma-
Rua ABC, nº 123 nual de Redação da Câmara dos Deputados e por outros
70123-000 – Curitiba.PR manuais oficiais. Já os fechos para as cartas particulares ou
Conforme o Manual de Redação da Presidência, em co- informais ficam a critério do remetente, com preferência
municações oficiais “fica dispensado o emprego do super- para a expressão “Cordialmente”, para encerrar a corres-
lativo Ilustríssimo para as autoridades que recebem o trata- pondência de forma polida e sucinta.
mento de Vossa Senhoria e para particulares. É suficiente o
uso do pronome de tratamento Senhor. O Manual também Identificação do Signatário
esclarece que “doutor não é forma de tratamento, e sim
título acadêmico”. Por isso, recomenda-se empregá-lo ape- Conforme o Manual de Redação da Presidência do Re-
nas em comunicações dirigidas a pessoas que tenham con- pública, com exceção das comunicações assinadas pelo
presidente da República, em todas as comunicações ofi-
cluído curso de doutorado. No entanto, ressalva-se que “é
ciais devem constar o nome e o cargo da autoridade que as
costume designar por doutor os bacharéis, especialmente
expede, abaixo de sua assinatura. A forma da identificação
os bacharéis em Direito e em Medicina”. deve ser a seguinte:
Vossa Magnificência: É o pronome de tratamento (espaço para assinatura)
dirigido a reitores de universidade. Correspondelhe o vo- Nome
cativo: Magnífico Reitor. Chefe da SecretariaGeral da Presidência da República

Vossa Santidade: É o pronome de tratamento (espaço para assinatura)


empregado em comunicações dirigidas ao Papa. O vocativo Nome
correspondente é: Santíssimo Padre. Ministro de Estado da Justiça

4
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Auxiliar administrativo

“Para evitar equívocos, recomenda-se não deixar a as- Introdução: deve iniciar com referência ao expediente
sinatura em página isolada do expediente. Transfira para que solicitou o encaminhamento. Se a remessa do docu-
essa página ao menos a última frase anterior ao fecho”, mento não tiver sido solicitada, deve iniciar com a informa-
alerta o Manual. ção do motivo da comunicação, que é encaminhar, indican-
do a seguir os dados completos do documento encaminha-
Padrões e Modelos do (tipo, data, origem ou signatário, e assunto de que trata),
e a razão pela qual está sendo encaminhado, segundo a
O Padrão Ofício seguinte fórmula:

O Manual de Redação da Presidência da República lista “Em resposta ao Aviso nº 112, de 10 de fevereiro de 2011,
três tipos de expediente que, embora tenham finalidades encaminho, anexa, cópia do Ofício nº 34, de 3 de abril de
diferentes, possuem formas semelhantes: Ofício, Aviso e 2010, do Departamento Geral de Administração, que trata da
Memorando. A diagramação proposta para esses expe- requisição do servidor Fulano de Tal.”
dientes é denominada padrão ofício.
O Ofício, o Aviso e o Memorando devem conter as se-
ou
guintes partes:
“Encaminho, para exame e pronunciamento, a anexa có-
- Tipo e número do expediente, seguido da sigla do
órgão que o expede. Exemplos: pia do telegrama nº 112, de 11 de fevereiro de 2011, do Pre-
sidente da Confederação Nacional de Agricultura, a respeito
Of. 123/2002-MME de projeto de modernização de técnicas agrícolas na região
Aviso 123/2002-SG Nordeste.”
Mem. 123/2002-MF
Desenvolvimento: se o autor da comunicação desejar
- Local e data. Devem vir por extenso com alinhamen- fazer algum comentário a respeito do documento que enca-
to à direita. Exemplo: minha, poderá acrescentar parágrafos de desenvolvimento;
em caso contrário, não há parágrafos de desenvolvimento
Brasília, 20 de maio de 2011 em aviso ou ofício de mero encaminhamento.

- Assunto. Resumo do teor do documento. Exemplos: - Fecho.


- Assinatura.
Assunto: Produtividade do órgão em 2010. - Identificação do Signatário
Assunto: Necessidade de aquisição de novos computa-
dores. Forma de Diagramação

- Destinatário. O nome e o cargo da pessoa a quem é Os documentos do padrão ofício devem obedecer à se-
dirigida a comunicação. No caso do ofício, deve ser incluí- guinte forma de apresentação:
do também o endereço.
- deve ser utilizada fonte do tipo Times New Roman de
- Texto. Nos casos em que não for de mero encami- corpo 12 no texto em geral, 11 nas citações, e 10 nas notas
nhamento de documentos, o expediente deve conter a se- de rodapé;
guinte estrutura: - para símbolos não existentes na fonte Times New Ro-
man, poderseão utilizar as fontes symbol e Wíngdings;
Introdução: que se confunde com o parágrafo de
- é obrigatório constar a partir da segunda página o nú-
abertura, na qual é apresentado o assunto que motiva a
mero da página;
comunicação. Evite o uso das formas: “Tenho a honra de”,
“Tenho o prazer de”, “Cumpreme informar que”,empregue - os ofícios, memorandos e anexos destes poderão ser
a forma direta; impressos em ambas as faces do papel. Neste caso, as mar-
Desenvolvimento: no qual o assunto é detalhado; se gens esquerda e direita terão as distâncias invertidas nas pá-
o texto contiver mais de uma ideia sobre o assunto, elas ginas pares (“margem espelho”);
devem ser tratadas em parágrafos distintos, o que confere - o início de cada parágrafo do texto deve ter 2,5 cm de
maior clareza à exposição; distância da margem esquerda;
Conclusão: em que é reafirmada ou simplesmente rea- - o campo destinado à margem lateral esquerda terá, no
presentada a posição recomendada sobre o assunto. mínimo 3,0 cm de largura;
- o campo destinado à margem lateral direita terá 1,5
Os parágrafos do texto devem ser numerados, exceto cm;
nos casos em que estes estejam organizados em itens ou - deve ser utilizado espaçamento simples entre as linhas
títulos e subtítulos. e de 6 pontos após cada parágrafo, ou, se o editor de texto
Quando se tratar de mero encaminhamento de docu- utilizado não comportar tal recurso, de uma linha em bran-
mentos, a estrutura deve ser a seguinte: co;

5
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Auxiliar administrativo

- não deve haver abuso no uso de negrito, itálico, su- Sua característica principal é a agilidade. A tramitação
blinhado, letras maiúsculas, sombreado, sombra, relevo, do memorando em qualquer órgão deve pautar-se pela ra-
bordas ou qualquer outra forma de formatação que afete a pidez e pela simplicidade de procedimentos burocráticos.
elegância e a sobriedade do documento; Para evitar desnecessário aumento do número de comu-
- a impressão dos textos deve ser feita na cor preta em nicações, os despachos ao memorando devem ser dados
papel branco. A impressão colorida deve ser usada apenas no próprio documento e, no caso de falta de espaço, em
para gráficos e ilustrações; folha de continuação. Esse procedimento permite formar
- todos os tipos de documento do padrão ofício devem uma espécie de processo simplificado, assegurando maior
ser impressos em papel de tamanho A4, ou seja, 29,7 x 21,0 transparência a tomada de decisões, e permitindo que se
cm; historie o andamento da matéria tratada no memorando.
- deve ser utilizado, preferencialmente, o formato de Quanto a sua forma, o memorando segue o modelo
arquivo Rich Text nos documentos de texto; do padrão ofício, com a diferença de que seu destinatário
- dentro do possível, todos os documentos elabora- deve ser mencionado pelo cargo que ocupa. Exemplos:
dos devem ter o arquivo de texto preservado para consulta
posterior ou aproveitamento de trechos para casos análo- Ao Sr. Chefe do Departamento de Administração
gos; Ao Sr. Subchefe para Assuntos Jurídicos.
- para facilitar a localização, os nomes dos arquivos de-
vem ser formados da seguinte maneira: tipo do documento Obs: Modelo no final da matéria.
+ número do documento + palavraschave do conteúdo.
Exemplo: Exposição de Motivos
“Of. 123 relatório produtividade ano 2010” É o expediente dirigido ao presidente da República ou
ao vice-presidente para:
Aviso e Ofício (Comunicação Externa) - informá-lo de determinado assunto;
- propor alguma medida; ou
São modalidades de comunicação oficial praticamente - submeter a sua consideração projeto de ato norma-
idênticas. A única diferença entre eles é que o aviso é tivo.
expedido exclusivamente por Ministros de Estado, para
autoridades de mesma hierarquia, ao passo que o ofício
Em regra, a exposição de motivos é dirigida ao Presi-
é expedido para e pelas demais autoridades. Ambos têm
dente da República por um Ministro de Estado. Nos casos
como finalidade o tratamento de assuntos oficiais pelos
em que o assunto tratado envolva mais de um Ministério,
órgãos da Administração Pública entre si e, no caso do
a exposição de motivos deverá ser assinada por todos os
ofício, também com particulares.
Ministros envolvidos, sendo, por essa razão, chamada de
Quanto a sua forma, Aviso e Ofício seguem o modelo
do padrão ofício, com acréscimo do vocativo, que invoca o interministerial.
destinatário, seguido de vírgula. Exemplos: Formalmente a exposição de motivos tem a apresenta-
ção do padrão ofício. De acordo com sua finalidade, apre-
Excelentíssimo Senhor Presidente da República, senta duas formas básicas de estrutura: uma para aquela
Senhora Ministra, que tenha caráter exclusivamente informativo e outra para
Senhor Chefe de Gabinete, a que proponha alguma medida ou submeta projeto de ato
normativo.
Devem constar do cabeçalho ou do rodapé do ofício as No primeiro caso, o da exposição de motivos que sim-
seguintes informações do remetente: plesmente leva algum assunto ao conhecimento do Presi-
- nome do órgão ou setor; dente da República, sua estrutura segue o modelo antes
- endereço postal; referido para o padrão ofício.
- telefone e endereço de correio eletrônico. Já a exposição de motivos que submeta à consideração
do Presidente da República a sugestão de alguma medida a
Obs: Modelo no final da matéria. ser adotada ou a que lhe apresente projeto de ato norma-
tivo, embora sigam também a estrutura do padrão ofício,
Memorando ou Comunicação Interna além de outros comentários julgados pertinentes por seu
autor, devem, obrigatoriamente, apontar:
O Memorando é a modalidade de comunicação entre - na introdução: o problema que está a reclamar a
unidades administrativas de um mesmo órgão, que podem adoção da medida ou do ato normativo proposto;
estar hierarquicamente em mesmo nível ou em nível - no desenvolvimento: o porquê de ser aquela me-
diferente. Tratase, portanto, de uma forma de comunicação dida ou aquele ato normativo o ideal para se solucionar
eminentemente interna. o problema, e eventuais alternativas existentes para equa-
Pode ter caráter meramente administrativo, ou ser em- cionálo;
pregado para a exposição de projetos, ideias, diretrizes etc. - na conclusão, novamente, qual medida deve ser to-
a serem adotados por determinado setor do serviço pú- mada, ou qual ato normativo deve ser editado para solu-
blico. cionar o problema.

6
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Auxiliar administrativo

Deve, ainda, trazer apenso o formulário de anexo à ex- Dessa forma, ao atender às questões que devem ser
posição de motivos, devidamente preenchido, de acordo analisadas na elaboração de atos normativos no âmbito do
com o seguinte modelo previsto no Anexo II do Decreto nº Poder Executivo, o texto da exposição de motivos e seu
4.1760, de 28 de março de 2010. anexo complementam-se e formam um todo coeso: no
Anexo à exposição de motivos do (indicar nome do anexo, encontramos uma avaliação profunda e direta de
Ministério ou órgão equivalente) nº ______, de ____ de toda a situação que está a reclamar a adoção de certa pro-
______________ de 201_. vidência ou a edição de um ato normativo; o problema a
ser enfrentado e suas causas; a solução que se propõe, seus
- Síntese do problema ou da situação que reclama pro- efeitos e seus custos; e as alternativas existentes. O texto da
vidências; exposição de motivos fica, assim, reservado à demonstra-
ção da necessidade da providência proposta: por que deve
- Soluções e providências contidas no ato normativo
ser adotada e como resolverá o problema.
ou na medida proposta;
Nos casos em que o ato proposto for questão de
- Alternativas existentes às medidas propostas. Men- pessoal (nomeação, promoção, ascenção, transferência,
cionar: readaptação, reversão, aproveitamento, reintegração, re-
- se há outro projeto do Executivo sobre a matéria; condução, remoção, exoneração, demissão, dispensa, dis-
- se há projetos sobre a matéria no Legislativo; ponibilidade, aposentadoria), não é necessário o encami-
- outras possibilidades de resolução do problema. nhamento do formulário de anexo à exposição de motivos.
- Custos. Mencionar: Ressalte-se que:
- se a despesa decorrente da medida está prevista na - a síntese do parecer do órgão de assessoramento ju-
lei orçamentária anual; se não, quais as alternativas para rídico não dispensa o encaminhamento do parecer com-
custeála; pleto;
- se a despesa decorrente da medida está prevista na - o tamanho dos campos do anexo à exposição de mo-
lei orçamentária anual; se não, quais as alternativas para tivos pode ser alterado de acordo com a maior ou menor
custeála; extensão dos comentários a serem alí incluídos.
- valor a ser despendido em moeda corrente;
- Razões que justificam a urgência (a ser preenchido Ao elaborar uma exposição de motivos, tenha presen-
somente se o ato proposto for medida provisória ou proje- te que a atenção aos requisitos básicos da Redação Oficial
to de lei que deva tramitar em regime de urgência). Men- (clareza, concisão, impessoalidade, formalidade, padroni-
zação e uso do padrão culto de linguagem) deve ser redo-
cionar:
brada. A exposição de motivos é a principal modalidade
- se o problema configura calamidade pública;
de comunicação dirigida ao Presidente da República pelos
- por que é indispensável a vigência imediata; Ministros. Além disso, pode, em certos casos, ser encami-
- se se trata de problema cuja causa ou agravamento nhada cópia ao Congresso Nacional ou ao Poder Judiciário
não tenham sido previstos; ou, ainda, ser publicada no Diário Oficial da União, no todo
- se se trata de desenvolvimento extraordinário de si- ou em parte.
tuação já prevista.
- Impacto sobre o meio ambiente (somente que o ato Mensagem
ou medida proposta possa vir a tê-lo)
- Alterações propostas. Texto atual, Texto proposto; É o instrumento de comunicação oficial entre os Chefes
- Síntese do parecer do órgão jurídico. dos Poderes Públicos, notadamente as mensagens enviadas
pelo Chefe do Poder Executivo ao Poder Legislativo para
Com base em avaliação do ato normativo ou da medi- informar sobre fato da Administração Pública; expor o plano
da proposa à luz das questões levantadas no ítem 10.4.3. de governo por ocasião da abertura de sessão legislativa;
A falta ou insuficiência das informações prestadas pode submeter ao Congresso Nacional matérias que dependem
acarretar, a critério da Subchefia para Assuntos Jurídicos da de deliberação de suas Casas; apresentar veto; enfim, fazer
Casa Civil, a devolução do projeto de ato normativo para e agradecer comunicações de tudo quanto seja de interes-
que se complete o exame ou se reformule a proposta. se dos poderes públicos e da Nação.
Minuta de mensagem pode ser encaminhada pelos
O preenchimento obrigatório do anexo para as expo-
Ministérios à Presidência da República, a cujas assessorias
sições de motivos que proponham a adoção de alguma caberá a redação final.
medida ou a edição de ato normativo tem como finalidade: As mensagens mais usuais do Poder Executivo ao Con-
- permitir a adequada reflexão sobre o problema que gresso Nacional têm as seguintes finalidades:
se busca resolver;
- ensejar mais profunda avaliação das diversas causas - Encaminhamento de projeto de lei ordinária, com-
do problema e dos defeitos que pode ter a adoção da me- plementar ou financeira: Os projetos de lei ordinária ou
dida ou a edição do ato, em consonância com as questões complementar são enviados em regime normal (Constitui-
que devem ser analisadas na elaboração de proposições ção, art. 61) ou de urgência (Constituição, art. 64, §§ 1º a
normativas no âmbito do Poder Executivo (v. 10.4.3.) 4º). Cabe lembrar que o projeto pode ser encaminhado sob
- conferir perfeita transparência aos atos propostos. o regime normal e mais tarde ser objeto de nova mensa-
gem, com solicitação de urgência.

7
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Auxiliar administrativo

Em ambos os casos, a mensagem se dirige aos Mem- Nacional consta no inciso XII do artigo 49 da Constituição.
bros do Congresso Nacional, mas é encaminhada com avi- Somente produzirão efeitos legais a outorga ou renovação
so do Chefe da Casa Civil da Presidência da República ao da concessão após deliberação do Congresso Nacional
Primeiro Secretário da Câmara dos Deputados, para que (Constituição, art. 223, § 3º). Descabe pedir na mensagem a
tenha início sua tramitação (Constituição, art. 64, caput). urgência prevista no art. 64 da Constituição, porquanto o §
Quanto aos projetos de lei financeira (que compreen- 1º do art. 223 já define o prazo da tramitação.
dem plano plurianual, diretrizes orçamentárias, orçamentos Além do ato de outorga ou renovação, acompanha a
anuais e créditos adicionais), as mensagens de encaminha- mensagem o correspondente processo administrativo.
mento dirigemse aos membros do Congresso Nacional, e
os respectivos avisos são endereçados ao Primeiro Secretá- - Encaminhamento das contas referentes ao exer-
rio do Senado Federal. A razão é que o art. 166 da Consti- cício anterior: O Presidente da República tem o prazo de
tuição impõe a deliberação congressual sobre as leis finan- sessenta dias após a abertura da sessão legislativa para en-
ceiras em sessão conjunta, mais precisamente, “na forma viar ao Congresso Nacional as contas referentes ao exer-
do regimento comum”. E à frente da Mesa do Congresso cício anterior (Constituição, art. 84, XXIV), para exame e
Nacional está o Presidente do Senado Federal (Constitui- parecer da Comissão Mista permanente (Constituição, art.
ção, art. 57, § 5º), que comanda as sessões conjuntas. 166, § 1º), sob pena de a Câmara dos Deputados realizar
As mensagens aqui tratadas coroam o processo desen- a tomada de contas (Constituição, art. 51, II), em procedi-
volvido no âmbito do Poder Executivo, que abrange mi- mento disciplinado no art. 215 do seu Regimento Interno.
nucioso exame técnico, jurídico e econômicofinanceiro das
matérias objeto das proposições por elas encaminhadas. - Mensagem de abertura da sessão legislativa: Ela
Tais exames materializamse em pareceres dos diversos deve conter o plano de governo, exposição sobre a situa-
órgãos interessados no assunto das proposições, entre eles ção do País e solicitação de providências que julgar neces-
o da Advocacia Geral da União. Mas, na origem das pro- sárias (Constituição, art. 84, XI).
postas, as análises necessárias constam da exposição de O portador da mensagem é o Chefe da Casa Civil da
motivos do órgão onde se geraram, exposição que acom- Presidência da República. Esta mensagem difere das de-
panhará, por cópia, a mensagem de encaminhamento ao mais porque vai encadernada e é distribuída a todos os
congressistas em forma de livro.
Congresso.
- Comunicação de sanção (com restituição de au-
- Encaminhamento de medida provisória: Para dar
tógrafos): Esta mensagem é dirigida aos membros do
cumprimento ao disposto no art. 62 da Constituição, o Pre-
Congresso Nacional, encaminhada por Aviso ao Primeiro
sidente da República encaminha mensagem ao Congresso,
Secretário da Casa onde se originaram os autógrafos. Nela
dirigida a seus membros, com aviso para o Primeiro Secre-
se informa o número que tomou a lei e se restituem dois
tário do Senado Federal, juntando cópia da medida provi- exemplares dos três autógrafos recebidos, nos quais o Pre-
sória, autenticada pela Coordenação de Documentação da sidente da República terá aposto o despacho de sanção.
Presidência da República.
- Comunicação de veto: Dirigida ao Presidente do
- Indicação de autoridades: As mensagens que sub- Senado Federal (Constituição, art. 66, § 1º), a mensagem
metem ao Senado Federal a indicação de pessoas para informa sobre a decisão de vetar, se o veto é parcial, quais
ocuparem determinados cargos (magistrados dos Tribu- as disposições vetadas, e as razões do veto. Seu texto vai
nais Superiores, Ministros do TCU, Presidentes e diretores publicado na íntegra no Diário Oficial da União, ao contrá-
do Banco Central, ProcuradorGeral da República, Chefes rio das demais mensagens, cuja publicação se restringe à
de Missão Diplomática etc.) têm em vista que a Constitui- notícia do seu envio ao Poder Legislativo.
ção, no seu art. 52, incisos III e IV, atribui àquela Casa do
Congresso Nacional competência privativa para aprovar a - Outras mensagens: Também são remetidas ao Legis-
indicação. O currículum vitae do indicado, devidamente as- lativo com regular frequência mensagens com:
sinado, acompanha a mensagem. - encaminhamento de atos internacionais que acarre-
- Pedido de autorização para o presidente ou o vice- tam encargos ou compromissos gravosos (Constituição,
presidente da República se ausentarem do País por mais art. 49, I);
de 15 dias: Tratase de exigência constitucional (Constitui- - pedido de estabelecimento de alíquolas aplicáveis
ção, art. 49, III, e 83), e a autorização é da competência às operações e prestações interestaduais e de exportação
privativa do Congresso Nacional. (Constituição, art. 155, § 2º, IV);
O presidente da República, tradicionalmente, por cor- - proposta de fixação de limites globais para o montan-
tesia, quando a ausência é por prazo inferior a 15 dias, faz te da dívida consolidada (Constituição, art. 52, VI);
uma comunicação a cada Casa do Congresso, enviandolhes - pedido de autorização para operações financeiras ex-
mensagens idênticas. ternas (Constituição, art. 52, V); e outros.

- Encaminhamento de atos de concessão e renova- Entre as mensagens menos comuns estão as de:
ção de concessão de emissoras de rádio e TV: A obri- - convocação extraordinária do Congresso Nacional
gação de submeter tais atos à apreciagão do Congresso (Constituição, art. 57, § 6º);

8
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Auxiliar administrativo

- pedido de autorização para exonerar o Procurador- Fax


Geral da República (art. 52, XI, e 128, § 2º);
- pedido de autorização para declarar guerra e decretar O fax (forma abreviada já consagrada de facsímile) é
mobilização nacional (Constituição, art. 84, XIX); uma forma de comunicação que está sendo menos usada
- pedido de autorização ou referendo para celebrara devido ao desenvolvimento da Internet. É utilizado para a
paz (Constituição, art. 84, XX); transmissão de mensagens urgentes e para o envio ante-
- justificativa para decretação do estado de defesa ou cipado de documentos, de cujo conhecimento há premên-
de sua prorrogação (Constituição, art. 136, § 4º); cia, quando não há condições de envio do documento por
- pedido de autorização para decretar o estado de sítio meio eletrônico. Quando necessário o original, ele segue
(Constituição, art. 137); posteriormente pela via e na forma de praxe.
- relato das medidas praticadas na vigência do esta- Se necessário o arquivamento, devese fazêlo com có-
do de sítio ou de defesa (Constituição, art. 141, parágrafo pia xerox do fax e não com o próprio fax, cujo papel, em
único); certos modelos, se deteriora rapidamente.
- proposta de modificação de projetas de leis financei- Os documentos enviados por fax mantêm a forma e
ras (Constituição, art. 166, § 5º); a estrutura que lhes são inerentes. É conveniente o envio,
- pedido de autorização para utilizar recursos que fi- juntamente com o documento principal, de folha de rosto,
carem sem despesas correspondentes, em decorrência de
isto é, de pequeno formulário com os dados de identifica-
veto, emenda ou rejeição do projeto de lei orçamentária
ção da mensagem a ser enviada.
anual (Constituição, art. 166, § 8º);
- pedido de autorização para alienar ou conceder ter-
ras públicas com área superior a 2.500 ha (Constituição, art. Correio Eletrônico
188, § 1º); etc.
O correio eletrônico (“email”), por seu baixo custo e
As mensagens contêm: celeridade, transformouse na principal forma de comunica-
- a indicação do tipo de expediente e de seu número, ção para transmissão de documentos.
horizontalmente, no início da margem esquerda: Um dos atrativos de comunicação por correio eletrô-
nico é sua flexibilidade. Assim, não interessa definir forma
Mensagem nº rígida para sua estrutura. Entretanto, devese evitar o uso
de linguagem incompatível com uma comunicação oficial.
- vocativo, de acordo com o pronome de tratamento e O campo assunto do formulário de correio eletrôni-
o cargo do destinatário, horizontalmente, no início da mar- co mensagem deve ser preenchido de modo a facilitar a
gem esquerda: organização documental tanto do destinatário quanto do
remetente.
Excelentíssimo Senhor Presidente do Senado Federal, Para os arquivos anexados à mensagem deve ser utili-
zado, preferencialmente, o formato Rich Text. A mensagem
- o texto, iniciando a 2 cm do vocativo; que encaminha algum arquivo deve trazer informações mí-
- o local e a data, verticalmente a 2 cm do final do nimas sobre seu conteúdo.
texto, e horizontalmente fazendo coincidir seu final com a Sempre que disponível, devese utilizar recurso de con-
margem direita. A mensagem, como os demais atos assi- firmação de leitura. Caso não seja disponível, deve constar
nados pelo Presidente da República, não traz identificação da mensagem pedido de confirmação de recebimento.
de seu signatário. Nos termos da legislação em vigor, para que a mensa-
gem de correio eletrônico tenha valor documental, isto é,
Obs: Modelo no final da matéria. para que possa ser aceita como documento original, é ne-
cessário existir certificação digital que ateste a identidade
Telegrama
do remetente, na forma estabelecida em lei.
Com o fito de uniformizar a terminologia e simplificar
Apostila
os procedimentos burocráticos, passa a receber o título de
telegrama toda comunicação oficial expedida por meio de
telegrafia, telex etc. Por se tratar de forma de comunicação É o aditamento que se faz a um documento com o
dispendiosa aos cofres públicos e tecnologicamente supe- objetivo de retificação, atualização, esclarecimento ou fixar
rada, deve restringirse o uso do telegrama apenas àquelas vantagens, evitandose assim a expedição de um novo título
situações que não seja possível o uso de correio eletrônico ou documento. Estrutura:
ou fax e que a urgência justifique sua utilização e, também - Título: APOSTILA, centralizado.
em razão de seu custo elevado, esta forma de comunicação - Texto: exposição sucinta da retificação, esclarecimen-
deve pautarse pela concisão. to, atualização ou fixação da vantagem, com a menção, se
Não há padrão rígido, devendose seguir a forma e a for o caso, onde o documento foi publicado.
estrutura dos formulários disponíveis nas agências dos - Local e data.
Correios e em seu sítio na Internet. - Assinatura: nome e função ou cargo da autoridade
que constatou a necessidade de efetuar a apostila.
Obs: Modelo no final da matéria.

9
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Auxiliar administrativo

Não deve receber numeração, sendo que, em caso de - Fecho.


documento arquivado, a apostila deve ser feita abaixo dos - Assinatura: nome e, quando necessário, função ou
textos ou no verso do documento. cargo.
Em caso de publicação do ato administrativo originá-
rio, a apostila deve ser publicada com a menção expressa Se o gabinete usar cartas com frequência, poderá nu-
do ato, número, dia, página e no mesmo meio de comuni- merálas. Nesse caso, a numeração poderá apoiar-se no pa-
caçao oficial no qual o ato administrativo foi originalmente drão básico de diagramação.
publicado, a fim de que se preserve a data de validade. O fecho da carta segue, em geral, o padrão da corres-
pondência oficial, mas outros fechos podem ser usados, a
Obs: Modelo no final da matéria. exemplo de “Cordialmente”, quando se deseja indicar rela-
ção de proximidade ou igualdade de posição entre os cor-
ATA respondentes.

É o instrumento utilizado para o registro expositivo dos Obs: Modelo no final da matéria.
fatos e deliberações ocorridos em uma reunião, sessão ou
assembleia. Estrutura: Declaração
- Título ATA. Em se tratando de atas elaboradas se-
quencialmente, indicar o respectivo número da reunião ou É o documento em que se informa, sob responsabilidade,
sessão, em caixaalta. algo sobre pessoa ou acontecimento. Estrutura:
- Texto, incluindo: Preâmbulo registro da situação es- - Título: DECLARAÇÃO, centralizado.
pacial e temporal e participantes; Registro dos assuntos - Texto: exposição do fato ou situação declarada, com
abordados e de suas decisões, com indicação das persona- finalidade, nome do interessado em destaque (em maiús-
lidades envolvidas, se for o caso; Fecho termo de encerra- culas) e sua relação com a Câmara nos casos mais formais.
mento com indicação, se necessário, do redator, do horário - Local e data.
de encerramento, de convocação de nova reunião etc. - Assinatura: nome da pessoa que declara e, no caso de
autoridade, função ou cargo.
A ATA será assinada e/ou rubricada portodos os pre-
A declaração documenta uma informação prestada por
sentes à reunião ou apenas pelo presidente e relator, de-
autoridade ou particular. No caso de autoridade, a compro-
pendendo das exigências regimentais do órgão.
vação do fato ou o conhecimento da situação declarada
A fim de se evitarem rasuras nas atas manuscritas, de-
deve serem razão do cargo que ocupa ou da função que
vese, em caso de erro, utilizar o termo “digo”, seguido da
exerce.
informação correta a ser registrada. No caso de omissão de
Declarações que possuam características específicas
informações ou de erros constatados após a redação, usase
podem receber uma qualificação, a exemplo da “declara-
a expressão “Em tempo” ao final da ATA, com o registro das ção funcional”.
informações corretas.
Obs: Modelo no final da matéria.
Obs: Modelo no final da matéria.
Despacho
Carta
É o pronunciamento de autoridade administrativa em
É a forma de correspondência emitida por particular, petição que lhe é dirigida, ou ato relativo ao andamento
ou autoridade com objetivo particular, não se confundindo do processo. Pode ter caráter decisório ou apenas de
com o memorando (correspondência interna) ou o ofício expediente. Estrutura:
(correspondência externa), nos quais a autoridade que as- - Nome do órgão principal e secundário.
sina expressa uma opinião ou dá uma informação não sua, - Número do processo.
mas, sim, do órgão pelo qual responde. Em grande parte - Data.
dos casos da correspondência enviada por deputados, de- - Texto.
vese usar a carta, não o memorando ou ofício, por estar o - Assinatura e função ou cargo da autoridade.
parlamentar emitindo parecer, opinião ou informação de
sua responsabilidade, e não especificamente da Câmara O despacho pode constituirse de uma palavra, de uma
dos Deputados. O parlamentar deverá assinar memorando expressão ou de um texto mais longo.
ou ofício apenas como titular de função oficial específica
(presidente de comissão ou membro da Mesa, por exem- Obs: Modelo no final da matéria.
plo). Estrutura:
- Local e data. Ordem de Serviço
- Endereçamento, com forma de tratamento, destinatá-
rio, cargo e endereço. É o instrumento que encerra orientações detalhadas
- Vocativo. e/ou pontuais para a execução de serviços por órgãos
- Texto. subordinados da Administração. Estrutura:

10
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Auxiliar administrativo

- Título: ORDEM DE SERVIÇO, numeração e data. A ementa justificase em portarias de natureza norma-
- Preâmbulo e fundamentação: denominação da au- tiva.
toridade que expede o ato (em maiúsculas) e citação da Em portarias de matéria rotineira, como nos casos de
legislação pertinente ou por força das prerrogativas do car- nomeação e exoneração, por exemplo, suprime-se a emen-
go, seguida da palavra “resolve”. ta.
- Texto: desenvolvimento do assunto, que pode ser di-
vidido em itens, incisos, alíneas etc. Obs: Modelo no final da matéria.
- Assinatura: nome da autoridade competente e indi-
cação da função. Relatório
A Ordem de Serviço se assemelha à Portaria, porém É o relato exposilivo, detalhado ou não, do
possui caráter mais específico e detalhista. Objetiva, essen-
funcionamento de uma instituição, do exercício de
cialmente, a otimização e a racionalização de serviços.
atividades ou acerca do desenvolvimento de serviços
Obs: Modelo no final da matéria. específicos num determinado período. Estrutura:
- Título RELATÓRIO ou RELATÓRIO DE...
Parecer - Texto registro em tópicos das principais atividades
desenvolvidas, podendo ser indicados os resultados par-
É a opinião fundamentada, emitida em nome pessoal ciais e totais, com destaque, se for o caso, para os aspectos
ou de órgão administrativo, sobre tema que lhe haja sido positivos e negativos do período abrangido. O cronogra-
submetido para análise e competente pronunciamento. ma de trabalho a ser desenvolvido, os quadros, os dados
Visa fornecer subsídios para tomada de decisão. Estrutura: estatísticos e as tabelas poderão ser apresentados como
- Número de ordem (quando necessário). anexos.
- Número do processo de origem. - Local e data.
- Ementa (resumo do assunto). - Assinatura e função ou cargo do(s) funcionário(s)
- Texto, compreendendo: Histórico ou relatório (intro- relator(es).
dução); Parecer (desenvolvimento com razões e justificati-
vas); Fecho opinativo (conclusão). No caso de Relatório de Viagem, aconselhase regis-
- Local e data. trar uma descrição sucinta da participação do servidor no
- Assinatura, nome e função ou cargo do parecerista.
evento (seminário, curso, missão oficial e outras), indicando
o período e o trecho compreendido. Sempre que possível,
Além do Parecer Administrativo, acima conceituado,
existe o Parecer Legislativo, que é uma proposição, e, como o Relatório de Viagem deverá ser elaborado com vistas ao
tal, definido no art. 126 do Regimento Interno da Câmara aproveitamento efetivo das informações tratadas no even-
dos Deputados. to para os trabalhos legislativos e administrativos da Casa.
O desenvolvimento do parecer pode ser dividido em Quanto à elaboração de Relatório de Atividades, deve-
tantos itens (e estes intitulados) quantos bastem ao pare- se atentar para os seguintes procedimentos:
cerista para o fim de melhor organizar o assunto, imprimin- - absterse de transcrever a competência formal das
dolhe clareza e didatismo. unidades administrativas já descritas nas normas internas;
- relatar apenas as principais atividades do órgão;
Obs: Modelo no final da matéria. - evitar o detalhamento excessivo das tarefas execu-
tadas pelas unidades administrativas que lhe são subordi-
Portaria nadas;
- priorizar a apresentação de dados agregados, gran-
É o ato administrativo pelo qual a autoridade estabelece des metas realizadas e problemas abrangentes que foram
regras, baixa instruções para aplicação de leis ou trata da solucionados;
organização e do funcionamento de serviços dentro de sua - destacar propostas que não puderam ser concreti-
esfera de competência. Estrutura: zadas, identificando as causas e indicando as prioridades
- Título: PORTARIA, numeração e data.
para os próximos anos;
- Ementa: síntese do assunto.
- gerar um relatório final consolidado, limitado, se pos-
- Preâmbulo e fundamentação: denominação da auto-
ridade que expede o ato e citação da legislação pertinente, sível, ao máximo de dez páginas para o conjunto da Direto-
seguida da palavra “resolve”. ria, Departamento ou unidade equivalente.
- Texto: desenvolvimento do assunto, que pode ser di-
vidido em artigos, parágrafos, incisos, alíneas e itens. Obs: Modelo no final da matéria.
- Assinatura: nome da autoridade competente e indi-
cação do cargo. Requerimento (Petição)

Certas portarias contêm considerandos, com as razões É o instrumento por meio do qual o interessado requer
que justificam o ato. Neste caso, a palavra “resolve” vem a uma autoridade administrativa um direito do qual se
depois deles. julga detentor. Estrutura:

11
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Auxiliar administrativo

- Vocativo, cargo ou função (e nome do destinatário), ou seja, da autoridade competente.


- Texto incluindo: Preâmbulo, contendo nome do requerente (grafado em letras maiúsculas) e respectiva qualificação:
nacionalidade, estado civil, profissão, documento de identidade, idade (se maior de 60 anos, para fins de preferência na
tramitação do processo, segundo a Lei 10.741/03), e domicílio (caso o requerente seja servidor da Câmara dos Deputados,
precedendo à qualificação civil deve ser colocado o número do registro funcional e a lotação); Exposição do pedido, de
preferência indicando os fundamentos legais do requerimento e os elementos probatórios de natureza fática.
- Fecho: “Nestes termos, Pede deferimento”.
- Local e data.
- Assinatura e, se for o caso de servidor, função ou cargo.

Quando mais de uma pessoa fizer uma solicitação, reivindicação ou manifestação, o documento utilizado será um abai-
xoassinado, com estrutura semelhante à do requerimento, devendo haver identificação das assinaturas.
A Constituição Federal assegura a todos, independentemente do pagamento de taxas, o direito de petição aos Poderes
Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder (art. 51, XXXIV, “a”), sendo que o exercício desse
direito se instrumentaliza por meio de requerimento. No que concerne especificamente aos servidores públicos, a lei que
institui o Regime único estabelece que o requerimento deve ser dirigido à autoridade competente para decidilo e encami-
nhado por intermédio daquela a que estiver imediatamente subordinado o requerente (Lei nº 8.112/90, art. 105).

Obs: Modelo no final da matéria.

Protocolo

O registro de protocolo (ou simplesmente “o protocolo“) é o livro (ou, mais atualmente, o suporte informático) em
que são transcritos progressivamente os documentos e os atos em entrada e em saída de um sujeito ou entidade (público
ou privado). Este registro, se obedecerem a normas legais, têm fé pública, ou seja, tem valor probatório em casos de con-
trovérsia jurídica.
O termo protocolo tem um significado bastante amplo, identificando-se diretamente com o próprio procedimento. Por
extensão de sentido, “protocolo” significa também um trâmite a ser seguido para alcançar determinado objetivo (“seguir o
protocolo”).
A gestão do protocolo é normalmente confiada a uma repartição determinada, que recebe o material documentário do
sujeito que o produz em saída e em entrada e os anota num registro (atualmente em programas informáticos), atruibuindo-
-lhes um número e também uma posição de arquivo de acordo com suas características.
O registro tem quatro elementos necessários e obrigatórios:
- Número progressivo.
- Data de recebimento ou de saída.
- Remetente ou destinatário.
- Regesto, ou seja, breve resumo do conteúdo da correspondência.

12
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Auxiliar administrativo

Exemplo de Ofício

(Ministério)
(Secretaria/Departamento/Setor/Entidade)
(Endereço para correspondência)
(Endereço – continuação)
(Telefone e Endereço de Correio Eletrônico)

Ofício nº 524/1991/SG-PR

Brasília, 20 de maio de 2011

A Sua Excelência o Senhor


Deputado (Nome)
Câmara dos Deputados
70160-900 – Brasília – DF
3 cm 297 mm
1,5 cm
Assunto: Demarcação de terras indígenas

Senhor Deputado,

1. Em complemento às observações transmitidas pelo telegrama nº 154, de


24 de abril último, informo Vossa Excelência de que as medidas mencionadas em
sua carta nº 6708, dirigida ao Senhor Presidente da República, estão amparadas
pelo procedimento administrativo de demarcação de terras indígenas instituído
pelo Decreto nº 22, de 4 de fevereiro de 1991 (cópia anexa).
2. Em sua comunicação, Vossa Excelência ressalva a necessidade de que –
na definição e demarcação das terras indígenas – fossem levadas em consideração
as características sócio-econômicas regionais.
3. Nos termos do Decreto nº 22, a demarcação de terras indígenas
deverá ser precedida de estudos e levantamentos técnicos que atendam ao disposto
no art. 231, § 1º, da Constituição Federal. Os estudos deverão incluir os aspectos
etno-históricos, sociológicos, cartográficos e fundiários. O exame deste último
aspecto deverá ser feito conjuntamente com o órgão federal ou estadual
competente.
4. Os órgãos públicos federais, estaduais e municipais deverão
encaminhas as informações que julgarem pertinentes sobre a área em estudo. É
igualmente assegurada a manifestação de entidades representativas da sociedade
civil.
5. Os estudos técnicos elaborados pelo órgão federal de proteção ao índio
serão publicados juntamente com as informações recebidas dos órgãos públicos e
das entidades civis acima mencionadas.
6. Como Vossa Excelência pode verificar, o procedimento estabelecido
assegura que a decisão a ser baixada pelo Ministro de Estado da Justiça sobre os
limites e a demarcação de terras indígenas seja informada de todos os elementos
necessários, inclusive daqueles assinalados em sua carta, com a necessária
transparência e agilidade.

Atenciosamente,

(Nome)
(cargo)

210 mm

13
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Auxiliar administrativo

Exemplo de Aviso

Aviso nº 45/SCT-PR

Brasília, 27 de fevereiro de 2011

A Sua Excelência o Senhor


(Nome e cargo)
297 mm

3 cm
1,5 cm
Assunto: Seminário sobre o uso de energia no setor público

Senhor Ministro,

Convido Vossa Excelência a participar da sessão de abertura do Primeiro


Seminário Regional sobre o Uso Eficiente de Energia no Setor Público, a ser
realizado em 5 de março próximo, às 9 horas, no auditório da Escola Nacional de
Administração Pública – ENAP, localizada no Setor de Áreas Isoladas, nesta
capital.
O Seminário mencionado inclui-se nas atividades do Programa Nacional das
Comissões Internas de Conservação de Energia em Órgãos Públicos, instituído
pelo Decreto nº 99.656, de 26 de outubro de 1990.

Atenciosamente,

(Nome do signatário)
(cargo do signatário)

210 mm

14
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Auxiliar administrativo

Exemplo de Memorando

Mem. 118/DJ

Em 12 de abril de 2011

Ao Sr. Chefe do Departamento de Administração

297 mm
Assunto: Administração, Instalação de microcomputadores
1,5 cm

1. Nos termos do Plano Geral de Informatização, solicito a Vossa


Senhoria verificar a possibilidade de que sejam instalados três microcomputadores
neste Departamento.
2. Sem descer a maiores detalhes técnicos, acrescento, apenas, que o ideal
seria que o equipamento fosse dotado de disco rígido e de monitor padrão EGA.
Quanto a programas, haveria necessidade de dois tipos: um processador de textos
e outro gerenciador de banco de dados.
3. O treinamento de pessoal para operação dos micros poderia ficar a cargo
da Seção de Treinamento do Departamento de Modernização, cuja chefia já
manifestou seu acordo a respeito.
4. Devo mencionar, por fim, que a informatização dos trabalhos deste
Departa-mento ensejará racional distribuição de tarefas entre os servidores e,
sobretudo, uma melhoria na qualidade dos serviços prestados.

Atenciosamente,

(Nome do signatário)

210 mm

15
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Auxiliar administrativo

Exemplo de Exposição de Motivos de Caráter Informativo

5 cm

EM nº 00146/1991-MRE

5 cm Brasília, 24 de maio de 2011

3 cm 1,5 cm

Excelentíssimo Senhor Presidente da República,

2,5 cm
O Presidente George Bush anunciou, no último dia 13, significativa
mudança da posição norte-americana nas negociações que se realizam – na
Conferência do Desarmamento, em Genebra – de uma convenção multilateral de
proscrição total das armas químicas. Ao renunciar à manutenção de cerca de dois
por cento de seu arsenal químico até a adesão à convenção de todos os países em
condições de produzir armas químicas, os Estados Unidos reaproximaram sua
postura da maioria dos quarenta países participantes do processo negociador,
inclusive o Brasil, abrindo possibilidades concretas de que o tratado a ser
concluído e assinado em prazo de cerca de um ano. (...)
1 cm
2,5 cm
Atenciosamente,
2,5 cm

(Nome)
(cargo)

16
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Auxiliar administrativo

Exemplo de Mensagem

5 cm

Mensagem nº 118

4 cm

297 mm

Excelentíssimo Senhor Presidente do Senado Federal,

2 cm 1,5 cm

3 cm
Comunico a Vossa Excelência o recebimento das mensagens SM nºs
106 a 110, de 1991, nas quais informo a promulgação dos Decretos Legislativos
nºs 93 a 97, de 1991, relativos à exploração de serviços de radiodifusão.

Brasília, 28 de março de 2011

210 mm

17
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Auxiliar administrativo

Exemplo de Telegrama

[órgão Expedidorl
[setor do órgão expedidor]
[endereço do órgão expedidor]

Destinatário: _________________________________________________________
Nº do fax de destino: _________________________________ Data: ___/___/_____
Remetente: __________________________________________________________
Tel. p/ contato: ____________________Fax/correio eletrônico: ________________
Nº de páginas: esta + ______Nº do documento: _____________________________
Observações: _________________________________________________________
_____________________________________________________________________


Exemplo de Apostila

APOSTILA

A Diretora da Coordenação de Secretariado Parlamentar do Departamento de Pessoal


declara que o servidor José da Silva, nomeado pela Portaria CDCC-RQ001/2004, publicada no
Suplemento ao Boletim Administrativo de 30 de março de 2004, teve sua situação funcional
alterada, de Secretário Parlamentar Requisitado, ponto n. 123, para Secretário Parlamentar sem
vínculo efetivo com o serviço público, ponto n. 105.123, a partir de 11 de abril de 2004, em face de
decisão contida no Processo n. 25.001/2004.

Brasília, em 26/5/2011
Maria da Silva
Diretora

Exemplo de ATA
CAMARA DOS DEPUTADOS
CENTRO DE DOCUMENTAÇÃO E INFORMAÇÃO
Coordenação de Publicações

ATA

As 10h15min, do dia 24 de maio de 2011, na Sala de Reunião do Cedi, a Sra. Maria da


Silva, Diretora da Coordenação, deu início aos trabalhos com a leitura da ala da reunião anterior, que
foi aprovada, sem alterações. Em prosseguimento, apresentou a pauta da reunião, com a inclusão
do item “Projetos Concluídos”, sendo aprovada sem o acréscimo de novos itens. Tomou a palavra
o Sr. José da Silva, Chefe da Seção de Marketing, que apresentou um breve relato das atividades
desenvolvidas no trimestre, incluindo o lançamento dos novos produtos. Em seguida, o Sr. Mário dos
Santos, Chefe da Tipografia, ressaltou que nos últimos meses os trabalhos enviados para publicação
estavam de acordo com as normas estabelecidas, parabenizando a todos pelos resultados alcançados.
Com relação aos projeXos concluídos, a Diretora esclareceu que todos mantiveram-se dentro do
cronograma de trabalho preestabelecido e que serao encaminhados à gráfica na próxima semana.
Às 11h45min a Diretora encerrou os trabalhos, antes convocando reunião para o dia 2 de junho,
quarta-feira, às 10 horas, no mesmo local. Nada mais havendo a tratar, a reunião foi encerrada, e eu,
Ana de Souza, lavrei a presente ata que vai assinada por mim e pela Diretora.

Diretora
Secretária

18
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Auxiliar administrativo

Exemplo de Despacho

CÂMARA DOS DEPUTADOS


PRIMEIRASECRETARIA

Processo n . .........
Em .... / .... /200 ...

Ao Senhor Presidente da Câmara dos Deputados, por força do disposto no inciso I do art. 70
do Regimento do Cefor, c/c o art. 95, da Lei n. 8.112/90, com parecer favorável desta Secretaria, nos termos
das informações e manifestações dos órgãos técnicos da Casa.

Deputado José da Silva


PrimeiroSecretário

Exemplo de Ordem de Serviço

CÂMARA DOS DEPUTADOS


CONSULTORIA TÉCNICA

ORDEM DE SERVIÇO N. 3, DE 6/6/2010

O DIRETOR DA CONSULTORIA TÉCNICA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS, no uso de suas


atribuições, resolve:
1. As salas 3 e 4 da Consultoria Técnica ficam destinadas a reuniões de trabalho com deputados,
consultores e servidores dos setores de apoio da Consultoria Técnica.
2. As reuniões de trabalho serão agendadas previamente pela Diretoria da Coordenação de
Serviços Gerais.
................................................................................................................................
6. Havendo mais de uma solicitação de uso para o mesmo horário, será adotada a seguinte
ordem de preferência:
1 reuniões de trabalho com a participação de deputados;
11 reuniões de trabalho da diretoria;
111 reuniões de trabalho dos consultores;
IV . ..................................................................................................................................
V . ....................................................................................................................................
7. O cancelamento de reunião deverá ser imediatamente comunicado à Diretoría da
Coordenação de Serviços Gerais.

José da Silva
Diretor

19
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Auxiliar administrativo

Exemplo de Parecer

PARECER JURÍDICO

De: Departamento Jurídico


Para: Gerente Administrativo

Senhor Gerente,

Com relação à questão sobre a estabilidade provisória por gestação, ou não, da empregada Fulana de
Tal, passamos a analisar o assunto.
O artigo 10, letra “b”, do ADCT, assegura estabilidade à empregada gestante, desde a confirmação da
gravidez até cinco meses após o parto.
Nesta hipótese, existe responsabilidade objetiva do empregador pela manutenção do emprego, ou seja,
basta comprovar a gravidez no curso do contrato para que haja incidência da regra que assegura a estabilidade
provisória no emprego. O fundamento jurídico desta estabilidade é a proteção à maternidade e à infância, ou
seja, proteger a gestante e o nascituro, assegurando a dignidade da pessoa humana.
A confirmação da gravidez, expressão utilizada na Constituição, refere-se à afirmativa médica do estado
gestacional da empregada e não exige que o empregador tenha ciência prévia da situação da gravidez. Neste
sentido tem sido as reiteradas decisões do C. TST, culminando com a edição da Súmula n. 244, que assim
disciplina a questão:
I - O desconhecimento do estado gravídico pelo empregador não afasta o direito ao pagamento da
indenização decorrente da estabilidade. (art. 10, II, “b” do ADCT). (ex-OJ nº 88 – DJ 16.04.2004).
II - A garantia de emprego à gestante só autoriza a reintegração se esta se der durante o período de
estabilidade. Do contrário, a garantia restringe-se aos salários e demais direitos correspondentes ao período de
estabilidade. (ex-Súmula nº 244 – Res 121/2003, DJ 19.11.2003).
III - Não há direito da empregada gestante à estabilidade provisória na hipótese de admissão mediante
contrato de experiência, visto que a extinção da relação de emprego, em face do término do prazo, não constitui
dispensa arbitrária ou sem justa causa. (ex-OJ nº 196 - Inserida em 08.11.2000).
No caso colocado em análise, percebe-se que não havia confirmação da gestação antes da dispensa. Ao
contrário, diante da suspeita de gravidez, a empresa teve o cuidado de pedir a realização de exame laboratorial,
o que foi feito, não tendo sido confirmada a gravidez. A empresa só dispensou a empregada depois que lhe
foi apresentado o resultado negativo do teste de gravidez. A confirmação do estado gestacional só veio após a
dispensa.
Assim, para solução da questão, importante indagar se gravidez confirmada no curso aviso prévio
indenizado garante ou não a estabilidade.
O TST tem decidido (Súmula 371), que a projeção do contrato de trabalho para o futuro, pela concessão
de aviso prévio indenizado, tem efeitos limitados às vantagens econômicas obtidas no período de pré-aviso. Este
entendimento exclui a estabilidade provisória da gestante, quando a gravidez ocorre após a rescisão contratual.
A gravidez superveniente à dispensa, durante o aviso prévio indenizado, não assegura a estabilidade.
Contudo, na hipótese dos autos, embora a gravidez tenha sido confirmada no curso do aviso prévio indenizado,
certo é que a empregada já estava grávida antes da dispensa, como atestam os exames trazidos aos autos. A
conclusão da ultrossonografia obstétrica afirma que em 30 de julho de 2009 a idade gestacional ecografica era
de pouco mais de 13 semanais, portanto, na data do afastamento a reclamante já contava com mais de 01 mês
de gravidez.
Em face do exposto, considerando os fundamentos jurídicos do instituto da estabilidade da gestante,
considerando que a responsabilidade do empregador pela manutenção do emprego é objetiva e considerando
que o desconhecimento do estado gravídico não impede o reconhecimento da gravidez, conclui-se que:
a) não existe estabilidade quando a gravidez ocorre na vigência do aviso prévio indenizado;
b) fica assegurada a estabilidade quando, embora confirmada no período do aviso prévio indenizado, a
gravidez ocorre antes da dispensa.
De acordo com tais conclusões, entendemos que a empresa deve proceder a reintegração da empregada
diante da estabilidade provisória decorrente da gestação.
É o parecer.

(localidade), (dia) de (mês) de (ano).

20
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Auxiliar administrativo

Exemplo de Portaría

CÂMARA DOS DEPUTADOS


DIRETORIAGERAL

PORTARIA N. 1, de 13/1/2010

Disciplina a utilização da chancela eletrônica nas


requisições de passagens aéreas e diárias de viagens,
autorizadasem processos administrativos no âmbito da
Câmara dos Deputados e assinadas pelo DiretorGeral.

O DIRETORGERAL DA CÂMARA DOS DEPUTADOS, no uso das atribuições que lhe confere
o artigo 147, item XV, da Resolução n. 20, de 30 de novembro de 1971, resolve:
Art. 11 Fica instituído o uso da chancela eletrônica nas requisições de passagens aéreas e
diárias de viagens, autorizadas em processos administrativos pela autoridade competente e assinadas
pelo DiretorGeral, para parlamentar, servidor ou convidado, no âmbito da Câmara dos Deputados.
Art. 21 A chancela eletrônica, de acesso restrito, será válida se autenticada mediante código
de segurança e acompanhada do atesto do Chefe de Gabinete da DiretoriaGeral ou do seu primeiro
substituto.
Art. 31 Esta portaria entra em vigor na data de sua publicação.

Sérgio Sampaio Contreiras de Almeida


DiretorGeral

Modelo de Relatório
CÂMARA DOS DEPUTADOS
ÓRGÃO PRINCIPAL
órgão Secundário

RELATÓRIO

Introdução
Apresentar um breve resumo das temáticas a serem abordadas. Em se tratando de relatório
de viagem, indicar a denominação do evento, local e período compreendido.

Tópico 1
Atribuir uma temática para o relato a ser apresentado.
........................................................................................................................

Tópico 1.1
Havendo subdivisões, os assuntos subseqüentes serão apresentados hierarquizados à
temática geral.
..................................................................................... .............

Tópico 2
Atribuir uma temática para o relato a ser apresentado.
.........................................................................................................................

3. Considerações finais
.........................................................................................................................

Brasília, ................................ de de 201...

Nome
Função ou Cargo

21
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Auxiliar administrativo

Modelo de Requerimento

CÂMARA DOS DEPUTADOS


ÓRGÃO PRINCIPAL
Órgão Secundário

(Vocativo)
(Cargo ou função e nome do destinatário)

.................................... (nome do requerente, em maiúsculas) ..........................


.......................................................... (demais dados de qualificação), requer .................
............................................................................................................................................

Nestes termos,
Pede deferimento.

Brasília, ....... de .................. �������������������������������������������������������������������� de 201.....

Nome
Cargo ou Função

Questões

01. Analise:

1. Atendendo à solicitação contida no expediente acima referido, vimos encaminhar a V. Sª. as informações referentes ao
andamento dos serviços sob responsabilidade deste setor.
2. Esclarecemos que estão sendo tomadas todas as medidas necessárias para o cumprimento dos prazos estipulados e o
atingimento das metas estabelecidas.

A redação do documento acima indica tratar-se


(A) do encaminhamento de uma ata.
(B) do início de um requerimento.
(C) de trecho do corpo de um ofício.
(D) da introdução de um relatório.
(E) do fecho de um memorando.

02. A redação inteiramente apropriada e correta de um documento oficial é:


(A) Estamos encaminhando à Vossa Senhoria algumas reivindicações, e esperamos poder estar sendo recebidos em
vosso gabinete para discutir nossos problemas salariais.

22
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Auxiliar administrativo

(B) O texto ora aprovado em sessão extraordinária pre- Solicita-se, portanto, a divulgação desses dados junto
vê a redistribuição de pessoal especializado em serviços aos órgãos competentes.
gerais para os departamentos que foram recentemente
criados. Atenciosamente,
(C) Estou encaminhando a presença de V. Sª. este jo- Pedro Santos
vem, muito inteligente e esperto, que lhe vai resolver os
problemas do sistema de informatização de seu gabinete. Pedro Santos
(D) Quando se procurou resolver os problemas de pes- Secretário do Conselho
soal aqui neste departamento, faltaram um número grande
de servidores para os andamentos do serviço. Resposta 01-C / 02-B / 03-C / 04-E / 05-C (correta)
(E) Do nosso ponto de vista pessoal, fica difícil vos in-
formar de quais providências vão ser tomadas para resolver
essa confusão que foi criado pelos manifestantes. ARQUIVO E PROTOCOLO: ARQUIVO
E SUA DOCUMENTAÇÃO; ORGANIZAÇÃO
03. A frase cuja redação está inteiramente correta e DE UM ARQUIVO; TÉCNICAS E MÉTODOS DE
apropriada para uma correspondência oficial é: ARQUIVAMENTO; ARQUIVO CORRENTE E
(A) É com muito prazer que encaminho à V. Exª. Os con- PROTOCOLO; MODELOS DE ARQUIVOS E
vites para a reunião de gala deste Conselho, em que se fará TIPOS DE PASTAS; ARQUIVAMENTO DE
homenagens a todos os ilustres membros dessa diretoria, REGISTROS INFORMATIZADOS.
importantíssima na execução dos nossos serviços.
(B) Por determinação hoje de nosso Excelentíssimo
Chefe do Setor, nos dirigimos a todos os de vosso gabinete,
para informar de que as medidas de austeridade recomen- A arquivística ou arquivologia é uma ciência que estu-
dadas por V. Sa. já está sendo tomadas, para evitar-se os da as funções do arquivo, e também os princípios e técni-
atrasos dos prazos. cas a serem observados durante a atuação de um arquivis-
(C) Estamos encaminhando a V. Sa. os resultados a que ta sobre os arquivos. É a Ciência e disciplina que objetiva
chegaram nossos analistas sobre as condições de funcio- gerenciar todas as informações que possam ser registra-
namento deste setor, bem como as providências a serem das em documentos de arquivos. Para tanto, utiliza-se de
tomadas para a consecução dos serviços e o cumprimento princípios, normas, técnicas e procedimentos diversos, que
dos prazos estipulados. são aplicados nos processos de composição, coleta, aná-
(D) As ordens expressas a todos os funcionários é de lise, identificação, organização, processamento, desenvol-
que se possa estar tomando as medidas mais do que im- vimento, utilização, publicação, fornecimento, circulação,
portantes para tornar nosso departamento mais eficiente, armazenamento e recuperação de informações.
na agilização dos trâmites legais dos documentos que pas- O arquivista é um profissional de nível superior, com
sam por aqui. formação em arquivologia ou experiência reconhecida
(E) Peço com todo o respeito a V. Exª., que tomeis pro- pelo Estado. Ele pode trabalhar em instituições públicas
vidências cabíveis para vir novos funcionários para esse ou privadas, centros de documentação, arquivos privados
nosso setor, que se encontra em condições difíceis de agili- ou públicos, instituições culturais etc. É o responsável pelo
zar todos os documentos que precisamos enviar. gerenciamento da informação, gestão documental, conser-
vação, preservação e disseminação da informação contida
nos documentos. Também tem por função a preservação
04. A respeito dos padrões de redação de um ofício, é
do patrimônio documental de um pessoa (física ou jurídi-
INCORRETO afirmar que:
ca), instituição e, em última instância, da sociedade como
(A) Deve conter o número do expediente, seguido da
um todo. Ocupa-se, ainda, da recuperação da informação
sigla do órgão que o expede. e da elaboração de instrumentos de pesquisa, observando
(B) Deve conter, no início, com alinhamento à direita, as três idades dos arquivos: corrente, intermediária e per-
o local de onde é expedido e a data em que foi assinado. manente.
(C) Deverá constar, resumidamente, o teor do assunto O arquivista atua desenvolvendo planejamentos, estu-
do documento. dos e técnicas de organização sistemática e conservação
(D) O texto deve ser redigido em linguagem clara e de arquivos, na elaboração de projetos e na implantação de
direta, respeitando-se a formalidade que deve haver nos instituições e sistemas arquivísticos, no gerenciamento da
expedientes oficiais. informação e na programação e organização de atividades
(E) O fecho deverá caracterizar-se pela polidez, como culturais que envolvam informação documental produzida
por exemplo: Agradeço a V. Sª. a atenção dispensada. pelos arquivos públicos e privados. Uma grande dificulda-
de é que muitas organizações não se preocupam com seus
05. Haveria coerência com as ideias do texto e respei- arquivos, desconhecendo ou desqualificando o trabalho
taria as normas de redação de documentos oficiais se o deste profissional, delegando a outros profissionais as ati-
texto apresentado fosse incluído como parágrafo inicial em vidades específicas do arquivista. Isto provoca problemas
um ofício complementado pelo parágrafo final e os fechos quanto à qualidade do serviço e de tudo o que, direta ou
apresentados a seguir. indiretamente, depende dela.

23
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Auxiliar administrativo

Arquivo é um conjunto de documentos criados ou re- Classificação


cebidos por uma organização, firma ou indivíduo, que os A escolha da forma de ordenação depende muito da
mantém ordenadamente como fonte de informação para a natureza dos documentos. Vejam os métodos básicos:
execução de suas atividades. Os documentos preservados Ordenação Alfabética: disposição dos documentos ou
pelo arquivo podem ser de vários tipos e em vários supor- pastas de acordo com a sequência das letras do alfabeto.
tes. As entidades mantenedoras de arquivos podem ser pú- Pode ser classificada em enciclopédico e dicionário quando
blicas (Federal, Estadual Distrital, Municipal), institucionais, se trata de assuntos.
comerciais e pessoais. Ordenação Cronológica: disposição dos documentos
Um documento (do latim documentum, derivado de do- ou pastas de acordo com a sucessão temporal.
cere “ensinar, demonstrar”) é qualquer meio, sobretudo grá- Ordenação Geográfica: disposição de acordo com as
fico, que comprove a existência de um fato, a exatidão ou a unidades territoriais (países, estados, municípios, distritos,
verdade de uma afirmação etc. No meio jurídico, documen- bairros e outras).
tos são frequentemente sinônimos de atos, cartas ou escritos Ordenação Temática: disposição de acordo com temas
que carregam um valor probatório. ou assuntos.
Documento arquivísticos: Informação registrada, inde- Ordenação Numérica: disposição de acordo com a se-
pendente da forma ou do suporte, produzida ou recebida quência numérica atribuída aos documentos. Depende de
no decorrer da atividade de uma instituição ou pessoa e um índice auxiliar para busca de dados.
que possui conteúdo, contexto e estrutura suficientes para
servir de prova dessa atividade. Ex.: Na pasta MANUTENÇÃO PRÉDIO você poderá ar-
Desde o desenvolvimento da Arquivologia como dis- quivar os documentos em ordem cronológica, assim sendo
ciplina, a partir da segunda metade do século XIX, talvez teríamos: primeiro o Memorando pedindo o conserto, de-
nada tenha sido tão revolucionário quanto o desenvolvi- pois a resposta do ESTEC solicitando a compra de torneira
mento da concepção teórica e dos desdobramentos práti- nova, em seguida a Informação de que já foi adquirida a
cos da gestão. torneira, e por último a Informação do ESTEC que o serviço
foi concluído.
PRINCÍPIOS: É importante no Arquivo que os documentos de uma
Os princípios arquivísticos constituem o marco principal mesma função sejam guardados juntos, para que se perceba
da diferença entre a arquivística e as outras “ciências” do- como começou a ação e como terminou, formando assim
cumentárias. São eles: os dossiês de fácil compreensão para quem pesquisa.
Arquivamento: guarde os documentos dentro das pas-
tas e das caixas já contidas no setor ou monte-as de acordo
Princípio da Proveniência: Fixa a identidade do do-
com o plano de classificação.
cumento, relativamente a seu produtor. Por este princípio,
Nesse último caso faça as etiquetas indicando o código
os arquivos devem ser organizados em obediência à com-
da atividade correspondente. Não se esqueça de anotar no
petência e às atividades da instituição ou pessoa legitima-
canto superior esquerdo da pasta os códigos da Unidade/
mente responsável pela produção, acumulação ou guarda
Órgão/área respectivos.
dos documentos. Arquivos originários de uma instituição Empréstimo de Documentos: para se controlar melhor
ou de uma pessoa devem manter a respectiva individuali- os documentos que saem do arquivo e para garantir a inte-
dade, dentro de seu contexto orgânico de produção, não gridade do mesmo, é interessante que se adote um sistema
devendo ser mesclados a outros de origem distinta. de controle de empréstimo de documentos.
Você pode criar um formulário de Requisição de Docu-
Princípio da Organicidade: As relações administra- mentos com os seguintes dados:
tivas orgânicas se refletem nos conjuntos documentais. A
organicidade é a qualidade segundo a qual os arquivos es- - a) Identificação do documento.
pelham a estrutura, funções e atividades da entidade pro- - b) Classificação ou pasta a qual ele pertence.
dutora/acumuladora em suas relações internas e externas. - c) O nome do requisitante e o setor.
- d) Assinatura e datas de empréstimo e devolução.
Princípio da Unicidade: Não obstante, forma, gênero, Lembre-se: “O arquivamento correto e a localização
tipo ou suporte, os documentos de arquivo conservam imediata dos documentos, depende, em grande parte, da
seu caráter único, em função do contexto em que foram precisão e cuidado com que são executadas cada uma des-
produzidos. sas operações.”.

Princípio da Indivisibilidade ou integridade: Os Classificação Cronológica


fundos de arquivo devem ser preservados sem dispersão, A classificação cronológica tem por base a possibilida-
mutilação, alienação, destruição não autorizada ou adição de em agrupar determinado número de documentos de
indevida. acordo com as divisões naturais do tempo: anos, meses, se-
manas, dias e horas. Este sistema, como se pode observar,
Princípio da Cumulatividade: O arquivo é uma for- é muito semelhante ao sistema numérico simples e utiliza-
mação progressiva, natural e orgânica. -se, muitas das vezes, em combinação com outros sistemas
classificativos, sobretudo, o alfabético.

24
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Auxiliar administrativo

A localização de um documento classificado cronolo- Para que o nosso trabalho fique completo deve-se sub-
gicamente requer um conhecimento perfeito da data exata meter à listagem a uma cuidadosa avaliação pelos utentes
(ano, mês ou dia) sem a qual não será possível localizá-lo. do arquivo, de forma a poder introduzir os melhoramentos
Este tipo de classificação não oferece especiais dificuldades necessário que permitam a recuperação dos documentos ar-
quando se procede a incorporação de novos documentos. quivados Este instrumento deve ser periodicamente revisto e
Quando se pretende localizar e recuperar os documentos é atualizado, e deve refletir a estrutura interna do organismo.
necessário elaborar fichas remissivas alfabéticas, por exem- As principais vantagens atribuídas a este sistema classi-
plo, de assuntos, que possibilitam a indicação da data do ficativo resultam do fato de se poder ter uma visão global
documento. dos assuntos que são abordados na documentação, permitir
As conservatórias do Registro Civil, por exemplo, são o agrupamento dos documentos de acordo com o seu con-
serviços onde a ordenação e pesquisa de documentos é teúdo, ser extensível até ao infinito e de ser altamente flexível.
elaborada mediante recurso às datas de nascimento, ca- A técnica que se costuma aplicar na divisão dos assuntos
samento, morte e de outros assuntos. Este tipo de classi- é a seguinte:
ficação é aplicado em arquivos de documentos de origem Divisão do assunto em capítulos
contabilística: faturas, pagamentos de contribuições, orde- Divisão de cada capítulo em famílias
nados e outros assuntos relacionados com esta e em Ar-
Divisão de cada família em grupos, representando assun-
quivos Históricos e Etnográficos, uma vez que proporciona
tos especializados
a ligação do passado ao presente e nos mostrando-nos a
Divisão eventual de cada grupo em subgrupos, indicando
evolução das instituições ao longo da história.
uma divisão particular
Classificação Geográfica
Este sistema utiliza um método idêntico ao cronológico Classificação Decimal
com a diferença de que os documentos são classificados e O sistema de classificação decimal pode ser considerado
agrupados com base nas divisões geográficas/administra- um critério classificativo resultante da combinação da classifi-
tivas do globo: países, regiões, províncias, distritos, conse- cação numérica com a ideológica.
lhos, cidades, vilas, aldeias, bairros, freguesias, ruas e ou- Este método classificativo foi idealizado pelo bibliotecá-
tros critérios geográficos e de localização. rio norte-americano Mevil Dewey que a definia, na essência,
Este sistema é combinado com outros sistemas classi- como uma classificação de assuntos relacionados a um índice
ficativos, como por exemplo; o alfabético, o numérico ou o relativo. Não só foi criada para a arrumação dos livros nas pra-
decimal, com vista a um melhor acondicionamento e loca- teleiras mas também para indicações nos catálogos, recortes
lização dos documentos e a sua informação. notas, manuscritos e de um modo geral, todo material literá-
O sistema de classificação geográfica resulta do fato de rio de qualquer espécie. Foi aplicado pela primeira vez a partir
haver necessidade de localizar fato ou pessoas num espaço de 1851, na biblioteca de Amhrest College de Massachus-
geográfico determinado, como por exemplo; as coleções ou sets, nos Estado Unidos da América e com bons resultados.
séries filatélicas que normalmente são agrupadas por loca- A classificação decimal consiste, essencialmente, na di-
lidades, países, regiões e outros critérios relacionados com visão dos assuntos ou matérias em 10 grupos de primeira
estes. É muito utilizado em museus etnográficos e de arte ordem ou categoria (0 a 9) que por sua vez se podem subdi-
popular. vidir em grupos de segunda ordem e assim sucessivamente.
Assim, por exemplo, ao grupo de primeira categoria ou prin-
Classificação Ideológica cipal é atribuída a seguinte numeração:
A classificação ideológica, também designada como 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
ideográfica, metódica ou analítica baseia-se, fundamental- Sendo as divisões de segunda categoria e derivadas do
mente, na divisão de assuntos, ideias, conceitos e outras divi- grupo 5 as seguintes:
sões, sendo os documentos referentes a um mesmo assunto
50 51 52 53 54 55 56 57 58 59
ou objeto de conhecimento, ordenados segundo um concei-
Ainda se pode subdividir o grupo de segunda categoria
to chave ou ideia de agrupamento, colocando-se a seguir, de
o nº 55 noutro de terceira categoria:
forma alfabética.
Este sistema parte da análise de um assunto e divide-o 550 551 552 553 554 555 556 557 558 559
em grupos e subgrupos com características cada vez mais Com este sistema pretendia-se abranger a totalidade
particulares e restritas exigindo um certo controlo e discipli- dos assuntos ou matérias que iriam ser objeto de classifica-
na devido à grande variedade de palavras com significados ção, baseando-se no principio de que a formação dos nú-
análogo. meros decimais é ilimitada e entre dois números decimais,
Para aplicar este sistema é necessário elaborar um instru- consecutivos da mesma ordem, podem intercalar-se outros
mento de trabalho que sirva de orientação para a classificação dez da ordem imediatamente inferior.
de assuntos nos arquivos e que se designa normalmente por Exemplo:
classificador ou listagem por assuntos. O classificador deve 51. Expediente e arquivo
ser elaborado respeitando um determinado número de re- 510. Expediente e arquivo em geral
gras, tais como, evitar as abstrações (por abrangerem maté- 511. Arquivo
rias demasiado vastas) e afastar a utilização de palavras com 512. Seleção documental
significados análogos, colocando-se na lista uma remissiva 513. Reprografia
para a palavra-chave que está a ser utilizada. 514. Entrada e saída de correspondência

25
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Auxiliar administrativo

5140. Entrada de correspondência 0 Generalidades


5141. Saída de correspondência 1 Filosofia. Psicologia
515. Serviços auxiliares 2 Religião. Teologia
5150. Serviços auxiliares em geral 3 Ciências Sociais
5151. Transportes pelas cantinas 4 Classe atualmente não usada
516. Telefone 5 Ciências Exatas. Ciências naturais
517. Viaturas 6 Ciências Aplicadas. Medicina. Tecnologia
Apesar deste sistema de classificação ter imensos sim- 7 Arte. Arquitetura. Recreação e Desporto
patizantes devido à sua aparente simplicidade acontece, 8 Linguística. Língua. Literatura
porém, que enferma de alguns inconvenientes, entre os 9 Geografia. Biografia. História
quais, a rigidez que impõe na divisão dos vários ramos do
conhecimento humano; é um sistema relativamente moro- Cada classe principal subdivide-se decimalmente em
subclasses que por sua vez também se subdividem em
so, quer na sua construção, quer na sua aplicação à organi-
áreas cada vez mais especializadas.
zação espacial do arquivo e posterior localização, exigindo
As  tabelas auxiliares, que representam não assuntos,
pessoal especializado. mas formas de os especificar (por lugar, tempo, forma, lín-
gua, etc.), flexibilizando muito mais a representação dos
Classificação Decimal Universal (CDU) conceitos.
A classificação Decimal Universal (CDU) é um esquema Um  índice, lista alfabética de conceitos. A cada con-
de classificação uniformizado e normalizado, amplamente ceito corresponde uma notação que serve de guia na con-
usado nacional e internacionalmente, que visa cobrir e or- sulta da tabela principal, para mais fácil e rapidamente se
ganizar a totalidade do conhecimento humano. localizar a notação adequada ao assunto que se pretende
Henri Lafontaine e Paul Otlet publicaram, em 1905, a pesquisar.
primeira edição do que viria a ser a Classificação Decimal Uma das principais vantagens desta classificação reside
Universal. Esta primeira edição do Manuel du Repertoire Bi- na sua dimensão universal e internacional, dada a sua in-
bliografique Universal é um desenvolvimento do esquema dependência face a todas as expressões idiomáticas, o que
base utilizado por Dewey que distribui a totalidade do facilita enormemente a pesquisa e a troca de informação
conhecimento em dez grandes classes, que por sua vez, são ao nível internacional.
divididas em dez subclasses que se dividem em dez grupos. No seguimento do exemplo anterior, tal significa que a
Cada conceito é traduzido por uma notação numérica ou notação 37 e o conceito que lhe está associado, é igual em
alfanumérica por exemplo, ao conceito geral de educação todas as bibliotecas do mundo que adotem este sistema
de classificação.
corresponde a notação numérica 37.
O seu grande inconveniente resulta da sua aplicação
A CDU baseia-se em três princípios fundamentais os
que exige pessoal altamente especializado dado que é um
quais são: grande risco classificar matérias diferentes com o mesmo
Classificação: por ser uma classificação no sentido res- número.
trito da palavra agrupa ideias nos seus aspectos concor-
dantes. Classificação Automática
Universalidade: inclui cada um dos ramos do conheci- As operações de classificação podem ser objeto de
mento humano, encarando-os sob os vários aspectos. uma automatização em moldes parciais, já que a inteligên-
Decimalidade: a totalidade do conhecimento humano cia humana continua a ser indispensável para selecionar o
é dividida em dez classes, cada uma das quais, por sua vez, assunto principal e determinar as informações secundárias.
se subdivide de novo decimalmente, pela adição de cifras Atualmente a sua aplicação é feita a título experimental em
decimais. algumas bibliotecas.
Este sistema é mais utilizado em bibliotecas e serviços A classificação automática assenta no seguinte princí-
de documentação para a elaboração de ficheiros por as- pio geral: ao caracterizar diversos objetos de uma coleção
suntos ou matérias e posterior catalogação e arrumação do organizando-os por séries de atributos (data, forma, língua,
material bibliográfico. Em Portugal, o uso deste sistema de domínio, e outros), é possível comparar, agrupando, de
classificação é generalizado, tanto nas Bibliotecas Universi- dois em dois e contar para cada par o número de atributos
tárias, como nas Bibliotecas Públicas e Escolares. comuns. O resultado conduz à colocação em conjunto dos
objetos que possuem características frequentes, consti-
A CDU tem vindo a ser continuamente ampliada e mo-
tuindo classes não à priori mas sim à posteriori.
dificada para fazer face ao surgimento de novos concei-
O interesse que desperta a classificação automática
tos e conhecimentos do saber humano, principalmente, na situa-se ao nível da pesquisa documental. Ela permanece
área da ciência e tecnologia. sem utilidade em organizações que já possuem a classi-
A CDU é composta por: ficação física das obras, sendo incapaz de recriar auto-
Uma tabela principal de matérias, que enumera hierar- maticamente um esquema classificatório. A concepção e
quicamente o conhecimento, nas referidas 10 classes. As desenvolvimento de uma linguagem classificatória e a sua
divisões principais são: aplicação a um determinado fundo documental são de
competência exclusiva do domínio do homem.

26
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Auxiliar administrativo

A Associação Internacional para a Classificação situa- sua função junto à sociedade. Esta produção documental
da na Alemanha publica sob o patrocínio da FID (Federa- de valor permanente receberá um tratamento arquivístico
ção Internacional de Documentação, a revista International que contempla sua conservação, arranjo e descrição para
Classification  onde se apresentam estudos sobre a teoria estar disponível à pesquisa.
dos conceitos, a terminologia sistemática e a organização
do saber. Estas organizações e outras interessam-se pelos COMO UTILIZAR A TABELA DE TEMPORALIDADE
métodos matemáticos aplicáveis neste domínio. A Tabela de Temporalidade de Documentos deve ser
utilizada no momento de classificação e avaliação da do-
Tabela de temporalidade de documentos de arqui- cumentação. Proceder da seguinte forma:
vo. ƒ verificar se os documentos estão classificados de
A Tabela de Temporalidade de Documentos é o instrumento acordo com os assuntos do Código de Classificação de
resultante da avaliação documental, aprovado por autoridade Documentos; ƒ documentos que se referem a dois ou mais
competente, que define prazos de guarda e a destinação de assuntos, deverão ser classificados e agrupados ao con-
cada série documental. junto documental (dossiê, processo ou pasta) que possui
A efetiva implementação de tais instrumentos objetiva a maior prazo de arquivamento ou que tenha sido destinado
simplificação e racionalização dos procedimentos de gestão à guarda permanente; ƒ o prazo de arquivamento deve se
dos documentos e das informações, ou seja, permitirá uma contar a partir do primeiro dia útil do exercício seguinte
considerável redução da massa documental acumulada, ao do arquivamento do documento, exceto aqueles que
eliminando enormes volumes de documentos rotineiros e originam despesas, cujo prazo de arquivamento é contado
desprovidos de valor que justifique a sua guarda, com con- a partir da aprovação das contas pelo Tribunal de Contas;
sequente otimização do espaço físico e racionalização de ƒ eliminar as cópias e vias, quando o documento original
custos, e sobretudo garantirá a preservação dos documen- estiver no conjunto documental (dossiê, processo ou pas-
tos de guarda permanente, de relevante valor informativo e ta); ƒ proceder ao registro dos documentos a serem eli-
probatório. minados; ƒ elaborar listagem dos documentos destinados
A Tabela de Temporalidade é o registro esquemático à transferência para o arquivo intermediário do órgão ou
entidade, ou para a Divisão de Documentação Intermediá-
do ciclo de vida dos documentos, determinando os prazos
ria do Arquivo Público do Estado;
de guarda no arquivo corrente ou setorial, sua transferên-
cia para o arquivo intermediário ou geral, a eliminação ou
OBS. Quando houver processo judicial os prazos de
recolhimento para a Divisão de Documentação Permanente
arquivamento devem ser suspensos até a conclusão do
do Arquivo Público do Estado.
mesmo.
A Tabela é um instrumento da gestão documental e
passível de alterações na medida em que a produção de
PROTOCOLO:
documentos se altera, devido a mudanças sociais, admi-
É conhecimento da grande maioria que os arquivos
nistrativas e jurídicas. No entanto, alterações de qualquer possuem hoje uma notoriedade muito melhor do que já
natureza devem partir do órgão regulador da política de se viu há algum tempo. Contudo, esse reconhecimento
arquivos. ainda não é o desejado. Para que os arquivos alcancem um
nível de importância ainda maior, é necessário que sejam
ASSUNTO/TIPO DOCUMENTAL: Os assuntos/tipos do- geridos da forma correta, a fim de evitar o acúmulo de
cumentais relacionados na Tabela correspondem aos docu- massas documentais desnecessárias, de agilizarem ações
mentos produzidos pelas atividades-meio dos órgãos. São dentro de uma instituição, enfim, que cumpram a sua
tipos documentais já consagrados pelo uso e alguns identi- função, seja desde o valor probatório até o cultural.
ficados na legislação que regula as atividades do setor. Considera-se gestão de documentos o conjunto de
procedimentos e operações técnicas referentes à sua pro-
PRAZO DE ARQUIVAMENTO: O tempo de guarda dos dução, tramitação, uso, avaliação e arquivamento em fase
documentos está relacionado ao seu ciclo de vida. Aos ar- corrente e intermediária, visando a sua eliminação ou re-
quivos setoriais interessa ter acesso aos documentos que colhimento para a guarda permanente.
estão sujeitos a consulta diariamente. O prazo de arquiva- Protocolo é a denominação geralmente atribuída a se-
mento não deve exceder a cinco anos, incorrendo no risco tores encarregados do recebimento, registro, distribuição
de acumular documentos desnecessários ao uso corrente e e movimentação dos documentos em curso; denominação
dificultar o acesso. atribuída ao próprio número de registro dado ao docu-
A documentação que cumpriu sua função imediata, mento; Livro de registro de documentos recebidos e/ou
mas contém informações de caráter probatório, deve ser expedidos.
transferida para o arquivo intermediário do órgão. Docu- É de conhecimento comum o grande avanço que a
mentos com longo período de valor probatório poderão humanidade teve nos últimos anos. Dentre tais avanços,
ser transferidos à Divisão de Documentação Intermediária incluem-se as áreas que vão desde a política até a tecno-
do Arquivo Público do Estado. O terceiro estágio prevê o lógica. Tais avanços contribuíram para o aumento da pro-
recolhimento da documentação produzida pelos órgãos dução de documentos. Cabe ressaltar que tal aumento
públicos que tem informações sobre o desempenho de teve sua importância para a área da arquivística, no sen-

27
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Auxiliar administrativo

tido de ter despertado nas pessoas a importância dos ar- o auxílio do protocolo, saber sua exata localização, seus
quivos. Entretanto, seja por descaso ou mesmo por falta dados principais, como data de entrada, setores por que
de conhecimento, a acumulação de massas documentais já passou, enfim, acompanhar o desenrolar de suas fun-
desnecessárias foi um problema que foi surgindo. Essas ções dentro da instituição. Isso agiliza as ações dentro da
massas acabam por inviabilizar que os arquivos cumpram instituição, acelerando assim, processos que anteriormente
suas funções fundamentais. Para tentar sanar esse e outros encontravam dificuldades, como a não localização de do-
problemas, que é recomendável o uso de um sistema de cumentos, não se podendo assim, usá-los no sentido de
protocolo. valor probatório, por exemplo.
É sabido que durante a sua tramitação, os arquivos Após cumprirem suas respectivas funções, os docu-
correntes podem exercer funções de protocolo mentos devem ter seu destino decidido, seja este a sua eli-
(recebimento, registro, distribuição, movimentação e minação ou recolhimento. É nesta etapa que a expedição
expedição de documentos), daí a denominação comum de de documentos torna-se importante, pois por meio dela,
alguns órgãos como Protocolo e Arquivo. E é neste ponto fica mais fácil fazer uma avaliação do documento, poden-
que os problemas têm seu início. Geralmente, as pessoas do-se assim decidir de uma forma mais confiável, o destino
que lidam com o recebimento de documentos não sabem, do documento. Dentre as recomendações com relação a
ou mesmo não foram orientadas sobre como proceder expedição de documentos, destacam-se:
para o documento cumpra a sua função na instituição. Para Receber a correspondência, verificando a falta de ane-
que este problema inicial seja resolvido, a implantação xos e completando dados;
de um sistema de base de dados, de preferência simples Separar as cópias, expedindo o original;
e descentralizado, permitindo que, tão logo cheguem às Encaminhar as cópias ao Arquivo.
instituições, os documentos fossem registrados, pelas É válido ressaltar que as rotinas acima descritas não
devidas pessoas, no seu próprio setor de trabalho seria valem como regras, visto que cada instituição possui suas
uma ótima alternativa. Tal ação diminuiria o montante de tipologias documentais, seus métodos de classificação,
documentos que chegam as instituições, cumprem suas enfim, surgem situações diversas. Servem apenas como
funções, mas sequer tiveram sua tramitação ou destinação exemplos para a elaboração de rotinas em cada instituição.
registrada.
Algumas rotinas devem ser adotadas no registro do- CLASSIFICAÇÃO DE DOCUMENTOS DE ARQUIVO.
cumental, afim de que não se perca o controle, bem como Desde o desenvolvimento da arquivologia como disci-
surjam problemas que facilmente poderiam ser evitados plina, a partir da segunda metade do século XIX, talvez nada
(como o preenchimento do campo Assunto, de muita im- a tenha revolucionado tanto quanto concepção teórica e os
portância, mas que na maioria das vezes é feito de forma desdobramentos práticos da gestão ou a administração de
errônea). Dentre as recomendações de recebimento e re- documentos estabelecidos após a Segunda Guerra Mun-
gistro, destaca-se: dial. Para alguns, trata-se de um conceito emergente, alvo
Receber as correspondências, separando as de caráter de controvérsias e ainda restrito, como experiência, a pou-
oficial da de caráter particular, distribuindo as de caráter cos países.
particular a seus destinatários. Segundo o historiador norte americano Lawrence Bur-
Após essa etapa, os documentos devem seguir seu cur- net, a gestão de documentos é uma operação arquivística
so, a fim de cumprirem suas funções. Para que isto ocorra, “o processo de reduzir seletivamente a proporções mani-
devem ser distribuídos e classificados da forma correta, ou puláveis a massa de documentos, que é característica da ci-
seja, chegar ao seu destinatário Para isto, recomenda-se: vilização moderna, de forma a conservar permanentemen-
Separar as correspondências de caráter ostensivo das te os que têm um valor cultural futuro sem menosprezar a
de caráter sigiloso, encaminhado as de caráter sigiloso aos integridade substantiva da massa documental para efeitos
seus respectivos destinatários; de pesquisa”.
Tomar conhecimento das correspondências de caráter Por outro lado, alguns concebem a gestão de docu-
ostensivo por meio da leitura, requisitando a existência de mentos como a aplicação da administração científica com
antecedentes, se existirem; fins de eficiência e economia, sendo os benefícios para os
Classificar o documento de acordo com o método da futuros pesquisadores considerados apenas meros subpro-
instituição; carimbando-o em seguida; dutos. Situando-se entre esses dois extremos, a legislação
Elaborar um resumo e encaminhar os documentos ao norte americana estabelece a seguinte definição:
protocolo. O planejamento, o controle, a direção, a organização, a
Preparar a ficha de protocolo, em duas vias, anexando capacitação, a promoção e outras atividades gerenciais re-
a segunda via da ficha ao documento; lacionadas com a criação de documentos, sua manutenção,
Rearquivar as fichas de procedência e assunto, agora uso e eliminação, incluindo o manejo de correspondência,
com os dados das fichas de protocolo; formulários, diretrizes, informes, documentos informáticos,
microformas, recuperação de informação, fichários, correios,
Arquivar as fichas de protocolo. documentos vitais, equipamentos e materiais, máquinas re-
A tramitação de um documento dentro de uma ins- prográficas, técnicas de automação e elaboração de dados,
tituição depende diretamente se as etapas anteriores fo- preservação e centros de arquivamento intermediários ou
ram feitas da forma correta. Se feitas, fica mais fácil, com outras instalações para armazenagem.

28
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Auxiliar administrativo

Sob tal perspectiva, a gestão cobre todo o ciclo de a) ESTUDO: consiste na leitura de cada documento, a
existência dos documentos desde sua produção até serem fim de verificar sob que assunto deverá ser classificado e
eliminados ou recolhidos para arquivamento permanente, quais as referências cruzadas que lhe corresponderão. A
ou seja, trata-se de todas as atividades inerentes às idades referência cruzada é um mecanismo adotado quando o
corrente e intermediária. conteúdo do documento se refere a dois ou mais assuntos.
De acordo com o Dicionário de Terminologia Arquivís- b) CODIFICAÇÃO: consiste na atribuição do código
tica, do Conselho Internacional de Arquivos, a gestão de correspondente ao assunto de que trata o documento.
documentos diz respeito a uma área da administração geral
relacionada com a busca de economia e eficácia na produ- ROTINAS CORRESPONDENTES ÀS OPERAÇÕES DE
ção, manutenção, uso e destinação final dos mesmos. CLASSIFICAÇÃO
Por meio do Ramp/PGI, a Unesco procurou também 1. Receber o documento para classificação;
abordar o tema conforme trabalho de James Rhoads. A 2. Ler o documento, identificando o assunto principal e
função da gestão de documentos e arquivos nos sistemas o(s) secundário(s) de.
Acordo com seu conteúdo;
nacionais de informação, segundo o qual um programa ge-
3. Localizar o(s) assunto(s) no Código de classificação
ral de gestão de documentos, para alcançar economia e
de documentos de arquivo, utilizando o índice, quando ne-
eficácia, envolve as seguintes fases:
cessário;
Produção: concepção e gestão de formulários, prepa-
4. Anotar o código na primeira folha do documento;
ração e gestão de correspondência, gestão de informes e 5. Preencher a(s) folha(s) de referência, para os assun-
diretrizes, fomento de sistemas de gestão da informação e tos secundários.
aplicação de tecnologias modernas a esses processos;
Utilização e conservação: criação e melhoramento dos A avaliação constitui-se em atividade essencial do ci-
sistemas de arquivos e de recuperação de dados, gestão de clo de vida documental arquivísticos, na medida em que
correio e telecomunicações, seleção e uso de equipamento define quais documentos serão preservados para fins ad-
reprográfico, análise de sistemas, produção e manutenção ministrativos ou de pesquisa e em que momento poderão
de programas de documentos vitais e uso de automação e ser eliminados ou destinados aos arquivos intermediário
reprografia nestes processos; e permanente, segundo o valor e o potencial de uso que
Destinação: a identificação e descrição das séries do- apresentam para a administração que os gerou e para a
cumentais, estabelecimento de programas de avaliação e sociedade.
destinação de documentos, arquivamento intermediário, Os primeiros atos legais destinados a disciplinar a ava-
eliminação e recolhimento dos documentos de valor per- liação de documentos no serviço público datam do final do
manente às instituições arquivísticas. século passado, em países da Europa, nos Estados Unidos
e no Canadá. No Brasil, a preocupação com a avaliação de
O código de classificação de documentos de arquivo é documentos públicos não é recente, mas o primeiro passo
um instrumento de trabalho utilizado para classificar todo para sua regulamentação ocorreu efetivamente com a lei
e qualquer documento produzido ou recebido por um ór- federal nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991, que em seu artigo
gão no exercício de suas funções e atividades. A classifica- 9º dispõe que “a eliminação de documentos produzidos
ção por assuntos é utilizada com o objetivo de agrupar os por instituições públicas e de caráter público será realizada
documentos sob um mesmo tema, como forma de agilizar mediante autorização de instituição arquivística pública, na
sua recuperação e facilitar as tarefas arquivísticas relacio- sua específica esfera de competência”.
nadas com a avaliação, seleção, eliminação, transferência, O Arquivo Nacional publicou em 1985 manual técni-
recolhimento e acesso a esses documentos, uma vez que co sob o título Orientação para avaliação e arquivamento
intermediário em arquivos públicos, do qual constam dire-
o trabalho arquivísticos é realizado com base no conteúdo
trizes gerais para a realização da avaliação e para a elabo-
do documento, o qual reflete a atividade que o gerou e
ração de tabelas de temporalidade. Em 1986, iniciaram-se
determina o uso da informação nele contida. A classifica-
as primeiras atividades de avaliação dos acervos de caráter
ção define, portanto, a organização física dos documentos
intermediário sob a guarda da então Divisão de Pré Ar-
arquivados, constituindo-se em referencial básico para sua quivo do Arquivo Nacional, desta vez com a preocupação
recuperação. de estabelecer prazos de guarda com vista à eliminação
No código de classificação, as funções, atividades, es- e, consequentemente, à redução do volume documental e
pécies e tipos documentais genericamente denominados racionalização do espaço físico.
assuntos, encontram-se hierarquicamente distribuídos de A metodologia adotada à época envolveu pesquisas
acordo com as funções e atividades desempenhadas pelo na legislação que regula a prescrição de documentos ad-
órgão. Em outras palavras, os assuntos recebem códigos ministrativos, e entrevistas com historiadores e servidores
numéricos, os quais refletem a hierarquia funcional do responsáveis pela execução das atividades nos órgãos pú-
órgão, definida através de classes, subclasses, grupos e blicos, que forneceram as informações relativas aos valores
subgrupos, partindo-se sempre do geral para o particular. primário e secundário dos documentos, isto é, ao seu po-
A classificação deve ser realizada por servidores treina- tencial de uso para fins administrativos e de pesquisa, res-
dos, de acordo com as seguintes operações. pectivamente. Concluídos os trabalhos, ainda que restrito à

29
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Auxiliar administrativo

documentação já depositada no arquivo intermediário do nericamente denominados assuntos, agrupados segundo


Arquivo Nacional foi constituída, em 1993, uma Comissão um código de classificação, cujos conjuntos constituem o
Interna de Avaliação que referendou os prazos de guarda e referencial para o arquivamento dos documentos.
destinação propostos. Como instrumento auxiliar, pode ser utilizado o índice,
Com o objetivo de elaborar uma tabela de temporalida- que contém os conjuntos documentais ordenados alfabeti-
de para documentos da então Secretaria de Planejamento, camente para agilizar a sua localização na tabela.
Orçamento e Coordenação (SEPLAN), foi criado, em 1993, 2. Prazos de guarda: Referem-se ao tempo necessário
um grupo de trabalho composto por técnicos do Arquivo para arquivamento dos documentos nas fases corrente e in-
Nacional e daquela secretaria, cujos resultados, relativos as termediária, visando atender exclusivamente às necessida-
atividades-meio, serviriam de subsídio ao estabelecimen- des da administração que os gerou, mencionado, preferen-
to de prazos de guarda e destinação para os documentos cialmente, em anos. Excepcionalmente, pode ser expresso
da administração pública federal. A tabela, elaborada com a partir de uma ação concreta que deverá necessariamente
base nas experiências já desenvolvidas pelos dois órgãos, ocorrer em relação a um determinado conjunto documen-
foi encaminhada, em 1994, à Direção Geral do Arquivo Na- tal. Entretanto, deve ser objetivo e direto na definição da
cional para aprovação. ação – exemplos: até aprovação das contas; até homologa-
Com a instalação do Conselho Nacional de Arquivos ção da aposentadoria; e até quitação da dívida. O prazo es-
(Conarq), em novembro de 1994, foi criada, dentre outras, tabelecido para a fase corrente relaciona-se ao período em
a Câmara Técnica de Avaliação de Documentos (Ctad) para que o documento é frequentemente consultado, exigindo
dar suporte às atividades do conselho. Sua primeira tarefa sua permanência junto às unidades organizacionais. A fase
foi analisar e discutir a tabela de temporalidade elabora- intermediária relaciona-se ao período em que o documen-
da pelo grupo de trabalho Arquivo Nacional/SEPLAN, com to ainda é necessário à administração, porém com menor
o objetivo de torná-la aplicável também aos documentos frequência de uso, podendo ser transferido para depósito
produzidos pelos órgãos públicos nas esferas estadual e em outro local, embora à disposição desta.
municipal, servindo como orientação a todos os órgãos A realidade arquivística no Brasil aponta para variadas
participantes do Sistema Nacional de Arquivos (Sinar). formas de concentração dos arquivos, seja ao nível da ad-
O modelo ora apresentado constitui-se em instru- ministração (fases corrente e intermediária), seja no âmbito
mento básico para elaboração de tabelas referentes as
dos arquivos públicos (permanentes ou históricos). Assim,
atividades-meio do serviço público, podendo ser adapta-
a distribuição dos prazos de guarda nas fases corrente e
do de acordo com os conjuntos documentais produzidos e
intermediária foi definida a partir das seguintes variáveis:
recebidos. Vale ressaltar que a aplicação da tabela deverá
I – Órgãos que possuem arquivo central e contam com
estar condicionada à aprovação por instituição arquivística
serviços de arquivamento intermediário:
pública na sua específica esfera de competência.
Para os órgãos federais, estaduais e municipais que se
A tabela de temporalidade deverá contemplar as ativi-
enquadram nesta variável, há necessidade de redistribui-
dades meio e atividades-fim de cada órgão público. Desta
ção dos prazos, considerando-se as características de cada
forma, caberá aos mesmos definir a temporalidade e des-
tinação dos documentos relativos às suas atividades espe- fase, desde que o prazo total de guarda não seja alterado,
cíficas, complementando a tabela básica. Posteriormen- de forma a contemplar os seguintes setores arquivísticos:
te, esta deverá ser encaminhada à instituição arquivística - arquivo setorial (fase corrente, que corresponde ao
pública para aprovação e divulgação, por meio de ato legal arquivo da unidade organizacional);
que lhe confira legitimidade. - arquivo central (fase intermediária I, que corresponde
A tabela de temporalidade é um instrumento arquivís- ao setor de arquivo geral/central da instituição);
tico resultante de avaliação, que tem por objetivos definir - arquivo intermediário (fase intermediária II, que cor-
prazos de guarda e destinação de documentos, com vista responde ao depósito de arquivamento intermediário, ge-
a garantir o acesso à informação a quantos dela necessi- ralmente subordinado à instituição arquivística pública nas
tem. Sua estrutura básica deve necessariamente contem- esferas federal, estadual e municipal).
plar os conjuntos documentais produzidos e recebidos por II – Órgãos que possuem arquivo central e não contam
uma instituição no exercício de suas atividades, os prazos com serviços de arquivamento intermediário: Nos órgãos
de guarda nas fases corrente e intermediária, a destinação situados nesta variável, as unidades organizacionais são
final – eliminação ou guarda permanente –, além de um responsáveis pelo arquivamento corrente e o arquivo cen-
campo para observações necessárias à sua compreensão tral funciona como arquivo intermediário, obedecendo aos
e aplicação. prazos previstos para esta fase e efetuando o recolhimento
Apresentam-se a seguir diretrizes para a correta utiliza- ao arquivo permanente.
ção do instrumento: III – Órgãos que não possuem arquivo central e contam
1. Assunto: Neste campo são apresentados os con- com serviços de arquivamento intermediário: Nesta variá-
juntos documentais produzidos e recebidos, hierarquica- vel, as unidades organizacionais também funcionam como
mente distribuídos de acordo com as funções e atividades arquivo corrente, transferindo os documentos – depois de
desempenhadas pela instituição. Para possibilitar melhor cessado o prazo previsto para esta fase – para o arquivo
identificação do conteúdo da informação, foram emprega- intermediário, que promoverá o recolhimento ao arquivo
das funções, atividades, espécies e tipos documentais, ge- permanente.

30
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Auxiliar administrativo

IV – Órgãos que não possuem arquivo central nem Método numérico simples: Consiste em numerar as
contam com serviços de arquivamento intermediário: pastas em ordem da entrada do correspondente ou as-
Quanto aos órgãos situados nesta variável, as unidades sunto, sem nenhuma consideração à ordem alfabética dos
organizacionais são igualmente responsáveis pelo arquiva- mesmos, dispensando assim qualquer planejamento ante-
mento corrente, ficando a guarda intermediária a cargo das rior do arquivo. Para o bom êxito deste método, devemos
mesmas ou do arquivo público, o qual deverá assumir tais organizar dois índices em fichas; numas fichas serão arqui-
funções. vadas alfabeticamente, para que se saiba que numero rece-
3. Destinação final: Neste campo é registrada a desti- beu o correspondente ou assunto desejado, e no outro são
nação estabelecida que possa ser a eliminação, quando o arquivadas numericamente, de acordo com o numero que
documento não apresenta valor secundário (probatório ou recebeu o cliente ou o assunto, ao entrar para o arquivo.
informativo) ou a guarda permanente, quando as informa- Este último índice pode ser considerado tombo (registro)
ções contidas no documento são consideradas importan- de pastas ocupadas e, graças a ele, sabemos qual é o ul-
tes para fins de prova, informação e pesquisa. timo numero preenchido e assim destinaremos o numero
A guarda permanente será sempre nas instituições ar- seguinte a qualquer novo cliente que seja registrado.
quivísticas públicas (Arquivo Nacional e arquivos públicos
estaduais, do Distrito Federal e municipais), responsáveis Método alfabético numérico: Como se pode deduzir
pela preservação dos documentos e pelo acesso às infor- pelo seu nome, é um método que procurou reunir as vanta-
mações neles contidas. Outras instituições poderão manter gens dos métodos alfabéticos simples e numérico simples,
seus arquivos permanentes, seguindo orientação técnica tendo alcançado seu objetivo, pois desta combinação re-
dos arquivos públicos, garantindo o intercâmbio de infor- sultou um método que apresenta ao mesmo tempo a sim-
mações sobre os respectivos acervos. plicidade de um e a exatidão e rapidez, no arquivamento,
4. Observações: Neste campo são registradas informa- do outro. É conhecido também pelo nome de numeralfa e
ções complementares e justificativas, necessárias à correta alfanumérico.
aplicação da tabela. Incluem-se, ainda, orientações quanto
à alteração do suporte da informação e aspectos elucidati- Método geográfico: Este método é muito aconselhá-
vos quanto à destinação dos documentos, segundo a par- vel quando desejamos ordenar a documentação de acordo
ticularidade dos conjuntos documentais avaliados. com a divisão geográfica, isto é, de acordo com os países,
A necessidade de comunicação é tão antiga como a estados, cidades, municípios etc. Nos departamentos de
formação da sociedade humana, o homem, talvez na ânsia vendas, por exemplo, é de especial utilidade para agrupar
de se perpetuar, teve sempre a preocupação de registrar os correspondentes de acordo com as praças onde operam
suas observações, seu pensamento, para legá-los às gera- ou residem.
ções futuras.
Assim começou a escrita. Na sua essência. Isto nada Método específico ou por assunto: Indiscutivelmente o
mais é do que registrar e guardar. Por sua vez, no seu senti- método especifico, representado por palavras dispostas al-
do mais simples, guardar é arquivar. fabeticamente, é um dos mais difíceis processos de arquiva-
Por muito tempo reinou uma completa confusão sobre mento, pois, consistindo em agrupar as pastas por assunto,
o verdadeiro sentido da biblioteca, museu e arquivo. Indis- apresenta a dificuldade de se escolher o melhor termo ou
cutivelmente, por anos e anos, estas instituições tiveram expressão que defina o assunto. Temos o vocabulário todo
mais ou menos o mesmo objetivo. Eram elas depósitos de da língua à nossa disposição e justamente o fato de ser tão
tudo o que se produzira a mente humana, isto é, do resulta- amplo o campo da escolha nos dificulta a seleção acertada,
do do trabalho intelectual e espiritual do homem. além do que entra muito o ponto de vista pessoal do arqui-
O arquivo, quando bem organizado, transmite ordens, vista, nesta seleção.
evita repetição desnecessárias de experiências, diminui a Método decimal: Este método foi inspirado no Siste-
duplicidade de documentos, revela o que está por ser feito, ma Decimal de Melvil Dewey. Dewey organizou um sistema
o que já foi feito e os resultados obtidos. Constitui fonte de de classificação para bibliotecas, muito interessante, o qual
pesquisa para todos os ramos administrativos e auxilia o conseguiu um grande sucesso; fora publicado em 1876.
administrador a tomada de decisões. Dividiu ele os conhecimentos humanos em dez classes,
as quais, por sua vez, se subdividiram em outras dez, e assim
Os principais Sistemas ou Tipos de classificação utiliza- por diante, sendo infinita essa possibilidade de subdivisão,
dos em arquivos são: graças à sua base decimal.

Método alfabético: É o sistema mais simples, fácil, lógi- Método simplificado: Este a rigor não deveria ser consi-
co e prático, porque obedecendo à ordem alfabética pode- derado propriamente um método, pois, na realidade, nada
-se logo imaginar que não apresentará grandes dificulda- mais é do que a utilização de vários métodos ao mesmo tem-
des nem para a execução do trabalho de arquivamento, po, com a finalidade de reunir num só móvel as vantagens
nem para a procura do documento desejado, pois a con- de todos eles.
sulta é direta.

31
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Auxiliar administrativo

Tipologia Com o término desses trabalhos, foi publicado o ma-


Tipologia documental é a denominação que se dá quan- nual de procedimentos para a identificação de documen-
do reunimos determinada espécie à função ou atividade que tos em arquivos públicos e o manual de levantamento da
o documento irá exercer. Ex.: Declaração de Imposto de Ren- produção documental em 1985 e 1986, respectivamente.
da, Certidão de nascimento. Naquele momento, a metodologia da identificação
apresentava um enfoque para o tratamento de massas
Exemplo: Espécie e Tipologia documental documentais acumuladas nos arquivos, e a discussão pro-
posta pelo Arquivo Nacional não chegou ao nível da iden-
tificação da tipologia documental, ou seja, passou longe
Espécie Tipologia da discussão sobre as características do documento, fo-
Contrato Contrato de locação cando apenas o nível do fundo.
Alvará Alvará de funcionamento Atualmente, a metodologia de identificação tipológi-
ca é realizada no tratamento documental, porém, é par-
Certidão Certidão de nascimento
cialmente reconhecida na área. Mesmo estando presente
na literatura, há uma variação na designação do termo,
A fase de identificação pressupõe o reconhecimento de
este é encontrado como: tarefa, levantamento de dados,
elementos que caracterizam os documentos, seja em fase de
diagnóstico de problemas documentais, análise de pro-
produção ou de acumulação nos arquivos, em instrumentos dução, análise dos documentos, análise do fluxo docu-
de coleta de dados. É uma fase que busca o conhecimento mental; do órgão produtor ou da instituição produtora;
dos procedimentos e rotinas de produção de documentos estudo da estrutura organizacional, entre outros.
no órgão, cujo resultado final é a definição das séries docu- A “fase do tratamento arquivístico consiste na investi-
mentais. gação e sistematização das categorias administrativas em
O estudo do contexto de produção das tipologias identi- que se sustenta à estrutura de um fundo”. É considerada
ficadas pressupõe o levantamento de elementos, que versem a primeira fase da metodologia arquivística, por apresen-
a sua criação, estrutura e desenvolvimento do órgão, sendo tar um caráter intelectual e investigativo, o qual visa o
esta a primeira tarefa da identificação. A segunda é a iden- reconhecimento do órgão produtor e das tipologias do-
tificação do tipo documental, a qual está baseada no mé- cumentais existentes, cujo objetivo final é a definição das
todo diplomático, que é utilizado para extrair e registrar os séries que se configuram como conjuntos de tipos do-
elementos constitutivos do documento, visando entender e cumentais que tem produção seriada. São nas séries que
conhecer o seu processo de criação. O registro desses ele- encontramos a identidade do órgão produtor, as funções,
mentos nessa fase é imprescindível para a análise realizada as competências e a definição do tipo documental.
na fase da avaliação, função arquivística, que tem por finali- Diante da escassa literatura e da ausência de estudos
dade atribuir valores para os documentos, definindo prazos sobre essa fase metodológica no campo da arquivística,
para sua guarda, objetivando e racionalização dos arquivos os dicionários publicados no país refletem tal problema.
como meio de proporcionar a eficiência administrativa. Vale ressaltar que o Dicionário de Terminologia Ar-
Neste sentido, a fase de identificação assume um papel quivística publicado pela Associação de Arquivistas Brasi-
relevante no processo de continuidade do fazer arquivísticos, leiros em 1996, não apresenta o termo. Entretanto, o Di-
fornecendo dados, que serão utilizados no processo da ava- cionário Brasileiro de Terminologia Arquivística publicado
liação. pelo Arquivo Nacional, em 2005, faz referência e define
O histórico da identificação inicia-se nas primeiras Jorna- a identificação como um “processo de reconhecimento,
das de Identificação e Avaliação de Fundos Documentais das sistematização e registro de informações sobre arquivos,
com vistas ao seu controle físico e/ou intelectual”.
Administrações Públicas, realizadas em 1991, em Madrid na
Definição esta voltada para os arquivos enquanto
Espanha, na qual a identificação foi reconhecida como uma
fundos, mas que pelo menos registra o conceito, sendo
fase da metodologia arquivística.
uma abertura para o conhecimento da identificação como
Este reconhecimento definiu qual é o momento arquivís-
parte da metodologia, primeira referência à história do
tico para o desenvolvimento desta fase e como aplicar esta conceito da identificação no Brasil.
metodologia. A identificação passa a ser considerada como Com base na proposta metodológica da fase de iden-
a primeira fase do trabalho arquivístico, e o seu corpo meto- tificação de Martín-Palomino Benito e Torre Merino, que
dológico se divide em três etapas: “identificação do órgão contemplam a identificação do órgão produtor, enquanto
produtor, identificação do elemento funcional e a identifi- fundo e o tipo documental em seu menor nível, são de-
cação do tipo documental”. finidos três momentos para a realização deste procedi-
No Brasil, o Arquivo Nacional a partir de 1981, implan- mento metodológico:
tou o Programa de Modernização Institucional-Administra- 1) Identificação do órgão produtor;
tiva, o qual era constituído de vários projetos, sendo que 2) Identificação do elemento funcional e
um deles previa a identificação e controle dos conjuntos 3) Identificação do tipo documental
documentais recolhidos. A atividade da identificação ad- Para os autores a fase de identificação, deve se ini-
quiriu uma importância maior e foi definida como uma das ciar pela identificação do órgão produtor, sendo seguida
metas no tratamento dos conjuntos pela identificação do elemento funcional. Entretanto, se-

32
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Auxiliar administrativo

rão associadas em uma mesma etapa e/ou procedimento, MICROFILMAGEM: é um processo realizado mediante
pois são tarefas afins, as quais se complementam em um captação da imagem por meio fotográfico ou eletrônico,
mesmo estudo, e são realizadas a partir de entrevistas e/ou tendo como objetivos principais reduzir o tamanho do
aplicação de questionário, pelo estudo da legislação, com acervo e preservar os documentos originais (estima-se que
especial atenção aos itens que tratam das funções e com- um microfilme preservado em condições ambientais ade-
petências, razão pela qual não há necessidade de separá- quadas tenha a durabilidade média de 500 anos).
-las neste estudo. Nesta perspectiva, podemos afirmar que A partir da microfilmagem – salvo raras exceções – o
a fase da identificação se constitui de dois momentos, e documento estará disponível para consulta apenas atra-
não três: a identificação do órgão produtor, considerando vés do rolo de microfilme, preservando-se, dessa forma, o
os elementos funcionais que o caracterizam internamente, original. Para que possua valor legal, a microfilmagem só
e a identificação do tipo documental. pode ser realizada por cartórios ou empresas devidamente
Na fase de identificação, a primeira etapa será o le- registradas e autorizadas pelo Ministério da Justiça.
vantamento do contexto de produção, que versa sobre o Devido ao valor legal do microfilme, existe uma legis-
elemento orgânico e o órgão produtor da documentação lação específica que deve ser seguida pelas instituições en-
gerada como consequência do exercício de suas funções. volvidas em sua produção. Nesse sentido, a Lei nº 5.433/68,
Dessa forma, compreende-se como órgão produtor toda regulamentada pelo Decreto nº 1799/66, que disciplina
instituição, empresa e/ou organização de pequeno, médio toda produção de microfilme, estabelece que:
ou grande porte que exerce atividades e tem como reflexo § 1º Os microfilmes de que trata esta Lei, assim como
dessas, a produção de documentos, com o fim de atingir as certidões, os traslados e as cópias fotográficas obtidas
seus objetivos sociais, comerciais e/ou governamentais. diretamente dos filmes produzirão os mesmos efeitos
Portanto, é quem cria o conjunto documental. Então, como legais dos documentos originais em juízo ou fora dele.
fazer essa identificação e quais os procedimentos que de- É importante destacar que não são todos os
vem ser realizados? documentos de um arquivo que devem ser microfilmados.
Identificar o contexto de produção é conhecer toda
vida do órgão, significa investigar a história administrativa, AUTOMAÇÃO (Digitalização): Quando falamos em au-
sua origem, seu funcionamento, a hierarquia de competên- tomação de documentos estamos basicamente fazendo
cias e funções desempenhadas. Isso possibilita encontrar referência à transposição do suporte inicial do documen-
as falhas do órgão, que serão analisadas para se chegar a to (papel, fita magnética etc.) para um suporte digital (CD,
possíveis soluções e para gerar eficiência no desenvolvi- DVD etc.) por meio de computadores. As duas formas mais
mento das metodologias arquivísticas a serem aplicadas. comuns de automatizar (digitalizar) um documento são:
Martín-Palomino Benito e Torre Merino demonstram 1. Através da transferência da informação para um CD
um estudo sistematizado, que versa sobre: órgão produtor, ou mesmo para o meio virtual (ex: disco virtual) realizado
organogramas e legislação. Neste estudo os autores apre- pelo processo de “scanneamento” de um documento em
sentam vários elementos, para a elaboração do índice do papel;
órgão produtor. Conforme os autores, se deve diagnosticar 2. Gravando as informações de uma fita magnética,
o nome, a origem, as datas e textos normativos que indi- disco de vinil etc. para um CD ou DVD, por exemplo.
quem mudanças na estrutura do órgão, as subordinações a A digitalização de documentos é uma política de arqui-
outros órgãos e os documentos mais produzidos. vo baseada em quatro fundamentos principais:
No repertório de organograma, o arquivista deverá 1. Diminuição do tamanho do acervo;
partir dos dados coletados, que propiciem análises, prin- 2. Preservação dos documentos;
cipalmente, das diversas estruturas que o órgão apresenta. 3. Possibilidade de acesso ao mesmo documento por
Já no índice legislativo serão produzidas fichas, com infor- várias pessoas ao mesmo tempo;
mações sobre a legislação que afeta o órgão, definindo sua 4. Maior agilidade (ao menos em tese) na busca e recu-
data de aprovação e publicação resumo da norma. peração da informação.
Nota-se que os procedimentos adotados para esta
identificação estarão baseados em coletas de dados. Su- Principais diferenças entre os documentos microfilma-
bentende-se por coleta de dados e informações “o regis- dos e os digitalizados:
tro sistemático do conjunto de elementos que se associa 1. O microfilme possui valor legal. O documento digital
ao comportamento de um fenômeno, de um sistema ou não possui valor legal. Assim, caso o documento tenha va-
de um conjunto desses dois” e para diagnosticar tais con- lor jurídico, ele poderá ser eliminado se houver sido micro-
juntos, existem três técnicas: a entrevista, o questionário e filmado, mas o mesmo não poderá ser feito caso ele tenha
a observação pessoal ou direta, que se elaboradas e apli- sido scanneado.
cadas de forma imperfeita comprometerá o planejamento 2. Alguns estudos demonstram que o tempo de vida
final. útil (considera-se a integridade da informação) de um CD,
A Tipologia também cuida da reunião de documen- em condições de armazenamento e ambiente adequados,
tos de forma automatizada. Também cabe ao seu âmbito gira em torno de 200 anos. O microfilme tem um prazo
a preservação, conservação e restauração de documentos. estipulado em 500 anos.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Auxiliar administrativo

3. O CD pode ser guardado em condições ambientais Sobre todo legado histórico que se traduza como bem
“mais flexíveis”, enquanto que o microfilme, devido à com- cultural, na medida em que representa material de valor
posição química da fotografia, precisa de cuidados muito presente e futuro para a humanidade, a inexorável possi-
mais especiais. bilidade de degradação atinge proporções de extrema res-
ponsabilidade.
O propósito do acondicionamento é o de guardar, pro- É cientificamente provado que o papel degrada-se
teger e facilitar o manuseio do material que compõe um rapidamente se fabricado e, ou acondicionado sob critérios
acervo ou uma reserva técnica. Pelo fato de cada instituição indevidos. Por mais de um século tem-se fabricado papel
possuir uma política financeira, uma proposta de tratamen- destinado à impressão de livro com alto teor de acidez.
to, além de objetos de materiais, tamanhos e dimensões Sabemos perfeitamente que a acidez é uma das maiores
díspares que devem ser preservados, não há uma receita causas da degradação dos papéis. Na mesma medida, o
pronta para o acondicionamento perfeito, cada caso deve acondicionamento de obras em ambientes quente e úmido
ser analisado isoladamente, para se alcançar o objetivo de gera efeitos danosos, tais como: reações que se processam
proteger o material. a nível químico e que geralmente enfraquecem as cadeias
É necessário, então, conhecer profundamente o acervo: moleculares de celulose, fragilizando o papel. Esse fato
• a localização do prédio; concorre para que todos os acervos bibliográficos estabe-
• o espaço que abriga a reserva técnica; leçam controles ambientais próprios dentro de parâmetros
• o objeto a ser preservado. precisos.
A verificação antecipada de todos os pontos, acima re- Há um consenso entre os conservadores, no sentido de
lacionados, é de suma importância para a escolha apropria- que tanto a permanência referente à estabilidade química,
da para a resolução do trabalho a ser realizado, bem como ao grau de resistência de um material à deterioração todo o
avaliar cuidadosamente cada objeto da reserva técnica ou tempo, mesmo quando não está em uso quanto à durabili-
do acervo é primordial para a elaboração de uma emba- dade referente à resistência física, ou seja, à capacidade de
lagem, uma vez que cada um desses objetos possui um resistir à ação mecânica sobre livros e documentos, estão
comportamento específico diante de mudanças de tempe- diretamente relacionados com as condições ambientais em
ratura e de umidade, apresentando, portanto, um estado que esses materiais são acondicionados. Esses dois fatores
de conservação diferente. Dessa forma, pensar, antecipada- estão de tal forma interligados que materiais de origem
mente, em acondicionamento é ser um profissional preca- orgânica quando se deterioram quimicamente perdem
vido em relação a possíveis fatores que possam acelerar o também sua resistência física. Em outras palavras, há uma
processo de degradação dos documentos, objetos ou das estreita relação entre a longevidade dos suportes da escri-
obras que devem ser preservados. ta, quer sejam em papel, pergaminho ou outros materiais,
e as condições climáticas do ambiente onde se encontram.
CONSERVAÇÃO: É um conceito amplo e pode ser pen- O controle racional e sistemático de condições am-
sado como termo que abrange pelo menos três (3) ideias: bientais não reduz apenas os problemas de degradação,
preservação, proteção e manutenção. mas também e principalmente evita seu agravamento.
Conservar bens culturais (livros, documentos, objetos A política moderna de conservação a longo prazo
de arte, etc.) é defendê-lo da ação dos agentes físicos, quí- orienta-se pela luta contra as causas de deterioração, na
micos e biológicos que os atacam. busca do maior prolongamento possível da vida útil de li-
O principal objetivo portanto da conservação é o de vros e documentos. Dentro desta perspectiva, padrões de
estender a vida útil dos materiais, dando aos mesmos o conduta devem ser adotados, tais como:
tratamento correto. Para isso é necessário permanente fis- • Formular um diagnóstico do estado geral de con-
calização das condições ambientais, manuseio e armaze- servação da obra e uma proposta quanto aos métodos e
namento. materiais que poderão ser utilizados durante o tratamento;
A preservação ocupa-se diretamente com o patrimô- • Documentar todos os registros históricos porventura
nio cultural consistindo na conservação desses patrimô- encontrados, sem destruí-los, falsificá-los ou removê-los.
nios em seus estados atuais. Por isso, devem ser impedidos • Aplicar um tratamento de conservação dentro do li-
quaisquer danos e destruição causadas pela umidade, por mite do necessário e orientar-se pelo absoluto respeito à
agentes químicos e por todos os tipos de pragas e de mi- integridade estética, histórica e material de uma obra;
crorganismo. A manutenção, a limpeza periódica é a base • Adotar a princípio de reversibilidade, que é o leitmo-
da prevenção. tiv atual do desenvolvimento e aplicação do método de
Os acervos das bibliotecas são basicamente constituí- conservação em livros e documentos, pois é importante
dos por materiais orgânicos e, como tal, estão sujeitos a um ter sempre em mente que um procedimento técnico, assim
contínuo processo de deterioração. como determinados materiais, são sempre alvo de cons-
A conservação, enquanto matéria interdisciplinar, não tantes pesquisas e que isto propicia um futuro técnico-
pode simplesmente suspender um processo de degrada- -científico mais promissor à segurança de uma obra.
ção, já instalado. Fumigação é um tipo de controle de pragas através do
Pode, sim, utilizar-se de métodos técnico-científicos, tratamento químico realizado com compostos químicos ou
numa perspectiva interdisciplinar, que reduzam o ritmo formulações pesticidas (os chamados fumigantes) voláteis
tanto quanto possível deste processo. (no estado de vapor ou gás) em um sistema hermético, vi-

34
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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sando a desinfestação de materiais, objetos e instalações 4. ambientais:


que não possam ser submetidas à outras formas de trata- Ventilação - é um outro fator a considerar como ele-
mento. Essa técnica causa dano ao documento, não deven- mento que favorece o desenvolvimento dos agentes bioló-
do ser utilizada. gicos, quando há pouca aeração.
Poeira - um outro fator que pode favorecer o desen-
RESTAURAÇÃO: A restauração preventiva tem por ob- volvimento dos agentes biológicos sobre os materiais grá-
jetivo revitalizar a concepção original, ou seja, a legibilida- ficos, é a presença de pó.
de do objeto. Em uma restauração nenhum fator pode ser
negligenciado, é preciso levantar a história, revelar a tecno- 5. humanos: O Homem, ao lado dos insetos e micror-
logia empregada na fabricação ou a técnica de impressão ganismos é um outro inimigo dos livros e documentos,
utilizada e traçar um plano de acondicionamento do objeto embora devêssemos imaginar que ele seria ser o mais cui-
restaurado de modo que não volte a sofrer efeitos de dete- dadoso guardião dos mesmos.
rioração do futuro. Podemos dizer que é melhor: Conservar
e preservar para não restaurar. PRESERVAÇÃO: É uma política adotada nas empresas
para a conservação dos documentos. Essa técnica é pro-
Agentes exteriores que danificam os documentos:
veniente das áreas de Arquivologia, da biblioteconomia e
museologia preocupado com a manutenção ou a restaura-
1. físicos
ção do acesso a artefatos, documentos e registros através
Luminosidade - a luz é um dos fatores mais agravantes
no processo de degradação dos materiais bibliográficos. do estudo, diagnóstico, tratamento e prevenção de danos
Temperatura - o papel se deteriora com o tempo mes- e da deterioração. Deve ser distinguida da conservação,
mo que as condições de conservação sejam boas. O papel que se refere ao tratamento e reparo de itens individuais
fica com sua cor original alterada e se torna frágil e isto se sob a ação de degradação lenta ou à restauração de sua
chama envelhecimento natural. usabilidade.
Umidade - o excesso de umidade estraga muito mais o
papel que a deficiência de água. FATORES DE DETERIORAÇÃO EM ACERVOS DE AR-
QUIVOS
2. químicos Conhecendo-se a natureza dos materiais componen-
Acidez do Papel - Os papéis brasileiros apresentam tes dos acervos e seu comportamento diante dos fatores
um índice de acidez elevado (pH 5 em média) e portanto aos quais estão expostos, torna-se bastante fácil detectar
uma permanência duvidosa. Somemos ao elevado índice elementos nocivos e traçar políticas de conservação para
de acidez, o efeito das altas temperaturas predominante minimizá-los.
nos países tropicais e subtropicais e uma variação da umi- Os acervos de bibliotecas e arquivos são em geral
dade relativa, teremos um quadro bastante desfavorável na constituídos de livros, mapas, fotografias, obras de arte,
conservação de documentos em papel. Dentre as causas de revistas, manuscritos etc., que utilizam, em grande parte,
degradação do papel, podemos citar as de origem intrínse- o papel como suporte da informação, além de tintas das
ca e as de origem extrínsecas. mais diversas composições.
Poluição Atmosférica - A celulose é atacada pelos áci- O papel, por mais variada que possa ser sua com posi-
dos, ainda que nas condições de conservação mais favorá- ção, é formado basicamente por fibras de celulose prove-
veis. A poluição atmosférica é uma das principais causas da nientes de diferentes origens.
degradação química. Cabe-nos, portanto, encontrar soluções que permi-
Tintas - a tinta é um dos compostos mais importantes tam oferecer o melhor conforto e estabilidade ao suporte
na documentação. Foi e é usada para escrever em papéis, da maioria dos documentos, que é o papel.
pergaminhos e materiais similares, desde que o homem
A degradação da celulose ocorre quando agentes
sentiu necessidade de registrar seu avanço técnico e cul-
nocivos atacam as ligações celulósicas, rompendo-as ou
tural, e é ainda indispensável para a criação de registros e
fazendo com que se agreguem a elas novos componen-
para atividades relacionadas aos interesses de vida diária.
tes que, uma vez instalados na molécula, desencadeiam
3. biológicos reações químicas que levam ao rompimento das cadeias
Insetos - o ataque de insetos tem provocado graves celulósicas.
danos a arquivos e bibliotecas, destruindo coleções e do- A acidez e a oxidação são os maiores processos de
cumentos preciosos. Os principais insetos são: deterioração química da celulose. Também há os agentes
Anobiídeos (brocas ou carunchos) físicos de deterioração, responsáveis pelos danos mecâni-
Thysanura (traça) cos dos documentos. Os mais frequentes são os insetos,
Blatta orientalis (barata) os roedores e o próprio homem.
Fungos - atuam decompondo a celulose, grande parte Por isso, considera-se agentes de deterioração dos
deles produzem pigmentos que mancham o papel. acervos de bibliotecas e arquivos aqueles que levam os
Roedores - A luta contra ratos é mais difícil que a pre- documentos a um estado de instabilidade física ou quí-
venção contra os insetos. Eles podem provocar desgastes mica, com comprometimento de sua integridade e exis-
de até 20% do total do documento. tência.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Auxiliar administrativo

Embora, com muita frequência, não possamos elimi- O monitoramento, que nos dá as diretrizes para qual-
nar totalmente as causas do processo de deterioração dos quer projeto de mudança, é feito através do termo higrô-
documentos, com certeza podemos diminuir considera- metro (aparelho medidor da umidade e temperatura simul-
velmente seu ritmo, através de cuidados com o ambiente, taneamente).
o manuseio, as intervenções e a higiene, entre outros. A circulação do ar ambiente representa um fator bas-
Antes de citar os principais fatores de degradação, tante importante para amenizar os efeitos da temperatura e
torna-se indispensável dizer que existe estreita ligação umidade relativa elevada.
entre eles, o que faz com que o processo de deterioração
tome proporções devastadoras. 1.2 Radiação da luz
Para facilitar a compreensão dos efeitos nocivos nos Toda fonte de luz, seja ela natural ou artificial, emite ra-
acervos podemos classificar os agentes de deterioração diação nociva aos materiais de acervos, provocando consi-
em Fatores Ambientais, Fatores Biológicos, Intervenções deráveis danos através da oxidação.
Impróprias, Agentes Biológicos, Furtos e Vandalismo. O papel se torna frágil, quebradiço, amarelecido, escu-
recido. As tintas desbotam ou mudam de cor, alterando a
1. Fatores ambientais legibilidade dos documentos textuais, dos iconográficos e
Os agentes ambientais são exatamente aqueles que das encadernações.
existem no ambiente físico do acervo: Temperatura, Umi- O componente da luz que mais merece atenção é a ra-
dade Relativa do Ar, Radiação da Luz, Qualidade do Ar. diação ultravioleta (UV). Qualquer exposição à luz, mesmo
Num levantamento cuidadoso das condições de con- que por pouco tempo, é nociva e o dano é cumulativo e
servação dos documentos de um acervo, é possível iden- irreversível. A luz pode ser de origem natural (sol) e artifi-
tificar facilmente as consequências desses fatores, quando cial, proveniente de lâmpadas incandescentes (tungstênio) e
não controlados dentro de uma margem de valores acei- fluorescentes (vapor de mercúrio). Deve-se evitar a luz natu-
tável. ral e as lâmpadas fluorescentes, que são fontes geradoras de
Todos fazem parte do ambiente e atuam em conjunto. UV. A intensidade da luz é medida através de um aparelho
Sem a pretensão de aprofundar as explicações cientí- denominado luxímetro ou fotômetro.
ficas de tais fatores, podemos resumir suas ações da se- Algumas medidas podem ser tomadas para proteção
guinte forma: dos acervos:
- As janelas devem ser protegidas por cortinas ou per-
1.1 Temperatura e umidade relativa: O calor e a umi- sianas que bloqueiem totalmente o sol; essa medida tam-
dade contribuem significativamente para a destruição dos bém ajuda no controle de temperatura, minimizando a ge-
documentos, principalmente quando em suporte papel. O ração de calor durante o dia.
desequilíbrio de um interfere no equilíbrio do outro. O ca- - Filtros feitos de filmes especiais também ajudam no
lor acelera a deterioração. A velocidade de muitas reações controle da radiação UV, tanto nos vidros de janelas quanto
químicas, inclusive as de deterioração, é dobrada a cada em lâmpadas fluorescentes (esses filmes têm prazo de vida
aumento de 10°C. A umidade relativa alta proporciona as limitado).
condições necessárias para desencadear intensas reações - Cuidados especiais devem ser considerados em expo-
químicas nos materiais. Evidências de temperatura e umida- sições de curto, médio e longo tempo:
de relativa alta são detectadas com a presença de colônias - não expor um objeto valioso por muito tempo;
de fungos nos documentos, sejam estes em papel, couro, - manter o nível de luz o mais baixo possível;
tecido ou outros materiais. - não colocar lâmpadas dentro de vitrines;
Umidade relativa do ar e temperatura muito baixa trans- - proteger objetos com filtros especiais;
parece em documentos distorcidos e ressecados. - certificar-se de que as vitrines sejam feitas de mate-
As flutuações de temperatura e umidade relativa do ar riais que não danifiquem os documentos.
são muito mais nocivas do que os índices superiores aos
considerados ideais, desde que estáveis e constantes. To- 1.3 Qualidades do ar
dos os materiais encontrados nos acervos são higroscópi- O controle da qualidade do ar é essencial num progra-
cos, isto é, absorvem e liberam umidade muito facilmente e, ma de conservação de acervos. Os poluentes contribuem
portanto, se expandem e se contraem com as variações de pesadamente para a deterioração de materiais de bibliote-
temperatura e umidade relativa do ar. cas e arquivos.
Essas variações dimensionais aceleram o processo de Há dois tipos de poluentes – os gases e as partículas
deterioração e provocam danos visíveis aos documentos, sólidas – que podem ter duas origens: os que vêm do am-
ocasionando o craquelamento de tintas, ondulações nos biente externo e os gerados no próprio ambiente.
papéis e nos materiais de revestimento de livros, danos nas Os poluentes externos são principalmente o dióxido de
emulsões de fotos etc.. enxofre (SO2), óxidos de nitrogênio (NO e NO2) e o Ozô-
O mais recomendado é manter a temperatura o mais nio (O3). São gases que provocam reações químicas, com
próximo possível de 20°C e a umidade relativa de 45% a formação de ácidos que causam danos sérios e irreversí-
50%, evitando-se de todas as formas as oscilações de 3°C de veis aos materiais. O papel fica quebradiço e descolorido; o
temperatura e 10% de umidade relativa. couro perde a pele e deteriora.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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As partículas sólidas, além de carregarem gases po- - estabelecer política de controle ambiental, principalmen-
luentes, agem como abrasivos e desfiguram os documen- te temperatura, umidade relativa e ar circulante, mantendo os
tos. índices o mais próximo possível do ideal e evitando oscilações
Agentes poluentes podem ter origem no próprio am- acentuadas;
biente do acervo, como no caso de aplicação de vernizes, - praticar a higienização tanto do local quanto dos docu-
madeiras, adesivos, tintas etc., que podem liberar gases mentos, com metodologia e técnicas adequadas;
prejudiciais à conservação de todos os materiais. - instruir o usuário e os funcionários com relação ao ma-
nuseio dos documentos e regras de higiene do local;
2. Agentes biológicos - manter vigilância constante dos documentos contra aci-
Os agentes biológicos de deterioração de acervos são, dentes com água, secando-os imediatamente caso ocorram.
entre outros, os insetos (baratas, brocas, cupins), os roedo- Observações importantes:
res e os fungos, cuja presença depende quase que exclu- - O uso de fungicidas não é recomendado; os danos cau-
sivamente das condições ambientais reinantes nas depen- sados superam em muito a eficiência dos produtos sobre os
dências onde se encontram os documentos. documentos.
Para que atuem sobre os documentos e proliferem, ne- - Caso se detecte situação de infestação, chamar profissio-
cessitam de conforto ambiental e alimentação. O confor- nais especializados em conservação de acervos.
to ambiental para praticamente todos os seres vivos está - Não limpar o ambiente com água, pois esta, ao secar,
basicamente na temperatura e umidade relativa elevadas, eleva a umidade relativa do ar, favorecendo a proliferação de
pouca circulação de ar, falta de higiene etc. colônias de fungos.
- Na higienização do ambiente, é recomendado o uso de
2.1 Fungos aspirador.
Os fungos representam um grupo grande de organis- Alguns conselhos para limpeza de material com fungos:
mos. São conhecidos mais de 100.000 tipos que atuam em - Usar proteção pessoal: luvas de látex, máscaras, aven-
diferentes ambientes, atacando diversos substratos. No tais, toucas e óculos de proteção (nos casos de sensibilidade
caso dos acervos de bibliotecas e arquivos, são mais co- alérgica).
- Luvas, toucas e máscaras devem ser descartáveis.
muns aqueles que vivem dos nutrientes encontrados nos
documentos.
2.2 Roedores
Os fungos são organismos que se reproduzem através
A presença de roedores em recintos de bibliotecas e ar-
de esporos e de forma muito intensa e rápida dentro de
quivos ocorre pelos mesmos motivos citados acima. Tentar
determinadas condições. Como qualquer outro ser vivo,
obstruir as possíveis entradas para os ambientes dos acervos
necessitam de alimento e umidade para sobreviver e pro-
é um começo. As iscas são válidas, mas para que surtam efeito
liferar. O alimento provém dos papéis, amidos (colas), cou-
devem ser definidas por especialistas em zoonose. O produto
ros, pigmentos, tecidos etc. A umidade é fator indispensá-
deve ser eficiente, desde que não provoque a morte dos roe-
vel para o metabolismo dos nutrientes e para sua prolife- dores no recinto. A profilaxia se nos faz mesmos moldes cita-
ração. Essa umidade é encontrada na atmosfera local, nos dos acima: temperatura e umidade relativa controladas, além
materiais atacados e na própria colônia de fungos. Além da de higiene periódica.
umidade e nutrientes, outras condições contribuem para
o crescimento das colônias: temperatura elevada, falta de 2.3 Ataques de insetos
circulação de ar e falta de higiene. Baratas – Esses insetos atacam tanto papel quanto reves-
Os fungos, além de atacarem o substrato, fragilizando timentos. A variedade também é grande. O ataque tem ca-
o suporte, causam manchas de coloração diversas e intensas racterísticas bem próprias, revelando-se principalmente por
de difícil remoção. A proliferação se dá através dos esporos perdas de superfície e manchas de excrementos. As baratas
que, em circunstâncias propícias, se reproduzem de forma se reproduzem no próprio local e se tornam infestação muito
abundante e rápida. rapidamente, caso não sejam combatidas. São atraídas pelos
Se as condições, entretanto, forem adversas, esses esporos mesmos fatores já mencionados: temperatura e umidade
se tornam “dormentes”. A dormência ocorre quando as condi- elevadas, resíduos de alimentos, falta de higiene no am-
ções ambientais se tornam desfavoráveis, como, por exemplo, biente e no acervo.
a umidade relativa do ar com índices baixos. Existem iscas para combater as baratas, mas, uma vez
Quando dormentes, os esporos ficam inativos e, portanto, instalada a infestação, devemos buscar a orientação de
não se reproduzem nem atacam os documentos. Esse estado, profissionais.
porém, é reversível; se as condições forem ideais, os esporos Brocas (Anobídios) – São insetos que causam danos
revivem e voltam a crescer e agir, mesmo que tenham sido imensos em acervos, principalmente em livros.
submetidos a congelamento ou secagem. A sua presença se dá principalmente por falta de pro-
Os esporos ativos ou dormentes estão presentes em to- grama de higienização das coleções e do ambiente e ocor-
dos os lugares, em todas as salas, em cada peça do acervo e re muitas vezes por contato com material contaminado,
em todas as pessoas, mas não é tão difícil controlá-los. cujo ingresso no acervo não foi objeto de controle. Exigem
As medidas a serem adotadas para manter os acervos sob vigilância constante, devido ao tipo de ataque que exer-
controle de infestação de fungos são: cem. Os sintomas desse ataque são claros e inconfundíveis.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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Para combatê-lo se torna necessário conhecer sua natureza Podem estar a muitos metros de distância, inclusive na
e comportamento. As brocas têm um ciclo de vida em qua- base de árvores ou outros prédios.
tro fases: ovos – larva – pupa – adulta. Com muita frequência, quando os cupins atacam o acer-
A fase de ataque ao acervo é a de larva. Esse inseto se vo, já estão instalados em todo o prédio. Da mesma forma
reproduz por acasalamento, que ocorre no próprio acervo. que os outros agentes citados anteriormente, os cupins se
Uma vez instalado, ataca não só o papel e seus derivados, instalam em ambientes com índices de temperatura e umida-
como também a madeira do mobiliário, portas, pisos e to- de relativa elevados, ausência de boa circulação de ar, falta de
dos os materiais à base de celulose. higienização e pouco manuseio dos documentos.
O ataque causa perda de suporte. A larva digere os No caso de ataque de cupim, não há como solucionar o
materiais para chegar à fase adulta. Na fase adulta, acasala problema sozinho. O ideal é buscar auxílio com um profis-
e põe ovos. Os ovos eclodem e o ciclo se repete. sional especializado na área de conservação de acervos para
As brocas precisam encontrar condições especiais que, cuidar dos documentos atacados e outro profissional capaci-
como todos os outros agentes biológicos, são temperatu- tado para cuidar do extermínio dos cupins que estão na parte
ra e umidade relativa elevadas, falta de ar circulante e falta física do prédio. O tratamento recomendado para o extermí-
nio dos cupins ou para prevenção contra novos ataques é fei-
de higienização periódica no local e no acervo.
to mediante barreiras químicas adequadamente projetadas.
A característica do ataque é o pó que se encontra na
estante em contato com o documento.
3. Intervenções inadequadas nos acervos
Este pó contém saliva, excrementos, ovos e resíduos
Chamamos de intervenções inadequadas todos os pro-
de cola, papel etc. Em geral as brocas vão em busca do cedimentos de conservação que realizamos em um conjunto
adesivo de amido, instalando-se nos papelões das capas, de documentos com o objetivo de interromper ou melhorar
no miolo e no suporte do miolo dos livros. As perdas são seu estado de degradação. Muitas vezes, com a boa intenção
em forma de orifícios bem redondinhos. de protegê-los, fazemos intervenções que resultam em da-
A higienização metódica é a única forma de se fazer o nos ainda maiores.
controle das condições de conservação dos documentos Nos acervos formados por livros, fotografias, documen-
e, assim, detectar a presença dos insetos. Uma medida que tos impressos, documentos manuscritos, mapas, plantas de
deve ser obedecida sempre é a higienização e separação arquitetura, obras de arte etc., é preciso ver que, segundo
de todo exemplar que for incorporado ao acervo, seja ele sua natureza, cada um apresenta suportes, tintas, pigmentos,
originário de doação, aquisição ou recolhimento. estruturas etc. completamente diferentes.
Quando o ataque se torna uma infestação, é preciso Qualquer tratamento que se queira aplicar exige um co-
buscar a ajuda de um profissional especializado. nhecimento das características individuais dos documentos e
A providência a ser tomada é identificar o documen- dos materiais a serem empregados no processo de conserva-
to atacado e, se possível, isolá-lo até tratamento. A higie- ção. Todos os profissionais de bibliotecas e arquivos devem
nização de infestados por brocas deve ser feita em lugar ter noções básicas de conservação dos documentos com que
distante, devido ao risco de espalhar ovos ou muitas larvas lidam, seja para efetivamente executá-la, seja para escolher
pelo ambiente. os técnicos capazes de fazê-lo, controlando seu trabalho. Os
Estes insetos precisam ser muito bem controlados: por conhecimentos de conservação ajudam a manter equipes de
mais que se higienize o ambiente e se removam as larvas controle ambiental, controle de infestações, higienização do
e resíduos, corre-se o risco de não eliminar totalmente os ambiente e dos documentos, melhorando as condições do
ovos. Portanto, após a higienização, os documentos de- acervo.
vem ser revistos de tempos em tempos. Pequenos reparos e acondicionamentos simples podem
Todo tratamento mais agressivo deve ser feito por pro- ser realizados por aqueles que tenham sido treinados nas
fissionais especializados, pois o uso de qualquer produto técnicas e critérios básicos de intervenção.
químico pode acarretar danos intensos aos documentos.
4. Problemas no manuseio de livros e documentos
Cupins (Térmitas) – Os cupins representam risco não
O manuseio inadequado dos documentos é um fator de
só para as coleções como para o prédio em si.
degradação muito frequente em qualquer tipo de acervo.
Vivem em sociedades muito bem organizadas, repro- O manuseio abrange todas as ações de tocar no docu-
duzem-se em ninhos e a ação é devastadora onde quer mento, sejam elas durante a higienização pelos funcionários
que ataquem. Na grande maioria das vezes, sua presença da instituição, na remoção das estantes ou arquivos para uso
só é detectada depois de terem causado grandes danos. do pesquisador, nas foto reproduções, na pesquisa pelo usuá-
Os cupins percorrem áreas internas de alvenaria, tubu- rio etc. O suporte papel tem uma resistência determinada
lações, conduítes de instalações elétricas, rodapés, baten- pelo seu estado de conservação. Os critérios para higieniza-
tes de portas e janelas etc., muitas vezes fora do alcance ção, por exemplo, devem ser formulados mediante avaliação
dos nossos olhos. do estado de degradação do documento. Os limites devem
Chegam aos acervos em ataques massivos, através de ser obedecidos. Há documentos que, por mais que neces-
estantes coladas às paredes, caixas de interruptores de luz, sitem de limpeza, não podem ser manipulados durante um
assoalhos etc. procedimento de higienização, porque o tratamento seria
Os ninhos não precisam obrigatoriamente estar den- muito mais nocivo à sua integridade, que é o item mais
tro dos edifícios das bibliotecas e arquivos. importante a preservar, do que a eliminação da sujidade.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Auxiliar administrativo

4.1 Furto e vandalismo Estabilizar um documento é, portanto, interromper um


Um volume muito grande de documentos em nossos processo que esteja deteriorando o suporte e/ou seus agre-
acervos é vítima de furtos e vandalismo. gados, através de procedimentos mínimos de intervenção.
A falta de segurança e nenhuma política de controle Por exemplo: estabilizar por higienização significa que uma
são a causa desse desastre. limpeza mecânica corrige o processo de deterioração. No
Além do furto, o vandalismo é muito frequente. A capítulo anterior, vimos os fatores de deterioração e seus
quantidade de documentos mutilados aumenta dia a dia. efeitos nos documentos. O segundo passo será a interven-
Esse é o tipo de dano que, muitas vezes, só se constata ção nesse processo de deterioração, através de estabiliza-
muito tempo depois. É necessário implantar uma política ção dos documentos danificados.
de proteção, mesmo que seja através de um sistema de se- Para se fazer qualquer intervenção, deve-se obedecer
a critérios de prioridade estabelecidos no tratamento dos
gurança simples.
acervos: de coleções gerais ou de obras raras, no caso de
Durante o período de fechamento das instituições, a
bibliotecas, de documentos antigos ou mais recentes, no
melhor proteção é feita com alarmes e detectores internos. caso de arquivos.
O problema é durante o horário de funcionamento, que é Antes de qualquer intervenção, a primeira avaliação é
quando os fatos acontecem. se nós somos capazes de executá-la.
O recomendado é que se tenha uma só porta de entra- Alguns de nós seremos capazes e muitos outros não.
da e saída das instalações onde se encontra o acervo, para Esse é o primeiro critério a seguir.
ser usada tanto pelos consulentes/pesquisadores quanto Caso não nos julguemos com conhecimentos necessá-
pelos funcionários. rios, a solução é buscar algum especialista da área ou acon-
As janelas devem ser mantidas fechadas e trancadas. dicionar o documento enquanto aguardamos o momento
Nas áreas destinadas aos usuários, o encarregado precisa oportuno de intervir.
ter uma visão de todas as mesas, permanecendo no local
durante todo o horário de funcionamento. As chaves das 6. Características gerais dos materiais empregados
salas de acervo e o acesso a elas devem estar disponíveis em conservação
apenas a um número restrito de funcionários. Nos projetos de conservação/preservação de acervos
Na devolução dos documentos, é preciso que o funcio- de bibliotecas, arquivos e museus, é recomendado apenas
nário faça uma vistoria geral em cada um. o uso de materiais de qualidade arquivística, isto é, daque-
les materiais livres de quaisquer impurezas, quimicamente
estáveis, resistentes, duráveis. Suas características, em re-
5. Fatores de deterioração
lação aos documentos onde são aplicados, distinguem-se
Como podemos ver, os danos são intensos e muitos são
pela estabilidade, neutralidade, reversibilidade e inércia. Os
irreversíveis. Apesar de toda a problemática dos custos de materiais não enquadrados nessa classificação não podem
uma política de conservação, existem medidas que pode- ser usados, pois apresentam problemas de instabilidade,
mos tomar sem despender grandes somas de dinheiro, mi- reagem com o tempo e decompõem-se em outras subs-
nimizando drasticamente os efeitos desses agentes. tâncias que vão deteriorar os documentos com os quais
Alguns investimentos de baixo custo devem ser feitos, estão em contato. Além disso, são de natureza irreversível,
a começar por: ou seja, uma vez aplicados aos documentos não podem ser
• treinamento dos profissionais na área da conservação removidos.
e preservação; Dentro das especificações positivas, encontramos vá-
• atualização desses profissionais (a conservação é uma rios materiais: os papéis e cartões alcalinos, os poliésteres
ciência em desenvolvimento constante e a cada dia novas inertes, os adesivos alcalinos e reversíveis, os papéis orien-
técnicas, materiais e equipamentos surgem para facilitar e tais, borrachas plásticas etc., usados tanto para pequenas
melhorar a conservação dos documentos); intervenções sobre os documentos como para acondicio-
• monitoração do ambiente – temperatura e umidade namento.
relativa em níveis aceitáveis;
• uso de filtros e protetores contra a luz direta nos do- 7. Critérios para a escolha de técnicas e de materiais
cumentos; para a conservação de acervos
Como já enfatizamos anteriormente, é muito impor-
• adoção de política de higienização do ambiente e dos
tante ter conhecimentos básicos sobre os materiais que
acervos;
integram nossos acervos para que não corramos o risco de
• contato com profissionais experientes que possam as- lhes causar mais danos.
sessorar em caso de necessidade. Vários são os procedimentos que, apesar de simples,
Conservação: critérios de intervenção para a estabiliza- são de grande importância para a estabilização dos docu-
ção de documentos mentos.
Os documentos que sofrem algum tipo de dano apre-
sentam um processo de deterioração que progressivamen- 8. Higienização
te vai levá-los a um estado de perda total. Para evitar esse A sujidade é o agente de deterioração que mais afeta os
desfecho, interrompe-se o processo através de interven- documentos. A sujidade não é inócua e, quando conjugada
ções que levam à estabilização do documento. a condições ambientais inadequadas, provoca reações de

39
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Auxiliar administrativo

destruição de todos os suportes num acervo. Portanto, a - papel japonês;


higienização das coleções deve ser um hábito de rotina na - papel de textura fragilizada pelo ataque de fungos
manutenção de bibliotecas ou arquivos, razão por que é (que degradam a celulose, consumindo a encolagem);
considerada a conservação preventiva por excelência. - papel molhado (que perde a encolagem e, após a se-
Durante a higienização de documentos, procedemos cagem, torna-se frágil).
também de forma simultânea a um levantamento de da-
dos sobre suas condições de conservação, para efeitos de 8.1.4 Materiais usados para limpeza de superfície
futuras intervenções. É hora Durante a higienização de do- A remoção da sujidade superficial (que está solta so-
cumentos, procedemos também de forma simultânea a um bre o documento) é feita através de pincéis, flanela macia,
levantamento de dados sobre suas condições de conserva- aspirador e inúmeras outras ferramentas que se adaptam
ção, para efeitos de futuras intervenções. É hora também à técnica.
de executar os primeiros socorros para que um processo Como já foi dito anteriormente, essa etapa é obrigató-
de deterioração em andamento seja interrompido, mesmo ria e sempre se realiza como primeiro tratamento, quais-
que não possa ser sanado no momento. quer que sejam as outras intervenções previstas.
• Pincéis: são muitos os tipos de pincéis utilizados na
8.1 Processos de higienização limpeza mecânica, de diferentes formas, tamanhos, quali-
8.1.1 Limpeza de superfície dade e tipos de cerdas (podem ser usados com carga es-
O processo de limpeza de acervos de bibliotecas e ar- tática atritando as cerdas contra o nylon, material sintético
quivos se restringe à limpeza de superfície e, portanto, é ou lã);
mecânica, feita a seco. A técnica é aplicada com o objetivo • Flanela: serve para remover sujidade de encaderna-
de reduzir poeira, partículas sólidas, incrustações, resíduos ções, por exemplo;
de excrementos de insetos ou outros depósitos de super- • Aspirador de pó: sempre com proteção de bocal e
fície. Nesse processo, não se usam solventes. A limpeza de com potência de sucção controlada;
superfície é uma etapa independente de qualquer trata- • Outros materiais usados para a limpeza: bisturi, pinça,
mento mais intenso de conservação; é, porém, sempre a espátula, agulha, cotonete;
primeira etapa a ser realizada. • Materiais de apoio necessários para limpeza mecâ-
nica:
8.1.2 Razões que levam a realizar a limpeza do acervo • - raladores de plástico ou aço inox; borrachas de vinil;
A sujidade escurece e desfigura o documento, prejudican- - fita-crepe;
do-o do ponto de vista estético. - lápis de borracha;
• As manchas ocorrem quando as partículas de poei- - luvas de látex ou algodão;
ra se umedecem, com a alta umidade relativa ou mesmo - máscaras;
- papel mata-borrão;
por ataque de água, e penetram rapidamente no papel. A
- pesos;
sujeira e outras substâncias dissolvidas se depositam nas
- poliéster (mylar);
margens das áreas molhadas, provocando a formação de
- folhas de papel siliconado;
manchas. A remoção dessas manchas requer a intervenção
- microscópios;
de um restaurador.
Os livros, além do suporte papel, exigem também tra-
• Os poluentes atmosféricos são altamente ácidos e,
tamento de revestimento. Assim, o couro (inclui-se aqui o
portanto, extremamente nocivos ao papel. São rapidamen-
pergaminho), tecidos e plastificados fazem parte dos ma-
te absorvidos, alterando seriamente o pH do papel.
teriais pertencentes aos livros.
Para a limpeza de livros utilizamos trinchas de diferen-
8.1.3 Avaliação do objeto a ser limpo tes tamanhos, pincéis, flanelas macias, aspiradores de baixa
Cada objeto deve ser avaliado individualmente para potência com proteção de boca, pinças, espátulas de metal,
determinar se a higienização é necessária e se pode ser entre outros materiais.
realizada com segurança. No caso de termos as condições Na limpeza do couro, é recomendável somente a utili-
abaixo, provavelmente o tratamento não será possível: zação de pincel e flanela macia, caso o couro esteja íntegro.
• Fragilidade física do suporte – Objetos com áreas Não se deve tratá-lo com óleos e solventes.
finas, perdas, rasgos intensos podem estar muito frágeis A encadernação em pergaminho não necessita do
para limpeza. Áreas com manchas e áreas atacadas por mesmo tratamento do couro. Como é muito sensível à
fungos podem não resistir à limpeza: o suporte torna-se umidade, o tratamento aquoso deve ser evitado. Para sua
escuro, quebradiço, manchado e, portanto, muito facil- limpeza, apresenta bons resultados o uso de algodão em-
mente danificado. bebido em solvente de 50% de água e álcool. O algodão
Quando o papel se degrada, até mesmo um suave con- precisa estar bem enxuto, e deve-se sempre buscar traba-
tato com o pó de borracha pode provocar a fragmentação lhar o suporte em pequenas áreas de cada vez. Nessa lim-
do documento. peza, é importante ter muito cuidado com os pergaminhos
• Papéis de textura muito porosa – Não se deve passar muito ressecados e distorcidos. A fragilidade é intensa e
borracha nesses materiais, pois a remoção das partículas o documento pode desintegrar-se. A estabilização de per-
residuais com pincel se torna difícil: gaminhos, nesse caso, requer os serviços de especialistas.

40
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Auxiliar administrativo

Há muita controvérsia no uso de Leather Dressing para 8.3 Higienização de documentos de arquivo
a hidratação dos couros. Os componentes das diversas Materiais arquivísticos têm os seus suportes geralmente
fórmulas do produto variam muito (óleos, graxas, gordu- quebradiços, frágeis, distorcidos ou fragmentados. Isso se
ras) e, se mal aplicados, podem causar sérios problemas deve principalmente ao alto índice de acidez resultante
de conservação ao couro. A fórmula do British Museum é do uso de papéis de baixa qualidade. As más condições
a mais usada e recomendada. O uso deve ser criterioso e de armazenamento e o excesso de manuseio também
não indiscriminado. Em casos específicos de livros novos contribuem para a degradação dos materiais. Tais
de coleções de bibliotecas, pode ser apropriado o seu uso documentos têm que ser higienizados com muito critério
como parte integrante de um programa de manutenção. e cuidado.
No caso dos revestimentos em tecido, a aplicação de
trincha ou aspirador é recomendável, caso sua integridade 8.3.1 Documentos manuscritos
o permita. Os mesmos cuidados para com os livros devem ser to-
Nas capas de livros revestidas em papel, pode ser uti- mados em relação aos manuscritos. O exame dos docu-
lizado pó de borracha ou diretamente a borracha, caso a mentos, testes de estabilidade de seus componentes para
integridade do papel e das tintas não fique comprometida o uso dos materiais de limpeza mecânica e critérios de in-
com essa ação. tervenção devem ser cuidadosamente realizados.
E, nos revestimentos plastificados (percalux e outros), As tintas ferrogálicas, conforme o caso podem destruir
deve-se usar apenas uma flanela seca e bem macia. um documento pelo seu alto índice de acidez. Todo cuida-
Na limpeza do miolo do livro, utilizamos um pincel do é pouco para manusear esses documentos. As espessas
macio, sem aplicar borracha ou pó de borracha. Além de tintas encontradas em partituras de música, por exemplo,
agredir as tintas, o resíduo de borracha é permanente e de podem estar soltas ou em estado de pó.
difícil remoção. Os resíduos agem como abrasivos e per- Tintas, como de cópias de carbono, são fáceis de “bor-
manecerão em contato com o suporte para sempre. rar”, ao mesmo tempo em que o tipo de papel utilizado
para isso é fino e quebradiço, tornando o manuseio mui-
8.2.1 Limpeza de livros – metodologia em mesa de hi- to arriscado e a limpeza de superfície desaconselhável. As
gienização áreas ilustradas e decorativas dos manuscritos iluminados
- Encadernação (capa do livro) – limpar com trincha, são desenhadas com tintas à base de água que podem es-
pincel macio, aspirador, flanela macia, conforme o estado tar secas e pulverulentas. A limpeza mecânica, nesses ca-
sos, deve ser evitada.
da encadernação;
- Miolo (livro em si) – segurar firmemente o livro pela
8.3.2 Documentos em grande formato
lombada, apertando o miolo. Com uma trincha ou pincel,
Desenhos de Arquitetura – Os papéis de arquitetura
limpar os cortes, começando pela cabeça do livro, que é
(no geral em papel vegetal) podem ser limpos com pó de
a área que está mais exposta à sujidade. Quando a sujei-
borracha, após testes. Pode-se também usar um cotonete -
ra está muito incrustada e intensa, utilizar, primeiramente,
bem enxuto e embebido em álcool. Muito sensíveis à água,
aspirador de pó de baixa potência ou ainda um pedaço de esses papéis podem ter distorções causadas pela umidade
carpete sem uso; que são irreversíveis ou de difícil remoção.
- O miolo deve ser limpo com pincel folha a folha, Posters (Cartazes) – As tintas e suportes de posters são
numa primeira higienização; muito frágeis. Não se recomenda limpar a área pictórica.
- Oxigenar as folhas várias vezes. Todo cuidado é pouco, até mesmo na escolha de seu
Num programa de manutenção, pode-se limpar a en- acondicionamento.
cadernação, cortes e aproximadamente as primeiras e últi- Mapas – Os mapas coloridos à mão merecem uma
mas 15 folhas, que são as mais sujeitas a receber sujidade, atenção especial na limpeza. Em mapas impressos, desde
devido à estrutura das encadernações. Nos livros mais frá- que em boas condições, o pó de borracha pode ser aplica-
geis, deve-se suportar o volume em estruturas adequadas do para tratar grandes áreas. Os grandes mapas impressos,
durante a operação para evitar danos na manipulação e muitas vezes, têm várias folhas de papel coladas entre si
tratamento. nas margens, visando permitir uma impressão maior. Ao
Todo o documento que contiver gravuras ou outra téc- fazer a limpeza de um documento desses, o cuidado com
nica de obra de arte no seu interior necessita um cuidado as emendas deve ser redobrado, pois nessas, geralmente,
redobrado. Antes de qualquer intervenção com pincéis, ocorrem descolamentos que podem reter resíduos de bor-
trinchas, flanelas, é necessário examinar bem o documento, racha da limpeza, gerando degradação. Outros mapas são
pois, nesse caso, só será recomendada a limpeza de super- montados em linho ou algodão com cola de amido. O ver-
fície se não houver nenhum risco de dano. so desses documentos retém muita sujidade. Recomenda-
No caso dos documentos impressos como os livros, -se remover o máximo com aspirador de pó (munido das
existe uma grande margem de segurança na resistência devidas proteções em seu bocal e no documento).
das tintas em relação ao pincel. Mesmo assim, devemos
escolher o pincel de maciez adequada para cada situação. 9. Pequenos reparos
Em relação às obras de arte, as técnicas são tão variadas e Os pequenos reparos são diminutas intervenções que
as tintas de composições tão diversas que, de modo algum, podemos executar visando interromper um processo de
se deve confiar na sua estabilidade frente à ação do pincel deterioração em andamento. Essas pequenas intervenções
ou outro material. devem obedecer a critérios rigorosos de ética e técnica e

41
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Auxiliar administrativo

têm a função de melhorar o estado de conservação dos Na mesma vertente, a qualidade é também considera-
documentos. Caso esses critérios não sejam obedecidos, o da como fator de transformação no modo como a organi-
risco de aumentar os danos é muito grande e muitas vezes zação se relaciona com seus clientes, agregando valor aos
de caráter irreversível. serviços a ele destinados.
Os livros raros e os documentos de arquivo mais an- Em face dessa diversidade de significados, cabe às or-
tigos devem ser tratados por especialistas da área. Os de- ganizações identificar os atributos ou indicadores de qua-
mais documentos permitem algumas intervenções, de sim- lidade dos seus produtos e serviços do ponto de vista dos
ples a moderadas. Os materiais utilizados para esse fim de- seus usuários. Entre estes, podem ser destacados a eficiên-
vem ser de qualidade arquivística e de caráter reversível. Da cia, a eficácia, a ética profissional, a agilidade no atendi-
mesma forma, toda a intervenção deve obedecer a técnicas mento, entre outros.
e procedimentos reversíveis. Isso significa que, caso seja No Brasil, a questão da qualidade na área pública vem
necessário reverter o processo, não pode existir nenhum sendo abordada pelo Programa de Qualidade no Serviço
obstáculo na técnica e nos materiais utilizados. Público que tem por objetivos elevar o padrão dos serviços
Os procedimentos e técnicas para a realização de re- prestados e tornar o cidadão mais exigente em relação a
paros em documentos exigem os seguintes instrumentos: esses serviços. Para tanto, o Programa visa a transforma-
- mesa de trabalho; ção das organizações e entidades públicas no sentido de
- pinça; valorizar a qualidade na prestação de serviços ao público,
- papel mata-borrão; retirando o foco dos processos burocráticos.
- entretela sem cola; O programa estabelece que o cidadão como principal
- placa de vidro; foco de atenção de qualquer órgão público federal. Define
- peso de mármore; padrões de qualidade do atendimento e prevê a avaliação
- espátula de metal; de satisfação do usuário por todos os órgãos e entidades
- espátula de osso; da Administração Pública Federal direta, indireta e funda-
- pincel chato; cional que atendem diretamente ao cidadão.
- pincel fino; Nesse sentido considera-se que o serviço público deve
- filme de poliéster. ter as seguintes características:
₋ Adequado: realizado na forma prevista em lei deven-
do atender ao interesse público;
QUALIDADE NO ATENDIMENTO: ₋ Eficiente: alcança o melhor resultado com menor con-
COMUNICAÇÃO TELEFÔNICA E FORMAS DE sumo de recursos;
ATENDIMENTO. ₋ Seguro: não coloca em risco a vida, a saúde, a segu-
rança, o patrimônio ou os direitos materiais e imateriais do
cidadão-usuário;
₋ Contínuo: oferecido sem risco de interrupção, sendo
ATENDIMENTO E QUALIDADE obrigatório o planejamento e a adoção de medidas de pre-
A globalização, os desafios do desenvolvimento tec- venção para evitar a descontinuidade.
nológico e cultural e a competição entre as organizações
trazem como consequência o interesse pela qualidade de Usuários/ Clientes
seus produtos e serviços. Existem dois tipos de usuários ou clientes de uma or-
Esse interesse não se restringe às empresas privadas e ganização:
se estende, também, ao setor público. •externos - recebem serviços ou produtos na sua ver-
Assim, vemos que ₋ Os empresários buscam aperfei- são final.
çoar o desempenho em suas áreas de atuação (produtos •internos –fazem parte da organização, de seus seto-
ou serviços) e o relacionamento com os seus clientes. res, grupos e atividades.
₋ O setor público enfrenta os desafios de melhorar Para identificar esses tipos de usuários, as pessoas da
a qualidade de seus serviços, aumentar a satisfação dos organização devem responder o seguinte:
usuários e instituir um atendimento de excelência ao pú- ₋ Com que pessoas mantenho contato enquanto tra-
blico. balho?
Os clientes e usuários das organizações públicas e pri- ₋ Quem recebe o resultado do meu trabalho?
vadas também se mostram mais exigentes na escolha de ₋ Qual o nível de satisfação das pessoas que dependem
serviços e produtos de melhor qualidade. Assim, a relação do resultado dos serviços executados por mim?
com estes clientes e usuários passa ser um novo foco de
preocupação e demanda esforços para sua melhoria. Princípios para o bom atendimento na gestão da qua-
lidade
QUALIDADE 1. Foco no Cliente. Nas empresas privadas, a importân-
O conceito de qualidade é amplo e suscita várias inter- cia dada a esse princípio se deve principalmente ao fato de
pretações. As mais expressivas se referem, por um lado, à que o sucesso da venda (lucro financeiro) depende da sa-
definição de qualidade como busca da satisfação do clien- tisfação do cliente com a qualidade do produto e também
te, e, por outro, à busca da excelência para todas as ativida- com o tratamento recebido e com o resultado da própria
des de um processo. negociação.

42
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Auxiliar administrativo

No setor público, este princípio se relaciona sobretudo • ruídos –tudo aquilo que pode atrapalhar a comuni-
aos conceitos de cidadania, participação, transparência e cação .
controle social. O processo de comunicação é o centro de todas as ati-
Para cumprir este princípio é necessário ter atenção vidades humanas. No entanto, além de usar palavras cor-
com dois aspectos: retas e adequadas ao contexto, o emissor deve transmitir à
₋ verificar se o que é estabelecido como qualidade outra pessoa, o receptor, informações, ideias, percepções,
atende a todos os usuários, inclusive aos mais exigentes; intenções, desejos e sentimentos, ou seja, a mensagem do
₋ fazer bem feito o serviço e, depois, checar os passos processo de comunicação. Ao mesmo tempo, para que a
necessários para a sua execução. comunicação ocorra, não basta transmitir ou receber bem
Deve se lembrar que tais atitudes levam em conta tan- as mensagens. É preciso, sobretudo, que haja troca de en-
to o atendimento do usuário quanto as atividades e rotinas tendimentos. Para tanto, as palavras são importantes, mas
que envolvem o serviço. também o são as emoções, as ideias, as informações não-
2. O serviço ou produto deve atender a uma real neces- -verbais.
sidade do usuário. Este princípio se relaciona à dimensão
da validade, isto é, o serviço ou produto deve ser exata- Comunicação verbal e não verbal
mente como o usuário espera, deseja ou necessita que ele A comunicação verbal realiza-se oralmente ou por meio
seja. da escrita. São exemplos de comunicações orais: ordens,
3. Manutenção da qualidade. O padrão de qualidade pedidos, debates, discussões, tanto face-a-face quanto por
mantido ao longo do tempo é que leva à conquista da con- telefone, rádio, televisão ou outro meio eletrônico. Cartas,
fiabilidade. jornais, impressos, revistas, cartazes, entre outros, fazem
A atuação com base nesses princípios deve ser orien- parte das comunicações escritas.
tada por algumas ações que imprimem qualidade ao aten- A comunicação não-verbal realiza-se por meio de ges-
dimento, tais como: tos e expressões faciais e corporais que podem reforçar ou
₋ identificar as necessidades dos usuários; contradizer o que está sendo dito. Cruzar os braços e as
₋ cuidar da comunicação (verbal e escrita); pernas, por exemplo, é um gesto que pode ser interpretado
₋ evitar informações conflitantes; como posição de defesa.
₋ atenuar a burocracia; Colocar a mão no queixo, coçar a cabeça ou espregui-
₋ cumprir prazos e horários; çar-se na cadeira podem indicar falta de interesse no que a
outra pessoa tem a dizer.
₋ desenvolver produtos e/ou serviços de qualidade;
Também são gestos interpretados como forma de de-
₋ divulgar os diferenciais da organização;
monstrar desinteresse durante a comunicação: ajeitar pa-
₋ imprimir qualidade à relação atendente/usuário;
péis que se encontrem sobre a mesa, guardar papéis na
₋ fazer uso da empatia;
gaveta, responder perguntas com irritação ou deixar de
₋ analisar as reclamações;
respondê-las.
₋ acatar as boas sugestões.
A linguagem é um código utilizado pelos indivíduos
Essas ações estão relacionadas a indicadores que po- para processar pensamentos, ideias e diálogos interiores,
dem ser percebidos e avaliados de forma positiva pelos ou comunicar-se com outros. A linguagem pode ser repre-
usuários, entre eles: competência, presteza, cortesia, pa- sentada por uma língua ou pela não-verbalização.
ciência, respeito. É importante observar que algumas palavras assumem
Por outro lado, arrogância, desonestidade, impaciên- diferentes significados para cada pessoa.
cia, desrespeito, imposição de normas ou exibição de Palavras como amor, solidariedade, fraternidade, igual-
poder tornam o atendente intolerável, na percepção dos dade, entre outras, servem de rótulos para experiências
usuários. No conjunto dessas ações deve ainda ser ressal- universais, mas têm significados particulares para cada in-
tada a empatia como um fator crucial para a excelência divíduo. A realidade subjetiva de cada pessoa é formada
no atendimento ao público. A utilização adequada dessa pelo seu sistema de valores, pelas suas crenças, pelos seus
ferramenta no momento em que as pessoas estão intera- objetivos pessoais e pela sua visão de mundo. Daí a impor-
gindo é fundamental. No bom atendimento é importante tância de checarmos a linguagem utilizada no processo de
a utilização de frases como “Bom-dia”, “Boa-tarde”, “Sente- comunicação e adaptarmos nossa mensagem ao vocabu-
-se por favor”, ou “Aguarde um instante, por favor”, que, lário, aos interesses e às necessidades da pessoa a quem
ditas com suavidade e cordialidade, podem levar o usuário transmitimos alguma informação.
a perceber o tratamento diferenciado que algumas organi-
zações já conseguem oferecer ao seu público-alvo. Barreiras e ruídos
No atendimento é preciso cuidado para evitar ruídos
PROCESSO DE COMUNICAÇÃO na comunicação, ou seja, é necessário reconhecer os ele-
São elementos do processo de comunicação: mentos que podem complicar ou impedir o perfeito en-
• emissor – o que emite ou envia a mensagem tendimento das mensagens. Às vezes, uma pessoa fala e
• receptor – o que recebe a mensagem a outra não entende exatamente o que foi dito. Ou, então,
• mensagem – 0 que se quer comunicar tendo em vista a subjetividade presente na mensagem,
• canal – o meio de comunicação pelo qual se transmi- muitas vezes, o emissor tem uma compreensão diferente
te a mensagem da que foi captada pelo receptor.

43
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Auxiliar administrativo

Além dessas dificuldades, existem outras que interfe- objetiva. O uso correto da língua portuguesa e a qualidade
rem no processo de comunicação, entre elas, as barreiras da dicção também são fatores importantes para assegu-
tecnológicas, psicológicas e de linguagem. Essas barreiras rar uma boa comunicação telefônica. É fundamental que o
são verdadeiros ruídos na comunicação. atendente transmita a seu interlocutor segurança, compro-
As barreiras tecnológicas resultam de defeitos ou in- misso e credibilidade.
terferências dos canais de comunicação. São de natureza Além das recomendações anteriores, são citados, a
material, ou seja, resultam de problemas técnicos, como o seguir, procedimentos para a excelência no atendimento
do telefone com ruído. telefônico:
As barreiras de linguagem podem ocorrer em razão • identificar e utilizar o nome do interlocutor: nin-
das gírias, regionalismos, dificuldades de verbalização, di- guém gosta de falar com um interlocutor desconhecido,
ficuldades ao escrever, gagueira, entre outros. As barreiras por isso, o atendente da chamada deve identificar-se assim
psicológicas provêm das diferenças individuais e podem que atender ao telefone. Por outro lado, deve perguntar
ter origem em aspectos do comportamento humano, tais
com quem está falando e passar a tratar o interlocutor pelo
como:
nome. Esse toque pessoal faz com que o interlocutor se
₋ seletividade: o emissor só ouve o que é do seu inte-
sinta importante;
resse ou o que coincida com a sua opinião;
• assumir a responsabilidade pela resposta: a pessoa
₋ egocentrismo: o emissor ou o receptor não aceita o
ponto de vista do outro ou corta a palavra do outro, de- que atende ao telefone deve considerar o assunto como
monstrando resistência para ouvir; seu, ou seja, comprometer-se e, assim, garantir ao inter-
₋ timidez: a inibição de uma pessoa em relação a outra locutor uma resposta rápida. Por exemplo: não deve dizer
pode causar gagueira ou voz baixa, quase inaudível; “Não sei”, mas “Vou imediatamente saber” ou “Daremos
₋ preconceito: a percepção indevida das diferenças so- uma resposta logo que seja possível”. Se não for mesmo
cioculturais, raciais, religiosas, hierárquicas, entre outras; possível dar uma resposta ao assunto, o atendente deverá
₋ descaso: indiferença às necessidades do outro. apresentar formas alternativas para o fazer, como: fornecer
o número do telefone direto de alguém capaz de resolver
ATENDIMENTO TELEFÔNICO o problema rapidamente, indicar o e-mail ou o número do
Na comunicação telefônica, é fundamental que o inter- fax do responsável procurado. A pessoa que ligou deve ter
locutor se sinta acolhido e respeitado, sobretudo porque se a garantia de que alguém confirmará a recepção do pedido
trata da utilização de um canal de comunicação a distância. ou chamada;
É preciso, portanto, que o processo de comunicação ocorra • não negar informações: nenhuma informação deve
da melhor maneira possível para ambas as partes (emissor ser negada, mas há que se identificar o interlocutor antes
e receptor) e que as mensagens sejam sempre acolhidas e de a fornecer, para confirmar a seriedade da chamada. Nes-
contextualizadas, de modo que todos possam receber bom sa situação, é adequada a seguinte frase: Vamos anotar es-
atendimento ao telefone. ses dados e depois entraremos em contato com o senhor.
Alguns autores estabelecem as seguintes recomenda- • não apressar a chamada: é importante dar tempo ao
ções para o atendimento telefônico: tempo, ouvir calmamente o que o cliente/usuário tem a
• não deixar o cliente esperando por um tempo muito dizer e mostrar que o diálogo está sendo acompanhado
longo. É melhor explicar o motivo de não poder atendê-lo com atenção, dando feedback, mas não interrompendo o
e retornar a ligação em seguida; raciocínio do interlocutor;
• o cliente não deve ser interrompido, e o funcionário • sorrir: um simples sorriso reflete-se na voz e demons-
tem de se empenhar em explicar corretamente produtos e tra que o atendente é uma pessoa amável, solícita e inte-
serviços;
ressada;
• atender às necessidades do cliente; se ele desejar
• ser sincero: qualquer falta de sinceridade pode ser ca-
algo que o atendente não possa fornecer, é importante
tastrófica: as más palavras difundem-se mais rapidamente
oferecer alternativas;
do que as boas;
• agir com cortesia. Cumprimentar com um “bom-dia”
ou “boa-tarde”, dizer o nome e o nome da empresa ou ins- • manter o cliente informado: como, nessa forma de
tituição são atitudes que tornam a conversa mais pessoal. comunicação, não se estabelece o contato visual, é ne-
Perguntar o nome do cliente e tratá-lo pelo nome trans- cessário que o atendente, se tiver mesmo que desviar a
mitem a ideia de que ele é importante para a empresa ou atenção do telefone durante alguns segundos, peça licença
instituição. O atendente deve também esperar que o seu para interromper o diálogo e, depois, peça desculpa pela
interlocutor desligue o telefone. Isso garante que ele não demora. Essa atitude é importante porque poucos segun-
interrompa o usuário ou o cliente. Se ele quiser comple- dos podem parecer uma eternidade para quem está do ou-
mentar alguma questão, terá tempo de retomar a conversa. tro lado da linha;
• ter as informações à mão: um atendente deve conser-
No atendimento telefônico, a linguagem é o fator prin- var a informação importante perto de si e ter sempre à mão
cipal para garantir a qualidade da comunicação. Portanto, as informações mais significativas de seu setor. Isso permite
é preciso que o atendente saiba ouvir o interlocutor e res- aumentar a rapidez de resposta e demonstra o profissiona-
ponda a suas demandas de maneira cordial, simples, clara e lismo do atendente;

44
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Auxiliar administrativo

• estabelecer os encaminhamentos para a pessoa que Estratégias verbais


liga: quem atende a chamada deve definir quando é que a ₋ Reconhecer, o mais breve possível, a presença das
pessoa deve voltar a ligar (dia e hora) ou quando é que a pessoas;
empresa ou instituição vai retornar a chamada. ₋ pedir desculpas se houver demora no atendimento;
Todas estas recomendações envolvem as seguintes ati- ₋ se possível, tratar o usuário pelo nome;
tudes no atendimento telefônico: ₋ Demonstrar que quer identificar e entender as neces-
₋ receptividade - demonstrar paciência e disposição sidades do usuário;
para servir, como, por exemplo, responder às dúvidas mais ₋ Escutar atentamente, analisar bem a informação,
comuns dos usuários como se as estivesse respondendo apresentar questões;
pela primeira vez. Da mesma forma é necessário evitar que
interlocutor espere por respostas; Estratégias não-verbais
₋ atenção – ouvir o interlocutor, evitando interrupções, ₋ Olhar para a pessoa diretamente e demonstrar aten-
dizer palavras como “compreendo”, “entendo” e, se neces- ção;
sário, anotar a mensagem do interlocutor); ₋ Prender a atenção do receptor;
₋ empatia - para personalizar o atendimento, pode-se ₋ Não escrever enquanto estiver falando com o usuário;
₋ Prestar atenção à comunicação não-verbal;
pronunciar o nome do usuário algumas vezes, mas, nunca,
expressões como “meu bem”, “meu querido, entre outras);
Estratégias ambientais
₋ concentração – sobretudo no que diz o interlocutor
₋ Manter o ambiente de trabalho organizado e limpo;
(evitar distrair-se com outras pessoas, colegas ou situações,
₋ Assegurar acomodações adequadas para o usuário;
desviando-se do tema da conversa, bem como evitar co- ₋ Evitar pilhas de papel, processos e documentos de-
mer ou beber enquanto se fala); sorganizados sobre a mesa.
₋ comportamento ético na conversação – o que envolve
também evitar promessas que não poderão ser cumpridas. Atendimento e tratamento
O atendimento está diretamente relacionado aos ne-
ATENDIMENTO PRESENCIAL gócios de uma organização, suas finalidades, produtos e
Nessa modalidade de atendimento devem ser incorpo- serviços, de acordo com suas normas e regras. O atendi-
rados alguns princípios relativos ao atendimento telefôni- mento estabelece, dessa forma, uma relação entre o aten-
co, além de outros específicos a serem abordados a seguir. dente, a organização e o cliente.
Por se tratar de uma modalidade de comunicação de A qualidade do atendimento, de modo geral, é deter-
grande impacto junto ao usuário, o atendente deve sempre minada por indicadores percebidos pelo próprio usuário
demonstrar simpatia, competência e profissionalismo e ter relativamente a:
atenção com as expressões do rosto, da voz, dos gestos, do • competência – recursos humanos capacitados e re-
vocabulário e de aparência. E da mesma forma, considerar cursos tecnológicos adequados;
os seguintes princípios. • confiabilidade – cumprimento de prazos e horários
estabelecidos previamente;
Princípios para a qualidade ao atendimento presencial: • credibilidade – honestidade no serviço proposto;
• Competência - O usuário espera que cada pessoa que • segurança – sigilo das informações pessoais;
o atenda detenha informações detalhadas sobre o funcio- • facilidade de acesso – tanto aos serviços como ao
namento da organização e do setor que ele procurou. pessoal de contato;
• Legitimidade - O usuário deve ser atendido com éti- • comunicação – clareza nas instruções de utilização
ca, respeito, imparcialidade, sem discriminações, com justi- dos serviços.
ça e colaboração. O tratamento é a maneira como o funcionário se dirige
• Disponibilidade - O atendente representa, para o ao cliente e interage com ele, orientando-o, conquistando
sua simpatia. Está relacionada a:
usuário, a imagem da organização. Assim, deve haver em-
₋ presteza – demonstração do desejo de servir, valori-
penho para que o usuário não se sinta abandonado, de-
zando prontamente a solicitação do usuário;
samparado, sem assistência. O atendimento deve ocorrer
₋ cortesia – manifestação de respeito ao usuário e de
de forma personalizada, atingindo-se a satisfação do clien-
cordialidade;
te. ₋ flexibilidade – capacidade de lidar com situações não-
• Flexibilidade - O atendente deve procurar identificar -previstas.
claramente as necessidades do usuário e esforçar-se para
ajudá-lo, orientá-lo, conduzi-lo a quem possa ajudá-lo
adequadamente.

Para que o cliente ou usuário possa se sentir bem aten-


dido, existem, também, algumas estratégias verbais, não-
-verbais e ambientais.

45
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Auxiliar administrativo

Direção é a atividade consistente em conduzir e coordenar


NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO: FUNÇÕES o pessoal na execução de um plano previamente elaborado.
ESSENCIAIS DA ORGANIZAÇÃO: Assim, dirigir uma organização pública ou privada significa
ADMINISTRATIVA, OPERAÇÕES E PESSOAL. dominar a habilidade de conseguir que os seus subordinados
executem as tarefas para as quais foram designados por força
do cargo (setor público) ou por força do contrato de trabalho
(setor privado).
Os meios normalmente utilizados para o desempenho de
ORGANIZAÇÃO uma direção eficaz são: a) ordens e instruções, b) motivação, c)
A palavra organização pode assumir vários significados: comunicação e d) liderança, sendo que um bom gestor sabe
a) Organização como uma entidade social: Uma organiza- que os melhores resultados de gestão surgirão do uso combi-
ção social dirigida para objetivos específicos e deliberadamen- nado delas.
te estruturada. A organização é uma entidade social porque Ou seja, não basta dar ordens e instruções, é preciso saber
é constituída por pessoas. É dirigida para objetivos porque é motivar seus subordinados na execução das tarefas. E isso se
desenhada para alcançar resultados, como gerar lucros, pro- faz, por exemplo, através de uma comunicação eficiente entre
porcionar satisfação social, etc. É deliberadamente estrutura- chefe e subordinado. É preciso dizer à equipe o motivo pelo
da pelo fato que o trabalho é dividido e seu desempenho é qual aquele determinado trabalho é importante para a orga-
atribuído aos membros da organização. Nesse sentido, a pala- nização. Estes conceitos, apesar de simples, são comumente
vra organização significa qualquer empreendimento humano esquecidos pelos dirigentes de organizações públicas e priva-
moldado intencionalmente par atingir determinados objetivos. das, trazendo-lhes sérios prejuízos financeiros e operacionais
Essa definição é aplicável a todos os tipos de organizações, se- a curto prazo sem falar na perda da credibilidade do trabalho
jam elas lucrativas ou não, como empresas, bancos, financei- executado pelo gestor perante seus subordinados, pares e su-
ras, hospitais, clubes, igrejas etc. Dentro desse ponto de vista, periores.
a organização pode ser visualizada sob dois aspectos distintos:  
• Organização formal: É a organização baseada em uma CONTROLE
divisão de trabalho racional que especializa órgãos e pessoas Controlar significa garantir que o planejamento seja bem
em determinadas atividades. É, portanto, a organização pla- executado e que os objetivos estabelecidos sejam alcançados
nejada ou a organização que está definida no organograma, da melhor maneira possível.
sacramentada pela direção e comunicada a todos por meio   A função administrativa de controle está relacionada
dos manuais de organização. É a organização formalizada ofi- com a maneira pela qual os objetivos devem ser alcançados
cialmente. através da atividade das pessoas que compõem a organização.
• Organização Informal: É a organização que emerge es- O planejamento serve para definir os objetivos, traçar as
pontânea e naturalmente entre as pessoas que ocupam po- estratégias para alcançá-los e estabelecer os planos de ação.
sições na organização formal e a partir dos relacionamentos A organização serve para estruturar as pessoas e recursos de
humanos como ocupantes de cargos. Forma-se a partir das maneira a trabalhar de forma organizada e racional. A direção
relações de amizade e do surgimento de grupos informais que mostra os rumos e dinamiza as pessoas para que utilizem os
não aparecem no organograma ou em qualquer outro docu- recursos da melhor maneira possível. Por fim, o controle serve
mento formal. para que todas as coisas funcionem da maneira certa e no
b) Organização como função administrativa e parte inte- tempo certo.
grante do processo administrativo: Nesse sentido, organização   O controle verifica se a execução está de acordo com
significa o ato de organizar, estruturar e integrar os recursos e o que foi planejado: quanto mais completos, definidos e
coordenados forem os planos, mais fácil será o controle.
os órgãos incumbidos de sua administração e estabelecer as
relações entre eles e as atribuições de cada um. Trataremos da
organização sob o segundo ponto de vista, ou seja, a organiza-
ção como a segunda função administrativa e que depende do FOLHA DE PAGAMENTO.
planejamento, da direção e do controle para formar o processo
administrativo. Organizar consiste em:
• Determinar as atividades específicas necessárias ao al- FOLHA DE PAGAMENTO
cance dos objetivos planejados (especialização).
• Agrupar as atividades em uma estrutura lógica (departa- O processo para execução da folha de pagamento tem
mentalização). fator importante junto ao departamento pessoal, em razão
• Designar as atividades às específicas posições e pessoas da riqueza técnica que existe para transformar todas as in-
(cargos e tarefas). formações do empregado e da empresa num produto final
  que é a folha de pagamento.
DIREÇÃO A Folha de pagamento, por sua vez, tem função opera-
Está relacionada com a maneira pela qual os objetivos de- cional, contábil e fiscal, devendo ser constituída com base
vem ser alcançados através da atividade das pessoas e da apli- em todas as ocorrências mensais do empregado. É a des-
cação dos recursos que compõem a organização. crição dos fatos que envolveram a relação de trabalho, de

46
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Auxiliar administrativo

maneira simples e transparente, transformado em fatores Salário Família: valor fixo devido ao empregado que
numéricos, através de códigos, quantidade, referências, tiver dependente menor de 14 (quatorze) anos de idade
percentagens e valores, em resultados que formarão a fo- ou nos casos específicos determinados pela previdência
lha de pagamento. social. Esse valor fixo é fornecido pela Previdência Social,
O recibo de pagamento de cada empregado é a parce- com base no limite da faixa inicial de 7,65% de contribuição
la que contribuirá com a formação da folha de pagamento. inicial do INSS (vide tabela de INSS).
Será ele constituído de vencimentos, descontos, demons-
tração da base de cálculo de INSS, IRRF e FGTS, bem como Ø  Assim como os vencimentos, se destacam nos des-
contos:
seus respectivos descontos, e o seu resultado como valor
Faltas Dias: são os dias que efetivamente o empre-
líquido que o empregado receberá.   gado não compareceu e não houve nenhuma forma que
autorizasse o pagamento. Esses dias são utilizados para
Salário: é o valor fixo ou variável, sua forma de cálculo dedução da base de cálculo do INSS, IRRF e FGTS, tam-
pode ser por hora  (quantidade de horas por dia vezes os bém prejudicam no escalonamento das férias e 13º salário,
dias trabalhados no mês, acrescidos de DSR), diário (quanti- podendo sofrer o desconto dos feriados e domingos em
dade de dias vezes os dias trabalhados no mês, acrescidos de razão da falta.
DSR),ou mensal (será o valor acertado para o mês, indepen-
dente da quantidade de dias do mês, já está incluso o DSR). Atrasos horas: essas horas são as que efetivamente o
Adicional Noturno: percentagem de no mínimo 20% empregado não compareceu e não houve nenhuma forma
que autorizasse o pagamento. Essas horas são utilizadas
acrescida à jornada de trabalho contratual desempenhada
para dedução da base de cálculo do INSS, IRRF e FGTS,
entre 22h00 e 05h00, considerando o salário base como também pode acarretar o desconto dos feriados e domin-
forma de cálculo. Assim, a proporção de horasentre 22h00 gos em razão do descumprimento da jornada diária.
e 05h00 deve sofrer o acréscimo, integrando o salário para
todos os fins legais. Vale Refeição: é muito comum encontrar empresas
que forneçam o vale refeição ao empregado, represen-
Insalubridade: é um adicional instituído conforme o tando tal procedimento um benefício concedido pelo em-
grau de risco existente na empresa e exercido pela função pregador, pois não há lei que obrigue a tal prática, salvo
do empregado, podendo variar entre 10% (mínimo), 20% existindo acordo ou convenção coletiva, seu desconto é
(médio) e 40% (máximo) sobre  salário mínimo. Normal- limitado por lei a 20% do valor entregue.
mente é determinado pelo médico do trabalho (PCMSO), Vale Transporte: é um benefício entregue por força de
lei, do valor entregue ao empregado, o empregador pode
com o acompanhamento de tabelas do Ministério do Tra-
descontar no máximo 6% do salário base, isso se o valor
balho, após avaliação das condições de risco que a saúde entregue for maior, caso contrário, descontar o valor en-
do empregado encontra-se exposta,  integrando o salário tregue. Exemplo: salário R$ 600,00, valor gasto com vale
para todos os fins legais. transporte R$ 80,00, 6% do salário R$ 36,00, valor de des-
conto R$ 36,00.
Periculosidade: também é um adicional, porém espe-
cíficos para funções de inflamáveis ou explosivos. Sua per- Desconto de DSR: ocorre a perda do descanso sema-
centagem é de 30% sobre o salário base, também acom- nal remunerado quando o empregado não cumpre sua
panhado pelo médico do trabalho (PCMSO), integrando o jornada de trabalho integralmente, dessa forma o empre-
salário para todos os fins legais. gador pode descontar o domingo ou feriado da semana.

Adiantamento Salarial: é comum acordos ou normas


Comissão: pode ser valor ou percentagem.  coletivas determinarem percentual de adiantamento do
salário, dessa forma será descontado no momento do pa-
Horas Extras:  Hora extra, hora suplementar ou hora gamento.
extraordinária é todo período de trabalhado excedente à
jornada contratualmente acordada. Assim, podemos admi- Contribuição Sindical: é devida pelo empregado a
tir que antes do início, durante o intervalo ou após o fim contribuição de 01 dia de trabalho no exercício anual de
da jornada, estando o empregado exercendo trabalho ou sua atividade, normalmente ocorre o desconto em março
estando à disposição do empregador, configura-se hora de cada ano, porém caso não tenha sido descontada deve-
extra. (fundamento e forma de calcular) rá ser feita no mês seguinte à admissão.

Contribuição Previdenciária: todo empregado sofre


Descanso Semanal Remunerado: DSR é o valor pago com a contribuição compulsória instituída pelo sistema
para horas extras, comissão ou adicionais que ainda não previdenciário do Brasil, segue escalonamento com base
foram computados o descanso. Sua forma de cálculo deve na tabela divulgada pela Previdência Social. Sua base de
ser interpretada como a somatória dos dias úteis, inclusive cálculo depende do evento que comporá a remuneração. O
o sábado, dividido pelos domingos e feriados no mês, por valor descontado é recolhido aos cofres públicos da União,
exemplo (horas extras / 26 * 4 = DSR). através da guia GPS, no dia 02 do mês seguinte de referên-
cia da folha de pagamento.

47
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Auxiliar administrativo

Imposto de Renda: desconto compulsório determina- mento, o operacional deve ser um plano mais detalhado
do pelo Governo sobre o rendimento assalariado, depende que os outros dois, tentando explicar cada tarefa isolada-
do evento pago no recibo de pagamento; após o desconto, mente.
o valor é recolhido aos cofres públicos da União no terceiro Desta maneira que os planejamentos Estratégico, Táti-
dia útil da semana seguinte ao pagamento, através da guia co e Operacional trabalham juntos. Cada um tem um esco-
DARF. po dentro da empresa e seguem uma ordem:
Fonte: http://www.professortrabalhista.adv.br/roti- Estratégia >> Tática >> Operação
na_folha_de_pagamento.htm Fonte: http://adm.esobre.com/planejamento-estratgi-
co-ttico-operacional

FUNÇÕES ADMINISTRATIVAS,
ORGANIZAÇÃO: CONCEITOS.
PLANEJAMENTO.
FINALIDADE E UTILIDADES.

Planejamento Estratégico, Tático e Operacional Prezado Candidato, o tema acima supracitado, já


foi abordado em tópicos anteriores.
Desenvolver o planejamento em uma empresa envolve
diversas etapas. Apesar do planejamento estratégico ser o
mais famoso na administração, os outros dois têm a mes-
ma importância em um planejamento integrado dentro da RECEPÇÃO: INFORMAÇÕES, CLASSIFICAÇÃO,
companhia.
REGISTRO E DISTRIBUIÇÃO DE DOCUMENTOS.
Planejamento Estratégico (longo alcance)
O planejamento estratégico é aquele que define as es-
tratégias de longo prazo da empresa. Este planejamento Planejamento Estratégico, Tático e Operacional
leva em conta todos os fatores internos e externos a com- Desenvolver o planejamento em uma empresa envolve
panhia – por exemplo, a situação econômica global é um diversas etapas. Apesar do planejamento estratégico ser o
fator a ser levado em conta no planejamento estratégico. mais famoso na administração, os outros dois têm a mes-
Quando elaboramos este planejamento procuramos ter ma importância em um planejamento integrado dentro da
uma visão integrada dos processos e da companhia, por companhia.
que a empresa como um todo entra nesta etapa.
O planejamento estratégico é feito em geral entre 5 e Planejamento Estratégico (longo alcance)
10 anos no futuro. O planejamento estratégico é aquele que define as es-
É essencial que o planejamento estratégico, apesar tratégias de longo prazo da empresa. Este planejamento
de ter um alcance de até 10 anos, seja atualizado leva em conta todos os fatores internos e externos a com-
panhia – por exemplo, a situação econômica global é um
constantemente. Se isto não ocorrer, o planejamento sofre
fator a ser levado em conta no planejamento estratégico.
um sério risco de ficar obsoleto e não ser utilizado dentro
Quando elaboramos este planejamento procuramos ter
da empresa, como deve ser.
uma visão integrada dos processos e da companhia, por
que a empresa como um todo entra nesta etapa.
Planejamento Tático (médio) O planejamento estratégico é feito em geral entre 5 e
O planejamento tático é diferente para cada área da 10 anos no futuro.
companhia. A area financeira terá seu próprio planejamen- É essencial que o planejamento estratégico, apesar
to tático financeiro, assim como a RH, marketing e assim de ter um alcance de até 10 anos, seja atualizado
por diante. Esta etapa é mais focada que o planejamento constantemente. Se isto não ocorrer, o planejamento sofre
estratégico, que é desdobrado em diversos planos táticos. um sério risco de ficar obsoleto e não ser utilizado dentro
O planejamento tático é feito de ano a ano e busca da empresa, como deve ser.
otimizar uma determinada área da empresa na busca de
um resultado. Planejamento Tático (médio)
O planejamento tático é diferente para cada área da
Planejamento Operacional (Curto alcance) companhia. A area financeira terá seu próprio planejamen-
O plano operacional coloca em prática cada um dos to tático financeiro, assim como a RH, marketing e assim
planos táticos dentro da empresa. Ele é projetado no curto por diante. Esta etapa é mais focada que o planejamento
prazo e envolve cada uma das tarefas e metas da empresa. estratégico, que é desdobrado em diversos planos táticos.
Um planejamento operacional deve planejar os prazos, O planejamento tático é feito de ano a ano e busca
metas e recursos para a implantação de um projeto ou ta- otimizar uma determinada área da empresa na busca de
refa dentro da empresa. Por ser a última etapa de planeja- um resultado.

48
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Auxiliar administrativo

Planejamento Operacional (Curto alcance) rimbo da entrada contendo a data e o numero da entrada.
O plano operacional coloca em prática cada um dos Nos serviços públicos e nas empresas mas tradicionalistas,
planos táticos dentro da empresa. Ele é projetado no curto utiliza-se o Livro de Registo para a correspondência rece-
prazo e envolve cada uma das tarefas e metas da empresa. bida.
Um planejamento operacional deve planejar os prazos,
metas e recursos para a implantação de um projeto ou ta- Distribuição
refa dentro da empresa. Por ser a última etapa de planeja- A distribuição da correspondência pode ser feita de
mento, o operacional deve ser um plano mais detalhado diversas formas, mas sempre de forma a poder ser con-
que os outros dois, tentando explicar cada tarefa isolada- trolada. E, para esse efeito utiliza-se o chamado livro de
mente. protocolo. Muitas vezes é utilizada uma guia de remessa de
Desta maneira que os planejamentos Estratégico, Táti- documentos que os descreve e agrupa por destinos, acom-
co e Operacional trabalham juntos. Cada um tem um esco- panhando-os até á recepção. Ai é assinado um duplicado
po dentro da empresa e seguem uma ordem: que comprova a entrega.
Estratégia >> Tática >> Operação
Resposta ou Arquivo
Fonte: http://adm.esobre.com/planejamento-estratgi- Depois de ser lida, a correspondência deve ser conve-
co-ttico-operacional nientemente tratada.
O que significa que:
- se não for necessário dar sequência ao assunto, a
correspondência vai imediatamente para o arquivo, com a
EXPEDIÇÃO DE CORRESPONDÊNCIA:
devida indicação no canto superior esquerdo e a assinatura
REGISTRO E ENCAMINHAMENTO. do ordenante;
- se é necessário uma resposta, devem ser feitas as
anotações necessárias para a sua execução ou, então, se
Correspondência for o caso, o próprio destinatário encarregar-se-á de a es-
Considera-se correspondência toda e qualquer forma crever.
de comunicação escrita, produzida e destinada a pessoas
jurídicas ou físicas, bem como aquela que se processa entre Não esquecer que:
órgãos e servidores de uma instituição. - toda a correspondência urgente deve ter uma respos-
ta imediata;
Classificação da correspondência - não se deve adiar a resolução de assuntos pendentes,
Patente tornando-os eternamente esquecidos. A execução de uma
Confidencial ou secreta carta resposta implica disponibilidade de tempo e disponi-
A correspondência confidencial ou secreta nunca deve bilidade mental.
ser aberta, mas sim conduzida diretamente á direção. É
conveniente, contudo, registrar a sua entrada, de preferên- Portanto, a redação da carta deve ser executada por
cia em livro próprio. uma pessoa experiente, de forma a minimizar as perdas de
tempo e conseguir uma boa qualidade de comunicação.
A correspondência particular, como é lógico, também
A resposta pode ser executada de diversas formas:
não deve ser aberta, mas sim dirigida aos respectivos des-
- ditado direto, em que o processador de texto executa
tinatários.
diretamente o texto que lhe é transmitido;
A correspondência dita patente, é que vai entrar no cir-
- ditado indireto, onde o processador de texto executa
cuito de tratamento.
o texto através de uma minuta, um registro que estenogra-
fou ou um registro gravado.
Abertura
A abertura da correspondência é importante referir a Assinatura
forma como se faz e os cuidados a ter para evitar a inutili- Depois de finalizada a correspondência deve ser de
zação do conteúdo. novo lida e em seguida assinada. A organização das gran-
Antes de se abrir as cartas deve-se colocar o conteúdo des empresas implica que o correio e expedição esteja
para um dos cantos dos sobrescritos e em seguida abre-se pronto até determinada hora, de forma a ser levado a des-
pelas arestas opostas. Isto porque as cartas são normal- pacho.
mente mal dobradas e quando são inseridas nos subscritos
ficam, por vezes, coladas no interior. Registro de saída
O registro das saídas também é normalmente feito em
Registro das entradas livro próprio. Devem ser tiradas cópias aos originais e en-
Geralmente esta fase da correspondência concentra-se caminhadas devidamente.
num só departamento. Tiram-se cópias dos originais rece-
bidos, para um exemplar ficar no departamento e o outro Expedição e Arquivo
seguir para o respectivo destino. Mas a tiragem das cópias Antes da correspondência ser inserida no sobrescrito
não pode ser feita sem antes ser colocado o respectivo ca- deve-se verificar se:

49
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Auxiliar administrativo

- a carta esta datada e assinada; 3. Carta Familiar: é aquela carta que utilizamos para
- contém o material referido em anexo; nos comunicar com algum familiar que se encontra a longa
- o endereço corresponde ao do sobrescrito. E por fim... distância. A finalidade desta carta é muito variada já que
- toda a correspondência que é expedida da empresa podem ser tido vários motivos pelos quais a escrevemos.
deve possuir em arquivo a respectiva cópia; 4. Carta de Vendas: é aquela comunicação que se envia
- quando a correspondência for registrada, juntamente aos prováveis clientes, com o fim de induzir uma ação que
com a cópia, deve ser arquivado um exemplar do talão de será a da compra.
aceitação; 5. Carta de Encomendas: é aquela carta que se envia
- no caso do registro ser com aviso de recepção, este, por uma empresa ou pequenos fornecedores, com a fina-
após ser devolvido pelo destinatário com a respectiva as- lidade de pedir ou fazer uma encomenda de mercadorias.
sinatura, deve também ser arquivado com a cópia da cor- 6. Carta de Emprego: é aquela carta que utilizamos
respondência. para solicitar uma entrevista, para apresentar seu currículo
e tratar de que a empresa à qual se lhe enviou a carta aceite
A Carta ou considere tomar esse empregado.
A Carta: é um médio de comunicação escrito onde se 7. Carta de Recomendação: é aquela carta que se utiliza
propõem situações relacionadas de acordo ao conteúdo para recomendar a alguém alguma pessoa. Esta carta sem-
que esta contenha, já seja uma carta comercial, ou uma pre vai acompanhada da carta de emprego e do currículo.
carta oficial. 8. Carta de Referência: é aquela carta a qual se envia
quando a petição de alguém se deseja maior informação a
Partes de uma carta respeito de uma pessoa designadamente.
1. Timbre: É o nome, direção e demais senhas de iden- 9. Carta de Apresentação: é aquela carta que se usa
tificação de uma empresa ou entidade que vai impresso na geralmente para que uma pessoa presente, a um conheci-
parte superior do papel e o sobre que se emprega para a
do ou amigo, seu a outra pessoa também de sua amizade.
correspondência.
2. Localidade e Data: é aquela que indica o local desde
Estilos das cartas
onde se escrevem as cartas bem como no dia mês e ano.
1. Estilo Bloco Extremo: é o estilo mas fácil e cômodo
3. Destinatário: são os dados de identificação da pes-
porquanto todas as linhas se escrevem começando na
soa ao qual vai ser enviada a carta
4. Assunto: é uma mensagem breve e concreto o qual margem esquerda do papel. Com este estilo sempre se
não deve ser mas extenso de uma linha e no que deve ser escreve a espaço singelo; entre a cada alínea deixam-se
escrito o assunto principal pela qual foi enviada a carta. dois espaços verticais.
5. Saúdo: é uma frase curta com mensagem de cortesia 2. Estilo Bloco: este estilo é muito parecido ao bloco
que se inclui antes de escrever o texto da carta. extremo. A diferença consiste em que a linha da data, a de
6. Texto: é o conjunto de alíneas que explica o assunto despedida, a de antefirma e as de assinatura se escrevem
ou motivo pelo qual foi escrita a carta, se recomenda que começando desde o centro horizontal do papel.
as alíneas sejam curtas escritos com linguagem clara, pre- 3. Estilo Semibloque: é o estilo mas elegante e um dos
ciso, natural e espontâneo. mas usados no Comércio. Este estilo mantém as mesmas
7. Despedida: são expressões de afeto com o que se caraterísticas do estilo bloco e distingue-se porque a cada
dá por concluída a expressão da mensagem. A despedida alínea começa deixando uma sangria de cinco a dez espa-
deve guardar o mesmo tom de cortesia, tanto de saúdo ços.
inicial e o relacionamento entre o emissor e receptor. 4. Estilo Sangrado: é um estilo que se diferencia do se-
8. Antefirma: é aquela que se emprega quando a pes- mibloque nos seguintes aspetos: a cada uma das linhas da
soa que remete a carta o faz em nome e representação de direção, exceto a primeira, leva uma sangria de cinco espa-
outra. ços em relacionamento com a anterior. Da mesma maneira
9. Assinatura: é aquela que contém o nome da pessoa faz-se com a despedida, a antefirma, as iniciais identifica-
que se responsabiliza pelo expresso na carta. doras e a assinatura.
10. Iniciais: é aquela que se refere às iniciais das pes-
soas que intervieram no ditado e mecanografiado da carta. Normas de pontuação da carta
11. Anexos: isto se utiliza quando a uma carta a acom- Além dos estilos de apresentação, também se lembra-
panha um ou vários documentos adjuntos, estes devem ser ram várias normas de pontuação que complementam o
mencionado em uma nota de anexos. atrativo de uma carta. Existem três normas de pontuação:
1. A Pontuação Aberta: é a que não usa signos de pon-
Tipos de Cartas tuação após as linhas da data, destinatário, direção, saúdo,
1. Carta Comercial: é aquela comunicação escrita que despedida e assinatura.
surge do trato que têm os comerciantes entre si, sobre coi- 2. A Pontuação Fechada: distingue-se pelas seguintes
sas de comércio. caraterísticas: escreve-se um ponto ao final da linha da
2. Carta Oficial: é aquela carta expedida por servidores data, utiliza-se coma após a cada linha do destinatário (ex-
públicos ou empregados de instituições governamentais, ceto ultima-a que leva ponto), se usam coma após a des-
estaduais, autárquicas; a qual é utilizada para tratar assun- pedida, se usam dois pontos após o saúdo e se usam coma
tos concernentes aos gerenciamentos da administração após a cada linha do bloco da assinatura (menos a ultima
pública. que leva ponto)

50
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Auxiliar administrativo

3. A Pontuação Mista: Combina as duas normas ante- documentos que os descreve e agrupa por destinos, acom-
riores e distingue-se pelo seguinte: usam-se dois pontos panhando-os até á recepção. Ai é assinado um duplicado
após o saúdo e usa-se coma após a despedida. que comprova a entrega.

Tamanhos de sobre-os Resposta ou Arquivo


O tamanho de sobre-os variam de acordo ao tamanho Depois de ser lida, a correspondência deve ser conve-
do papel no entanto os mais usados para cartas de negó- nientemente tratada.
cios são: o sobre comercial grande (10x24 cm.) e o sobre O que significa que:
comercial pequeno (9x16 cm.) - se não for necessário dar sequência ao assunto, a
Estes dois sobre são especialmente apropriados para correspondência vai imediatamente para o arquivo, com a
papel de 21.5x28 Cm. devida indicação no canto superior esquerdo e a assinatura
do ordenante;
Exercícios - se é necessário uma resposta, devem ser feitas as
anotações necessárias para a sua execução ou, então, se
Correspondência for o caso, o próprio destinatário encarregar-se-á de a es-
Considera-se correspondência toda e qualquer forma crever.
de comunicação escrita, produzida e destinada a pessoas
jurídicas ou físicas, bem como aquela que se processa entre Não esquecer que:
órgãos e servidores de uma instituição. - toda a correspondência urgente deve ter uma respos-
ta imediata;
Classificação da correspondência - não se deve adiar a resolução de assuntos pendentes,
Patente tornando-os eternamente esquecidos. A execução de uma
Confidencial ou secreta carta resposta implica disponibilidade de tempo e disponi-
A correspondência confidencial ou secreta nunca deve bilidade mental.
ser aberta, mas sim conduzida diretamente á direção. É
conveniente, contudo, registrar a sua entrada, de preferên-
Portanto, a redação da carta deve ser executada por
cia em livro próprio.
uma pessoa experiente, de forma a minimizar as perdas de
A correspondência particular, como é lógico, também
tempo e conseguir uma boa qualidade de comunicação.
não deve ser aberta, mas sim dirigida aos respectivos des-
A resposta pode ser executada de diversas formas:
tinatários.
- ditado direto, em que o processador de texto executa
A correspondência dita patente, é que vai entrar no cir-
diretamente o texto que lhe é transmitido;
cuito de tratamento.
- ditado indireto, onde o processador de texto executa
Abertura o texto através de uma minuta, um registro que estenogra-
A abertura da correspondência é importante referir a fou ou um registro gravado.
forma como se faz e os cuidados a ter para evitar a inutili-
zação do conteúdo. Assinatura
Antes de se abrir as cartas deve-se colocar o conteúdo Depois de finalizada a correspondência deve ser de
para um dos cantos dos sobrescritos e em seguida abre-se novo lida e em seguida assinada. A organização das gran-
pelas arestas opostas. Isto porque as cartas são normal- des empresas implica que o correio e expedição esteja
mente mal dobradas e quando são inseridas nos subscritos pronto até determinada hora, de forma a ser levado a des-
ficam, por vezes, coladas no interior. pacho.

Registro das entradas Registro de saída


Geralmente esta fase da correspondência concentra-se O registro das saídas também é normalmente feito em
num só departamento. Tiram-se cópias dos originais rece- livro próprio. Devem ser tiradas cópias aos originais e en-
bidos, para um exemplar ficar no departamento e o outro caminhadas devidamente.
seguir para o respectivo destino. Mas a tiragem das cópias
não pode ser feita sem antes ser colocado o respectivo ca- Expedição e Arquivo
rimbo da entrada contendo a data e o numero da entrada. Antes da correspondência ser inserida no sobrescrito
Nos serviços públicos e nas empresas mas tradicionalistas, deve-se verificar se:
utiliza-se o Livro de Registo para a correspondência rece- - a carta esta datada e assinada;
bida. - contém o material referido em anexo;
- o endereço corresponde ao do sobrescrito. E por fim...
Distribuição - toda a correspondência que é expedida da empresa
A distribuição da correspondência pode ser feita de deve possuir em arquivo a respectiva cópia;
diversas formas, mas sempre de forma a poder ser con- - quando a correspondência for registrada, juntamente
trolada. E, para esse efeito utiliza-se o chamado livro de com a cópia, deve ser arquivado um exemplar do talão de
protocolo. Muitas vezes é utilizada uma guia de remessa de aceitação;

51
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Auxiliar administrativo

- no caso do registro ser com aviso de recepção, este, 4. Carta de Vendas: é aquela comunicação que se envia
após ser devolvido pelo destinatário com a respectiva as- aos prováveis clientes, com o fim de induzir uma ação que
sinatura, deve também ser arquivado com a cópia da cor- será a da compra.
respondência. 5. Carta de Encomendas: é aquela carta que se envia
por uma empresa ou pequenos fornecedores, com a fina-
A Carta lidade de pedir ou fazer uma encomenda de mercadorias.
A Carta: é um médio de comunicação escrito onde se 6. Carta de Emprego: é aquela carta que utilizamos
propõem situações relacionadas de acordo ao conteúdo para solicitar uma entrevista, para apresentar seu currículo
que esta contenha, já seja uma carta comercial, ou uma e tratar de que a empresa à qual se lhe enviou a carta aceite
carta oficial. ou considere tomar esse empregado.
7. Carta de Recomendação: é aquela carta que se utiliza
Partes de uma carta para recomendar a alguém alguma pessoa. Esta carta sem-
1. Timbre: É o nome, direção e demais senhas de iden- pre vai acompanhada da carta de emprego e do currículo.
tificação de uma empresa ou entidade que vai impresso na 8. Carta de Referência: é aquela carta a qual se envia
quando a petição de alguém se deseja maior informação a
parte superior do papel e o sobre que se emprega para a
respeito de uma pessoa designadamente.
correspondência.
9. Carta de Apresentação: é aquela carta que se usa
2. Localidade e Data: é aquela que indica o local desde
geralmente para que uma pessoa presente, a um conheci-
onde se escrevem as cartas bem como no dia mês e ano.
do ou amigo, seu a outra pessoa também de sua amizade.
3. Destinatário: são os dados de identificação da pes-
soa ao qual vai ser enviada a carta Estilos das cartas
4. Assunto: é uma mensagem breve e concreto o qual 1. Estilo Bloco Extremo: é o estilo mas fácil e cômodo
não deve ser mas extenso de uma linha e no que deve ser porquanto todas as linhas se escrevem começando na
escrito o assunto principal pela qual foi enviada a carta. margem esquerda do papel. Com este estilo sempre se
5. Saúdo: é uma frase curta com mensagem de cortesia escreve a espaço singelo; entre a cada alínea deixam-se
que se inclui antes de escrever o texto da carta. dois espaços verticais.
6. Texto: é o conjunto de alíneas que explica o assunto 2. Estilo Bloco: este estilo é muito parecido ao bloco
ou motivo pelo qual foi escrita a carta, se recomenda que extremo. A diferença consiste em que a linha da data, a de
as alíneas sejam curtas escritos com linguagem clara, pre- despedida, a de antefirma e as de assinatura se escrevem
ciso, natural e espontâneo. começando desde o centro horizontal do papel.
7. Despedida: são expressões de afeto com o que se 3. Estilo Semibloque: é o estilo mas elegante e um dos
dá por concluída a expressão da mensagem. A despedida mas usados no Comércio. Este estilo mantém as mesmas
deve guardar o mesmo tom de cortesia, tanto de saúdo caraterísticas do estilo bloco e distingue-se porque a cada
inicial e o relacionamento entre o emissor e receptor. alínea começa deixando uma sangria de cinco a dez espa-
8. Antefirma: é aquela que se emprega quando a pes- ços.
soa que remete a carta o faz em nome e representação de 4. Estilo Sangrado: é um estilo que se diferencia do se-
outra. mibloque nos seguintes aspetos: a cada uma das linhas da
9. Assinatura: é aquela que contém o nome da pessoa direção, exceto a primeira, leva uma sangria de cinco espa-
que se responsabiliza pelo expresso na carta. ços em relacionamento com a anterior. Da mesma maneira
10. Iniciais: é aquela que se refere às iniciais das pes- faz-se com a despedida, a antefirma, as iniciais identifica-
soas que intervieram no ditado e mecanografiado da carta. doras e a assinatura.
11. Anexos: isto se utiliza quando a uma carta a acom-
panha um ou vários documentos adjuntos, estes devem ser Normas de pontuação da carta
Além dos estilos de apresentação, também se lembra-
mencionado em uma nota de anexos.
ram várias normas de pontuação que complementam o
atrativo de uma carta. Existem três normas de pontuação:
Tipos de Cartas
1. A Pontuação Aberta: é a que não usa signos de pon-
1. Carta Comercial: é aquela comunicação escrita que
tuação após as linhas da data, destinatário, direção, saúdo,
surge do trato que têm os comerciantes entre si, sobre coi- despedida e assinatura.
sas de comércio. 2. A Pontuação Fechada: distingue-se pelas seguintes
2. Carta Oficial: é aquela carta expedida por servidores caraterísticas: escreve-se um ponto ao final da linha da
públicos ou empregados de instituições governamentais, data, utiliza-se coma após a cada linha do destinatário (ex-
estaduais, autárquicas; a qual é utilizada para tratar assun- ceto ultima-a que leva ponto), se usam coma após a des-
tos concernentes aos gerenciamentos da administração pedida, se usam dois pontos após o saúdo e se usam coma
pública. após a cada linha do bloco da assinatura (menos a ultima
3. Carta Familiar: é aquela carta que utilizamos para que leva ponto)
nos comunicar com algum familiar que se encontra a longa 3. A Pontuação Mista: Combina as duas normas ante-
distância. A finalidade desta carta é muito variada já que riores e distingue-se pelo seguinte: usam-se dois pontos
podem ser tido vários motivos pelos quais a escrevemos. após o saúdo e usa-se coma após a despedida.

52
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Auxiliar administrativo

Tamanhos de sobre-os
O tamanho de sobre-os variam de acordo ao tamanho ANOTAÇÕES
___
do papel no entanto os mais usados para cartas de negó-
cios são: o sobre comercial grande (10x24 cm.) e o sobre
comercial pequeno (9x16 cm.) ___________________________________________________
Estes dois sobre são especialmente apropriados para
papel de 21.5x28 Cm. ___________________________________________________

ANOTAÇÕES ___________________________________________________

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53
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Auxiliar administrativo

ANOTAÇÕES

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Auxiliar administrativo

EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES 03-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE


JANEIRO - ANALISTA DE SISTEMAS - FCC/2012) A frase
(LÍNGUA PORTUGUESA) que admite transposição para a voz PASSIVA é:
(A) Quando a Bem-amada vier com seus olhos tris-
01-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE tes...
JANEIRO - ANALISTA DE SISTEMAS - FCC/2012) Com as (B) O chapéu dele está aí...
alterações propostas entre parênteses para o segmento (C) ... chegou à conclusão de que o funcionário...
grifado nas frases abaixo, o verbo que se mantém cor- (D) Leio a reclamação de um repórter irritado...
retamente no singular é: (E) ... precisava falar com um delegado...
(A) a modernização do Rio se teria feito (as obras
de modernização) A única alternativa que possibilita a transposição para a
(B) Mas nunca se esquece ele de que (esses autores) voz passiva é a: A reclamação de um repórter irritado foi lida
(C) por que vem passando a mais bela das cidades por mim”.
do Brasil (as mais belas cidades do Brasil)
(D) continua a haver um Rio de Janeiro do tempo RESPOSTA: “D”.
dos Franceses (tradições no Rio de Janeiro)
(E) do que a cidade parece ter de eterno (as belezas
04-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE
da cidade)
JANEIRO - ANALISTA DE SISTEMAS - FCC/2012) ... e che-
Fiz as anotações ao lado:
gou à conclusão de que o funcionário passou o dia inteiro
(A) a modernização do Rio se teria feito (as obras de mo-
dernização) = se teriam feito tomando café.
(B) Mas nunca se esquece ele de que (esses autores) = se Do mesmo modo que se justifica o sinal indicativo de
esquecem crase em destaque na frase acima, está correto o seu em-
(C) por que vem passando a mais bela das cidades do prego em:
Brasil (as mais belas cidades do Brasil) = por que vêm pas- (A) e chegou à uma conclusão totalmente inesperada.
sando (B) e chegou então à tirar conclusões precipitadas.
(D) continua a haver um Rio de Janeiro do tempo dos (C) e chegou à tempo de ouvir as conclusões finais.
Franceses (tradições no Rio de Janeiro) = continua a haver (D) e chegou finalmente à inevitável conclusão.
(E) do que a cidade parece ter de eterno (as belezas da (E) e chegou à conclusões as mais disparatadas.
cidade) = parecem ter
Vamos por exclusão:
RESPOSTA: “D”. (A) e chegou à uma = não há acento grave antes de ar-
tigo indefinido
02-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE (B) e chegou então à tirar = não há acento grave antes de
JANEIRO - ANALISTA DE SISTEMAS - FCC/2012) Os verbos verbo no infinitivo
que exigem o mesmo tipo de complemento estão empre- (C) e chegou à tempo = não há acento grave antes de
gados nos segmentos transcritos em: palavra masculina
(A) A vida é triste e complicada. // ... mergulhemos de (D) e chegou finalmente à inevitável conclusão.
corpo e alma no cafezinho. (E) e chegou à conclusões = não há acento grave quando
(B) ... alguém dará o nosso recado sem endereço. // A a preposição está no singular e a palavra que a acompanha
vida é triste e complicada. não tem a presença do artigo definido (há generalização). Ha-
(C) Tinha razão o rapaz... // Depois de esperar duas veria acento se a construção fosse: “chegou às conclusões as
ou três horas... mais disparatadas”.
(D) Para quem espera nervosamente... // Depois de
esperar duas ou três horas...
RESPOSTA: “D”.
(E) Tinha razão o rapaz... // ... mergulhemos de corpo
e alma no cafezinho.
05-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO
Análise abaixo: PAULO - ANALISTA EM COMUNICAÇÃO E PROCESSA-
(A) A vida é = verbo de ligação // ... mergulhemos = MENTO DE DADOS JUDICIÁRIO – VUNESP/2012) Leia o
intransitivo texto para responder à questão.
(B) ... alguém dará = transitivo direto e indireto (no con-
texto, apenas direto) // A vida é = verbo de ligação Tufão “Tembin” causa destruição em Taiwan; 5 mil
(C) Tinha = transitivo direto // Depois de esperar = tran- evacuaram
sitivo direto
(D) Para quem espera = pode ser considerado intransitivo
– (NESTE CONTEXTO) // Depois de esperar = transitivo direto
(E) Tinha = transitivo direto // ... mergulhemos = intran-
sitivo

RESPOSTA: “C”.

55
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Auxiliar administrativo

06-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO


PAULO - ANALISTA EM COMUNICAÇÃO E PROCESSA-
MENTO DE DADOS JUDICIÁRIO – VUNESP/2012) Se-
guem a mesma regra de acentuação gráfica relativa às
palavras paroxítonas:
(A) probatório; condenatório; crédito.
(B) máquina; denúncia; ilícita.
(C) denúncia; funcionário; improcedência.
(D) máquina; improcedência; probatório.
(E) condenatório; funcionário; frágil.
Imagem mostra morador entre árvores que foram
derrubadas nesta sexta-feira (24), durante passagem Vamos a elas:
do tufão Tembin, em Taitung, no leste de Taiwan. Se- (A) probatório = paroxítona terminada em ditongo;
gundo a agência AFP, ao menos 5 mil pessoas foram condenatório = paroxítona terminada em ditongo; crédito
evacuadas das regiões expostas a deslizamentos de ter- = proparoxítona.
ra diante da ameaça do tufão, de categoria 4 na escala (B) máquina = proparoxítona; denúncia = paroxítona
Saffir-Simpson (1 a 5), que atingiu o condado de Ping- terminada em ditongo; ilícita = proparoxítona.
tung às 5h (18h de Brasília), segundo a agência nacio- (C) Denúncia = paroxítona terminada em ditongo; fun-
nal de meteorologia. cionário = paroxítona terminada em ditongo; improcedên-
(Disponível em http://noticias.uol.com.br/album/ cia = paroxítona terminada em ditongo
album-do-dia/2012/08/24/imagens-do-dia-24-de-agosto- (D) máquina; improcedência; probatório = classifica-
-de-2012.htm?abrefoto=9. Acesso em 24.08.2012)
ções apresentadas acima
(E) condenatório; funcionário = classificações apresen-
A respeito do emprego de verbos nessa notícia, po-
de-se afirmar que: tadas acima / Frágil = paroxítona terminada em “l”
I. “evacuar” suscita duplicidade de sentido quando
empregado na voz ativa ou na passiva; RESPOSTA: “C”.
II. “foram derrubadas” e “foram evacuadas” estão
na voz passiva e indicam tempo pretérito; 07-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO
III. “mostra” e “atingiu” estão na voz ativa e indi- PAULO - ANALISTA EM COMUNICAÇÃO E PROCESSA-
cam, respectivamente, tempo pretérito e tempo pre- MENTO DE DADOS JUDICIÁRIO – VUNESP/2012) Em
sente; – os procedimentos se tornaram muito mais céleres e
IV. “mostra” e “foram derrubadas” estão na voz fáceis – o termo destacado apresenta como antônimo:
passiva e indicam tempo passado. (A) ágeis.
Está correto o que se afirma apenas em (B) modernos.
(A) I e II. (C) desenvoltos.
(B) I e III. (D) arcaicos.
(C) I e IV. (E) morosos.
(D) II e III.
(E) II e IV. Ao estudarmos conteúdo de Direito, percebemos que
um dos princípios da Justiça é o da celeridade, da rapidez
Questão que envolve intepretação, conhecimento de
Vozes e Tempos Verbais, além de Ambiguidade. Farei as no julgamento/andamento do processo, o que nos facilita
observações nos itens: responder à questão: antônimo de célere, rápido = moroso.
I. “evacuar” suscita duplicidade de sentido quando em-
pregado na voz ativa ou na passiva; RESPOSTA: “E”.
= tanto “evacuaram” quanto “foram evacuadas” apre-
sentam duplo sentido 08-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO
II. “foram derrubadas” e “foram evacuadas” estão na PAULO - ANALISTA EM COMUNICAÇÃO E PROCESSA-
voz passiva e indicam tempo pretérito; MENTO DE DADOS JUDICIÁRIO – VUNESP/2012) Consi-
III. “mostra” e “atingiu” estão na voz ativa e indicam, dere a frase a seguir.
respectivamente, tempo pretérito e tempo presente; = Esses recursos chegam ao STF depois de passar por
houve uma inversão: “mostra” está no presente e “atingiu” uma “peneira” no tribunal de origem.
está no pretérito perfeito Preserva-se o mesmo sentido e regência do verbo
IV. “mostra” e “foram derrubadas” estão na voz passiva chegar da frase em:
e indicam tempo passado. (A) O dinheiro não chegou para as despesas do mês.
= “mostra” está na voz ativa e tempo presente; “foram (B) Ela não chega à mãe em beleza e inteligência.
derrubadas” sim, está na voz passiva e tempo passado. (C) Uma desgraça nunca chega só.
Itens corretos: I e II.
(D) Chega de reclamações, disse o juiz.
(E) Apesar de chegar cedo à seção eleitoral, não
RESPOSTA: “A”.
conseguiu votar.

56
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Auxiliar administrativo

No enunciado, o verbo “chegar” exerce a função de (A) um erro de grafia (ante mão) e outro de concor-
verbo transitivo indireto, pedindo preposição: chegar a que dância verbal (vêm).
lugar, aonde? A alternativa que também apresenta o mes- (B) dois erros de grafia (ante mão/ sob).
mo sentido é a: chegou à seção eleitoral. (C) dois erros de concordância nominal (vaias/ xinga-
mentos).
RESPOSTA: “E”. (D) um erro de grafia (sob) e um erro de concordância
nominal (vaias).
09-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO (E) um erro de grafia (recepção) e um erro de concor-
PAULO - ANALISTA EM COMUNICAÇÃO E PROCESSA- dância verbal (vêm).
MENTO DE DADOS JUDICIÁRIO – VUNESP/2012) Con- No trecho há um erro ortográfico (antemão é a forma
sidere o trecho. correta); “vêm” está no plural, mas o seu sujeito (a recepção)
Em audiência pública realizada na última sexta- está no singular, portanto o correto é “vem”.
-feira (24), o ministro Marco Aurélio se mostrou preocu-
pado e afirmou que tem receio de que o julgamento do RESPOSTA: “A”.
mensalão não termine até o final do ano.
Nesse trecho, a relação estabelecida entre as ora- (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAU-
ções ligadas pela conjunção “e” é de LO - ASSISTENTE SOCIAL JUDICIÁRIO - VUNESP/2012 -
(A) contraposição. ADAPTADA) Leia o texto, para responder às questões de
(B) exclusão. números 53 e 54.
(C) tempo. Nas últimas três décadas, as milícias, organizações cri-
(D) adição. minosas lideradas por policiais e ex-policiais, vêm se alas-
(E) alternância. trando no Rio de Janeiro. Elas avançaram sobre os domí-
nios do tráfico, passaram a comandar territórios da cida-
A ideia apresentada pela conjunção “e”, nesse texto, é de e consolidaram seu poder à base do assistencialismo e
de adição. do medo. Como têm centenas de milhares de pessoas sob
seu jugo, essas gangues de farda ganham força em pe-
RESPOSTA: “D”. ríodos eleitorais, quando são procuradas por candidatos
em busca de apoio, arbitram sobre quem faz campanha
10-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO em seu pedaço e lançam nomes egressos de suas próprias
fileiras.
PAULO - ANALISTA EM COMUNICAÇÃO E PROCES-
(Veja, 26.09.2012. Adaptado)
SAMENTO DE DADOS JUDICIÁRIO – VUNESP/2012 -
ADAPTADA) A corte seguiu à risca um artigo do Estatu-
12-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE
to da Criança e do Adolescente (ECA).
SÃO PAULO - ASSISTENTE SOCIAL JUDICIÁRIO - VU-
Segue essa mesma regra de uso da crase a alternativa:
NESP/2012) Sabendo que o aposto é empregado para
(A) (A lei) ameaça despejar milhares de marginais pre-
precisar, explicar um termo antecedente, assinale a al-
coces de volta às ruas.
ternativa contendo passagem do texto com essa fun-
(B) A felicidade é o sonho que se oferece às pessoas. ção.
(C) Telefonei ontem à sua tia. (A) …quem faz campanha em seu pedaço…
(D) Ficou rodando de carro à toa por muito tempo. (B) …nomes egressos de suas próprias fileiras.
(E) Não ceda à tentação. (C) …centenas de milhares de pessoas sob seu
jugo…
O termo “seguiu à risca” dá-nos uma ideia de “modo”. (D) …quando são procuradas por candidatos em
Dentre as alternativas apresentadas, o item que nos passa o busca de apoio…
mesmo sentido é: Ficou rodando de carro à toa por muito (E) …organizações criminosas lideradas por poli-
tempo. ciais e ex-policiais…
RESPOSTA: “D”. Retirando do texto o trecho, perceberemos que o item
que apresenta um aposto (termo que explica um antece-
11-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO dente) é o seguinte: as milícias, organizações criminosas
PAULO - ANALISTA EM COMUNICAÇÃO E PROCESSA- lideradas por policiais e ex-policiais, vêm se alastrandro no
MENTO DE DADOS JUDICIÁRIO – VUNESP/2012) Consi- Rio de Janeiro.
dere o trecho.
Dentro e fora de campo, a vida do juiz de futebol Jua- RESPOSTA: “E”.
rez Gomes da Silva é uma eterna bola dividida. De ante
mão, ele já carrega a fama de vilão de espetáculo: ao 13-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE
surgir no gramado ao lado dos bandeirinhas, a recepção SÃO PAULO - ASSISTENTE SOCIAL JUDICIÁRIO - VU-
vêm sob a forma de vaias, xingamentos e bombardeio de NESP/2012) A passagem do texto em que se encontra
objetos. adjunto adverbial expressando circunstância de modo
No texto apresentado, há é:

57
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Auxiliar administrativo

(A) …no Rio de Janeiro. (A) Vê-se que ficou assegurado (assegurada) à família
(B) …em períodos eleitorais… a guarda do menor.
(C) …à base do assistencialismo e do medo. (B) Fica claro que o problema atinge os setores público
(D) …de suas próprias fileiras. e privado.
(E) …sobre os domínios do tráfico… (C) Ainda não identificada (identificadas) pela polícia,
as pessoas responsáveis pelo assalto estão à solta.
Para “descobrirmos” um adjunto adverbial de modo, (D) Já foi divulgado (divulgada) na mídia alguma coisa
perguntamos ao verbo: “como?” No texto, dentre as alter- a respeito do acidente?
nativas apresentadas, a que responde a essa pergunta ade- (E) Se foi incluso (inclusa - ou incluída, já que fun-
quadamente é: “consolidaram seu poder (como?) = à base ciona como verbo) no contrato, a cláusula não pode ser
do assistencialismo e do medo. desconsiderada.

RESPOSTA: “C”. RESPOSTA: “B”.

14-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE 16-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE


SÃO PAULO - ASSISTENTE SOCIAL JUDICIÁRIO - VU- SÃO PAULO - ASSISTENTE SOCIAL JUDICIÁRIO - VU-
NESP/2012) Assinale a alternativa em que os pronomes NESP/2012) Assinale a alternativa em que todos os ver-
estão empregados e colocados na frase de acordo com bos estão conjugados segundo a norma-padrão.
a norma-padrão. (A) Absteu-se do álcool durante anos; agora, voltou
(A) Nos surpreende, a cada dia, constatar a invasão ao vício.
das milícias, que espalham-se pelas favelas, ditando-as (B) Perderam seus documentos durante a viagem,
suas leis. mas já os reaveram.
(B) Depois de invadir vários territórios da cidade, as (C) Avisem-me, se vocês verem que estão ocorrendo
milícias dominaram eles e ali instalaram-se. conflitos.
(C) Há candidatos que usam as gangues: as procu- (D) Só haverá acordo se nós propormos uma boa in-
ram movidos pelo interesse em ter elas como aliadas. denização.
(D) Quase nunca vê-se reação das comunidades (E) Antes do jantar, a criançada se entretinha com jo-
diante do terror que as milícias as impõem. gos eletrônicos.
(E) Milicianos instalam-se nas comunidades e im-
põem seu poder; consolidam-no pela prática do terror. Correção à frente:
(A) Absteu-se = absteve-se
Fiz as correções: (B) mas já os reaveram = reouveram
(A) que espalham-se = que se espalham (pronome re- (C) se vocês verem = virem
lativo) (D) Só haverá acordo se nós propormos = propusermos
(B) e ali instalaram-se = ali se instalaram (advérbio) (E) Antes do jantar, a criançada se entretinha com jogos
(C) Há candidatos que usam as gangues: as procuram eletrônicos.
= procuram-nas (depois de pontuação)
(D) Quase nunca vê-se = nunca se vê (advérbio) RESPOSTA: “E”.
E) Milicianos instalam-se... ;consolidam-no pela prática
do terror 17-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO
PAULO - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – VU-
RESPOSTA: “E”. NESP/2011- ADAPTADA) Em – Tudo indica que 250 mil
documentos secretos foram copiados por um jovem sol-
15-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE dado num CD enquanto fingia ouvir Lady Gaga. – a pala-
SÃO PAULO - ASSISTENTE SOCIAL JUDICIÁRIO - VU- vra destacada exprime ideia de
NESP/2012) Assinale a alternativa em que a concordân- (A) Hipótese
cia nominal está de acordo com a norma-padrão. (B) Condição
(A) Vê-se que ficou assegurado à família a guarda (C) Concessão
do menor. (D) Causa
(B) Fica claro que o problema atinge os setores pú- (E) Tempo
blico e privado.
(C) Ainda não identificada pela polícia, as pessoas A conjunção destacada dá-nos a informação com rela-
responsáveis pelo assalto estão à solta. ção ao momento, ao “tempo” em que a ação foi praticada.
(D) Já foi divulgado na mídia alguma coisa a respei-
to do acidente? RESPOSTA: “E”.
(E) Se foi incluso no contrato, a cláusula não pode
ser desconsiderada.

Fiz as correções entre parênteses:

58
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Auxiliar administrativo

18-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO O verbo “recortar” pede objeto direto (recortar o quê?).
PAULO - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – VU- Sabemos que “lhe” é para objeto indireto, então descarta-
NESP/2011) Assinale a alternativa correta quanto à con- mos a alternativa “D”. O pronome “no” é usado quando o
cordância verbal. verbo termina em “m”: encontraram-no, amam-no. Então
(A) Começaram as investigações pelas ações do jo- eliminamos mais uma, a “C”. O “lo” geralmente é emprega-
vem soldado. do quando o verbo termina em sílaba tônica: amá-lo, acei-
(B) Um jovem soldado e a WikiLeaks divulgou infor- tá-lo, incluí-lo. Chegamos, então, à resposta: recortando-o.
mações secretas.
(C) Mais de um relatório diplomático vazaram na in- RESPOSTA: “B”.
ternet.
(D) Repartições, investimentos, pessoas, nada im- 21-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO
pediram o jovem soldado. PAULO - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – VU-
(E) Os telegramas relacionados com o Brasil foi, NESP/2011) Assinale a alternativa em que a concordân-
para o ministro Jobim, muito negativos. cia verbal está correta.
(A) Haviam cooperativas de catadores na cidade de
Fiz as correções à frente: São Paulo.
(A) Começaram as investigações pelas ações do jovem (B) O lixo de casas e condomínios vão para aterros.
soldado. (C) O tratamento e a destinação corretos do lixo
(B) Um jovem soldado e a WikiLeaks divulgou = divul- evitaria que 35% deles fosse despejado em aterros.
garam (D) Fazem dois anos que a prefeitura adia a questão
(C) Mais de um relatório diplomático vazaram = vazou do lixo.
(D) Repartições, investimentos, pessoas, nada impedi- (E) Somos nós quem paga a conta pelo descaso com
ram = impediu a coleta de lixo.
(E) Os telegramas relacionados com o Brasil foi = foram
Fiz as correções à frente:
RESPOSTA: “A”. (A) Haviam cooperativas = havia (sentido de Existir)
(B) O lixo de casas e condomínios vão = vai
19-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO (C) O tratamento e a destinação corretos do lixo evita-
PAULO - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – VU- ria que 35% deles fosse = fossem
NESP/2011) Assinale a alternativa cujo emprego do (D) Fazem dois anos = faz (sentido de tempo passado:
pronome está em conformidade com a norma padrão singular)
da língua. (E) Somos nós quem paga a conta pelo descaso com
(A) Não autorizam-nos a ler os comentários sigilo- a coleta de lixo
sos. * outra forma correta seria: Somos nós que pagamos.
(B) Nos falaram que a diplomacia americana está
abalada. RESPOSTA: “E”.
(C) Ninguém o informou sobre o caso WikiLeaks.
(D) Conformado, se rendeu às punições. 22-) (TRE/AP - TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2011)
(E) Todos querem que combata-se a corrupção. Está corretamente empregada a palavra destacada na
frase
Fiz as correções à frente: a) Constitue uma grande tarefa transportar todo
(A) Não autorizam-nos = não nos autorizam aquele material.
(B) Nos falaram = falaram-nos b) As pessoas mais conscientes requereram anula-
(C) Ninguém o informou sobre o caso WikiLeaks. ção daquele privilégio.
(D) Conformado, se rendeu = rendeu-se c) Os fiscais reteram o material dos artistas.
(E) Todos querem que combata-se = que se combata d) Quando ele vir até aqui, trataremos do assunto.
e) Se eles porem as pastas na caixa ainda hoje,
RESPOSTA: “C”. pode despachá-la imediatamente.

20-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO a) Constitue (constitui) uma grande tarefa transportar
PAULO - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – VU- todo aquele material.
NESP/2011) Em: – mamãe está recortando o jornal. – ao b) As pessoas mais conscientes requereram anulação
se substituir o jornal por um pronome, de acordo com daquele privilégio.
a norma culta, tem-se: c) Os fiscais reteram (retiveram) o material dos artistas.
(A) recortando-lo. d) Quando ele vir (vier) até aqui, trataremos do assunto.
(B) recortando-o. e) Se eles porem (puserem) as pastas na caixa ainda
(C) recortando-no. hoje, pode despachá-la imediatamente.
(D) recortando-lhe.
(E) recortando ele. RESPOSTA: “B”.

59
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Auxiliar administrativo

23-) (TRE/RS – ANALISTA JUDICIÁRIO – FCC/2010) eletrônico é sua flexibilidade. Assim, não inte-
... a Coreia do Norte interrompeu comunicações ressa definir forma rígida para sua estrutura.
com o vizinho ... Entretanto, deve-se evitar o uso de linguagem
Transpondo a frase acima para a voz passiva, a for- incompatível com uma comunicação oficial
ma verbal corretamente obtida é: (v. 1.2 A Linguagem dos Atos e Comunicações
a) tinha interrompido. Oficiais).
b) foram interrompidas. (Fonte: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/
c) fora interrompido. manual/manual.htm)
d) haviam sido interrompidas.
e) haveriam de ser interrompidas. RESPOSTA: “CERTO”.

... a Coreia do Norte interrompeu comunicações com


o vizinho = voz ativa com um verbo, então a passiva terá
dois: comunicações com o vizinho foram interrompidas
pela Coreia...

RESPOSTA: “B”.

24-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARA-


NÁ – ADMINISTRADOR - UFPR/2013) Assinale a alter-
nativa que apresenta um dito popular que parafraseia
o conteúdo expresso no excerto: “Se você está em casa,
não pode sair. Se você está na rua, não pode entrar”.
a) “Se correr o bicho pega, se ficar, o bicho come”.
b) “Quando o gato sai, os ratos fazem a festa”.
c) “Um dia da caça, o outro do caçador”.
d) “Manda quem pode, obedece quem precisa”.

Dentre as alternativas apresentadas, a que reafirma a


ideia do excerto (não há muita saída, não há escolhas) é:
“Se você está em casa, não pode sair. Se você está na rua,
não pode entrar”.

RESPOSTA: “A”.

25-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO ACRE


– TÉCNICO EM MICROINFORMÁTICA - CESPE/2012) As
palavras “conteúdo”, “calúnia” e “injúria” são acentua-
das de acordo com a mesma regra de acentuação grá-
fica.

“Conteúdo” é acentuada seguindo a regra do hiato; ca-


lúnia = paroxítona terminada em ditongo; injúria = paroxí-
tona terminada em ditongo.

RESPOSTA: “ERRADO”.

26-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO ACRE


– TÉCNICO EM MICROINFORMÁTICA - CESPE/2012) O
correio eletrônico é uma forma de comunicação célere,
na qual deve ser utilizada linguagem compatível com
a comunicação oficial, embora não seja definida uma
forma rígida para sua estrutura.

O correio eletrônico (“e-mail”), por seu baixo


custo e celeridade, transformou-se na princi-
pal forma de comunicação para transmissão
de documentos.
Um dos atrativos de comunicação por correio

60
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Auxiliar administrativo

ANOTAÇÕES

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Auxiliar administrativo

ANOTAÇÕES

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