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FACULDADE DE ARQUITECTURA
Disciplina: História de Arte e Arquitectura e Urbanismo
Índice ............................................................................................................................................................. 1
Introdução..................................................................................................................................................... 2
Pergunta de partida ...................................................................................................................................... 2
Objectivos Geral ............................................................................................................................................ 2
Objectivo específico ...................................................................................................................................... 2
Justificativa.................................................................................................................................................... 2
Metodologia .................................................................................................................................................. 2
Os chopes ...................................................................................................................................................... 3
Mbila/Timbila ................................................................................................................................................ 3
Tipos de mbila ............................................................................................................................................... 4
Estrutura da mbila......................................................................................................................................... 5
Manifestação da timbila ............................................................................................................................... 6
O msaho ........................................................................................................................................................ 7
Ngodo ............................................................................................................................................................ 7
O msaho/manifestação da timbila na atualidade ......................................................................................... 9
Conclusão .................................................................................................................................................... 10
Bibliografia .................................................................................................................................................. 11
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Introdução
A timbila é instrumento musical tradicional criado e tocado por um povo denominado Chopes,
originário da província de Inhambane, distrito de Zavala.
Nas primeiras paginas deste ensaio Ira encontrar conhecimentos sobre o povo chope e a sua
timbila, em seguida e o evento em que este instrumento é tocado: o msaho. Depois que tiver
absorvido esses conhecimento vai estar preparado para entender os processos envolvidos no
acto da manifestação da timbila pelo povo chope que é apresentado nas ultimas paginas do
desenvolvimento deste ensaio.
Pergunta de partida
Objectivos Geral
Entender todos os processos envolvidos no acto da manifestação da timbila pelo povo chope
Objectivo específico
1. Conhecer o povo chope bem como a timbila por eles criada e tocada
Justificativa
Metodologia
Foi feita uma Pesquisa exploratória para delimitar a pergunta de partida, seguida de uma
Pesquisa bibliográfica para obter as informações necessárias para elaborar o trabalho,
recorreu-se a documentos iconográficos para ilustrar alguns elementos mencionadas no
trabalho.
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Os chopes
Os primeiros relatos conhecidos acerca dos chopes e da sua música datam do séc. XVI, por
meio de cartas enviadas pelo missionário católico português, Padre André Fernandes, a seus
colegas na India e em Portugal. Nestas cartas faz referências a mestria e sensibilidade
particular desde povo, assim como as suas exuberantes e complexas performances
compostas por música, dança e poesia. (OLIVEIRA, estudo da mudança musical na
performance e na construção da timbila em Moçambique)
Mbila/Timbila
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Xilofone é o nome genérico para vários instrumentos musicais, que consistem em várias lâminas de madeira
dispostas cromaticamente.
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Xitchopi é a língua tradicional dos chope
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Timbila é também o nome da dança que acompanha a musica das orquestras. (WANE, apud
BORGES Luciano, a timbila na rua e na rede:4)
A mbila é um instrumento complexo oque torna a sua construção uma arte de domínio de
poucos, é feito de um tipo de madeira denominado “mwenje” que já esta próximo do
processo de extinção.
Tipos de mbila
Existem dois principais tipos de mbila chope, a mbila que se toca sentado e a mbila que se toca
em pé.
A mbila que se toca sentado - É apoiada colocando uma das pernas por dentro de uma peça
acoplada a estrutura; Possui em media 18 teclas, médias e pequenas, que descrevem
progressivamente da esquerda para a direita. De uns 30 a 40cm de comprimento, de uns 8 a
15cm de largura, e uns 3cm de espessura: possui de cabeças médias a pequenas, que variam
de 20 a 40cm de circunferência.
A mbila que se toca em pé – mbila grande ou mbila de som grave são mbilas de poucas, porém
grandes teclas, possui de 3 a 4 teclas e um longo intervalo entre cada uma, é mais frouxa na
estrutura, se comparada a mbila de 18 teclas. As teclas ficam por cima das cabeças de 20 a
100cm de circunferência. Em algumas mbilas grandes, cada cabeça possui um “suspiro”, para
vazão sonora, feito com uma cabaça bem pequena, que entra na cabeça grande, virada
opostamente ao músico. Essa mbila exige baquetas maiores e mais emborrachadas nas
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pontas, como também mais pressão nas batidas para tirar um bom som. (BARROS Apud
UNESCO 2009)
Além dos dois principais tipos de timbila existe um total de 5 variedades do instrumento.
Estrutura da mbila
A mbila é formada basicamente por três partes interligadas entre si, que são: a base,
estrutura de madeira, funciona como uma mesa; serve de fixador aos demais
componentes; possui uma peça de madeira do lado do músico, para ele colocar uma
perna por dentro e outra por fora, para garantir a estabilidade do instrumento em meios
as “pancadas” dadas com as baquetas; as teclas, são feitas a partir de madeira rara e
nobre (são tiras, acopladas na parte superior da estrutura, praticamente em cima de sua
respectivas cabeça), são furadas de um lado, e amarradas a estrutura; e por ultimo, as
cabeças de massala, - existe toda uma técnica para preparar (tratar e perfurar) as “as
cabeças de massala” – que são fixadas na parte de baixo da estrutura do instrumento
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com a ajuda de uma especial cera de abelha, que serve também como isolante. As
cabeças funcionam como caixas acústicas de ressonância.
As baquetas – uma para cada mão – podem ser de madeira ou de algum material
sintético, com ou sem pontas emborrachadas, dependendo do som que se pretende
obter, utilizam se baquetas de materiais e tamanhos diferentes (BARROS, 2013:7)
Manifestação da timbila
Segundo o etnomusicólogo britânico Hugh Tracey, as mbilas são concebidas para se tocar em
conjunto, onde associadas dança, atingem o seu melhor efeito artístico e a sua singularidade.
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Os temas contados eram de caracter social.
O msaho
“ (…) Era por iniciativa do régulo para dizer qualquer coisa as pessoas. Ou era um novo régulo
eleito ou algum acontecimento assim… ou então, o grupo (de uma dada localidade) fez novos
cancões para formar o Ngodo” (BERNARDO 2003)
O evento “podia durar dois, três. E havia um dia solene em que se fazia o resumo de todo o
msaho, porque no msaho havia uma espécie de competição (…) costumava ser às sextas-
feiras, logo a noite (…) quando é para a competição, (os régulos) mandam tocar todos os
grupos ao mesmo tempo (…) todos dançam no mesmo sítio (…) Há um júri ali, (formado
pelos) os madodas. (BERNARDO 2003)
Ngodo
Ngodo é o termo que se usa para se referir ao conjunto das canções que fazem parte de uma
exibição tradicional de timbila, “Podemos afirmar que o ngodo é a modalidade expressiva
específica da timbila” (WANE, 2010:44)
Para ilustrar o processo de composição de um ngodo, Bernardo Romeu Simão fez uma
descrição bastante detalhada da estrutura de uma performance de timbila, a partir de um
ngodo de sua autoria, que conta com as seguintes partes, nesta ordem: Mtsitso / Mguenisso /
Mdano ou Mwemisso / Mchuyo / Chibhudu / Mzeno / Mtsumeto / Mabandla / Mtsitso.
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Mguenisso: é o começo da dança, quando entram os dançarinos (vassínhi). Em língua xitchopi,
o verbo ku-guena quer dizer “entrar”. A partir daqui, os dançarinos já começam a cantar os
poemas.
Mdano ou mwemisso: pequeno tema instrumental que tem a função de convocar os músicos
para se alinharem, parados à frente dos músicos. O verbo ku-dana, em língua chope, quer
dizer “chamar” e mwemisso, quer dizer “fazer parar”. Antes disto, os dançarinos dançam de
forma aleatória, assim, esta parte tem a função de organizá-los.
Mzeno: é o canto solene, o momento mais importante da peça. Nesta parte, a dinâmica da
música baixa e o ritmo se desacelera (depois da agitação do parte anterior), para que as
pessoas possam ouvir bem a mensagem contida no canto, em que os dançarinos se alinham
de frente para os músicos para cantar em uníssono. Para Bernardo, o mzeno é a razão de ser
da própria timbila
Mabandla: aqui, os dançarinos fazem movimentos vigorosos, dando grandes saltos e batendo
o escudo no chão, e depois se dividem em grupos de dois.
Mtsitso: finalmente, o ngodo termina com uma retomada do tema instrumental inicial.
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O msaho/manifestação da timbila na atualidade
A arte de timbila sofreu poucas alterações, em comparação com o que Hugh Tracey descreveu
na década de 1940 as mudanças mais significantes se deram fundamentalmente no contexto
da exibição de uma orquestra, sobretudo no modelo atual do msaho, o que não esgota as suas
possibilidades, tendo se em vista que a timbila é tocada em outros contextos, tais como
casamentos, aniversários, batizados, cerimônias oficiais, etc. (WANE 2010:52)
“Atualmente o msaho tem a forma de um festival que acontece durante um dia, no último
sábado do mês de agosto.” (WANE 2010:24)
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Conclusão
A manifestação da timbila esta ligada a socialização. Tudo acontece num evento denominado
msaho, que significa “encontro de amigos”. O evento é organizado pelos chefes das tribos
para confraternizarem, cantando e dançando. Nesses encontros, realizavam-se atuações
musicais e dançantes com timbilas, durante as quais se escolhiam e se premiavam os melhores
artistas. Todo o msaho segue a ordem de um ngodo que seria a agenda da manifestação.
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Bibliografia
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