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INTRODUÇÃO
Georg GADAMER. Para isso, recupero o que GADAMER compreende como LINGUAGEM,
seguindo as influências que ele teve de outros pensadores da linguagem, como HEIDEGGER
E WITTGENSTEIN. Também irei expor através de alguns exemplos algumas posições em que
Além disso, irei mostrar algumas exigências que o diálogo tem para que possa se realizar.
AUTOR
Um pouco sobre o autor: GADAMER é considerado o filósofo mais longevo dos últimos tempos.
Ele nasceu em 11 de fevereiro de 1900, teve uma vida muito ativa na universidade, concluiu o
doutorado com 22 anos de idade, foi assistente de Heidegger, foi professor substituto, titular.
Enfim, teve uma vida agitada. Se aposentou em 1968, e continuou ativo, viajando, lecionando
CONTEXTO
OBJETO.
Ele não foi o único, outros pensadores como Schleiermacher, Dilthey, Heidegger, também se
MODERNA (como que uma ferramenta que auxilia na interpretação, especialmente de textos
LINGUAGEM
Antes de falar sobre diálogo, precisamos ter presente o que GADAMER entende por linguagem.
Assim como para outros pensadores, não como uma FORMA DE COMUNICAÇÃO, ou de
LINGUAGEM.
de regras e estruturas, que no diálogo são de difícil percepção. Ex: aprender um novo idioma:
2. AUSÊNCIA DE UM EU: o diálogo não pode ser fechado em si, nem a linguagem. Quando
algo é dito, traz a mente a coisa de que diz, e isso atinge sua finalidade quando traz à mente
do outro essa mesma coisa. Portanto na linguagem não há um EU. Ela é da esfera do nós, não
do individuo.
já dizia que NÃO EXISTE LINGUAGEM PRIVADA, ela ENVOLVE TODOS OS SERES. É por
Assim PODE-SE DIZER QUE NÃO HÁ PENSAMENTO, NEM RAZÃO, NEM DIÁLOGO, NEM
hermenêutico e o diálogo:
DIÁLOGO
aberto ao outro.
Ele precisa ser LIVRE, não pode ser condicionado pela vontade ou pela intenção de um ou
outro participante.
entre as partes, mas se esse acordo se for livre, for de alguma forma imposto, o diálogo,
incapacidade para o diálogo que produz patologias. Portanto usa o diálogo para curar a
4. CONFIDENCIAL: no qual um participante, não somente não participa como também impede
EXIGÊNCIAS
ABERTURA A SI ( é a posição que mantém a mente aberta, que percebe aquilo que fala, e que
pela necessidade inclusive muda de tese, muda de opinião, não impõe a verdade sobre o outro,
ou falso)
ABERTURA AO OUTRO: vimos antes que a linguagem é da esfera do nós e não do eu,
portanto, é exigido uma abertura não só àquilo que O OUTRO DIZ, mas também a carga de
experiência que o outro carrega consigo e transfere pelo que fala. Também a PERCEPÇÃO
DO OUTRO, faz com que se perceba se o outro está acompanhando o desenrolar do assunto,
do diálogo. Sem isso, alguém fica para trás e o dialogo hermenêutico não se realiza.
OUVIR. Até agora só se falou da fala, mas não há diálogo sem a escuta. As tradições mais
Para GADAMER, o falar e o ouvir é algo simultâneo. E essa relação já está presente na origem
CONCLUINDO
Quando essas aberturas não acontecem, surgem na sociedade, posições superiores, egoístas,
financeiras ou pessoais.
solidariedade, num modo de agir – podendo até ser chamado de ética – em que valoriza o outro
acima do que ele diz, faz ou sabe. O diálogo é aproximação, é contribuir para um caminhar
junto através de uma transformação mútua não orientada senão para um horizonte de comum
acordo. Ainda que quanto ao comum acordo, GADAMER faz uma RESSALVA:
Eu diria, do ponto de vista hermenêutico, que não há nenhum diálogo que chegue
ao fim antes que tenha conduzido a um acordo real. Talvez se precise acrescentar
que por isso, no fundo, não há diálogo que realmente chegue ao fim, porque um
ter um ponto final. A linguagem não tem ponto final. O diálogo não tem ponto final. O indivíduo,
por sua vez, o tem. Contudo, ele não se faz sozinho, nele está a história que pode vir a ser
redescoberta, recuperada, trazida outra vez ao presente, e tudo aquilo que dele descender,
devido a temporalidade passará a ser também história. Relação que não é cíclica, nem linear,
mas que no presente tem força para trazer ao momento o dito, e com ele, o necessário daquele
tempo, daquele contexto, para que a compreensão possa se fazer mais precisa.
O movimento de compreensão não nos transporta para o antes, mas sim, traz o antes para o
agora e a hermenêutica nos ajuda a ver e a ouvir com nossos olhos e ouvidos não só o que se