Professional Documents
Culture Documents
Apostila – EL001
Avaliação Nutricional
O que é?
Exames Bioquímicos
Tem por objetivo:
Art único II: considerar diagnósticos, laudos e pareceres dos demais membros da
equipe multidisciplinar, definindo com estes, sempre que pertinente, outros exames
laboratoriais
Art V: solicitar exames laboratoriais cujos métodos ou técnicas tenham sido aprovados
cientificamente;
2
Série Vermelha e Branca
O Hemograma pode ser didaticamente dividido em três partes, a saber: série
vermelha, série branca e coagulação.
Hematologia;
- Hemograma;
- Leucograma;
- Coagulograma – coagulação;
Bioquímica;
- Bioquímica do Sangue – nutrientes necessários;
- Urinálise – excreção;
Imunologia;
3
Série Vermelha
Hemácia Célula anuclear em forma de disco bicôncavo.
Tem como função transportar hemoglobina, que nada mais é do que uma proteína
quaternária que auxilia no transporte de oxigênio.
Hemograma
Valores hemantimétricos:
Hemácia = eritrócito:
4
Eritrócito velho Eritrócito Deformado
A hemácia precisa se renovar, quando não acontece uma divisão celular correta
(deficiência de B9) ela aumenta de tamanho como mecanismo compensador.
5
Síntese defeituosa hemoglobina (Hb)
Anemia ferropriva = Defeito no metabolismo de Ferro. As doenças crônicas levam a
alterações no metabolismo de ferro gerando uma hemácia pequena (microcítica).
Além das doenças pode ter como outras causas a anemia por perda de sangue.
Valores de Referência:
HEMATÓCRITO
H: 39 – 54% M: 37 – 46%
HEMOGLOBINA
ERITRÓCITOS
6 6
H: 4,5 – 5,9x10 M: 3,9 – 5,3x10
LEUCÓCITOS
H e M: 3600 - 10000
6
PLAQUETAS
H e M: 150.000 – 450.000
Anemia normocítica 28 a 32 82 a 92
7
SAIBA MAIS!
Os exames hematológicos podem Os exames que fazem parte do coagulograma
auxiliar no tratamento e podem auxiliar o profissional de nutrição clínica
acompanhamento das anemias no acompanhamento de pacientes com
carenciais, sobretudo nas anemias hipovitaminose K, uma vez que a produção
ferropriva e megaloblástica, quando hepática dos fatores de coagulação II, VII, IX e X
o sucesso terapêutico geralmente é altamente dependente de vitamina K, e o
normaliza os parâmetros citados exame tempo de protrombina adquire especial
para o hemograma. importância nesses casos.
A crise reticulocitária que ocorre de
5 a 10 dias após o tratamento da
anemia ferropriva pode ser
identificada com o exame de
contagem de reticulócito e sinaliza
para a eficácia do tratamento.
8
Alteração no tamanho Macrocitose (maior –
def. ácido fólico), Microcitose (pequena – def. ferro).
Anemia falciforme
Def. de
hemoglobina
Anemia nada mais é do que uma alteração nos valores da hemácia, hemoglobina ou
hematócrito.
9
FERRO SÉRICO
Para o cálculo da saturação da transferrina deve-se dividir o ferro sérico pelo TIBC e
multiplicar por 100:
Deficiências de Ferro:
Estoques de Ferro.
10
Valores normais de saturação de Transferrina :
Homens: 20 a 50%
Mulheres: 15 a 50%
Hepatite;
Hipóxia (pouca oxigenação);
Gravidez;
Uso Contraceptivos Orais;
Reposição Estrogênio.
TIBC
11
Ferritina Sérica
Transferrina
12
Fontes de Ferro na Dieta
As fontes de ferro na dieta são
A deficiência de ferro por motivo
classificadas em dois grupos: heme e
nutricional é mais rara nos países
não heme. A maior parte do ferro da
desenvolvidos, onde há a
dieta é provida pelo heme de
ingestão predominante de ferro
produtos animais. O restante é ferro
orgânico. A situação é inversa
inorgânico, encontrado em vegetais e
nos países pobres, onde, além da
cereais.
baixa ingestão, a
biodisponibilidade é pequena
por que a fonte predominante é
de ferro inorgânico.
Série branca
Série branca – Defesa.
13
Elementos mielóides Granulócitos ou Polimorfonucleares.
14
Monócitos Dão origem aos Macrófagos (fagocitose).
Exemplo:
LDL oxidado perde a função e é visto
como “mau”, o macrófago o
reconhece e o tira de circulação.
Quimiotaxia Tecidual;
Fagocitose de Bactérias;
Destruição de Bactérias;
Quimiotaxia para exsudatos;
Respostas Alérgicas;
Defesa contra parasitas;
Remoção de fibrina formada durante a inflamação;
Ação Citotóxica (T-CD8);
Ação Auxiliar (T-CD4) – destruído pelo HIV comprometendo o sistema imune;
Ação Destruidora (NK);
Produção de Anticorpos Específicos e Células de Memória (B Ativado) – registro
contra o vírus.
15
Monócitos:
Fagocitose no sangue;
Liberação de citocinas, interleucinas e fatores de crescimento celular;
Migração Tecidual.
Macrófagos
Leucograma
Valores analisados:
Leucócitos totais;
Metamielócitos, Mielócitos e Bastonetes;
Neutrófilos;
Basófilos;
Eosinófilos;
Linfócitos;
Monócitos.
Análise:
Número aumentado – ataque de invasores;
Número reduzido;
Valor Classificação
16
Proteínas Plasmáticas
Indicadores viscerais:
Proteína
Outra PTN importante de transporte de
Transportadora retinol (Vit A).
de Retinol (RBP)
17
Indicadores somáticos:
3-METIL
HISTIDINA Comum em atletas
URINÁRIA
Creatinina
Urinária Mais comum – compostos
nitrogenados (subprodutos
Ureia do metab. proteico)
Albumina
18
– AG livres – processo de lipólise, albumina transporta para o músculo e fígado
para ser transformado em energia – cada molécula de albumina carreia 8
moléculas de AG.
Possui aumento lento com a intervenção nutricional apropriada = dieta mais proteica.
Demora 20 – 30 dias – deve-se repetir o exame a partir desse período.
Velocidade da síntese não responde a curto prazo na nutrição – uso limitado como
indicador de resposta a intervenção nutricional.
Classificação Valores
19
Pré-albumina
Possui meia vida de 2 a 3 dias – qualquer alteração na síntese proteica pode diminuir
sua concentração sérica.
Classificação Valores
Emagrecimento depende
Albumina – Transporte de Zn, Ca, AG.
diretamente da albumina
Pré-albumina – Transporte de T3 e T4. e pré-albumina.
20
Transferrina
Como interpretar?
Classificação Valores
21
Transferrina baixa = excesso de ferro (ferro livre).
ZINCO
Muitos fatores da dieta foram identificados a partir de estudos experimentais como
promotores ou antagonistas potenciais de absorção de Zn. Substâncias orgânicas
solúveis de baixo peso molecular, como aminoácidos e hidroxiácidos, podem agir como
ligantes, unindo-se ao Zn e facilitando sua absorção. Por sua vez, os compostos
orgânicos que formam complexos estáveis e pouco solúveis com o Zn podem reduzir a
absorção. Interações competitivas entre o Zn e outros íons com propriedades físico-
químicas semelhantes (como o cádmio), quando presentes em excesso, podem
diminuir a entrada de Zn na célula, seu transporte intestinal, e, portanto, sua absorção.
COBRE
A biodisponibilidade de Cu pode ser discutida sob vários aspectos. No processamento
dos alimentos devem ser considerados tratamentos químicos que envolvam oxidação
e redução, os quais podem diminuir ou afetar a biodisponibilidade do mineral. A
trituração de grãos integrais que remova o farelo e o gérmen pode reduzir o conteúdo
de Cu em mais de 45%. Durante o tratamento térmico, prejuízos na biodisponibilidade
de Cu ocorrem em razão da formação de compostos de produtos da reação de
Maillard (aminoaçúcares). Estes reduzem os sítios disponíveis para formação de pontes
entre metais e nitrogênio, com subsequente acréscimo de compostos organometálicos
de alta biodisponibilidade. Entre os sais de Cu adicionados em alimentos, o acetato, o
cloreto, o sulfato e o carbonato são considerados de alta biodisponibilidade.
22
Proteína transportadora de retinol (RBP)
23
VITAMINA A
A vitamina A é um nutriente essencial,
As necessidades dietéticas de vitamina A
necessário em pequenas quantidades
são normalmente fornecidas como retinol
para que haja funcionamento normal do
pré-formado (principalmente como éster
sistema visual, crescimento e de retinil) ou como provitamina A.
desenvolvimento, maturação da
integridade celular epitelial, função
imunológica e reprodução.
Proteína C Reativa
24
Arginina é um aminoácido precursor de NO – por ação da arginina sintetase (enzima)
se transforma em NO que tem função vasodilatadora. No momento que reduz, o NO
começa a ter um vasoconstrição, aumentando a P.A. e vascular.
O que fazer?
A suplementação com ômega-3 também é uma boa opção. Ele atua melhorando o
perfil inflamatório (ação anti-inflamatória), melhora a fluidez do sangue circulante
levando a menos lesão no vaso. Recomenda-se 600mg (EPA + DHA).
IGF-1
25
Seus níveis plasmáticos são sensíveis ao estado nutricional proteico. Meia vida de
poucas horas (4h) – por isso deve-se cuidar com o intervalo entre as refeições.
26
Valores de referência:
3-Metil Histidina
É o exame mais solicitado pela área esportiva e de pesquisa no esporte – exame caro.
27
A excreção urinária aumentada de 3-MH – no sedentarismo pode indicar um
catabolismo celular aumentado causando fasciculação muscular, drogas, estresse.
28
Creatinina
29
Creatinina quinase se apresenta em 3 isoformas:
Cérebro ......................................................CPK1
Músculo cardíaco........................................ CPK2
Músculos esquelético e cardíaco ..................CPK3
CPK1 – Problemas mentais;
CPK2 – Importante no diagnóstico de infarto do Miocárdio: níveis plasmáticos indicam
lesão tecidual;
CPK3 – problema cardíaco ou esquelético.
Creatina
Vida média 42 dias e turnover lento. É diferente da creatinina que tem vida média
muito breve de 4h e é prontamente eliminada com a urina.
A suplementação de creatina só deve ser feita caso seja necessário e com o exame de
creatinina recente, se a creatinina está aumentada, porque suplementar?
A excreção é influenciada pelo sexo, idade – homem por ter massa muscular maior
cataboliza mais creatina.
30
Alimentos que reduzem cortisol – CHO, vit C, β-sitosterol.
Ureia
31
Esse nitrogênio se transforma em amônia no fígado (muito tóxica) a qual é
transformada em ureia (menos tóxica) a qual mostra o resultado da degradação de
aminoácidos (metabolismo do aminoácido). O momento em que o aminoácido faz o
papel de CHO deve-se observar se o paciente com ureia alta realiza jejum curto (3 –
4h) o qual mobiliza aminoácidos para a via energética, onde nitrogênio vira amônia e
ureia.
Ureia alta:
Lipidograma e Glicemia
Digestão e Absorção
32
LDL
No fígado a HMGCoase redutase transfere o colesterol para o LDL, o qual sai do fígado
transportando o colesterol. Mas qual a importância?
Levar colesterol para os tecidos extra hepáticos: Gonodas sexuais, SN, pele –
colicalciferol (precursor da vitamina D.).
Índice Castelli I
Colesterol total/HDL-c
IC = 5
IC = 5,7
33
IDEAL: menor que 5.
Índice de Castelli II
LDL-c/HDL-c
IC = 3,25
IC = 4
O transporte reverso:
Nada mais é do que pegar o colesterol que esta nos tecidos extra hepáticos e retorná-
lo ao fígado.
34
CLASSIFICAÇÃO DAS DISLIPIDEMIAS
Hipercolesterolemia Isolada: Elevação isolada do colesterol total (CT), em geral
representada por aumento do LDL.
Homocisteinemia
Por que aumenta? Metionina (via dieta) possui o radical metil o qual é perdido e se
transforma em homocisteína (composto nitrogenado) causando lesão dos vasos
sanguíneos – desgaste da camada íntima dos vasos sanguíneos enfraquecendo-os.
35
Qual a conduta nutricional para o paciente com aumento da homocisteína? Realizar
metilação para devolver o radical metil para a homocisteína revertendo à metionina.
Deve-se ter cuidado com a conduta dietoterápica. Deve-se ter cautela ao excluir
totalmente os alimentos. Deve-se realizar trocas e reduções.
Usar a vitamina B6 é uma opção também, a qual doa um enxofre para a homocisteína
fazendo uma sulfuração transformando a homocisteína em metionina.
Glicemia
A glicemia de jejum alterada gera uma tolerância à glicose diminuída, que pode ser
causada por disfunção das células beta, gerando resistência insulínica levando à
diabetes e DCV.
G = Gordura
A = Açúcar
36
S = Sal.
Para que esse metabolismo ocorra de maneira adequada deve-se estar atento se o
paciente possui os receptores ativos. Os receptores dependem do cromo, zinco e do
ômega-3 o qual estimula a produção de tirosina quinase (mensageira que participa da
sinalização do GLUT-4).
Sem o receptor a insulina não sinaliza GLUT-4 deixando a glicose circulante no sangue.
Quando a GLUT-4 chega a superfície ela abre passagem para a glicose entrar na célula.
A glicose necessita sofrer uma alteração bioquímica para permanecer dentro da célula.
Nela é adicionado um elemento fósforo (fosforilada pela exoquinase – dependente de
magnésio), transformando-se em glicose-6-fosfato. Primeiro estimula o consumo dos
alimentos fontes, para depois pensar em suplementação.
Conduta dietoterápica:
Gorduras boas insaturadas (ω-3 e ω-9), minerais como zinco, cromo, magnésio.
Primeiro estimular o consumo através da dieta para depois, se necessário, entrar com
a suplementação.
Avaliação da Glicemia:
Métodos de análise:
37
Glicose em jejum:
Deve-se realizar um jejum de 8h e é utilizada para avaliar o histórico do dia
anterior. Tem que levar em consideração o protocolo do laboratório. Se ela
estiver entre 60 e 99 significa que está normal.
Deve-se saber interpretar um linear mínimo e máximo levando em
consideração os hábitos alimentares e histórico do paciente e pode apontar
para uma disfunção pancreática.
2h após Dextrosol – ideal que após 2h a glicemia não esteja acima de 140.
Glicemia eventual – ideal <200.
Resistência à insulina:
38
Para conversão da glicose de mg/dL para
mmol/L, multiplica-se o valor em mg/dL por
0,0555.
HOMA IR >2,71µU/mL.
39
DOENÇAS ASSOCIADAS À RESITÊNCIA Á
INSULINA
DOENÇAS E RESISTÊNCIA À INSULINA
Síndrome dos ovários policísticos (SOP) Pacientes com SOP que desenvolvem obesidade
apresentam complicações no quadro clínico; isso ocorre
porque a obesidade, pode desencadear a
hiperinsulinemia compensatória, o que leva a doenças ou
alterações metabólicas como infertilidade.
40
Função hepática
Primeiramente afeta ALT por estar no citoplasma, e quando é mais intensa afeta
mitocôndria liberando AST.
A TGO não é utilizada exclusivamente para avaliação das atividades dos hepatócitos –
lesão hepática.
41
Relação do nível do comprometimento hepático – AST/ALT
Ideal = 0,8
Normal = 0,7 a 1,4
Paracetamol;
Ampicilina;
Agentes anestésicos;
Cloranfenicol;
Codína;
Cumarínicos;
Difenilhidantoína;
Etanol;
Isoniazida;
Morfina;
At. Física – estresse oxidativo nas células hepáticas;
Anticoncecionais orais;
Sulfonamidas e tiazidas.
Gama GT
Pancreatites;
Estresse oxidativo;
42
Infarto do miocárdio;
Insuficiência renal.
H: 15 a 85 UI/L M: 5 a 55 UI/L
Fosfatase alcalina
40 a 130 UL/L
Obstruções extra-hepáticas:
43
Quando se trabalha com Gama GT avalia-se a função hepática característica (não está
presente só no fígado), Gama GT medido no soro é de origem hepática, quando está
aumentado desconfia-se de problemas hepáticos sim.
Cálcio
Fontes de cálcio: laticínios (intolerância a lactose), vegetais verdes escuros (não são
hábitos da população).
Intolerância a lactose:
Deve-se ter atenção a esse detalhe. Se o paciente não tem intolerância a lactose não
se deve retirar os lácteos da dieta, deve-se respeitar a sua individualidade.
Valores de referência:
44
8,5 a 11,5mg/dL crianças até 1 ano;
8,4 a 10,2mg/dL adultos.
Cálcio urinário:
Cálcio iônico:
Funções do cálcio:
Vitamina D
45
Na hora de solicitar o exame não se pode pedir a 1,25hidroxi vitamina D. deve-se
solicitar a 25hidroxi D3 (a mais circulante com meia vida de 3 semanas) se ela estiver
baixa deve-se suplementar a 1,25dihidroxi D3.
Homônios Tireoidianos
T3 (triiodotironina)
T4 (tiroxina)
TSH
46
Hipotálamo é capaz de produzir o TRH agindo na hipófise, estimulando-a a produzir o
TSH (hormônio estimulante da glândula tireoide).
T4 – hormônio tireoidiano inativo o qual deve se transformar e T3. Sofre ação da iodo
desiodase para tirar um iodo da T4 e transformá-la em T3. Essa enzima é selênio
dependente.
Exemplo:
Cavala – 170;
Mexilhão – 120;
Bacalhau – 110;
Salmão - 71,3;
Sardinha – 64;
Camarão - 41,3;
Leite - 15,3;
Sal – avaliar com cuidado.
Hiperuricemia e gota:
São duas relações íntimas: ácido úrico e seu excesso – aumento do consumo de
proteínas e xantinas que pode levar ao aumento da gota.
Gota é um termo que representa um grupo heterogêneo de doenças, cuja
característica bioquímica e pré-requisito é a hiperuricemia, que pode ocorrer com base
em vários mecanismos, operando isoladamente ou em combinação.
47
ATENÇÃO:
Hiperuricemia Huperuremia
48
O que acontece com o aumento do ácido úrico?
49