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A Desobediência e a

Obediência de Um Só
R. M. M ’Cheyne
.
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Traduzido do original em Inglês


The Obedience and Disobedience of One
By R. M. M'Cheyne

Extraído da obra original, em volume único:


The Sermons of the Rev. Robert Murray M'Cheyne
Minister of St. Peter's Church, Dundee.

Via: Books.Google.com.br

Tradução por Gabriel Costa


Revisão por Camila Almeida
Capa por William Teixeira

1ª Edição: Dezembro de 2015

Salvo indicação em contrário, as citações bíblicas usadas nesta tradução são da versão Almeida
Corrigida Fiel | ACF • Copyright © 1994, 1995, 2007, 2011 Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil.

Traduzido e publicado em Português pelo website oEstandarteDeCristo.com, sob a licença Creative


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A Desobediência e A Obediência de Um Só
Por R. M. M’Cheyne

“Porque, como pela desobediência de um só homem, muitos foram feitos


pecadores, assim pela obediência de um muitos serão feitos justos.”
(Romanos 19:5)

1. Há um exato paralelo entre a maneira pela qual somos feitos pecadores, e a maneira
pela qual somos feitos justos. Isto é óbvio na primeira leitura do texto; Assim o tanto mais
que os nossos olhos estiverem abertos para ver as verdades maravilhosas que estão aqui
escondidas, mais vamos descobrir que todos os que são justificados, são justificados da
mesma forma que eles se tornaram pecadores.

2. Os homens não convertidos desconhecem ambas as verdades. “Ora, o homem natural


não compreende as coisas do Espírito de Deus, e não pode entendê-las”. Estou convencido
de que, se aqueles de vocês que são homens carnais obtivessem um vislumbre do significa-
do deste versículo hoje, pensariam que isso é completa loucura, embora se trate de todo o
conselho de Deus para a salvação do pecador. Se o Evangelho agradasse aos homens
carnais, não seria o Evangelho; ele provaria ser falso.

3. É profundamente importante que vocês saibam ambas as verdades. Elas são vida para
a alma. Vocês devem conhecer primeiro, como vocês se tornaram pecadores, a fim de que
vocês possam derramar-se como morta alma condenada, aos pés de Cristo. Vocês devem
conhecer em segundo lugar, como um pecador é feito justo, a fim de que vocês possam ter
todo o gozo e paz na vossa crença. Que Deus, o Espírito, possa abrir completamente os
seus olhos assim como os meus hoje.

I. A maneira na qual nós fomos feitos pecadores: “Pela desobediência de um só”.

1. Um só homem. O nosso primeiro pai, Adão, a raiz e a fonte da raça humana, e também
o cabeça e representante de todos nós; perfeito em corpo e alma, cheio de graça e de
verdade, a imagem de Deus, excelente. Aprouve a Deus lidar com a raça humana desde o
início desta maneira. Como você ouviu a pouco, Ele não lidou com os homens como um
campo de milho, onde cada caule está em cima de sua própria raiz; mas como com uma
árvore, na qual todos os ramos têm apenas uma raiz e caule. Ele parece ter lidado com os
anjos em outra forma, cada anjo em pé em sua própria raiz; entretanto lidou com a hu-

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manidade como uma árvore e seus ramos. De modo que, se Adão permanecesse, todos
permaneceriam; se ele caísse, todos cairiam. Alguns podem dizer: Não é justo lidar desta
forma com o homem: não fomos consultados sobre esse assunto, se gostaríamos de ter
Adão para ser nosso cabeça ou não. Eu respondo: “Mas, ó homem, quem és tu, que a Deus
replicas? Porventura a coisa formada dirá ao que a formou: Por que me fizeste assim?”.
Deus nos fez assim, o Deus santo, sábio, bom e misericordioso. Quer você acredite ou não,
quer você goste ou não, Deus fez o homem assim, e você não pode mudar isso.

2. Desobediência: O comer o fruto proibido. Apenas um pecado. Alguns de vocês veem


pouco mal em um pecado, ou numa centena deles; entretanto aqui vocês veem, um pecado
expulsando Adão e todos os seus filhos para fora do paraíso. Deus não esperou até que
fosse repetido. Parecia um pequeno pecado. A ação externa era irrelevante, apenas esten-
der a mão e tomar um convidativo fruto. Pensem alguns de vocês nos poucos pecados que
não fazem grande barulho; tais como, quebrar o Dia do Senhor, beber muito, falar o que é
falso, ou tomar assento à Ceia do Senhor sem Cristo; vejam, entretanto aqui, um pequeno
pecado colocou o mundo sob a maldição de Deus. Deus prefere que o mundo pereça a
deixar um pequeno pecado impune.

3. A consequência: “Muitos se tornaram pecadores”. Eu disse que aprouve a Deus lidar


com a humanidade como uma árvore. Se você golpeia, com o machado, a raiz de uma
árvore, a árvore inteira cai, não só o caule, mas os ramos, e até mesmo os gravetinhos em
cima dos ramos; e todos os ramos morrem e murcham, e tornam-se passíveis da queima.
Assim foi quando Adão caiu. Satanás lançou o machado na raiz da árvore; e quando Adão
caiu, uma multidão caiu junto com ele. Todos os seus ramos caíram naquele mesmo dia.
Um golpe trouxe todos a baixo. Até mesmo os ramos mais distantes de Adão, até mesmo
os gravetinhos mais tenros que surgiriam a partir desses ramos caíram, murcharam e
morreram naquele dia.

(1). A morte passou para todos os homens. E a partir daquela hora o homem se tornou
coisa mortal, as sementes da dissolução foram semeadas; a criatura justa que florescia
nele começou a murchar e desfazer-se; e todos os ramos se tornaram mortais.

(2). A morte espiritual. Assim como em uma árvore quando é derrubada, a nutrição é ime-
diatamente cortada, tanto do caule, como dos ramos; assim foi com o homem caído. No dia
em que ele comeu, ele certamente morreu; nenhuma fagulha de vida espiritual permaneceu
nele, ou em qualquer um dos seus. Isto explica como os seus filhos vieram ao mundo total-
mente mortos para Deus e para as coisas Divinas. Eles são vivos para outras coisas. O
recém-nascido agarra-se ao seio de sua mãe, não a Jesus.

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(3). A maldição de Deus. Este é o sentido próprio de “foram feitas pecadores”. É um termo
judicial, “foram considerados diante da presença de Deus como culpados, perdidos, peca-
dores arruinados”. Naquele dia o desagrado de Deus veio sobre todos os homens. A nature-
za santa de Deus abominou a raça apóstata. A maldição da lei violada passou a todos os
homens.

Ah, irmãos! Aqui está a importância da humilhação da qual poucos de vocês pensam a
respeito. Você não está apenas coberto com uma carga infinita de pecados atuais; não tem
apenas um coração como o interior de um sepulcro, cheio de ossos de homens mortos e
carne em decomposição, cheio de toda a impureza; ou ainda , como o abismo do Inferno,
“e coito de todo espírito imundo, e coito de toda ave imunda e odiável” [Apocalipse 18:2],
mas você pertence a uma raça amaldiçoada; você é o ramo perverso de uma árvore má,
você é inteiramente e originalmente um pecador, morto espiritualmente, extraviado de tudo
o que é bom. Oh, ore para descobrir sua conexão com o primeiro Adão, e assim se apegue
ao segundo Adão! O mundo zomba e ridiculariza desta verdade, contudo isso prova sua
Divindade: pois se o Evangelho parecesse sábio ao mundo, invalidaria a si mesmo.

II. A maneira em que nós somos feitos justos: “Pela obediência de um só, muitos se tornarão
justos”.

1. Um só. Este segundo Alguém é o Senhor Jesus Cristo, o segundo Adão, e o Filho de
Deus. (1). O primeiro Adão era justo, perfeitamente justo, já que ele veio das mãos de Deus;
mas o segundo é totalmente desejável, o mais formoso dos filhos dos homens. (2). O pri-
meiro Adão foi feito à semelhança de Deus; mas o segundo é o próprio Deus, o Senhor do
céu, o resplendor da glória do Pai e a expressa imagem da Sua Pessoa. (3). O primeiro
Adão estava cheio da sabedoria celestial, de modo que ele nomeou todas as criaturas
segundo se chamariam; mas no segundo estão escondidos todos os tesouros da sabedoria
e do conhecimento. Ele é a sabedoria de Deus. Ele falou como nunca homem algum falou.
Ele chama todas as estrelas por seus nomes. (4). O primeiro era o cabeça de toda a raça
humana, a cabeça federal: e assim os que nele se encontravam, nele caíram. Cristo é ofere-
cido como Cabeça para todas as criaturas, e é na verdade a Cabeça de todos os redimidos,
e das miríades de anjos, todos reunidos nEle, precisamente nEle.

Ó Glorioso! Perfeição Divina e Humana se encontram nEle! Oh, que vocês fossem cheios
de cativante admiração e pensamentos adoradores a Ele neste dia! Oh, que Ele resplande-
cesse como o sol sobre vocês! Ele é a Luz do mundo, o Sol da justiça, a brilhante Estrela

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da manhã. É Aquele que justifica o ímpio, que tem poder para perdoar pecados. Ele é pre-
cioso para todos os que creem.

2. Sua obediência: Dupla.

(1). Ele obedeceu a santa lei de Deus. Satanás pensou que ele tinha envergonhado para
sempre a lei de Deus, quando ele levou toda a raça humana a aborrecê-la, a negá-la, e não
obedecê-la; mas ele foi frustrado exatamente nisso. O Filho de Deus veio e obedeceu-a. A
obediência dEle glorificou a Deus muitíssimo, foi mais maravilhoso para os anjos do que
seria a obediência de um mundo inteiro. Ele magnificou a lei, e a fez gloriosa, fez com que
ela brilhasse mais forte do que nunca, como santa, justa e excelente lei.

Olhe através da vida de Jesus, como relatado no Evangelho, e você verá o que é obedecer
à lei de Deus. Ele não tinha outros deuses diante de Seu Pai. Ele não curvou-Se diante de
ídolos. Ele não tomou o Seu santo nome em vão. Lembrou-se do dia de Sabath, e o santifi-
cou. Ele veio a Nazaré, esteve sujeito a José e Maria. “Mulher, eis aí o teu filho”. Ele não
matou, não adulterou, não roubou, não houve dolo que se achasse em Sua boca e não
cobiçou. E ainda que você sumarize os Dez Mandamentos, e resuma-os em dois, Ele amou
a Deus com todo o Seu coração, mente e força; e amou o Seu próximo como a Si mesmo.
Um amor insaciável para com Deus queimou no Seu peito. Ele prezou a Deus em tudo o
que fez. Mesmo quando Deus O moeu e colocou-O em aflição, quando Deus exclamou: “Ó
espada, desperta-te contra o meu pastor, e contra o homem que é o meu companheiro, diz
o Senhor dos Exércitos. Fere ao pastor, e espalhar-se-ão as ovelhas; mas volverei a minha
mão sobre os pequenos”, ainda assim Ele clamou, “Deus meu, Deus meu”. Ele beijou a
mão que O feriu. Ele amou o próximo mais do que a Si mesmo: “Ninguém tem maior amor
do que este, de dar alguém a sua vida pelos seus amigos” (João 15:13). “Cristo morreu por
nós, sendo nós ainda pecadores”. Mesmo quando eles estavam pregando-O na cruz, mene-
ando a cabeça para Ele, pondo grilhões sobre Ele e oferecendo-Lhe vinagre, Ele exclamou:
“Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem”. O amor é o cumprimento da lei! Ora,
Deus é amor, e Cristo é Deus. Isso faz parte da obediência de Um, pelo que Ele justifica
muitos pecadores.

(2). Ele deu a Sua vida. Nisso, Ele obedeceu a um mandamento especial de Seu pai. Adão
não estava apenas sob os Dez Mandamentos, mas ele tinha um mandamento especial
dado a ele, para provar a sua obediência à vontade de Deus, a saber, ele não deveria comer
do fruto proibido. Da mesma forma como Cristo não estava apenas sob os Dez
Mandamentos, mas sob um mandamento especial, o mais difícil que já foi dado a qualquer
ser, que ele deveria morrer pelos pecadores: “Por isto o Pai me ama, porque dou a minha

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vida”; “Este mandamento recebi de meu Pai” (João 10:18), e um pouco depois, “não beberei
eu o cálice que o Pai me deu?” (João 18:11).

Por isso, Ele diz: “Sacrifício e oferta não quiseste; os meus ouvidos abriste; holocausto e
expiação pelo pecado não reclamaste. Então disse: Eis aqui venho; no rolo do livro de mim
está escrito. Deleito-me em fazer a tua vontade, ó Deus meu; sim, a tua lei está dentro do
meu coração” (Salmos 40:6-8). “E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo,
sendo obediente até à morte, e morte de cruz” (Filipenses 2:8). Este foi a provação mais
surpreendente de obediência que já aconteceu; foi uma extensa provação: “Estou aflito, e
prestes tenho estado a morrer desde a minha mocidade; enquanto sofro os teus terrores,
estou perturbado” (Salmos 88:15). Ele foi um “Homem de dores” desde a Sua mocidade.
Frequentemente, Ele afundou sob a nuvem escura da ira de Seu pai, até que Ele gemeu
Seu último suspiro no Calvário. Não havia nada na natureza das coisas para obrigá-lO a
fazê-lo. Não havia nada de bom ou amável naqueles por quem Ele morreu; eles eram
pecadores vis, não pedindo a Ele para morrer por eles; cegos para a Sua excelência e glória
Divina. No entanto, Ele foi obediente até a morte. Esta é a obediência, com a qual Ele cobre
e justifica todos aqueles, que apesar pecadores, vêm a Deus por meio dEle.

3. A consequência: “Muitos são feitos justos”. Vimos que na queda e ruína do homem, a-
prouve a Deus lidar com o homem, não como um campo de milho, sendo cada pé em sua
própria raiz, mas como uma árvore, na qual todos os ramos ou permanecem ou caem
juntos. Não fomos feitos pecadores, cada um por seu pecado individual, mas todos pelo
pecado de um. Da mesma forma que tem agradado a Deus para justificar os pecadores,
não cada um por sua própria obediência, por sua própria bondade e santidade, mas “pela
obediência de um só”. Assim como Adão com seu único pecado trouxe a morte, a maldição
de Deus, e o óbito espiritual total, não apenas sobre si mesmo, mas sob todos os ramos,
mesmo os mais distantes, mesmo os mínimos, os que não haviam ainda nascido; Dessa
maneira o segundo Adão, por sua própria obediência, trouxe o perdão, a justiça, a vida
espiritual e eterna glória para todos os seus ramos, até mesmo o mais distante, o menor,
mesmo aqueles que ainda não nasceu.

(1). Eles são feitos justos. Aqueles que recorrem a Cristo, são feitos justos. Não importa o
que eles foram antes, eles são justos agora. Eles pertencem a uma família justa, a uma
árvore justa; a raiz é justa, e por isso todos os ramos o são. Eles não são apenas perdoados,
não têm apenas seus pecados infinitos apagados, mas eles são feitos justos. Eles não são
feitos apenas inocentes, como se nunca tivessem cometido pecado, mas justos, como se
tivessem cumprido toda a justiça. Tudo o que Cristo fez e sofreu é considerado deles. Nem
são feitos justos como se tivessem obedecido, mas como se tivessem obedecido Divina-
mente. Eles são feitos justos de uma vez. Nós fomos feitos pecadores de uma só vez, por

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um golpe, pelo pecado de um só homem; assim, para aqueles de vocês que se apegarem
a Cristo, são feitos justos de uma só vez. Você não tem que esperar muitos anos antes de
encontrar aceitação. Você a encontrará no momento em que apegar-se a Cristo: “Aquele
que crê em mim tem a vida eterna”; “No Senhor há justiça e força”; “No Senhor toda a des-
cendência de Israel será justificada, e se gloriará”.

(2). Muitos, não poucos. O primeiro Adão era a raiz de uma família numerosa, a quem, por
sua desobediência, ele transmitiu a morte e o pecado. O segundo Adão é a raiz de uma
família numerosa, a quem Ele dá o perdão e santidade. Eles estão espalhados por todos
os países e por todas as eras, de modo que muitas vezes eles parecem poucos, mas eles
são muitos quando reunidos. “Assim será a tua descendência”. “Eu vi uma grande comitiva,
que ninguém podia contar”, cada um feito justo desta maneira. “Na casa de meu Pai há
muitas moradas”, e nenhuma delas estará vazia, mas cada um será justo na obediência de
um só. Oh, Não, estaria, você, entre os muitos?

(3). Muitos, não todos. O segundo Adão se oferece a todos. Ele está disposto a ser coinci-
dente com o primeiro Adão. A Ruína, pela queda do primeiro Adão, estendeu-se a toda a
criatura; não obstante o dom do segundo Adão é também estendido a toda a criatura; “Ide
e pregai o Evangelho a toda criatura”. Que o Evangelho seja pregado a toda criatura debai-
xo do Céu. Cristo poderia ser uma raiz de perdão, justiça, e vida eterna, a toda criatura.
Entretanto, a maioria nega, e não virá até Ele. A maioria fica afastada, e morre em seus
pecados. Temo que a maioria de vocês está, agora, afastada de Cristo. Oh, que todos vo-
cês fossem feitos justos, na forma estabelecida por Deus.

III. Lições.

1. A Maioria está no caminho errado. Muitas pessoas estão de fato em uma direção errada.
Quando um navio é destruído, e os marinheiros tomam o bote, eles se esforçam para che-
gar a terra, porém muitas vezes, eles remam na direção errada. Assim é com pecadores.
Muitos de vocês são diligentes, mas não estão na direção certa. A maioria está tentando
ser justa na obediência de muitos, cada um por si próprio. Você quer permanecer em sua
própria raiz. Você não quer ter a culpa do primeiro Adão, nem a justiça do segundo. Você
é mais sábio do que Deus? Se a justiça é mediante a lei, logo Cristo morreu em vão. Você
está tentando fazer com que Cristo seja inútil. Não é melhor se submeter a vontade de
Deus, considerar-se como é, caído como no plano Divino, para que se submeta à justiça
de Deus?

2. Todos os crentes são igualmente justos diante de Deus. Vi, certa vez, uma família de
crianças todas vestidas iguais, para que ninguém pudesse se vangloriar sobre os outros,

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todos sendo iguais. Assim é com a família de Deus; todos eles são justos na obediência de
Um. Uma veste cobre-os todos — o manto de seu Irmão mais velho. Os crentes diferem
em realizações, em dons e graças, mas todos são igualmente justificados diante de Deus.
Não é uma obra deles mesmos que os justifica, é a obra de Cristo. Ah, irmãos! não há
nenhuma jactância na família de Cristo. “Onde está logo a jactância? É de todo excluída”.
Isto é o que mantém a maioria distante. Eles não podem suportar estar no mesmo nível de
um bêbado ou de um publicano. Eles não suportam vir diante de Deus, junto de Maria
Madalena e de um ladrão moribundo.

3. Você pode vir sempre a Deus desta maneira. Não é uma vez só que você precisa desta
obediência Divina para cobri-lo, mas por toda a sua vida. Se você abandonou a Cristo, não
é justo diante de Deus, volte agora. Esta obediência é sempre a mesma, sempre plena,
sempre Divina. Você diz que você mudou; Cristo não mudou. Você diz que tem culpa adicio-
nal; Cristo ainda é o mesmo. Você ainda pode ser feito justo, pela obediência de Um. Por
que você ficaria longe de Cristo? Você poderia se tornar justo longe dEle? Você pensa que
pode ser justo em qualquer outra forma que não seja através de submeter-se a Ele?

17 de abril de 1842.
Sermão antecedente à Ceia do Senhor.

Soli Deo Gloria!

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2 Coríntios 4
1
Por isso, tendo este ministério, segundo a misericórdia que nos foi feita, não desfalecemos;
2
Antes, rejeitamos as coisas que por vergonha se ocultam, não andando com astúcia nem
falsificando a palavra de Deus; e assim nos recomendamos à consciência de todo o homem,
3
na presença de Deus, pela manifestação da verdade. Mas, se ainda o nosso evangelho está
4
encoberto, para os que se perdem está encoberto. Nos quais o deus deste século cegou os
entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória
5
de Cristo, que é a imagem de Deus. Porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo
6
Jesus, o Senhor; e nós mesmos somos vossos servos por amor de Jesus. Porque Deus,
que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações,
7
para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo. Temos, porém,
este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós.
8
Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados.
9 10
Perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos; Trazendo sempre
por toda a parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus
11
se manifeste também nos nossos corpos; E assim nós, que vivemos, estamos sempre
entregues à morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste também na
12 13
nossa carne mortal. De maneira que em nós opera a morte, mas em vós a vida. E temos
portanto o mesmo espírito de fé, como está escrito: Cri, por isso falei; nós cremos também,
14
por isso também falamos. Sabendo que o que ressuscitou o Senhor Jesus nos ressuscitará
15
também por Jesus, e nos apresentará convosco. Porque tudo isto é por amor de vós, para
que a graça, multiplicada por meio de muitos, faça abundar a ação de graças para glória de
16
Deus. Por isso não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o
17
interior, contudo, se renova de dia em dia. Porque a nossa leve e momentânea tribulação
18
produz para nós um peso eterno de glória mui excelente; Não atentando nós nas coisas
que se veem, mas nas que se não OEstandarteDeCristo.com
veem; porque as que se veem são temporais, e as que se 11
não veem são eternas. Issuu.com/oEstandarteDeCristo

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