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Reafirmando o Sola Scriptura

Thomas Nettles
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Traduzido do original em Inglês


Reaffirming Sola Scriptura
By Thomas Nettles

Via: Founders.org

Tradução por Camila Almeida


Revisão e Capa por William Teixeira

1ª Edição: Março de 2017

Salvo indicação em contrário, as citações bíblicas usadas nesta tradução são da versão Almeida
Corrigida Fiel | ACF • Copyright © 1994, 1995, 2007, 2011 Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil.

Traduzido e publicado em Português pelo website oEstandarteDeCristo.com , com a devida


permissão do Ministério Founders Ministries (Founders.org), sob a licença Creative Commons
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Reafirmando o Sola Scriptura


Por Thomas Nettles

Como Philip Schaff indicou, confissões e credos não possuem autoridade absoluta para os
protestantes. Sua autoridade é apenas um padrão ad hoc, eclesial, e situado para o bem
da unidade em comunhão e consistência de testemunho, seja em uma denominação ou em
uma assembleia local de crentes. Eles podem ser alterados ou expandidos à luz de provas
de exegese bíblica mais madura ou à luz de desafios doutrinários e culturais à verdade
bíblica. Por essa razão, as confissões que surgem do protestantismo geralmente contêm
um artigo que afirma a autoridade única, inspiração e infalível da Escritura. Por exemplo, a
Segunda Confissão Batista de Londres afirmou em sua primeira frase: “As Sagradas
Escrituras são a única, suficiente, correta e infalível regra de todo conhecimento, fé e
obediência salvíficos”. No parágrafo 6 do mesmo Capítulo sobre a Escritura, refletindo as
palavras e conceitos da Confissão de Fé de Westminster e da Declaração de Savoy com
uma pequena variação [em itálico], a Confissão acrescentou: “Todo o conselho de Deus
concernente a todas as coisas necessárias para a Sua própria glória, a salvação do homem,
fé e vida, ou é expressamente declarado ou necessariamente contido nas Sagradas Escritu-
ras, ao que nada, em qualquer tempo, deve ser acrescentado, seja por novas revelações
do Espírito ou por tradições humanas”. Assim, uma das confissões mais influentes no
protestantismo começa com um artigo de dez parágrafos afirmando a única e segura
autoridade da Escritura, concluindo com essas palavras: “O Juiz supremo, pelo qual todas
as controvérsias da Religião devem ser determinadas, e todos os decretos de concílios,
opiniões de escritores antigos, doutrinas de homens e espíritos particulares devem ser
examinados, e em cuja sentença devemos nos firmar, não pode ser outro senão as
Sagradas Escrituras anunciadas pelo Espírito” [CFW]. Novamente, a Segunda Confissão
de Londres modificou levemente a linguagem, insistindo ainda mais claramente na
autoridade única da Escritura, terminando com a frase após as palavras “não pode ser
outro”, com essas palavras “senão as Sagradas Escrituras anunciadas pelo Espírito; no que
a Escritura assim anuncia, nossa fé é finalmente decidida”.

Para o Catolicismo Romano e para a Ortodoxia Oriental, entretanto, a visão da tradição


credal é completamente diferente. As igrejas Ortodoxas consideram os primeiros sete
concílios ecumênicos como guiados pelo Espírito Santo, resultando em um testemunho
autoritativo e infalível da verdade doutrinária. Isso inclui o Concílio de Nicéia, em 325; de
Constantinopla, em 381; de Éfeso, em 431; de Calcedônia, em 451; de Constantinopla, em

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553; em Constantinopla, em 680 e de Nicéia, em 787. Estes começam com a Pessoa de


Cristo como o principal assunto, com implicações para a doutrina da Trindade de 325 a 680
e terminam com uma afirmação da legitimidade do uso de imagens no culto como uma
manifestação lícita de confiança na encarnação.

A igreja de Roma também aceita o status canônico dos sete primeiros concílios
ecumênicos, mas acrescenta o caráter autoritário do ensino papal e conciliar como um dom
contínuo para a igreja. O exemplo mais notável disso é o decreto da infalibilidade papal que
foi produzido no Concílio Vaticano I em 1870. Tanto a Igreja Católica Romana quanto a
Igreja Ortodoxa aceitam a tradição como de igual autoridade com a Escritura, mas o
Catolicismo Romano a estende mais do que os Ortodoxos. Roma vê o bispo de Roma como
o vigário de Cristo. No Concílio de Trento, os católicos romanos, em contraposição à
afirmação protestante do princípio de Sola Scriptura, Somente a Escritura, como autoridade
revelada para toda a fé e a moral, afirmam a autoridade da fé e das “tradições não escritas”.
Em 1870, no Concílio Vaticano I, para que a revelação constituída por tradição não escrita
pudesse ser interpretada e declarada com precisão, foi proclamado como “dogma
divinamente revelado” que o papa “quando fala ‘ex cathedra’ [‘da cadeira’], ou seja, quando
exercendo o cargo de pastor e doutor de todos os cristãos, em virtude de sua suprema
autoridade apostólica, estabelece uma doutrina sobre fé ou moral a ser cumprida pela Igreja
universal, pela ajuda divina prometida a ele no bendito Pedro, está possuído dessa
infalibilidade com a qual o divino Redentor queria que sua Igreja fosse dotada para definir
doutrina sobre fé ou moral”.

Dados esses exemplos de comunidades cristãs históricas aprovando autoridade extra-


canônica, os protestantes devem guardar cuidadosamente sua herança de Sola Scriptura.

Na discussão doutrinária, as tentativas de interagir cuidadosamente com as Escrituras não


devem ser descartadas como meros “biblicismos”.

A teologia confessional fornece considerações hermenêuticas importantes e, em muitas


questões, estabelece predisposições doutrinárias bíblicas e historicamente convincentes,
mas não deve ser vista como exaustiva ou como algo que torna desnecessário o
envolvimento contínuo com o texto bíblico em todos os pontos doutrinários. As ideias nas
confissões se identificam com palavras particulares que podem ser usadas de maneira
opressiva, se as definições e relações estreitamente concebidas são permitidas governar e
não estão sujeitas à possibilidade de uma definição expandida e mais rica à luz da

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discussão bíblica fraterna. Devemos trabalhar arduamente para perceber a diferença entre
uma posição contraditória, uma posição complementar e uma legítima expansão e
aplicação de uma ideia.

Mesmo com a possibilidade dessas falsas aplicações dos credos e outras supostas fontes
de autoridade extra-bíblicas, a utilidade dos credos e confissões da história Cristã é
bastante profunda. Eles dão proeminência aos pontos altos da revelação bíblica, guiando
assim nossos pensamentos na literatura bíblica como um mapa e uma bússola para que
conheçamos as direções da nossa peregrinação e os destinos ricamente gratificantes para
os quais a narrativa canônica nos aponta.

Sola Scriptura!
Sola Gratia!
Sola Fide!
Solus Christus!
Soli Deo Gloria!

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2 Coríntios 4
1
Por isso, tendo este ministério, segundo a misericórdia que nos foi feita, não desfalecemos;
2
Antes, rejeitamos as coisas que por vergonha se ocultam, não andando com astúcia nem
falsificando a palavra de Deus; e assim nos recomendamos à consciência de todo o homem,
3
na presença de Deus, pela manifestação da verdade. Mas, se ainda o nosso evangelho está
4
encoberto, para os que se perdem está encoberto. Nos quais o deus deste século cegou os
entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória
5
de Cristo, que é a imagem de Deus. Porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo
6
Jesus, o Senhor; e nós mesmos somos vossos servos por amor de Jesus. Porque Deus,
que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações,
7
para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo. Temos, porém,
este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós.
8
Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados.
9 10
Perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos; Trazendo sempre
por toda a parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus
11
se manifeste também nos nossos corpos; E assim nós, que vivemos, estamos sempre
entregues à morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste também na
12 13
nossa carne mortal. De maneira que em nós opera a morte, mas em vós a vida. E temos
portanto o mesmo espírito de fé, como está escrito: Cri, por isso falei; nós cremos também,
14
por isso também falamos. Sabendo que o que ressuscitou o Senhor Jesus nos ressuscitará
15
também por Jesus, e nos apresentará convosco. Porque tudo isto é por amor de vós, para
que a graça, multiplicada por meio de muitos, faça abundar a ação de graças para glória de
16
Deus. Por isso não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o
17
interior, contudo, se renova de dia em dia. Porque a nossa leve e momentânea tribulação
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produz para nós um peso eterno de glória mui excelente; Não atentando nós nas coisas
que se veem, mas nas que se não OEstandarteDeCristo.com
veem; porque as que se veem são temporais, e as que se 7
não veem são eternas. Issuu.com/oEstandarteDeCristo

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