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Peterson
Publicado em acordo com a agência literária Alive Communications, Inc.,
Colorado Springs, EUA.
Prefácio 7
REDEFINIÇÕES
1. O substantivo indefeso 21
2. O pastor ocioso 25
3. O pastor subversivo 35
4. O pastor apocalíptico 47
ENTRE OS DOMINGOS
5. Ministério em meio ao tumulto 61
6. Cura de almas: a arte esquecida 65
7. Orando de olhos abertos 75
8. Primeira linguagem 95
9. O crescimento é uma decisão? 103
10. O ministério da conversa trivial 117
11. Enfermo de uma nova maneira 123
12. Preso ao mastro 135
13. Deserto e colheita: uma história sabática 145
A PALAVRA RENOVADA
14. Poetas e pastores 157
15. Poemas 161
Para
H. James Riddell
Prefácio
1
São Paulo: Cultura Cristã, 2005.
2
Rio de Janeiro: Textus, 2005.
8 O PASTOR CONTEMPLATIVO
ESPIRITUALIDADE E LUGAR
A pessoa [...] que busca resultados rápidos ao plantar as sementes das boas
obras ficará decepcionada. Se eu quiser batatas para o jantar de amanhã, de
nada adiantará plantar sementes de batata nesta noite. Há longos períodos de
escuridão, invisibilidade e silêncio que separam a semeadura da colheita. Du-
rante os períodos de espera estão o cuidado e o cultivo, assim como a forma-
ção e plantio de outras sementes.
Traveling Light3
3
Eugene H. PETERSON, Colorado Springs: Helmerrs & Howard Publising, 1988.
10 O PASTOR CONTEMPLATIVO
da melhor forma possível e sendo sincero, sem fazer nada para interferir
no que o Espírito está esculpindo nas pessoas. Será que Deus está fazendo
algo que eu sequer poderia imaginar? Estou preparado para ficar em silên-
cio por um dia, uma semana ou um ano? Como Wendell Berry, estou dis-
posto a passar cinqüenta anos recuperando essa terra? Com essas pessoas?
Espiritualidade cristã significa viver na inteireza madura do Evangelho.
Significa tomar todos os elementos da vida — filhos, cônjuge, trabalho, tem-
po, bens, relacionamentos — e experimentá-los como um ato de fé. Deus
quer todo o material de nossa vida.
seus jeans!”. Mas Leigh nunca apareceu. Os anos se passaram. Nossa filha
Karen foi então fazer um curso de cerâmica, e Leigh era uma das alunas.
Ela foi apresentada a Karen, mas nada aconteceu. Bem, ao menos fazía-
mos parte da mesma comunidade. Finalmente, há dois anos, ocorreu algo
novo: depois de vinte anos de oração e espera, Leigh tornou-se cristã!
Esse não é o fim da história. Joe Phipps fora um colega de escola de Leigh
de quem ela gostava muito. Eles namoraram e desmancharam algumas
vezes, mas a vida dele tomou rumos errados. Ele se envolveu com drogas
e acabou preso por contrabando. Então, certo dia, ele clamou por ajuda e
passou por uma espécie de conversão. Em seguida, procurou Leigh e lhe
disse: “Não sei o que isso significa”. Ela respondeu que conhecia um pastor
e o trouxe a mim.
Leigh e Joe acabaram se casando. Eles me pediram para tocar banjo e
cantar Farther Along [Bem mais adiante] com Jan no casamento. Leigh
e Joe e o casamento deles ainda têm um longo caminho a percorrer. Ele
está cumprindo pena na prisão, mas passou a assinar seu nome desta ma-
neira: “Joe ‘Bem Mais Adiante’ Phipps”.
Algumas vezes, penso que tudo o que faço como pastor é falar a palavra
“Deus” em uma situação na qual ela nunca fora dita antes, onde as pessoas
jamais reconheceram sua presença. Alegria é a capacidade de ouvir esse
nome e reconhecer que Deus está aqui. Há uma espécie de regozijo porque
Deus está agindo e, mesmo que faça algo pequeno, isso basta no momento.
ESPIRITUALIDADE E CRIATIVIDADE
4
Op. Cit.
PREFÁCIO 13
uma filha de um ano. Duas ou três semanas após seu nascimento, desco-
briram que a criança era quase cega.
Conheço Ruthie desde que ela era adolescente e, portanto, participei de
sua dor. Sofri também com seu marido, Dave. Ele é um sujeito vigoroso,
que gosta da vida ao ar livre. Já escalou montanhas em todos os continen-
tes do mundo. Dave tem uma espiritualidade profunda e silenciosa. É um
casal maravilhoso, mas a filhinha deles nasceu cega. Minha primeira rea-
ção foi acolher uma enorme sensação de tristeza e tragédia — do tipo:
“Como isso foi acontecer com Dave e Ruthie?”.
Conversei, porém, com Ruthie ontem pelo telefone. Ela disse: “Tive
muitas experiências em minha vida, mas nenhuma maior do que a de ser
mãe”. Disse também que tínhamos que ver Dave com a filha. A pequena
Cairn, de pouco mais de um ano, já esteve em picos de montanhas na Pe-
nínsula Olímpica, nas Cascades, nas Rochosas e nas Smoky. Dave a leva
sempre em suas excursões.
Essa criança está trazendo à tona o que há de melhor neles. Cairn, qual-
quer que seja a sua condição, é um presente de Deus. Eis um casal que está
vivendo criativamente: eles tomaram o que lhes foi dado e o inseriram na
vida de graça e redenção.
ESPIRITUALIDADE E COMUNIDADE
5
Eugene H. PETERSON, São Paulo: Cultura Cristã, 2005.
14 O PASTOR CONTEMPLATIVO
ESPIRITUALIDADE E SUBVERSÃO
6
Eugene H. PETERSON, São Paulo: Mundo Cristão, 2005.
7
Trata-se de Aleksandr Isayevich Solzhenitsyn, escritor russo, autor do best-seller Arquipélago
Gulag. (N. do E.)
16 O PASTOR CONTEMPLATIVO