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Relatório nº1: Reconhecimento de reagentes

Universidade da Beira Interior


Engenharia Aeronáutica
1° Semestre/1° ano

Química Geral
Reconhecimento de
reagentes

Docente: Albertino Figueiredo


Relatório elaborado por:
 Alberto Mendes nº 37914
 Luís Azevedo n° 37367
 João Leitão nº 37384

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Relatório nº1: Reconhecimento de reagentes

Índice

Capa………………………………………………………………………………...….1

Índice…………………………………………………………………………...………2

Objetivos do tabalho prático………………………………………………………….3

Introdução Teórica…………………………………………………………………….4

Material…………………………………………………………………………………6

Reagentes…………………………………………………………………………..…6

Procedimento experimental………………………………………………………….6

Resultados obtidos…………………………………………………………………....7

Discussão de resultados…………………………………………………………....10

Conclusão e crítica…………………………………………………………………..11

Questões……………………………………………………………………………...13

Bibliografia……………………………………………………………………………14

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Objetivo do trabalho prático


Através da realização deste trabalho prático laboratorial, pretendia-se que cada
grupo analisasse e sistematizasse as várias tarefas tendo como objetivo chegar
a uma conclusão final acerca do problema proposto.
O trabalho consistia em determinar quais as soluções de cinco frascos que
estavam rotulados com as letras de A a E. Para determinar a natureza das
soluções tivemos de efetuar testes tais como: a análise das propriedades
físicas dos reagentes (cor e o cheiro libertado por cada uma das substâncias),
medição do pH recorrendo a papel indicador de pH, e ainda a preparação de
soluções entre os vários reagentes, onde misturávamos os reagentes dois a
dois de modo a obter reações de precipitação e de ácido-base que nos davam
indicativos de quais as substâncias em causa nas várias reações”.

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Introdução teórica

Este trabalho prático-laboratorial tem como base teórica os conceitos de


pH, reações ácido-base e reações de precipitação. Para além das características
físicas, que facilmente identificamos às soluções, tais como: cor, cheiro, textura,
existem também outras caraterísticas que podem ser analisadas de modo a
podermos diferenciar as soluções quando estas apresentam semelhanças entre
si. As características como a acidez, basicidade ou neutralidade das substâncias
serão um fator proeminente para estas sejam determinadas através do teste do
ph.
O conceito de pH é nomeadamente importante para a compreensão do
trabalho realizado. O ph ou um potencial hidrogeniónico é um índice que indica
a acidez, neutralidade ou basicidade de um determinado meio. O "p" deriva do
alemão potenz, que significa poder de concentração, e o "H" é para o ião de
hidrogénio (H+). O "p" equivale ao simétrico do logaritmo de base 10 da atividade
dos iões a que se refere, ou seja:

pH = - log10 [H+]
Em que [H+] representa a concentração de iões H+ expressa em mol/dm3.
As soluções podem então ser consideradas ácidas ou básicas consoante o valor
do seu pH:

. Soluções ácidas: [H+]> 1,0 x 10 -7 M, pH <7,00

. Soluções básicas: [H+] <1,0 x 10 -7 M, pH> 7,00

. Soluções neutras: [H+] = 1,0 x 10 -7 M, pH = 7,00

A escala de ph irá servir nomeadamente neste trabalho para determinar o


grau de acidez ou de basicidade de uma determinada solução e assim descobrir
a sua natureza. Varia entre 0 e 14, sendo o valor médio, os sete, correspondente
a soluções neutras. Para valores superiores a 7 as soluções são consideradas
básicas, e para valores inferiores a 7, serão ácidas.
A reação de solução aquosa ácida com uma solução aquosa básica
ocorre sempre uma reação química denominada de reação ácido-base. É
assim que se consegue alterar a acidez das soluções ácidas e a basicidade
das soluções básicas. A acidez de uma solução diminui, quando se lhe adiciona
uma solução alcalina e a basicidade de uma solução diminui, quando se lhe
adiciona uma solução ácida, alterando o pH.
Assim reações ácido-base são chamadas de reações de neutralização,
dado que um ácido neutraliza uma base, e vice-versa logo podemos estudar
melhor uma determinada solução.

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As teorias de ácido-base mais comuns são: de Arrhenius, de Brønsted-Lowry e


de Lewis. Das várias teorias importa salientar a de Arrhenius, Segundo
Arrhenius, um ácido é uma substância que em solução aquosa origina iões H+.
Por exemplo HCl é um ácido segundo Arrhenius porque:
HCl (aq)→ H+ (aq) +Cl− (aq)

Uma base é uma substância que provoca o aparecimento de iões OH - em


solução aquosa.
Por exemplo NaOH é uma base segundo Arrhenius porque:
NaOH (aq) → Na+ (aq) +OH− (aq)

Assim, temos que nas reações ácido-base de Arrhenius, se forma um sal e água
a partir da reação entre um ácido e uma base. Por outras palavras, estamos na
presença de uma reação de neutralização.

Ácido + (aq) + Base− (aq) →Sal (s) + Água (l)


Ex:
2 NaOH (aq) + H2SO4 (aq) → 2 H2O (l) + Na2SO4 (s)

A teoria de Brønsted-Lowry assume também um papel chave para o


desenvolvimento do nosso trabalho pois chegamos à conclusão que é a
capacidade de transferir protões (H+) que faz com que uma substância tenha
comportamento característico de ácido ou de base. ". Uma reação ácido-base
é a transferência de um ião hidrogénio do ácido e para a base. Assim, a perda
de um protão (H+) de um ácido produz a sua base conjugada, que é o ácido
com um ião hidrogénio perdido, e a receção de um protão por uma base produz
o seu ácido conjugado, que é a base com um ião hidrogénio adicionado.

Apenas falta referir as reações de precipitação que são caracterizadas


pela formação de um composto insolúvel ou precipitado. Envolvem compostos
iónicos. Por exemplo:
Pb(NO3)2 (aq) + KI (aq) → PbI2 (s) + KNO3(aq)
(Reação entre a solução aquosa de nitrato de chumbo e a solução aquosa de
iodeto de potássio que dão origem ao precipitado iodeto de chumbo (cor
amarela) e à solução aquosa de nitrato de potássio.)
Estas reações vão ser nomeadamente importante para a identificação das
substâncias que desconhecemos dos frascos rotulados de A a E.

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Material
 10 Tubos de ensaio
 5 Gobelets pequenos (50 ml)
 5 Pipetas de Pasteur;
 5 Pipetas (10cm3);
 Marcador;
 Varetas de Vidro;
 Papel Indicador de pH;
 Reagentes A,B,C,D e E
 Pompete

Reagentes
 Ácido clorídrico (HCl)
 Cloreto de Sódio (NaCl)
 Hidróxido de Sódio (NaOH)
 Nitrato de prata (AgNO3)
 Amoníaco (NH3)

Procedimento experimental
 Reunimos todos os materiais necessários para a realização da tarefa e
colocamos no local de trabalho do grupo.
 Utilizando o marcador rotulamos os gobelets com as letras de A a E.
 Com a pipeta e pompete, colocamos 10cm3 de cada um dos reagentes
(A,B,C,D,E), para os gobelets das respetivas letra, de modo a evitar
perdas de substâncias e sistematizar a tarefa.
 Observarmos as propriedades físicas dos reagentes em causa.
Analisamos a cor, e o cheiro dos vapores das substâncias. Primeiro
concentramo-nos na cor das substâncias e depois (sem cheirar
diretamente) no cheiro destas. Através do cheiro através do olfato
tentamos detetar se algum reagente possuía um odor particularmente
característico.

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 Para determinar o carater químico dos reagentes ou seja determinar se


estas eram básicas, ácidas ou neutras, rasgamos cinco tiras de papel
indicador de ph e com a ajuda de uma vareta deixamos cair uma gota de
cada reagente em cada tira de papel de modo a que este mudasse de cor.
Assim através da comparação com o referencial de cores facilmente
identificávamos o valor de ph de cada reagente.
 Para testar a reatividade entre os vários reagentes fizemos reagir estes
entre si de forma sistemática. Por isso:
 Colocamos dez gotas de solução num tubo de ensaio;
 Em cada tubo de ensaio juntamos dez gotas de outro reagente,
misturando as soluções segundo o sistema abaixo indicado;
 Agitamos cuidadosamente o tubo de ensaio a fim de catalisar a
reação;
 Anotamos os resultados obtidos.

Tabela das soluções a misturar


Reagentes A B C D E
A A+B A+C A+D A+E
B B+C B+D B+E
C C+D C+E
D D+E
E
Tabela 1: mistura soluções
Legenda:
- Não foi efetuada mistura

Resultados Obtidos
1º Teste - Propriedades Físicas:
A. Não apresentou caraterísticas de cor ou cheiro.
B. Não apresentou caraterísticas de cor ou cheiro.
C. Não apresentou caraterísticas de cor ou cheiro.
D. Não apresentou caraterísticas de cor ou cheiro.
E. Apresentou um cheiro muito intenso semelhante a produtos de limpeza
amoniacais.

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2º Teste – Identificação do pH:


A. pH=1
B. pH=6
C. pH=14
D. pH=5
E. pH=10
3º Teste – Reatividade das soluções:

A B C D E

Não se observa Não se observa Formação de precipitado Não se observa


A
reação reação branco reação
Não se observa Formação de precipitado Não se observa
B
reação branco reação
Formação de precipitado Não se observa
C
acastanhado reação
Não se observa
D
reação

Tabela 2: reatividade das reações

Reação A+D → Precipitado Branco


HCl (aq) + AgNO3 (aq) → AgCl (s) + HNO3 (aq)

Reação C+D → Precipitado de Castanho


NaOH (aq) + AgNO3 (aq) → AgOH (s) + AgOH

Reação B+D → Precipitado Branco


NaCl (aq) + AgNO3 (aq) → AgCl (s) + NaNO3 (aq)

Reação A+C (reação ácido-base)


HCl (aq) + NaOH (aq) → NaCl (aq) + H2O (l)

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Discussão de resultados
Na primeira fase do procedimento experimental, que consistia em analisar
as propriedades físicas dos materiais, as conclusões a retirar não foram muito
conclusivas, visto que só conseguimos detetar, pelo seu cheiro bastante intenso,
uma das substâncias, a do frasco E. Sendo esta substância o amoníaco (NH 3).
Todas as outras não conseguimos inferir, visto que todas as outras soluções
apresentavam uma coloração incolor e não apresentavam qualquer cheiro
característico.
De seguida, analisamos o carácter químico das soluções dos frascos,
através do papel indicador de pH. Desta forma, vimos que o pH das soluções
dos frascos eram as seguintes:
A – 1 (carácter ácido)
B – 6 (carácter ácido)
C – 14 (carácter básico)
D – 5 (carácter ácido)
E – 10 (carácter básico)
A partir dos valores de pH conseguimos inferir a existência de uma base
forte e de um ácido forte. O frasco C trata-se, assim, do Hidróxido de Sódio
(NaOH), visto se tratar de uma base forte; e o frasco A trata-se do ácido clorídrico
(HCl), o ácido forte.
Por fim, misturamos as soluções dos frascos entre si, onde obtivemos os
dados apresentados na tabela nº 2.
A partir desses dados constatamos que determinadas substâncias,
quando misturadas, não manifestam sinais de qualquer tipo de reação, e outras,
pelo contrário, formam um precipitado no fundo dos tubos de ensaio (reações de
precipitação).

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Conclusão e crítica
Na primeira fase do trabalho, a única substância que conseguimos detetar
pelas suas características físicas foi o amoníaco (NH3), do frasco E, visto que
todas as outras soluções apresentavam coloração incolor e não apresentavam
qualquer tipo de cheiro característico. O NH3, pelo contrário, apresentava um
cheiro muito intenso.
De seguida, na medição dos valores de pH, conseguimos inferir acerca
dos frascos A e C. Pelos valores de pH apresentados na “discussão dos
resultados” concluímos que estamos na presença de um ácido forte e uma base
forte. Assim, concluímos que dos reagentes sobrantes, o frasco A contém Ácido
Clorídrico (HCl) – ácido forte – e o frasco C contém Hidróxido de Sódio (NaOH)
– base forte. De se notar que sabemos, desde do início, que o Ácido Clorídrico
é um ácido e o Hidróxido de Sódio uma base, as restantes soluções (B e D)
apresentam um pH não conclusivo acerca de qual é a substância.
No teste final, a mistura de soluções, sabemos que a reação da substância
A com a substância C se trata de uma reação ácido base, ácido forte-base forte,
denotada pela seguinte equação:
HCl (aq) + NaOH (aq) → NaCl (aq) + H2O (l) (reação ácido-base)
Tendo o conhecimento empírico de que o Hidróxido de Sódio (NaOH) ao
reagir com o Nitrato de Prata (AgNO3) forma-se um precipitado acastanhado, o
óxido de prata, inferimos que a solução do frasco D se trata do Nitrato de Prata
(AgNO3).
Por exclusão de partes, como só falta o reagente B e uma só solução
possível, a substância do frasco B é o Cloreto de Sódio.
Assim, as substâncias são as seguintes:
A – Ácido Clorídrico (HCl)
B- Cloreto de Sódio (NaCl)
C – Hidróxido de Sódio (NaOH)
D – Nitrato de Prata (AgN03)
E – Amoníaco (NH3)
As reações químicas presentes nos “resultados obtidos” são fáceis de
concluir, visto que se tratam de reações de precipitação ou reações ácido-base.

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Em jeito de conclusão, o grupo conseguiu cumprir os objetivos do trabalho


laboratorial (distinguir quais os reagentes), desenvolvendo a capacidade de
organização coletiva, a capacidade de análise e a capacidade de entreajuda.
De uma forma generalizada, ficamos mais familiarizados com as reações
ácido-base e de precipitação, o seu pH e a necessidade de destinguir as bases
fortes e os ácidos fortes e as suas aplicações.

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Questões

1. Não houve grandes transtornos na realização e compreensão da expe-


riência, apenas a pouca familiarização com os pompetes dificultou a inicial
retirada das substâncias para os goblés.

2. Concluímos que a medição de pH foi o teste que mais contribuiu para a


identificação das soluções pois forneceu-nos informação importante para
a destinção das bases e do ácidos.

3.
I. HCl (aq) + AgNO3 (aq)  AgCl (s) + HNO3 (aq) → reacção de
precipitação
II. NaOH(aq) + AgNO3(aq)  AgOH(s) + NaNO3(aq) → reacção de
precipitação
III. HCl (aq) + NaOH (aq)  NaCl (aq) + H2O (l) → reacção ácido
– base (neste caso também é uma reação de neutralização)
HCl é um ácido forte e corrosivo;
AgNO3 é um forte agente oxidante e um sal inorgânico;
AgCl possui baixa solubilidade em água;
HNO3 é um ácido viscoso, incolor e inodoro, volátil à temperatura
ambiente;
NaOH trata-se de uma base forte altamente corrosiva;
AgOH caracteriza-se pela sua cor preta/acastanhada;
NaNO3 é um composto cristalino, inodoro e incolor;
NaCl, mais conhecido como sal, é utilizado em grande escala como
um conservante e na produção de outras substâncias.

4. A) NaOH (aq) + AgNO3 (aq)  AgOH (s) +NaNO3 (aq)


B) HCl (aq) + NaOH(aq)  NaCl (s) +H2O (l)

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Bibliografia

 http://www.spq.pt/magazines/BSPQ/569/article/300
0521/pdf
 http://www.fq.pt/acido-base/23-teoria-protonica-de-
bronsted-e-lowry
 RODRIGUES, Carla; SANTOS, Carla; MIGUELOTE,
Lúcia; SANTOS, Paulo. Química A 11 - 11.º Ano. 2
Ed. Areal editora, 2013

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