Espiritismo Capítulo XVI “Não se pode servir a Deus e a Mamon” • Quem, ou o que é Mamon? • Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
• Mamon é um termo, derivado da Bíblia, usado para descrever
riqueza material ou cobiça, na maioria das vezes, mas nem sempre, personificado como uma divindade. A própria palavra é uma transliteração da palavra hebraica "Mamom" ( que significa literalmente "dinheiro". Como ser, Mammon representa o terceiro pecado, a Ganância ou Avareza, também o anticristo, devorador de almas, e um dos sete príncipes do Inferno. Sua aparência é normalmente relacionada a um nobre de aparência deformada, que carrega um grande saco de moedas de ouro, e "suborna" os humanos para obter suas almas. Em outros casos é visto com uma espécie de pássaro negro (semelhante ao Abutre), porém com dentes capazes de estraçalhar as almas humanas que comprara. • Mamon, para Collin de Plancy • Para Milton, em sua obra Paraíso Perdido, Mamon é um demônio que constrói para Satã um palácio com veios de ouro ardente. • Goethe, na primeira parte de Fausto, utiliza a palavra em ambos os sentidos de "ouro" e de "entidade demoníaca". • Ou seja, Kardec o relaciona ao império das coisas materiais, dos prazeres desequilibrados, que obliteram os sentimentos de espiritualidade, os únicos que podem levar o homem à verdadeira felicidade. • “Como o Reino de Deus ainda não é da Terra, não se pode satisfazer a Jesus e ao mundo a um só tempo. O vício e o dever não se aliam na marcha diária...” (Emmanuel, Caminho, Verdade e Vida) • Passagem do jovem rico (Mateus, XIX: 16-24; Lucas, XII: 18-25; Marcos, X: 17-25). • “Eu vos digo mais uma vez – É mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha do que um rico entrar no Reino dos Céus”. • Estaria Jesus fazendo uma condenação aos ricos e à riqueza? • Seriam eles (ricos) casos perdidos, sem salvação? • Guardai-vos da avareza (Lucas, XII: 13-21). A insensatez da vida destinada exclusivamente ao acúmulo de bens materiais. • Jesus na casa de Zaqueu (Lucas, XIX: 1-10)
Zaqueu, publicano. Sua consciência acusava
algum mau uso do dinheiro e das riquezas.
Ansiava encontro com Jesus
• Jesus, percebendo, vai com alegria à casa de Zaqueu.
• Este é tocado pela mensagem e pelo exemplo.
“Salvação”. • Parábola do mau rico (Lucas, XVI: 19-31) • Como explicar que duas criaturas, filhas de Deus, possam experimentar situações tão opostas? • Como cada um lidou com a oportunidade recebida? • Consequências após a morte física. • Como entender a palavra “inferno” utilizada por Jesus nessa passagem? • A quem o rico pediu ajuda, no momento do tormento? • Por que não foi possível oferecê-la? O que é o abismo a que se refere a passagem? • Parábola dos talentos (Mateus, XXV: 14-30) • Como lidar com os dons que recebemos? Com as oportunidades da vida, bençãos de Deus? • E a riqueza, poderia se enquadrar aí? • Utilidade providencial da riqueza
• Fonte de perdição absoluta?
• “É o laço mais poderoso que liga o homem à Terra e desvia seus pensamentos do céu”. • “Abolir toda a fortuna e condená-la como prejudicial à vida na Terra seria condenar a lei do trabalho e do progresso que a podem proporcionar”. • Como bem utilizá-la? • Promover o bem-estar , o progresso da Ciência, dos conhecimentos tecnológicos, médicos, proporcionar condições de trabalho, enfim, a satisfação das necessidades materiais do maior número possível de indivíduos. • Novamente vamos a Jesus: • - A fortuna pode ser o supremo excitante do egoísmo, do orgulho e da vaidade. Por isso a dificuldade da prova. • - “Fora da Caridade não há salvação!” • Kardec : “Com certeza o homem tem por missão trabalhar para o desenvolvimento material do globo. Ele deve desbravá-lo, saneá-lo, ... É preciso aumentar a produção para alimentar essa população. Se a produção numa região for insuficiente, deve-se buscá-la noutra... tornar mais rápidas as comunicações”. • “Sem a riqueza, o primeiro meio de execução, não haveria grandes trabalhos, nem atividades, nem estímulos, nem pesquisas”. • Tudo isso vem sendo feito. O que falta? • Desigualdade das riquezas • 1. Causas. • Nesta ou noutras vidas? • Por que não somos igualmente ricos? • Se fosse feita distribuição igualitária de toda a riqueza, quais as consequências? Resolveria o problema da Humanidade? O equilíbrio seria estável? • Meios de buscar mais justiça social. • Como Deus distribui as riquezas? • Quando a Humanidade conhecerá distribuição mais justa? • Crianças da comunidade Saramandaia, no Recife, foram flagradas mergulhando no canal Arruda em busca de latas de alumínio que possam ser vendidos. Um dos meninos que passa o dia no lixo explica que o esforço é para ajudar a comprar comida. A mãe das crianças teria deixado de receber o auxílio Bolsa Família por causa da baixa frequência escolar dos filhos. • A verdadeira propriedade
1. O que é, verdadeiramente, nossa propriedade?
2. E nossos bens materiais? • 3. A quem pertencem os bens da Terra? • 4. Como devemos agir na posse de bens materiais? • 5. Quando a propriedade é legítima aqui na Terra? • M, Espírito protetor (Bruxelas, 1861). “uma propriedade somente é legitimamente adquirida quando, para possui-la, não se prejudicou a ninguém”. Pedir-se –á conta de cada centavo mal adquirido, em detrimento de alguém. • Emprego da fortuna 1. É justo utilizá-la para nosso bem-estar pessoal? 2. Como deve-se viver sem a riqueza? 3. É legítimo deixar herança aos descendentes? 4. Qual a sua melhor destinação? “Procurais nestas palavras: ‘Amai-vos uns aos outros’ a solução do problema’”. • Prestação de contas a Deus do uso que da riqueza, dos bens materiais, fizermos. • Tendo em vista a brevidade da vida terrena, é despropositada tanta energia colocada no objetivo de acumular bens. • “Em prol do corpo que morre, negligenciastes vosso Espírito, que viverá para sempre... Ele comanda vosso Espírito, que dele se faz escravo. Foi esse o objetivo da existência que Deus vos deu?” (Um Espírito Protetor, Cracóvia, 1861) • Desprendimento dos bens terrenos O equilíbrio não está no esbanjamento a título de desprendimento, nem na privação voluntária e sem utilidade. - Caráter da tarefa conferida pela riqueza: Ministros da caridade na Terra. Tornar a riqueza produtiva, comportando-se como depositário fiel dos bens de Deus. A título de conclusão • 1. O homem só possui de seu aquilo que pode levar consigo após o desencarne; • 2. As virtudes são as riquezas a que devemos dedicar mais nosso tempo e energia; • 3. Não se pode comprar, de forma alguma, o bem-estar espiritual. Somente a prática do bem e da caridade nos oferece tal condição; • 4. Os bens da Terra pertencem a Deus, que distribui o seu usufruto da forma que melhor considera e no interesse dos seus filhos; • 5. As riquezas legítimas são as conquistadas com trabalho honesto e esforço, sem prejudicar a ninguém; A título de conclusão • 6. Ao homem não é dado abusar da riqueza, nem usá-la exclusivamente na satisfação dos prazeres materiais, pois prestaremos contas a Deus do uso que dela fizermos; • 7.Mandamento a servir de lema na utilização das riquezas: “AMAI-VOS UNS AOS OUTROS”; • 8. As riquezas podem e devem ser empregadas para o bem geral; • 9. O amor aos bens terrenos é um dos maiores obstáculos ao adiantamento moral e espiritual; • 10. Devemos saber viver sem riquezas, quando não as possuirmos, empregá-las de forma útil, quando as possuirmos, e saber sacrificá-la, quando necessário. (Laura Bergallo, O Evangelho Segundo o Espiritismo para jovens) O Espírito da Verdade – Emmanuel • Moeda é peça que representa dinheiro. • Moenda é peça que mói alguma coisa. • Moeda é força que valoriza. • Moenda é força que transforma. • Moeda é finança. • Moenda é ação. • Moeda é possibilidade. • Moenda é suor. • Moeda é recurso. • Moenda é utensílio. • A moeda apóia. • A moenda depura. • A moeda abona. • A moenda prepara. • Moeda parada é promessa estanque. • Moenda inerte é instrumento inútil. • Francisco Cândido Xavier / Waldo Vieira • “Lembra-te de que amanhã restituirás à vida o que a vida te emprestou, em nome de Deus, e que os tesouros de teu espírito serão apenas aqueles que houveres conquistado em teu próprio benefício, no campo de educação e das boas obras”. Emmanuel “Palavras de Vida Eterna”. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.