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Escola Secundária Dr.

Jorge Augusto Correia, Tavira

Apreciação Crítica:
Farsa de Inês Pereira
A Farsa de Inês Pereira é um texto dramático
feito por Gil Vicente que conta a história de uma
donzela, Inês Pereira, que se sentia presa em casa e
numa vida que não controlava. Então, Inês procura
liberdade no casamento, casando-se duas vezes: a
primeira, com um escudeiro muito galante que a
maltrata e não lhe dava liberdade, acabando por
morrer; a segunda foi com Pero Marques, um lavrador
abastado que a amava e dava-lhe tudo, mas era muito
ingénuo. Por isso, Inês usava-o e fazia pouco dele.
Sendo esta uma obra de Gil Vicente tem algumas lacunas também
identificadas noutras peças deste dramaturgo. Essas lacunas são a passagem
súbita do tempo, ou seja, da perspetiva do leitor, passaram-se algumas horas
ou dias quando, sem aviso nenhum, passaram-se dias, semanas, meses.
Outra falha na peça são os casamentos de Inês que acontecem sem a
presença de algum membro do clero e que começam e acabam subitamente.
Um aspeto positivo da peça é a tão conhecida crítica social disfarçada
por ironias, situações de cómico e personagens-tipo. Gil Vicente faz várias
críticas na peça, por exemplo, ao clero e aos casamenteiros. No entanto, a que
mais me chamou a atenção foi a forma como o dramaturgo expôs a
ingenuidade dos jovens da época. Estes têm que enfrentar a escolha da sua
futura esposa, ou marido, muitos deles sem qualquer referência ou experiência
de vida para a fazer.
Outro aspeto que considero positivo foi a forma como foi incluído o
provérbio “mais quero asno que me leve que cavalo que me derrube”, dando
aos leitores uma lição de moral. Isto é, de não nos prendermos às aparências
das pessoas e que o que é realmente importante é que essa pessoa nos ajude
e nos faça feliz.
Do meu ponto de vista, esta peça, no geral, não é muito interessante de
analisar. Digo isto porque me parece uma peça em que o comportamento das
personagens é irreal, ou seja, que era muito improvável acontecer na realidade
porque tudo do nada corre bem, quase parecendo um “conto de fadas”. Outra
razão de eu não ter apreciado a peça é que nunca foi do meu gosto analisar
textos dramáticos, nem analisar as peças de Gil Vicente devido ao seu modo
de escrita.
Sumariando, não gostei da peça, embora tenha apreciado a forma como
a crítica foi feita e a forma como foi incluído o provérbio.
Ana Carolina Pereira
Nº2, 10.ºA3
(Professora de Português: Lina Correia)

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