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As drogas de abuso atuam no SNC, são de uso recreacional e são classificadas em:
Para amostras não biológicas é necessário haver uma representatividade do laudo, ou seja,
não adianta pegar uma quantidade muito pequena se o todo é grande. Amostragem é o valor
científico de uma análise e a significância dos resultados é influenciada pela propriedade da
amostragem. 𝐴𝑚𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎𝑔𝑒𝑚 (𝑛) = 20 + 10% (𝑁 − 20), sendo que N é a quantidade total.
A ONU recomenda: Menos de 10 unidades: todos devem ser periciados
10 a 100 unidades: 10% periciados
Mais de 100 unidades: raiz quadrada
As literaturas que devem ser consultadas para auxiliar na escolha do ensaio ideal quando você
recebe uma amostra desconhecida: CLARKE’S (tanto para medicamento quanto para drogas de
abuso), Micromedex (se torna mais útil quando a amostra usada é biológica).
COCAÍNA
Amostra usada: pó suspeito. Foram realizados dois testes qualitativos, teste colorimétrico
(valor de triagem, utilizado um controle positivo e um negativo para comparação com a
amostra analisada) e cromatografia em camada delgada.
A diferença de concentração da amostra não causa mudança no seu Rf, altera somente a
intensidade da banda.
REAÇÃO MICROQUÍMICA
Colocar uma pequena amostra do pó em eppendorf e adicionar 4 gotas de HCl 0,1N. Em uma
lâmina concentrar uma gota dessa mistura e uma gota de ácido cloroplatínico 5%. Se for
cocaína será visualizado cristais em forma de folhas de palmeira.
MACONHA
O analito a ser procurado é o Δ9-THC que é psicoativo. Esse método é dividido em quatro
etapas: extração, aplicação, eluicão e revelação.
Na APLICAÇÃO deve-se ressuspender o resíduo com éter de petróleo e aplicar todo o volume
empregado, bem como o padrão na placa de cromatografia ativada a 110°C por 1 hora. A
ELUIÇÃO é feita em uma cuba de vidro pré-saturada contendo o sistema hexano/éter dietílico.
A REVELAÇÃO é realizada em duas etapas, uma pela luz UV e outra com o agente cromogênico
Fast Blue 0,1%, porém antes de borrifar o reagente deve-se saturar a placa com os vapores de
dietilamina em uma cuba, para deixar a placa alcalina e permitir a formação de cor. Após
revelação, realizar os cálculos do Rf.
O Δ9-THC é muito lipossolúvel, tende a sair rápido da circulação sanguínea (pico máximo de
absorção em torno de 8 minutos) e tem como principal produto de biotranformação o
THCCOOH - que é eliminado na urina conjugado com ácido glicurônico, a fim de tornar o
composto mais hidrossolúvel e facilmente eliminável. Devido à sua elevada lipossolubilidade, o
Δ9-THC se acumula no tecido adiposo, sendo liberado desse compartimento de forma lenta e
fazendo com que seus produtos de biotransformação tenham um clearence longo, ou seja,
podem ser encontrados na urina por dias ou semanas após o cessado o uso – para usuários
crônicos o tempo de detecção de THCCOOH na urina pode durar até 90 dias, dependendo da
sensibilidade do método.
Na urina, a concentração de THCCOOH pode variar de 20 a 500 ng/mL. Existem alguns kits
imunocromatográficos de triagem que adotam valores de detecção diferentes (NIDA –
100ng/mL, SAMSHA – 50ng/mL), porém ambos adotam o valor de cutoff para o confirmatório
de 15ng/mL. O método CCDAE tem uma especificidade boa e pode ser usado como teste
confirmatório quando não tem a cromatografia gasosa acoplada ao espectro de massa
(CG/MS).
Foi escolhido o CCDAE por ser um método mais sensível, uma vez que a detecção de maconha
na urina é de grande dificuldade por se tratar de quantidades muito pequenas. Todas as
CCDAE possuem suporte de vidro ao invés de alumínio, o que possibilita uma maior
sensibilidade, um menor tempo de corrida e, ainda, permite correr uma maior quantidade de
amostras. Esse método cromatográfico tem o mesmo princípio de uma CCD normal, então
também é dividido em 4 etapas: extração, aplicação, eluicão e revelação. O THCCOOH antes de
ser extraído da amostra de urina precisa passar por um tratamento que consiste em uma
hidrólise com hidróxido de sódio a temperatura ambiente, para que o THCCOOH seja separado
do ácido glicurônico.