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Fig.1: Simbologia KSB para produtos que cumprem a directiva
O propósito desta regulamentação é o de atingir os objectivos “20/20/20” do protocolo de Kioto até 2020 (20 % menos de
gases com efeito de estufa, 20 % mais de energias renováveis e 20 % menos de consumo energético).
Estudos mostram que as bombas consomem 10% da electricidade mundial [1] e dois terços de todas as bombas consomem
até 60% de energia desnecessária [2].
Assim, se a globalidade dos sistemas de bombagem fossem convertidos para alta eficiência, teríamos uma poupança de 4%
no consumo global de energia, o que seria comparável ao consumo residencial de mil milhões de pessoas (quase a
população total da China) !!!
Estes requisitos construtivos serão ainda mais apertados em 2015, tanto para bombas como para os motores eléctricos que
as accionam, e em 2017 a fasquia volta a subir para os motores.
Além de todos os produtos KSB aos quais se aplica esta directiva já cumprirem com as exigências ErP 2013, muitos já
cumprem neste momento também as exigências de 2015, como as bombas de água do tipo normalizado (Etanorm) ou os
circuladores (Rio-Eco). O nosso motor eléctrico SuPremE, mais eficiente do mundo (em motores síncronos livres de ímanes
permanentes aplicados a bombas), atinge mesmo a classificação IE4, excedendo assim já as exigências ErP de 2017 !!!
As etiquetas de classificação energética da UE (D, C, B, A, A+...) que todos conhecemos de alguns electrodomésticos, como
os frigoríficos, e que eram usadas voluntariamente na classificação de circuladores desde 2005, terminaram no final de
2012, já que na prática todos os circuladores teriam de passar a ter classificação A ou A+ (e isto só face à ErP 2013).
Não existem requisitos de simbologia na directiva ErP, pois só existem exigências mínimas, mas na KSB estes produtos
podem ser identificados pela simbologia “ErP 2013”, “ErP 2015” ou “ErP 2017” (ver fig. 1), através de etiqueta aposta no
próprio produto. Por outro lado, também o certificado de conformidade CE implica o cumprimento da ErP, pelo que o
utilizador/consumidor pode também garantir que os produtos estão a cumprir a legislação, através deste certificado.
O primeiro destes três regulamentos é o 2009/640/EC, que se refere aos motores eléctricos e estipula requisitos mínimos
através de novos métodos e nomenclaturas para as classes de rendimento, baseando-se na norma IEC 60034-30 da
Comissão Electrotécnica Internacional.
Comparando com a legislação anterior (ver fig. 2) a antiga classe EFF2 corresponde à nova IE1(eficiência standard) e a
antiga classe EFF1 corresponde à IE2 (eficiência elevada), que desde 16 de Junho de 2011 é também o requisito mínimo
para comercialização na UE. Existem ainda as classificações IE3 (eficiência premium) e IE4 (eficiência super premium),
abrangendo agora motores de 6 pólos entre 0,75 e 375kW, para além dos de 2 e 4 pólos anteriormente abrangidos.
O EEI (“Energy efficiency index”) é um número adimensional que relaciona a potência consumida pelo circulador com uma
potência de referência. Para esta referência foi escolhida a fronteira entre as classes D e E da etiqueta energética, classes
estas de baixa eficiência. Assim, um EEI de 0,27 significa que o circulador consome apenas 27% da potência de referência
(ou seja, de um circulador que esteja entre as classes D e E), sendo este valor (EEI=0,27) o mínimo exigido pela ErP 2013.
Actualmente o “benchmark” (o melhor da tecnologia) para este tipo de bombas é o EEI de 0,20, mas este valor não é ainda
exigido nem se prevendo que o seja a curto prazo. Mesmo assim, a grande maioria das bombas actualmente comercializadas
vai ser excluída do mercado, como se pode ver no gráfico da fig. 4.
O estudo preparatório para este regulamento revelou que são colocadas anualmente no mercado comunitário cerca de 14
milhões de bombas circuladoras, e que o seu principal impacto ambiental é o consumo energético (outros impactos menos
importantes são a produção e o desmantelamento da bomba), que ascendeu a 50 TWh em 2005, o que corresponde a 23
milhões de toneladas de CO2emitido para a atmosfera. Se não fossem adoptadas estas medidas, o consumo de electricidade
aumentaria para 55 TWh até 2020. Como o objectivo deste regulamento é reduzir esse consumo para 32 TWh em 2020, ele
vai conseguir uma poupança energética de 23 TWh (poupança de 42%), e evitar a emissão de 11 milhões de ton de CO2 para
a atmosfera (redução de 42%).
O terceiro e último regulamento, o 2012/547/EC, define um índice de eficiência mínimo para as bombas de água
normalizadas. São consideradas bombas de água normalizadas as bombas do tipo horizontal (modelos Etanorm, Etabloc e
Etachrom, da KSB), do tipo em linha/”in line” (modelo Etaline, da KSB), do tipo multicelular submersível (modelo UPA) e
do tipo multicelular vertical (modelo Movitec).
O MEI (“Minimum Efficiency Index”) é uma escala adimensional que especifica quantas bombas de água têm uma
eficiência inferior à da bomba em avaliação. Ou seja, uma bomba que tenha um MEI de 0.4, significa que 40% das bombas
disponíveis no mercado, têm uma eficiência inferior a esta, pelo que, quanto mais elevado for o MEI, melhor. Como se pode
ver na tabela abaixo, em 1 de Janeiro de 2013 foram excluídos do mercado os 10% de bombas com pior eficiência, e em 1
de Janeiro de 2015 serão excluídos os 40% com pior eficiência.
Por outro lado, este regulamento acrescenta uma nova exigência que é, como as bombas são muitas vezes utilizadas a carga
parcial, obrigar os fabricantes a produzirem bombas com bons rendimentos fora do ponto de melhor eficiência (BEP - Best
Efficiency Point), ou seja, com curvas de eficiência mais planas, em vez de tomarem a opção fácil de produzirem bombas só
com boa eficiência no BEP. Este objectivo é conseguido incluindo no cálculo do MEI, não só eficiências mínimas
requeridas para o BEP, mas também para os pontos de caudal 75% do BEP e 110% do BEP (ver fig. 5).
Apesar de em termos do conjunto bomba + motor este regulamento prever uma melhoria da eficiência energética na ordem
de 20% a 30%, a poupança energética prevista com a aplicação deste regulamento é de 2% (3 TWh, de 136 TWh previstos
para 2020 se estas medidas não fossem aplicadas, para 133 TWh), pois este regulamento apenas se aplica à componente
bomba, onde a tecnologia de ponta actual está perto dos seus limites.
A implementação temporal destes regulamentos é a seguinte:
* Excepção: Bombas circuladoras especialmente concebidas para circuitos primários de sistemas solares térmicos ou integradas em
bombas de calor. Estas podem ser controladas pelo equipamento onde serão incorporadas e assim obter uma correcção da velocidade
específica.
Toda a legislação pode ser consultada em http://eur-lex.europa.eu/pt/index.htm. De notar que toda esta legislação não
tem aplicação retroactiva, pelo que não é obrigatório reconverter sistemas existentes.
Se tomarmos como exemplo [5] um circuito fechado de um sistema de ar condicionado para refrigeração de uma unidade de
produção fabril (ver fig. 6), e introduzirmos como medida de optimização energética, a substituição de uma das bombas
instaladas pelo seguinte sistema KSB com variação de velocidade:
Bomba de água normalizada monobloco, modelo Etabloc, de 18.5kW, com motor síncrono KSB SuPremE® + variador de
velocidade PumpDrive + sensor diferencial de pressão inteligente PumpMeter
Para o perfil de carga desta instalação, a essa redução no consumo corresponde uma poupança de energia de aprox. 371
kWh/dia.
Para o nº de horas de funcionamento desta instalação, e considerando um custo de electricidade de 9 cêntimos por kWh,
temos uma poupança de € 15,700/ano, que significa a uma poupança energética de 75%
A redução emissões de CO2 neste caso é de 1.900 ton/ano, da mesma ordem de grandeza que a poupança energética (75%).
São boas notícias para o ambiente e para a sua empresa.