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Aula 3 - Petrologia das

rochas ígneas ou
magmáticas
Tipos de Magmas
Tipos de Magmas

Tipo de Teor de
Viscosidade Ocorrência
Magma Sílica

Baixa
Basáltico 50% 80%
(muito fluido)

Andesítico Média 60% 10%

Alta
Riolítico 70% 10%
(muito pastoso)
A importância das rochas Ígneas
As rochas ígneas constituem 80% da massa crosta terrestre,
embora correspondam a apenas 15% da superfície aflorante.
A resistência alta faz com que seu emprego seja vasto na
engenharia:
• pedras de cantaria (blocos);
• lâminas para revestimento de pisos e fachadas;
• melhores pedras britadas para a produção de concretos;
• as melhores rochas para a confecção de barragens;
• nelas os túneis podem ser mais econômicos.
Classificação das Rochas Ígneas de acordo
com a forma de ocorrência
 Rochas Extrusivas

São aquelas resultantes do resfriamento das lavas em contato


com a atmosfera

 Rochas Intrusivas

São aquelas resultantes do resfriamento do magma em


contato com outras rochas.
Rochas extrusivas
Rochas extrusivas só ocorrem quando o magma mais fluido (lava)
chega à superfície. Existem as seguintes manifestações de rochas
extrusivas:

Derrames
A lava flui por fendas espalhando-se em grandes extensões.

Vulcanismos
A lava flui por canais formando cones em áreas mais restritas.

Depósitos Piroclásticos
Decorre de explosões em vulcões obstruídos que lançam materiais
incandescentes pelo ar e depositam-se no seu entorno.
Derrames
Derrame da Bacia do Paraná

separação do supercontinente Gondwana


Superposição de derrames

Na Serra Geral, existe uma seqüência de cerca de 20 derrames que se superpõem


uns aos outros. Os derrames inferiores possuem espessura entre 10 e 20 metros e
são basálticos. Os últimos são andesíticos ou riolíticos e possuem espessura de até
70 metros. Cada derrame demarca um degrau no relevo das encostas, conforme
mostra a figura.
Estrutura dos derrames

Cada derrame possui cinco zonas com estrutura diferente: no topo, há uma
concentração de bolhas de voláteis que deixa vesículas (se vazias) ou amídalas (se
preenchidas por minerais); abaixo, há uma região com fraturamento horizontal; no
centro, fraturamento vertical; abaixo novamente fraturamento horizontal e, no
contato com outro derrame, uma zona com tendência vítrea.
Derrames
Detalhe da superposição de
derrames no cânion do
Fortaleza no Aparados da
Serra-RS: os paredões
verticais correspondem às
disjunções colunares.
Derrames básicos Derrames ácidos

Vista dos degraus que se


formam entre derrames:
Serra do Pinto – Rota do
Sol
Disjunção
vertical

Disjunção
vertical
Vesicular

Disjunção
horizontal

Torres - RS
Disjunção
horizontal

Disjunção
vertical

Disjunção
horizontal

Derrame
inferior
Base do derrame em
Torres – RS: na parte
superior aparece a
disjunção horizontal e
na parte inferior o
topo do derrame mais
antigo onde aparece a
brecha vulcânica
Base de derrame explorado
em pedreiras em Nova Prata:
o restante do derrame, que
deveria aparecer acima da
disjunção horizontal, já foi
decomposto e erodido.
Derrames

Pedreira comercial de basalto em


Estância Velha: as bancadas de
extração priorizam a zona de
fraturamento vertical.

Detalhe do basalto colunar: esta


porção do derrame costuma ser
priorizada para a extração de
pedra britada pois tem minerais
maiores que a base do derrame
e não tem vesículas como o
topo.
Vulcanismo
(chaminé)

Lawun em Papua, Nova Guiné


Vulcanismo de lava basáltica

Fluxo de lava (Aa) Fluxo de Lava (Pahoehoe)

Pequenas explosões
fluidez
Arquipélagos de ilhas vulcânicas:
alinhamento cronológico

Kauai (5,1Ma)

Oahu (2,6 – 3,7Ma)

Maui (0,7 – 1,3Ma)

2.000 km
Hawaii (0 – 0,4Ma)
Vulcanismo riolítico
Monte Santa Helena,
18 de maio de 1980
Pinatubo,
Filipinas 1991
200km
10 anos

Pompéia e Herculano
Vesúvio em 79 DC

Plymouth, Montserrat , caribe– St. Pierre, Martinica,


destruída por fluxo piroclástico caribe 1902
em 1995 30.0000 pessoas
Rochas de depósitos Piroclásticos

Ignimbritos Ilhas Canárias

Púmice (pedra pomes) Ilhas Açores


ROCHAS ÍGNEAS INTRUSIVAS
Rochas intrusivas são aquelas que se resfriam dentro da crosta. A
classificação dessas rochas pode ser feita de acordo com as suas
formas de ocorrências:

Plutônicas ou abissais
Quando o magma resfria em grandes profundidades na crosta
terrestre, geralmente por ascensão lenta de magma mais leve.
Nessa categoria estão os Batólitos e Stocks.

Hipoabissais
Quando o magma resfria em profundidades menores, geralmente
pela infiltração de lava em descontinuidades da crosta. O
resfriamento é mais rápido e nessa categoria inserem-se os diques,
sills e lacólitos.
BATÓLITO
Trata-se de uma grande massa de material magmático com
extensão maior do que 100 Km2

STOCK
É uma massa semelhante ao Batólito mas com extensão inferior
a 100 Km2.
Diques e Soleiras (sills)
Soleira na Cidade
de Edinburgo,
Escócia

Soleira na Barragem
Roosevelt
DIQUES

Diques de diabásio em meio


ao granito: Praia do Rosa - SC

Diques de diabásio em meio


ao gnaisse: Gruta das
Encantadas – Ilha do Mel
Diques de diabásio em
meio a rochas
sedimentares denota
bem a forma discordante
das estratificações

Diques de riolito em
meio ao gnaisse
DIQUES
Diques de diabásio em meio ao
derrame de basalto;
Dique de biabásio em meio a uma
soleira
Chaminé de vulcão (dique cilíndrico)
Observados em climas desérticos

Antártida
LACÓLITO
O magma é mais viscoso que no sill e com isso consegue
soerguer as massas de rocha acima da intrusão. Forma massas
lenticulares, plano-convexas, similares a um cogumelo.
Estrutura das rochas ígneas
A estrutura das rochas ígneas está relacionada com o tipo de
intensidade do seu fraturamento, o que está ligado em grande
parte à velocidade do resfriamento.

Basalto, rocha extrusiva Granito, rocha intrusiva plutônica


muito fraturada maciça a pouco fraturada
Estrutura das rochas

• Os batólitos e os stocks - estrutura maciça.

• Os lacólitos - menor o fraturamento na sua porção central e


maior nas extremidades.

• As soleiras e os diques - muito fraturados

• Os derrames costumam formar fraturamento intenso nas


disjunções horizontais e um pouco mais espaçados nas
disjunções verticais.
TEXTURA
Refere-se às dimensões e arranjo dos minerais nas rochas.

fanerítica afanítica

vítrea

vesicular
Rochas de textura pegmatítica: minerais muito grandes

Rochas de textura porfirítica

Granito com textura porfirítica:


fenocristais de feldspato em meio
a uma matriz granular fina.
Formas de ocorrência das rochas ígneas

Característica
Forma de ocorrência Estrutura Textura
particular
Espessos Pouco fraturado Microgranular
Derrames
Extrusivas Finos Muito fraturado Afanítico
Vulcões Muito fraturado Vítreo a afanítico
Intrusivas plutônicas Batólitos e Stocks Maciço Fanerítico
Diques e soleiras Muito fraturado Afanítico
Intrusivas Bordas Muito fraturado Afanítico
hipoabissais Lacólitos Fanerítico a
Centro Pouco fraturado
microgranular
Por que existem rochas
com mesma textura,
mesmo ambiente de
formação, mas
composição distinta?
Granito Granodiorito Diorito Gabro Peridotito

faneríticas
afaníticas

Riolito Dacito Andesito Basalto


ortoclásio
Maior que 5/3 Entre 1/3 e 5/3 Menor que 1/3 Não existe feldspato-K
plagioclásio
Teor de sílica 72% 69% 57% 45%
Quartzo 20% a 40% 5% a 20% < 5% Não existe quartzo
Coloração Félsicas ou Intermediárias ou Intermediárias
Leucocráticas Mesocráticas ou Mesocráticas
Máficas ou Melanocráticas
Série de Reações de Cristalização de Bowen
1.500°C
1.300°C
1.300°C

1.000°C
900°C

900°C

800°C
700°C
600°C

A seqüência representada pode ocorrer de forma descontínua. Se não houver Fe e Mg


disponíveis no magma, a seqüência a partir da olivina não ocorre e a série se dá do
Feldspato Ca para baixo. De forma semelhante, se não houver sílica suficiente, a rocha
pode terminar sua cristalização nos feldspatos, sem gerar quartzo.
Usos das rochas
ígneas
1 3

2
Produção de lâminas
Extração e beneficiamento de lâminas de rochas ígneas faneríticas
Revestimento de aterros
especiais
Pedreira de granito
Instalação de
britagem
Riolito serrado
e blocos de
cantaria para
pavimentos

Revestimento riolito
irregular
Muros de alvenaria de blocos de granito
Blocos de cantaria de
granodioritos

Blocos de cantaria de
dacitos
Piso de rocha polida: granito na tonalidade
avermelhada, diorito na tonalidade preta,
granodiorito na tonalidade branca.

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