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Paróquia de Benedita | Zona 8: Candeeiros

7ºAno | Catequese 11: A Páscoa: Festa do Amor

A PÁSCOA: FESTA DO AMOR


1º Encontro – O mundo em mudança.

Orientador – A vida é feita de mudança. Mas muitas delas acontecem sem


nós darmos conta. Quantos de vós já pararam para observar o que está a
acontecer às árvores que ficaram sem folhas durante o Inverno?

Orientador - Que mudanças estão a descobrir?


Não notam nada de diferente nas árvores? O que vos desperta a
contemplação das árvores, das flores, da Natureza quando descobrem que
os ramos, que pareciam estar mortos, apresentam pequenos rebentos?
Em que se transformarão estes pequenos rebentos?
Poderão dar folhas verdes e outros em maravilhosas flores. Na natureza,
muito do que parecia morto, volta a encher-se de vida.
Toda essa vida é própria da Primavera, uma estação em que a Natureza se
recria, renasce, se transforma. A natureza “ressuscita”…

Nota: Depois de entrar na sala, continuar a catequese com a leitura


de uma história.

Orientador – Agora escutem com atenção esta história. Imaginem que ela
se passa connosco.

< Era uma vez um homem que trabalhava longe do lugar onde vivia. Por
isso apanhava o autocarro todos os dias.
Sempre que o homem trabalhava viajava, havia uma velhinha à janela que
deitava sementes para a estrada. O homem perguntava-se a si mesmo:
para que é que a velhinha fazia aquilo. Até que um dia decidiu perguntar-
lhe:
- Boa tarde, porque está a deitar sementes à estrada?
-Eu viajo aqui todos os dias e vejo esta estrada sempre tão vazia, sem
vida… Gostaria de vê-la cheia de flores – respondeu a senhora.
- Mas as sementes cairão no alcatrão, serão devoradas pelos passarinhos….
De certo que não irão nascer à beira da estrada…
- Sim, mas, mesmo que muitas estejam perdidas, algumas serão arrastadas
para terra pelo vento e acabarão por nascer.
-Mas também é preciso água …
- De certo que virão dias de chuva.
Dito isto, a velhinha virou-se para a janela e continuo o trabalho.
O tempo passou, e o homem, ao olhar pela janela do autocarro, apercebeu-
se de que as flores tinham brotado mesmo, a paisagem estava linda.
O homem, espantado, perguntou pela velhinha ao condutor. Este respondeu
que ela tinha morrido no mês anterior.
Nesse instante, o homem reparou que todos os passageiros que iam no
autocarro estavam a admirar as flores …>

Emanuel Silva | Juliana Gerardo 1


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7ºAno | Catequese 11: A Páscoa: Festa do Amor

Orientador - Em que diferem as atitudes do homem e da velhinha?


o tempo foi passando e o senhor deixou de dar atenção à velhinha. O que o
fez recordá-Ia?

Com quem se identificam mais: com o homem que passa pela vida ou com
a velhinha que se preocupa em mudar o que está ao seu alcance?

Orientador - Se olharmos à nossa volta, verificamos que as mudanças não


ocorrem apenas na natureza, mas em tudo o que nos rodeia.
Estão a decorrer no nosso corpo, nas nossas vidas...
Portanto, tudo muda no nosso dia-a-dia e ao longo da história da
humanidade. Convido-vos agora a contemplar o acontecimento em que se
operou talvez a maior mudança na história de um povo: o povo de Israel a
que pertenceu Jesus Cristo.

Orientador - Deu-se por esta altura do ano, mas há muitos séculos e muito
longe daqui. Mas é um acontecimento que continua a manifestar-se na vida
de muitas pessoas. Também nas nossas.
Vamos começar por ver em que cenário se deu. Para isso tentem colocar-se
no lugar dos israelitas, na altura em que finalmente conseguiam a mudança
mais desejada: a libertação do Egipto onde estavam a ser escravizados.
Aconteceu, porém, que, na fuga, não só eram perseguidos pelos exércitos
egípcios, mas, pior do que isso, depararam pela frente com o mar. Que
fazer? Abram as vossas Bíblias em Ex 14,9-14:

Nota: O texto pode ser lido por membros do grupo, em forma


dialogada: um narrador, outro para as palavras de Moisés e outro ou os
restantes para as do povo

Orientador - Sabem o que sucedeu depois? O mar abriu-se para os


israelitas passarem e fechou-se para impedir os egípcios de os perseguirem.

Portanto, valeu ou não a pena manter-se firmes na confiança em Deus?

E já agora digam-me mais uma coisa: sabem em que altura do ano é que
isto aconteceu?
Orientador - Precisamente nesta altura do ano em que nos
encontramos.
Era a altura em que se celebrava a festa a que os israelitas chamavam
Páscoa. Como vêem, é uma festa antiquíssima. Celebrava-se na passagem
do Inverno para a Primavera. Com a chegada da Primavera, os israelitas,
que então eram pastores, saíam com os rebanhos dos lugares onde
passavam o Inverno para os campos, à procura de novas pastagens. A festa
era celebrada na noite anterior à saída, e nela pedia-se a protecção de Deus
contra os perigos que podiam vir a encontrar, eles e os rebanhos. Essa era
uma das razões pela qual queriam fugir do Egipto: ali, estavam impedidos
de celebrar essa festa tão importante para eles.
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Orientador - E porque foi com a poderosa protecção de Deus que


conseguiram fugir, passaram a celebrar a Páscoa também para comemorar
a poderosa ajuda de Deus: na Páscoa passou a fazer-se a memória da
grande mudança da libertação da escravidão no Egipto.
Passou por isso a ser uma festa de acção de graças a Deus e da entrega
confiante a Ele: para que continuasse a protegê-los.
E assim continuou ... até ao acontecimento em que para nós se deu a maior
mudança na história da humanidade. Foi durante a celebração da festa da
Páscoa. Que acontecimento foi esse? (Deixar que se pronunciem)

Orientador - A ressurreição de Cristo. Foi tão importante, que hoje é


esse acontecimento que nós e muitos milhões de cristãos celebramos na
Páscoa.

E porque é que para nós e para toda a humanidade é muito mais


importante do que a libertação do Egipto?

Orientador – Vamos agora o catecismo na parte que diz “celebramos” e


vamos ler alguns bocados da celebração aí proposta para compreendermos
melhor o que é a Páscoa da Ressurreição de Jesus.

Pedir ao grupo para ler as seguintes partes:

- Introdução.
- Envangelho
- Breve Comentário.

Orientador - Só Deus tem o poder de dar-nos esta vida sem fim. E esse
foi o grande segredo de Jesus: deu-se todo ao Pai por nós, por toda a
humanidade. E abriu-nos assim o caminho para também nós vencermos a
morte: se nos confiarmos totalmente a Deus e partilhar-mos o seu amor sem
fronteiras.

Foi esse o amor com que Jesus viveu e morreu. E foi esse amor que se
apoderou de Maria Madalena quando Jesus pronunciou o seu nome: um
gesto de amor, de comunhão da parte de Jesus, uma ressurreição na vida
de Maria!.

Orientador - Quem de nós não quer experimentar e viver esse amor? Mas
não é fácil: precisamos de deixar a vida de egoismo, de pecado, pela
Reconciliação. E também para isso precisamos da ajuda de Deus: só Ele
nos leva a mudar verdadeiramente de vida.

E então agora já compreendem a relação entre a Páscoa judaica e a


Páscoa de Cristo? Assim como os judeus celebram a libertação do povo
da escravidão do Egipto, nós celebramos a libertação da humanidade do
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pecado e da morte. E essa libertação acontece na morte e ressurreição de


Jesus.

Orientador - Queremos que isso aconteça connosco? Então voltemo-nos


para Jesus, acolhendo o amor que nos oferece, para que Ele passe a estar
vivo em nós e no meio de nós.

Podemos fazê-lo já. Temos para isso, uma belíssima oração. É ao mesmo
tempo, um grito de alegria, por Cristo estar vivo, e uma entrega a Ele, para
que a sua vida, o seu amor penetra em cada um de nós.

Ler a oração “Ele está Vivo!” da página 70 do catecismo.

Orientador – Depois de festejarmos a grande mudança feita e aquela que


Ele faz em nós, falta-nos ver as mudanças que mais desejamos para o
nosso mundo.
Elas só serão possíveis se os homens conseguirem dar a vida como Jesus.
Quais as mudanças precisas no nosso mundo?

(dar nota dos avisos que foram lembrados ontem nas boas festas)
- Pai Nosso

Emanuel Silva | Juliana Gerardo 4

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