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O PROCESSO NOS TRIBUNAIS

Preocupação é a falta de uniformização do entendimento dos tribunais, da mudança


brusca e repentina desses entendimentos sem qualquer fundamentação.

- Competência dos Tribunais:


1) Recursal.
2) Originária.
3) Reexame necessário.

- Art. 926, parágrafo 1º: é súmula jurisprudencial (resumo para orientar os outros
julgamentos que versem sobre o mesmo assunto), não confundir com a súmula
vinculante.

Súmulas jurisprudências: vinculação média.


Súmulas vinculantes: vinculação alta.

- Art. 927, parágrafo 2º: introduz uma nova dimensão ao princípio do contraditório,
com o objetivo de mudar a jurisprudência a fim de adequá-la à realidade social.

- Art. 927, parágrafo 3º: Modulação: a partir desta nova jurisprudência, os próximos
casos ater-se-ão a esse novo entendimento. O precedente está no futuro.

- Art. 927, parágrafo 4º: princípios da segurança jurídica e da isonomia.

 DA ORDEM DOS PROCESSOS NOS TRIBUNAIS (art. 929 a 946)

Art. 932: incumbência do Relator


Misturam-se as funções decisórias e de simples gestão dos processos nesse artigo.
As decisões monocráticas do relator representam o órgão colegiado.

Art. 942: de certa forma são os embargos infringentes.


Os embargos infringentes foram retirados pelo novo CPC; no entanto, assim como o
agravo retido, não foram totalmente extintos. Os embargos infringentes, no novo CPC,
não aparecem mais como uma espécie de recurso, mas sim como uma técnica
procedimental (técnica de julgamento – art. 942, parágrafo 3º).
Os embargos infringentes eram usados quando as decisões não eram unânimes nos
casos de apelação e ação rescisória. A parte utilizava-se da decisão favorável a sua
apelação como base do seu embargo infringente, provocando o tribunal para que
votasse de forma unânime, haja vista que iria mostrar o porquê da tal decisão ser a
mais correta. No entanto, como técnica de julgamento, não há mais essa provocação,
saindo da possibilidade de recorrente e recorrido se manifestarem sobre a decisão, e
ficando a critério somente dos julgadores, que, de ofício, já resolvem decidir
novamente.
INCIDENTE DE ASSUNÇÃO DE COMPETÊNCIA (art. 947)

“Ocorre quando o Órgão Colegiado julgar um recurso, a remessa necessária ou a causa


de competência originária como um todo e não só a tese jurídica subjacente à
demanda.”

- Se dá o nome de assunção de competência, porque o tribunal, ao invés de fazer a


cisão e se preocupar com o incidente só da interpretação da tese jurídica, julga o todo.

- O Órgão Colegiado é indicado pelo regimento interno.


“Instaurado o incidente, transfere-se a outro órgão do mesmo tribunal a competência
funcional para julgar o caso e, igualmente, fixar o seu entendimento a respeito dessa
questão jurídica. Há, no incidente de assunção de competência, a transferência de
competência a outro órgão do tribunal”.

REQUISITOS (art. 947, caput e parágrafo 4º)

1) Questão de direito relevante.


2) Grande repercussão social.
3) Sem repetição.
4) Divergência interna (ou a possibilidade de ela vir a existir – justamente para evita-la
é feita a assunção de competência).

Ex: O recurso de apelação vai pra uma das Câmaras do Tribunal de Justiça. O relator
acredita que haverá divergência de entendimento entre as câmaras de mesma
competência. O relator, então, provoca esse incidente, o qual, sendo acolhido, faz com
que os outros sejam remetidos ao Órgão Colegiado. O órgão, então, julgará todo o
recurso, haja vista que na assunção de competência não se julga apenas o incidente.

FINALIDADE (art. 947, parágrafo 3º)

Uniformizar a jurisprudência, para que, sobre o mesmo assunto, não sejam proferidas
decisões com entendimentos divergentes.

INCIDENTE DE ARGUIÇÃO DE CONSTITUCIONALIDADE (art. 948 a 950)

“Ocorre quando, qualquer órgão judicial de instância superior, ao decidir causa de sua
competência, tenha que apreciar, preliminarmente, a questão da inconstitucionalidade
da lei ou ato normativo invocado.”

- Há duas formas de controlar a constitucionalidade das leis infraconstitucionais:


controle direto de constitucionalidade (competência originária do STF) e controle
difuso (aqueles feitos pelos tribunais ao afastarem na sentença/acórdão determinada
lei ou ato normativo por entenderem ser inconstitucional).
- O tribunal julgará tão somente o incidente provocado, o qual, sendo acolhido, será
submetido ao plenário do tribunal.
Súmula 513 do STF: da decisão que resolver o incidente, não cabe recurso. Caberá
recurso tão somente à decisão que julgou o todo. A fim de se evitar a duplicidade de
recursos (um contra a decisão do incidente e um contra a decisão do recurso), recorre-
se apenas da decisão do recurso, haja vista que nela haverá disposição sobre a
inconstitucionalidade da lei.

INCIDENTE DE RESOLUÇÃO DE DEMANDAS REPETITIVAS


(art. 976 a 987)

- Diversas demandas versando sobre a mesma matéria (procedimento do que foi visto
em recurso extraordinário e recurso especial).

Art. 976, I e II: possibilita que haja uma cisão do julgamento, porque pode-se julgar
apenas parte do que se está sendo discutido no recurso (a parte em que se está
arguindo o incidente).

DIFERENÇA ENTRE IRDR E RECURSOS REPETITIVOS

No caso dos recursos repetitivos, o STJ ou o STF julgará todo o recurso que foi
remetido, não apenas a parte da demanda que está sendo alegada nos diversos
recursos. Aquele acórdão será aplicado na íntegra aos outros processos. No caso do
IRDR, em se tratando de incidente, haverá o fracionamento do processo, tendo-se a
possibilidade de se julgar tão somente o incidente arguido.

INCIDENTE DE RESOLUÇÃO DE DEMANDAS REPETITIVAS x INDICENTE DE ASSUNÇÃO


DE COMPETÊNCIA

Não cabe o incidente de assunção de competência se houver repetição da discussão


em múltiplos processos. A existência de múltiplos processos convoca a instauração de
instrumentos destinados ao julgamento de causas repetitivas, que compreendem o
IRDR e os recursos repetitivos. Havendo múltiplos processos em que se discuta a
mesma questão, não cabe o incidente de assunção de competência. Este é cabível para
questões relevantes, de grande repercussão social, em processo especifico ou em
processos que tramitem em pouca quantidade.

FINALIDADE

Todos os incidentes são instrumentos para tornar estável e uniforme as decisões dos
tribunais.
HOMOLOGAÇÃO DE DECISÃO ESTRANGEIRA (art. 960 a 965)

- Competência concorrente: tanto o Brasil quanto o país estrangeiro são competentes


para julgar a demanda (não é caso de litispendência).

- Competência originária do STJ.

1) AÇÃO DE HOMOLOCAÇÃO DE DECISÃO ESTRANGEIRA

- Competência originária para julgar é do STJ.

- Interpõem-se a ação para que seja cumprida a decisão judicial proferida no exterior, a
fim de que ela possa produzir efeitos no Brasil.

- É exatamente igual a uma ação “normal”, com citação, intimação, produção de prova,
etc.

2) CONCESSÃO DE EXEQUATUR À CARTA ROGATÓRIA

- Carta rogatória é uma forma de comunicação entre o judiciário de países diferentes,


com objetivo de obter colaboração para prática de atos processuais.

- Concessão de exequatur para o cumprimento de decisões interlocutórias proferidas


no exterior, as quais são remetidas por meio de carta rogatória.

- É mais comum no cumprimento de liminares.

AÇÃO RESCISÓRIA (art. 966 a 975)

“É o meio adequado para se desconstituir decisão (sentença ou decisão interlocutória)


de mérito transitada em julgado”.

- Competência originária dos tribunais, portanto, com procedimento especial.

FINALIDADE

“Quebrar” com a coisa julgada, a fim de que seja desfeita (revisa-se a ação já
transitada em julgado).

FUNDAMENTAÇÃO VINCULADA (art. 966)

Não é em qualquer situação que se pode interpor ação rescisória.

PRAZO (art. 975)

Dois anos no máximo para se interpor a ação rescisória, contados do transito em


julgado da última decisão proferida no processo .
- Legitimidade (art. 967).

- Requisitos (art. 968).

RECLAMAÇÃO (art. 988)

- Surgiu na Constituição Federal através da Emenda 45.

- É o mecanismo para cumprimento das decisões do STF e do STJ.

- Remédio processual constitucional para que se denuncie às cortes superiores atos ou


decisões ofensivas à autoridade das decisões dos tribunais superiores.

- Competência do STF e do STJ.

- Quando os tribunais não cumprem o disposto em súmulas vinculantes.

- Doutrina não é pacífica quanto à natureza jurídica da reclamação, se de processo ou


se de procedimento.

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