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A liberdade só pode existir sem o governo nos dizer como viver, o que dizer, o que pensar, o
que saber e o que não saber
Alieksandr Solzhienitsyn
Solzhienitsyn tinha uma grande experiência com o governo da URSS para saber o que falava.
Mas não apenas os governos totalitários se intrometem na vida das pessoas. Nas últimas
décadas esta intromissão tomou vulto assustador nos países assim denominados
“democráticos”. Sua origem não é somente nacional, mas procedem principalmente de
instituições internacionais como a ONU e a miríade de ONGs que a cercam.
Desnecessário dizer que nada disto ocorreria sem o concurso de “especialistas” locais
aboletados no Ministério da Educação e nas Secretarias Estaduais, muitas vezes membros das
mesmas ONGs.
Um dos principais fatores para este verdadeiro desastre foi a paulatina retirada da educação do
lar e entregue à escola.
EDUCAÇÃO OU ENSINO?
Educated men are as much superior to uneducated men as the living are to the dead
Aristóteles
Diferencio esses dois temas por considerar que o primeiro se refere à família e o segundo à
escola. Existem analfabetos educados e sábios sem nenhuma educação. A modernidade cada
vez mais foi alijando a família e concentrando ambos na escola. Sou, no entanto, de uma
geração na qual os dois temas eram bem delimitados: cabia à família educar e à escola
ensinar. A participação da escola na educação se restringia à conduta disciplinar. A
transmissão das tradições morais, éticas e religiosas vinha do lar. Cabia aos pais decidir se a
educação religiosa deveria ser complementada pela escola, encaminhando seus filhos para
escolas religiosas de sua fé, ou não. A escola não se arrogava o direito de educar e formar,
mas em sua tarefa, o ensino, era criteriosa e exigente. Os professores conheciam o assunto que
ensinavam, sem intricadas teorias ou técnicas pedagógicas para atrapalhar.
A pressão para esta entrega deve-se a dois fatores: de um lado pais inseguros formados nas
décadas pós-guerra que de tanto criticar seus pais – era a época da “libertação” sexual, das
ações revolucionárias, dos festivais tipo Woodstock onde tudo era permitido – não souberam
assumir suas responsabilidades como pais e preferiram entrega-las à escola. De outro,
“educadores”, ávidos de controlar e doutrinar os estudantes ao invés de ensiná-los, pedagogos
cheios de teorias que queriam testar no farto material humano que lhes era entregue como
cobaias.
Não havia como a educação e o ensino não decaírem a níveis vergonhosos. Em todos os
países ocidentais este fenômeno ocorreu, mas no Brasil assumiu proporção assustadora!
Era inevitável que aparecessem inúmeros problemas principalmente para os estudantes, desde
um ensino deficitário e perverso onde a história é continuamente reescrita e deturpada
ideologicamente, até gravíssimas intervenções médico-psicológicas que serão objeto da
continuidade deste artigo.
“A proteção terapêutica – terapismo – é como colocar viseiras nas crianças antes de levá-las a
passear no campo cheio de vida”. (Christina Hoff Sommers & Sally Satel, M.D). O terapismo
é uma invenção da psicopedagogia para anular a invidualidade, “desconstruindo” os valores
familiares e a produção espontânea do pensamento infantil.
Pode parecer exagero, mas estas palavras, adaptadas, podem ser usadas para descrever o que
ocorre no Brasil. G. Brock Chisholm, psiquiatra e co-fundador da Federação Mundial de
Saúde Mental afirmou que para alcançar um governo mundial, é necessário remover das
mentes dos homens seu individualismo, a lealdade às tradições familiares, patriotismo
nacional e dogmas religiosos...".
A existência de diagnósticos também influencia a visão que os pais e professores têm das
crianças sob seus cuidados. Muitos professores e pais ouviram falar de “hiperatividade” e
mais especificamente de déficit de atenção/hiperatividade. Muitos profissionais não
especializados em saúde mental acreditam que podem fazer este diagnóstico.
Diane McGuinness declarou em 1989: “Nos últimos 25 anos fomos levados a um fenômeno
raro na história. Pesquisas metodológicas rigorosas indicam que o síndrome de Distúrbio do
Déficit de Atenção e Hiperatividade simplesmente não existe. Inventamos uma doença, a
sancionamos e agora devemos desmenti-la. O maior problema é saber como vamos matar o
monstro que nós criamos. Não é fácil fazer isto sem nos desmoralizarmos”.
Para não me alongar demais devo fazer um último aviso: a prescrição de medicamentos para
as crianças é amplamente justificada com base nestes diagnósticos. A mais conhecida é a
Ritalina, droga com efeitos colaterais extensos e que causa muitas vezes os sintomas que
pretende curar. Seu uso por tempo prolongado pode causar danos cerebrais irreparáveis, além
de criar dependência física e assegurar futuros clientes psiquiátricos e fregueses dos
laboratórios produtores de drogas psicotrópicas. Mas estes fatos são geralmente escamoteados
aos pais.
Segundo Breggin & Breggin a “cura” para essas crianças é uma atenção mais amorosa e
racional por parte do pai. Os jovens estão hoje em dia sedentos de atenção por parte de seus
pais, atenção que pode vir de qualquer adulto do sexo masculino.
A má influência do feminismo ativista e gay tenta feminizar os homens e retirar deles sua
função específica: de chefe da família.