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Classes de Palavras.
Introdução
SUBSTANTIVO – é palavras que designam seres, como também sentimentos, estados de espírito,
sensações, conceitos filosóficos ou políticos, etc
ADJECTIVO – Os adjectivos servem para dar características aos substantivos. Refere-se sempre a
um substantivo explícito ou subentendido na frase, com o qual concorda em género e número;
Exemplo: querido, limpo, horroroso, quente, sábio, triste, amarelo, etc. é a palavra que
caracteriza os seres.
VERBO – palavras que expressam acções ou estados se encontram nesta classe gramatical.
INTERJEIÇÃO – pode definir as interjeições como palavras ou expressões que evocam emoções,
estados de espírito.
NUMERAL – como o nome diz, expressam quantidades, fracções, múltiplos, ordem. Exemplo:
primeiro, vinte, metade, triplo, etc.
ARTIGO – classe que abriga palavras que servem para determinar ou indeterminar os
substantivos, antecedendo-os. Exemplo: o, a, os, as, um, uma, uns, umas.
PREPOSIÇÃO – Servem para ligar uma palavra à outra, estabelecendo relações entre elas.
Exemplo: em, de, para, por, etc.
CONJUNÇÃO – São palavras que ligam orações, estabelecendo entre elas relações de
coordenação ou subordinação.
Exemplo: porém, e, contudo, portanto, mas, que, etc.
Por: Nascimento da R. Téte. Ano 2013/2014
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CURSO PREPARATÓRIO PARA O EXAME DE ACESSO AO CURSO SUPERIOR DE DIREITO – LINGUA PORTUGUESA I PARTE
1. ARTIGO
Artigo é a palavra que se antepõe (precedendo-os) aos substantivos que designam seres
determinados (o, a, os, as) ou indeterminados (um, uma, uns, umas).
Daí a divisão dos artigos em:
I- Artigos definidos (que são o, a, os, as);
II- Artigos indefinidos (um, uma, uns, umas).
Ex.
Quero o livro. Quero um livro.
O garoto pediu dinheiro. (Antecipadamente, sabe-se quem é o garoto.)
Um garoto pediu dinheiro. (Refere-se a um garoto qualquer, de forma genérica.)
A função própria do artigo é especificar a referência designada pelo nome ( artigo definido) ou
conferir-lhe indistinção ( artigo indefinido).
Ambos
Usa-se o artigo entre o numeral ambos e o elemento posterior, caso este exija o seu uso.
Ex.
• Ambos os atletas foram declarados vencedores. (Atletas é substantivo que exige artigo.)
• Ambas as leis estão obsoletas. (Leis é substantivo que exige artigo.)
• Ambos vocês estão suspensos. (Vocês é pronome de tratamento que não admite
artigo.)
Todos
Usa-se o artigo entre o pronome indefinido todos e o elemento posterior, caso este exija
o seu uso.
Ex.
• Todos os atletas foram declarados vencedores.
• Todas as leis devem ser cumpridas.
• Todos vocês estão suspensos.
Todo
Diante do pronome indefinido todo, usa-se o artigo, para indicar totalidade; não se usa,
para indicar generalização.
Ex.
• Todo o país participou da greve. (O país todo, inteiro.)
• Todo país sofre por algum motivo. (Qualquer país, todos os países.)
Cujo
Não se usa artigo após o pronome relativo cujo.
Ex.• As mulheres, cujas bolsas desapareceram, ficaram revoltadas. (e não cujo as bolsas.)
Ambas as frases não têm igual valor. Na segunda frase, o artigo o veio dar maior visualidade e
familiaridade, referindo-se ao poeta como sendo conhecido por todos, enquanto que na primeira
frase, a omissão do artigo significa que Camões não é conhecido entre todos, por isso informa
quem ele é.1
2. As preposições
As preposições (palavra invariável) servem para ligar uma palavra à outra, estabelecendo
relações entre elas, isto é, elementos de natureza diferente.
Isso significa que a preposição é o termo que liga substantivo a substantivo, verbo a
substantivo, substantivo a verbo, adjectivo a substantivo, advérbio a substantivo, etc.
Essenciais: por, para, perante, a, ante, até, após, de, desde, em, entre, com, contra, sem, sob,
sobre, trás. As essenciais são as que só desempenham a função de preposição.
Exemplo: Caminhou com o filho de Matilde por montes e vales.
Acidentais: afora, fora, excepto, salvo, malgrado, durante, mediante, segundo, menos.
As acidentais são palavras de outras classes gramaticais que eventualmente são empregadas
como preposições. São, também, invariáveis.
Locução Prepositiva: São duas ou mais palavras, exercendo a função de uma preposição: acerca
de, a fim de, apesar de, através de, de acordo com, em vez de, junto de, para com, à procura de,
à busca de, à distância de, além de, antes de, depois de, à maneira de, junto de, junto a, a par
de...
3. As conjunções
Conjunções - São palavras que ligam orações, estabelecendo entre elas relações de coordenação
ou subordinação, isto é, apenas entre elementos sintácticos da mesma natureza.
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Elsa R. dos S. D. Filho.
Por: Nascimento da R. Téte. Ano 2013/2014
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CURSO PREPARATÓRIO PARA O EXAME DE ACESSO AO CURSO SUPERIOR DE DIREITO – LINGUA PORTUGUESA I PARTE
Conjunções Coordenativas - São aquelas que ligam duas orações da mesma natureza, sem
subordinar uma à outra.
Conjunções Subordinativas
São aquelas que ligam orações em que há uma relação de dependência, de subordinação.
Uma oração é a principal, a outra é subordinada.
4. Os Numerais
Como o nome diz, expressam quantidades, fracções, múltiplos, ordem. Exemplo: primeiro,
vinte, metade, triplo, etc.
É a palavra que indica a quantidade de elementos ou sua ordem de sucessão. Dependendo
do que o numeral indica, ele pode ser:
a) Cardinal: É o numeral que indica a quantidade de seres. Cardinais são os que exprimem a
quantidade em si mesma ou a quantidade certa dos seres. Respondem à pergunta
quantos? Quantas? - Um, dois, três, quatro, cinco, etc.
b) Ordinal: É o numeral que indica a ordem de sucessão, a posição ocupada por um ser
numa determinada série. São os que denotam o número de ordem dos seres numa série:
primeiro, segundo, terceiro, quarto, quinto, etc.
Substantivo é a palavra com que designamos ou nomeamos os seres em geral, é a palavra que
serve, privativamente, de núcleo do sujeito, do complemento directo, do complemento indirecto
e do agente da passiva.
Toda a palavra de outra classe que desempenhe uma dessas funções equivalerá forçosamente a
um substantivo (pronome substantivo, numeral ou qualquer palavra substantivada).
São substantivos:
- Os nomes de pessoas, de lugares, de instituições, de um género, de uma espécie ou de um dos
seus representantes.
Ex: António, Braga, Assembleia da República, flor, jasmim...
- Os nomes de noções, acções, estados e qualidades, tomados como seres. Ex.: lei, abertura,
felicidade, generosidade...
g) Compostos: são formados de mais de um radical. Ex.: couve-flor, girassol, fidalgo, pé-de-
moleque.
Sobre-comuns: Os sobre comuns são os que têm uma só forma e um só artigo para
ambos os géneros.
Exemplos: a criança, o indivíduo (não existem formas como "o criança", "a indivíduo").
NB:
Para transformar uma palavra de outra classe gramatical em um substantivo, basta
precedê-lo de um artigo, pronome ou numeral.
Artigos sempre precedem palavras substantivadas, mas substantivos (que são
substantivos em sua essência) não precisam necessariamente ser precedidos por artigos.
a) Aumentativo: homenzarrão
b) Diminutivo (l): homenzinho
Homem - homenzarrão - homenzinho
O substantivo cuja terminação no singular seja em, im, om, um formam o plural com o
acrescentamento de um s, mas na escrita m muda-se em n:
Ex.: homem - homens; armazém - armazéns; origem - origens; botequim - botequins; jardim
- jardins; ruim - ruins; bom - bons; tom - tons; som - sons; comum - comuns; álbum - álbuns;
atum - atuns.
Alguns adjectivos e substantivos, que no singular terminam em ão, formam o plural com
o acrescentamento de um s:
Ex.: grão - grãos; sótão - sótãos; órfão - órfãos; aldeão - aldeãos; são - sãos;
Excepção:
As palavras mal, cujo plural é males, real (antiga unidade de moeda portuguesa), cujo
plural é réis, e cal, que na linguagem vulgar se emprega somente no singular, mas que pode ser
cales ou cais.
Os nomes que no singular terminam em il átono formam o plural mudando o –il em –eis:
Ex. Projéctil - projécteis; volátil - voláteis, débil - débeis; inábil - inábeis; fóssil - fósseis; têxtil -
têxteis.
NB:
Muitos nomes apresentam dois e até três plurais: aldeão, aldeãos, aldeões aldeães; ancião,
anciãos, anciães; corrimão, corrimãos, corrimões; vilão, vilãos, vilões.
Carácter – Caracteres;
Espécimen – Especímenes;
Júnior – Juniores;
Júpiter – Jupíteres;
Sem hífen: Substantivos compostos não separados por hífen seguem as mesmas regras
dos substantivos simples, como em: superegos (superego), pontapés (pontapé).
Com hífen: Substantivos compostos separados por hífen pode não ser variado, pode
variar em um ou nos dois elementos, dependendo de cada caso.
b) Nos casos em que o primeiro elemento seja composto de formas reduzidas como em
grão, grã e bel: grão-duques, grã-cruzes, bel-prazeres etc.
Caso os elementos forem palavras repetidas ou onomatopaicas como em: tico-ticos, reco-recos,
corre-corres, tique-taques etc.
Nota: se os elementos repetidos forem verbos é permitido também a flexão dos dois como
em: piscas-piscas, corres-corres etc.
Há três graus na qualidade expressa pelo adjectivo: positivo (normal), comparativo e superlativo.
a) Uma igualdade;
b) Uma superioridade;
c) Uma inferioridade.
Por exemplo: O rapaz é tão cuidadoso quanto (ou como) os outros.
O rapaz é mais cuidadoso que (ou do que) os outros.
O rapaz é menos cuidadoso que (ou do que) os outros.
Contudo:
2. Grau superlativo
Nas frases seguintes, os adjectivo lindo e belo, precedidos do advérbio muito, e os adjectivos
lindíssimo e belíssimo, exprimem uma qualidade elevada a um alto grau. Por isso se diz que estão
no grau superlativo:
a) O superlativo absoluto: não estabelece relação entre a qualidade de uma pessoa ou coisa
e a de outras.
Pode ser simples (Sintético) e composto (analítico).
a) O simples forma-se geralmente juntando ao positivo (adjectivo) – íssimo.
b) O composto forma-se colocando antes do positivo (adjectivo) o advérbio mui ou
muito.
OBS:
Quando se compara a qualidade de dois seres, não se deve dizer mais bom, mais mau e
mais grande; e sim: melhor, pior e maior. Possível é no entanto, usar as formas analíticas desses
adjectivos quando se confrontam duas realidades do mesmo ser.
Não se diz mais bom nem mais grande em vez de melhor e maior mas podem ocorrer
mais pequeno, o mais pequeno, mais mau, por menor, o menor, pior.
Ao lado dos superlativos o maior, o menor, figuram ainda o máximo e o mínimo que se
aplicam a ideias abstractas e aparecem ainda em expressões científicas, como a temperatura
máxima, a temperatura mínima, máximo divisor comum, mínimo múltiplo comum, nota máxima,
nota mínima.
Em lugar de mais alto e mais baixo usam-se os comparativos superiores e inferior; por o
mais alto e o mais baixo, podemos empregar os superlativos o supremo ou o sumo, e o ínfimo.
Comparando-se duas qualidades, ou acções, empregam-se mais bom, mais mau, mais
grande e mais pequeno em vez de melhor, pior, maior, menor.
Exemplo:
Exercícios:
É o adjectivo que Indica a nacionalidade ou o lugar de origem do ser. Observe alguns deles:
1. Estados Unidos = estadunidense, norte-americano ou ianque;
2. Moçambique = moçambicano;
3. Somália = somali
4. Israel = israelense ou israelita.
O atributo, em geral, com o sentido denotativo vem vulgarmente posposto ao nome, podendo
vir também anteposto, mas, neste caso, muitas vezes modificando o sentido vulgar que o
adjectivo contém.
Por exemplo na frase: o Manuel é um rico homem. Significa que é um homem bom, com muitas
qualidades.
Já será diferente se dissermos: o Manuel é um homem rico. Tem exactamente o significado que é
dado pelo adjectivo, isto é, um homem com muitos bens, que possui riqueza.
Substantivação do adjectivo - Certos adjectivos são empregue sem qualquer referência a nomes
expressos como verdadeiros adjectivos. A esta passagem de adjectivos a substantivos chama-se
substantivação:
"A vida é combate que os fracos abate,
Que os fortes, os bravos,
Só pode exaltar" (G. DIAS).
8 – PRONOME
Pronome é a expressão que designa os seres sem dar-lhes nome nem qualidade, indicando-os
apenas como pessoa do discurso.
Os pronomes relativos são: qual, o qual (a qual, os quais, as quais), cujo (cuja, cujos, cujas),
que, quanto (quanta, quantos, quantas), onde.
Que e quem funcionam como pronomes substantivos. O qual aparece como substantivo
ou adjectivo:
Exemplos: As pessoas de quem falas não vieram. O carro que esperamos está atrasado.
Cujo, sempre com função adjectiva, exprime que o antecedente é possuidor do ser
indicado pelo substantivo a que se refere:
Ali vai o homem cuja casa comprei (a casa do homem).
Quanto tem por antecedente um pronome indefinido (tudo, todo, todos, todas, tanto):
Exemplo: Esqueça-se de tudo quanto lhe disse.
O pronome "si" só poderá ser empregado em frases reflexivas (em que o sujeito pratica e recebe
a acção).
Ex.: Ele só pensa em si. (reflexão)
Ele quer o filho junto a si. (há reflexibilidade)
Este é o estudo da colocação dos pronomes oblíquos átonos (me, te, se, o, a, lhe, nos, vos, os, as,
lhes) em relação ao verbo.
Os pronomes reflexos são sempre formas enclíticas, ligando-se com hífen ao verbo, salvo
quando precedem o verbo, ou seja, quando a oração é negativa, exclamativa ou interrogativa;
quando a oração é subordinada, com a forma de aspecto verbal precedendo o infinitivo; quando
o sujeito é ambos.
Por outro lado, torna-se mesoclítica, ocupando posição medial, com forma de futuro e de
condicional, desde que a oração não seja negativa.
Portanto, os pronomes podem ser colocados de três maneiras diferentes, de acordo com as
seguintes regras:
a) Próclise
c) Ênclise
Nas frases negativas. Ex: Não lhe dês o livro – Nunca o dês a Ana.
d) Nas frases introduzidas por conjunção subordinativa. Ex: Quando o empregado lhe disse
tudo, o patrão ficou admirado.
e) Nas frases que transmitem ideias de dúvida, desejo ou possibilidade. Ex: Talvez o António
lhe dê o livro – Oxalá o António o dê a Ana.
• Quando o pronome obliquo da 3ª pessoa, que funciona como complemento directo, vem
antes do verbo, apresenta-se sempre com as formas o, as, os, as. Assim:
Ex: Eu não o vi; b) Tu é que as viste.
• Quando, porém, está colocado depois do verbo e se liga a este por hífen, a sua forma
depende da terminação do verbo.
• Se a forma verbal terminar em vogal ou ditongo oral, emprega-se o, a, os, as. Ex: Louvo;
louvava-a; louvei-os; louvou-as.
• Se a forma verbal terminar em r, s ou z suprime-se estas consoantes e o pronome assume
as modalidades lo, la, los, las.
Ex: Ver – Vê-lo, encontramos, encontramo-la, vende-las.
Se a forma verbal terminar em ditongo nasal, o pronome assume as modalidades no, na, nos,
nas. Ex: Dão – Dão-no; Põe – Põe-na; tem – tem – nos; trouxeram – trouxeram-na.
f) No futuro do indicativo e no condicional - o pronome oblíquo não pode ser enclítico, isto
é, não pode vir depois do verbo. Dá-se então, a mesóclise do pronome, ou seja, a sua
colocação no interior do verbo. Ex: Vendê-lo-ei - Vendê-lo-emos; Vendê-lo-ia – Vendê-lo-
iamos.
Numa oração, é obrigatório haver um verbo (predicado), ou seja, para haver oração tem
que haver um (ou mais) verbo (s) e, havendo um verbo, há obrigatoriamente uma oração.
Nota:
Para sabermos qual o tema de um verbo, retiramos ao seu infinitivo o r final.
Encontramos, então, a vogal temática que nos indica a conjugação a que o verbo pertence.
Verbo andar, tema anda, vogal temática a.
Se retirarmos ao tema a vogal temática obtemos o radical do verbo, radical and.
O verbo pôr e os seus derivados pertencem à 2ª conjugação, conforme o justifica a sua
etimologia: ponere (latim) > poer (arcaico) > pôr.
Radical - é a parte que contém o significado da palavra. É a parte que sobra quando tiramos as
terminações indicativas das conjugações (ar, er, ir).
Tempos verbais
Tempo é a variação que indica o momento em que se dá o facto expresso pelo verbo,
informa, de uma maneira geral, se o verbo expressa algo que já aconteceu, que acontece no
momento da fala ou que ainda irá acontecer.
a) Presente - expressa:
- Algo que acontece no momento da fala.
FUTURO DO PRETÉRITO (amaria) – expressa uma acção que era esperada no passado,
porém que não aconteceu.
MODOS VERBAIS
a) Indicativo: revela o facto de modo certo, preciso, seja ele passado, presente ou futuro.
Com o modo indicativo exprime-se, em geral, uma acção ou estado considerados na sua
realidade ou na sua certeza, ou seja, o conteúdo do enunciado é tomado pelo falante como
certo, real.
Ex: ele deitou na rede.
Exemplo: A Terra gira em torno do próprio eixo. / Se o cacique marchava, a tribo inteira o
acompanhava.
O conjuntivo denota que uma acção, ainda não realizada, é concebida como dependente
de outra, expressa ou subentendida, daí o seu emprego em orações subordinadas.
d) Condicional
Atenção: Essas ideias relacionadas aos modos verbais, no entanto, não podem ser
consideradas com rigidez, pois é possível:
Exemplo: Você poderia me informar onde fica esta rua? / Eu gostaria de falar com o Sr.
Rocha.
Presente do Indicativo
c) Para dar actualidade a factos ocorridos no passado. Ex: Paulo dias de Novais funda a
capitania de Luanda em 1575.
d) Para indicar facto futuro bastante próximo, quando se tem certeza de que ele ocorrerá.
Ex: Amanhã faço os exercícios.
Cantar - ar + ava = eu cantava, tu cantavas, ele cantava, nós cantávamos, vós cantáveis, eles
cantavam.
Vender - er + ia = eu vendia, tu vendias, ele vendia, nós vendíamos, vós vendíeis, eles
vendiam.
Sorrir - ir + ia = eu sorria, tu sorrias, ele sorria, nós sorríamos, vós sorríeis, eles sorriam.
Os verbos que não seguem as regras acima são ter, pôr, vir e ser.
Ter = tinha, tinhas, tinha, tínhamos, tínheis, tinham.
Pôr = punha, punhas, punha, púnhamos, púnheis, punham.
Vir = vinha, vinhas, vinha, vínhamos, vínheis.
O Futuro do Presente do Indicativo é obtido pelo acréscimo ao infinitivo das desinências -ei / ás /
á / emos / eis / ão.
Por exemplo, veja a conjugação dos verbos cantar, vender e sorrir.
Cantar = eu cantarei, tu cantarás, ele cantará, nós cantaremos, vós cantareis, eles cantarão.
Vender = eu venderei, tu venderás, ele venderá, nós venderemos, vós vendereis, eles venderão.
Sorrir = eu sorrirei, tu sorrirás, ele sorrirá, nós sorriremos, vós sorrireis, eles sorrirão.
O Futuro do Pretérito do Indicativo é obtido pelo acréscimo ao infinitivo das desinências -ia /
ias / ia / íamos / íeis / iam.
Por exemplo, veja a conjugação dos verbos cantar, vender e sorrir.
Cantar = eu cantaria, tu cantarias, ele cantaria, nós cantaríamos, vós cantaríeis, eles
cantariam.
Vender = eu venderia, tu venderias, ele venderia, nós venderíamos, vós venderíeis, eles
venderiam.
Excepções: Os verbos fazer, dizer e trazer são conjugados no Futuro do Presente e no Futuro
do Pretérito, seguindo-se as mesmas regras acima, porém sem as letras ze, sendo estruturados,
então, assim: far, dir, trar.
Fazer = eu farei, tu farás, ele fará, nós faremos, vós fareis, eles farão.
Dizer = eu diria, tu dirias, ele diria, nós diríamos, vós diríeis, eles diriam.
Trazer = eu trarei, tu trarás, ele trará, nós traremos, vós trareis, eles trarão.
Presente do conjuntivo
Presente. Exemplos.
Excepções:
Modo Imperativo:
NB:
No imperativo, há uma inversão: primeiro vem a forma verbal e, em seguida, o pronome
pessoal do caso recto correspondente.
a) Imperativo Afirmativo: Canta tu, cante você, cantemos nós, cantai vós, cantem
vocês.
Excepção: Ser = sê tu, seja você, sejamos nós, sede vós, sejam vocês.
b) Imperativo Negativo
c) Imperativo afirmativo
Vend-e tu
Vend-a você
Vend-a-mos nós
Vend-e-i vós
Vend-a-m vocês;
Imperativo Negativo
Infinitivo Pessoal
Tempos Compostos
Os tempos verbais compostos são formados por locuções verbais que têm como auxiliares os
verbos ter e haver e como principal, qualquer verbo no particípio. São eles:
É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no Pretérito Imperfeito do Indicativo
e o principal no particípio, tendo o mesmo valor que o Pretérito Mais-que-perfeito do Indicativo
simples.
Ex. Eu já tinha namorado, quando conheci Julieta.
Eu tinha confiado naquele amigo que mentiu a mim.
Obs.: Perceba que todas as frases remetem a acção obrigatoriamente para o passado.
A frase Se eu estudasse, aprenderia é completamente diferente de Se eu tivesse estudado, teria
aprendido.
É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no Futuro do Presente simples do
Indicativo e o principal no particípio, tendo o mesmo valor que o Futuro do Presente simples do
Indicativo.
Ex. Amanhã, quando o dia amanhecer, eu já terei partido.
É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no Futuro do Pretérito simples do
Indicativo e o principal no particípio, tendo o mesmo valor que o Futuro do Pretérito simples do
Indicativo.
Ex.
É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no Futuro do conjuntivo simples e o
principal no particípio, tendo o mesmo valor que o Futuro do conjuntivo simples.
Ex. Quando você tiver terminado sua série de exercícios, eu caminharei 6 Km.
É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no Infinitivo Pessoal simples e o
principal no particípio, indicando acção passada em relação ao momento da fala.
Ex. Para você ter comprado esse carro, necessitou de muito dinheiro.
a) Regulares: são os verbos que não sofrem alteração em seus radicais, obedecendo ao
paradigma (modelo) da conjugação em que forem flexionados, isto e, são verbos que mantêm o
radical em toda a flexão.
Por exemplo: cantar, vender, partir. Canta, cantava, cantaria, cantando... como, comia,
comeria, comendo... parto, partia, partiria, partindo...
d) Irregulares: são os verbos que apresentam mudança nos radicais ou nas terminações,
divergido do paradigma das conjugações, isto e, são verbos que não mantêm o radical
em toda a flexão.
Por exemplo: dar, estar, fazer, ser, pedir, ir.caibo, cabia, caberia, cabendo... faço, fazia,
faria, fazendo...sei,sabia, saberia, sabendo...
e) Defectivos: São os verbos que não possuem todas as formas das conjugações, tais
como:
Verbos que, geralmente, para manter a eufonia, não apresentam todas as formas. Estes
são, em sua maioria, verbos da 3ª conjugação (-ir).
Exemplo: abolir, banir, colorir, extorquir (não têm a primeira pessoa do singular do presente
do indicativo); falir, precaver (só têm 1ª e 2ª pessoas do plural no presente do indicativo).
g) Abundantes: São os verbos que possuem uma ou mais formas para uma mesma
flexão. De regra, tal abundância ocorre no particípio. Exemplo: aceitar: aceitado/
aceito/ aceite; entregar: entregado/ entregue; matar: matado/ morto.
1 - Ter, haver (raramente) e ser (mais raramente) se combinam com o particípio do verbo
principal para constituírem novos tempos, chamados compostos, que, unidos aos simples,
formam o quadro completo da conjugação da voz activa. Estas combinações exprimem que a
acção verbal está concluída.
Complementos Verbais
Os pronomes oblíquos átonos que funcionam como objecto indirecto são ME, TE, LHE, SE, NOS,
VOS, LHES.
Ex. Não lhe paguei a dívida, por falta de dinheiro.
Eles não me obedecem.
Falta-me seu carinho.
Casos facultativos:
a) Pronomes Indefinidos.
b) O numeral Ambos.
c) Nomes Próprios.
d) Verbos puxar, sacar, pegar, cumprir.
As locuções verbais são formadas por verbo auxiliar + infinitivo, particípio ou gerúndio.
NB: Para se conjugar qualquer outro verbo pronominal, basta-lhe trocar o infinitivo. Por
exemplo, retira-se queixar e coloca-se zangar, arrepender, suicidar, mantendo os mesmos
pronomes e desinências: zangar-me-ei, zangar-te-ás...
Lembre-se de que, quando o verbo for transitivo directo terminado em R, S ou Z e à frente surgir
o pronome O ou A, OS, AS, as terminações desaparecerão. Por exemplo Vou cantar a música =
Vou cantá-la.
O mesmo ocorrerá, na formação da mesóclise: Cantarei a música = Cantá-la-ei.
Os verbos dizer, trazer e fazer são conjugados no Futuro do Presente e no Futuro do Pretérito,
perdendo as letras ze, ficando, por exemplo, direi, dirás, traria, faríamos. Na formação da
mesóclise, ocorre o mesmo: Direi a verdade = Di-la-ei; Farão o trabalho = Fá-lo-ão; Traríamos os
manuais = Trá-las-íamos.
Vozes Verbais
Voz verbal é a flexão do verbo que indica se o sujeito pratica, ou recebe, ou pratica e recebe a
acção verbal.
Ex.
• As meninas exigiram a presença da directora.
• A claque aplaudiu os jogadores.
• O médico cometeu um erro terrível.
A voz passiva sintética é formada por verbo transitivo directo, pronome se (partícula
apassivadora) e sujeito paciente.
Ex.
• Entregam-se encomendas.
• Alugam-se casas.
• Compram-se roupas usadas.
A voz passiva analítica é formada por sujeito paciente, verbo auxiliar ser ou estar, verbo principal
indicador de acção no particípio - ambos formam locução verbal passiva - e agente da passiva.
Veja mais detalhes aqui.
Ex.
• As encomendas foram entregues pelo próprio director.
• As casas foram arrendadas pela imobiliária.
• As roupas foram compradas por uma elegante senhora.
A) Reflexiva
Será chamada simplesmente de reflexiva, quando o sujeito praticar a acção sobre si mesmo.
Ex.
• Carla machucou-se.
• António cortou-se com a faca.
• Roberto matou-se.
B) Reflexiva recíproca
Será chamada de reflexiva recíproca, quando houver dois elementos como sujeito: um pratica a
acção sobre o outro, que pratica a acção sobre o primeiro.
Ex.
• Romeu e Julieta amam-se.
• Os jovens agrediram-se durante a festa.
• Os autocarros chocaram-se violentamente.
3 - Na passiva, o verbo ser estará no mesmo tempo e modo do verbo transitivo directo da activa.
Voz activa
A claque aplaudiu os jogadores.
• Sujeito = a claque.
• Verbo transitivo directo = aplaudiu.
• Objecto directo = os jogadores.
Voz passiva
Os jogadores foram aplaudidos pela claque.
• Sujeito = os jogadores.
• Locução verbal passiva = foram aplaudidos.
• Agente da passiva = pela claque.
Exercícios
b) Faz muito tempo que esses animais vem sendo caçados por gente inescrupulosa.
Discurso Directo, Discurso Indirecto e Discurso Indirecto Livre, são os três modos de reportar ou
citar um acto de enunciação.
1. O discurso directo, é processo de citação de uma voz que é introduzida por um verbo
declarativo, como: afirmar, dizer, declarar, responder, confessar, indagar, etc.
A fala da personagem, no discurso directo, deve vir disposta em parágrafo e introduzida por
travessão.
Nesse dia , observou Luís Garcia sorrindo levemente, há de ser tão sincera como hoje.
O discurso directo é pois uma operação que confere ao discurso vivacidade e naturalidade típicas
da oralidade, pelo recurso a interjeições, exclamações, vocativos e interrogações directas.
2. Discurso indirecto.
2. Os advérbios aqui, cá, logo, agora, hoje ou ontem (discurso directo) são substituídos
respectivamente por ali, além, lá, depois, então, naquele dia (discurso indirecto).
Às vezes, no entanto, as falas do narrador e da personagem parecem confundir-se numa só, sem
que se saiba claramente a quem elas pertencem, Trata-se, neste caso, do discurso indirecto livre.
Observe, por exemplo, esta passagem de Graciliano Ramos, extraída do romance Vidas secas:
O suor umedeceu-lhe as mãos duras. Então? Suando com medo de uma peste que se escondia
tremendo ?
Note que a primeira frase pertence ao narrador, porém as interrogações são da personagem;
entretanto, não há indicações dessa mudança através de verbos, o que exclui também as
conjunções integrantes.
Assim, a narrativa se torna mais fluente, aproximando mais narrador e personagem.
Resumo:
1. Gramática Saber Português, de Luísa Oliveira e Leonor Sardinha, 2ª. Ed., Didáctica
Editora, Lisboa, 2005, pág. 155 a 157);
2. Cipro Neto, Pasquale - Gramática da Língua Portuguesa - Editora Scipione Terra, Ernani -
Curso Prático de Gramática - Editora Scipione
3. André, Hildebrando A. de - Gramática Ilustrada - Editora Moderna
Elaborado por:
Nascimento da R. Téte