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Tanto o pinhão como a coroa devem trabalhar de forma que a velocidade tangencial no
círculo primitivo seja a mesma, sob pena de violar a hipótese de que os elementos são rígidos.
Assim, uma transmissão por engrenagens pode ser imaginada como que
formada por dois cilindros em contato sem deslizamento, com diâmetros iguais
aos dos círculos primitivos das engrenagens. A figura 5 mostra essa
idealização. Nessa figura wp é a velocidade angular do pinhão e wc é a
velocidade angular da coroa.
Como a transmissão é feita pelo contato entre os dentes, é necessário definir um perfil para
os dentes que permita que a relação entre as velocidades angulares (R) seja constante durante o
funcionamento. A relação de velocidades pode ser dada pela equação 2. Essa relação é o inverso da
relação entre os diâmetros, ou seja, a coroa sempre trabalha com menor rotação.
A discussão acima mostra que o perfil evolvental atende a condição de que a relação de
redução seja constante. Engrenagens que atendem essa condição são chamadas de engrenagens
conjugadas. Também mostra que a curva evolvente não pode ser gerada no interior do círculo de
base. Assim, só deve existir rolamento entre os dentes em pontos externos ao seu diâmetro. Como o
ângulo de pressão é fixo e previamente definido, pontos além de b ou de a na linha de ação não são
pontos onde deva haver contato. Se houver contato em qualquer parte do dente onde o
perfil não for evolvental, a transmissão não se dará com razão constante e
haverá o que convencionou-se chamar de interferência. Na figura 4 foi
mostrado que a circunferência de pé tem diâmetro menor que a de base. Isso
ocorre porque é necessário prover espaço para que a cabeça do dente da outra
engrenagem não encoste na engrenagem conjugada. Denominando a distância
entre centros de C, a figura 7 mostra que vale a relação:
Critério da Pressão
Esse cálculo deverá levar em conta a pressão determinada no contato entre os flancos dos dentes de
duas rodas dentadas engrenadas e, ainda, sua duração ou vida expressa em horas.
Assim portanto utilizaremos da seguinte equação para o dimensionamento:
b*dp2=2*[f2*M/(Padm2 )]*[(i±1)/i]*φ
Para o ângulo de pressão de 20º temos para diferentes pares engrenados o valor de f
Fator f
Pinhão de aço E1 = 210 GPa 1512
Coroa de aço E2 = 210 GPa
Pinhão de aço E1 = 210 GPa 1234
Coroa de FoFo E2 = 105 GPa
Pinhão de FoFo E1 = 105 GPa 1069
Coroa de aço E2 = 105 GPa
A expressão a seguir deve ser utilizada em pinhões com ângulo de pressão equivalente a 20º e
número de dentes de 18 a 40
b×dp2=5,72*105×[M/(Padm2 )]×[(i±1)/(i±0,14)]×φ
W = (60 * n*h)/106
HB – Kp/cm2
Relação entre largura de engrenagem e diâmetro primitivo
Critério de Resistência
Carga Tangencial
Esta é a carga responsável pelo movimento das engrenagens, sendo também a que origina o
momento fletor, tendendo a fratura por flexão no pé do dente.
Ft = 2 * Mt / dp
tg α = Fr / Ft
A carga resultante Fn
Fn = (Fr2+Ft2)1/2
Fator de forma
Engrenamento externo
Nº dentes 10 11 12 13 14 15 16
q 5,2 4,9 4,5 4,3 4,1 3,9 3,7
Nº dentes 17 18 121 24 28 34 40
q 3,6 3,5 3,3 3,2 3,1 3 2,9
Nº dentes 50 65 80 100
q 2,8 2,7 2,6 2,6 2,5
Engrenamento interno
Nº dentes 20 24 30 38 50 70 100
q 1,7 1,8 1,9 2 2,1 2,2 2,3
Nº dentes 200
q 2,4 2,5
Dimensionamento de Engrenagens
1) Critério de Pressão
1.1 -Torque
1.2 - relação de transmissão
1.3 - pressão admissível
1.4 - fator de serviço
1.5 - volume mínimo do pinhão
1.6 - Módulo de engrenamentos
1.7 - Encontra módulo normalizado e recalcula o diâmetro primitivo
1.8 - calcular a largura do pinhão
2) Critério de Resistência