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B IB L IO T E C A CENTRAL. DA UNICAM P
CDD 340.11
901
340
346.81013
ISBN 85-268-0731-5 344.01
1. Justiça 340.11
2. História social 901
3. Direito 340
4. Escravidão - Legislação - Brasil 346.81013
5. Direito do trabalho 344.01
Copyright © by Organizadores
Copyright © 2006 by Editora da U nicamp
VOLUMES PUBLICADOS
1 E lciene AZEVEDO. O rfeu d e ca ra p in h a. A tra jetó r ia d e L u iz G am a na
im p e r ia l c id a d e d e S ão P au lo.
6 - JAIME R odrigues . O in fa m e c o m é r c io . P ro p o s ta s e e x p e r iê n c ia s n o
fin a l d o tr á fic o d e a fr ic a n o s p a ra o B ra sil (1800-1850).
TERRITÓRIOS DE CONFRONTO
UMA H IS TÓ R IA DA LU TA PELA TERRA NAS LIGAS CAMPONESAS
Maria do Socorro Rangel.............................................................. 43 7
SOBRE OS AUTORES.................................................................... í 4 ,
APRESENTAÇÃO
As relações entre a História e o Direito não são novas, mas têm pas
sado por profundas transformações nas últimas décadas. Há alguns
anos, sua formulação mais clássica, a da história do direito, deixou de
ser meramente uma disciplina formadora dos juristas, destinada a
justificar ou explicar os princípios e as normas jurídicas contempo- ,
râneas, para tornam-se um campo de estudos da história intelectual
e institucional.1Alimentando-se do renascimento da história polí
tica a partir dos anos 1980, esses estudos se ligaram às pesquisas
interessadas nos mecanismos disciplinares existentes nas sociedades
e nas múltiplas formas de representação simbólica e de exercício
do poder. Assim, também há algum tempo o direito já aparece como
um produto social, e sabe-se que os valores, os textos e as normas
jurídicas estão diretamente relacionados com os ritmos do pro
cesso social. Deixando de ser entendido como algo decorrente de
idéias e filosofias, ou que se configura como simples instrumento
de dominação, o direito passou a ser concebido como um campo
simbólico, como práticas discursivas ou como dispositivos de poder.2
Suas instituições, práticas e discursos passaram a ser estudados na
interação com processos sociais e a partir de uma perspectiva fran- \
camente relacionada a questões historiográficas mais amplas.
Ainda que os desdobramentos dessas mudanças sejam muito
interessantes, não é deles que trata esta coletânea. Ela está inte
gralmente associada a um outro tipo de aproximação entre I listó ú
ria e Direito, que é relativamente nova e, de certo modo, caminha (
sem considerar as letras maiúsculas e o modo singular com que
ambas as palavras são normalmente empregadas. Os artigos reu
nidos neste volume foram todos escritos por historiadores que
estudam diferentes aspectos da história social do Brasil e, de forma
mais ou menos central, em algum momento de suas trajetórias de
| S. H. L a r a , J. M. N. M endonça
Campinas, ju n h o de 2 0 0 5
As organizadoras
NOTAS
1 Para um panorama dessas modificações, ver Antonio Manuel I lespanha, Pa
noram a h istó rico da cultura jurídica eu rop éia, 24 ed. Lisboa: D ih;;i ,, 1998.
2 Ver, cspecialmentc, Picrre Bourdieu, “A força do direito. Elementos para
uma sociologia do campo jurídico”, in O p o d e r sim bólico. Lisboa: D ih-L,
Bertrand do Brasil, 1989 [1989J, pp. 209-54, e Michcl Loucault, A verdade
e as form a s jurídicas. Rio de Janeiro: Nau Editora, 1999 [1974],
3 Ver, entre outros, Silvia Hunold Lara, C am pos da violência: escravos e s e
nhores na capitania d o R io dc Jan eiro. 1750-1808. Rio de Janeiro: Paz e
Terra, 1988; Sidney Chalhoub, Visões da lib erd a d e: uma história das últi
m as décadas da escravidão na C orte. São Paulo: Companhia das Letras, 1990;
Maria Helena P. T. Machado, O plan o e o p â n ico: os m ov im en tos sociais na
década da abolição. Rio de janeiro: Editora da Ul l<]; São Paulo: F dusp, 1994;
2o | S. H. L a r a , J. M. N. M endonça