Origens: mais comum é a laringite aguda, em gripes e resfriados, com riscos aumentados quando se faz abuso vocal durante ou depois da crise. Caracterizada por vermelhidão e inchaço das pregas vocais. Pode existir na forma crônica, com sintomas mais ou menos permanentes. Em tais casos, uma infecção nas vias aéreas superiores e/ou consumo de fumo e álcool estão como pano de fundo, freqüentemente combinados com uma atividade habitualmente exagerada nos músculos fonatórios. A laringe crônica torna a voz grosseira, pressionada e ruidosa e pode, em última instância, se desenvolver como câncer da laringe. Edema de Reinke: edema crônico da mucosa das pregas vocais, geralmente encontrado em mulheres na faixa dos 40 anos, que abusam de suas vozes por profissão ou hábito. A voz se torna grosseira e a freqüencia de fonação é abaixada, com as pregas vocais inchadas. Pólipos das pregas vocais são tecidos que se desenvolvem nas pregas vocais. A causa é geralmente o desgaste vocal durante infecção das vias respiratórias, às vezes nas laringites. A voz é soprosa (breathy). Nódulos vocais podem ser considerados casos especiais de pólipos vocais, com aumentos de de tecido pequenos, circunsritos, bilaterais, em formas de contas, causados por abuso vocal. Uma úlcera de contato pode se desenvolver nas bordas das pregas vocais, na região das cartilagens aritenóides. A causa pode ser creditada, em diversos casos, à adução exagerada durante a fonação. Ouros tipos de mudanças orgânicas incluem os cânceres benignos e malignos. Os tratamentos geralmente incluem repouso vocal (através do silêncio), terapia vocal e, nos casos dos tumores, também cirurgia. Um caso particular de distúrbio orgânico é a paralisia do nervo laríngeo recorrente. Este nervo é responsável pelo controle de todos os músculos laríngeos, com exceção dos cricotiróideos. Pode ser danificado por infecção viral, durante cirurgia, e outros fatores. Adução é imcompleta e a voz é soprosa e sem energia. Frequentemente o nervo pode se regenerar em suas funções e a voz normal é restabelecida. No caso de tratamento cirúrgico, uma quantidade de teflon é injetada na prega paralisada, possibilitando que a mesma se aproxime a meio caminho para o fechamento da glote.
Distúrbios vocais funcionais
Têm origem no uso vocal inapropriado, e freqüentemente se tornam orgânicos.
Rouquidão: crianças em idades de 8 a 12 anos, p.p. meninos. Voz pressionada, rouca, ruidosa e podem incluir pequenos nódulos, bem como fechamento glótico incompleto na região da aritenóide. Repouso vocal geralmente restabelece a condição normal, enquanto que o desgaste tende a agravar os sintomas. Muda de voz durante a puberdade, quase sempre em meninos, com quebra descontrolada no registro vocal. Dificuldade de lidar com um aparelho vocal recentemente aumentado em dimensões. Às vezes, as pregas vocais falham em fechar na parte intermediária da glote, sendo este sintoma assumido como sendo causado por ativação insuficiente do músculo vocal (tireoaritenóideo). Fonastenia: cansaço vocal, ou fadiga fonatória. Geralmente associado a dor, queimação ou a sensação de uma inclusão na garganta, e também a produção de secreção e necessidade freqüente de pigarrear para limpar a garganta. Varia com o grau de demanda vocal. Sua origem é o uso inapropriado da voz.