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ESCOLA DE MÚSICA
POSTURA
NATAL-RN
Um dos principais aspectos extra- musicais a zelar durante a regência é a
postura, afinal de contas o regente é o fio condutor entre o coral ou orquestra e a
platéia:, e desta forma o que fizermos terá certamente reflexo no grupo, e a resposta da
platéia será imediata: regente tenso implica, em grupo "travado", e isso certamente não
causará empatia na platéia, portanto ATENÇÃO!
1- As pernas não deverão estar juntas, como se estivesse em posição de sentido, pois
além de ser estático em excesso não permite o giro do corpo para a perfeita
visualização/comunicação com todos os elementos do grupo. O melhor é manter uma
abertura de aproximadamente 30 cm, variando conforme a altura de cada um.
GESTO PREPARATÓRIO:
Um dos momentos mais importantes para a obtenção de um nível satisfatório de
performance na música é o inicio da execução, o que se faz através de um gesto
específico que chamaremos de gesto preparatório. Mas é importante ter claro que a
música já começa existir antes mesmo deste. Assim devemos ter alguns cuidados como:
MARCAÇÃO:
Toda pratica consciente de uma atividade leva a uma sistematização, que quando
é tomada como base de trabalho de diversas pessoas firma-se como técnica. No caso
especifico da regência a marcação é a base do nosso "metiér", o código que foi sendo
sistematizado ao longo de séculos de performance . Os atuais esquemas de marcação já
foram desenhados de forma sucinta no manual de orquestração de Hector Berlioz, que
dedicava todo um capitulo a condução.
1- indiferente do compasso todo o primeiro tempo será marcado para baixo, o penúltimo
para foro e o último para cima.
3- Todo o exagero deverá ser evitado, pois não contribuiu para a clareza e precisão,
viciando o grupo a somente responder com excesso de esforços.
4- Normalmente os arcos que interligam os diversos tempos na marcação de um
compasso são simétricos, a inobservância de tal coisa leva a acentuação sem sentido no
decorrer da musica.
A seguir encontramos os principais esquemas de marcação utilizados
atualmente:
Observações:
3- O número de tempos que é marcado pelo regente em cada compasso não tem
necessariamente que ser o mesmo que é indicado pela fórmula. Para evitar confusão
avisar aos músicos o número de tempos que você pretende marcar em cada compasso
desta forma: "primeiro movimento desta sinfonia "a quatro" por favor.
TERMINAÇÕES:
A Finalização de uma música pode ocorrer das mais variadas formas: com
fermata, sem fermata, em decrescendo, em crescendo, e assim por diante. Para não se
estender excessivamente no assunto trataremos das finalizações com fermata. Onde
existe a manutenção do plano dinâmico encontrado anteriormente na peça.
REGRA: Toda fermata e marcada para baixo, à altura do plano inferior de marcação
dos tempos. Após proceder a um gesto em diagonal, com vistas a enfatizar a sustentação
de emissão sonora pelo grupo. Quando chegarmos ao momento do "corte", proceder
através de um gesto em cunha, ou seja, um gesto em "V" onde a primeira parte avisa o
que vai acontecer e a segunda é a realização em si.
A sustentação que falamos acima tem Íntima ligação com fatores técnicos Com
relação ao primeiro é notório que uma fermata ao final de um Madrigal de Espírito
pastoril não terá a mesma duração de uma fermata em uma ópera romântica de Wagner,
que em seu livro "Obras em Prosa", na parte que trata da Regência ordena a sustentação
das fermatas longamente, de tal forma realçar toda sua importância expressiva (pg. 212,
ed. Francesa, Tomo IX). Com relação aos aspectos técnicos podemos dar o seguinte
exemplo: um grupo de pequenas proporções (15 pessoas), com um nível técnico
mediano, em um final apoteótico jamais poderá executar uma longa sustentação sob
pena de prejudicar a afinação e a pureza timbrística do grupo.
O fato de se proceder ao "corte" em cunha estar em consonância com a
necessidade de se preparar tudo o que devera ocorrer na performance, e também porque
os gestos circulares são por natureza infinitos o que gera imprecisão. Gostaria de frisar
no momento em que encerramos esta parte dedicada as finalizações, que ao final de uma
música onde não exista uma fermata, mas que todas as notas contidas no acorde tenham
a mesma duração poderemos proceder como se a mesma existisse: Marca-se o inicio
para baixo, e procede-se o gesto de sustentação, que será proporcional ao número de
tempos.
Ternário
Binário