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AVEC – Associação Vilhenense de Educação e Cultura

Disciplina: CONTABILIDADE FISCAL - 5º período C.C.


Professor: Cleiton Luiz - 2.º Bimestre data: 25/04/2013

PIS E COFINS
COFINS – Contribuição para Financiamento da Seguridade Social, instituída pela Lei
Complementar 70 de 30/12/1991.

São contribuintes da COFINS as pessoas jurídicas de direito privado em geral,


inclusive as pessoas a elas equiparadas pela legislação do Imposto de Renda, exceto as
microempresas e as empresas de pequeno porte submetidas ao regime do SIMPLES
NACIONAL (Lei 123/06).

PIS - Programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público


– PIS/PASEP, de que tratam o art. 239 da Constituição de 1988 e as Leis Complementares
7, de 07 de setembro de 1970, e 8, de 03 de dezembro de 1970.

São contribuintes do PIS as pessoas jurídicas de direito privado e as que lhe são
equiparadas pela legislação do Imposto de Renda, inclusive empresas prestadoras de
serviços, empresas públicas e sociedades de economia mista e suas subsidiárias, excluídas
as microempresas e as empresas de pequeno porte submetidas ao regime do SIMPLES
NACIONAL (Lei 123/06).

REGIME DE INCIDÊNCIA CUMULATIVA

BASE DE CÁLCULO

A partir de 01.02.1999, com a edição da Lei 9.718/98 , a base de cálculo da


contribuição é a totalidade das receitas auferidas pela pessoa jurídica, sendo irrelevante o
tipo de atividade por ela exercida e a classificação contábil adotada para as receitas.

Na legislação anterior à Lei 9.718/98, a base de cálculo da COFINS e do PIS é o


faturamento, compreendendo somente as receitas das atividades operacionais da empresa (o
somatório das Notas Fiscais de Venda, de Prestação de Serviços ou de Operações de Conta
Alheia (comissões), admitidas, quando for o caso, as deduções na base de cálculo).

Com as modificações da Lei 9.718/98, todas as receitas, exceto as textualmente


excluídas, integram a base de cálculo da COFINS e do PIS, sejam operacionais ou não
operacionais. Obviamente, manteve-se também o Faturamento.

No grupo (espécie) de receitas operacionais, isto é, aquelas decorrentes do giro normal


do negócio, porém, não geradas diretamente pelas atividades objeto da sociedade, temos,
como exemplos:

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 os juros e multas cobrados de clientes por atraso no pagamento de títulos;
 as receitas financeiras e respectivas variações monetárias decorrentes de atualização de
direitos;
 as receitas de aluguéis eventuais de imóveis ou móveis;
 a receita de serviços eventuais;
 a receita de venda de produtos residuais (sucatas);
 as receitas em operações de bolsa;
 as receitas de investimentos temporários;
 prêmio de resgate de títulos e debêntures;
 os rendimentos de aplicações financeiras;
 a atualização de impostos a compensar pela taxa SELIC;
 os descontos financeiros obtidos;
 aluguéis recebidos;
 a amortização de deságio de investimentos; etc.

As reversões de provisões, os rendimentos de participações societárias e as


recuperações de despesas que não representam ingresso de novos valores também integram
este grupo, porém, são excluídas da base de cálculo.

No grupo (espécie) receitas não operacionais, as receitas mais comuns são as


decorrentes de alienação de bens do ativo permanente, tais como bens móveis e imóveis,
investimentos, etc. Estas, entretanto, estão textualmente excluídas da base do PIS e da
COFINS.

Assim, o conceito de Faturamento, que antes significava o somatório das receitas


objeto da empresa (aquelas constantes em Notas Fiscais de venda ou prestação de serviços),
para fins de apuração de base de cálculo do PIS e COFINS, abrange todas as receitas da
empresa, sejam operacionais ou não operacionais.

ALÍQUOTA ZERO – RECEITAS FINANCEIRAS – A PARTIR DE 02.08.2004 –


REGIME NÃO CUMULATIVO DO PIS E COFINS

A partir de 02.08.2004, por força do Decreto 5.164/2004, ficam reduzidas a zero as


alíquotas do PIS e COFINS incidentes sobre as receitas financeiras auferidas pelas pessoas
jurídicas sujeitas ao regime de incidência não-cumulativa das referidas contribuições.

O disposto não se aplica às receitas financeiras oriundas de juros sobre capital próprio
e as decorrentes de operações de hedge, estas até 31.03.2005.

E, a partir de 01.04.2005, por força do Decreto 5.442/2005, ficam reduzidas a zero as


alíquotas do PIS e da COFINS incidentes sobre as receitas financeiras, inclusive
decorrentes de operações realizadas para fins de hedge.

Observe-se que permanece a incidência do PIS e COFINS sobre os juros sobre o


capital próprio.

O disposto aplica-se, também, às pessoas jurídicas que tenham apenas parte de suas
receitas submetidas ao regime de incidência não-cumulativa.

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EXCLUSÕES DA RECEITA BRUTA

Tanto para o PIS, quanto para a COFINS, excluem-se da receita bruta as seguintes
parcelas:

1) As vendas canceladas. Como exemplo, as devoluções de vendas, ocorridas quando um


cliente devolve uma mercadoria, após adquirí-la. Trata-se de um “estorno de venda”, pois a
receita gerada foi cancelada pela devolução correspondente.

Nota: vide ADI SRF 01/2004, que dispõe sobre a exclusão da base de cálculo do PIS e da
COFINS, dos valores glosados em faturas emitidas contra planos de saúde.

2) Os descontos incondicionais concedidos no ato da venda.

3) O IPI destacado nas Notas Fiscais de venda (quando incluso na receita bruta) e o
ICMS cobrado pelo vendedor na condição de substituto tributário.

O IPI é o valor que o fabricante (ou o contribuinte deste imposto) destaca na nota
fiscal. Da mesma forma, vários produtos, sujeitos ao ICMS, têm exigência, pela legislação
estadual, de haver a cobrança do imposto em fase anterior á sua circulação para o
consumidor final. Estes dois itens são excluídos, como, por exemplo:

1) Valor da mercadoria faturada R$ 1.000,00


2) IPI destacado de 10% R$ 100,00
3) ICMS destacado, devido por substituição tributária R$ 200,00
4) Total da nota fiscal R$ 1.300,00

No exemplo acima, somente o valor de R$ 1.000,00 é base de cálculo do PIS e


COFINS, já que o IPI (linha 2) e ICMS substituição tributária (linha 3), cobrados
destacadamente, não são considerados como receita bruta.

IMPORTANTE: não confundir o ICMS substituição tributária com o ICMS normal. Este
último, apesar de destacado em nota fiscal, corresponde ao imposto que o vendedor do
produto/serviço está sujeito, e não poderá ser excluído da base de cálculo do PIS e
COFINS, por falta de previsão legal.

Exemplo:

Valor das mercadorias: R$ 1.000,00


Valor do ICMS devido pelo vendedor, destacado na nota fiscal: R$ 170,00
Valor do IPI: R$ 100,00
Valor do ICMS destacado, devido por substituição tributária: R$ 200,00
Total da nota fiscal: R$ 1.300,00

Correto: base de cálculo do PIS e COFINS = R$ 1.000,00 (R$ 1.300,00 – IPI R$ 100,00 –
ICMS substituição tributária R$ 200,00)
Errado: base de cálculo = R$ 830,00 (descontando-se também o ICMS devido pelo
vendedor, mesmo que destacado na nota fiscal).

4) As reversões de provisões e as recuperações de créditos baixados como perda que não


representem ingresso de novas receitas, o resultado positivo da avaliação de investimentos

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pelo valor do patrimônio líquido e os lucros e dividendos derivados de investimentos
avaliados pelo custo de aquisição, que tenham sido computados como receita.

5) Os resultados positivos de participações societárias.

Tais resultados correspondem a dividendos, lucros e registro de equivalência patrimonial


credora, recebidos em decorrência de ações, quotas ou participações que a pessoa jurídica
detiver.

6) A receita decorrente da venda de bens do ativo fixo.

Como exemplo, a venda de um terreno, que está no imobilizado da pessoa jurídica, não será
computado na base de cálculo do PIS e COFINS.

Nota: observar que, para as empresas que se enquadrarem na sistemática de apuração do


PIS não cumulativo (Lei 10.637/2002), somente as vendas do ativo imobilizado não irão
compor, a partir de 01.02.2003, a base de cálculo do PIS. As vendas de investimentos, no
período de 01.12.2002 a 31.01.2004 (ações, quotas de capital, etc.) são tributáveis para
tais empresas.
Observar que a base de cálculo da COFINS não sofreu alteração, permanecendo em vigor
a não-incidência sobre a venda de ativos permanentes.

7) As receitas decorrentes dos recursos recebidos a título de repasse, oriundos do


Orçamento Geral da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, pelas
empresas públicas e sociedades de economia mista.

8) As receitas de exportação de mercadorias para o exterior.

9) As receitas dos serviços prestados a pessoas físicas ou jurídicas residentes ou


domiciliadas no exterior, cujo pagamento represente ingresso de divisas.

É importante ressaltar que não basta que a receita seja auferida sobre uma pessoa que
reside no exterior (por exemplo, um estrangeiro que esteja em visita ao Brasil). Para se
considerar parcela excluível, deve haver um pagamento que represente um ingresso de
divisas no Brasil.

10) As receitas do fornecimento de mercadorias ou serviços para uso ou consumo de bordo


em embarcações e aeronaves em tráfego internacional, quando o pagamento for efetuado
em moeda conversível.

11) As receitas do transporte internacional de cargas ou passageiros.

12) As receitas auferidas pelos estaleiros navais brasileiros nas atividades de construção,
conservação, modernização, conversão e reparo de embarcações pré-registradas no Registro
Especial Brasileiro (REB).

13) As receitas do frete de mercadorias importadas entre o Brasil e o exterior pelas


embarcações registradas no Registro Especial Brasileiro (REB).

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14) As receitas de vendas realizadas pelo produtor-vendedor ás empresas comerciais
exportadoras nos termos do Decreto-Lei 1.248/1972 e alterações posteriores, desde que
destinadas ao fim específico de exportação para o exterior.

15) As receitas de vendas, com o fim específico de exportação para o exterior, a empresas
exportadoras, registradas na Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do
Desenvolvimento, Indústria e Comércio.

16) As receitas próprias das entidades sem fins lucrativos (templos de qualquer culto;
partidos políticos; instituições de educação e assistência social imunes ao Imposto de
Renda; instituições de caráter filantrópico; recreativo, cultural, científico e associações
isentas do Imposto de Renda; sindicatos, federações e confederações; serviços sociais
autônomos, criados ou autorizados por lei; conselhos de fiscalização de profissões
regulamentadas – do tipo CRC, CREA, etc.; fundações de direito privado e fundações
públicas instituídas ou mantidas pelo poder público; condomínios de proprietários de
imóveis residenciais ou comerciais e a Organização das Cooperativas Brasileiras - OCB e
Organizações Estaduais de Cooperativas – previstas na Lei 5.764/1971)

17) O faturamento correspondente a vendas de materiais e equipamentos, assim como a


prestação de serviços decorrentes destas operações, efetuadas diretamente á Itaipu
Binacional.

18) A parcela das receitas financeiras decorrentes da variação monetária dos direitos de
créditos e das obrigações do contribuinte, em função das taxas de câmbio, submetida á
tributação, segundo o regime de competência, relativa a períodos compreendidos no ano-
calendário de 1999, excedente ao valor da variação monetária efetivamente realizada, ainda
que a operação correspondente já tenha sido liquidada.

EXEMPLO DA APURAÇÃO DA BASE DE CÁLCULO

Determinada empresa apurou no mês de outubro/2001, as seguintes operações, em R$:

1.Comercialização de Mercadorias no Mercado 1.000.000,00


Interno
2.Prestação de Serviços 50.000,00
3.Recuperações de Créditos Baixados 5.000,00
4.Aluguéis Recebidos 2.000,00
5.Juros sobre Aplicações Financeiras 3.000,00
6.Dividendos Recebidos 10.000,00
7.Receitas de Exportação 100.000,00
8.Descontos Financeiros Auferidos 4.000,00

9.Total da Receita Bruta (soma de 1 a 8) 1.174.000,00

Apurou, ainda, uma devolução de vendas de mercadorias no mercado interno no valor de


R$ 25.000,00.

Seu demonstrativo das exclusões, para fins de base de cálculo do PIS e COFINS, será o
seguinte:

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Item/Demonstrativo das Exclusões:
A. Devoluções de Mercadorias 25.000,00
Recuperações de Créditos Baixados (item 5.000,00
3)
Dividendos Recebidos (item 6) 10.000,00
Receitas de Exportação (item 7) 100.000,00
B. Soma das Exclusões (A + 3 + 6 + 7) 140.000,00

C. Base de Cálculo (9 – B) 1.034.000,00

OPERAÇÕES DE CÂMBIO

Nas operações de câmbio, realizadas por instituição autorizada pelo Banco Central do
Brasil, considera-se receita bruta a diferença positiva entre o preço de venda e o preço de
compra da moeda estrangeira.

Exemplo:

US$ 1.000.000 comprados a R$ 2,80 cada = R$ 2.800.000,00


US$ 1.000.000 vendidos a R$ 2,81 cada = R$ 2.810.000,00
Receita Bruta = R$ 2.810.000,00 menos R$ 2.800.000,00 = R$ 10.000,00

ALÍQUOTAS

COFINS: a alíquota geral é de 3% (a partir de 01.02.2001) ou 7,6% sobre a receita


bruta (dependendo do regime de tributação e enquadramento pela Lei 10.833/2003).
Entretanto, para determinadas operações, a alíquota é diferenciada.

PIS: 0,65% ou 1,65% (a partir de 01.12.2002 - dependendo do regime de tributação e


enquadramento pela Lei 10.637/2002) sobre a receita bruta ou 1% sobre a folha de salários,
nos casos de entidades sem fins lucrativos. Entretanto, para determinadas operações, a
alíquota é diferenciada.

Nota: observar, em relação ás alíquotas do PIS e COFINS não cumulativo, com


vigência a partir de 01.05.2004, as disposições contidas no art. 2 da Lei 10.833/2003 – para
a COFINS (alíquotas fixadas pelo artigo 21 da Lei 10.865/2004) e art. 2 da Lei 10637/2002
(alíquotas fixadas pelo artigo 37 da Lei 10.865/2004) – relativamente aos produtos ali
indicados.

Exemplos:
1) Cálculo do PIS e COFINS sobre a receita bruta de R$ 1.000.000,00 em outubro/2002:

COFINS: R$ 1.000.000,00 x 3% = R$ 30.000,00


PIS: R$ 1.000.000,00 x 0,65% = R$ 6.500,00

2) Cálculo do PIS de uma entidade sem fins lucrativos, cujo valor da folha de salários é de
R$ 10.000,00 no mês:

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R$ 10.000,00 x 1% = R$ 100,00

CÓDIGOS DO DARF

O DARF deverá ser preenchido com os seguintes códigos no seu campo 04, de acordo
com a origem da contribuição:
COFINS
Código Origem
2172 Contribuintes em Geral
5856 Regime não Cumulativo (recolhimentos a partir da competência 02/2004
conforme Ato Declaratório Executivo CORAT 80/2003)
5952 Retenção da COFINS, PIS e CSLL – art. 30 da Lei 10833/2003
5960 Retenção da COFINS – art. 30 da Lei 10833/2003 – Pessoa Jurídica
Beneficiária de Isenção ou Suspensão Judicial da CSLL ou do PIS
7987 Entidades Financeiras
8645 Fabricantes e importadores dos veículos classificados nas posições 8432,
8433, 8701, 8702 e 8711, e nas subposições 8704.2 e 8704.3 da TIPI, na
condição de contribuintes substitutos dos comerciantes varejistas
PIS
Código Origem
8109 Receita Bruta
6912 Regime não Cumulativo (recolhimentos a partir da competência 03/2003
conforme Ato Declaratório Executivo CORAT 26/2003)
8301 Folha de Salários
3703 Pessoa jurídica de direito público
4574 Entidades financeiras e equiparadas
5952 Retenção da COFINS, PIS e CSLL – art. 30 da Lei 10833/2003
5979 Retenção do PIS – art. 30 da Lei 10833/2003 – Pessoa Jurídica Beneficiária
de Isenção ou Suspensão Judicial da COFINS ou da CSLL
8496 Fabricantes e importadores dos veículos classificados nas posições 8432,
8433, 8701, 8702 e 8711, e nas subposições 8704.2 e 8704.3 da TIPI, na
condição de contribuintes substitutos dos comerciantes varejistas

APURAÇÃO E PAGAMENTO
A apuração e o pagamento da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins serão efetuados
mensalmente, de forma centralizada, pelo estabelecimento matriz da pessoa jurídica.
O pagamento deverá ser efetuado até o último dia útil do 2º (segundo) decêndio subseqüente
ao mês de ocorrência dos fatos geradores.
O pagamento da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins, com a incidência cumulativa,
será efetuado sob os códigos de receita 8109 e 2172
Para os importadores de cigarros, o recolhimento das contribuições do PIS e COFINS
(tanto em relação à contribuição própria quanto da substituição tributária) deverá ser efetivada
na data do registro da declaração de importação no SISCOMEX (art. 53 e 54 da Lei
9.532/97).

PESSOA JURÍDICA COM FILIAIS – APURAÇÃO E PAGAMENTO


CENTRALIZADO

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Nas pessoas jurídicas que tenham filiais, a apuração e o pagamento das contribuições
serão efetuados, obrigatoriamente, de forma centralizada, pelo estabelecimento matriz.

PIS NÃO CUMULATIVOS

Com a Lei 10.637/2002, para as empresas optantes pelo lucro real, com exceções
específicas, a partir de 01.12.2002, acaba a cumulatividade do PIS sobre a receita bruta,
descontando-se créditos da contribuição.
Desta forma, conclui-se que é obrigatório a contabilização do crédito do PIS e da
COFINS, não bastando contabilizar o encargo correspondente pelo valor líquido (débito
menos crédito), devendo sê-lo destacadamente.
A seguir, apresentamos exemplos de contabilização:
CRÉDITO NA AQUISIÇÃO DE BENS E SERVIÇOS
Valor das compras do mês (sem IPI): R$ 100.000,00
Crédito do PIS R$ 100.000,00 x 1,65% = R$ 1.650,00
D . PIS a Recuperar (Ativo Circulante)
C . Custo da Mercadoria Vendida ou Estoques* (Conta de Resultado ou Ativo Circulante)
R$ 1.650,00
* Se as mercadorias correspondentes estiverem em estoque, deve-se creditar a respectiva
conta de estoques, ou proporcionalmente, caso parte das mercadorias tenham sido vendidas
e parte ficaram em estoques.
CRÉDITO DE DEPRECIAÇÃO
Depreciação no mês R$ 916,00 x 1,65% = R$ 15,11
D - PIS a Recuperar (Ativo Circulante)
C - Custo dos Produtos Vendidos* (Conta de Resultado)
R$ 15,11
* Lançamento para depreciação relativa a custos de produção. Se a depreciação se referir a
despesas gerais (por exemplo, depreciação de computadores), lança-se a crédito de uma
conta específica de redução de despesas administrativas ("PIS crédito de depreciações" ou
semelhante).
CRÉDITO DE DESPESAS FINANCEIRAS
Despesas Bancarias no mês R$ 500,00 x 1,65% = R$ 8,25
D - PIS a Recuperar (Ativo Circulante)
C - PIS Crédito de Despesas Financeiras* (Conta de Resultado)
R$ 8,25
* Esta conta é redutora das despesas financeiras.
Nota: observar que as despesas financeiras não geram mais créditos do PIS, a partir de
01.08.2004.
CRÉDITO DE ENERGIA ELÉTRICA e OUTRAS DESPESAS
Energia Elétrica no mês R$ 1.000,00 x 1,65% = R$ 16,50
D - PIS a Recuperar (Ativo Circulante)
C - PIS Crédito de Energia Elétrica* (Conta de Resultado)
R$ 16,50

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Aluguéis pagos a pessoa jurídica: R$ 5.000,00 x 1,65% R$ 82,50
D - PIS a Recuperar (Ativo Circulante)
C - PIS Crédito de Custos ou Despesas Operacionais* (Conta de Resultado) ....R$ 82,50
* Estas contas são redutoras de custos ou despesas.
CRÉDITO RELATIVO Á DEVOLUÇÃO DE VENDAS
Devolução de vendas no valor de R$ 4.000,00 x 1,65% = R$ 66,00
D - PIS a Recuperar (Ativo Circulante)
C - PIS sobre Receita (Conta de Resultado)
R$ 66,00
Nota: na prática, o crédito do PIS de devoluções de vendas é um estorno da despesa do
PIS contabilizada anteriormente, por isso, o crédito do mesmo recai sobre a própria conta
de resultado onde foi contabilizado o PIS sobre as vendas.

DÉBITO DO PIS
Total da receita bruta: R$ 250.000,00
Débito do PIS: R$ 250.000,00 x 1,65% = 4.125,00
D - PIS sobre Receita (Conta de Resultado)
C - PIS a Recolher (Passivo Circulante)
R$ 4.125,00

APURAÇÃO CONTÁBIL DO PIS A RECOLHER:


Pela transferência dos créditos do PIS, apurados no mês, à conta de PIS a Recolher:
D - PIS a Recolher (Passivo Circulante)
C - PIS a Recuperar (Ativo Circulante)
R$ * (conforme valor apurado no mês)
 Se o saldo do PIS a Recuperar for superior ao débito apurado no período, deve-se
transferir só o montante exato para zerar a conta de PIS a Recolher, sendo o saldo
remanescente mantido na Conta de PIS a Recuperar, para futura compensação com o
próprio PIS ou outros tributos federais.

TRIBUTAÇÃO DOS CRÉDITOS


O valor dos créditos apurados da COFINS de acordo com a Lei 10.833/2003 e do PIS
de acordo com a Lei 10.637/2002 não constitui receita bruta da pessoa jurídica, servindo
somente para dedução do valor devido da contribuição. Isto, para evitar dupla incidência
(PIS e COFINS sobre créditos das referidas contribuições).
Entretanto, para fins de apuração do IRPJ e da CSLL, não se poderá excluir, como
entendem alguns, os créditos das referidas bases de cálculo, apurado pelo Lucro Real, já
que não há, expressamente, esta possibilidade na legislação.
Base: Ato Declaratório Interpretativo SRF 3/2007.

DESCONTO DE CRÉDITOS
Dos valores de Contribuição para o PIS/Pasep e Cofins apurados, a pessoa jurídica
submetida à incidência não-cumulativa poderá descontar créditos, calculados mediante a

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aplicação das alíquotas de 7,6% (Cofins) e 1,65% (Contribuição para o PIS/Pasep), sobre
os valores:
a. das aquisições de bens para revenda efetuadas no mês;

OBS: O crédito, na hipótese de aquisição, para revenda, de papel imune a impostos de


que trata o art. 150, inciso VI, alínea d da Constituição Federal, quando destinado à
impressão de periódicos, será determinado mediante a aplicação da alíquota de 3,2%
(Cofins) e 0,8% (Contribuição para o PIS/Pasep) (Ver em Regimes especiais o subitem
d.8).
OBS2: O crédito, na hipótese de revenda de nafta petroquímica pela central
petroquímica que adquiriu o produto com a redução de alíquota prevista no art. 56 da
Lei nº 11.196, de 2005, ou no art. 8º, § 15 da Lei nº 10.865, de 2004, será determinado
mediante a aplicação da alíquota de 4,6% (Cofins) e 1% (Contribuição para o
PIS/Pasep).
b. das aquisições, efetuadas no mês, de bens e serviços utilizados como insumos
na fabricação de produtos destinados à venda ou na prestação de serviços, inclusive
combustíveis e lubrificantes;

OBS1: No caso de subcontratação, por empresa de transporte rodoviário de cargas, de


serviço de transporte de carga prestado por pessoa jurídica transportadora optante pelo
Simples, a alíquota dos créditos é de 5,7% (Cofins) e 1,2375% (Contribuição para o
PIS/Pasep)
OBS2: A pessoa jurídica industrial de bebidas que optar pelo regime de apuração
previsto no art. 52 da Lei nº 10.833, de 2003, se credita com base nos valores das
contribuições estabelecidos nos incisos I a III do art. 51 referentes às embalagens que
adquirir, no período de apuração em que registrar o respectivo documento fiscal de
aquisição.
c. dos bens recebidos em devolução, no mês, cuja receita de venda tenha
integrado o faturamento do mês ou de mês anterior, e tenha sido tributada no regime
de incidência não-cumulativa;
OBS: O crédito será determinado mediante a aplicação das alíquotas incidentes na
venda sobre o valor ou unidade de medida, conforme o caso, dos produtos recebidos
em devolução no mês.
d. das despesas e custos incorridos no mês, relativos:
1. à energia elétrica consumida nos estabelecimentos da pessoa jurídica;
2. a aluguéis de prédios, máquinas e equipamentos, utilizados nas
atividades da empresa;

OBS: É vedado o crédito relativo a aluguel de bens que já tenham integrado o


patrimônio da pessoa jurídica.
3. a contraprestação de operações de arrendamento mercantil pagas a
pessoa jurídica, exceto quando esta for optante pelo Simples;

OBS: É vedado o crédito relativo contraprestação de arrendamento mercantil


de bens que já tenham integrado o patrimônio da pessoa jurídica.
4. armazenagem de mercadoria e frete na operação de venda, nos casos
dos incisos I e II, quando o ônus for suportado pelo vendedor;

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e. dos encargos de depreciação e amortização, incorridos no mês, relativos a
máquinas, equipamentos e outros bens incorporados ao ativo imobilizado adquiridos a
partir de maio de 2004, para utilização na produção de bens destinados à venda, ou na
prestação de serviços (Ver IN SRF nº 457, de 2004);

OBS1: Opcionalmente, o contribuinte poderá calcular esse crédito, em relação a


máquinas e equipamentos, no prazo de 4 (quatro) anos, mediante a aplicação, a cada
mês, das alíquotas de 7,6% (Cofins) e 1,65% (Contribuição para o PIS/Pasep) sobre o
valor correspondente a 1/48 (um quarenta e oito avos) do valor de aquisição do bem,
de acordo com a IN SRF nº 457, de 2004.
OBS2: Para os bens adquiridos depois de 1º de outubro de 2004, o contribuinte poderá
calcular esse crédito, em relação a máquinas, aparelhos, instrumentos e equipamentos,
novos, relacionados em ato do Poder Executivo, no prazo de 2 (dois) anos, mediante a
aplicação, a cada mês, das alíquotas de 7,6% (Cofins) e 1,65% (Contribuição para o
PIS/Pasep) sobre o valor correspondente a 1/24 (um vinte e quatro avos) do valor de
aquisição do bem (art. 2º da Lei nº 11.051, de 2004, e Decreto nº 5.222, de 2004, e IN
SRF nº 457, de 2004).
OBS3: Opcionalmente, o contribuinte poderá calcular esse crédito, relativo à aquisição
de vasilhames referidos no inciso IV do art. 51 desta Lei, destinados ao ativo
imobilizado, no prazo de 12 meses, à razão de 1/12 (um doze avos), ou, na hipótese de
opção pelo regime de tributação previsto no art. 52 desta Lei, poderá creditar-se de
1/12 (um doze avos) do valor da contribuição incidente, mediante alíquota específica,
na aquisição dos vasilhames, de acordo com regulamentação da Secretaria da Receita
Federal.
OBS4: O contribuinte — que tenha projeto aprovado na forma do art. 1º da MP nº
2.199-14, de 2001 em microrregiões menos desenvolvidas definidas em regulamento
localizadas nas áreas de atuação das extintas Sudene e Sudam — tem direito ao
desconto desse crédito no prazo de 12 meses (Lei nº 11.196, de 2005, art. 31).
OBS5: Não integram o valor das máquinas, equipamentos e outros bens fabricados
para incorporação ao ativo imobilizado os custos de mão-de-obra paga a pessoa física;
e da aquisição de bens ou serviços não sujeitos ao pagamento da contribuição,
inclusive no caso de isenção, esse último quando revendidos ou utilizados como
insumo em produtos ou serviços sujeitos à alíquota 0 (zero), isentos ou não alcançados
pela contrbuição.
f. dos encargos de depreciação e amortização, incorridos no mês, relativos a
edificações e benfeitorias em imóveis próprios ou de terceiros, adquiridas ou
realizadas a partir de maio de 2004, utilizados nas atividades da empresa.

OBS: O direito ao desconto de créditos de que tratam as letras e) e f) não se aplica ao


valor decorrente da reavaliação de bens e direitos do ativo permanente.
Conceito de insumo
Entende-se como insumos:
a. utilizados na fabricação ou produção de bens destinados à venda:
1. as matérias primas, os produtos intermediários, o material de
embalagem e quaisquer outros bens que sofram alterações, tais como o
desgaste, o dano ou a perda de propriedades físicas ou químicas, em função da
ação diretamente exercida sobre o produto em fabricação, desde que não
estejam incluídas no ativo imobilizado;

11
2. os serviços prestados por pessoa jurídica domiciliada no País, aplicados
ou consumidos na produção ou fabricação do produto;
b. utilizados na prestação de serviços:
1. os bens aplicados ou consumidos na prestação de serviços, desde que
não estejam incluídos no ativo imobilizado; e
2. os serviços prestados por pessoa jurídica domiciliada no País, aplicados
ou consumidos na prestação do serviço.

Utilização de créditos nas atividades imobiliárias


A pessoa jurídica que adquirir imóvel para venda ou promover empreendimento de
desmembramento ou loteamento de terrenos, incorporação imobiliária ou construção de
prédio destinado a venda, utilizará o crédito referente aos custos vinculados à unidade
construída ou em construção somente a partir da efetivação da venda.
A IN SRF nº 458, de 2004, dispõe sobre a incidência não-cumulativa da Contribuição
para o PIS/Pasep e da Cofins sobre as receitas decorrentes das atividades imobiliárias em
questão.
Créditos referentes aos estoques de abertura
Os estoques de abertura de bens destinados à venda e de bens e serviços utilizados
como insumos na fabricação de produtos destinados à venda ou na prestação de serviços, de
que tratam o art. 3º, I e II das Leis nº 10.637, de 2002, e 10.833, de 2003, inclusive estoques
de produtos acabados e em elaboração, existentes na data de início da incidência não-
cumulativa da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins, dão direito ao desconto de crédito
presumido. Inclusive os estoques de produtos destinados à fabricação de produtos sujeitos à
incidência concentrada, que não geraram crédito na aquisição por terem sido adquiridos na
época em que a incidência monofásica não estava integrada à não-cumulatividade, exceto nos
casos em que os produtos foram adquiridos com a alíquota 0 (zero), isentos ou não foram
alcançados pela incidência das contribuições.
O montante do crédito da Contribuição para o PIS/Pasep, referente a estoques, será
igual ao resultado da aplicação do percentual de 0,65% sobre o valor dos estoques. E o
montante do crédito referente a estoques da Cofins será igual ao resultado da aplicação do
percentual de 3%. No caso dos estoques de produtos destinados à fabricação de produtos
sujeitos à incidência concentrada, que não geraram crédito na aquisição, o crédito presumido
será calculado mediante a aplicação dos percentuais de 1,65% (Contribuição para o
PIS/Cofins) e 7,6% (Cofins). Os créditos assim calculados podem ser utilizados em 12
parcelas mensais, iguais e sucessivas, a partir do mês em que iniciar a incidência não-
cumulativa.
Os bens recebidos em devolução, tributados antes do início da incidência não-
cumulativa, serão considerados como integrantes do estoque de abertura, devendo o crédito
ser utilizado em doze parcelas mensais, iguais e sucessivas a partir da data da devolução.
A pessoa jurídica sujeita à incidência não-cumulativa da Contribuição para o
PIS/Pasep, em relação apenas à parte de suas receitas, deve apurar crédito apenas em relação
aos estoques vinculados às receitas sujeitas à incidência não-cumulativa. No caso de estoques
de bens vinculados às receitas sujeitas à incidência não-cumulativa e àquelas submetidas ao
regime de incidência cumulativa, os créditos serão determinados pelo método de apropriação
direta ou rateio proporcional, conforme o caso.
Créditos na exportação

12
A pessoa jurídica que aufira receitas decorrentes de operações de exportação de
mercadorias para o exterior, prestação de serviços à pessoa física ou jurídica domiciliada no
exterior, com pagamento em moeda conversível, e vendas a empresa comercial exportadora,
poderá calcular os créditos previstos nos itens Desconto de créditos e Créditos referentes a
estoque de abertura em relação a custos, despesas e encargos vinculados a essas receitas.
Somente gera direito aos créditos os custos, despesas e encargos vinculados às receitas de
exportação de produtos ou de prestação de serviços, que estariam sujeitas à incidência não-
cumulativa, caso as vendas fossem destinadas ao mercado interno.
A pessoa jurídica vendedora poderá utilizar os créditos decorrentes de exportação para
fins de:
a. dedução do valor da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins a recolher,
decorrente das demais operações no mercado interno;
b. compensação com débitos próprios, vencidos ou vincendos, relativos a tributos
e contribuições administrados pela Secretaria da Receita Federal, observada a
legislação específica aplicável à matéria.

A pessoa jurídica que, até o final de cada trimestre do ano civil, não conseguir utilizar
os créditos por qualquer das formas previstas acima poderá solicitar o seu ressarcimento em
dinheiro, observada a legislação específica aplicável à matéria.
A compensação e o ressarcimento estão limitados aos créditos decorrentes de custos,
despesas e encargos vinculados à receita de exportação devendo ser feito o rateio proporcional
ou apropriação direta, conforme o caso, em relação aos custos, despesas e encargos comuns a
receitas de exportação e de venda no mercado interno.
O direito de utilizar os créditos não beneficia a empresa comercial exportadora que
tenha adquirido mercadorias com o fim específico de exportação, ficando vedada, nesta
hipótese, a apuração de créditos vinculados à receita de exportação.
Crédito presumido na atividade agropecuária
O art. 8º da Lei nº 10.925, de 2004, trata de hipótese de dedução de crédito presumido
sobre a aquisição de insumos utilizados por pessoas jurídicas agroindustriais, inclusive
cooperativas, que produzam as mercadorias de origem animal ou vegetal relacionadas em seu
caput e destinadas à alimentação humana ou animal.
O art. 15 da Lei nº 10.925, de 2004, trata de hipótese de dedução de crédito presumido
sobre a aquisição de insumos utilizados por pessoas jurídicas, inclusive cooperativas, que
produzam vinhos de uvas frescas.
[Lei nº 10.925, de 2004, arts. 8º e 15; Lei nº 11.051, de 2004, art. 9º]
Credito presumido na subcontratação de serviço de transporte de cargas
A empresa de serviço de transporte rodoviário de carga que subcontratar serviço de
transporte de carga prestado por pessoa física, transportador autônomo, poderá descontar, da
Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins devida em cada período de apuração, crédito
presumido de 5,7% e 1,2375% calculados sobre o valor dos pagamentos efetuados por esses
serviços.
Crédito Presumido para ressarcimento de selos de controle
A pessoa jurídica industrial ou importadora de produtos sujeitos ao selo de controle de
que trata o art. 46 da Lei nº 4.505, de 1964, poderá deduzir da Contribuição para o PIS/Pasep
e da Cofins, devidas em cada período de apuração, crédito presumido correspondente ao
ressarcimento de custos relativos ao fornecimento do selo. [Lei nº 11.196, de 2005, art. 60]

13
Limitações ao desconto de créditos
O direito ao crédito aplica-se, exclusivamente, em relação:
a. aos bens e serviços adquiridos de pessoa jurídica domiciliada no País;
b. aos custos e despesas incorridos, pagos ou creditados a pessoa jurídica
domiciliada no País;
c. aos encargos de depreciação e amortização de bens adquiridos de pessoa
jurídica domiciliada no País.

Observação: Excetua-se a esta limitação o direito ao crédito em relação às contribuições


efetivamente pagas na importação de bens e serviços, na forma da Lei nº 10.865, de 2004.
 Não dará direito ao crédito a aquisição para revenda de bens submetidos a
alíquotas concentradas, de mercadorias em relação às quais a contribuição seja exigida
da empresa vendedora, na condição de substituta tributária, e de álcool para fins
carburantes.
 Não dará direito ao crédito a aquisição, para utilização como insumo, de
desperdícios, resíduos ou aparas de plástico, de papel ou cartão, de vidro, de ferro ou
aço, de cobre, de níquel, de alumínio, de chumbo, de zinco e de estanho, classificados
respectivamente nas posições 39.15, 47.07, 70.01, 72.04, 74.04, 75.03, 76.02, 78.02,
79.02 e 80.02 da Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados –
TIPI, e demais desperdícios e resíduos metálicos do Capítulo 81 da Tipi. (Lei nº
11.196, de 2005, art. 47)
 Não dará direito ao crédito o valor da aquisição de bens ou serviços não
sujeitos ao pagamento da contribuição, inclusive no caso de isenção, esse último
quando revendidos ou utilizados como insumo em produtos ou serviços sujeitos à
alíquota 0 (zero), isentos ou não alcançados pela contribuição.
 Não dará direito ao crédito o pagamento de que trata o art. 2º da Lei nº 10.485,
de 3 de julho de 2002, devido pelo fabricante ou importador, ao concessionário, pela
intermediação ou entrega dos veículos classificados nas posições 87.03 e 87.04 da
TIPI (ver em Regimes especiais o subitem d.14)
 Deverá ser estornado o crédito relativo a bens adquiridos para revenda ou
utilizados como insumos na prestação de serviços e na produção ou fabricação de bens
ou produtos destinados à venda, que tenham sido furtados ou roubados, inutilizados ou
deteriorados, destruídos em sinistro ou, ainda, empregados em outros produtos que
tenham tido a mesma destinação.
 A versão de bens e direitos, em decorrência de fusão, incorporação e cisão de
pessoa jurídica domiciliada no País considera-se aquisição, para fins do desconto do
crédito previsto nos arts. 3º das Leis nºs 10.637, de 2002, e 10.833, de 2003, somente
nas hipóteses em que fosse admitido o desconto do crédito pela pessoa jurídica
fusionada, incorporada ou cindida.
 Os créditos só podem ser apurados em relação a custos, despesas e encargos
vinculados a receitas sujeitas à incidência não-cumulativa da Contribuição para o
PIS/Pasep e da Cofins.
Observação: No caso de custos, despesas e encargos vinculados às receitas sujeitas à
incidência não-cumulativa e àquelas submetidas ao regime de incidência cumulativa, os
créditos serão determinados, a critério da pessoa jurídica, pelo método de:
a. apropriação direta, aplicando-se ao valor dos bens utilizados como insumos,
aos custos, às despesas e aos encargos comuns, adquiridos no mês, a relação

14
percentual entre os custos vinculados à receita sujeita à incidência não-cumulativa e os
custos totais incorridos no mês, apurados por meio de sistema de contabilidade de
custos integrada e coordenada com a escrituração; ou
b. rateio proporcional, aplicando-se ao valor dos bens utilizados como insumos,
aos custos, às despesas e aos encargos comuns, adquiridos no mês, a relação
percentual existente entre a receita bruta sujeita à incidência não-cumulativa e a
receita bruta total, auferidas no mês.
 Os créditos só podem ser utilizados para desconto dos valores da Contribuição para o
PIS/Pasep e da Cofins apurados sobre as receitas sujeitas à incidência não-cumulativa. Ou
seja: contribuinte que tem parte das receitas sujeitas à incidência não-cumulativa e parte
sujeita à incidência cumulativa, não pode utilizar o crédito para diminuir o valor da
Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins calculados sobre as receitas sujeitas à
incidência cumulativa.
 Os créditos não ensejam compensação ou restituição, salvo expressa disposição legal,
como no caso dos créditos apurados em relação a custos, despesas e encargos vinculados à
receita de exportação (ver créditos na exportação).
 O aproveitamento de créditos não ensejará atualização monetária ou incidência de
juros sobre os respectivos valores.
Observações:
a. O crédito não aproveitado em determinado mês pode ser utilizado nos meses
subseqüentes.
b. O valor dos créditos apurados não constitui receita bruta da pessoa jurídica,
servindo somente para dedução do valor devido da contribuição.
c. As vendas efetuadas com suspensão, isenção, alíquota zero ou não-incidência
da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins não impedem a manutenção, pelo
vendedor, dos créditos vinculados a essas operações. O saldo credor acumulado ao
final de cada trimestre do ano-calendário em virtude dessa hipótese poderá ser objeto
de compensação com débitos próprios ou ressarcimento, conforme disposto na Lei nº
11.116, de 2005

Apuração e Pagamento
A apuração e o pagamento da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins serão
efetuados mensalmente, de forma centralizada, pelo estabelecimento matriz da pessoa
jurídica.
O pagamento deverá ser efetuado até o último dia útil do 2º (segundo) decêndio
subseqüente ao mês de ocorrência dos fatos geradores.
O pagamento da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins, no regime de incidência
não-cumulativa, será efetuado sob os códigos de receita 6912 e 5856.

CÁLCULO DO CRÉDITO

15
O crédito será determinado mediante a aplicação da alíquota de 1,65% sobre o valor
da soma dos itens que dão direitos ao crédito no mês de apuração, como no exemplo
abaixo:

Exemplo:

Descrição Valor R$
1. bens adquiridos para revenda 500.000,00
2. bens e serviços utilizados 325.000,00
3. aluguéis de prédios, máquinas e equipamentos 59.000,00
4. despesas financeiras 180.500,00
5. encargos de depreciação - máquinas e equipamentos 37.950,00
6. amortizações de benfeitorias 9.400,00
7. devoluções 125.620,00
SOMA 1 A 7 1.237.470,00
Crédito do PIS 1,65% x SOMA 20.418,26

VEDAÇÕES DE CRÉDITO

MÃO DE OBRA E PRODUTOS OU SERVIÇOS

Não dará direito a crédito o valor:

1. de mão-de-obra paga a pessoa física;


2. da aquisição de bens ou serviços não sujeitos ao pagamento da contribuição,
inclusive no caso de isenção, esse último quando revendidos ou utilizados como insumo em
produtos ou serviços sujeitos à alíquota 0 (zero), isentos ou não alcançados pela
contribuição (restrição imposta pelo art. 37 da Lei 10.865/2004).

Também por força da nova redação do artigo 3 da Lei 10.637/2002, dada pelo art. 37 da
Lei 10.865/2004, estarão vedados os créditos decorrentes de aquisição dos produtos:

a) em relação às quais a contribuição seja exigida da empresa vendedora, na condição de


substituta tributária;
b) álcool para fins carburantes;
c) referidos no § 1o do art. 2o da Lei 10.833/2003 (gasolinas, exceto gasolina de aviação,
óleo diesel e gás liquefeito de petróleo (GLP) derivado de petróleo e gás natural; produtos
farmacêuticos, de perfumaria, de toucador ou de higiene pessoal; máquinas e veículos
classificados nos códigos 84.29, 8432.40.00, 84.32.80.00, 8433.20, 8433.30.00,
8433.40.00, 8433.5, 87.01, 87.02, 87.03, 87.04, 87.05 e 87.06, da TIPI; vendas, para
comerciante atacadista ou varejista, das autopeças relacionadas nos Anexos I e II da Lei
10.485/2002; produtos classificados nas posições 40.11 (pneus novos de borracha) e 40.13
(câmaras-de-ar de borracha), da TIPI; querosene de aviação; embalagens destinadas ao
envasamento de água, refrigerante e cerveja, classificados nos códigos 22.01, 22.02 e
22.03, todos da TIPI; e água, refrigerante, cerveja e preparações compostas classificados
nos códigos 22.01, 22.02, 22.03 e 2106.90.10 Ex 02, todos da TIPI;

16
d) pagamento de que trata o art. 2o da Lei no 10.485/2002 (vendas de veículos
diretamente a consumidor), devido pelo fabricante ou importador, ao concessionário, pela
intermediação ou entrega dos veículos classificados nas posições 87.03 e 87.04 da TIPI.

DEPRECIAÇÃO E AMORTIZAÇÃO

Por força do artigo 31 da Lei 10.865/2004, a partir de 31.07.2004, é vedado o desconto


de créditos apurados relativos à depreciação ou amortização de bens e direitos de ativos
imobilizados adquiridos até 30 de abril de 2004.

Poderão ser aproveitados os créditos referidos apurados sobre a depreciação ou


amortização de bens e direitos de ativo imobilizado adquiridos a partir de 01/05/2004.

O direito ao desconto de créditos não se aplica ao valor decorrente da reavaliação de


bens e direitos do ativo permanente.

Fica vedada a utilização de créditos, conforme, §3º, do art. 1º, da IN SRF 457/2004:

I - sobre encargos de depreciação acelerada incentivada, apurados na forma do art. 313


do RIR/99, eII - na hipótese de aquisição de bens usados.

NÃO INCIDÊNCIA DO PIS

A contribuição para o PIS não incidirá sobre as receitas decorrentes das operações de:

1. exportação de mercadorias para o exterior;


2. prestação de serviços para pessoa física ou jurídica residente ou domiciliada no
exterior, cujo pagamento represente ingresso de divisas (redação dada pelo art. 37 da Lei
10.865/2004);
Nota: nos termos da Medida Provisória nº 315/2006, art. 10, a não-incidência do PIS e da
Cofins, relativamente aos recebimentos de exportações de serviços para o exterior, no caso
de a pessoa jurídica manter recursos em instituição financeira no exterior (observados os
limites fixados pelo Conselho Monetário Nacional), independe do efetivo ingresso de
divisas no País.
3. vendas a empresa comercial exportadora com o fim específico de exportação.
4. A partir de 01.01.2003, as vendas de materiais e equipamentos, bem assim da
prestação de serviços decorrentes dessas operações, efetuadas diretamente a Itaipu
Binacional, conforme art. 6, IV e art.8 § 9 da IN SRF 404/2004.

17
COFINS NÃO CUMULATIVOS

Com a Lei 10.833/2003, para as empresas optantes pelo lucro real, a partir de
01.02.2004, com exceções específicas, acaba a cumulatividade da COFINS sobre a receita
bruta. As disposições da Lei foram normatizadas pela IN SRF 404/2004.

ALÍQUOTAS

A alíquota geral é de 7,6%. Para determinadas operações de vendas de produtores ou


importadores de combustíveis, produtos farmacêuticos, perfumaria, toucador, higiene
pessoal, máquinas e veículos, autopeças, pneus novos de borracha, câmaras-de-ar de
borracha, querosene de aviação, embalagens para bebidas, água, refrigerante, cerveja e
preparações compostas e papel imune a impostos, por força do art. 21 da Lei 10.865/2004
(que alterou vários parágrafos do art. 2 da Lei 10.833/2003), a alíquota é específica. Acesse
o módulo 2 do arquivo (1) PIS e COFINS, desta obra, para obter as alíquotas especificadas.

CÁLCULO DO CRÉDITO

O crédito será determinado mediante a aplicação da alíquota de 7,6% sobre o valor da


soma dos itens que dão direitos ao crédito no mês de apuração:

Exemplo de Cálculo de Crédito:


Descrição Valor R$

Bens adquiridos para revenda 500.000,00


Bens e serviços utilizados 325.000,00
Aluguéis de prédios, máquinas e equipamentos 59.000,00
Encargos de depreciação - máquinas e equipamentos 37.950,00
Amortizações de benfeitorias 9.400,00
Devoluções 125.620,00
SOMA 1.056.970,00
Crédito do COFINS 7,6% x soma 80.329,72

PROPORCIONALIZAÇÃO DE CUSTOS E DESPESAS

Na hipótese de a pessoa jurídica sujeitar-se à incidência não-cumulativa do PIS, em relação


apenas a parte de suas receitas, o crédito será apurado, exclusivamente, em relação aos custos,
despesas e encargos vinculados a essas receitas.

O crédito proporcional será determinado, a critério da pessoa jurídica, pelo método de:

1. apropriação direta, inclusive em relação aos custos, por meio de sistema de


contabilidade de custos integrada e coordenada com a escrituração; ou
2. rateio proporcional, aplicando-se aos custos, despesas e encargos comuns a
relação percentual existente entre a receita bruta sujeita à incidência não-cumulativa e
a receita bruta total, auferidas em cada mês.

18
O critério de alocação deverá ser o mesmo para todo o ano-calendário.

Exemplo:
Receitas Valores em Reais Cofins Não Cumulativa Pis não-cumulativo
(7,6%) (1,65%)
Receitas de vendas de
mercadorias (com
devidas deduções) R$ 1.100.000,00 R$ 83.600,00 R$ 18.1850,00
Saídas Isentas R$ 275.000,00 0,00 0,00
Total R$ 1.375.000,00 R$ 83.600,00 R$ 18.180,00

Proporcionando a receita:

P = 1.100.000,00 x 100 = 80%


1.375.000,00

Apuração do Crédito:

Base de Cofins Pis Proporção Direito do Direito do


Item cálculo 7,6% 1,65% 80% crédito crédito PIS
COFINS
Bens
p/revenda 625.000,00 47.500,00 10.312,50 80% 38.000,00 8.250,00

Energia 2.750,00 209,00 45,38 80% 167,20 36,30


Encargos de
Depreciação 3.875,00 294,50 63,94 80% 235.60 51,15
Devoluções 5.000,00 380,00 82,50 80% 304,00 66,00

Total 48.383,50 10.504,32 38.706,80 8.403,45

Portanto o crédito admissível nesse exemplo é de R$ 37.706,80 para a COFINS e R$ 8.403,45


para o PIS.

19
Exercícios:

1. Assinale V ou F.
( ) O PIS e a COFINS são tributos de competência do Governo Federal.
( ) Existe hoje duas modalidades de apuração do PIS a da COFINS que são as formas Cumulativas e Não-
Cumulativas.
( ) Basicamente estão sujeitas ao regime não-cumulativo as pessoas jurídicas de direito privado e as que lhe
são equiparadas pela legislação do Imposto de renda, tributadas com base no Lucro Real, com algumas exceções.
( ) A alíquota do PIS e COFINS Não-Cumulativas são de 0,65% e 7,6% respectivamente.
( ) As receitas decorrentes de venda para exportação forma base de cálculo para apuração do PIS e da COFINS
conforme lei n.º 10.637/2002 e 10.833/2003.
( ) a empresa que faz apuração do imposto Não-cumulativo poderá fazer uso dos créditos decorrentes de: Bens
adquiridos para revenda, exceto em relação as mercadorias e aos produtos adquiridos com substituição tributária
ou submetidos á incidência monofásica do imposto; de bens recebidos em devolução, cuja receita de venda tenha
integrado faturamento anterior; a despesa de energia consumida pelo estabelecimento, apenas.

2. Dos créditos admissíveis para apuração do PIS e da COFINS Não-Cumulativos, podemos destacar, exceto:
a) bens adquiridos para revenda;
b) consumo de energia elétrica pela pessoa jurídica;
c) dos bens recebidos em devolução, cuja receita de venda tenha integrado faturamento anterior;
d) alugueis de prédios, máquinas e equipamentos pagos a pessoa jurídica, utilizados nas atividades da empresa;
e) Mão-de-obra paga a pessoa física.

3. Formam base de cálculo do PIS e da COFINS, exceto:


a) as receitas de venda de mercadorias no mercado interno;
b) as receitas decorrentes da prestação de serviço, eventuais;
c) as receitas de operação de bolsa;
d) as receitas decorrentes de venda para exportação;
e) as receitas de venda de produtos residuais.

4. Assinale a alternativa correta:


a) a contribuição para o PIS incidirá sobre a receita decorrente da venda de bens do Ativo imobilizado;
b) Na apuração Não-Cumulativa do PIS e da COFINS, não poderão ser utilizados como créditos os valores
provenientes das contraprestações de operações de arrendamento mercantil de pessoas jurídicas, exceto de
optantes pelo Simples;
c) A alíquota a ser aplicada sobre a base de cálculo para apuração do PIS e da COFINS cumulativos, são de
0,65% e 3,00% respectivamente;
d) Há a incidência da COFINS sobre a receita decorrente de transporte internacional de carga ou passageiros;
e) A alíquota do Pis e da Cofins Não-Cumulativos é de 0,65% e 3,00% respectivamente.

5. Fazendo uso das informações abaixo, de uma empresa revendedora de combustíveis, apure e contabilize os
valores relativos a Pis e Cofins, tanto Cumulativos como não Cumulativos.

RECEITAS: COMPRAS
receita de Bruta venda de mercadorias: 200.000,00 Combustíveis: 1.700.000,00
Revenda de combustíveis: 2.000.000,00 Mercadorias: 120.000,00
Venda de bens do ativo imobilizado: 15.000,00 Aquisição de bens para Imobilizado: 35.000,00
receitas de alugueis: 10.000,00
ganhos na operação de câmbio: 5.000,00 OUTRAS
Descontos sobre a venda de mercadorias: 2.000,00
DESPESAS:
Energia elétrica: 15.000,00
Telefones: 3.000,00

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