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PIS E COFINS
COFINS – Contribuição para Financiamento da Seguridade Social, instituída pela Lei
Complementar 70 de 30/12/1991.
São contribuintes do PIS as pessoas jurídicas de direito privado e as que lhe são
equiparadas pela legislação do Imposto de Renda, inclusive empresas prestadoras de
serviços, empresas públicas e sociedades de economia mista e suas subsidiárias, excluídas
as microempresas e as empresas de pequeno porte submetidas ao regime do SIMPLES
NACIONAL (Lei 123/06).
BASE DE CÁLCULO
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os juros e multas cobrados de clientes por atraso no pagamento de títulos;
as receitas financeiras e respectivas variações monetárias decorrentes de atualização de
direitos;
as receitas de aluguéis eventuais de imóveis ou móveis;
a receita de serviços eventuais;
a receita de venda de produtos residuais (sucatas);
as receitas em operações de bolsa;
as receitas de investimentos temporários;
prêmio de resgate de títulos e debêntures;
os rendimentos de aplicações financeiras;
a atualização de impostos a compensar pela taxa SELIC;
os descontos financeiros obtidos;
aluguéis recebidos;
a amortização de deságio de investimentos; etc.
O disposto não se aplica às receitas financeiras oriundas de juros sobre capital próprio
e as decorrentes de operações de hedge, estas até 31.03.2005.
O disposto aplica-se, também, às pessoas jurídicas que tenham apenas parte de suas
receitas submetidas ao regime de incidência não-cumulativa.
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EXCLUSÕES DA RECEITA BRUTA
Tanto para o PIS, quanto para a COFINS, excluem-se da receita bruta as seguintes
parcelas:
Nota: vide ADI SRF 01/2004, que dispõe sobre a exclusão da base de cálculo do PIS e da
COFINS, dos valores glosados em faturas emitidas contra planos de saúde.
3) O IPI destacado nas Notas Fiscais de venda (quando incluso na receita bruta) e o
ICMS cobrado pelo vendedor na condição de substituto tributário.
O IPI é o valor que o fabricante (ou o contribuinte deste imposto) destaca na nota
fiscal. Da mesma forma, vários produtos, sujeitos ao ICMS, têm exigência, pela legislação
estadual, de haver a cobrança do imposto em fase anterior á sua circulação para o
consumidor final. Estes dois itens são excluídos, como, por exemplo:
IMPORTANTE: não confundir o ICMS substituição tributária com o ICMS normal. Este
último, apesar de destacado em nota fiscal, corresponde ao imposto que o vendedor do
produto/serviço está sujeito, e não poderá ser excluído da base de cálculo do PIS e
COFINS, por falta de previsão legal.
Exemplo:
Correto: base de cálculo do PIS e COFINS = R$ 1.000,00 (R$ 1.300,00 – IPI R$ 100,00 –
ICMS substituição tributária R$ 200,00)
Errado: base de cálculo = R$ 830,00 (descontando-se também o ICMS devido pelo
vendedor, mesmo que destacado na nota fiscal).
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pelo valor do patrimônio líquido e os lucros e dividendos derivados de investimentos
avaliados pelo custo de aquisição, que tenham sido computados como receita.
Como exemplo, a venda de um terreno, que está no imobilizado da pessoa jurídica, não será
computado na base de cálculo do PIS e COFINS.
É importante ressaltar que não basta que a receita seja auferida sobre uma pessoa que
reside no exterior (por exemplo, um estrangeiro que esteja em visita ao Brasil). Para se
considerar parcela excluível, deve haver um pagamento que represente um ingresso de
divisas no Brasil.
12) As receitas auferidas pelos estaleiros navais brasileiros nas atividades de construção,
conservação, modernização, conversão e reparo de embarcações pré-registradas no Registro
Especial Brasileiro (REB).
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14) As receitas de vendas realizadas pelo produtor-vendedor ás empresas comerciais
exportadoras nos termos do Decreto-Lei 1.248/1972 e alterações posteriores, desde que
destinadas ao fim específico de exportação para o exterior.
15) As receitas de vendas, com o fim específico de exportação para o exterior, a empresas
exportadoras, registradas na Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do
Desenvolvimento, Indústria e Comércio.
16) As receitas próprias das entidades sem fins lucrativos (templos de qualquer culto;
partidos políticos; instituições de educação e assistência social imunes ao Imposto de
Renda; instituições de caráter filantrópico; recreativo, cultural, científico e associações
isentas do Imposto de Renda; sindicatos, federações e confederações; serviços sociais
autônomos, criados ou autorizados por lei; conselhos de fiscalização de profissões
regulamentadas – do tipo CRC, CREA, etc.; fundações de direito privado e fundações
públicas instituídas ou mantidas pelo poder público; condomínios de proprietários de
imóveis residenciais ou comerciais e a Organização das Cooperativas Brasileiras - OCB e
Organizações Estaduais de Cooperativas – previstas na Lei 5.764/1971)
18) A parcela das receitas financeiras decorrentes da variação monetária dos direitos de
créditos e das obrigações do contribuinte, em função das taxas de câmbio, submetida á
tributação, segundo o regime de competência, relativa a períodos compreendidos no ano-
calendário de 1999, excedente ao valor da variação monetária efetivamente realizada, ainda
que a operação correspondente já tenha sido liquidada.
Seu demonstrativo das exclusões, para fins de base de cálculo do PIS e COFINS, será o
seguinte:
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Item/Demonstrativo das Exclusões:
A. Devoluções de Mercadorias 25.000,00
Recuperações de Créditos Baixados (item 5.000,00
3)
Dividendos Recebidos (item 6) 10.000,00
Receitas de Exportação (item 7) 100.000,00
B. Soma das Exclusões (A + 3 + 6 + 7) 140.000,00
OPERAÇÕES DE CÂMBIO
Nas operações de câmbio, realizadas por instituição autorizada pelo Banco Central do
Brasil, considera-se receita bruta a diferença positiva entre o preço de venda e o preço de
compra da moeda estrangeira.
Exemplo:
ALÍQUOTAS
Exemplos:
1) Cálculo do PIS e COFINS sobre a receita bruta de R$ 1.000.000,00 em outubro/2002:
2) Cálculo do PIS de uma entidade sem fins lucrativos, cujo valor da folha de salários é de
R$ 10.000,00 no mês:
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R$ 10.000,00 x 1% = R$ 100,00
CÓDIGOS DO DARF
O DARF deverá ser preenchido com os seguintes códigos no seu campo 04, de acordo
com a origem da contribuição:
COFINS
Código Origem
2172 Contribuintes em Geral
5856 Regime não Cumulativo (recolhimentos a partir da competência 02/2004
conforme Ato Declaratório Executivo CORAT 80/2003)
5952 Retenção da COFINS, PIS e CSLL – art. 30 da Lei 10833/2003
5960 Retenção da COFINS – art. 30 da Lei 10833/2003 – Pessoa Jurídica
Beneficiária de Isenção ou Suspensão Judicial da CSLL ou do PIS
7987 Entidades Financeiras
8645 Fabricantes e importadores dos veículos classificados nas posições 8432,
8433, 8701, 8702 e 8711, e nas subposições 8704.2 e 8704.3 da TIPI, na
condição de contribuintes substitutos dos comerciantes varejistas
PIS
Código Origem
8109 Receita Bruta
6912 Regime não Cumulativo (recolhimentos a partir da competência 03/2003
conforme Ato Declaratório Executivo CORAT 26/2003)
8301 Folha de Salários
3703 Pessoa jurídica de direito público
4574 Entidades financeiras e equiparadas
5952 Retenção da COFINS, PIS e CSLL – art. 30 da Lei 10833/2003
5979 Retenção do PIS – art. 30 da Lei 10833/2003 – Pessoa Jurídica Beneficiária
de Isenção ou Suspensão Judicial da COFINS ou da CSLL
8496 Fabricantes e importadores dos veículos classificados nas posições 8432,
8433, 8701, 8702 e 8711, e nas subposições 8704.2 e 8704.3 da TIPI, na
condição de contribuintes substitutos dos comerciantes varejistas
APURAÇÃO E PAGAMENTO
A apuração e o pagamento da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins serão efetuados
mensalmente, de forma centralizada, pelo estabelecimento matriz da pessoa jurídica.
O pagamento deverá ser efetuado até o último dia útil do 2º (segundo) decêndio subseqüente
ao mês de ocorrência dos fatos geradores.
O pagamento da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins, com a incidência cumulativa,
será efetuado sob os códigos de receita 8109 e 2172
Para os importadores de cigarros, o recolhimento das contribuições do PIS e COFINS
(tanto em relação à contribuição própria quanto da substituição tributária) deverá ser efetivada
na data do registro da declaração de importação no SISCOMEX (art. 53 e 54 da Lei
9.532/97).
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Nas pessoas jurídicas que tenham filiais, a apuração e o pagamento das contribuições
serão efetuados, obrigatoriamente, de forma centralizada, pelo estabelecimento matriz.
Com a Lei 10.637/2002, para as empresas optantes pelo lucro real, com exceções
específicas, a partir de 01.12.2002, acaba a cumulatividade do PIS sobre a receita bruta,
descontando-se créditos da contribuição.
Desta forma, conclui-se que é obrigatório a contabilização do crédito do PIS e da
COFINS, não bastando contabilizar o encargo correspondente pelo valor líquido (débito
menos crédito), devendo sê-lo destacadamente.
A seguir, apresentamos exemplos de contabilização:
CRÉDITO NA AQUISIÇÃO DE BENS E SERVIÇOS
Valor das compras do mês (sem IPI): R$ 100.000,00
Crédito do PIS R$ 100.000,00 x 1,65% = R$ 1.650,00
D . PIS a Recuperar (Ativo Circulante)
C . Custo da Mercadoria Vendida ou Estoques* (Conta de Resultado ou Ativo Circulante)
R$ 1.650,00
* Se as mercadorias correspondentes estiverem em estoque, deve-se creditar a respectiva
conta de estoques, ou proporcionalmente, caso parte das mercadorias tenham sido vendidas
e parte ficaram em estoques.
CRÉDITO DE DEPRECIAÇÃO
Depreciação no mês R$ 916,00 x 1,65% = R$ 15,11
D - PIS a Recuperar (Ativo Circulante)
C - Custo dos Produtos Vendidos* (Conta de Resultado)
R$ 15,11
* Lançamento para depreciação relativa a custos de produção. Se a depreciação se referir a
despesas gerais (por exemplo, depreciação de computadores), lança-se a crédito de uma
conta específica de redução de despesas administrativas ("PIS crédito de depreciações" ou
semelhante).
CRÉDITO DE DESPESAS FINANCEIRAS
Despesas Bancarias no mês R$ 500,00 x 1,65% = R$ 8,25
D - PIS a Recuperar (Ativo Circulante)
C - PIS Crédito de Despesas Financeiras* (Conta de Resultado)
R$ 8,25
* Esta conta é redutora das despesas financeiras.
Nota: observar que as despesas financeiras não geram mais créditos do PIS, a partir de
01.08.2004.
CRÉDITO DE ENERGIA ELÉTRICA e OUTRAS DESPESAS
Energia Elétrica no mês R$ 1.000,00 x 1,65% = R$ 16,50
D - PIS a Recuperar (Ativo Circulante)
C - PIS Crédito de Energia Elétrica* (Conta de Resultado)
R$ 16,50
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Aluguéis pagos a pessoa jurídica: R$ 5.000,00 x 1,65% R$ 82,50
D - PIS a Recuperar (Ativo Circulante)
C - PIS Crédito de Custos ou Despesas Operacionais* (Conta de Resultado) ....R$ 82,50
* Estas contas são redutoras de custos ou despesas.
CRÉDITO RELATIVO Á DEVOLUÇÃO DE VENDAS
Devolução de vendas no valor de R$ 4.000,00 x 1,65% = R$ 66,00
D - PIS a Recuperar (Ativo Circulante)
C - PIS sobre Receita (Conta de Resultado)
R$ 66,00
Nota: na prática, o crédito do PIS de devoluções de vendas é um estorno da despesa do
PIS contabilizada anteriormente, por isso, o crédito do mesmo recai sobre a própria conta
de resultado onde foi contabilizado o PIS sobre as vendas.
DÉBITO DO PIS
Total da receita bruta: R$ 250.000,00
Débito do PIS: R$ 250.000,00 x 1,65% = 4.125,00
D - PIS sobre Receita (Conta de Resultado)
C - PIS a Recolher (Passivo Circulante)
R$ 4.125,00
DESCONTO DE CRÉDITOS
Dos valores de Contribuição para o PIS/Pasep e Cofins apurados, a pessoa jurídica
submetida à incidência não-cumulativa poderá descontar créditos, calculados mediante a
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aplicação das alíquotas de 7,6% (Cofins) e 1,65% (Contribuição para o PIS/Pasep), sobre
os valores:
a. das aquisições de bens para revenda efetuadas no mês;
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e. dos encargos de depreciação e amortização, incorridos no mês, relativos a
máquinas, equipamentos e outros bens incorporados ao ativo imobilizado adquiridos a
partir de maio de 2004, para utilização na produção de bens destinados à venda, ou na
prestação de serviços (Ver IN SRF nº 457, de 2004);
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2. os serviços prestados por pessoa jurídica domiciliada no País, aplicados
ou consumidos na produção ou fabricação do produto;
b. utilizados na prestação de serviços:
1. os bens aplicados ou consumidos na prestação de serviços, desde que
não estejam incluídos no ativo imobilizado; e
2. os serviços prestados por pessoa jurídica domiciliada no País, aplicados
ou consumidos na prestação do serviço.
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A pessoa jurídica que aufira receitas decorrentes de operações de exportação de
mercadorias para o exterior, prestação de serviços à pessoa física ou jurídica domiciliada no
exterior, com pagamento em moeda conversível, e vendas a empresa comercial exportadora,
poderá calcular os créditos previstos nos itens Desconto de créditos e Créditos referentes a
estoque de abertura em relação a custos, despesas e encargos vinculados a essas receitas.
Somente gera direito aos créditos os custos, despesas e encargos vinculados às receitas de
exportação de produtos ou de prestação de serviços, que estariam sujeitas à incidência não-
cumulativa, caso as vendas fossem destinadas ao mercado interno.
A pessoa jurídica vendedora poderá utilizar os créditos decorrentes de exportação para
fins de:
a. dedução do valor da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins a recolher,
decorrente das demais operações no mercado interno;
b. compensação com débitos próprios, vencidos ou vincendos, relativos a tributos
e contribuições administrados pela Secretaria da Receita Federal, observada a
legislação específica aplicável à matéria.
A pessoa jurídica que, até o final de cada trimestre do ano civil, não conseguir utilizar
os créditos por qualquer das formas previstas acima poderá solicitar o seu ressarcimento em
dinheiro, observada a legislação específica aplicável à matéria.
A compensação e o ressarcimento estão limitados aos créditos decorrentes de custos,
despesas e encargos vinculados à receita de exportação devendo ser feito o rateio proporcional
ou apropriação direta, conforme o caso, em relação aos custos, despesas e encargos comuns a
receitas de exportação e de venda no mercado interno.
O direito de utilizar os créditos não beneficia a empresa comercial exportadora que
tenha adquirido mercadorias com o fim específico de exportação, ficando vedada, nesta
hipótese, a apuração de créditos vinculados à receita de exportação.
Crédito presumido na atividade agropecuária
O art. 8º da Lei nº 10.925, de 2004, trata de hipótese de dedução de crédito presumido
sobre a aquisição de insumos utilizados por pessoas jurídicas agroindustriais, inclusive
cooperativas, que produzam as mercadorias de origem animal ou vegetal relacionadas em seu
caput e destinadas à alimentação humana ou animal.
O art. 15 da Lei nº 10.925, de 2004, trata de hipótese de dedução de crédito presumido
sobre a aquisição de insumos utilizados por pessoas jurídicas, inclusive cooperativas, que
produzam vinhos de uvas frescas.
[Lei nº 10.925, de 2004, arts. 8º e 15; Lei nº 11.051, de 2004, art. 9º]
Credito presumido na subcontratação de serviço de transporte de cargas
A empresa de serviço de transporte rodoviário de carga que subcontratar serviço de
transporte de carga prestado por pessoa física, transportador autônomo, poderá descontar, da
Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins devida em cada período de apuração, crédito
presumido de 5,7% e 1,2375% calculados sobre o valor dos pagamentos efetuados por esses
serviços.
Crédito Presumido para ressarcimento de selos de controle
A pessoa jurídica industrial ou importadora de produtos sujeitos ao selo de controle de
que trata o art. 46 da Lei nº 4.505, de 1964, poderá deduzir da Contribuição para o PIS/Pasep
e da Cofins, devidas em cada período de apuração, crédito presumido correspondente ao
ressarcimento de custos relativos ao fornecimento do selo. [Lei nº 11.196, de 2005, art. 60]
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Limitações ao desconto de créditos
O direito ao crédito aplica-se, exclusivamente, em relação:
a. aos bens e serviços adquiridos de pessoa jurídica domiciliada no País;
b. aos custos e despesas incorridos, pagos ou creditados a pessoa jurídica
domiciliada no País;
c. aos encargos de depreciação e amortização de bens adquiridos de pessoa
jurídica domiciliada no País.
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percentual entre os custos vinculados à receita sujeita à incidência não-cumulativa e os
custos totais incorridos no mês, apurados por meio de sistema de contabilidade de
custos integrada e coordenada com a escrituração; ou
b. rateio proporcional, aplicando-se ao valor dos bens utilizados como insumos,
aos custos, às despesas e aos encargos comuns, adquiridos no mês, a relação
percentual existente entre a receita bruta sujeita à incidência não-cumulativa e a
receita bruta total, auferidas no mês.
Os créditos só podem ser utilizados para desconto dos valores da Contribuição para o
PIS/Pasep e da Cofins apurados sobre as receitas sujeitas à incidência não-cumulativa. Ou
seja: contribuinte que tem parte das receitas sujeitas à incidência não-cumulativa e parte
sujeita à incidência cumulativa, não pode utilizar o crédito para diminuir o valor da
Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins calculados sobre as receitas sujeitas à
incidência cumulativa.
Os créditos não ensejam compensação ou restituição, salvo expressa disposição legal,
como no caso dos créditos apurados em relação a custos, despesas e encargos vinculados à
receita de exportação (ver créditos na exportação).
O aproveitamento de créditos não ensejará atualização monetária ou incidência de
juros sobre os respectivos valores.
Observações:
a. O crédito não aproveitado em determinado mês pode ser utilizado nos meses
subseqüentes.
b. O valor dos créditos apurados não constitui receita bruta da pessoa jurídica,
servindo somente para dedução do valor devido da contribuição.
c. As vendas efetuadas com suspensão, isenção, alíquota zero ou não-incidência
da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins não impedem a manutenção, pelo
vendedor, dos créditos vinculados a essas operações. O saldo credor acumulado ao
final de cada trimestre do ano-calendário em virtude dessa hipótese poderá ser objeto
de compensação com débitos próprios ou ressarcimento, conforme disposto na Lei nº
11.116, de 2005
Apuração e Pagamento
A apuração e o pagamento da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins serão
efetuados mensalmente, de forma centralizada, pelo estabelecimento matriz da pessoa
jurídica.
O pagamento deverá ser efetuado até o último dia útil do 2º (segundo) decêndio
subseqüente ao mês de ocorrência dos fatos geradores.
O pagamento da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins, no regime de incidência
não-cumulativa, será efetuado sob os códigos de receita 6912 e 5856.
CÁLCULO DO CRÉDITO
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O crédito será determinado mediante a aplicação da alíquota de 1,65% sobre o valor
da soma dos itens que dão direitos ao crédito no mês de apuração, como no exemplo
abaixo:
Exemplo:
Descrição Valor R$
1. bens adquiridos para revenda 500.000,00
2. bens e serviços utilizados 325.000,00
3. aluguéis de prédios, máquinas e equipamentos 59.000,00
4. despesas financeiras 180.500,00
5. encargos de depreciação - máquinas e equipamentos 37.950,00
6. amortizações de benfeitorias 9.400,00
7. devoluções 125.620,00
SOMA 1 A 7 1.237.470,00
Crédito do PIS 1,65% x SOMA 20.418,26
VEDAÇÕES DE CRÉDITO
Também por força da nova redação do artigo 3 da Lei 10.637/2002, dada pelo art. 37 da
Lei 10.865/2004, estarão vedados os créditos decorrentes de aquisição dos produtos:
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d) pagamento de que trata o art. 2o da Lei no 10.485/2002 (vendas de veículos
diretamente a consumidor), devido pelo fabricante ou importador, ao concessionário, pela
intermediação ou entrega dos veículos classificados nas posições 87.03 e 87.04 da TIPI.
DEPRECIAÇÃO E AMORTIZAÇÃO
Fica vedada a utilização de créditos, conforme, §3º, do art. 1º, da IN SRF 457/2004:
A contribuição para o PIS não incidirá sobre as receitas decorrentes das operações de:
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COFINS NÃO CUMULATIVOS
Com a Lei 10.833/2003, para as empresas optantes pelo lucro real, a partir de
01.02.2004, com exceções específicas, acaba a cumulatividade da COFINS sobre a receita
bruta. As disposições da Lei foram normatizadas pela IN SRF 404/2004.
ALÍQUOTAS
CÁLCULO DO CRÉDITO
O crédito proporcional será determinado, a critério da pessoa jurídica, pelo método de:
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O critério de alocação deverá ser o mesmo para todo o ano-calendário.
Exemplo:
Receitas Valores em Reais Cofins Não Cumulativa Pis não-cumulativo
(7,6%) (1,65%)
Receitas de vendas de
mercadorias (com
devidas deduções) R$ 1.100.000,00 R$ 83.600,00 R$ 18.1850,00
Saídas Isentas R$ 275.000,00 0,00 0,00
Total R$ 1.375.000,00 R$ 83.600,00 R$ 18.180,00
Proporcionando a receita:
Apuração do Crédito:
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Exercícios:
1. Assinale V ou F.
( ) O PIS e a COFINS são tributos de competência do Governo Federal.
( ) Existe hoje duas modalidades de apuração do PIS a da COFINS que são as formas Cumulativas e Não-
Cumulativas.
( ) Basicamente estão sujeitas ao regime não-cumulativo as pessoas jurídicas de direito privado e as que lhe
são equiparadas pela legislação do Imposto de renda, tributadas com base no Lucro Real, com algumas exceções.
( ) A alíquota do PIS e COFINS Não-Cumulativas são de 0,65% e 7,6% respectivamente.
( ) As receitas decorrentes de venda para exportação forma base de cálculo para apuração do PIS e da COFINS
conforme lei n.º 10.637/2002 e 10.833/2003.
( ) a empresa que faz apuração do imposto Não-cumulativo poderá fazer uso dos créditos decorrentes de: Bens
adquiridos para revenda, exceto em relação as mercadorias e aos produtos adquiridos com substituição tributária
ou submetidos á incidência monofásica do imposto; de bens recebidos em devolução, cuja receita de venda tenha
integrado faturamento anterior; a despesa de energia consumida pelo estabelecimento, apenas.
2. Dos créditos admissíveis para apuração do PIS e da COFINS Não-Cumulativos, podemos destacar, exceto:
a) bens adquiridos para revenda;
b) consumo de energia elétrica pela pessoa jurídica;
c) dos bens recebidos em devolução, cuja receita de venda tenha integrado faturamento anterior;
d) alugueis de prédios, máquinas e equipamentos pagos a pessoa jurídica, utilizados nas atividades da empresa;
e) Mão-de-obra paga a pessoa física.
5. Fazendo uso das informações abaixo, de uma empresa revendedora de combustíveis, apure e contabilize os
valores relativos a Pis e Cofins, tanto Cumulativos como não Cumulativos.
RECEITAS: COMPRAS
receita de Bruta venda de mercadorias: 200.000,00 Combustíveis: 1.700.000,00
Revenda de combustíveis: 2.000.000,00 Mercadorias: 120.000,00
Venda de bens do ativo imobilizado: 15.000,00 Aquisição de bens para Imobilizado: 35.000,00
receitas de alugueis: 10.000,00
ganhos na operação de câmbio: 5.000,00 OUTRAS
Descontos sobre a venda de mercadorias: 2.000,00
DESPESAS:
Energia elétrica: 15.000,00
Telefones: 3.000,00
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