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A PRESSÃO DO PECADO
Quantos de noé s teê m alguma experieê ncia níétida de vencer o pecado? Quem
entre noé s conhece como a lei do Espíérito de vida em Cristo Jesus nos liberta da lei
do pecado e da morte? Quem tem explicitamente tratado com o pecado e o
vencido? Por que taã o poucos de noé s, cristaã os, somos libertados da escravidaã o do
pecado? Pode ser talvez devido aà nossa incapacidade de usar este princíépio: saber
como usar a pressaã o do pecado sobre noé s; pelo contraé rio, desmaiamos sob sua
pressaã o. Falhamos por naã o usar essa pressaã o para clamar a Deus e buscar Seu
livramento. Quaã o frequü entemente devemos ser pressionados pelo pecado ateé esse
ponto — pressionados aleé m da nossa medida, de tal forma a naã o podermos ajudar
ou a salvar a noé s mesmos — antes que se torne real termos o poder para ir a Deus
e receber a vitoé ria de Cristo. Entaã o, seremos libertados. Suponhamos, por exemplo,
que um crente, involuntariamente, conte mentiras com frequü eê ncia. Um pequeno
descuido e uma mentira escaparaé da sua boca. Ele naã o poderaé vencer esse pecado
se naã o tiver a conscieê ncia da impiedade das mentiras e da dor do mentir, tampouco
sentiraé profundamente que estaé sob a opressaã o das mentiras e que naã o tem força
alguma para lutar contra elas. Somente quando desejar naã o cometer esse pecado eé
que ele reconheceraé quanto estaé sob sua pressaã o. Lutar contra o pecado soé
aumenta cada vez mais nesse cristaã o a conscieê ncia da opressaã o do pecado. Ele
ainda naã o pode falar sem mentir e vai-se tornando cada vez mais e mais miseraé vel.
Quando e como pode ele encontrar livramento desse pecado? Naã o antes de
confessar, um dia, que, naã o importa quanto tente, ele simplesmente naã o pode
vencer esse pecado e sente que seria melhor se estivesse morto. Estaé taã o
consciente da pressaã o desse pecado que naã o pode mais suportaé -lo. A pressaã o no
momento eé grande o suficiente e, por isso, o poder de venceê -la torna-se
suficientemente grande tambeé m. Dessa vez, ele parece ter maior poder pelo qual
pode ir a Deus e clamar pelo livramento, como tambeé m muito maior capacidade
para receber a obra de Cristo. Em seguida, diraé a Deus: "O Deus, naã o posso viver se
Tu naã o me capacitares a vencer meu pecado por meio da obra consumada do
Senhor Jesus". Quando se apega a Deus dessa forma, ele vence. Voceê veê como a
pressaã o do pecado lhe daé poder para ir a Deus em busca do livramento?
Usemos outra ilustraçaã o. Um crente eé incomodado por pensamentos
impuros. Ele naã o tem como refrear esses pensamentos impuros. Ele sabe que isso
naã o eé certo, mas naã o consegue resistir nem tem poder para orar a Deus. Ele poderaé
tentar resistir e ateé mesmo tentar orar, mas parece que estaé tentando sem muita
dedicaçaã o. Naã o existe poder. Por queê ? Porque ele ainda naã o sentiu a pressaã o do
pecado e, por isso, naã o tem o poder do livramento. Mas se ficar perturbado por
esses pensamentos, naã o apenas uma ou duas, mas uma centena de vezes, e for
vencido todo o tempo a despeito dos seus esforços, entaã o sofreraé a dor da confissaã o
e das derrotas a ponto de naã o poder mais suportar a pressaã o, nem mesmo por mais
cinco minutos. E eé nesse momento que ele recebe a feé como tambeé m o poder para
vencer seu pecado. Nos dias comuns, ele naã o tem nem feé nem poder. Mas quando
experimenta o calor da pressaã o, sua feé parece acumular poder. Normalmente, sua
resisteê ncia no passado era pequena, mas agora, depois de a pressaã o ter aumentado
tanto, sua resisteê ncia torna-se mais poderosa.
Lembremos, portanto, que a pressaã o visa a produzir poder. Utilizemos a
pressaã o, em nosso viver diaé rio, para transformaé -la em poder a fim de progredir
espiritualmente. Tenha em mente tambeé m que um crente poderoso naã o possui
qualquer medida extra de poder aleé m do que noé s mesmos possuíémos; ele
simplesmente sabe como utilizar a pressaã o sobre ele e estaé determinado a fazeê -lo.
A PRESSÃO DA NECESSIDADE
Um irmaã o perguntou-me por que sua oraçaã o naã o tinha resposta. Respondi-
lhe que era por naã o haver pressaã o. Quando perguntou por que a pressaã o era
necessaé ria, eu lhe disse que ela eé necessaé ria para que a oraçaã o tenha resposta. Na
verdade, eu sempre faço esta pergunta aos irmaã os: "Deus ouve sua oraçaã o?"
A resposta que geralmente recebo eé esta: depois de orar treê s ou cinco vezes,
o assunto eé esquecido. Por que eé esquecido? Porque esses que esquecem naã o
sentem a pressaã o sobre si. Naã o eé estranho que frequü entemente seja esse o caso? Se
voceê esqueceu um assunto de oraçaã o, como pode culpar a Deus por naã o se
lembrar? Naturalmente, Deus naã o lhe responderaé se voceê meramente pronunciar
algumas palavras de oraçaã o casualmente. Muitos oram como se estivessem
escrevendo uma redaçaã o. Seria melhor que naã o orassem. A oraçaã o de muitos
transgride o primeiro princíépio da oraçaã o, que naã o eé feé nem promessa, mas
necessidade. Sem necessidade naã o haé oraçaã o. Naã o eé de se maravilhar que as
pessoas naã o recebam resposta para suas oraçoã es. Para que Deus responda a oraçaã o
de um crente, Ele lhe daraé primeiro uma necessidade, daraé ao crente alguma
pressaã o a fim de que este sinta a necessidade. Entaã o, o crente se volta a Deus
pedindo uma resposta. John Knox era poderoso na oraçaã o. A rainha Mary, da
Inglaterra, disse certa vez: "Naã o tenho medo do exeé rcito de toda a Escoé cia; soé temo
a oraçaã o de John Knox". Como John Knox orava? Ele dizia: "O Deus, daé -me a Escoé cia
ou eu morro!" Por que ele orava dessa forma? Porque a pressaã o dentro dele era
muito grande. Era aleé m da sua capacidade; por isso, ele a derramava diante de
Deus. A pressaã o dentro de John Knox o levava a fazer tal oraçaã o.
Voceê pode naã o compreender por que Moiseé s, em sua eé poca, orou desta
forma: "Agora, pois, perdoa o seu pecado, senaã o, risca-me, peço-Te, do Teu livro que
tens escrito" (EÊ x 32.32). A razaã o era que Moiseé s estava consciente de uma
necessidade e estava taã o oprimido por essa necessidade que preferia perecer se
Deus naã o salvasse os filhos de Israel. Por isso, Deus o ouviu.
O coraçaã o de Paulo era o mesmo: "Eu mesmo poderia desejar ser separado
de Cristo, por amor de meus irmaã os, que saã o meus parentes segundo a carne" (Rm
9.3). Ele preferiria naã o ser salvo se os filhos de Israel naã o fossem salvos tambeé m.
Tal palavra naã o eé mera adoraçaã o da boca para fora tampouco uma mera explosaã o
emocional. Ela adveé m de um profundo sentimento causado pela pressaã o da
necessidade. Algueé m pode imitar as palavras da oraçaã o de outro, mas a oraçaã o seraé
ineficaz e sem utilidade porque naã o haé pressaã o. Quem iraé orar dizendo que, se Deus
naã o lhe responder, ele naã o se levantaraé ? Se algueé m tem realmente esse sentimento
e essa palavra dentro de si, sua oraçaã o seraé ouvida. Voceê tambeé m pode orar com
essas palavras, mas o essencial eé voceê sentir a pressaã o dentro de voceê . Em Tsinan,
havia um irmaã o no Senhor muito bom. Ele tinha um irmaã o na carne que era
tambeé m seu colega de escola. Por causa de sua feé , ele era frequü entemente
ridicularizado e hostilizado por seu irmaã o. No ano passado, eu preguei naquela
escola e tive oportunidade de conversar com seu irmaã o de carne e sangue, o qual,
naã o obstante, permaneceu indiferente. Ora, esse bom irmaã o costumava
testemunhar na escola e assumir a liderança entre os irmaã os de laé . Mas, por algum
tempo, ele parou de testemunhar e seu rosto ficou triste. Por isso, os outros irmaã os
me informaram de sua condiçaã o. Na verdade, temiam que ele tivesse apostatado.
Fui solicitado a ajudaé -lo.
Laé , entaã o, eu me encontrei com ele poucas vezes; todavia, em cada ocasiaã o
ele saiu apoé s somente umas poucas palavras serem trocadas. Ele me evitava, e eu
fiquei realmente confuso. Outro irmaã o me relatou que esse jovem irmaã o lhe havia
dito a razaã o por que deixara de testemunhar: enquanto seu irmaã o na carne naã o
fosse salvo, ele naã o testemunharia pelo Senhor. Na noite da ué ltima reuniaã o que
houve enquanto eu estava laé , falei com ele novamente. Eu lhe perguntei, aà queima-
roupa, por que ele estava agindo daquela maneira nos ué ltimos tempos. Ele
respondeu que, se Deus naã o salvasse seu irmaã o, ele naã o testemunharia mais. Eu
sabia quaã o honesto ele era e que estava realmente preocupado com o irmaã o. Sabia
tambeé m que ele devia ter um encargo especial no coraçaã o pelo irmaã o e estava sob
tremenda pressaã o.
Soé poderia haver duas explicaçoã es: ou isso era o inimigo que o enganava e
fazia com que desfalecesse e naã o trabalhasse pelo Senhor ou, entaã o, Deus ia
realmente salvar seu irmaã o. Se Deus lhe deu tal pressaã o e o levou a orar com essa
intensidade, entaã o, seu irmaã o seria salvo. A pressaã o sobre ele era taã o grande, aleé m
da sua capacidade, por isso ele teve essa reaçaã o taã o peculiar.
Depois de voltar para casa, recebi, de um irmaã o daquela escola, uma carta
trazendo as boas novas de que o irmaã o desse jovem fora finalmente salvo. Naã o
muito depois de eu ter deixado a escola, o irmaã o desse jovem ficou muito doente e,
durante a doença, aceitou o Senhor e sua doença foi curada!
A experieê ncia desse jovem mostra-nos um princíépio: antes de Deus
responder aà s oraçoã es, Ele frequü entemente coloca grande pressaã o sobre noé s para
nos levar a orar. Anteriormente naã o tíénhamos poder na oraçaã o, mas agora, com tal
pressaã o, somos capazes de orar. Quanto maior for a pressaã o de Deus, mais
poderosa se torna nossa oraçaã o. Aprendamos esta liçaã o: a pressaã o produz poder. O
propoé sito da pressaã o naã o eé esmagar-nos, mas ser utilizada por noé s para
transformaé -la em poder.
Podemos, assim, entender por que algumas oraçoã es saã o respondidas e
outras naã o. Por que Deus frequü entemente ouve oraçoã es por coisas grandes,
enquanto naã o ouve oraçoã es por coisas pequenas? Por que Deus ouve nossas
oraçoã es pelos nossos queridos, amigos ou cooperadores quando estaã o
perigosamente doentes, mas naã o ouve imediatamente nossas oraçoã es quando
temos dor de cabeça, resfriado ou alguns arranhoã es?
Jaé disse e vou repetir: qualquer oraçaã o que naã o nos move naã o pode mover a
Deus. Isso estaé relacionado ao poder, e o poder eé determinado pela pressaã o.
Por que Deus permite que muitas dificuldades, becos sem saíéda e fatos
inevitaé veis cheguem a noé s? Por nenhuma outra razaã o a naã o ser chamar-nos a
utilizar tal pressaã o e nos tornarmos poderosos na oraçaã o. Nosso fracasso estaé em
naã o sabermos como fazer uso da pressaã o para transformaé -la em poder.
Devemos saber que todas as pressoã es teê m um propoé sito. Entretanto, naã o
devemos esperar ateé que a pressaã o se torne excessivamente insuportaé vel antes de
orar. Devemos aprender a orar sem pressaã o como tambeé m com pressaã o. Se haé
pressaã o, utilizemos cada uma transformando-a em poder. Fazendo assim,
reconheceremos que sempre que a pressaã o surgir Deus vai manifestar o poder de
ressuscitar os mortos. Naã o existe poder maior do que o poder da ressurreiçaã o. E
quando estivermos oprimidos aleé m da esperança, experimentaremos o poder da
Sua ressurreiçaã o fluindo de dentro de noé s. Quantas vezes em sua vida suas oraçoã es
foram respondidas? Sem dué vida, voceê deve ter tido suas oraçoã es respondidas pelo
menos algumas vezes. Por que essas poucas oraçoã es foram respondidas? Naã o foi
porque voceê sentiu a pressaã o e, por ser taã o grande, voceê derramou seu coraçaã o
diante de Deus? Talvez voceê nunca tivesse jejuado antes, mas, naquele dia
particular, voceê nada poê de fazer a naã o ser jejuar. Voceê sentiu que estava sendo
pressionado a ir diante de Deus e naã o mais considerava a oraçaã o uma carga; bem
ao contraé rio, a oraçaã o para voceê se tornou, naquele dia, um meio para descarregar
um encargo.
A PRESSÃO DA OBRA
Grande parte da obra de Deus deve passar pela pressaã o antes que possa
haver bons resultados. (Os que servem a Deus devem prestar bastante atençaã o
nesse ponto.) Infelizmente, poucos obreiros teê m essa experieê ncia ou parecem
dispostos a experimentaé -la. O que eé fiel, entretanto, naã o soé tem tal experieê ncia
como ainda a teraé bem mais. Se voceê nunca experimentou isso, haé de experimentar
no futuro. Deus vai fazer com que o trabalho que voceê estaé fazendo passe pela
morte. Isso naã o ocorre porque Deus tenha prazer na morte; pelo contraé rio, Ele leva
a obra aà morte a fim de alcançar a ressurreiçaã o.
No iníécio de sua obra, muitos obreiros de Deus notam que inué meras pessoas
estaã o sendo salvas por meio de seus esforços, e sua obra parece estar prosperando
e sendo abençoada. Estranhamente, poreé m, tal situaçaã o naã o dura muito tempo.
Apoé s algum tempo, a obra começa a fracassar. Os que antes foram salvos naã o
estaã o fazendo nenhum progresso hoje. Mais tarde, naã o apenas a obra parece ter
parado, mas os proé prios obreiros sentem-se frios e mortos. Quando se descobrem
nessa situaçaã o difíécil, com certeza desejam fazer algo, mas naã o podem porque
parecem ter perdido o poder. Ficam realmente intrigados. Podem ateé começar a
imaginar que cometeram algum pecado grave.
A essa altura, estaã o realmente temerosos e naã o sabem o que fazer. Podem
entender que naã o haé mais qualquer esperança, pois parece que Deus naã o quer
abençoar nenhum aspecto da sua obra.
Mas eé precisamente nesse momento que a luz viraé de Deus para sondar o
coraçaã o deles e, entaã o, saberaã o se desde o iníécio estiveram trabalhando para Deus
ou para eles mesmos, se estiveram competindo com as pessoas ou servindo com
sinceridade para a gloé ria de Deus. Eles descobriraã o para quem estiveram realmente
trabalhando. Pois quando a obra estaé prosperando e tendo sucesso, os crentes
tendem a sentir que tudo quanto estiveram fazendo foi para Deus. Somente quando
a obra de algueé m estaé sob pressaã o eé que ele poderaé discernir se sua obra tem sido
para Deus ou se ele se tem misturado com a obra.
Voceê , que tem tido experieê ncia como a aqui descrita, sabe quaã o dolorosa ela
eé . Durante esse tempo, voceê se sente sobrecarregado e morto e estaé sendo
pressionado a tal ponto que naã o pode fazer outra coisa a naã o ser perguntar a Deus:
"O Deus, por que isso eé assim? Por que ningueé m estaé sendo salvo? Por que os
crentes estaã o taã o mortos?" Voceê tambeé m eé pressionado a perguntar a Deus: "Que
devo fazer? Onde devo ir daqui em diante?" Voceê percebeu que seu antigo poder
naã o eé suficiente para enfrentar a presente situaçaã o e sua experieê ncia passada eé
inadequada para suprir a exigeê ncia atual. Talvez, neste momento, Deus lhe mostre
que, quando a obra estava prosperando, voceê nutriu o pensamento de auto-
satisfaçaã o, abrigou o orgulho espiritual, foi zeloso por sua proé pria gloé ria, ansiando
exceder outras pessoas na obra. Resumindo, voceê descobre que muitas coisas naã o
foram feitas para Deus, mas para os homens e, consequü entemente, sua obra
necessitava passar pela morte. Agora voceê reconhece quaã o ué til foi sua obra ter
sofrido essa pressaã o.
O proé prio Moiseé s precisou aprender o que significava a circuncisaã o antes de
poder trabalhar para Deus. Em certa ocasiaã o, Deus quis mataé -lo, porque ele naã o era
ainda "um esposo sanguinaé rio", visto ter falhado em circuncidar seu filho nascido
de sua esposa Zíépora, a qual, aparentemente, se havia oposto aà praé tica sanguinaé ria
(a qual, no entanto, agora, o fez, quando viu a vida do marido em perigo) (EÊ x 4.24-
26). Deus naã o ia permitir que a carne se misturasse com Sua obra, para a qual Ele
estava chamando Moiseé s.
Deus vai permitir que voceê seja pressionado ateé o ponto em que naã o lhe
importaraé se a obra morrer, que ningueé m seja salvo e todos os irmaã os sejam
espalhados. Isso porque a obra — na verdade, tudo — pertence a Deus e naã o mais a
voceê . Naquele momento, voceê diraé a Deus que, desde que Ele glorifique Seu proé prio
nome, para voceê naã o faz diferença se Ele destruir a obra e tudo o mais tambeé m.
Assim voceê passa pela morte, que eé o princíépio de primordial importaê ncia nos
tratos de Deus com Seus obreiros. E, daíé em diante. Deus colocaraé o encargo da
obra novamente sobre voceê . Como isso eé diferente do que era antes! Antes a obra
era sua e voceê a realizava por interesses proé prios. Mas agora eé de Deus, e naã o
importa se os seus interesses estaã o sendo servidos ou naã o. A obra pertence a Deus.
Ele deve ter tudo. Naã o eé mais voceê .
De modo que, nessa nova situaçaã o, voceê pede a Deus para lhe dar poder a
fim de que possa realizar Sua obra sob tais circunstaê ncias trevosas e secas. Voceê
reconhece ter estado sob pressaã o por algum tempo e, por isso, pede a Deus para
reavivar Sua obra. Dentro de pouco tempo, haveraé novas mudanças! A situaçaã o
proé spera retornaraé e voceê veraé , claramente, que isso naã o eé algo feito por voceê , mas
somente pelo proé prio Deus por intermeé dio de voceê . O resultado eé que a pressaã o
que voceê suportou lhe deu novo poder para trabalhar. Antes era voceê quem
trabalhava, mas agora eé Deus trabalhando, pois Ele levou Sua obra aà ressurreiçaã o
atraveé s da morte. Daíé em diante, ningueé m pode impedir a obra Dele.
Quaã o lamentaé vel que muitos dos obreiros de Deus recusem colocar-se em
Suas maã os. Entendamos que, se algueé m eé fiel e obediente, ele naã o seraé poupado de
pressaã o excessivamente grande e naã o teraé sequer um dia confortaé vel. Certa vez,
algueé m perguntou a um irmaã o no Senhor como ele passava seus dias em Xangai —
quaã o confortaé veis eram e se ele tinha provaçoã es. O irmaã o, sorrindo, respondeu:
"Existe algueé m verdadeiramente usado pelo Senhor que naã o tenha provaçoã es e que
possa passar todos os seus dias confortavelmente?"
Nosso poder naã o pode exceder a pressaã o que recebemos. Quanto maior for a
pressaã o que Deus mede para noé s, maior o poder que cresceraé dentro de noé s. Deus
trabalha por meio do processo de morte. Sem passar pela morte, ningueé m pode
fazer nada. O que eu mais temo eé que muitos naã o utilizem a pressaã o que lhes eé
dada. Ela seraé mais como o vapor numa loja de aé gua quente, que eé desperdiçado,
em vez de o utilizado para mover um veíéculo. Nos ué ltimos dois anos, tenho sentido
profundamente que a pressaã o eé o auxíélio para o poder. Se voceê tiver tal experieê ncia,
concordaraé que todo o seu poder soé pode vir da pressaã o; que o poder que voceê tem
em seu contato com as pessoas procede da pressaã o. Um dia, quando estivermos
diante de Deus, reconheceremos plenamente a pressaã o que o Senhor Jesus Cristo
sofreu em Seus dias na terra, que pressaã o os apoé stolos suportaram em seus dias e
que pressaã o todos os que foram grandemente usados por Deus suportaram.
A PRESSÃO DO INIMIGO
Hoje em dia muitos crentes desconhecem a pressaã o sataê nica (Apesar de
toda a eê nfase dada hoje em dia aà batalha espiritual, muito do que eé dito naã o tem
base nas verdades fundamentais do evangelho; por isso, essa afirmaçaã o continua
atual). Todavia, o inimigo pode trazer muitos males ao ambiente onde estamos
como tambeé m aà nossa vida. Os cristaã os geralmente naã o entendem por que existem
tantos pensamentos desconcertantes em sua mente e tantas perturbaçoã es ao seu
redor. Na verdade, algumas delas saã o permitidas por Deus, enquanto outras saã o as
obras de opressaã o do inimigo (O autor naã o ignora que tudo o que nos acontece eé
permitido por Deus. Aqui, ele faz diferença entre o que nos eé diretamente dado
pelas maã os de Deus daquilo que, com Sua permissaã o, tem origem em Satanaé s).