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Custos e Benefícios da

Irrigação de Pastagens

Fernando Campos Mendonça


ESALQ/USP - Piracicaba - SP
Fazenda leiteira - Distribuição de custos

ITEM % DO CUSTO TOTAL

Alimentação 48,5
Mão de Obra Contratada 21,4
Juros Totais 7,1
Depreciação de Maquinários 4,2
Medicamentos Vacinas 3,4
Taxas Impostos 3,1
Depreciação de Instalação 2,4
Reparo de Maquinas 2,7
Inseminação Artificial 2,0
Reparo de Benfeitorias 1,9
TOTAL 100,0
PRODUÇÃO DE LEITE é atividade COMPLEXA:
MANIPULAÇÃO de vários FATORES PRODUTIVOS
Vacas lactação Estrutura do rebanho Clima ÁREA
qualidade número de vacas temperatura topografia
reprodução número de novilhas chuva fertilidade
nutrição % vacas em lactação geada Drenagem
conforto outras categorias Pastagem
Culturas Forrageiras
Máquinas
custo da mão de obra Manejo
qualidade mão de obra
operação Resultado melhoramento
uso sanidade
da descarte
reposição
manutenção atividade controle
necessidade identificar problemas
solucionar problemas

época
qualidade do leite conhecimento técnico
venda de animais funcionalidade energia participação
localização adequação impostos comprometimento
compra de insumos necessidade transporte conhecimento
compra de alimentos dimensionamento etc capacidade gerencial
Mercado Instalações Outros Homem
“PASTAGEM”
“PASTAGEM” NO NORDESTE

“PASTAGEM” NO SUL
“PASTAGEM”
“PASTAGEM”
Até que enfim! PASTAGEM!
SÓ PASTO

OU

PASTO + COMPLEMENTAÇÃO?
Suplementação de vacas leiteiras com alimento concentrado,
de acordo c/ a produção de leite/vaca/dia
Produção Exigências diárias Concentrado Relação Composição Volumoso
de das vacas a ser Conc: do na MS
leite (kg) fornecido Leite concentrado da dieta
(kg/v/dia) MS PB NDT (kg/v/dia) % PB % NDT %
10 10 1,20 6,71 0 0:0 - - 100

15 12 1,62 8,21 2,3 1:6,5 18,2 65,6 83

20 14 2,04 9,72 4,5 1:4,4 18,6 67,0 71

25 16 2,46 11,22 6,8 1:3,7 18.5 66,1 62

30 18 2,88 12,73 9,0 1:3,3 18,6 66,6 55

35 20 3,30 14,23 11,3 1;3,1 18,5 66,6 50

40 22 3.72 15,74 13,6 1:2,9 18,5 66,4 45

Considerando vaca com peso vivo médio de 550 kg.


MS = matéria seca, PB = proteína bruta, NDT = nutrientes digestíveis totais
ESCOLHA
DA
ESPÉCIE FORRAGEIRA
Como Escolher
• Situação financeira do produtor rural
• Tranquilo ? Apertado? Quebrado?
• Decisão depende de cada propriedade
• Clima da região
• Frio ou quente?
• Estacionalidade? (Temp < 15oC)
• Geada?
• Conhecimento sobre manejo de pastagens
• Panicum (Mombaça, Tobiatã, Tanzânia)
• Pennisetum (Napier, Cameroon)
• Cynodon (Tifton 85, Jiggs, Florakirk)
Panicum maximum – Mombaça, Tanzânia, Tobiatã
Pennisetum purpureum – Napier, Cameroon etc.
Cynodon spp. - Tifton 85, Jiggs, Estrela etc.
IRRIGAÇÃO DE PASTAGENS
O QUE É IRRIGAÇÃO ?

• Molhar o solo e as plantas?


• Aplicação de água para compensar a seca?

IRRIGAÇÃO = aplicação de ÁGUA


QUANTIDADE certa
MOMENTO adequado
Pensando um pouco...
PRODUÇÃO EXTENSIVA PRODUÇÃO INTENSIVA
Grandes áreas Áreas menores
Baixa lotação ( 0,5 - 1 UA/ha) Alta lotação (7 - 25 UA/ha)
Baixa produtividade Alta produtividade
Predatória Sustentável
Degradação de solo Conservação do solo
Pastagens “doentes” Pastagens “sadias”
Baixa sustentabilidade Alta sustentabilidade

POR QUE NÃO ESTAMOS TODOS NA PRODUÇÃO INTENSIVA?

QUEM SABE FAZER ISTO?


COMPENSA IRRIGAR PASTAGEM?

• ELIMINA ESTACIONALIDADE DE PRODUÇÃO DE FORRAGEM?

NÃO...

• ENTÃO PRA QUE IRRIGAR?

IRRIGAÇÃO viabiliza técnicas que MINIMIZAM ou


ANULAM a ESTACIONALIDADE das forragens tropicais
Temperatura mínima para crescimento das forragens tropicais

CHUVA (mm) SÃO CARLOS - SP TEMP (ºC)


400 25.0
350
20.0
300
250 15.0
200
150 10.0
ESTACIONALIDADE
100 140 dias/ano
5.0
50
0 0.0
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Chuva Tmín Tméd
Temperatura mínima para crescimento das forragens tropicais

CHUVA (mm) JATAÍ - GO TEMP (ºC)


400 30
350
25
300
20
250
200 15
150
10
100 ESTACIONALIDADE
100 dias/ano
5
50
0 0
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Chuva Tmín Tméd
Temperatura mínima para crescimento das forragens tropicais

CHUVA (mm) ARAGUAÍNA - TO TEMP (ºC)


400 30.0
350
25.0
300
20.0
250
200 15.0
SEM ESTACIONALIDADE
150 POR TEMPERATURA
10.0
100
5.0
50
0 0.0
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Chuva Tmín Tméd
Bacabal-MA
Teresina PI
Ji- Paraná RO
Jarú RO
DIAS COM EVAPOTRANSPIRAÇÃO MAIOR QUE A CHUVA

CHUVA (mm)
SÃO CARLOS - SP
160
140
120
SECA 244 dias/ano
100 "Frio" 140 dias/ano
80 Irrigação 104 dias/ano
60
40
20
0
J1

J1

J1
1

1
F1

1
A1

A1

S1
M

D
Chuva Evapotranspiração
DIAS COM EVAPOTRANSPIRAÇÃO MAIOR QUE A CHUVA

CHUVA (mm)
JATAÍ - GO
160
140
120
SECA 210 dias/ano
100 "Frio" 100 dias/ano
80
Irrigação 110 dias/ano
60
40
20
0
J1

J1

J1
1

1
F1

1
A1

A1

S1
M

D
Chuva Evapotranspiração
DIAS COM EVAPOTRANSPIRAÇÃO MAIOR QUE A CHUVA

CHUVA (mm)
ARAGUAÍNA - TO
160
140
120 SECA 204 dias/ano
"Frio" 0 dias/ano
100
Irrigação 204 dias/ano
80
60
40
20
0
J1

J1

J1
1

1
F1

1
A1

A1

S1
M

D
Chuva Evapotranspiração
POR QUE IRRIGAR ?

•Reduzir a área de pasto:

Aumento da fertilidade do solo + manejo correto de pastagem


(pastejo rotacionado)

Áreas menores com maior lotação animal.

•Reduzir riscos:

Máxima qualidade e produção de forrageiras


Panicum, Pennisetum, Cynodon, etc.
PASTO IRRIGADO + PASTEJO ROTACIONADO

Panicum maximum cv. Mombaça


POR QUE IRRIGAR ?

• Aumento de Produtividade (Verão):

BRASIL
Bom manejo + aumento de fertilidade = 15UA/ha (Verão)

Pastejo de verão:
Sem irrigação → 180 dias/ano
Irrigado → 210 – 240 dias/ano
NE → 365 dias/ano
PASTEJO ROTACIONADO – Alta lotação

Enéas Marques-PR
PASTEJO ROTACIONADO EM FAIXAS

Fio de cerca elétrica móvel

Cynodon spp. cv. Tifton 85


POR QUE IRRIGAR ?

• Pastagem no Outono e Inverno:

SOBRESSEMEADURA
Aumento da lotação animal
Forrageira tropical + forrageiras de inverno
Aveia + Azevém
Irrigação prolonga o período de pastejo: 300 dias/ano
SOBRESSEMEADURA DE GRAMÍNEAS DE CLIMA TEMPERADO

Tifton 85 (verão) + Aveia + Azevém


(sobressemeadura – inverno)
Marquinho-PR
PORQUE IRRIGAR A PASTAGEM

AUMENTO DA LOTAÇÃO ANIMAL (UA/ha)


Período Úmido Período Seco
(Forrageiras tropicais)

São Carlos 10 – 15 4–6*


Dracena 18 – 22 5–8*
Rondônia 6–8 12 – 15
Piauí 15 – 25 15 – 25
* Sobressemeadura com forrageiras de inverno
PORQUE IRRIGAR A PASTAGEM

AUMENTO DA LOTAÇÃO ANIMAL (UA/ha)


Período Úmido Período Seco
(Forrageiras tropicais)

São Carlos 10 – 15 4–6*


Dracena 18 – 22 5–8*
Rondônia 6–8 12 – 15 ???
Piauí 15 – 25 15 – 25
* Sobressemeadura com forrageiras de inverno
E DAÍ? Se eu não ganhar mais...
• Pesquisas – Embrapa – São Carlos, SP
Sobressemeadura - Forrageiras de inverno
– Redução do uso de silagem, feno e concentrado
– 30% a 50% do rebanho no pasto no inverno

– LEITE: Custo de produção (Inverno) = - 17%

• Forrageiras tropicais (RASSINI, 2004)

– Param mais tarde (Junho)


– Voltam mais cedo (Agosto/Setembro)
Pastagem x Pastagem
Irrigada Sequeiro
Utilização plena
8 a 9 meses 6 a 7 meses

Capacidade de Suporte
Estável Oscilante

Estratégia no período seco/frio


Sobressemeadura Cocho
+
Cocho
SOBRESSEMEADURA EM CAPIM ELEFANTE
SOBRESSEMEADURA EM CAPIM MOMBAÇA

AZEVÉM

AVEIA
SOBRESSEMEADURA EM CAPIM TIFTON 85
POR QUE IRRIGAR ?

• Aumentar o lucro por área (R$/ha):

Lotação animal ↑  ↑ Produtividade (leite ou carne)

Dilui CAPITAL INVESTIDO:


Terra + equipamento + irrigação + infraestrutura etc.

Custo de produção de matéria seca ↓


QUANTO CUSTA A IRRIGAÇÃO?

QUANTO CUSTA A PASTAGEM IRRIGADA?


PASTAGENS IRRIGADAS - CUSTO DA MATÉRIA SECA

1. Adubação de base:
Cama de frango (adubo orgânico) → 12 t/ha
R$100,00/tonelada + R$20,00 de frete
(depende da localização para coletar)

Custo→ R$120,00/t x 12 t/ha = R$/ha 1.440,00


PASTAGENS IRRIGADAS - CUSTO DA MATÉRIA SECA
2. Adubação nitrogenada:
Verão
Lotação: 12 UA/ha (Verão) – Período: 240 dias
Ureia: 550 g/UA/dia x 12 UA/ha x 210 dias = 1,4 t/ha
(210 dias → cama de frango substitui 1ª aplicação de ureia)

Inverno
Lotação: 6 UA/ha – Período: 90 dias
Intervalo de pastejo: 35 dias
Ureia: 550 g/UA/dia x 6 UA/ha x 90 dias = 0,3 toneladas/ha .

Subtotal (uréia): 1,7 t/ha.ano x R$/t 1.300,00 = R$2.210,00


PASTAGENS IRRIGADAS - CUSTO DA MATÉRIA SECA
3. Sobressemeadura de Aveia e Azevém:
Semente de aveia e azevém:
100kg/ha de aveia * R$1,20/kg = R$120,00
50kg/ha de azevém * R$2,00/kg = R$100,00
Total de sementes de gramíneas temperadas = R$220,00

4. Roçadas no manejo
Manutenção da roçadeira + combustível = R$250,00/ano

Custos: 1.440,00 (cama de frango)


+ 2.210,00 (ureia)
+ 220,00 (sementes aveia e azevém)
+ 250,00 (roçadas de manejo) .
Total: R$ 4.120,00/ha
PASTAGENS IRRIGADAS - CUSTO DA MATÉRIA SECA
5. Consumo de matéria seca:

Verão: 12 UA/ha x 11kg MS/dia (forrageira tropical) x 240 dias = 31,6 t/ha
Inverno: 6 UA/ha x 12kg de MS/dia (forrag. trop. + inverno) x 90 dias = 6,4 t/ha .
Total: 38 t/ha.ano

Necessidade de forragem: 38 t/ha.ano / 0,75 (eficiência de pastejo) = 50 t/ha.ano

Custo da matéria seca (exceto irrigação):


Matéria seca consumida: R$4.120,00/ 38 t/ha.ano = R$108,42/t = R$0,108/ kg

Matéria seca produzida: R$4.120,00/ 50 t/ha.ano = R$ 82,40/t = R$0,082/kg


Sistemas de Irrigação de Pastagens – CUSTOS
1. AQUISIÇÃO + INSTALAÇÃO

Custo médio de aquisição em implantação (R$/ha): 6.000,00


Custo anual (Depreciação em 10 anos + juros 6,75% a.a.) (R$/ha.ano): 846,00

Matéria seca total consumida: 38 t/ha.ano

Eficiência de pastejo: 75%


Matéria seca total produzida = 38 / 0,75 = 50 t/ha.ano

Custo de aquisição e instalação da irrigação (CAI):


Matéria seca consumida: R$ 846,00/38 toneladas = R$0,022/kg
Matéria seca produzida: R$ 846,00/50 toneladas = R$0,017/kg
Sistemas de Irrigação de Pastagens – CUSTOS
2. MANUTENÇÃO

Manutenção = 3 a 5% do custo de aquisição + implantação


6000,00 x 0,05 = 300,00
Custo anual de manutenção (R$/ha.ano) = 300,00

Custo de manutenção da irrigação (CM):


Matéria seca consumida: R$ 300,00/38 toneladas = R$0,008/kg

Matéria seca produzida: R$ 300,00/50 toneladas = R$0,006/kg


Sistemas de Irrigação de Pastagens – CUSTOS
3. OPERAÇÃO (Energia + Mão-de-obra)

a) ENERGIA →
Potência/área (média): 2,5 cv/ha = 1,9 kW/ha (diurna + noturna)
3,5 cv/ha = 2,6 kW/ha (noturna)
Tempo de irrigação (h/dia): 12 h/dia (diurna + noturna) ou 9 h/dia (noturna)
Período de irrigação (dias/ano): 180 (c/ sobressemeadura)
Preço da energia (R$/kW): 0,18 (diurna + noturna) ou 0,08 (noturna)

Custo anual de energia (CE em R$/ha.ano):


Diurna + noturna: CEDN = 1,9 x 180 x 12 x 0,18 = 739,00
Matéria seca consumida (38 toneladas): R$ 0,019/kg
Matéria seca produzida (50 toneladas): R$ 0,015/kg

Noturna: CEN = 2,6 x 9 x 180 x 0,08 = 337,00


Matéria seca consumida (38 toneladas): R$ 0,009/kg
Matéria seca produzida (50 toneladas): R$ 0,007/kg
Sistemas de Irrigação de Pastagens – CUSTOS
3. OPERAÇÃO (Energia + Mão de obra)

b) MÃO DE OBRA
Trabalho diário (h/dia): 15 min/ha ou 0,25 h/ha
Salário + encargos (R$/h): 8,40
Período de irrigação (dias/ano): 180 (c/ sobressemeadura)

Custo anual da mão de obra (CMO em R$/ha.ano):


CMO = 0,25 x 8,40 x 180 = 378,00

Custo da mão de obra da irrigação (CMO):


Matéria seca consumida: R$ 378,00/38 toneladas = R$0,010/kg

Matéria seca produzida: R$ 378,00/50 toneladas = R$0,008/kg


Sistemas de Irrigação de Pastagens – CUSTOS
4. CUSTO TOTAL DA IRRIGAÇÃO

CTI = CAI + CM + CE + CMO

Custo total da irrigação (diurna + noturna):


CTI = 846,00 + 300,00 + 739,00 + 378,00 = R$/ha.ano 2.263,00
Matéria seca consumida (38 t/ha.ano) = R$0,060/kg

Matéria seca produzida (50 t/ha.ano) = R$0,045/kg

Custo total da irrigação (noturna):


CTI = 846,00 + 300,00 + 337,00 + 378,00 = R$/ha.ano 1.861,00
Matéria seca consumida (38 t/ha.ano) = R$0,049/kg

Matéria seca produzida (50 t/ha.ano) = R$0,037/kg


CUSTO TOTAL DA MATÉRIA SECA

Custo da matéria seca (com irrigação diurna + noturna):


MS consumida: (R$4.120,00 + R$2.263,00)/38 t/ha.ano = R$ 167,97/t (R$0,17/ kg)

MS produzida: (R$4.120,00 + R$2.263,00)/50 t/ha.ano = R$ 127,66/t (R$0,13/kg)

Custo da matéria seca (com irrigação noturna):

MS consumida: (R$4.120,00 + R$1.861,00)/38 t/ha.ano = R$ 157,39/t (R$0,16/ kg)

MS produzida: (R$4.120,00 + R$1.861,00)/50 t/ha.ano = R$ 119,62/t (R$0,12/kg)

Produção de forragem de alta qualidade


14 a 19% de Proteína Bruta (PB)
60 a 65% de Nutrientes Digestíveis Totais (NDT)
CUSTO TOTAL DA MATÉRIA SECA
Irrigação Diurna + Noturna
CUSTOS
COMPONENTE
(R$/ha.ano) (R$/kg MS) % Total
ADUBAÇÃO + MANEJO
Adubação de base (Cama de frango) 1.440,00 0,038 24,1
Adubação nitrogenada (Ureia) 2.210,00 0,058 37,0
Sobressemeadura (Aveia + azevém) 220,00 0,006 3,7
Roçagem (manejo) 250,00 0,007 4,2
SUBTOTAL 4.120,00 0,108 68,9
IRRIGAÇÃO
Aquisição + Implantação 846,00 0,022 14,1
Manutenção 300,00 0,008 5,0
Energia (Diurna) 739,00 0,019 11,6
Mão de obra 378,00 0,010 5,9
TOTAL 6.383,00 0,168 100,0
CUSTO TOTAL DA MATÉRIA SECA
Irrigação Noturna
CUSTOS
COMPONENTE
(R$/ha.ano) (R$/kg MS) % Total
ADUBAÇÃO + MANEJO
Adubação de base (Cama de frango) 1.440,00 0,038 24,1
Adubação nitrogenada (Ureia) 2.210,00 0,058 37,0
Sobressemeadura (Aveia + azevém) 220,00 0,006 3,7
Roçagem (manejo) 250,00 0,007 4,2
SUBTOTAL 4.120,00 0,108 68,9
IRRIGAÇÃO
Aquisição + Implantação 846,00 0,022 14,1
Manutenção 300,00 0,008 5,0
Energia (Diurna) 337,00 0,009 5,6
Mão de obra 378,00 0,010 6,3
TOTAL 5.981,00 0,157 100,0
COMO IRRIGAR?

“A EXPERIÊNCIA”
Astro convidado: Jr. Rosseto
Dieta para vaca de 550 kg
com produção de 20 litros/dia
Opção 1 Opção 2
• 50 kg Pastagem Mombaça • 35 kg de Cana Açúcar
• 4,5 kg de Milho • 3,5 kg de Milho
• 0,0 kg de Farelo de Soja • 2,0 kg de Farelo de Soja
• 0,1 kg de uréia • 0,25 kg de uréia
• 0,2 kg de mineral • 0,2 kg de Mineral

• Custo vaca/dia R$ 4,52 • Custo vaca/dia R$ 7,35


• Custo vaca/mês R$ 135,60 • Custo vaca/mês R$ 220,50
Diferença = + R$ 2,83 (+ 63%)
Custo da Dieta (60 dias)

Volumoso 50 vacas 30 vacas 20 vacas

Cana de açúcar 22.050,00 13.230,00 8.820,00

Pastagem 13.560,00 8.136,00 5.424,00

DIFERENÇA 8.490,00 5.094,00 3.396,00

Fonte: João Rosseto Ribeiro Jr. (2012)


VAMOS IRRIGAR!

• 1º Passo: Solicitação de projetos


– Revenda de irrigação
Características do Local

• Área : 1 ha de tifton.
• Fonte água: poço artesiano
• Reservatório pronto: 20.000 litros (alvenaria)
• Diferença de nível: 2m
• Distância: 50 metros
Resultado
• Demora na apresentação projetos
• Orçamentos com valores altos
• Sem relação de material
• Sem descrição de funcionamento
• Motobomba de potência alta
• Tubulação diâmetro exagerado
• Armazenamento de água no solo ???
• Velocidade de infiltração de água no solo ???
R$/ha 16.250,00 !!!
PEDE PRA SAIR!!!
IRRIGAÇÃO DE PASTAGENS

Nova Cantú-PR
Nova Cantú-PR
SISTEMA DE IRRIGAÇÃO POR ASPERSÃO EM MALHA
SISTEMA DE IRRIGAÇÃO POR ASPERSÃO EM MALHA
SISTEMA DE IRRIGAÇÃO CONVENCIONAL SETORIZADO
SISTEMA DE IRRIGAÇÃO CONVENCIONAL SETORIZADO

PARANAÍBA – MS.
BOMBEAMENTO DE ÁGUA
Bombeamento
TESTE DO SISTEMA DE IRRIGAÇÃO
Coast-cross pivô central
Fazenda Siriema do Lago
Sobre semeadura de
Aveia em Tanzânia
27/06/08

Sobressemeadura de
Aveia em Tifton
27/06/08
Mombaça Irrigado
Sítio São João
C. César SP
Tifton
Sítio São João
C.César-SP
Tifton
Sítio Bela Vista
Cerqueira César- SP
Capim Elefante –
Estância Zuzu Ramos
Cerqueira César -SP
Tanzânia s/irrigação
Chácara Sta Mathilde
Itaí -SP
Tanzânia Irrigado
Chácara Sta Mathilde
Itaí -SP
Tifton 85 irrigado
Sítio Vale Verde Avaré SP

Tifton Irrigado
Sítio Vale Verde
Avaré SP
TESTE DO SISTEMA DE IRRIGAÇÃO

MG5 – Irrigação em malha


Pimenta Bueno - RO
TESTE DO SISTEMA DE IRRIGAÇÃO - MANÔMETRO
MG5 – Irrigação em malha
Pimenta Bueno - RO
MG5 – Irrigação em malha
Pimenta Bueno - RO
Mombaça Irrigado
Cristiano
Cacaulandia RO
Mombaça Irrigado
Vilhena RO
Mombaça Irrigado
Domingos – Porto Franco MA
Mombaça Irrigado
Domingos – Porto Franco MA
Mombaça Irrigado
Domingos – Porto Franco MA
Mombaça Irrigado
Vila nova dos Martírios-MA
Reservatório de água
Evilson - Amarante-MA
Reservatório de água
Leonildo Gasques
São Francisco-SP
Sistema de irrigação convencional automatizado

FAMÍLIA BIOTTO
VARGEÃO – SC
3,5 ha : Azevém - inverno
Tifton – verão
Montagem de Sistema de irrigação
FAMÍLIA BIN
Pato Branco - PR
3,5 ha : Azevém - inverno
Tifton – verão
CANA IRRIGADA
Teste do sistema antes da entrega
FAMÍLIA MARCON
NOVA LARANJEIRAS - PR
2,0 ha : Azevém - inverno
Jiggs – verão
Automatização
Automatização
Válvulas – Automatização
Automatização – Válvula controladora de fluxo
Automatização - Cavalete simples

Ventosa

Ventosa

Válvula de fluxo
Bombeamento + Automatização
RELATO DE CASO:
SÍTIO BALZAN – SÃO LOURENÇO D´OESTE - SC

Produtor: Antônio Francisco Balzan


 Início do Trabalho: Abril / 2005
 Produção Inicial: 152 litros/dia
 Produção Atual (2012): 800 litros/dia
 Maior Produção: 800 litros/dia
 Objetivo: 1500 litros/dia
RELATO DE CASO
•Família Balzan – São Lourenço do Oeste - SC

Aumento de fertilidade + manejo correto de pastagem


Pastejo rotacionado + irrigação
Mesma área da propriedade (16 ha)

Aumento da renda familiar:


Renda inicial (2005): R$/mês 230,00
Renda em 2009: R$/mês 2.600,00
Renda em 2012: R$/mês 6.470,00
Mês e Ano
Características
Maio de 2005 Setembro de 2011

Tifton Irrigado – 1,8 ha,


Silagem de Milho 3,0 ha, Tobiatã Irrigado – 1,2 ha,
Alimentação volumosa do Aveia de Verão 3,0 ha, Cana-de-açúcar – 0,5 ha,
rebanho Milheto (verão) 2,0 ha, Alfafa 0,8 ha,
Aveia e Azevém 5,0 ha* Silagem 2,5 ha,
Aveia e Azevém 6,2 ha*

Total de área destinada à


produção de alimentos
8,0 ha 6,8 ha
Mai/2005 a Ago/2010 a
Sítio Balzan
Abr/2006 Set/2011
Área total (ha) 16,9 ha 16,9 ha

Área utilizada p/ prod. de leite (ha) 13,0 ha 13,0 ha

Área de proteção ambiental (ha) 3,9 ha 3,9 ha


Produção diária de leite (litros) 173,0 590,80
Produção anual (litros) 63.169 215.642
Vacas no rebanho (Média/Ano) 17,0 34
Vacas em lactação (Média/Ano) 13,6 27,8

% vacas em lactação (Média/Ano) 80,0 82

Produção (L/animal.dia) (Média/Ano) 12,6 21,6

Produtividade (L/ha.ano) 4.859 16.922


Inseminação artificial Inseminação
Reprodução
(Terceirizada) Artificial (próprio)
Idade ao primeiro parto (meses) Sem controle 25
Mai/2005 a Ago/2010 a
Sítio Balzan
Abr/2006 Set/2011
Área total (ha) 16,9 ha 16,9 ha

Área utilizada p/ prod. de leite (ha) 13,0 ha 13,0 ha

Área de proteção ambiental (ha) 3,9 ha 3,9 ha


Produção diária de leite (litros) 173,0 590,80
Produção anual (litros) 63.169 215.642
Vacas no rebanho (Média/Ano) 17,0 34
Vacas em lactação (Média/Ano) 13,6 27,8

% vacas em lactação (Média/Ano) 80,0 82

Produção (L/animal.dia) (Média/Ano) 12,6 21,6

Produtividade (L/ha.ano) 4.859 16.922


Inseminação artificial Inseminação
Reprodução
(Terceirizada) Artificial (próprio)
Idade ao primeiro parto (meses) Sem controle 25
Mai/2005 a Ago/2010 a
Sítio Balzan
Abr/2006 Set/2011
Área total (ha) 16,9 ha 16,9 ha

Área utilizada p/ prod. de leite (ha) 13,0 ha 13,0 ha

Área de proteção ambiental (ha) 3,9 ha 3,9 ha


Produção diária de leite (litros) 173,0 590,80
Produção anual (litros) 63.169 215.642
Vacas no rebanho (Média/Ano) 17,0 34
Vacas em lactação (Média/Ano) 13,6 27,8

% vacas em lactação (Média/Ano) 80,0 82

Produção (L/animal.dia) (Média/Ano) 12,6 21,6

Produtividade (L/ha.ano) 4.859 16.922


Inseminação artificial Inseminação
Reprodução
(Terceirizada) Artificial (próprio)
Idade ao primeiro parto (meses) Sem controle 25
Mai/2005 a Ago/2010 a
Sítio Balzan
Abr/2006 Set/2011
Área total (ha) 16,9 ha 16,9 ha

Área utilizada p/ prod. de leite (ha) 13,0 ha 13,0 ha

Área de proteção ambiental (ha) 3,9 ha 3,9 ha


Produção diária de leite (litros) 173,0 590,80
Produção anual (litros) 63.169 215.642
Vacas no rebanho (Média/Ano) 17,0 34
Vacas em lactação (Média/Ano) 13,6 27,8

% vacas em lactação (Média/Ano) 80,0 82

Produção (L/animal.dia) (Média/Ano) 12,6 21,6

Produtividade (L/ha.ano) 4.859 16.922


Inseminação artificial Inseminação
Reprodução
(Terceirizada) Artificial (próprio)
Idade ao primeiro parto (meses) Sem controle 25
Sítio Balzan Maio/2005 a Abril/2006 Ago/2010 a Set/2011

Renda total: leite+animais R$ 28.266,79 R$ 197.563,71 (500%)

Despesas de custeio R$ 25.499,59 R$ 101.382,40 (300%)

Margem bruta s/ remuneração R$ 2.767,20 R$ 96.181,31


Margem bruta c/ remuneração R$ - 2.032,80 R$ 84.181,31

Preço recebido R$ 0,403 R$ 0,81 (100%)

Margem bruta/litro s/ remuneração R$ - 0,001 R$ 0,350


Margem bruta/litro c/ remuneração R$ - 0,077 R$ 0,300

Margem bruta/ha s/ remuneração R$ 212,86 R$ 7.398,56


Margem bruta/ha c/ remuneração R$ - 156,36 R$ 6.475,49
SÍTIO BALZAN – SÃO LOURENÇO D´OESTE - SC

PASTEJO DE VERÃO: Tifton 85


SÍTIO BALZAN – SÃO LOURENÇO D´OESTE - SC

PASTEJO DE INVERNO: AVEIA/AZEVÉM.


SÍTIO BALZAN – SÃO LOURENÇO D´OESTE – SC
ARRAÇOAMENTO APÓS ORDENHA
SÍTIO BALZAN – SÃO LOURENÇO D´OESTE - SC

09/07/2008
Visita de produtores de Frederico Westphalen – RS
CAPACIDADE + COMPROMETIMENTO = SUCESSO
OBRIGADO!

Fernando Campos Mendonça


Depto. de Engenharia de Biossistemas – ESALQ/USP
(19) 3447-8539 / 8159-1613 - fernando.mendonca@usp.br
CONSUMO DE ENERGIA NA IRRIGAÇÃO

MÉDIA ATUAL OBJETIVO

 5 - 20 cv/ha  1 - 4 cv/ha

 Alta pressão  Baixa pressão

 Aspersores grandes  Aspersores médios/pequenos

 Turno de rega: 7 - 15 dias  Turno de rega: 4 - 6 dias

 Aplicação desuniforme  Aplicação uniforme (> 80%)

 Alto custo de energia  Baixo custo de energia


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