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Começaremos com uma aparente incoerência, ao observar que a psicologia é uma das mais

antigas disciplinas e ao mesmo tempo, uma das mais novas. O interesse pela mesma surge no
século V a.C. com a filosofia. Nesse período da história, já se faziam presentes os primeiros
espíritos questionadores, que irão colaborar com o crescimento da psicologia.

Portanto a partir do século XVII os filósofos começam a utilizar um conjunto de procedimentos


sistemáticos como por exemplo: a observação, mensuração e experimentação, que
determinaram como método experimental, algo muito importante para definir ciência. Com
esse avanço na ciência, começam a surgir correntes filosóficas para explicar as teorias
relacionadas ao homem e ao meio que ele é inserido.

A primeira teoria é o mecanicismo, que tem como base a física de Galileu Galilei e, mais tarde,
de Isaac Newton. Essa doutrina afirmava que todos os processos naturais poderiam ser
explicados através de leis mecânicas. Nessa era da máquina, foi construída uma metáfora
relacionada ao relógio para explicar o funcionamento do universo e a comparação com a
máquina humana.

A utilização da metáfora dita anteriormente envolve a ideia do determinismo, que defendia


que os atos são determinados por eventos passados, ou seja, tudo tem uma causa. Para o
determinismo quem faz o presente é o passado. Desse modo, outra teoria se inicia para
facilitar o estudo da estrutura do relógio, chamada de reducionismo, reduzir o nível de
explicação do mais complexo para o mais simples. O reducionismo foi muito importante para o
desenvolvimento de todas as ciências, incluindo a nova psicologia, pois permitia que os
cientistas estudassem os fenômenos de forma menos complexas.

Visto que no século XVII ocorreram várias conquistas no âmbito da ciência, nessa mesma
época uma nova força dominou, chamada de empirismo, acreditava-se que o conhecimento é
adquirido através das experiências sensíveis. O principal filosofo dessa corrente é John Locke
(1632-1704), ele dizia que para o empirismo a realidade é um fato, pois não tem como ter
experiência de algo que não existe. Dessa forma faz uso da sensação e reflexão, ideias simples
e compostas, qualidades primárias e secundárias.

Logo após vem o mentalismo, tendo como filosofo principal, George Berkeley (1685-1753), ele
dizia que o conhecimento vem da mente e não do mundo, pois para ele a percepção é a única
realidade. Utilizava a associação de sensações.

Consequentemente no século XVIII nasce o positivismo, um marco na trajetória cientifica, pois


fez separação entre o que era filosófico que estava relacionado a subjetividade e cientifico que
indicava a objetividade. Assim, o positivismo está ligado a um sistema baseado unicamente em
fatos objetivos, observáveis e indiscutíveis. Para ele todo conhecimento adquirido através da
especulação é rejeitado, só era valido o conhecimento produzido pela ciência.

Logo, outras ideias no campo da filosofia sustentavam o positivismo antimetafísico. Como por
exemplo o materialismo, que acreditava que os fatos do universo são suficientemente
explicáveis em termos físicos, pela existência e natureza da matéria. Dessa maneira, ergue-se o
associacionismo, o conhecimento é resultado da associação de ideias simples para formar
ideias mais complexas.

Pois, como produto dos feitos mencionados nas épocas acima, nasce então no século XIX a
psicologia experimental tendo como objeto de estudo a consciência, considerada a primeira
ciência experimental. Nesse período ela não foi vista com bons olhos, pois faltava objetividade
no seu objeto de estudo. Começando então, a ganhar seu espaço a partir do século XX, com a
criação do behaviorismo em 1913.

Ainda neste centenário, a psicologia recebe contribuições do empirismo muito importantes: o


papel primário de sensações, a análise da experiência consciente em elementos, a síntese dos
elementos da experiência consciente em experiências mentais complexas por processo de
associação e por último o foco nos processos da consciência.

Contudo, depois dessas contribuições, inicia-se a fisiologia experimental, sob a influência do


fisiologista Johannes Müller (1801-1858), que defendeu o método experimental na fisiologia.
Ele também é considerado importante pela sua teoria especifica dos nervos. Outro estudioso
importante foi Wilhelm Bessel (1784-1846), acreditava que a natureza do observador afeta a
observação do fenômeno.

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