Professional Documents
Culture Documents
Não permissivo:
-lúmen obstruído- por estenoses benignas, por neoplasia malignas, fistulas digestivas que
pode ser provocada por trauma ou deiscências anastomoticas que impedem a introdução de
sondas nasogastricas ou enterais.
Tem que fazer estomias em nível distal -> a mais usual é gastrostomia, depois
jejunostomia e mais raro esofagostomia ou faringostomia
DUODENOSTOMIA:
-destinadas- descompressão em caso de gastrectomia a Billtroth II com difícil fechamento
do coto duodenal, duodenoplatias, ferimento traumático da víscera e tratamento de fistula
duodenal, em todas essas circunstancias visa a criação de fistula duodenal controlada.
-> introduz um dreno na fistula, o controle clinico é pela drenagem das secreções
duodenais, evitando derrame peritoneal e o contato da secreção com a pele ao redor do
dreno.
-como via de adm de nutrição enteral- não apresenta qualquer vantagem sobre a
gastrostomia ou jejunostomias já que essas são mais seguras quanto a saída do dreno
inadvertida.
JEJUNOSTOMIA: muito utilizada.
-constante progresso na produção de dietas enterais de melhor aceitação de melhor
aceitação dos pacientes.
- conquista de efeitos nutricionais dos pacientes
-baixos índices de intolerância clinica.
*Tecnica de melhor resultado: Witzel- peritonizando o orifício de exteriorização do cateter,
praticamente eliminando os riscos de extravasamentoo de secreção digestivas para
cavidade peritoneal e de obstrução intestinal por aderência de alça delgada em torno da
sonda.
Risco de aspiração:
a localização gástrica da sonda enteral está relacionada com maior risco de aspiração do
que a sonda no jejuno.
incidência de 0 a 40% nas sondas de posicionamento gástrico, 0 a 13% na localização
jejunal.
Já em pneumonias aspirativas em pacientes com índice Glasgow e duração da nutrição
semelhante, não tem diferença entre grupos por sonda intragastrica ou intra jejunal.
O volume e a técnica de administração da formula enteral através da gastrostomia
parecem interferir com a pressão do esfíncter esofageano inferior propiciando episódio de
refluxo q resultam em broncoaspiração.
na pratica clinica deve usar a alimentação pós pilórica sempre que o paciente apresentar
risco de aspiração pulmonar, reconhecendo que msmo a alimentação pós pilórica ou
jejunostomia não elimina completamente a possibilidade de broncoaspiração relacionada a
dieta enteral.
fatores de risco para aspiração pulmonar durante nutrição enteral- sonda nasogastrica ou
gastrostomia:
História de aspiração
estado de consciência alterado
alteração de deglutição
incompetência do esfíncter esofagiano inferior
refluxo gastroesofagico grave
resíduo gástrico volumoso
dificuldade de esvaziamento gástrico
gastroparesia
Sondas nasogastricas
método de acesso TGI mais fácil e barato
pode ser inserido a beira do leito, as cegas- sem auxílio de endoscopia ou fluoroscopia.
obs: antes do início da alimentação deve-se verificar o posicionamento das sondas inseridas
manualmente.
contra indicação para posição gástrica: risco de aspiração pulmonar.
Sondas Pós-pilóricas.
-duodenal e jejunal.
-difícil atingir o duodeno ou jejuno sem alguma técnica que facilite a inserção
- pacientes cirúrgicos, durante a laparotomia- facilmente a extremidade distal da sonda pode
ser guiado para o local desejado, sem outros recursos. E os não cirúrgicos as dificuldades
são maiores e existem várias técnicas para auxiliar.
técnicas manuais
é possível a colocação pós pilórica através de uma associação de manobras à inserção
manual, são elas:
-posicionamento especifico do paciente e utilização de mandril angulado.
-drogas promotoras da motilidade gastrointestinal, metoclopramida e eritromicina
-elevação de ph por amostragem de liquido ou sonda com sensor de ph
-peso na extremidade da sonda
-insuflação gástrica de 500 ml de ar associada a posição do paciente.
* quando não obtém sucesso com tais manobras, deve-se utilizar de assistência
endoscópica ou radiológica.
técnicas endoscópicas
-grande valor no auxílio a colocação da extremidade pós pilórica.
-duas técnicas de ARRASTO ou FIO-GUIA.
- técnica endoscópica à beira de leito para pacientes intubados em UTI -> sondas de calibre
7F ou 10F.
Técnicas radiológicas
bons índices de sucesso quando comparados com técnicas de posicionamento manual.
-requer alteração de posição do paciente- isso é uma restrição
-necessidade da fluoroscopia estar a beira do leito, ou só podem ser utilizados em pacientes
estáveis para serem transportados até a radiologia.
ultra-sonografia tbm é utilizada para guiar a colocação de sondas nasoenterais.
TECNICAS DE GASTROSTOMIAS PARA SUPORTE NUTRICIONAL
-através de técnicas endoscópicas, radiológicas ou cirúrgicas é possível estabelecer uma
via percutânea (que atravessa a barreira cutânea) até o estomago
-acesso mais comum na alimentação de longa duração
-vantagem de administração intermitente o que permite ao esfíncter pilórico o controle do
esvaziamento gástrico.
-contraindicado em risco de aspiração pulmonar.
Gastrostomia cirúrgica clássica: por laparotomia.
tem sido substituído pela Gastrostomia endoscópica percutânea (GEP) ou pela
Gastrostomia videolaparoscópica.
-se reservam a situações em que durante uma cirurgia se antecipa a necessidade de
suporte enteral de longo prazo.
Técnica de stamm
Técnica a Witzel
Técnica de Janeway
Gastrostomia Videolaparoscópica.
- possui vantagem de permitir o exame da cavidade peritoneal para doenças ou alterações,
e diminui o potencial de lesão aos órgãos adjacentes ao estomago.
-exige uma sala de cirurgia- custos
-submete aos riscos de uma anestesia geral.
COMPARAÇÃO:
GEP, laparoscópica ou laparotomia- preferência para GEP sempre que possível.
Reservando a laparoscópica quando o fígado ou cólon estiver interposto no trajeto a ser
puncionado.
Gastrrostomia cirugica aberta- reservada para pacientes com aderências intra-abdominal ou
operação abdominal de grande porte.
DIETA PARENTERAL
Indicada para pacientes gravemente enfermos. Acesso pela subclávia, jugular interna, jugular
externa, femoral, antecubital, braquiais. Antes do procedimento a pele deve ser preparada
(assepsia) e o cirurgião deve trajar gorro, máscara e casaco esterilizados. É indicada
anestesia local antes da introdução do cateter. Após 3ª ou 4ª tentativas falhas de colocação
do cateter, escolher outro local para punção.
A veia femoral apresenta muitas complicações, dentre elas, infecção e trombose. As veias
braquiais usadas são: basílica, cefálica e braquial. A jugular interna tem maior risco de
infecção que subclávia.
Podem ser utilizados ultrassonografia, eletrocardiograma e fluoroscopia para
acompanhamento e maior segurança na introdução do cateter. Após a colocação do cateter,
fazer Raio X para confirmar o adequado posicionamento e rastrear possíveis complicações.
Fazer Raio X após 24-48h de colocação do cateter para eliminar risco de pneumotórax tardio.
Curativos no local da inserção do cateter evitam infecções, usar gaze e esparadrapo, que são
mais eficazes que curativos transparentes. São complicações que podem surgir por uso
prolongado de dieta parenteral: infecção por bactérias GRAM +, trombose, estenose da veia
canulada, tamponamento cardíaco, erosão vascular e extravasamento.
Introdução
Tratamento de pacientes enfermos, bem como os que recebem tratamento
quimioterápico, nutrição parenteral, antibioticoterapia venosa, hemodiálise ou aqueles onde o
acesso venoso periférico é impraticável > uso do cateterismo venoso central é fundamental
para êxito terapêutico;
Técnica preconizada com maior frequência utiliza referenciais anatômicos, sendo os
acessos às veias subclávia, jugulares interna e externa, femoral e antecubital.
Tunelização subcutânea
Usada quando se deseja manter a cateterização por um período longo (nutrição
parenteral total prolongada, quimioterapia ou antibioticoterapia de longa duração);
VJI apresenta uma maior tendência à infecção do que quando se utiliza o acesso pela
veia subclávia.
Novas técnicas
Inserção do cateter com controle ultra-sonográfico
Propiciou resultados positivos;
Usada em pacientes que já haviam sido submetidos a múltiplas punções;
Recomenda-se: auxiliar na inserção de cateteres por médicos menos experientes ou
quando, mesmo os experientes, os pacientes apresentam distorções anatômicas que
possam dificultar a correta identificação dos referenciais; pacientes pediátricos e casos
de canulação de longa permanência.
Inserção do cateter com controle eletrocardiográfico
Inserção do cateter com controle fluoroscópico
Curativos
Prevenção de infecção e manutenção da permeabilidade do cateter;
Gaze e esparadrapo devem ser usados rotineiramente.
Tipos de cateteres
Os feitos de Teflon apresentam uma maior resistência à colonização por estafilococos
do que os feitos de polietinelo, polivinil ou silicone;
A duração do revestimento antibiótico nos cateteres tem curta duração quando estes
são introduzidos no sistema venoso;
Uso de cateteres revestidos com minociclina e rifamicina pode reduzir a incidência de
colonização ou de infecção hematógena relacionada com a presença do cateter;
Na nutrição parenteral prolongada, o uso de cateteres de tripla luz pode resultar em
maior número de casos de infecção decorrente da presença do cateter;
Podem ser parcialmente ou totalmente implantáveis. Os últimos são usados em
pacientes submetidos a tratamentos intermitentes, como quimioterapia ou
antibioticoterapia e são os mais adequados para uso em pacientes pediátricos, para
tratamento de longa duração; também são usados em diálise domiciliar, mas a
necessidade de punções percutâneas frequente os torna desconfortáveis;
Os cateteres de silástico são utilizados no acesso venoso periférico de longa duração,
como pacientes portadores de fibrose cística submetidos a terapia antibiótica
domiciliar.
Complicações decorrentes da permanência prolongada do cateter
Infecções (CVC prolongada), sendo bactérias gram +;
Trombose não tem significado clínico;
Estenose da veia canulada, sendo mais comum na veia subclávia do que na veia
jugular interna;
Migração da ponta do cateter: nas veias antecubitais para o acesso central;
Tamponamento cardíaco decorrente da perfuração da parede do coração, erosão
vascular e extravasamento.
NUTRIÇÃO ENTERAL
A melhor via é controversa, mas a jejunostomia é muito empregada. Pacientes com trauma
craniano devem fazer gastrostomia percutânea. Quando a dieta enteral é iniciada
precocemente, as complicações infecciosas são menores. Ômega-3 e ômega-6 são
mediadores da resposta inflamatória.
Se a sonda for pré pilórica a dieta é comum e facilmente a administração da dieta pode ser
domiciliar. Se a sonda for pós pilórica, a dieta é especial e administração domiciliar é mais
complicada.
A velocidade de infusão pode determinar risco de aspiração da dieta, comum utilizar fármacos
pró-cinéticos que estimulam a peristalse. Diarreia ocorre por uso de antibióticos (colite
pseudomembranosa). Pode haver refluxo por gastroparesia.
Translocação bacteriana: aumento da permeabilidade de membrana quando o TGI fica em
desuso, estimular nutrição enteral o quanto antes para evitar o quadro.
NUTRIÇÃO PARENTERAL
Usada em pacientes com foco infeccioso no abdome. Não usar parenteral periférica, melhor
acesso pela subclávia. Complicações mecânicas, metabólicas e infecciosas.
Sepse sem foco aparente (aumento temperatura, taquipneia, leucocitose com desvio à
esquerda, tremores, calafrios) trocar cateter e fazer cultura cultura positiva trocar o
local da punção.
TRAUMA
- Acidentes, facadas, baleados, seqüelas de esportes radicais, espancamentos.
FASES
- INICIAL: Luta por sobrevivência, manutenção do volume circulatório, mobilização
energética, instabilidade hemodinâmica. Fazer reposição hidroeletrolítica e sanguínea.
- HIPERMETABÓLICA/CATABÓLICA: aumento do gasto energético, objetivo de produzir
energia para reparo das lesões. Proteolise.
- ANABÓLICA/CONVALESCÊNCIA: gasto metabólico basal diminui. Resposta
neuroendócrina.
RESPOSTA NEUROENDÓCRINA
Estímulo do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal e SNA. O estímulo ocorre pelos barorreceptores
(hipovolemia), tecidos lesados e fatores teciduais liberados. O cortisol é um glicocorticóide
endógeno e é transportado ligado à globulina, albumina ou livre.
A resposta inflamatória aguda ocorre no local do trauma e há liberação de mediadores
inflamatórios. Ocorre aumento de gasto energético, porém, não gasta reserva lipídica e, sim,
proteínas, com grandes prejuízos funcionais.
- CARBOIDRATOS: diminuição da insulina e aumento de glucagon para acelerar
gliconeogênese hepática. Aumento de glicose no sangue (hiperglicemia). Resistência à
insulina (diabetes do trauma).
- PROTEÍNAS: catabolismo protéico, aumento da proteólise, aminoácidos usados para reparo
tecidual e energia. Balanço nitrogenado negativo. Perda protéica por feridas e cirurgias,
gerando anasarca, caquexia, estase de membros inferiores, úlcera de pressão. REPOR
PROTEÍNAS.
- LIPÍDEOS: Ativação da lípase.
AVALIAÇÃO NUTRICIONAL
FÍSTULAS DIGESTIVAS
Fístula é uma comunicação anormal entre dois epitélios através de um trajeto, pode
comunicar vísceras ocas ou víscera com exterior. As complicações são: desidratação,
desequilíbrio hidroeletrolítico, desnutrição, sepse. O paciente deve ser estabilizado com
correção do distúrbio ácido-básico e hidroeletrolítico, identificar e tratar processos infecciosos.
Obter informações pregressas como a doença que causou a fístula, operações previas.
Detectar alterações de composição corpórea. É importante atentar-se ao fato de que a fístula
pode não fechar por desnutrição protéica.
A terapia nutricional no caso de fístula é iniciada precocemente e a dieta oral é interrompida
até que seja determinada a melhor via de suporte nutricional. A terapia parenteral é indicada
quando a ingestão de nutrientes não assegura as necessidades nutricionais completas para
tratamento da fístula. TP é indicada nas fístulas gastroduodenais, pancreáticas, jejunoileais.
A terapia enteral é indicada em fístulas de esôfago, íleo distal e cólon, nestes casos, a dieta
é introduzida distalmente à fístula. Nas fístulas de cólon e íleo distal, soluções oligoméricas
ou monoméricas são seguras por serem absorvidas no jejuno proximal.
A nutrição parenteral pode contribuir para fechamento da fístula, por outro lado, pode causar
aderência do lúmen intestinal. Fístulas labiadas são fístulas antigas e que não fecham
sozinhas, sendo indicativo cirúrgico.
São recomendações para interrupção de suporte nutricional: sepse confirmada, hiperglicemia
grave, coma não cetótico, hiperamonemia. Se a doença do paciente progredir para estado
terminal irrecuperável e apenas e terapia mantê-lo vivo, a continuação da terapia nutricional
agressiva é injustificável.
CÂNCER
Aplica-se dieta no paciente com câncer a fim de prevenir ou interromper a caquexia. A terapia
oral é a preferida e pode ser suplementada, tendo o incoveniente de fadiga do paladar,
driblada com modificações freqüentes do suplemento e do flavorizante adicionado à dieta. A
nutrição enteral é sempre preferida à parenteral e comparada à oral tem vantagem de levar
nutrientes distalmente a porções obstruídas. Nos pacientes com risco de aspiração, como os
inconscientes, preferir sonda pós pilórica, como a jejunostomia. O suporte enteral enriquecio
com nutrientes específicos reduz complicações infecciosas pós operatórias e tempo de
permanência hospitalar. A terapia parenteral tem risco de pneumotórax, hemotórax, trombose
venosa, trauma arterial, sepse. A TP não diminui perda de N nem reduz lipólise e sua
interrupção drástica reduz os benefícios alcançados com a dieta. O uso indiscriminado da TP
não oferece benefício, podendo ser até prejudicial.