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Geografia

Aluno

Caderno de Atividades
Pedagógicas de
Aprendizagem
Autorregulada - 04
7º ano | 4º Bimestre

Disciplina Curso Bimestre Ano


Geografia Fundamental 4º 7º

Habilidades Associadas
1. Localizar e diferenciar as áreas de produção agrícola, industrial e extrativista no Brasil, identificando
os principais produtos das atividades econômicas, o destino da produção e as relações de trabalho
existentes.
2. Identificar e comparar os tipos de produção agropecuária no Brasil e conhecer o papel dos
complexos agroindustriais, analisando os impactos na estrutura fundiária e no meio ambiente.
3. Identificar os principais setores da atividade industrial no Brasil e classificar os tipos de indústria
(base, bens de produção, bens de consumo).
4. Observar e conhecer a importância da atividade industrial no Brasil, relacionando-a com a
distribuição da população e renda.
Apresentação

A Secretaria de Estado de Educação elaborou o presente material com o intuito de estimular o


envolvimento do estudante com situações concretas e contextualizadas de pesquisa, aprendizagem
colaborativa e construções coletivas entre os próprios estudantes e respectivos tutores – docentes
preparados para incentivar o desenvolvimento da autonomia do alunado.
A proposta de desenvolver atividades pedagógicas de aprendizagem autorregulada é mais uma
estratégia pedagógica para se contribuir para a formação de cidadãos do século XXI, capazes de explorar
suas competências cognitivas e não cognitivas. Assim, estimula-se a busca do conhecimento de forma
autônoma, por meio dos diversos recursos bibliográficos e tecnológicos, de modo a encontrar soluções
para desafios da contemporaneidade, na vida pessoal e profissional.
Estas atividades pedagógicas autorreguladas propiciam aos alunos o desenvolvimento das
habilidades e competências nucleares previstas no currículo mínimo, por meio de atividades
roteirizadas. Nesse contexto, o tutor será visto enquanto um mediador, um auxiliar. A aprendizagem é
efetivada na medida em que cada aluno autorregula sua aprendizagem.
Destarte, as atividades pedagógicas pautadas no princípio da autorregulação objetivam,
também, equipar os alunos, ajudá-los a desenvolver o seu conjunto de ferramentas mentais, ajudando-o
a tomar consciência dos processos e procedimentos de aprendizagem que ele pode colocar em prática.
Ao desenvolver as suas capacidades de auto-observação e autoanálise, ele passa ater maior
domínio daquilo que faz. Desse modo, partindo do que o aluno já domina, será possível contribuir para
o desenvolvimento de suas potencialidades originais e, assim, dominar plenamente todas as
ferramentas da autorregulação.
Por meio desse processo de aprendizagem pautada no princípio da autorregulação, contribui-se
para o desenvolvimento de habilidades e competências fundamentais para o aprender-a-aprender, o
aprender-a-conhecer, o aprender-a-fazer, o aprender-a-conviver e o aprender-a-ser.
A elaboração destas atividades foi conduzida pela Diretoria de Articulação Curricular, da
Superintendência Pedagógica desta SEEDUC, em conjunto com uma equipe de professores da rede
estadual. Este documento encontra-se disponível em nosso site www.conexaoprofessor.rj.gov.br, a fim
de que os professores de nossa rede também possam utilizá-lo como contribuição e complementação às
suas aulas.
Estamos à disposição através do e-mail curriculominimo@educacao.rj.gov.br para quaisquer
esclarecimentos necessários e críticas construtivas que contribuam com a elaboração deste material.

Secretaria de Estado de Educação

2
Caro aluno,
Neste caderno, você encontrará atividades diretamente relacionadas a algumas
habilidades e competências do 4° Bimestre do Currículo Mínimo de Geografia do 7º ano
do Ensino Fundamental. Estas atividades correspondem aos estudos durante o período
de um mês.
A nossa proposta é que você, Aluno, desenvolva estas Atividades de forma
autônoma, com o suporte pedagógico eventual de um professor, que mediará as trocas
de conhecimentos, reflexões, dúvidas e questionamentos que venham a surgir no
percurso. Esta é uma ótima oportunidade para você desenvolver a disciplina e
independência indispensáveis ao sucesso na vida pessoal e profissional no mundo do
conhecimento do século XXI.
Neste Caderno de Atividades, vamos aprender como se encontra a atividade
agropecuária, industrial e extrativista no Brasil. Na primeira parte deste caderno, você
vai conhecer o processo de modernização das atividades agropecuárias e sua estrutura
fundiária no território brasileiro e compreender como este assunto está relacionado a
nossa vida e ao meio ambiente. Na segunda parte, vai aprender a reconhecer os tipos de
indústrias e relacionar com a distribuição da população brasileira e sua renda.
Este documento apresenta 3 (aulas) Aulas. As aulas podem ser compostas por
uma explicação base, para que você seja capaz de compreender as principais ideias
relacionadas às habilidades e competências principais do bimestre em questão, e
atividades respectivas. Leia o texto e, em seguida, resolva as Atividades propostas. As
Atividades são referentes a dois tempos de aulas. Para reforçar a aprendizagem,
propõe-se, ainda, uma pesquisa e uma avaliação sobre o assunto.
Um abraço e bom trabalho!
Equipe de Elaboração

3
Sumário

Introdução ..........................................................................................................3
Aula 1: A economia e sua produção..................................................................... 5
Aula 2: A agricultura brasileira e sua estrutura fundiária .................................. 10
Aula 3: Atividade industrial brasileira e seus tipos ............................................ 14
Avaliação ............................................................................................................ 18
Pesquisa.............................................................................................................. 20
Referências ......................................................................................................... 22

4
Aula 1: A economia e sua produção

Caro aluno, iniciamos essa aula com o estudo da agropecuária1 moderna, no


Brasil, devendo ser compreendido através dos processos de desenvolvimento do modo
capitalista de produção no território.
A agricultura, a pecuária e o extrativismo sofreram transformações tão
profundas a partir da Revolução Industrial que levaram alguns estudiosos a afirmar
que estas atividades transformaram-se num ramo da atividade industrial2.
Portanto caro aluno, está havendo uma substituição gradativa do extrativismo
(animal e vegetal) pela agropecuária e a indústria passou a desenvolver técnicas que
alteram até mesmo a reprodução e o crescimento natural de espécies vegetais e
animais.
A indústria também desenvolveu sofisticados instrumentos e máquinas para
extrair minerais de profundidades cada vez maiores, nos mais diferentes ambientes
naturais, como em águas oceânicas e em lugares de relevo montanhoso.
Com isto vem ocorrendo uma real industrialização das atividades primárias,
mesmo este setor ainda estando relacionado mais diretamente com os vários
elementos da natureza. Por exemplo: embora existam técnicas para a correção da
acidez de certo tipo de solo ou para o aproveitamento agrícola nas áreas de várzea (às
margens dos rios), a agropecuária precisa do solo e do clima para se desenvolver. Por
isso, é uma atividade própria do campo, do meio rural3.
Mas, caro aluno, temos que ter em mente que determinadas atividades do
setor primário como cultivo de verduras, frutas e flores, produção de ovos e leite,
criação de frangos, entre outras desenvolvem-se próximo às grandes cidades ou
mesmo no seu interior, pois esses gêneros são perecíveis, destinam-se ao consumo
imediato.
De qualquer forma, onde quer que se desenvolvam, as atividades rurais hoje
não dependem unicamente da natureza. Dependem também e cada vez mais da

1
Cultivo de verduras, frutas e flores, produção de ovos e leite, criação de frangos e gado, etc.
2
VENSENTINI, 2005
3
VENSENTINI, 2005

5
indústria. É a indústria que define quais os produtos que serão cultivados e a forma de
cultivo, os animais que deverão ser criados e o tipo de criação, quais os minérios
necessários e que técnicas empregar em sua extração. Isso ocorre principalmente nos
países desenvolvidos embora também exista, em menor proporção, nos países
subdesenvolvidos.4
Vamos agora dar uma olhada no quadro geral da agropecuária brasileira e
relacionando no seu interior o agronegócio, vejamos como se dá a distribuição
territorial da produção agropecuária no país.
Temos que observar que de forma geral a quantidade produzida e o valor da
produção da agropecuária estão concentrados nas regiões de ocupação consolidada
(mapa 01), em especial
- Mapa 01
no Sul, Sudeste e
Centro-Oeste5. A
região Sul e o estado
de São Paulo
apresentam maior
diversidade e dinâmica
na produção
agropecuária e a
região Centro-Oeste
concentra a produção
das culturas
temporárias do
agronegócio e a
produção animal, com
destaque para o gado
bovino. O estado de
São Paulo se diferencia
em relação à
distribuição da terra,

4
VENSENTINI, 2005
5
GIRARDI, 2008.

6
tecnologia e mão de obra empregada, configurando um caso específico; ele constitui a
transição entre a agricultura predominantemente camponesa e altamente produtiva
do Sul e a agricultura intensamente capitalizada do Centro-Oeste. No Norte a extração
vegetal é predominante e o rebanho bovino é crescente na frente pioneira da fronteira
agropecuária. O Nordeste, por ser uma região de ocupação antiga com grande
contingente populacional e grandes taxas de ruralização, apresenta contribuições nas
diversas produções de forma territorialmente dispersa e com picos locais de
especialização. De modo geral, a região é caracterizada por baixos índices de
produtividade e predominância das culturas alimentares.
Caro aluno, como podemos observar no mapa 02 diferentemente da
agropecuária a indústria tem sua distribuição mais fortemente no litoral brasileiro.

Mapa 02

Com grande concentração na região sudeste principalmente nos estados do Rio de


janeiro e São Paulo. Essa distribuição é resultado da grande concentração de riqueza
nesses dois estados com forte intervenção do Estado em investimentos em
infraestrutura desde o século passado. Hoje vemos uma desconcentração da indústria,
já é possível ver o seu forte crescimento na região Sul e sua redistribuição na região
Nordeste e Centro-oeste.

7
Mas será que faz diferença ter mais ou menos indústrias no Brasil? Primeiro
temos que ter em mente que não existe um modelo único de crescimento para os
países. Mas, respeitadas as peculiaridades de cada um – os recursos naturais, o nível
de educação, a qualidade do capital humano –, há um padrão na trajetória bem-
sucedida do crescimento, que é a base da indústria manufatureira. A produção e a
exportação de manufaturas constituem o caminho mais viável para a transição de uma
economia de baixa renda para outra de renda média ou alta. Essa é a conclusão do
Relatório de Desenvolvimento Industrial das Nações Unidas, de 2009, baseado na
experiência de 159 países, 121 dos quais em desenvolvimento.
Outra ideia que temos que ter bem clara é a expressiva influência da Indústria
nos demais segmentos do sistema produtivo, pelo efeito multiplicador que exerce
sobre o crescimento. Um país com foco industrial tem mais atributos para o
crescimento econômico. Onde o primeiro e mais importante deles é a forte associação
da atividade industrial com a tecnologia, do que decorre a necessidade premente6 de
atualizações no ciclo de produção. Isso leva ao segundo atributo – a demanda de
formação de uma mão de obra qualificada, capaz de absorver e acompanhar as
mudanças tecnológicas.
O Brasil só conseguirá sustentar um forte crescimento se contar com o
suporte de uma política industrial ativa, capaz de formar um ambiente propício à
inserção competitiva das empresas na economia global, aproveitando todo o extenso
potencial de crescimento da produção da Indústria brasileira.

6
adj. Que preme ou comprime. Urgente.

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Atividade 1

Caro aluno, agora vamos exercitar e desenvolver seus conhecimentos.


1 –Descreva a partir do texto o impacto da atividade industrial na agricultura.
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2 – Observando os mapas apresentados no texto, juntamente com a explicação, qual a


região brasileira mais concentradora das atividades agropecuárias e industriais? Por
quê?
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Aula 2: A agricultura brasileira e sua estrutura fundiária

Caro aluno, o território brasileiro não apresenta áreas que impeçam a prática
da agropecuária. Até no sertão nordestino, de clima semiárido, cultiva-se algodão
arbóreo e cria-se gado desde o período colonial. Desde que irrigado, o sertão
nordestino poderia ser um grande celeiro de bons produtos agrícolas para o consumo
interno e para exportação.
Preste atenção, as pequenas propriedades rurais, cultivadas com o trabalho
familiar, têm importância fundamental na agricultura brasileira. São essas
propriedades que garantem o fornecimento de gêneros alimentícios das cidades, ou
melhor, do que comemos todos os dias.

Cerca de 53% dos imóveis rurais do país correspondem aos minifúndios ou


pequenas fazendas. Embora numerosíssimos, os minifúndios ocupam somente cerca
de 2,6% da área total das propriedades do país. Sem incentivos do governo e

10
desenvolvendo uma agricultura tradicional, os pequenos proprietários às vezes não
conseguem retirar do seu trabalho nem mesmo o mínimo necessário à sobrevivência
de sua família. Por outro lado, do total dos imóveis rurais brasileiros, 2,4%
correspondem aos latifúndios ou grandes fazendas, que ocupam 78% do total da área
das propriedades rurais. Em muitos casos, essas grandes fazendas não são utilizadas
para criação ou cultivo tendo suas terras apenas como investimento financeiro.7
Resumindo, o problema da estrutura fundiária do Brasil é a excessiva
concentração da terra em mãos de uma minoria de proprietários ou empresas.
Portanto o preço da terra, mesmo desocupada, no Brasil só tende a aumentar,
e é isso que interessa aos proprietários ligados a empresas multinacionais que já se
apropriaram de cerca de 35 milhões de hectares de terras brasileiras.
Caro aluno, enquanto existem algumas propriedades brasileiras equivalentes
à dimensão territorial de um país europeu como a Bélgica, existem no país milhões de
famílias camponesas sem terras para cultivar. De um lado, a opulência e o desperdício
de alguns; de outro, a fome e a miséria de muitos. Tudo isso acaba gerando conflitos
fundiários no meio rural do Brasil que se multiplicaram nas últimas décadas,
provocando inúmeras mortes todos os anos. Essa realidade leva à conclusão de que
uma das mais urgentes necessidades do meio rural brasileiro é a reforma agrária, ou
seja, a redistribuição de terras agrícolas. Para isso será preciso desapropriar grandes
propriedades pouco ou nada produtivas e distribuir lotes de terra a famílias
camponesas.8
Perceba que já houve vários projetos de reforma agrária no Brasil, mas todos
com baixíssimos resultados, pois os grandes fazendeiros sempre tiveram enorme
influência sobre a política do país através do políticos eleitos com seu poder
econômico e sua influência local. O que impede mudanças profundas na distribuição
das propriedades rurais brasileiras.

7
VENSENTINI, 2005
8
VENSENTINI, 2005

11
http://passapalavra.info/2011/04/38848/logo-mst

No Brasil, um dos movimentos mais marcantes de luta pela posse da terra é o


MST – Movimento dos trabalhadores rurais sem terra– que teve sua origem há 29
anos, em Cascavel (PR). Nestas três décadas de existência, o MST conviveu com
diferentes conjunturas da questão agrária. O MST hoje disputa territórios com seu
principal oponente: o agronegócio. A nova realidade liberta a reforma agrária da
simples compreensão distribucionista e amplia seu conteúdo para uma luta ampla,
multidimensional e complexa. Lutar pela reforma agrária significa hoje lutar por todas
as dimensões do território, entre elas a tecnologia, o mercado, a educação, saúde e,
principalmente, contra o capital que procura tomar o controle dos territórios do
campesinato.9
A reforma agrária é compreendida pelas mudanças na estrutura fundiária de
um país. No caso do Brasil, essa mudança está ocorrendo, mas a desconcentração
fundiária não. O Brasil amplia o território agrícola e a concentração de terras. É fácil
compreender essa contradição quando analisamos os dados da estrutura fundiária
brasileira.

9
Fernandes, 2008

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Atividade 2

Caro aluno, agora vamos exercitar e desenvolver seus conhecimento.


1 – Explique de onde vem a maior parte da comida consumida na cidade.
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2. – Descreva os motivos que acabam gerando conflitos fundiários no meio rural do
Brasil.
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Aula 3: Atividade industrial brasileira e seus tipos

Caro aluno, depois do debate sobre a atividade agropecuária vamos entender


agora o setor industrial brasileiro. Atualmente, o Brasil procura ingressar de fato na
Terceira Revolução Industrial. Em comparação com os países desenvolvidos, nosso
país levou mais de um século para ingressar na Primeira Revolução Industrial, e
ingressou na Segunda Revolução Industrial com cerca de meio século de atraso.
A Terceira Revolução Industrial não deslancha no Brasil, apesar da existência
de algumas poucas empresas de informática ou de biotecnologia, com tecnologia
intermediária (e não de vanguarda). Isso ocorre porque o país enfrenta uma série de
obstáculos:
• mão de obra em geral pouco qualificada, com baixa escolaridade;

• mercado consumidor não muito grande, pois a maioria da população


tem baixos rendimentos;

• investimentos insuficientes em pesquisas científicas e tecnológicas, que


constituem a base dessa nova etapa da industrialização.

Portanto, para de fato termos uma indústria de ponta devemos investir,


principalmente, em educação em todos os níveis (fundamental, médio e superior). Mas
vejamos agora como as indústrias são classificadas.

A indústria pode ser dividida em três tipos: indústria de transformação,


indústria extrativa e indústria de construção.10
Indústria de transformação - A indústria de transformação recebe esse nome
porque transforma produtos naturais em produtos industrializados. Como exemplos,
podemos citar a transformação: do couro em calçados, bolsas, cintos e roupas; da
madeira em móveis; do aço e do ferro em tesouras, facas, máquinas, tratores, etc.;
do petróleo em plásticos, fertilizantes, gasolina e óleo diesel.

10
VENSENTINI, 2005

14
As indústrias de transformação continuam sendo o tipo mais comum de
atividade industrial ela pode ser dividida em:
Indústrias de bens de produção - Essas indústrias são as que fabricam
produtos que serão utilizados por outras
indústrias. É o caso das indústrias siderúrgicas,
que produzem aço.
Entre as indústrias de bens de
produção, destacam-se por sua importância as
siderúrgicas (aço e ferro), as metalúrgicas
(metais) e as petroquímicas (óleo diesel, gasolina, plásticos, asfalto, etc.). 11

Indústrias de bens intermediários - Produzem máquinas e equipamentos


utilizados por outras fábricas. Destacam-se as indústrias mecânicas (máquinas) e as
indústrias de equipamentos (peças, ferramentas, etc.).
Indústrias de bens de consumo - Fabricam produtos que serão consumidos
diretamente pelas pessoas. Podem ser divididas
em: indústrias de bens de consumo não
duráveis, que fabricam bens consumidos
rapidamente: alimentos, cigarros, roupas,
remédios, bebidas, etc. e indústrias de bens de
consumo duráveis, que produzem bens de uso
mais lento: móveis, eletrodomésticos, automóveis, microcomputadores, etc.
Indústria extrativa - A indústria passou a ser o setor-chave da economia e
transformou outras atividades após a
Revolução Industrial. O extrativismo, por
exemplo, tornou-se indústria extrativa. Isso
porque as duas características essenciais da
produção industrial — mecanização e produção
em série — passaram a fazer parte também do
extrativismo. Temos como exemplo as
indústrias de extração do petróleo e ferro.

11
VENSENTINI, 2005

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Indústria de construção - Caro aluno, até o século XIX, a construção foi uma
atividade artesanal onde a construção era feita somente com a força humana sem
maquinários. No entanto, a intensa urbanização da sociedade transformou-a numa
atividade industrial, presente nas grandes cidades do mundo inteiro, que se modificam e se
expandem constantemente, mas temos que ter em mente que a construção artesanal
persiste até os dias de hoje, principalmente nas áreas mais pobres.
A construção de instalações de grande porte, como portos, rodovias e pontes,
bem como a de edifícios e até mesmo casas, passou a ser feita com máquinas, utilizando
paredes pré-fabricadas. Obtém-se assim uma produção rápida e em série12.
Veja que a indústria de construção destacam-se também pelas indústrias da
construção naval (fabricação de navios), da construção civil (casas e edifícios
residenciais, comerciais ou de serviços, como as escolas) e da construção pesada
(rodovias, aeroportos, túneis, pontes, usinas hidrelétricas).

Devemos também notar, que existe uma relação entre a grande concentração
de pessoas das cidades e a industrialização que se deve a alguns fatores. De um lado,
as primeiras indústrias com suas máquinas exigiam grande número de trabalhadores
que deveriam morar perto das fábricas; de outro, a produção industrial exigia um
mercado consumidor, que é próprio do meio urbano (cidades). Além disso, a
infraestrutura já existente nas cidades (ruas e estradas, instalação de água encanada,
estabelecimento de meios de comunicação, fornecimento de energia elétrica, etc.)
atraiu novas indústrias, aumentando a concentração de pessoas nas cidades.

Caro aluno, outro fator importante é que ao mesmo tempo em que o espaço
urbano crescia com a industrialização, o campo também sofria importantes mudanças:
novas técnicas foram introduzidas na agropecuária, o que aumentou
consideravelmente a produtividade como a mecanização da agricultura e diminuindo a
necessidade de mão de obra. Isso fez os moradores do campo se deslocarem para as
cidades (o que ficou conhecido como migrações rural-urbanas ou êxodo rural).

Preste atenção, a indústria brasileira atraiu um grande número de pessoas


que migraram do campo para a cidade (êxodo rural), o que intensificou a urbanização.
12
VENSENTINI, 2005

16
Só então a população das cidades passou a crescer mais do que a população rural do
país. Trata-se, portanto, de uma urbanização recente. Apenas em 1970, a população
urbana brasileira ultrapassou pela primeira vez a população rural (44%). Em 1980, ela
já correspondia a 67%, em 2000, a 81,2% e em 2010, a 84,4%.

Atividade 3

Caro aluno, agora vamos pensar e exercitar sobre o que acabamos de estudar.
1 – Explique quais os principais motivos para o Brasil continuar atrasado em seu
processo de industrialização.

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2 – Como são classificadas as indústrias? Dê exemplos de cada uma.

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Avaliação

Agora, caro aluno, vamos avaliar seus conhecimentos sobre a geografia.


Acredite em você mesmo. Você é capaz!!
1 – Explique por que a indústria de transformação recebe esse nome.
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2 – Diferencie extrativismo tradicional de indústria extrativa. Dê exemplos.
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3 – O grande crescimento das cidades, que se modificam constantemente,
transformou a construção em indústria. Explique as causas dessa transformação.
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4 – Qual a importância do trabalho familiar na agricultura brasileira?
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5 – Quais os estado que apresentam maior diversidade e dinâmica na produção
agropecuária brasileira?
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Pesquisa

Caro aluno, agora que já estudamos todos os principais assuntos relativos ao 4°


bimestre, é hora de discutir um pouco sobre a importância deles na nossa vida. Então,
vamos lá?
Iniciamos este estudo, conhecendo a agricultura brasileiro com característica
modernas e tradicionais, seguimos pela distribuição das terras no território nacional e
chegamos a atividade industrial brasileira.
Leia atentamente as questões a seguir e através de uma pesquisa responda
cada uma delas de forma clara e objetiva. ATENÇÃO: Não se esqueça de identificar as
Fontes de Pesquisa, ou seja, o nome dos livros e sites nos quais foram utilizados.

I – Pesquise em sites oficiais como o “Portal Brasil”, “IBGE”, “ONU” ou outros e


apresente dados da atual situação da agropecuária e industrialização brasileira.
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II – Pesquise a atual situação agrícola das regiões brasileiras e comente o mapa abaixo.

Mapa

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III – Agora pesquise em jornais e revistas alguns exemplos de indústrias no Brasil.
( ATENÇÃO: Fazer esta parte da atividade em uma folha separada! )

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Referências

[1] GIRARDI, Eduardo Paulon. O Atlas da Questão Agrária Brasileira. Presidente


Prudente 2008.
Disponível em: <hthttp://www2.fct.unesp.br/nera/atlas/agropecuaria.htm> Acessado
em 08 de setembro de 2013
[2] Movimento dos trabalhadores rurais sem terra. Nossa História. Disponível em:
<http://www.mst.org.br/node/7702> Acessado em 16 de agosto de 2013.
[3] ROSS, Jurandyr L. Sanches. Geografia do Brasil. São Paulo. Edusp. 2001
[4] VENSENTINI, J. William & VLACH, Vânia. EJA – Educação de Jovens e Adultos:
Geografia. São Paulo. Editora Ática, 2005.

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Equipe de Elaboração

COORDENADORES DO PROJETO

Diretoria de Articulação Curricular

Adriana Tavares Maurício Lessa

Coordenação de Áreas do Conhecimento

Bianca Neuberger Leda


Raquel Costa da Silva Nascimento
Fabiano Farias de Souza
Peterson Soares da Silva
Marília Silva

PROFESSORES ELABORADORES

Alberto Toledo Resende


Elton Simões Gonçalves
Patrícia Batista Melo Lopes
Tiago da Silva Lyra
Tongaté Arnaud Mascarenhas Junior

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