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Tenha em mãos:
*Lápis, canetas, lápis de cor, régua, borracha, apontador.
*Bíblias em diferentes versões para que você possa consultá-las ao estudar.
*Chave ou Concordância Bíblica
*Dicionário da língua portuguesa, dicionário bíblico e enciclopédia ou manual
bíblico.
Se você domina outro idioma, ou está aprendendo, procure ler a Bíblia neste
idioma.
2 – Métodos de Estudo
São necessárias duas horas por dia, no mínimo dedicadas ao estudo.
Leia toda a unidade, de uma só vez.
A cada período de estudo, selecione uma porção do conteúdo da unidade.
Leia esta porção com muita atenção.
Reflita sobre o que leu.
Pesquise no dicionário as palavras cujo significado você não conhece.
Leia as referências bíblicas direto na Bíblia. Se possível em diversas traduções.
Faça um esboço com os principais pontos da porção estudada. Isto ajudará na
realização da Tarefa Obrigatória ao final da unidade.
Repita este processo com cada porção estudada. Prossiga assim até o final da
unidade.
Ao final da unidade recapitule o conteúdo estudado.
Reveja seus esboços.
Realize os exercícios propostos.
Desenvolva a Tarefa Obrigatória da unidade.
Bom estudo, sucesso e êxito é o que lhe desejamos!
A
INTRODUÇÃO
Bom proveito!
2
Tanto no ventre de Maria como na manjedoura em Belém, Jesus era uma
criancinha real, mesmo que indefesa.
b) Quando o Verbo se fez carne e habitou entre nós, Ele não veio numa mera
aparência humana; Ele se revestiu também da natureza humana. No Antigo
Testamento quando os anjos apareciam em forma humana (que a teologia
chama de “teofania”), não era uma encarnação, pois eles não alteravam sua
natureza, era apenas aparência humana, mas não foi assim com Jesus!
Foi a própria segunda Pessoa da trindade, que se fez carne!
Jesus não tinha um corpo fantasmagórico, como acreditavam os gnósticos.
c) Quando o Verbo se fez carne, não houve mudança na personalidade da
segunda Pessoa da trindade. Depois de encarnado, Ele continuou sendo a
segunda Pessoa da trindade.
Jesus tomou para Si a plena natureza humana.
Sua humanidade era completa: espírito, alma e corpo.
d) Quando o Verbo se fez carne e habitou entre nós, Ele não trouxe conSigo a
natureza humana, mas adquiriu de sua mãe, Maria.
Jesus descende de Abraão e de Davi (Mt 1.1)
Ele pertence à raça humana, pois recebeu a natureza humana tanto quanto nós
(Hb 2.14-18).
Se Ele não tivesse tomado a forma humana, não poderia salvar-nos!
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Jesus Cristo era humano e também divino. Ele era O Deus-homem. Não há
evidências divinas e humanas que caracterizam sua pessoa.
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2. A principal razão da hostilidade dos Judeus contra Jesus deve-se ao fato dele se
declarar Deus, ou igualar-se à divindade (Jo 5.18; 10.38). Como um simples humano,
Jesus não podia transformar água em vinho, nem andar sobre as águas, nem ressuscitar
mortos; mas como um ser divino, sim! Quando estudamos a natureza divina de Jesus,
descobrimos que não há nenhum dos atributos de Deus que não sejam encontrados nEle.
3. A teologia estuda os atributos de Deus, relacionando-os à Sua natureza (atributos
absolutos), e ao Seu caráter de Deus (atributos morais).
Os atributos absolutos são: imutabilidade, infinidade, imensidade, onisciência,
onipresença, onipotência, eternidade, etc.
Os atributos morais são: verdade, amor, justiça, retidão, santidade, fidelidade
etc.
4. Todas estas faculdades atuam na Pessoa de Cristo. Veja uma evidência bíblica
disto:
5. Outra forma de evidenciar a divindade de Jesus é através dos nomes usados para
referir a Ele. Dezesseis nomes Lhe são atribuídos, e em cada um subentende-se
claramente Sua divindade.
a) Jesus é descrito como Filho de Deus quarenta vezes: “seu Filho”, “meu
Filho” e “Filho de Deus”.
b) Jesus é descrito por cinco vezes como “unigênito Filho de Deus”.
c) Jesus ainda é descrito por “o primeiro e o último”, “Santo”, “Emanuel”, etc.
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Este corpo seria oferecido em sacrifício expiatório pelos nossos pecados (Hb
10.10).
O sacrifício expiatório de Jesus seria primeiramente físico, depois psicológico
(Is 53.10-13; Mt 26.12).
3. Como homem, Jesus foi circuncidado ao oitavo dia, de acordo com as leis e
costumes judaicos da época (Lc 2.21).
Jesus cumpriu toda a Lei;
Quando Jesus criticava os escribas e fariseus, não fazia para atingir a Lei, mas
o legalismo deles.
4. Como homem, Jesus tinha seus próprios traços genealógicos:
Ele era descendente de Abraão e de Davi, segundo a carne (Mt 1.1: Rm 1.3).
Ele é o cumprimento da promessa de que a “semente” da mulher seria um
homem (Gn 3.15)
5. Como homem, Jesus era um ser condicionado ao tempo e ao espaço:
Sentia fome e sede (Mt 8.24; 19.28);
Sentia cansaço físico (Jo 4.6);
Era limitado em seus conhecimentos (Mc 11.13; 13.32);
Era carente do encorajamento divino para suportar Sua humanidade (Mc 1.35;
Jo 6.15).
6. Como homem, Jesus era perfeito, porém tinha sentimentos e emoções humanas,
tais como: afeição (Mc 10.13-16); admiração (Mc 6.6); impressiona mento (Mc 10.21);
alegria (Mt 11.25-26); tristeza (Lc 24.19); angústia (Jo 12.27); depressão (Mt 26.38);
medo (Mc 9.30; Jô 7.1; 11.54); ira (Mt 11.20-21).
7. Como homem Jesus teve uma vida religiosa ativa, pois nasceu sob o regime da
Lei (Gl 4.4).
Jesus nunca condenou as observâncias da Lei, nem mesmo o sábado (Mt
24.20; 5.17-19):
Ele participava de todas as festas religiosas do Seu povo, os Judeus (Mc
14.13; Lc 22.7; Jo 7.14);
Os ensinos éticos de Jesus eram desenvolvidos a partir da Lei mosaica. (Veja
sermão do monte, Mateus 5 a 7).
8. Como homem, Jesus foi tentado como qualquer ser humano. Ele só foi tentado
porque era completamente humano (Hb 4.15). Logo, Ele foi exemplo para todos nós,
em qualquer setor da vida.
IV – Reflexão Prática:
1. A vida de Jesus nos desafia a viver na dependência de Deus em meio a
insustentável leveza do nosso ser e no equilíbrio entre o natural e o sobrenatural. Na sua
opinião, como podemos viver uma humanidade santa em nossos dias?
2. Jesus viveu uma humanidade perfeitamente santa, Por isso também podemos
viver. O fato de o Verbo divino ter se tornado homem e vivido nossa humanidade, nos
abre a possibilidade de vivenciar Sua espiritualidade.
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3. Da “orelha” do livro Simplesmente como Jesus, de Max Lucado, extraímos os
seguintes tópicos.
a) Deus ama você como é, mas recusa a deixá-lo desse jeito. Ele quer que você
seja simplesmente como Jesus... pode existir uma oferta melhor?
b) Jesus não possuía maus hábitos; Deus quer te libertar dos seus;
c) Jesus não tinha medos; Deus quer o mesmo para você;
d) Jesus não ficava ansioso sobre a morte; tampouco você precisa ficar;
e) O desejo de Deus, seu plano, seu objetivo supremo, é fazer você à imagem
de Cristo.
4. Você não está preso à sua personalidade vital. Você não está condenado ao mau
humor. Você pode mudar! Você é flexível! Mesmo preocupando-se diariamente, você
não necessita preocupar-se até o fim de sua vida. E se você nasceu com uma aparência
de quem está sempre irritado, não precisa morrer com ela. Deus mudará você. E o fará
até que seja simplesmente como Jesus.
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Exercício de Fixação - Unidade I
2) Complete:
1) Os atributos absolutos de Deus são: _________________________,
______________________, __________________________, ____________________,
_______________________, _________________________, ___________________,
etc.
2) Os atributos morais são: _________________________, ______________________,
______________________, _______________________, _______________________,
_______________________, etc.
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II Unidade – O Jesus Histórico
3- Retrato do Jesus Histórico
4- Compreendendo o Jesus Histórico
5- Análise da personalidade de Jesus
6- O mundo em que Jesus viveu
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Quanto à doutrina da divindade de Cristo.
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4- COMPREENDENDO O JESUS HISTÓRICO
Jesus não é uma idéia, mas um fato histórico. Ele nasceu em Belém da Judéia,
no mês de Nisã, do ano “zero” da era cristã.
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b) O Renovo de Davi (Is 11.1);
c) O Servo de Jeová, o Renovo (Zc 3.8);
d) O Homem cujo nome é Renovo (Zc 6.12-13).
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III - O desenvolvimento humano de Jesus.
1. Em Hebreus 2.9, lemos que Jesus se revestiu de humanidade para poder morrer.
Ou seja, para Ele morrer pelos pecados do mundo, tinha que assumir uma forma, a
humana (Hb 2.17; 7.16).
2. Na condição de ser humano, Jesus se desenvolveu dentro dos moldes naturais da
humanidade, participando das mesmas circunstâncias humanas como qualquer outra
pessoa. Enquanto homem, Ele estava sujeito às leis do desenvolvimento humano. Lucas
2.52, por exemplo, indica que Jesus teve um crescimento normal, pelo menos em quatro
dimensões.
a) Fisicamente: “... crescia Jesus em estatura”;
b) Mentalmente: “E crescia Jesus em sabedoria...”;
c) Socialmente “E crescia Jesus... em graça com os homens”;
d) Espiritualmente “E crescia Jesus... em graça para com Deus”.
3. Com quase trinta anos Ele começou o Seu ministério terreno logo após o Seu
batismo, realizado por João, o Batista (Mc 1.1-15). Depois disto veio a tentação no
deserto, e na sequência, a seleção dos “doze” (Mc 3.13-19), simbolizando, assim, o
rejuntamento das doze tribos de Israel. Durante todo Seu ministério, Jesus agiu com
uma autoridade sem igual.
IV – Reflexão Prática:
1. Para quem está “em Cristo”, não importam quais são os feitos de seus
antepassados, ou quais são suas heranças. A cruz pôs fim em toda maldição. Você viu
que na família de Jesus há gente de todo tipo? Mas nem por isto Ele nasceu debaixo de
maldição. À luz do Antigo Testamento, a maldição é sempre resultado da ação.
Portanto, ninguém tem o poder de nos amaldiçoar, somos nós mesmos que nos
amaldiçoamos, quando transgredimos os mandamentos do Senhor. Se você é realmente
de Deus, toda maldição já está quebrada no poder da Cruz de Cristo!
2. As pessoas que são genuinamente salvas em Cristo, que experimentaram a
conversão espiritual resultante da Palavra viva e eficaz, e não uma "conversão"
intelectual ou psicológica; que permitiram que o Deus Todo-Poderoso assumisse o
controle de suas vidas, como Senhor absoluto, não vivem em vão; suas vidas são livres
e com propósitos. Apesar das circunstâncias adversas, elas triunfam; porque entendem
que, muitas vezes, as circunstâncias fazem parte do esquema divino para elas! - Heb
10.24
3. Rute, mesmo sendo mulher Moabita, passou a fazer parte da genealogia de
Jesus! Tamar, mesmo tendo uma relação incestuosa, passou a fazer parte da
ascendência humana da família de Jesus! Raabe, que foi boa parte de sua vida prostituta
em Jericó, passou a fazer parte da genealogia de Jesus! Bate-Seba, mesmo adulterando,
passou a fazer parte também da família histórica de Jesus.
4. Portanto, você tem jeito! Por que?
a) Porque Tamar teve jeito;
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b) Porque Raabe teve jeito;
c) Porque Rute teve jeito;
d) Porque Bate-Seba teve jeito.
e) Procure exemplos masculinos que tiveram jeito.
I – Quem é Ele?
1. A personalidade humana é constituída de muitos elementos: história, carga
genética, pensamentos, emoções, consciência existencial (quem sou, como estou, onde
estou), especialmente da inteligência - que é a manifestação da personalidade frente aos
estímulos da alma nos ambientes e circunstâncias em que a pessoa vive.
2. Neste sentido, os estudiosos afirmavam que a personalidade de Cristo é muito
difícil de ser interpretada e compreendida, pois é muito sofisticada e misteriosa. Suas
reações intelectuais e emocionais foram tão surpreendentes e incomuns que fogem aos
limites da previsibilidade humana. “Choques” que a personalidade de Cristo causou:
a) Os escribas e fariseus, detentores de uma cultura milenar, rica e sofisticada,
ficaram surpresos com os ensinamentos e pensamentos do carpinteiro de
Nazaré;
b) O sistema político não foi nada tolerante com Jesus, mas Ele foi dócil com
todos, mesmo sendo incompreendido, perseguido e rejeitado;
c) Diante das tensas situações, de conflitos, Jesus conseguia discursar sobre
amor e perdão no seu mais poético sentido. Quem foi este Jesus?!
3. Convém ressaltar que a análise da personalidade de Jesus Cristo não deve ser
feita na dimensão científica, mas na dimensão da fé, na Sua relação com Deus. Mas,
afinal de contas, o que torna a personalidade de Jesus algo tão sofisticado e incomum?
Talvez uma das razões principais seja o fato de que Ele não anulou em momento algum
a arte de pensar; Jesus queria que seus ouvintes internalizassem uma fé inteligente e
reflexiva. Veja alguns exemplos:
a) Jesus era um excelente inquiridor - Ele usava a arte de questionar para
conduzir seus ouvintes à reflexão sobre o que Ele estava lhes ensinando.
b) Jesus era também um ousado pregador (pastor) - Ele contava parábolas para
gerar profundos questionamentos em todos seus ouvintes. Através das
parábolas podemos perceber a sofisticação da personalidade de Jesus:
naqueles momentos Ele se revelava e se ocultava continuamente.
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II - Características básicas da personalidade de Jesus.
1. O que nos impressiona na personalidade de Jesus é o fato dEle ter produzido
pensamentos e emoções que fugiam do trivial, do comum e do ordinário. Veja, por
exemplo, que Ele era um homem de prioridades, de planos seguros e determinados, mas
também era um homem flexível e adaptável. Ele era atencioso e educado no tratamento
com as pessoas; em meio a seus programas e agenda lotada, Ele parava para atendê-las.
Jesus interrompeu um sermão para atender algumas crianças (Mc 10.13-14);
Jesus parou um estudo bíblico para curar uma velhinha (Lc 13.10-13);
Jesus parou uma caminhada para atender um cego à beira do caminho (Lc 18.35-
43)
Jesus atrasou uma visita à casa de Jairo porque precisou antes atender uma
mulher que vivia sem esperança (Mc 5.25-34).
2. Com muita frequência, Jesus lançava mão em seu ensinamento, dos sofrimentos
e angústias humanos afim de trazer maior compreensão da natureza humana. Até
mesmo da sua “miséria” Ele falou de forma poética (Mt 12.20). Que personalidade
impressionante! Além disto, a singeleza de coração e a coragem intelectual se
interagiam em Sua personalidade.
Ele expunha, mas não impunha suas ideias (Jo 6.35);
Embora sendo amável, Ele corrigia e repreendia seriamente as pessoas (Jo 8.48-
51);
Ele era um bom ouvinte; captava os sentimentos íntimos das pessoas (Lc 7.39-
40; 11.17).
3. Jesus era tão estranho que ninguém sabia quem realmente Ele era. Em determinadas
situações ninguém podia imaginar quais seriam as verdadeiras dimensões do Seu falar e
do Seu agir, pois Ele falava e agia de maneira incomum e extraordinária. É por isto que
perguntavam: Quem é este?
a) Os escribas e fariseus (Lc 5.21);
b) Os próprios discípulos (Lc 8.25);
c) O supersticioso Herodes (Lc 9.9);
d) Seus anfitriões (Lc 7.49).
4. Jesus só poderia ser compreendido corretamente; através da revelação ou
discernimento do Espírito Santo. Muitos tentaram emitir opiniões sobre Jesus, mas só
Pedro deu, em síntese, a resposta correta (Mt 16.16).
IV – Reflexão Prática:
1. Jesus causou grande impacto sobre a sociedade do Seu tempo e continua a
mudar nosso estilo de vida e modo de pensar hoje! Como uma vida transformada hoje
pode dar testemunho da vitalidade das transformações de Jesus?
2. Quem é você? Você é um imitador de Jesus de Nazaré? Você tem uma
personalidade fascinante que reúne humanidade e espiritualidade na mesma pessoa?
Você tem uma personalidade intrigante que leva as pessoas perguntarem: quem é este?
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Ou você é uma pessoa comum, que vive na inércia e pequenez? Você faz alguma
diferença no meio onde vive, ou é apenas mais um?
3. Como você é identificado? Você tem um estilo próprio, ou é confundido com
outros? Se alguém mencionasse o seu nome para um grupo de amigos, o que ele diria
ser o seu maior interesse ou sua grande paixão?
a) O que você mais gosta de fazer?
b) Quem você mais admira, e por quê?
c) O que você faz melhor do que outra pessoa?
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Os sumos sacerdotes pertenciam às famílias sacerdotais;
Os anciãos eram ricos proprietários, uma nobreza leiga. OBS: Nicodemos e José
de Arimatéia pertenciam a esse grupo elitizado;
Os escribas (doutores da lei) eram na sua totalidade fariseus. Não eram ricos,
mas eram intelectuais.
4. O Sinédrio conseguia manipular as massas e tornar a dominação suportável.
Faziam isso através de todo seu aparato religioso. Esse grupo tinha medo e inveja de
Jesus, pois Ele estava tirando deles o poder de influência que eles tinham sobre a
consciência do povo.
Jesus desmantelou os esquemas religiosos que dava sustentação à dominação
sacerdotal;
Jesus criou nas pessoas um senso crítico.
5. À luz de Marcos 15.1, por ocasião da condenação e morte de Jesus, Ele foi
transferido da instância judaica (Sinédrio) para a instância romana (Pilatos). Pois as
autoridades judaicas não podiam matar Jesus legalmente. Só o poder romano podia. O
que podemos aprender com a o comportamento de Jesus diante das autoridades políticas
quando julgado por elas?
O silêncio, às vezes é uma arma poderosa;
A justiça do reino de Deus provoca uma perturbação insuportável nos poderes
injustos;
As autoridades políticas estão sempre numa condição precária.
6. O fato é que a vida terrena de Jesus trouxe um profundo impacto no mundo
político de então. A maior evidência disto é a própria divisão da história em antes (a.C)
e depois (d.C.) dele.
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mas não a tradição oral dos anciãos (defendida pelos fariseus). Como os saduceus são
caracterizados?
Por negarem a existência da ressurreição, de Anjos e espíritos;
Por serem adeptos do racionalismo. (Eram aristocratas);
Por serem partidários dos gregos e de seus sistemas. (Eram helenistas)
3. Um terceiro grupo religioso eram os ESSÊNIOS. A raíz deste termo significa
“piedoso”. Os essênios eram identificados como:
Abandonaram a Sociedade dos grandes centros urbanos, para ser uma espécie
de ordem monástica – viviam em comunidade (uma irmandade);
Não tinham nenhuma preocupação com o destino da política de Israel, eram
egoístas, viviam para si - praticavam o ascetismo.
4. Ainda havia os ZELOTES, grupo de onde veio um dos discípulos de Jesus:
Simão, o zelote. Este grupo odiava os romanos. Prova disto é que eles se dedicavam aos
ataques de guerrilhas contra o império, na tentativa de recuperar a independência.
IV – A realidade socioeconômica.
1. Não podemos deixar de ressaltar aqui a realidade socioeconômica em que Jesus
viveu. Ele era filho de uma pobre camponesa e de um operário (Mt 8.20). Pelo fato de
ter nascido numa família de operário, os pais de Jesus não tinham recursos para que Ele
estudasse nas boas escolas de Seu tempo (Mt 13.55).
2. Em Lucas 2.24 os sacrifícios dos pais de Jesus foram de “pombinhos”, um tipo
de animal que os pobres ofereciam em sacrifício(?!). Segundo Levítico 1.1-17 havia três
classes de sacrifícios que eram oferecidas conforme as condições financeiras do
ofertante: novilhos, cordeiros e pombinhos.
3. Dois mil anos já se passaram desde que Jesus viveu nesta Terra. Durante estes
anos, o destino dos homens tem sido determinado pelo seu relacionamento com Deus
através de Jesus. Os que crêem e se submetem à Sua liderança, vivendo de acordo com
os princípios da Sua Palavra, experimentam mudanças radicais em suas vidas, ou seja:
de dentro para fora.
V - Reflexão Prática:
1. Jesus viveu num mundo cheio de contradições, hipocrisia, legalismo, injustiça e
corrupção. E que também nos é familiar hoje. Para vivermos num mundo assim e causar
impacto, como Jesus causou, temos que ser e viver como Ele. Deve haver em nossa vida
um equilíbrio de virtudes, como houve na de Jesus. Tais como:
a) Bondade e severidade;
b) Compaixão e indignação;
c) Justiça e perdão.
2. Você seria capaz de reunir simultaneamente dois sentimentos, em geral isolados?
a) Você é capaz de demonstrar indignação e compaixão diante da dureza do
coração de seus críticos ou opositores? (Mc 3.1-6);
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b) Você é capaz de olhar para alguém com uma clara simpatia pessoal, como
Jesus fez com o jovem rico? (Mc 10.21);
c) Você é capaz de demonstrar ternura e firmeza para com as pessoas que
vivem ao seu redor ou trabalham com você, como fez Jesus a Seus discípulos
(Mt 15.16);
d) Você é capaz de elogiar alguém num momento, e num instante depois o
confrontá-lo, como Jesus fez com Pedro? (Mt 16.23).
3. Só quando adotarmos o tipo de postura de Jesus é que seremos capazes de viver
o Evangelho genuíno, sem apresentar um cristianismo incoerente e uma mensagem
distorcida dele.
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Exercício de Fixação - Unidade II
1) Porque o Senhor nosso Deus permitiu que fossem escritos quatro evangelhos?
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
8) O que é o Sinédrio?
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
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III Unidade – O Relacionamento Transformador de Jesus
7- O equilíbrio humano de Jesus
8- Jesus valorizava as pessoas acima das coisas
9- Jesus ia encontro das pessoas o Evangelho
10- Como Jesus se comunicava?
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Às vezes Ele andava de maneira incógnita entre a multidão (Jo 7.10);
Evita passar por lugares que apresentavam perigo (Jo 4.1-3; Mc 7.24; 8.13).
II - Seu realismo.
1. Ser realista é não espiritualizar aquilo que é essencialmente físico e humano, e
não humanizar o que é essencialmente espiritual. As pessoas realistas têm maior
possibilidade de viver objetivamente, evitando assim que suas conclusões sejam
ambíguas ou confusas. Por exemplo, dando uma olhada rápida apenas em Mateus 5,
podemos perceber o quanto Jesus era realista:
a) No versículo 24, quando trata sobre a reconciliação, em Sua declaração não há
meio termo, mas é clara e objetiva;
b) No versículo 34, Sua declaração quanto ao juramento é também
absolutamente clara, não há como ter dúvidas;
c) No versículo 39, podemos perceber que não há nenhuma ambigüidade no que
Jesus diz sobre a questão da resistência ao mal;
d) No versículo 44, Jesus é muito objetivo quanto ao amar e ao orar.
2. O realismo de Jesus era algo impressionante! Ele sabia com precisão o percurso
do relâmpago nos céus – do oriente para o ocidente (Mt 24.27); Ele sabia que as folhas
novas da figueira, eram o anúncio da chegada do verão (Mc 13.28). Vejamos mais
alguns exemplos que evidenciam o realismo nas pregações e ensinos de Jesus:
Ele explica que os espinheiros e os abrolhos atrapalham o trabalho do semeador
(Mt 13.22);
Ele diz que quando a mãe dá à luz uma criança, ela fica extremamente alegre (Jo
16.21);
Ele diz que a traça “rói” e a ferrugem “corrói” a matéria (Mt 6.19);
Ele diz que nuvens pesadas nos céus são anúncio de chuva (Lc 12.54-55).
III - Reflexão Prática.
1. Se praticássemos o bom senso e o realismo demonstrado por Jesus, reduziríamos
significativamente os absurdos “evangélicos” que temos muito por aí, especialmente na
área da pregação e ensino.
2. Hoje em dia, estão escassos em nossos Arrais, pessoas de bom senso e realismo,
que vive um estilo de vida como o de Jesus. Em nossas abordagens teológicas, litúrgicas
e eclesiológicas, nos identificando mais com o “néscio”, o “estúpido” e o “sem juízo”,
ou com o “sábio”, o “sensato” e de “bom senso” do livro de Provérbios?
3. O insensato ou néscio, sempre age orientado por seus desejos e instintos naturais.
Se algo é bonito e lhe atrai, podendo deixá-lo feliz, então ele “acha” que é justo desejar
e correr atrás. Não é isto que temos visto com as últimas “ondas” de modelos de
crescimento de igreja que tem chegado ao Brasil? Vamos aceitando tudo, sem uma
mínima reflexão e ponderação!
4. Segundo Efésios 5.15-17, viver com bom senso é viver orientado pela sabedoria
do alto; é viver remindo o tempo nestes dias maus; é viver discernindo os propósitos
divinos; é viver deixando-se encher pelo Espírito Santo. Como você está vivendo: com
bom senso ou insensatez?
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8- JESUS VALORIZAVA AS PESSOAS ACIMA DAS COISAS
Jesus demonstrou um coração compassivo e pronto para ouvir, por isto Ele
conquistou a atenção e o coração das pessoas.
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especiais – como o sábado ou domingo, etc) acima das pessoas. Este tipo de imposição
religiosa, transforma o espaço (igreja?) que deveria ser terapêutico em um fenômeno
patológico, que gera posturas neuróticas e neurotizantes. Como identificar este tipo de
“doenças” num contexto comunitário?
Quando há excessiva preocupação com a aparência e as formas externas;
Quando pequenas questículas irrelevantes são transformadas em grandes
questões teológicas;
Quando a obsessão por decidir entre o certo e o errado não levam em conta as
feridas que estão sendo feitas na alma das pessoas;
Quando se defende convicções fundamentadas em conceitos tradicionais e não
na essência de princípios bíblicos;
Quando se orgulha e exalta uma espiritualidade exterior, apenas litúrgica (como
o dia do sábado).
2. Ele interrompeu um sermão para atender algumas crianças (Mc 10.13-16). O
contexto anterior mostra Jesus dando instruções acerca de um assunto muito sério: o
divórcio, e de repente alguém trouxe a Ele um grupo de meninos e meninas para que Ele
os abençoasse (v. 13). Mas “os discípulos os repreendiam” as pessoas que as haviam
trazido. O versículo 14 diz que Jesus “vendo isto, indignou-se”. Com que Jesus se
indignou? Com a postura dos discípulos, é claro. Aprendemos, portanto, duas
importantes lições aqui:
No tempo de Jesus as “mulheres” e as “crianças” eram muito marginalizadas. É
este tipo de gente que mais precisa de atenção.
Qualquer tipo de pessoa,principalmente uma criança, é mais importante do que
qualquer outro bem.
3. Ele interrompeu uma caminhada para atender um cego à beira do caminho (Lc
18.35-43). Antes do encontro com Jesus, este homem era apenas alguém “sentado à
beira do caminho”. Alguém vivendo à margem da vida. Mas depois do encontro com
Jesus ele “imediatamente recuperou a vista, e o foi seguindo pelo caminho”. Que lições
podemos extrair deste episódio?
Jesus veio para transformar a vida de homens, com o Bartimeu, para torná-los
seres humanos em todas as suas dimensões.
Nossas estruturas eclesiásticas não podem criar empecilhos e obstáculos, que
impeçam a graça livre de Deus de chegar aos “bartimeus”.
4. Ele atrasou uma visita à casa de Jairo, porque precisou antes atender uma
mulher que vivia sem esperança (Mc 5.25-34). O contexto anterior (vv. 21 a 24), indica
que Jesus tinha uma agenda para cumprir: Ele tinha que chegar à casa de Jairo, antes
que a filha deste morresse.
IV – Reflexão Prática:
1. A maioria dos obreiros apaixonados pelo trabalho do Senhor, tem a tendência
de se envolver no atendimento público, cuidando da alma alheia, negligenciando até
mesmo as necessidades básicas de sua própria alma como: descanso, lazer, etc.
2. Geralmente, todo aquele que se empenha no trabalho do Senhor tem que,
ocasionalmente, se afastar para cuidar de si mesmo. Pois, todo trabalho em demasia
prejudica tanto o corpo quanto a alma.
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3. O que precisamos entender é que o sucesso de alguém no trabalho do Senhor
está intimamente ligado à saúde de sua alma. Um descanso ocasional é extremamente
terapêutico.
4. Temos, portanto, que poupar nossa própria saúde, considerando-a como uma
dádiva de Deus. Temos que gastar a cota diária, sem desperdiçá-la!
I – Um coração compassivo.
1. Jesus tornou-se um de nós quando tomou forma humana. Ficou sujeito às
canseiras, inquietações, solidão e às necessidades humanas. Era Deus aprendendo a ser
gente. Os evangelhos retratam Jesus como um homem de coração extremamente
compassivo. Era a Sua compaixão o que O levava a manter-se em contato
permanentemente com pessoas.
2. A palavra compaixão significa compartilhar com aquele que sofre. Em Jesus, a
compaixão era uma força que lhe impulsionava a ir onde estava a dor e entrar nos
lugares onde existiam sofrimentos, medos, angústias e aflições; e ali Ele ministrava Sua
graça restauradora.
3. A expressão prática dos sentimentos compassivos de Jesus não era uma emoção
sentimentalista, mas era algo objetivo, concreto e transparente. A maneira mais visível
de como Jesus manifestava Sua compaixão, era quando Ele tocava as pessoas. Das trinta
vezes que a palavra toque aparece nos evangelhos, dezoito delas refere-se a Jesus
tocando as pessoas, ou sendo tocado por elas (Lc 6.17-19; Mc 6.56: Mt 14.34-36; etc).
Quando foi que você “tocou” alguém significativamente?
25
3. Do ponto de vista social, Jesus se relacionava mais com os pobres. E Ele estava
certo! Mas isto não significa que Jesus fazia acepção de pessoas, pois Ele também se
preocupava com os ricos e privilegiados dentre o povo (Lc 8.40-42; Jo 3.1-3). O fato é
que Jesus se relacionava com as pessoas sem preconceitos. Ele não era o tipo de pessoa
que adotava suas posturas a partir de um pré-julgamento. Ele não estigmatizava suas
próprias opiniões. Suas opiniões e pensamentos não eram absolutos sobre qualquer
assunto. A maior prova disto, foi Ele ter aceito em Seu grupo de discipulado, um
revolucionário engajado num partido político de estrema esquerda (Simão, o zelote) e
também ter aceito um reacionário direitista da política de Jerusalém (Mateus, o
publicano).
4. Jesus era tão aberto e despreconceituoso, que era capaz de “tocar” as pessoas,
consideradas indignas (ou intocáveis) à luz da religião oficial (Lc 4.13). Por muitas
vezes, Ele sentou à mesa para comer com “pecadores” (pessoas vistas pela sociedade
como depravadas da sociedade contemporânea - Lc 5.29-30) e publicanos, como
Zaqueu. Jesus era livre de todo tipo de preconceito...
Ele visitou a área de um imundo e endemoninhado (Mc 5.1-14);
Ele rompeu radicalmente com a inimizade histórica existente entre judeus e
samaritanos (Jo 4.9);
Ele visitou a residência de um representante do poder político opressor (Lc
7.7.2-6: Mt 15.28).
5. Jesus abençoava as pessoas também através do Seu “toque”. O Seu ministério
está repleto de episódios onde Ele toca as pessoas (Lc 4.4; 8.54-56; 17.11-17) e é tocado
por elas (Lc 8.44-46; Mc 6.56; Mt 14.34-36). As pessoas eram curadas quando eram
tocadas por Jesus.
6. Através desses toques, Jesus demonstrava Seu coração compassivo, apaixonado
e interessado por pessoas. Ele sabia o quanto o ser humano necessita de ser tocado,
amado e valorizado pelos outros.
26
I - Como comunicava seus enunciados teológicos?
1. Jesus desenvolveu um ministério tríplice: pregação, ensino e cura. Quando Ele
disse: “Ide e pregai”, Ele mesmo já havia feito isto. Quando Ele disse: “ensinando todas
as coisas que eu vos tenho ordenado”, Ele já havia praticado o mesmo. Quando Ele
disse: curai os enfermos”, já tinha demonstrado isto de muitas formas.
2. Os discípulos aprenderam bem esta lição de casa. Eles praticaram o modelo
ministerial de Jesus: o livro de Atos começa com ensino e pregação e termina com
ensino e pregação.
3. A seguir vamos observar algumas das características do método de ensino de
Jesus:
a) Simplicidade: Jesus tratou de verdades profundas, mas apresentava essas
verdades em palavras que eram acessíveis a todo povo. Quando Ele queria
que apenas Seus discípulos O entendessem, usava terminologias próprias
(Mateus 13);
b) Informalidade: Jesus era um Mestre criativo e espontâneo. Ele pregava ou
ensinava em qualquer lugar, sem distinção (Mt 5.1; Lc 4.16-27; Mc 4.1);
c) Ilustrações: Jesus ensinava verdades abstratas, mas usava elementos
concretos - conhecidos para ilustrar suas mensagens: Água, pão, moeda, etc
(Jo 7.37-38; 6.26-27; Mc 12.14-17). Ele usava imagens claras (Mt 13.13).
Só no capítulo 5 de Mateus, por exemplo, todos os princípios morais
ensinados foram ilustrados concretamente (Mt 5.13-16, 23,29,30,38-42);
d) Autoridade: O público reconhecia que Jesus era diferente dos líderes
religiosos contemporâneos, exatamente por ensinar com autoridade (Mc
1.22);
f) Perguntas: Jesus ensinava fazendo perguntas. O objetivo disto era quase
sempre levar as pessoa conhecerem mais profundamente a Verdade.
Provocar um pensamento mais profundo (Jo 3.13);
Atrair a atenção dos ouvintes (Mc 4.30);
Incentivar as convicções dos ouvintes (Jo 21.15-17);
Ganhar um ponto a mais no debate (Mt 22.42).
4. Jesus era a própria personificação daquilo que ensinava. As verdades que Ele
declarava eram sustentadas pelo Seu caráter firme e equilibrado. Ele era a maior prova
da necessidade de Seus ensinos. Todo o ensino do Novo Testamento está alicerçado nos
ensinos de Jesus. Ele lançou as bases e os apóstolos construíram sobre elas.
II - A excelência da comunicação de Jesus.
1. Meu objetivo não é considerar os canais de comunicação Jesus utilizou em Sua
época comparando-as com os meios de comunicação modernos e sofisticados de hoje
(TV, Rádio, Jornais, etc). O que queremos analisar, é o que estava por trás das palavras e
ações de Jesus quando Ele se comunicava com o público que parava para ouví-lO.
Vamos tentar discernir o comportamento e reações das pessoas que eram alcançadas por
Sua mensagem. Lembre-se: cada pessoa era importante para Jesus, cada alma era
significativa para Ele.
27
2. Jesus é o tipo do comunicador que se arriscava com coisas novas, não ficava
cativo ao trivial - a forma tradicional como todo mundo fazia as coisas. Jesus quebrou
paradigmas, abandonou os modelos ultrapassados existentes da época. O alvo principal
de Jesus eram as pessoas e continua sendo hoje. Mas Ele não “embalou” sua mensagem
de forma errada, tudo que fez, os fins e os meios, foram lícitos. A pregação, o ensino,
estrutura e o jeito de como Ele chegava às pessoas, eram todos legítimos. Veja como Ele
comunicava o Evangelho às pessoas:
a) Ele procurava as pessoas onde elas estavam (Mt 9.35; Mc 6.56);
b) Ele procurava as pessoas nos seus lares, quando aceitava convites para
refeições. (Exemplo: Pedro, Mateus, Zaqueu);
c) Ele procurava as pessoas nos grandes ajuntamentos onde tinha condição de
atuar com eficácia e amplitude.
Na festa de casamento em Caná da Galiléia (Jo 2.1-11)
Na festa dos tabernáculos (Jo 7.37-44)
III - Os meios poderosos de comunicação de Jesus.
1. Como Jesus comunicou a misericórdia de Deus e a Sua divindade? Ele usou pelo
menos dois poderosos meios:
a) Os milagres - através dos milagres Jesus se comunicou a nível existencial.
Esta foi uma excelente estratégia de tornar aceitável e confiável a Sua
divindade.
“Manifestou a sua glória, e os discípulos creram nEle” (Jo 2.11);
“Verdadeiramente és Filho de Deus” (Mt 14.33);
“Senhor, retira-te de mim, porque sou pecador” (Lc 5.8).
b) Curas - Esta ação foi poderosa para tornar fisicamente palpável o interesse de
Deus pelo bem-estar das pessoas.
Jesus veio para pregar, curar e expulsar ou expelir demônios (Mt 4.23);
As curas de Jesus tinham um efeito multiplicador (Lc 7.16-17; 9.43; Mc 1.27-
28; Jo 11.45).
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desconhecidas usando coisas que eram conhecidas pelo povo. Por isto seu ensino e
pregações se tornaram compreensíveis pelo público.
Um semeador;
Um jovem e seu pai;
Um pastor com suas ovelhas;
Trigo.
Moeda perdida;
Grão de mostarda.
3. Convém esclarecer que as parábolas usadas por Jesus não tinham por objetivo
“esconder” a verdade de algumas pessoas. Alguns tomam o texto de Marcos 4.11-12,
para defender esta idéia, mas isso não tem base Bíblica, pois Mateus explica melhor esta
questão e esclarece a razão fundamental do porque Jesus se utilizou de parábolas em
Seus sermões (Mt 13.13). Seu objetivo no uso de parábola era penetrar os corações
endurecidos, para que as pessoas ouvindo-as, entendessem e aceitassem Seus ensinos.
Vejamos dois bons exemplos:
a) A parábola do semeador (Mc 4.1-9). Esta é uma simples história de um
homem da Palestina que saiu ao campo para semear. Nos versículos 10 a 20
temos a interpretação da parábola.
A semente é o evangelho;
O semeador representa quem anuncia o evangelho;
Os quatro tipos de terrenos são os corações dos ouvintes do evangelho.
b) A parábola do filho pródigo (Lc 15.11-14). Um dos filhos que o pai tem, se
perde. Ou seja, ele abandona o pai e sai pela vida sem destino certo. O que
Jesus quis ensinar nesta parábola?
O pai da parábola é um retrato de Deus, que ama seus filhos e lhes dá
liberdade de escolha na vida;
O filho pródigo representa os publicanos e pecadores arrependidos;
O filho mais velho representa os escribas, fariseus e saduceus, que não
conseguiam entender porque Deus aceitava os publicanos e pecadores.
IV - Reflexão Prática:
1. As pessoas gostam de uma comunicação simples, clara e objetiva. Você não
precisa ser um exímio professor para seguir os princípios básicos e métodos de
comunicação usados por Jesus.
2. Se você quer que seus ouvintes recebam o que você está comunicando de forma
compreensível, é necessário que seja criativo e espontâneo na comunicação. Preste
atenção nestes dados:
a) 20% da comunicação vem através do tom de voz;
b) 35% da comunicação vem através das palavras;
c) 45% da comunicação vem através do corpo.
29
3. Estudos na área da comunicação têm demonstrado que 65% da comunicação
falada não tem nada a ver com as palavras, depende de coisas como:
a) A voz;
b) Respiração;
c) Aparência;
d) Gestos;
e) Movimentos;
f) Roupa.
4. O professor K. Arthur Dhanaraj, do Instituto Haggai, disse que o nosso corpo é a
grande orquestra da comunicação! Para termos excelência na arte da comunicação
verbal, então devemos aprender a reger esta orquestra.
30
Exercício de Fixação - Unidade III
4) Jesus não fazia acepção de pessoas. Ele fazia clara distinção entre o “pecador” e
seu “pecado”. Se relacionava tanto com os publicanos quanto com os pecadores.
Quem eram estes?
a) Publicanos –
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
b) Pecadores –
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
31
IV Unidade – O Evangelho Segundo Jesus
11-O Evangelho de Jesus Cristo
12- O Senhorio de Jesus Cristo
13- O Tema Central do Evangelho de Jesus
14- Conteúdos do Evangelho de Jesus
I – Crise de identidade.
1. A igreja hoje vive uma crise de identidade. No Novo Testamento aparece apenas
3 vezes a palavra “cristão” ou crente, enquanto que a palavra discípulos aparece 260
vezes. A palavra “Salvador” (que está relacionada à idéia de crente, bênçãos, etc.)
aparece 24 vezes, enquanto que a palavra “Senhor” (que está relacionada a discípulos,
renúncia, obedecer, etc.) aparece 700 vezes. Qual é a ênfase de sua igreja? No Salvador
e crente ou no Senhor à discípulo?
2. Como eram conhecidos os irmãos da igreja primitiva? Como crentes ou
discípulos? Sem dúvida que eram como discípulos! E hoje, como somos conhecidos?
Lamentavelmente, como crentes! A maioria apenas concorda com a verdade a respeito
do Salvador Jesus para usufruírem das bênçãos, que Ele oferece, mas sem nenhum
compromisso com o seu senhorio. Estamos diante de uma crise de identidade, não é
mesmo? O fato é que mais de 90% dos crentes hoje não se enxergam como discípulos.
3. A raíz deste problema está relacionada ao conteúdo de nossas mensagens. Ou
seja, se enfatizarmos apenas o “Salvador” vamos gerar apenas crentes, consumidores de
bênçãos; agora se enfatizarmos o Senhorio de Cristo vamos gerar discípulos, pessoas
comprometidas pessoalmente com a verdade e com a igreja. O evangelho de Jesus não é
negociável. A nossa mensagem está fazendo com que as pessoas se sintam bem, gerando
uma falsa segurança, uma fé fácil e traiçoeira ou exigindo delas mudanças morais,
abandono do pecado e o renegar da impiedade. Quais são as implicações quando nossa
mensagem não atinge estes objetivos?
A mensagem da Cruz é radicalmente obscurecida;
A fé dos ouvintes passa a ser baseada em sentimentos e na engenhosidade
humana;
Adicionam obras à fé.
32
7.13-27, por considerá-la de fácil entendimento. Jesus está concluindo o Sermão do
Monte e Ele quer que seus ouvintes façam, inevitavelmente, uma escolha. Ele enfatiza
que é necessário adotar algumas atitudes em relação às verdades que ensinou nos
capítulos 5 a 7.
2. Observe que Jesus está trabalhando sempre com a ideia de dois grupos: um
majoritário e outro minoritário; e dois destinos: a perdição e a vida eterna. Em seu
conteúdo, Ele ressalta que a salvação é uma decisão que está relacionada diretamente
com o Seu senhorio; não é uma decisão apenas momentânea, mas definitiva, com
implicações contínuas e consequências eternas:
a) Duas portas: a estreita e a larga;
b) Dois caminhos: o estreito e o espaçoso;
c) Duas fachadas: a verdadeira e falsa;
d) Duas atitudes: de lábios e de vida;
e) Dois alicerces: a rocha e a areia.
2.A) As duas portas (v. 13). Há uma porta certa e outra errada. Jesus não está
fazendo comparações aqui, o que Ele exige é uma decisão por uma ou outra. Não há
uma terceira alternativa.
Não há espaço para placas, crenças e doutrinas ou sistemas de méritos humanos;
Não há espaço para carregar bagagem tal como, autojustiça ou algo do tipo.
Cristo é suficiente;
A questão aqui é absolutamente pessoal. Você não entra no reino como parte de
um grupo ou denominação.
2.B) Os dois caminhos (v. 14). É necessário tomar a decisão de andar por um dos
dois caminhos: o estreito ou o largo. O caminho largo não requer nada, é o caminho
natural do mundo e também apresentado pelas religiões de massa; mas o caminho
estreito requer princípios, requer caráter; pois é difícil a caminhada, caracterizada por
autonegação, cruz, identificação com Cristo, perseguição, decisão, entrega e obediência.
Jesus é a porta que leva ao caminho estreito;
Jesus questionou a fé daqueles que a se autodenominavam discípulos (Jo 6.64);
Jesus é a porta que leva ao caminho estreito. Por isso, Ele confrontou a uma
multidão bajuladora (Lc 14. 25-27 e 33);
Jesus exige submissão total ao seu senhorio (Mt 11.30);
A opção por uma das portas e por um dos caminhos decide nosso destino.
2.C) As duas fachadas (vv. 15-20). A questão aqui é a opção pela Verdade ou
mentira. Não importa ter uma boa teologia; os falsos mestres também dizem “Senhor,
Senhor”, contudo são perigosíssimos! São lobos devoradores e mentirosos.
Os falsos mestres se escondem numa capa de piedade cristã;
Você pode reconhecê-los por seus frutos, vivem uma vida iníqua;
Usam o nome de Deus para fazer coisas que não são de Deus;
Seus ensinos não estão de acordo com as Escrituras Sagradas.
33
2.D) As duas atitudes (vv. 21-23). Tem-se que escolher entre uma atitude para
com o Senhor: expressá-la com os lábios ou com a própria vida.
Declarar somente com os lábios não basta, pois a vida fala mais alto;
Ter carisma, dons e fazer coisas sobrenaturais, não significa que essa pessoa é
conhecida pelo Senhor;
Ser usado por Deus, não quer dizer ser aprovado por Ele.
2.E) Os dois alicerces (vv. 24-27). Jesus chega ao fim do Sermão do Monte
exigindo uma decisão: em qual dos dois alicerces vamos construir nossa vida? Sobre a
rocha ou areia?
A diferença toda está no alicerce, embora ele não apareça;
A questão chave aqui não é se ouvimos a Palavra de Cristo, mas se a
praticamos.
34
seja, não havia nenhuma diferença entre aceitar o Salvador e o Senhor. Era uma coisa
só! A razão é simples: O senhorio de Cristo estava explícito, tanto na pregação como no
apelo para a salvação (Atos 2.21 e 36; 16.31; Rm 10.9).
2. Aceite ou não; admita ou não; Cristo é Senhor! E no fim dos tempos, todos, tanto
os que O aceitaram quanto os que O rejeitaram, dobrarão os joelhos diante dEle (Rm
14.9; Fl 2.11).
Jesus é Deus Todo-Poderoso, o Criador e sustentador de todas as coisas (Cl 1.16-
17);
Jesus é soberano, Ele é Senhor do sábado (Mt 12.8);
Todo julgamento Lhe foi entregue pelo Pai ( Jo 5.22-23).
3. O próprio Jesus disse em Mateus 7.22, que o simples verbalizar ou confessar
“Senhor, Senhor”, não é nenhuma garantia de que tal pessoa vive sob o Senhorio de
Cristo. É impressionante notar que, em relação aos incrédulos, Jesus ressaltava o seu
senhorio como assunto principal:
Para o jovem rico, Jesus exigiu que ele reconhecesse o seu senhorio: “segue-me”
(Mt 19.21);
Em Lucas 6.46-49, Jesus colocou à prova a declaração de fé daqueles que lhe
chamavam de Senhor;
Portanto, a salvação deve preceder ao senhorio de Cristo.
35
Hipócritas – pessoas que tão somente tentam parecer religiosos, mas estão longe
da porta e do caminho estreito;
Superficiais – pessoas que chamam a si mesmo de crentes - estão há anos na
igreja, mas não tem nenhuma relação pessoal e experimental com o senhorio de
Cristo;
Consumidores – pessoas que procuram seu bem-estar, bênçãos, experiências,
curas, milagres, etc. Mas não querem seguir as pegadas do Mestre, pagando o
preço do discipulado.
III – Aplicação prática para a vida do servo.
1. Esta reflexão prática é mais longa que as demais, pois quero fazer aqui um apelo
à pregação bíblica. Qual é a forma bíblica de apresentar o Evangelho? Como pregar, a
ponto de as pessoas serem libertas do paganismo e do legalismo, como aconteceu aos
Tessalonicenses (I Ts 1.5-9)? Bem, um Evangelho água com açúcar não produz pessoas
completamente transformadas:
“(Porque o nosso evangelho não chegou até vós tão somente em
palavra, mas, sobretudo, em poder, no Espírito Santo em plena
convicção, assim como sabeis ter sido o nosso procedimento
entre vós e por amor de vós” v. 5)!
2. Primeiro, tem que ser uma pregação em PODER, não no MARKETING. Poder
(gr. Dinamis) de Deus não é produzido artificialmente, com técnicas. Normalmente,
quando introduzimos o marketing pessoal nas pregações, subvertemos os preciosos
valores do evangelho. Não negligencie a responsabilidade da pregação bíblica! É ela
que dá identidade e feição à Igreja do Senhor. Não se especialize em apelos
sentimentalistas; não seja vendedor de "indulgências" religiosas. Certifique-se de que o
Evangelho, segundo Jesus Cristo, é algo muito sagrado para que se brinque com ele!
3. Segundo: deve ser uma pregação no ESPÍRITO SANTO, não na ENERGIA
DA CARNE. Quando a nossa pregação é desprovida do Espírito, ela se torna “um
artifício” humano; isto é: fogo estranho. É produção humana, não vem do céu. Sabe do
que precisamos hoje? É de uma postura evangélica, isenta de relativismo e
comprometimento com o mundo. Os gregos utilizavam-se de técnicas comuns de
persuasão para controlar a mente das pessoas; hoje não é muito diferente. Uma pregação
na “energia” da carne não promove mudanças de vidas, pois somente por meio do ato
regenerador proveniente do Espírito Santo, o pecador pode realmente experimentar uma
mudança da natureza carnal.
4. Terceira: deve ser uma pregação em PLENA CONVICÇÃO, não baseada num
PROFISSIONALISMO exacerbado. Nossas convicções devem ser moldadas pela
imutável Palavra de Deus e não pelos mutáveis aspectos da cultura moderna. Não
podemos transmitir o Evangelho apenas como uma mera informação, senão o que é
vocação se torna carreira e o viver pela fé em cachê. Isto é um insulto aos olhos de
Deus. O Evangelho é um poder transformador, que deve causar impacto primeiramente
em sua vida; você precisa acreditar na suficiência da Palavra de Deus. Senão, você vai
fazer da pregação uma atitude profissional.
5. O que uma pregação genuinamente bíblica é capaz de produzir? Vejamos o que I
Tessalonicenses 1.3-10 diz:
a) Produz crente genuinamente convertido a Jesus, que demonstra uma fé
expressiva e observável, uma fé visível e que pode ser avaliada (1.3 e 9);
36
b) Produz verdadeiros discípulos de Jesus, não apenas frequentadores de reuniões
(1.6).
c) Produz discípulos que são discipuladores, marca visível, cópias, imagem,
padrão; modelo para ser seguido (v. 7). A palavra "modelo" está no singular,
considerando a igreja como um todo; e o "vós" está no plural, apontando para
cada cristão, como indivíduo;
d) Produz discípulos comprometidos com uma visão missionária, não apenas
pessoas restritas às quatro paredes da igreja (v. 8). Uma comunidade que não
sofre da síndrome do Mar Morto, ou seja: que só recebe e ainda sonega o que
recebe de graça. A Bíblia diz que através dos discípulos comprometidos com
a Palavra “repercutiu”, “divulgou”, “ressoou” em todas as direções!
6. Jesus tem que ser o centro e a razão da existência da igreja. Nossa igreja não
deve ser uma organização fria, mas uma comunidade unida e congregada pelo Espírito
Santo de Deus. Deve ser uma igreja onde se vive o senhorio de Cristo e se prega uma
mensagem bíblica.
37
Reino de Deus nasce dentro do homem, pela aceitação do senhorio de Cristo sobre sua
vida, e se materializa na continuidade dos salvos (entre, no meio) que vivem de maneira
digna do Reino.
2. A maior parte dos ensinos de Jesus sobre o Reino de Deus se prende ao seu
aspecto presente, no qual ele está crescendo e se espalhando entre os homens. O Reino
está em nós como fermento (Mt 13.33).
3. Jesus declarou que o Reino estava chegando (Mc 1.15; Lc 10.9-11); estava
chegando com Ele (Mt 4.23; Lc 8.8.1). O reino de Deus neste aspecto presente e
espiritual, será proclamado até a volta de Cristo (Mt 13.3-8 e 18-19).
4. Esta era, presente do Reino de Deus, é um tempo em que os homens podem se
aproximar dEle. Jesus disse que o escriba pela sua compreensão se aproximou do Reino
(Mc 12.34). Mas Jesus também disse que agora os homens entram no Reino por força
(Mt 11.12; Lc 16.16). Para tomar posse do Reino presente e espiritual é necessário
submissão.
É necessário crer e se arrepender (Mc 1.15; Mt 4.17);
É necessário ser regenerado (Jo 3.3 e 5);
É necessário ser discípulo e demonstrar lealdade total ao reino (Mt 13.52; Lc
9.60-62);
É necessário demonstrar um alto nível de justiça (Mt 5.20).
5. O reino de Deus pode ser aberto ou fechado pelos homens: Pedro recebeu as
chaves para abrí-lo (Mt 16.19), enquanto que os fariseus fecharam-no (Mt 23.13).
6. O Reino de Deus, na perspectiva presente e espiritual se expande e cresce
rapidamente, pois é espontâneo (Mc 4.26-29). Jesus disse que é como um grão de
mostarda (Mt 13.31-32); e como a levedura (Mt 3.23).
6. Os súditos deste Reino presente e espiritual devem manifestar as qualidades de
caráter que refletem o caráter de Cristo.
Justiça (Mt 5.20);
Docilidade (Mt 18.3-4);
Amor (Mt 25.34);
Perdão (Mt 18.21-23), etc.
III - Uma realidade escatológica.
1. O segundo aspecto do Reino de Deus, nos ensinos de Jesus, é o
ESCATOLÓGICO, tem uma conotação futura. Neste tempo o reino terá uma
característica política (Mt 10.28; 20.21-23; Lc 22.29-30; Atos 1.6-7), como também
social (Mt 8.11-12; Lc 22.16-18 e 30; Mt 26.2).
A consumação do Reino se dará no retorno do Senhor (o (dia do Senhor” – At
2.16-21);
Jesus entrega o Reino ao Pai, numa atitude de submissão e dependência (I Cor
15.24-25)
2. Enfim, este Reino escatológico, terá também uma relação com o perfeito estado-
eterno, que é o ápice do reino de Deus (Mt 25.34 e 46).
38
IV - Reflexão Prática:
1. Em termos práticos, o Reino de Deus não é físico, mas espiritual. Isto significa
que temos que ganhar e expressar a visão do Reino de Deus nas dimensões da vida
diária. Jesus ensinou que o Reino de Deus deve ter prioridade máxima na vida de seus
discípulos (Mt 6.33).
2. O que pode nos afastar desta perspectiva? Colocar os interesses do Reino em
segundo plano, ou seja: quando as questões tangíveis ou materiais (comida, bebida ou
qualquer outra coisa), passam ser a maior preocupação de nossa vida (Mt 6.31-32).
3. O Reino de Deus na perspectiva PRESENTE e ESPIRITUAL, segundo Romanos
14.17, tem as seguintes práticas, como expressões na vida do cristão.
a) “justiça” - retidão moral. É por isto que os injustos não herdarão o Reino de
Deus;
b) “paz” - comunhão entre irmãos fortes e fracos. Os cristãos têm que viver
uma vida de harmonia;
c) “alegria” - uma experiência genuinamente espiritual, promovida pelo
Espírito Santo em seu interior. A alegria é um dos frutos do Espírito (Gl
5.22).
4. Paulo está dizendo que o Reino de Deus deve estar centrado em valores
espirituais. O Novo Testamento, especialmente nas epístolas paulinas, descreve o reino
de Deus como sendo uma herança futura, mas por outro lado ele é apresentado e
definido como algo que já está presente, na vida dos discípulos de Jesus, através do
habitar do Espírito Santo. Agora Ele se manifesta em poder espiritual, depois se
manifestará em glória.
39
Tem um coração que anseia por libertação plena e radical,
c) “Os mansos” – herdarão a terra (v. 5).
Suporta as injustiças sem guardar ressentimentos.
Distingue-se pela paciência, por se opor ao espírito de contenda, luta, revolta
e desejo de vingança,
d) “Os que têm fome e sede de justiça” – terão satisfação espiritual (v. 6).
Desejo de praticar o que é reto e viver o caminho da justiça;
Aguarda a justiça final de Cristo que prevalecerá em todos os corações.
e) “Os misericordiosos” – receberão misericórdia (v. 7).
Impelidos a perdoar aqueles que poderia punir;
Sente o sofrimento alheio em sua própria vida.
f) “Os limpos de coração” – terão a visão de Deus (v.8).
São orientados por motivos e princípios puros;
Sensibilidade espiritual.
g) “Os pacificadores” - serão declarados filhos de Deus (v. 9).
Promotores da paz;
Aplicam-se a viver em paz com todos.
h) “Os que são perseguidos por causa da justiça” – terão o reino como prêmio
(vv. 10-12).
Determinados a sofrer por Cristo;
Sentem prazer por sofrer pela causa de Cristo.
40
“Boas obras” aqui quer dizer o que é “bom”, “formoso”, “atraente” e
“elegante”.
Jesus condena este gesto, indicando ser piedade carnal, hipocrisia. Não há
autenticação na ação!
41
2. Nos três exemplos acima Jesus confronta radicalmente a tendência natural do ser
humano, em sua religião, em ser hipócrita, ao procurar ser notado nos momentos
de celebrações ou culto. Então, Jesus propõe um projeto de espiritualidade
genuína, marcada pela piedade de coração.
42
2. Convite para entrar no Reino (vv. 13-14). A entrada no Reino exige dedicação,
disciplina, trabalho, renúncia e entrega total.
3. Convite para discernir espiritualmente o que é falso e enganoso (vv. 15-23);
Não basta fazer, tem que ser. Não basta crer, tem que demonstrar fruto de
arrependimento.
4. Convite para aplicar de forma prática os ensinos anteriores dele quanto aos
padrões da vida no Reino (vv.24-29). Vitória da prudência contra a insensatez.
43
( ) É necessário não demonstrar um alto nível de justiça
44
b) O “servo” é todo aquele que segue a Cristo;
c) A expressão “servo inútil” diz respeito a nossa impossibilidade de perfeição.
Isto é para que nos lembremos sempre das nossas imperfeições humanas.
3. De forma geral, podemos destacar as seguintes chaves desta parábola:
a) A missão do servo é servir;
b) O serviço cristão não deve ser encarado como uma “tarefa”, mas como um
estilo de vida:
O serviço do verdadeiro servo é sem limitações;
O servo deve servir sem esperar ser recompensado por ter cumprido com o
seu dever.
45
4. Todos nós (clero ou leigos; líderes ou liderados), devemos servir tanto quanto
precisamos ser servidos. Você é um servo? Que mudanças você vai fazer com base nesta
lição?
46
A exemplo de Jesus, não devemos assumir nenhuma missão ou tarefa onde não
podemos ser mais servido do que servir, mais receber do que dar.
O serviço cristão deve ser uma via de mão dupla: uma que dá e outra que recebe,
ou vice-versa.
47
III - Reflexão Prática:
1. Aprendemos neste capítulo que é impossível executar o serviço cristão sem uma
atitude de negação radical da própria pessoa e da própria vida. Jesus é nosso grande
exemplo:
a) A cruz, por exemplo, ocupou o cerne da vida de Jesus;
b) Na Sua vida, a cruz é sinônimo do morrer para si mesmo, a fim de que outros
vivam e renasçam para Deus (João 12.23-36).
2. No ato do servir não há espaço para títulos e status. É só verificar a
demonstração do próprio Jesus em João 13.4-17! Ali não encontramos nenhuma
indicação de que temos que proteger nossa reputação, posição ou poder. Ao contrário, o
servir é sinônimo de auto sacrifício.
3. Sim, o serviço cristão é auto sacrifício, pois ao servir abrimos mão de:
a) Direitos;
b) Posição;
c) Tempo;
d) Reputação.
4. Assim como foi com Jesus, o conceito de serviço, deve está efetivamente
ilustrado no que fazemos, não só no que ensinamos ou pregamos.
48
(Mc. 3.20; 6.31). Uma só coisa lhe interessava: as necessidades mais urgentes das
pessoas!
3. Jesus servia dando exemplo: Ele havia ensinado aos seus discípulos que "O
maior entre vós seja aquele que serve" (Mt. 23.11). Mas antes Ele demonstrou isto na
prática, deixando-lhes o exemplo para que fizesse o mesmo: "Vós me chamais Mestre e
Senhor, e dizeis bem, pois Eu sou. Ora, se Eu, sendo Senhor e Mestre, vos lavei os pés,
devíeis vós também lavar os pés uns dos outros. Eu vos dei o exemplo, para que façais o
mesmo" (vv. 13, 14, 15).
4. Jesus servia quebrando paradigmas: os líderes religiosos do tempo de Jesus
tinham grande dificuldade em servir as pessoas. Tudo que eles faziam, suas atitudes e
ações eram previamente calculadas, cujo fim era o louvor pessoal: eles exibiam-se para
serem vistos pelos homens; cobiçavam sempre os primeiros lugares nos banquetes;
sentavam sempre nas primeiras cadeiras nas sinagogas; apreciavam as saudações
públicas, bem como, serem chamados de "rabi" pelos homens (Mt 23.5-7). Jesus
também sabia que entre os discípulos a coisa não era muito diferente. Pois eles tinham
uma mentalidade de que só os menores deveriam lavar os pés dos outros. O assunto do
lava-pés era, portanto, um assunto extremamente melindroso para eles; nem mesmo
iriam falar sobre isso. Ninguém gostaria de ser considerado o menor (Lc 9.46). Então
Jesus ensina-lhes uma grande lição...
a) Quando Jesus tomou a bacia com água e a toalha e passou a lavar os pés dos
discípulos, Ele estava mostrando que servir aos outros não diminui a pessoa.
Ao contrário, engrandece!
O ato de servir é a chance que temos para revelar nossas qualidades de caráter
que refletem o caráter de Jesus. Uma coisa é atuar como servo - outra coisa
completamente diferente, é ser servo;
O SER sobrepõe o FAZER! Ser servo exige grandeza humana: "...Eu, Senhor e
Mestre, vos lavei os pés... Eu vos dei o exemplo" (vv. 14,15).
b) É a grandeza humana de Jesus, em ser servo das pessoas, que O eleva acima de
todas as figuras humanas mais importantes que já viveram sobre a Terra. Jesus
foi diferente de todos os homens de muitas maneiras, especialmente na "arte de
servir" ao próximo.
Jesus expressou a intenção quanto ao servir quando se tornou humano;
A finalidade da encarnação de Jesus era deixar um modelo concreto e objetivo
para ser seguido; um estilo de vida para ser imitado: “ ... Vós deveis lavar os pés
uns dos outros” ( v. 14 )
49
de servir, só se aprende servir servindo, “mergulhando” pessoalmente na vida do
próximo.
Se o "servo" for uma pessoa ausente, que se mantém sempre à distância das
pessoas, como ele poderá servi-las?
O servo não escolhe tempo nem lugar, o serviço acontece espontaneamente;
Servir é dar-se a si mesmo aos outros por amor a Deus. É fazer o que Jesus fez
na última Ceia: Ser espontâneo!
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b) Jesus disse a Pedro que a admissão e a permissão, eram a chave para ele
manter comunhão com o Senhor.
4. Suponho que os discípulos conheciam bem o costume de “lavar os pés” dos que
entram na casa; porque eles não fizerem? Qual é sua opinião?
__ Não se podia lavar seu próprio pé;
__ Esqueceram;
__ Era o trabalho de um servo;
__ Seria muito humilhante;
5. APLICAÇÃO: De quem você pode “lavar os pés” esta semana?
_________________. Como vai fazer isto?
I - Diakonos.
1. Este termo aponta para nossa atitude de servo, ou o que fazemos para alguém. O
“diakonos” é aquele que exerce a diaconia (serviço), como fruto do seu amor e
obediência ao Senhor. Isso significa que o serviço cristão deve ser feito tanto no âmbito
espiritual (com os carismas ou dons), como em termos temporais ou materiais, como
visto em II Coríntios 8.19 e Romanos 15.25. Portanto, diaconia não é uma função
restrita ao diaconato, mas uma função de todo cristão, todos os membros do Corpo de
Cristo.
2. Na perspectiva do Novo Testamento, servir a Cristo significa servir ao próximo,
a igreja visível. Jesus, por exemplo, exigiu dos seus discípulos uma disposição
incessante para servir. Ele passou para eles a idéia de que servir ao próximo é como um
bumerangue: aquilo que você der, retorna novamente à você.
II - Doulos.
1. Este termo aponta para nossa submissão como servos de Deus, uma entrega total
e consciente. Na língua portuguesa tem uma palavra que expressa melhor a idéia do
doulos: “escravo”, que significa viver numa completa submissão ao seu senhor.
2. No Novo Testamento “doulos” quase que exclusivamente expressa a sujeição
completa do cristão ao Senhor. Stanley Jones disse: “o principal modo como você e eu
somos desleais a Cristo, é quando fazemos pequeno o que Ele pretendia que fosse
grande”.
3. “Doulos” realça também a simplicidade e profundidade do serviço cristão, pois
fala da importância em doarmos o que somos e o que temos ao próximo. Mas isso
não é tão fácil assim, há duas grandes barreiras para transpor: o “individualismo” o
“materialismo”.
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A idéia de doarmos o que somos, choca frontalmente com o individualismo
humano;
A idéia de doarmos o que temos, choca frontalmente com o materialismo
humano.
III - Litourgos.
1. Este termo aponta para nossa responsabilidade de servo, ou missão, assumida
espontaneamente. A palavra “litourgos” (de onde provém nossa palavra “liturgia” em
português), descreve qualquer tipo de serviço. Por exemplo: pode se aplicar tanto à
pregação do pastor como ao serviço dos diáconos recolhendo as ofertas no culto, como
também a um músico apresentando uma canção. Ou seja, servir aos outros é uma
“liturgia”, ou seja: “liturgia” é o mesmo que culto!
2. Portanto, tudo que fazemos na igreja, todo trabalho dos santos, se constitui num
culto a Deus. O serviço cristão visto na perspectiva do termo “litourgos”, nos remete ao
fato de que nosso “fazer” na igreja não é tanto um sacrifício santo pela nossa completa
dedicação a Deus, vivendo numa total dependência dEle. Mas o fazer na igreja é culto,
adoração e celebração. Veja, por exemplo, as seguintes passagens:
a) Filipenses 2.25 e 30 - Epafrodito aparece como um “litourgos”,
“ajudador” e “cooperador”, servindo ou doando-se a Paulo em suas
necessidades.
b) Marcos 10.45 - Para Jesus, bem como dos Seus apóstolos, o servir era
muito mais do que desempenhar tarefas. Para eles, o servir era sinônimo de
devoção, de liturgia, de culto a Deus.
3. Em II Coríntios 9.12-14 a palavra liturgia está ligada a diaconia, como oferta
destinada aos crentes carentes da Judéia. Esta passagem nos ensina três grandes lições:
a) As necessidades dos irmãos sendo supridas.
b) Deus sendo louvado. (Há muita gratidão a Deus).
c) O servo recebendo cobertura espiritual. (Sendo alvo das orações dos
irmãos).
IV - Huperetas.
1. Em I Coríntios 4.1, a palavra grega para “ministro” é “huperetas”, que significa
“servo”, “escravo”. Originalmente o termo “huperetas” aplicava-se a um “remador
inferior de porão de um grande navio” (as galés).
2. A figura do “remador de porão” que Paulo empregou para ilustrar o servo de
Cristo é muito importante, pelo menos por quatro razões:
a) O trabalho do remador era o mais pesado: A maior extensão do remo
penetra na água, à medida que ele executa sua tarefa. Era a máquina que
“fazia andar” o navio.
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b) O serviço do remador era um trabalho anônimo: O remador nunca está por
cima, mas sempre por baixo, no porão.
c) O serviço do remador era um trabalho-escravo: O remo era um lugar
destinado exclusivamente aos presos condenados a morte. Era o lugar menos
confortável do navio. No entanto, era o que possibilitava o seu movimento.
d) O trabalho do remador exigia total submissão a uma voz de comando: Os
remadores tinham que seguir o ritmo da “batida do tambor”. O sincronismo
gerava um trabalho de equipe eficiente. A cadência ou ritmo determinava a
produtividade.
3. Se você está a fim de assumir sua verdadeira posição no Corpo de Cristo, ou seja,
ser um “ministro”, saiba que isso é um grande privilégio, pelo simples fato de ser
“ministro de Cristo”.
Representar a Cristo, assumindo todas as implicações do Seu ministério
terreno (Mc 10.45; Jo 12.26).
Servir no lugar de Cristo, fazendo o que Ele faria se estivesse entre nós.
V - Reflexão Prática:
1. O Novo Testamento ensina que o ser está acima do fazer. Todavia, o fazer
sempre colabora para as mudanças no ser.
2. O serviço é uma das disciplinas do crescimento cristão. Portanto, você não tem
que esperar ser para só depois começar a fazer. Na prática da vida cristã, enquanto a
pessoa for fazendo ou servindo, ela estará crescendo no ser, em maturidade cristã.
3. Portanto, a verdadeira posição do cristão é de ser “escravo”, “servidor”, alguém
que desenvolve um trabalho humilde, destituído de honra, aplausos e reconhecimento.
4. A posição do servo de Cristo não é uma posição de onde advêm vantagens, mas
é uma posição onde se exige “sacrifícios”, “resignação”, “humildade”, “submissão” e
“muito trabalho”. Você ainda deseja ser um servo?
5. Faço minhas as palavras de Charles Mayes: “Certifique-se de que por aquilo
que você vai viver também vale a pena morrer”
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Exercício de Fixação - Unidade V
4) Complete.
Jesus instruiu a seus discípulos sobre como desenvolver uma liderança que é capaz
de servir e para tal é preciso:
Envolvimento_____________________________
Esvaziamento do __________________________
Servir com _______________________________
54
VI Unidade – Lidando com Situações “ Problemáticas”
55
4. Corrija com um espírito de brandura e humildade, e fique aberto à
possibilidade de você Ter ofendido alguém e/ou de que o problema não é pecado em si,
mas, sim, um mal entendido (Gl 6.1). A falta de boa comunicação é a raíz da maioria
dos nossos conflitos. Nesses casos, não há erro em uma ou outra pessoa; mas, ambas
precisam melhorar sua comunicação; isso normalmente requer mais tempo juntos,
especialmente no casamento.
5. Resolva o conflito protegendo o nome de seu irmão (v.15). A razão pela qual
tentamos resolver o conflito individualmente é não espalhar o problema ou a vergonha
do nosso irmão para outras pessoas. Canaã expôs a vergonha de seu pai, Noé, e acabou
sendo amaldiçoado por ele, enquanto seus irmãos fizeram de tudo para cobrir essa
vergonha (Gn 9.26,27). Nossa atitude deve ser a de querer ajudar a resgatar nosso
irmão, não, condená-lo, julgá-lo ou expô-lo.
6. Se não concordarem, busquem árbitro(s) que seja(m) aceitável(is) para
ambos, geralmente alguém com autoridade espiritual (v.16). O texto não diz que deve
ser alguém aceitável para ambos, mas a experiência tem mostrado que isso pode fazer
uma grande diferença. Essa decisão feita em consenso ajuda ambos os lados estarem
abertos para correções. Quando eu simplesmente pego uma ou duas pessoas que já estão
convencidas do que lhes contei, o outro pode sentir-se pré-julgado e não aceitar essas
pessoas como árbitros ou testemunhas objetivas.
7. Leve o pecado a sério (v. 17). Quando alguém peca e não está disposto a
arrepender-se, ou às vezes nega que suas atitudes sejam pecaminosas, esse pecado irá
contagiar outros (Hb 12.15; veja a história de Acã em Js 7). Por isso, Jesus leva o
assunto até o fim: ou a reconciliação ou a separação. Não dá para ficar dividido em
espírito e ainda o mesmo Corpo. Paulo trata o pecado não arrependido da mesma forma,
com uma seriedade que requer exclusão. Não se deve nem tomar uma refeição com
alguém assim (1 Co 5), ainda que o nosso alvo sempre seja a restauração dele (2 Co2.5-
11).
8. Leve a batalha espiritual a sério, confrontando os seres espirituais antes de
encontrar-se com o irmão caído, e também quando estiver com ele, se houver abertura
(v.18). Esse versículo, dentro do contexto de resolver conflitos, nos leva a entender que
existe uma ligação entre as decisões feitas na terra e as feitas nos céus. O que está sendo
ligado e desligado pode ser o pecado ou o irmão, ocorrendo a mesma coisa quando este
se libera do pecado ou se recusa a abandoná-lo.
Nossa batalha é contra a carne, o mundo e o diabo. Quando a carne abre uma
brecha, o diabo muitas vezes entra também (Ef. 4.25,26; I Pe 5.7,8). Então nossas
orações devem incluir um aspecto da batalha, entendendo que nossa luta não é contra
carne e sangue, mas contra poderes espirituais demoníacos (Ef 6.12). Quando prevemos
que a luta pode ser dura devemos nos vestir em oração com a armadura de Ef 6.10-18.
Faz muito sentido orar para Jesus amarrar ou acabar com o poder de qualquer ataque ou
aflição demoníaca.
9. Interceda antes e durante o encontro, sabendo que a oração é eficaz, mas
saiba, também, que Deus muitas vezes responde às nossas orações de forma
surpreendente (Mt 18.19,20). Esses dois versículos sobre oração são citados com muita
frequência, mas que nunca no contexto de resolver conflitos. Se entendermos que a
conversa que começa no versículo 15 continua até o final do capítulo, juntando a
necessidade do confronto com a de perdão, então, os versículos do meio ganham um
novo sentido. O alvo do confronto do v. 15 é poder chegar a orar juntos no espírito dos
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versículos 19 e 20. O Espírito quer transformar o quadro de divisão e ofensa em união e
concordância.
10. Leve o perdão a sério, liberando completamente o irmão que se arrepende
(vv.21-35). O número sete representa a perfeição, então Pedro achou que estava
perguntando sobre a possibilidade de um perdão repetido sete vezes, que chegaria ao
ápice de perfeição. A resposta de Jesus indica que devemos ir muito além do que parece
perfeito aos olhos humanos, expressando um perdão infinito (setenta vezes sete).
Algumas vezes ficamos surpresos quando, algum tempo depois de termos perdoado a
alguém, sentimentos de dor, tristeza, raiva, etc. ressurgem ou reaparecem. Devemos
perdoar tantas vezes quantas forem necessárias – não apenas quando a pessoa repete o
mesmo pecado, mas, quando esses sentimentos surgem repentinamente através do
tempo. ( Isto não revela quem não perdoamos?)
Esse tema é ainda complicado pelo perdão barato: perdoar da boca para fora,
superficialmente, sem resolver a dor que sentimos e as consequências negativas com as
quais teremos que conviver. Na parábola do credor incompassivo que segue o texto que
estudamos, a lição principal é sobre o perdão. Devemos perdoar muito, porque temos
sido perdoados de muito mais! Embutida nessa parábola há uma lição sobre perdão
barato. Quando o credor incompassivo não se demonstrou digno do perdão, seu senhor
retirou o perdão que havia estendido para ele, e Jesus conclui dizendo “Assim também
lhes fará meu Pai celestial, se cada um de vocês não perdoar de coração a seu irmão”(v.
35). Devemos levar o perdão a sério, entendendo que a vida cristã não é composta de
graça barata nem de perdão barato, mas da graça que custou o sangue de Cristo e de
perdão genuíno. David Augsburger desenvolve bem esta tese em seu livro Importe-se o
bastante para (não) perdoar (United Press).
11. O arrependimento verdadeiro inclui restituição. Dessa forma evitamos cair
num barato, num arrependimento superficial (veja Lc 3.7-14; Lc 19.8). Devemos pensar
não apenas em como parar de fazer o mal, mas também em como reparar isso com o
bem. Às vezes, isso requer uma certa criatividade, mas o espírito sempre pode nos
iluminar a respeito.
Se o pecado se basear numa fraqueza do caráter do irmão e se ele estiver aberto
(entendendo que arrependimento verdadeiro inclui reparar o mau com o bem), deve-se
cogitar a realização de um discipulado que possa fortalecer seu caráter para evitar que
caia outra vez nesse pecado (Lc 11.24-26; Hb 12.12-17; Tiago 5.19,20).
II - Reflexão Prática:
1. Você está em conflito com alguém? (Na escola, na igreja, em casa, etc.) Então,
pense e escreva algumas formas de como colocar em prática estes princípios em sua
vida, visando a resolução deste(s) conflito(s), nos próximos oito dias.
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Mateus, apresentam quatro ataques sutis desferidos contra Jesus, por seus rivais. Nós
sabemos, através dos quatro evangelhos, que a cúpula da religião oficial de Israel foi
sempre o inimigo número um de Jesus. Eles eram a "pedra no sapato" de Jesus.
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III - Sabedoria sendo aplicada quando a questão era a relevância de
uma doutrina bíblica na qual ele acreditava (Mateus 22.23-46)
1. Aqui não só a autoridade de Jesus foi questionada, mas também suas
convicções.
2. Primeiro, os saduceus testam Jesus procurando surpreender em alguma palavra
(vv. 23-33). Como pertenciam a um grupo de religiosos que não acreditavam haver
ressurreição, nem vida futura, citaram de forma bem estruturada uma situação onde
abordavam sua crença (vv. 24-27) e lhe fizeram a seguinte pergunta: “Se uma mulher
for viúva de sete homens, na ressurreição, de qual deles será ela esposa?" (v. 28). O que
os saduceus queriam com isto?
Na verdade, o que eles queriam era ridicularizar a doutrina bíblica da
ressurreição;
Quando o assunto é a doutrina bíblica, não há concessões!
3. A resposta de Jesus foi fantástica. Primeiro, Ele revela o desconhecido: na
ressurreição seremos como os anjos! Depois mostra e esclarece o conhecido: Deus, “o
Deus de Abraão, Isaque e Jacó”, é Deus de vivos e não de mortos! Bem como estes
patriarcas que já há muito haviam morrido, todos os que pertencem a de Deus
ressuscitarão. Portanto, a conclusão de Jesus foi a seguinte: aos olhos de Deus, os
mortos continuam vivos.
4. Por último vieram os fariseus e doutores da lei perguntando-lhe: "Qual é o
grande mandamento na lei?". (vv. 34-46). Como Jesus saiu desta?
Primeiro: Ele mostra o conhecido, pois está escrito em Deuteronômio (6.5; 10.12
e 30.6), amarás ao Senhor teu Deus… e acrescenta o óbvio (1Jo 4.20). Como
podemos amar a um Deus que não vemos, se não conseguimos amar a quem
vemos?
Segundo: Ele leva-os às profundidades da sabedoria e do conhecimento de Deus,
perguntando: "De quem é filho o Messias?". E assim revela-lhes o profundo e o
escondido, tão claramente escrito, mas até então não entendido.
IV - Reflexão Prática:
1. Descreva uma situação semelhante a estas, que você tenha passado nestas últimas
semanas, indicando como você se saiu.
2. A verdade bíblica só pode ser percebida sob a iluminação do Espírito de Deus.
Isto calou a boca de todos, porque depois disto ninguém ousava perguntar-lhe mais
nada.
3. Estes três episódios revelam a forma maravilhosa como Jesus demonstrava a
sabedoria do alto em Seu viver diário, tanto em Suas pregações e ensinos, como em suas
conversas, gestos e ações. Em tudo Ele sempre estava demonstrando sabedoria e
discernimento.
4. Qual das três circunstâncias, onde Jesus expressou sabedoria do alto, chamou
mais sua atenção? Por que?
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5. Estas situações, não são absurdas para nós, pois temos a mente de Cristo (1Co
2.16b). Portanto, quando você se deparar com situações difíceis, seria bom você se
perguntar: nesta situação, o que Jesus faria?
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ensinamentos de Jesus muitas vezes não se enquadravam com os deles; e o
principal motivo era o medo de que Jesus tomasse o lugar deles como o líder
do povo;
b) Dos familiares (Mc 3.21; Jo 7.1-4). já não bastava a oposição dos líderes
religiosos, agora até seus próprios familiares lhe faziam oposição;
c) Do estado (Lc 13.31-32). No processo montado para a condenação de Jesus
houve um jogo de interesses particulares: Judas embolsou a grana; Pilatos
agiu contra seu bom senso, a fim de manter sua posição de governador da
Judéia.
3. Em todas as ocasiões, Jesus manifestou uma postura de equilíbrio face às
perseguições:
a) Às vezes Ele procurava se esconder (Jo 8.59);
b) Em outras ocasiões, Ele desaparecia de repente no meio da multidão (Jo
10.39);
d) Já em outros momentos Ele andava de forma incógnita entre as pessoas (Jo
7.10);
e) Quando Ele sabia que queriam lhe tirar a vida, Ele não deixava que
soubessem o seu paradeiro (Jo 11.57);
f) Ele andava com toda prudência por lugares que representavam perigo de
morte (Jo 4.1-3; Mc 7.24; 8.13);
61
I - Analisando a questão da autoridade e submissão bíblica.
62
a) Ele esvaziou-se, renunciou todas as vantagens e privilégios que a divindade
lhe proporcionavam. Este, portanto, foi o primeiro passo que Jesus tomou
para deixar de lado seus interesses em favor dos nossos;
b) Ele assumiu a forma de servo, uma estrutura interior, que possibilita servir e
não ser servido. Jesus trocou sua natureza (em forma) divina pela natureza
(em forma) de escravo. Ele “esvaziou-se” ao tomar forma de servo,
derramando sua vida (alma) a serviço dos homens, até a morte e morte de
cruz;
c) Ele tomou forma humana, se encarnou, tornou-se como um de nós, com
todas as contingências de uma humanidade real. Jesus foi verdadeiramente
homem, tornando visível a imagem do Deus invisível (I Jo 4.2-3; Gl 4.4; I Tm
3.16). Que privilégio para os discípulos poderem ver Deus à semelhança do
homem;
d) Ele humilhou-se deliberadamente, em obediência à vontade de Deus,
atingindo o ponto mais baixo de sua humilhação, aceitando a forma mais
dolorosa e humilhante de morte: a crucificação! Esta foi uma auto-entrega.
4. Depois de tudo isto veio o triunfo! Os versículos 9 a 11 nos dão conta de que o
Jesus que se “humilhou”, Deus o “exaltou”. A humilhação é a nossa parte, a exaltação é
o de Deus (I Pd 5.6). Deus é quem exalta! É lógico que Deus também abate, mas Ele
abate os orgulhosos, os que se exaltam, fez isso com o diabo!
Jesus não veio para exercer autoridade; veio para servir.
Autoridade não é mandar, mas servir humildemente.
A posição de autoridade é sinônimo de “eu me santifico a mim mesmo” –
consagração (Jo 17.19)
Estar em posição de autoridade implica em solidão e muitas restrições.
5. A expressão chave aqui está no versículo 9 que diz: “Deus o exaltou
sobremaneira”. Primeiro Jesus se esvaziou, depois Deus o exaltou! Isso significa que a
humildade tem um alto preço, mas nem sempre significa ficar em posição de
desvantagem; ela é uma missão onde o triunfo é certo. Deus honrará a atitude de
humildade! Pois, como disse Jesus: “Quem se humilha será exaltado, quem se exalta
será humilhado” (Mt 23.12; Lc 14.11).
Jesus se esvaziou e se auto-entregou pelos outros, tornando-se, depois, o mais
elevado e exaltado de todos os nomes;
Aquele, pois, que se dispõe negar a si e ser obediente a Deus, além de se
distinguir dos demais e revelar o caráter de Cristo na vida, ainda será exaltado
por Deus, em tempo oportuno, no tempo dEle;
Uma boa hora para revelar se somos humildes ou não é nos debates ou
discussões, onde nossas opiniões são avaliadas e questionadas.
6. A Bíblia diz que Jesus foi “feito mais sublime do que os céus” (Hb 7.26), é por
isso que são ditas as seguintes palavras a seu respeito: “Digno é o Cordeiro, que foi
morto, de receber o poder, e riqueza, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e louvor”
(Ap 5.12).
63
III – Reflexão Prática:
1. Os cristãos, especialmente os líderes, têm que ser como Jesus, ter atitude de auto-
sacrifício para com o próximo. Quando vivemos verdadeiramente em Cristo, nossa
alegria está justamente em ver o crescimento e as conquistas daqueles que amamos.
Compreender e viver a vida que Jesus viveu não é tarefa impossível. A primeira coisa
que precisamos refletir quanto à questão prática da autoridade e submissão é o seu
limite adequado! Ou seja:
a) A submissão é absoluta. (Somente Deus é objeto de submissão ilimitada).
b) A obediência é relativa. Exemplos: As parteiras e a mãe de Moisés
desobedeceram às ordens de Faraó, para salvar o escolhido de Deus; Daniel
desafiou o decreto do imperador Dário, a fim de orar ao Deus dos Céus; Pedro
foi contrário às determinações dos líderes da sinagoga, para continuar a
proclamação do evangelho da salvação. Ora, todas estas ordens contrariavam a
vontade absoluta de Deus.
c) Não esqueça: a obediência está relacionada à conduta, enquanto que a
submissão relaciona-se à atitude.
2. Vejamos, agora, alguns sinais confiáveis que refletem se você está ou não tendo
uma vida nos domínios da autoridade e submissão:
a) Uma pessoa que reconhece e obedece a autoridade, procura autoridade em
todo lugar.
b) Uma pessoa que vive no espírito da autoridade e submissão, é quebrantada e
branda.
c) Uma pessoa que entendeu a importância da autoridade e submissão, mantém
sempre a boca fechada.
d) Uma pessoa que compreende o significado espiritual de autoridade e
submissão, não gosta de ser autoridade.
2) Quais as formas de perseguições que Jesus enfrentou, e quem eram estes que o
perseguiam?
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______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
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1. Considerando o fato que Jesus é Deus; que Ele era tanto humano como divino,
a quem Ele dirigia suas orações? Por dezoito vezes os evangelhos registram Jesus
dirigindo-se em oração ao Pai:
“Ó Pai, Senhor do céu e da terra” (Mt 11.25).
“Meu Pai” (Mt 26.39-40)
“Aba, Pai” (Mc 14.36).
“Pai santo” (Jo 17.11), etc.
2. Quando Jesus se fez homem, deixou de lado Sua glória, mas não Sua divindade,
Ele continuou ser plenamente Deus tanto quanto plenamente homem. Portanto, quando
Ele orava não orava a si mesmo, mas ao Pai, pois Ele é a segunda Pessoa da trindade; e
cada uma delas é distinta. A oração na vida e no ministério de Jesus deve ser visto na
perspectiva da Sua identificação humana conosco. Na Sua condição divina Jesus não
precisava orar, mas na Sua condição humana, sim.
3. Vale a pena ressaltar que nas horas importantes e decisivas da vida de Jesus, Ele
orava ao Pai:
a) Por ocasião do Seu batismo (Lc 3.21-22). Esta é a primeira referência nos
evangelhos de uma oração de Jesus, mas não quer dizer que foi a primeira vez
que Ele orou.
b) No deserto (Mc 1.12). Não há nenhum registro, nos relatos dos evangelhos,
de Jesus orando durante os quarenta dias e quarenta noites no deserto, mas
tudo leva a crer que aquele foi um tempo de oração e jejum.
c) Por ocasião da escolha dos doze discípulos (Lc 6.12-13). Já fazia um ano e
seis meses que Jesus convivia com muitos discípulos, agora Ele estava prestes
a escolher doze homens que teriam uma participação decisiva na história da
humanidade. Por isto Ele submeteu-se ao Pai para que Sua escolha fosse feita
com orientação do céu.
d) Por ocasião da Sua transfiguração (Lc 9.22). Apesar do clima tenso e da
atmosfera pesarosa, em função da hora da cruz que se aproximava, aquela foi
uma notável e incomum reunião de oração.
e) Sua oração em favor de Pedro (Lc 22.32). Esta foi uma oração de batalha
espiritual. Jesus orou por Pedro para impedir o fracasso, trágico e assustador,
que pairava sobre os discípulos, onde Pedro era o alvo principal.
f) A oração por si mesmo, pelos discípulos e por todos os cristãos (Jo 17).
Esta oração é chamada de oração sacerdotal de Jesus. É uma das orações mais
significativas de toda a Bíblia. Aqui Jesus nos deixou uma verdadeira aula
sobre oração. Veja um esboço simplificado desta maravilhosa oração:
a) Sua própria glorificação (vv. 1-5)
b) Seu grupo imediato de discípulos (vv. 6-19)
c) O grande número de cristão que haviam de aceitar a Ele (vv. 20-26)
66
h) A oração no jardim do Getsêmani (Mt 26.39-44). Era noite, e o Filho de
Deus se angustiava até a morte, o traidor logo chegaria, o calvário estava ali à
frente. O cálice era muito assustador! Veja o conteúdo das três sucessivas
orações de Jesus nesta ocasião histórica:
a) Primeira oração (Mt 26.39; Mc 14.36; Lc 22.42).
b) Segunda oração (Mt 26.42; Mc 14.39).
c) Terceira oração (Mt 26.44).
i) Oração na cruz (Mc 15.34; Mt 27.46). Jesus está numa agonia física quase
insuportável, tomado por um sentimento de total solidão. Contudo, Ele ainda
conseguiu orar. Aqui Ele fez duas breves orações:
a) Na primeira oração Ele expressa Sua aflição: “Eloi, Eloi, lama sabactâni?
Isto traduzido, é: Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste? (Mc
15.34).
b) Na segunda oração Ele se entrega absolutamente nas mãos de Deus: “Pai,
nas tuas mãos entrego o meu espírito” (Lc 23.46).
1. Quero propor aqui que você estabeleça um companheiro de oração. Alguém com
quem você poderá compartilhar suas necessidades, para depois orarem juntos, com base
67
no que compartilharam. Neste exercício prático de compartilhar e orar um pelo outro,
você deve seguir três passos chaves:
a) Ouvir o companheiro de oração. Este “ouvir” exige que você pare e ouça o
que a outra pessoa está compartilhando; ouvir a alma da pessoa, com muita
sabedoria e sensibilidade espiritual.
b) Orar depois que ouvir. Aqui você pode orar junto com a pessoa, uma de
cada vez ou você ora sozinho, intercedendo.
c) Dar acompanhamento à necessidade compartilhada. O acompanhamento é
a forma mais objetiva para estabelecer cobertura espiritual para a pessoa.
2. Quando praticamos este tipo de parceria na oração, além de estarmos cumprindo
um imperativo bíblico, duas coisas acontecem:
a) Desenvolvemos o conceito de companheiro de jugo.
b) Expressamos, na prática, a cobertura espiritual.
3. A duração (ideal) para a caminhada dos companheiros de oração é de uns seis
meses, no máximo, depois muda de parceiro. Quem poderia ser seu companheiro de
oração para você começar a se exercitar: __________________.
68
c) Então, Satanás tenta a Jesus pela terceira vez, com um apelo para que o Filho de
Deus se renda à popularidade e a fama. Mas Jesus volta a usar a Palavra de
Deus, citando Deuteronômio 6.16. Enfim, Jesus vence as tentações do diabo com
a Espada do Espírito, a Palavra de Deus.
4. Jesus não só afirmou que as Escrituras são a Verdade de Deus (Jo 17.17). Mas
também põe sua aprovação em todas as Escrituras do Antigo Testamento (Lc 24.44).
A Lei, os Salmos e os Profetas eram as três divisões da Bíblia na época do
Novo Testamento.
5. Em seu livro, A Bíblia que Jesus lia, Philip Yancey afirma que quando lemos o
antigo testamento, estamos lendo a Bíblia que Jesus lia e usava. Trata-se das orações
que Jesus fazia, dos poemas que memorizava, dos cânticos que entoava, das histórias de
ninar que ouvia quando criança, das profecias sobre as quais refletia. Ele reverenciava
cada “jota” ou “til” da Bíblia hebraíca.
II - Reflexão Prática:
Quero lhe dar algumas dicas de como investir tempo com a Palavra, através da
PRÁTICA DO DIÁRIO ESPIRITUAL.
1. O que é um diário espiritual?
a) É um relatório de um encontro pessoal com Deus.
b) É um simples estudo bíblico, onde você se propõe a responder duas
perguntas básicas:
1ª O que Deus está dizendo para mim?
2ª Que atitude vou tomar com base nisto?
69
ser a melhor forma de avaliarmos o quanto estamos crescendo, é também
um meio seguro de descobrirmos a vontade de Deus para a nossa vida
pessoal.
c) O material necessário para você fazer um diário espiritual é:
Uma Bíblia,
Um caderno e caneta,
Um lugar tranqüilo,
Boa vontade, e
Perseverança.
I - Caráter e Reputação.
1. Há diferença entre CARÁTER e REPUTAÇÃO. O caráter é aquilo que
realmente você é (honestidade, pureza, coragem, sinceridade, convicção, etc); reputação
é como os outros o vêem. Agora, se somos refém de um pecado ou má conduta, somos
“julgados” com base nisto no contexto comunitário. Ed René indicou numa pregação
quatro coisas que um cristão de caráter e boa reputação pode dizer:
a) Eu não tenho pecado público que possa escandalizar os outros.
b) Eu não tenho pecado que não esteja confessado diante de Deus e do Corpo de
Cristo.
c) Eu não tenho pecado que possa surgir do nada surpreendendo as pessoas.
d) Eu não tenho pecado que não esteja sob o fogo purificador da obra do
Espírito Santo e de Sua maravilhosa graça.
2. Deus deseja que tenhamos os traços da beleza do caráter de Cristo em nós, não
apenas para sermos bons cristãos que desempenha bem o seu serviço. No Jesus histórico
encontramos o perfil do homem e da mulher que agrada a Deus..
70
e) Sua irrepreensibilidade nunca foi questionável.
2. A beleza do caráter de Jesus reside em Sua perfeita humanidade. Ele se identificou
conosco em tudo, exceto no pecado. A Bíblia diz que Jesus foi tentado em tudo, mas
permaneceu sem pecado.
Qualquer outra grandeza seria corrompida por pequenez,
Qualquer outra sabedoria seria arrasada por tolice,
Qualquer outro homem de caráter seria maculado por imperfeições,
3. Jesus era homem como qualquer um de nós: Ele teve que crescer fisicamente;
teve que trabalhar; expressou emoções, etc. Contudo, preservou sua beleza de caráter!
4. Jesus manifestou uma perfeita COMPAIXÃO (Mt 14.14). Jesus era
completamente amável! Naquela época significava contaminação a aproximação com os
pobres leprosos, mas o toque de Jesus curava e purificava. Que glória residia em sua
misericórdia!
5. Jesus demonstrou perfeita HUMILDADE. Jesus é o único que poderia escolher
como deveria nascer, mas Ele entrou nesta vida como um dentre muitos.
Ele mesmo disse: “... no meio de vós, eu sou como quem serve” (Lc 22.27).
E também está escrito sobre Ele: “quando ultrajado, não revidava com ultraje” (I
Pd 2.23).
6. Jesus possuía perfeita MANSIDÃO. Amargura, irritação, ódio, avareza, luta
íntima, não se achava nEle. Ninguém na história foi tão meigo quanto Jesus.
“Ele mostrou sua amável mansidão ao falar com a mulher flagrada em adultério”
(João 8:1-11)
Até na hora de Sua morte Ele demonstrou mansidão ( Lc 22:27)
5) Você é obstinado? Isto é, sempre quer fazer a sua própria vontade? Tem
tendência de dominar grupos e reuniões? Como é esta área de sua vida?
71
7) Você tem alguma coisa na sua vida que o domina? Sabe como dizer “não”
quando é preciso? Como está essa área em sua vida?
8) Você está livre do amor ao dinheiro? Isto é, você busca primeiro o reino de
Deus e a sua justiça?
9) Você é hospitaleiro? Você usa seu lar para servir os outros membros do
corpo de Cristo e também os que não são cristãos?
10) Você é amigo do bem, fazendo boas obras? Você ajuda aos necessitados de
forma financeira e compartilha seus bens?
12) Você é justo? Isto é, você é capaz de tomar decisões objetivas e ser honesto
em seu relacionamento com outras pessoas? Você se associa com a verdade,
com a honra e com a integridade?
13) Você é piedoso? Isto é, você está tornando-se cada vez mais semelhante a
Cristo? Você tem um espírito de aprendiz?
14) Você é apegado à Palavra? Como é seu tempo devocional – leitura individual
da Palavra e oração?
2. Agora indique um item no qual você sente que precisa crescer (especifique):
72
Jesus se alimentava da vontade do Pai (Jo 4.34).
As duas funções básicas do alimento: sustentar a vida e ocupar a mente.
4. Jesus vivia para GUARDAR OS MANDAMENTOS do Pai (Jo 15.10). Jesus
disse que havia recebido mandamento do Pai sobre o que Ele deveria fazer (Jo 10.18;
14.31), como indicação de sua subordinação ao Pai: o Pai exigia obediência do Filho e o
Filho estava sempre pronto para obedece-lO sem questionar (sinônimo de dúvida). Veja
alguns obstáculos que nos impedem de obedecer ao Pai como Cristo obedeceu:
a) Nossa lógica humana.
b) Nossos argumentos pessoais.
c) Nossa procrastinação.
d) Nossas dúvidas, descrença e rebeldia.
e) Nossa hipocrisia.
f) Nossa falta de entendimento.
g) Nossa obediência parcial.
5. Jesus vivia sempre para AGRADAR ou obedecer ao Pai (Jo 8.29). O conceito
aqui é que o Pai é o Cabeça do Filho (I Cor 11.3). Nesta perspectiva, a função de Jesus
era dupla, ou seja: levar os homens a Deus e trazer Deus aos homens.
Jesus disse que havia sido enviado pelo Pai. Ele constantemente afirmava isto
(Jo 6.39; 8.29).
Com esta visão de si mesmo e da missão, Jesus não movia um dedo enquanto a
vontade de Deus não estivesse clara para Ele (Jo 7.6-8).
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a) Aquelas que tem medo de assumir a tarefa de servir.
b) Aquelas que assumem a tarefa, mas logo desistem.
c) Aquelas que assumem, mas não terminam.
d) Aquelas que assumem e terminam a tarefa e glorificam a Deus com isto
(como fez Jesus).
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Exercício de Fixação - Unidade VII
2) Complete:
Jesus orava em todas as ocasiões importantes e decisivas. Na Bíblia temos registros
de exemplos dos momentos em que Jesus orou.
Por ocasião do Seu ______________________ – Lc. 3:21-22;
No ________________________ – Mc. 1:12;
Por ocasião da _________________________ dos doze discípulos – Lc. 6:12-13;
Por ocasião da Sua _____________________________– Lc. 9:22;
Sua oração em _________________________ de Pedro – Lc. 22:32;
A oração por _____ mesmo, pelos __________ e por ___________ os cristãos – Jo. 17;
A oração no jardim do ________________________ – Mt. 26:39-44;
Oração na ___________________ – Mc. 15:34 / Mt. 27:46;
3) A oração fazia parte da vida de Jesus, as suas orações tinham uma característica
importante, qual era?
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
4) Quando você escolhe um colega para orar, quais os três passos chaves?
1) ____________________________________________________________________
2) ____________________________________________________________________
3) ____________________________________________________________________
75
VIII Unidade – Jesus e a Arte de Treinar Líderes
27- Treinando novos líderes para nova realidade
28- Seminários de Jesus Cristo
29- Discipulando como Jesus discipulou
30- Degraus para formação de uma líder
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a) Havia contraste social entre Pedro (pescador) e Mateus (publicano)
b) Havia contraste ideológico entre Mateus (da estrema direita) e Simão, o zelote
(da estrema esquerda).
77
sangue a quem devemos satisfação “irmãos” e “irmãs”
“Pai e mãe” - estrutura patriarcal Deixá-los para ganhar em troca novos “pais
sagrada. espirituais” no Reino de Deus.
“Filhos” – alegria dos pais e segurança Deixá-los para ganhar em troca “filhos
do futuro. espirituais”.
4. Mais tarde Jesus esclarece que a proposta do Seu evangelho é gerar divisão (Lc
12.52-53). A divisão gerada pelo evangelho de Jesus invade as famílias, os grupos
sociais, os partidos políticos e os grupos religiosos. Ser discípulo implicava em assumir
as tensões decorrentes desta decisão - isto é transformação histórica.
5. Os discípulos deram conta do recado (Atos 17.6). Em uma só geração o mundo
conhecido na época foi alcançado com a mensagem pura do Evangelho de Jesus Cristo
de Nazaré.
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1. No seminário de Cristo a principal “matéria” é o SOFRIMENTO. Jesus é
alguém, que sabe o que é padecer. A profecia de Isaías diz que Ele seria o Servo
sofredor. Sobre Ele abateram-se todos os nossos pecados, até nossas mínimas faltas. E
de Seus lábios, não se ouviu, nem mesmo o mais imperceptível gemido. Ele mesmo
aprendeu obedecer no sofrimento.
Ele sofreu escárnios e açoites;
Ele suportou a coroa de espinhos e a rude cruz;
O desejo de Cristo é que sigam Suas pegadas.
2. Em I Pedro 2.21 aprendemos que a escola de Jesus implica em SOFRIMENTO e
paciência. Observe o contexto deste versículo para perceber que nesta escola, em cada
lição, seremos provados e em cada aula testados. O fato é que seremos submetidos aos
mais diversos exames. Deles sairemos selecionados como ouro e moldados para a honra
e glória de Jesus! Em termos práticos, o que podemos aprender neste seminário de
Jesus?
Passar de murmuradores para sermos mais longânimo;
Deixar de sermos racionais em demasia para termos mais coração;
Deixar de pensar em nós mesmos para pensarmos-nos outros.
3. O mais importante e urgente treinamento que necessitamos não é aquele que
implica em conteúdo sobre aconselhamento, pregação ou ensino, etc. O conceito de
seguir as pegadas do Mestre não se relaciona à ideia de se frequentar uma escola
teológica, onde se aprende homilética, hermenêutica, teologia sistemática, história da
Igreja e outras tantas disciplinas dos currículos das dezenas de seminários e institutos
bíblicos espalhados pelo Brasil.
4. Não fuja do seminário de Jesus! Foi Ele próprio quem disse: “... aprendei de
mim, porque sou manso e humilde de coração”. Os rabinos viam na lei um jugo, sob o
qual o discípulo tinha que dobrar sua cerviz. Agora Jesus chama aqueles que sofrem
com a carga pesada da imposição religiosa, para que venham até Ele e encontrem paz
para suas almas.
II – Reflexão Prática:
No seminário de Jesus você é muito mais formado do que informado; você será
instruído mais no SER e FAZER do que no SABER (Mc 8.34), observando os
seguintes princípios:
1. Primeiro: NEGAR-SE A SI MESMO ou renúncia: tirando o EU do centro, do
comando. Esta renúncia, em hipótese alguma, implica na "morte" ou anulação de nossa
personalidade e intelecto, é apenas uma auto-negação, para que Cristo assuma o centro
de nossa vida. Isto implica em:
a) Dizer não a si mesmo e submeter-se ao senhorio de Jesus. Quando meus
interesses não são os interesses de Cristo.
b) Renunciar o EU; isto não implica em atos isolados de auto-martírio.
c) Em Lucas 9.23, este conceito está mais incisivo.
79
2. Segundo: TOMAR A CRUZ: Quando alguém decide "tomar a cruz" assume no
seu dia-a-dia o risco de ser cristão, o que implica muitas vezes em perseguição,
abandono e sofrimento. Pois o cristianismo não consiste numa mera repetição constante
ou rotineira de rituais, repletos de significados, porém vazios de conteúdo. É uma
experiência diária e dinâmica. Diária, porque é um compromisso que se renova sempre.
Dinâmica, porque se vivencia circunstâncias inéditas e específicas. Na prática, tomar a
cruz significa:
a) Deixar o comodismo e andar como Cristo andou.
b) Obedecer à voz de Cristo.
3. Terceiro: SEGUIR A JESUS: Deixar-se conduzir, estar comprometido - envolvido
com Ele. Entrega da própria vida (Mc 8.35). Quando Jesus disse: "…segue-me", Ele
estava dizendo:
a) Disponha sua mente e vontade, imite-me!
b) Eu vou à frente; apegue-se a mim!"
4. Jesus continua a convidar aqueles que estão dispostos a seguí-lO na gloriosa
jornada do discipulado. Quando alguém responde afirmativamente ao convite do Mestre
deve estar pronto a abrir mão do que é aparentemente bom no presente em favor do que
é inegavelmente melhor no futuro.
I - O Conceito de discipulado.
1. O discipulado foi o método de Jesus para equipar os discípulos para o ministério.
Você tem um método melhor do que o de Jesus?
2. David Kornfield definiu discipulado como: “Uma relação comprometida e
pessoal onde um discípulo mais maduro ajuda outros discípulos de Jesus Cristo,
aproximarem-se mais dEle e assim reproduzirem. Com base nesta definição
podemos dizer o que discipulado não é:
a) Um curso.
b) Um programa.
c) Um livro ou série de livros.
3. Discipulado é, em essência, uma relação comprometida e pessoal. Portanto, o
nosso objetivo aqui não é conceituar discipulado ou definir bem seus limites. Queremos
somente enfatizar o que foi fundamental no discipulado de Jesus e como aplicá-lo à
nossa realidade atual.
80
4. Inicialmente, podemos tomar como referência a igreja primitiva, pois nenhuma
outra igreja na história, emplacou tão intensamente o modelo de discipulado de Jesus,
especialmente no tocante ao desenvolvimento de uma relação comprometida e
pessoal, como aquela igreja. Ela vivenciou a comunhão integral, demonstrando esta
realidade espiritual através de participação, compartilhar necessidades e entrelaçamento
mútuo. Os primeiros cristãos viviam em função de uns para com os outros.
5. A importância de se formar discípulos – ordem expressa de Jesus (Mt 28.18-20).
Este discipulado se aplica à vida, preparando-a para que atinja a maturidade espiritual e
a possibilidade assim de se multiplicar, gerando novos discípulos de Jesus.
81
Temos participação e envolvimento emocional na vida uns dos outros
4. Jesus mantinha as coisas fundamentais como “coisas” fundamentais. Não
me canso de afirmar que o discipulado de líderes é uma visão de longo alcance. Não
devemos nos preocupar só com o imediato, com as reuniões, os materiais didáticos e os
relatórios. Tudo isto é importante, faz parte do jogo, mas são apenas meios facilitadores
e não um fim em si mesmos. O ponto fundamental do discipulado são quatro valores
centrais:
a) Companheiro de jugo. (Parceiro ou sócio de caminhada; alguém que anda
junto conosco);
b) Cobertura espiritual. (Apoio e ajuda; é alguém que se preocupa com você a
ponto de ir até você para lhe oferecer ajuda);
c) Mentoreamento. (É o mesmo que discipulado; o discipulador é alguém que
guia e aconselha);
d) Prestação de contas. (É a prática da interdependência; a capacidade de só
fazer o que o Espírito Santo indicar a você e às pessoas com quem você está
comprometido).
82
4. O que é um discípulo? É alguém que ouve, estuda, aprende e pratica os ensinos
do Mestre. É a pessoa que toma a vida do divino Mestre como modelo de caráter e
conduta. Você é um discípulo?
83
4º Jesus delegou responsabilidade aos discípulos.
1. Jesus caminhou com seu grupo na perspectiva de que iria chegar a hora em que
Ele precisaria “soltá-los” para “ministrarem sozinhos”. Depois da ressurreição e
ascensão os discípulos aprenderam através da prática, sendo bem sucedidos ou não!
2. Em Atos 1.1-2, diz que os discípulos dariam seguimento “as coisas que Jesus
começou a fazer e a ensinar”. O contexto desta passagem é Mateus 28:18-19, que diz:
“... toda a autoridade me foi dada no céu e na terra. Ide, portanto, fazei discípulos de
todas as nações, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do espírito Santo”.
3. A partir deste ponto os discípulos não contariam mais com a Sua presença física,
apenas com a supervisão espiritual do Espírito Santo. Assim como Jesus, você precisa
reconhecer o potencial de cada discípulo e delegar a eles a responsabilidade de dar
seguimento à “obra” começada.
1. Jesus expressou um modelo vivo para nós, o qual pode ser ilustrado por João
14.6, através das três palavras chaves contidas no versículo: caminho, a verdade e a
vida.
a) “Caminho”: Fala de seguir, caminhada, visão de longo alcance. Quanto mais
você trilha num caminho mais experiente se torna, mais respeito você tem.
b) “Verdade”: Fala de princípios, valores; discernimento entre o certo e o
errado, entre o falso e o verdadeiro. Neste particular, o currículo de Jesus era
a sua própria vida.
c) “Vida”: Fala do fluir da vida de Deus, de uma atmosfera diferente e
contagiante, uma nova cultura. Aliás, o Reino de Deus é uma contra-cultura
em relação ao mundo.
2. Vamos seguir o modelo de formação de líderes deixado por Jesus, temos
primeiro que seguí-lO como Seus discípulos, para então ser discipulador!
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Exercício de Fixação - Unidade VIII
2) Complete:
Quanto ao treinamento de líderes, Jesus foi um homem _____________________. Não
porque tinha uma __________________________ incomum; não porque operava
________________________ incomuns ou mantinha com as _____________________
relacionamentos incomuns. Jesus foi um homem _________________________ porque
_______________________ um ___________________ de vida
______________________. É nisto que Ele deixou o Seu _______________________,
para que seguíssemos suas ___________________________, mesmo que isto nos leve à
____________________________.
3) Complete:
O que foi importante no discipulado de Jesus?
1) Jesus via o discipulado como ___________________ para _____________________
dos _______________________________, principais, da igreja.
2) Jesus fazia discipulado num grupo _________________________
3) Jesus ______________________________________ com os discípulos;
4) Jesus _____________________ as coisas fundamentais como “coisas” fundamentais.
4) Complete:
Olhando para a vida de ministério de Jesus em relação a formação espiritual dos
doze, podemos observar quatro passos claros de como Ele treinou-os, equipando-os
para o ministério.
1) Enquanto Jesus _____________________, os discípulos ______________________;
2) Jesus __________________________ os discípulos sobre _____________________
eles deveriam __________________________;
3) Jesus ________________ que os discípulos tivessem suas _____________________
experiências;
4) Jesus _____________________________ responsabilidade aos discípulos.
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